Rui Dinis
30 Dicas, Ideias, Opiniões...
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Música, Net & Blogs
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Introdução
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Estar mas saber estar
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Máxima presença
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Facilitar o trabalho
Com quase cinco anos a viver bem entranhado na blogosfera, decidi disparar para este espaço cerca de 30 dicas orientadas para um melhor aproveitamento da Internet e da blogosfera, em particular, como plataforma de comunicação e promoção de músicos e bandas. Não é um trabalho finalizado, nem tão pouco um conjunto de verdades absolutas, são apenas algumas pistas, algumas delas meras opiniões do autor. Sendo verdade que para uma boa maioria dos músicos portugueses serão poucas as novidades, não deixa igualmente de ser verdade que a experiência destes últimos anos me levou a pensar que ainda há alguma coisa a fazer neste campo. São apenas reflexões de um blogger há quase cinco anos no meio:
Hoje, parece ser quase consensual a discussão sobre os benefícios da presença de músicos e bandas na Internet. Ao contrário dos meios de comunicação tradicionais - TV, rádio e imprensa escrita em papel, a penetração no público através da Internet é mais célere, barata, abrangente e em parte auto controlada. Em resumo, é estar e ponto final. Bem, estar, ponto e vírgula. Para se estar é preciso conhecer as regras e movimentar-se no meio conforme as mesmas. Na verdade, as virtualidades da Internet são tantas como os seus perigos, transformando-se, com relativa facilidade, aquilo que parece uma potencialidade numa ameaça. Estando presente, é preciso saber estar, é preciso estar perto, acompanhar, dar vida à nossa presença. Para estar por estar, mais vale mesmo não estar.
Querendo e sabendo estar, e à boleia desta loucura que é a Web 2.0, são hoje mais do que muitos os espaços disponíveis para artistas e bandas marcarem presença. Espaços como o português Palco Principal, o MySpace, o VIRB, o ReverbNation, o Purevolume, o Last.fm e o SellaBand, só para citar alguns, oferecem hoje aos músicos um conjunto de ferramentas gratuitas facilitadoras da sua actividade (ver lista completa de On-line Music Distributors). É usar e abusar, no entanto, é importante cada músico ou banda ter consciência das suas capacidades e limitações, sendo claramente preferível ter 3 espaços actualizados do que 10 ao Deus dará. É preciso saber estar.
Ao contrário do que alguns parecem pensar, os bloggers nacionais são na sua generalidade puros amadores. Pensar que basta enviar um e-mail a avisar e que o blogger terá todo o tempo do mundo para pesquisar, é pensar mal. Muito mal. É fundamental que os músicos e promotores que querem ver a sua arte promovida facilitem o trabalho a quem está do lado de cá. E facilitar significa enviar a documentação disponível e completa ou indicar claramente onde esta se encontra. Facilitem o trabalho. Na esmagadora maioria dos casos, deste lado, trabalha-se com pouco tempo e por absoluta carolice. Rui Dinis | http://a-trompa.net
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O uso de Newsletter
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Uma mailing list cuidada
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Cordialidade
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A repetição de informação
O uso de uma newsletter graficamente amigável e sem erros de programação, é obviamente uma possibilidade a ter em conta. Quem diz newsletter diz outra ferramenta qualquer, importante é manter a comunicação com o público. Estando hoje vulgarizada a utilização de newsletters em versão html, a utilização em conjunto de uma em versão texto não é de ignorar. É fundamental testar a newsletter tendo como conta recipiente os principais serviços de e-mail (gmail, sapo, iol, clix, hotmail, yahoo, etc.) - testar compatibilidades. Como exemplo, não é invulgar receber uma newsletter com letras brancas sobre um fundo branco. Newsletters ou press releases em formato de imagem também não ajudam muito, essencialmente quando se pretende fazer uma citação ou mesmo cópia do press-release. Faz-se, mas perde-se tempo.
É imprescindível fazer um levantamento cuidado de sites, blogues, programas rádio ou outros para onde se pretende enviar informação. Eu disse um levantamento cuidado, enviar informação para todo lado só por enviar, não é uma boa solução. Não trazendo qualquer mais-valia, pode até ter um resultado inverso, negativo para a banda. A solução perfeita e legal para estes casos, é disponibilizar no e-mail a informação sobre como deixar de receber tais e-mails. Não esquecer também de usar o BCC (blind carbon copy) do e-mail. Ninguém precisa de saber quem mais recebeu o e-mail em referência.
Por vezes, há uma certa tendência para esquecer este aspecto no mundo virtual. O facto da relação social na Internet ser quase sempre bastante descontraída, tal não implica que se esqueçam as mais elementares regras de boa educação. Nada de complexo, falo de um simples olá, bom dia ou boa tarde. É sempre uma forma simpática de iniciar qualquer assunto.
Escusado será de dizer que basta informar apenas uma vez. Vá lá, duas ou três vezes, desde que espaçadas no tempo. Alguns projectos/promotores repetem uma mesma notícia até à exaustão. É muito , muito aborrecido. Em resumo, há que ter algum cuidado quanto à periodicidade no envio de newsletters ou outras informações. Escolhendo um dia certo, o resto é utilizar o bom senso.
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Assinatura no e-mail São ainda muitos os e-mails enviados por bandas ou promotores que nos chegam sem assinatura. Não vem mal ao mundo com isso, é verdade, em todo o caso, com a sua utilização resolvia-se desde logo algumas das questões referidas em pontos anteriores. Uma assinatura com informações como o nome de contacto, e-mail, os sites da banda ou o telefone, se for caso disso, podem ajudar numa primeira pesquisa.
Disponibilizar feed Outra possibilidade para manter a comunicação com o público seguidor é disponibilizar o feed do blogue ou do site da banda. Tal prática permite aos fãs e outros interessados acompanhar as novidades da banda sem terem a necessidade de ir diariamente ao seu site ou blogue. A leitura é feita através de um leitor de feeds.
Material promocional Nunca é mal pensado acompanhar os e-mails a enviar com o material promocional considerado adequado para a situação. Geralmente, uma fotografia da banda dá sempre jeito; músicas para download, biografia, cartazes ou as capas dos discos, noutras situações também podem dar algum/muito jeito.
As fontes Tema obviamente importante para bloggers e outros homens da caneta, a identificação das fontes deve também - obviamente - ser tomado em consideração por músicos, bandas e promotores, quando usadas newsletters, press releases ou afins. Quando for caso disso, texto e fotografias deverão vir acompanhadas da identificação do seu autor. Como é normal, o seu a seu dono, sendo que ao mesmo tempo, defende quem escreve posteriormente. Há um longo caminho a percorrer nesta área na Internet.
A informação é tudo A informação é mesmo tudo. Obviamente, é importante o e-mail ter toda a informação necessária sobre o assunto em referência. Pode parecer estranho, mas por distracção ou não, por vezes chegam-nos e-mails com alguma/muita informação em falta. Em último caso, encaminhar para sites onde a informação está completa pode ser uma solução fácil. Basta um link.
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Informação bilingue
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'Em construção‘
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…ou trilingue. Esta é uma questão mais importante do que se possa pensar, tenha o projecto objectivos de internacionalização ou não. A questão é mais de âmbito social e está directamente relacionada com a própria essência da Internet. O facto é que na Internet não há fronteiras físicas, sendo que o simples facto de estar presente, pode aguçar a curiosidade, abrindo portas antes inimagináveis. Sendo óbvio que a música é o grande cartão de visita, a tradução de sites em inglês e/ou espanhol, por exemplo, pode facilitar a comunicação com cibernautas de outros quadrantes, abrindo outras possibilidades de divulgação.
É uma pequena embirração. Invente-se algo diferente mas não se deixem sites eternamente em construção - ou sem actualização. Para além de ser frustrante para quem procura, dá ainda uma imagem pouco positiva sobre o músico ou a banda em causa. Obviamente, muito menos se deve deixar passar datas programadas para determinadas acções. Se tal acontecer, dar um feedback sobre os motivos do atraso parece-me importante. Felizmente, hoje já há outros sítios onde se pode manter a presença enquanto se constrói o tal sítio. O MySpace tem servido abundantemente para isso, tanto para músicos e bandas, como para editoras, por exemplo.
Registo em motores de busca/outros serviços Hoje, não é tão importante como isso, é verdade, pois mais tarde ou mais cedo os robots acabam por dar com o vosso site, em todo o caso, se puderem apressar este processo, melhor ainda. Adicionem o vosso site ou blog ao maior número possível de motores de pesquisa e outros serviços similares. A ideia é mesmo facilitar o encontro.
Press release completo Ora aqui está algo indiscutivelmente importante. Com a Internet, divulgar é fácil, é barato e pode ajudar a ganhar alguns tostões. Para bandas, editoras ou promotoras, é fundamental acompanhar o lançamento de um novo disco com um press-release completo e cuidado, a ser difundido a granel mas com sentido pela Internet (ver ponto 5). Neste, para além de uma breve biografia da banda e um pequeno historial sobre a produção do disco, uma foto dos artistas e a capa do disco são outros elementos a incluir, pelo menos - outras fotografias e referências nos media também são possibilidades. Hipótese igualmente interessante é a disponibilização do single para download - já que para audição me parece já óbvia. Voltarei a este tema mais tarde.
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Edições sem artwork!
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Temas inacabados
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Single para download
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Em streaming
Não há bela sem senão. Será ansiedade? A facilidade e rapidez da edição digital tem depois destas coisas. Com o próprio conceito de ‘edição’ ainda à procura da melhor forma de se posicionar, resultado das novas ideias e formatos trazidos pela Internet, não só a venda digital mas também, por exemplo, o fenómeno netlabel, há algo que ainda assim nunca deveria ser esquecido. Não quer dizer que não possa, no entanto, a existência de um artwork mínimo é exigível. Pelo menos uma capa, algo que confira uma imagem ao disco. Pessoalmente, custa-me anunciar um lançamento do qual não se conhece nem existe ainda uma capa; seja uma maqueta, seja uma edição digital - acontece mesmo. Em resumo, evitese anunciar o lançamento de um registo sem o respectivo artwork. Parecerá sempre uma edição incompleta.
Outra vez a ansiedade. Será? É já prática comum disponibilizar para audição temas em maqueta - verdadeiramente, temas por misturar, por masterizar, etc. A menos que tal tenha objectivos específicos que visem o envolvimento dos fãs na construção do produto, não me parece muito interessante fazê-lo. Imaginemos que a desilusão é grande. Não havia necessidade.
A disponibilização gratuita de um single para download, poderá ser em muitos casos uma possibilidade a ter em conta - sempre acompanhado da respectiva licença. Eliminados todos os projectos que pensem retirar algum dia proveito da venda digital do mesmo, para todos os outros esta é uma forma de difundir o som da banda, levando-o mesmo para lá do online. Facilmente este single poderá passar a viajar nos leitores de mp3 de malta fixe, assim como facilmente as rádios mais distantes o poderá sacar e pôr a rolar no seu programa. Porque não? Receio de um qualquer aproveitamento em sentido inverso? Acho que vale bem o risco.
Estar na Internet e não disponibilizar alguns sons para o povo ouvir, é estar mal na rede (Ver ponto 1). Faz pouco sentido. Entre disponibilizar alguns temas, disponibilizar os típicos 30 segundos ou deixar mesmo ouvir todo o disco, o importante é marcar presença na rede desta forma. Diria mesmo que pouca gente procura um projecto na Internet se não for para o ouvir - e se é grande a desilusão. Não podendo comprar in loco, onde teria oportunidade de ouvir o disco, em princípio, e apostando na compra online, é fundamental que o comprador possa provar o que vai comprar. E provar bem. Já nem falo do concerto que lhe foi parar quase à porta.
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Opção download total e gratuito
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O uso da promo digital
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Videoclip
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Um nome
A mais difícil, a mais discutível, a mais extrema. Ainda assim, para alguns projectos esta será sempre uma hipótese a colocar. Se não logo de início, em algum momento o deveriam equacionar. Pelo menos pensar no caso. Naturalmente, esta não é uma hipótese para todas as bandas, mas sim para quem edita sem intuitos comerciais e vive numa fase de divulgação do seu trabalho. Ultrapassada a barreira ética que é para alguns projectos o acto de oferecer o seu trabalho, esta é quase sem dúvida um das melhores formas de divulgação de novos nomes. Havendo disponibilidade para abdicar claramente de fundos investidos, em boa parte das vezes, a solução do download total e gratuito traz benefícios a médio prazo. Música livre, para todos.
Prática cada vez mais corrente, em resposta à falta de CD’s para promoção, por exemplo, é a disponibilização para crítica de uma versão digital do mesmo. Não é bonito mas cumpre a sua função, sendo mais um fruto dos novos tempos, de uma nova era prolífera na criação de novos formatos. É barato e faz sentido. O e-mail faz o resto.
Dois aspectos sobre esta questão: o fazer e o disponibilizar online. Em ambos a resposta deve ser positiva. Primeiro fazê-lo, porque parece possível realizá-lo com um mínimo de qualidade e a um custo cada vez menor. Isto, porque depois se torna extraordinariamente fácil disponibilizá-lo online; difundi-lo. Nem percebo porque razão alguns músicos continuam a guardar os seus videoclips apenas para a televisão, olhando o poder da Internet com um total desdém. Não percebo. Obrigatório é fazê-lo dando a possibilidade de o embeber em tudo o que é blogue e sítio por essa Internet fora. Quase todos o permitem, mas nem todos.
Esta é uma questão básica mas que estranhamente alguns grupos dão pouca importância. Até para o blogging tal é importante. Primeiro: ter o cuidado de escolher um nome que ainda não exista. Obviamente, Portugal não é o limite. Segundo: escolher um nome minimamente original, de forma que quando se faz uma pesquisa, este apareça inequivocamente na primeira página de resultados. Exagerando no exemplo, e se é que não existe, imaginem que alguém se lembra de pôr o nome de Internet a uma banda? Com o advento desta, estes dois aspectos ganharam uma relevância muito maior. Facilita a pesquisa, facilita o encontro.
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Cartaz digital
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Timing de publicitação
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Interacção com os fãs
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Responder às solicitações
Eis outra boa aposta a fomentar. Mesmo que sejam apenas digitais, são muitos os blogues/sites que publicitam nos seus espaços concertos ou outros eventos. Nem precisa de ser nada muito profissional, basta que tenham uma qualidade aceitável e contenham toda a informação necessária - obviamente, se puderem aprimorar, melhor. Nisto, uma especial atenção para o local do concerto/evento e para a hora de início do mesmo. A hora real, por favor, ou então referir o tempo de tolerância. Se acharem por bem, no cartaz ou no site da banda, um mapa de como chegar ao local às vezes também dá jeito. Depois é dispersá-lo pela rede.
Esta pode ser discutível. Em princípio, é arriscado publicitar muito cedo um pequeno concerto ou evento. Primeiro, porque se a intenção é ir repetindo o envio de e-mails ao longo do tempo, tal pode tornar-se profundamente aborrecido - acho que já falámos nisso, em segundo, porque raramente um blogue ou site repete uma notícia, optando quase sempre por a postar logo que esta lhe chega à caixa de correio. Não é regra mas acontece. Não há assim tanta gente a sacar da agenda para marcar um concerto que só vai acontecer daqui a dois meses - obviamente, não se está a falar de concertos onde se esperam enchentes. Geralmente, duas semanas de antecedência parece um bom timing. Quanto muito, optar por dois envios, um lá longe e um outro lá mais perto.
Com o advento da Internet, a comunicação ganhou também ela um espaço de acção diferente. Estar na Internet sem possibilitar um mínimo de interacção com os fãs parece desde logo uma oportunidade perdida. O e-mail é o exemplo mais simples, mas também há fóruns, chats, caixas de mensagens, etc., tudo ferramentas capazes de estreitar a ligação entre o músico e o seu fã, como os benefícios que tal ligação pode trazer. São poucos, mas infelizmente ainda é possível encontrar sites que nem o endereço de e-mail facultam. Isto também é utilizar bem a Internet.
Não há grandes dúvidas de que a Internet possibilitou uma maior aproximação entre o artista e os seus fãs, os media ou os simples curiosos. Imagina-se até que para uma banda já consagrada possa ser algo complicado responder a todas as solicitações sérias que lhes são colocadas, em todo o caso, era de bom tom arranjar uma forma de o fazer. Respostas tipo “não temos tempo de momento”, “sinceramente, não percebemos o interesse da coisa“, ou mesmo um “não nos apetece” - passe o exagero, são melhores respostas que o silêncio. E infelizmente, o silêncio é muitas vezes a solução, sejam eles nomes consagrados ou não. Rui Dinis | http://a-trompa.net
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Ser proactivo
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O projecto como uma marca
Em linha com o ponto anterior, também as bandas se devem disponibilizar para entrevistas ou outras formas de divulgação, não só nos formatos clássicos, ao vivo e por telefone, mas também por e-mail ou mesmo Instant Messaging. Obviamente, há que ter o cuidado em não ser proactivo de mais, em não cair no exagero do contacto repetido vezes sem conta. Tal como o blogger deve aceitar com cordialidade a indisponibilidade de uma banda em lhe conceder uma entrevista, também esta e os seus promotores o devem fazer face a uma potencial indisponibilidade do outro lado.
Para finalizar, um artista ou uma banda deve olhar sempre o seu projecto como uma marca. Uma marca que se quer de qualidade de forma a ser reconhecida inequivocamente. Uma marca que precisa de ser convincente nos objectivos a que se propõe, nas ideias que defende e na imagem que quer fazer passar. Obviamente, não tem de ser sempre assim, mas quer no underground, quer no mainstream, cada um à sua maneira, pretende diferenciar-se no meio em que se insere.
Este texto foi publicado por partes no blogue 'a trompa' nos dias 30 e 31 de Outubro e 1, 3, 4, 7, 10, 13, 18 e 23 de Novembro de 2008.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Rui Dinis | http://a-trompa.net
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