Mutua

  • June 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Mutua as PDF for free.

More details

  • Words: 1,506
  • Pages: 12
EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

1

Indut^ancia Mutua Pode-se construir um transformador rudimentar enrolando-se dois os esmaltados num cilindro ferro-magnetico.

Mesmo Sentido

Sentidos Opostos c f168

As marcas junto aos enrolamentos mostram o sentido de acoplamento magnetico. A convenc~ao utilizada indica que um acrescimo de corrente entrando por uma das marcas implica num acrescimo de corrente saindo pela outra. Correntes entrando pelas marcas reforcam o uxo no meio magnetico.

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

i1 v1

c f09

2

i2 M

+

+

;

; L1

v2

L2

Adotando-se a convenc~ao receptor para os dois enrolamentos, tem-se di di v1 = L1 1 + M 2 dt dt v2 = M

di1 di + L2 2 dt dt

onde os par^ametros L1, L2 e M s~ao grandezas positivas.

Obs.: Como as correntes de convenc~ao entram pelas marcas, os sinais nas equaco~es s~ao todos positivos.

O enrolamento da esquerda e conhecido como direita como secundario.

primario e o da

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

3

Interpretac~ao Fsica dos Par^ametros L1, L2 e M O acoplamento entre os indutores do primario e do secundario pode ser quanticado atraves das seguintes montagens:

a) Secundario em aberto i1

+

;

c f09

i2 = 0

M

+

v1

i2

=)

; L1

v1 = L1

di1 dt

L2

v2

=)

L1o = L1

L1o Indut^ancia vista do primario com o secundario em aberto (\open").

b) Secundario em curto v2 = 0

=)

Denindo-se fator

di2 M di1 =; dt L2 dt

=)

v1

0 = B@L1

de acoplamento magnetico 4 pM k= L1 L2

1

M 2 CA di1 ; L2 dt

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

4

tem-se v1 = L1 1 ; k 

2

 di1

dt

=)

L1s = L1 1 ; k 

2



L1s Indut^ancia vista do primario com o secundario em curto (\short").

O fator de acoplamento magnetico k pode ser obtido a partir das medidas de L1o e L1s. Note que k = 0 implica L1s = L1 = L1o. N~ao ha uxo concatenado entre as duas bobinas e portanto, n~ao existe acoplamento magnetico (=) M = 0). Para k = 1, L1s = 0, ou seja, o primario se comporta como uma indut^ancia nula, impedindo a variac~ao de uxo no meio magnetico. A bobina do secundario em curto tambem se op~oe a qualquer variac~ao de seu uxo. Existe portanto um acoplamento total entre o uxo do p primario e do secundario (=) M = L1L2 ).

Conclui-se que 0  k  1.

O fator de acoplamento k pode ser visto como uma medida da relac~ao entre o uxo concatenado e o uxo disperso (\leakage").

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

5

A gura ilustra as linhas de campo dos uxos concatenado e disperso. Note que, se as bobinas forem afastadas, o uxo concatenado diminui (k ! 0). Fluxo Disperso

Fluxo Concatenado

c f173

i1 v1

i2 M

+

+

;

; L1

c f09

v2

L2

c) Primario em aberto: i1 = 0 L2o

=)

v2 = L2

=)

di2 dt

Indut^ancia vista do secundario com o primario em aberto.

d) Primario em curto: L2s = L2 1 ; k v1 = 0 L2s

L2o = L2



=)

M di2 di1 =; dt L1 dt

=)

2



v2

0 = B@L2

; ML

2

1

1 CA di2

dt

Indut^ancia vista do secundario com o primario em curto.

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

6

e) Bobinas em fase Considere um circuito formado por duas bobinas em serie e em fase (uxos que se reforcam). i

v

+

;

c f10

v = v1 + v2

v1 v2

+

;

+

;

L1 M L2

i = i1 = i2

=) v = (L1 + L2 + 2M ) portanto

di dt

4 L + L + 2kpL L Lf = 1 2 1 2

Para L = L1 = L2 =) Lf = 2L(1 + k) =) 2L  Lf  4L Note que para dois indutores n~ao acoplados, Lf = 2L (resultado ja conhecido). Se o acoplamento for perfeito, Lf = 4L .

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

7

f) Bobinas em Contra-fase Considere agora o mesmo circuito formado por duas bobinas em serie mas com as bobinas em oposic~ao de fase (uxos que se op~oem). i

v

+

;

v1 v2

+

; M ; +

c f10a

v = v1 ; v2

L1

L2

i = i1 = ;i2

=) v = (L1 + L2 ; 2M ) portanto

4 L +L Lc = 1 2

di dt

p ; 2k L L 1

2

Para L = L1 = L2 =) Lc = 2L(1 ; k) =) 0  Lc  2L Note que para dois indutores n~ao acoplamento for perfeito, Lc = 0 .

acoplados, Lc = 2L e se o

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

8

Indut^ancia Mutua e Quadripolos i1

v1

i2

M

+

;

; L1

c f09

+

v2

L2

Em variaveis transformadas de Laplace, tem-se V1(s) = sL1I1(s) + sMI2(s) V2(s) = sMI1(s) + sL2I2(s)

Para simplicar a notac~ao, V e I ser~ao denotados sem (s). Matricialmente, tem-se 2 3 2 64 V1 75 = 64 sL1 sM V2 sM {zsL2 |

Z

onde Z

32 3 75 64 I1 75 I } 2

Matriz Imped^ancia

Obs.: Note que Z12 = Z21 = sM (quadripolo recproco).

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

9

As equaco~es tambem poderiam ser escritas na forma 2 3 2 64 V1 75 = s 64 L1 M V2 M {zL2 |

L

32 3 75 64 I1 75 I } 2

Matriz Indut^ancia Obtendo a Matriz de Transmiss~ao a partir da Matriz Imonde L

ped^ancia, tem-se (lembre-se que I2 = ;I2 na convenc~ao utilizada para a Matriz de Transmiss~ao). 2 66 66 V1 66 66 4I 1

Note que

3 2 77 66 77 66 77 = 66 77 66 5 4

L1 M 1 sM

0 LL sM @ 1 2

M2 L2 M

;

1 32 1A 7777 6666 V2 77 66 77 66 54 I 2

3 77 77 77 77 5

v 1 uuut L2

L2 L = p2 = M k L1L2 k L1

Alem disso, como a indut^ancia e proporcional ao numero de espiras ao quadrado, isto e, L1 = N12 v u u L 4 Denindo-se n = ut 2

L1



=

N2 N1

L2 = N22

relac~ao de espiras

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

10

=)

L2 n L1 1 = e = M k M nk Colocando em funca~o do fator de acoplamento k e da relac~ao de espiras n, tem-se 0 1 8 > 1 1 > > V1 = V2 + sM @ 2 ; 1A I2 > > nk k < > > > > > : I1

=

1 n V2 + I2 sM k

Como trata-se de um quadripolo recproco, o determinante da Matriz de Transmiss~ao e igual a 1. Supondo-se acoplamento perfeito k = 1, tem-se c f174

8 > > > V1 = > > < > > > > > : I1 =

i1

i

2 1 : n 1 V + + n 2 v1 v2 ; ; 1 V2 + nI2 sM Note que V2 = nV1 , ou seja, a relac~ao entre a tens~ao do secundario e a tens~ao do primario e igual a n.

Note tambem que I1 = nI2 para V2 = 0, ou seja, a corrente no primario e igual a n vezes a corrente de curto circuito do secundario. 1 V e a corrente de magnetizac~ao do meio. A parcela sM 2

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

11

Transformador Ideal

Supondo-se acoplamento perfeito k = 1 8 > > V = 1V > 1 > n 2 < > > > 1 > > I = V + nI2 : 1 sM 2 e desprezando-se a corrente de magnetizac~ao (M sucientemente grande), tem-se 8 > 1 > > V = > < 1 n V2 > > > > : I1 = nI2

que descrevem um Transformador Ideal. i1 v1 c f174

i2

1 : n +

+

;

;

v2

N1 : N2

Note que e a relac~ao entre as espiras do primario e secundario (ou seja, o valor de n) que e importante, e n~ao os valores absolutos N1 e N2 .

EA612 - Circuitos Eletricos II

mutua

 Transformaca~o de Imped^ancia no Transformador Ideal i1

c f177

i2

+ v1

+

Z

;

Zeq

12

;

v2

A imped^ancia \vista" atraves do transformador pode ser calculada: V2 = ZI2

Para o transformador ideal

Zeq =

V1 I1

8 > > V = nV1 > < 2 > > > : I1 = nI2

=) Zeq =

Z V2=n = 2 nI2 n

 Conservac~ao de Pot^encia Complexa no Transformador Ideal

No transformador ideal, com s = j! , tem-se V1I1 = V2I2 (conservase a pot^encia ativa e reativa). Note tambem que V1I1 = V2 I2.

Related Documents

Mutua
June 2020 7
Mutua Asistencia
April 2020 14
Europa Politikoa Mutua
April 2020 5
Club De Ayuda Mutua
June 2020 1