Monitor Amen To Ambiental

  • November 2019
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MEDIÇÃO DA DENSIDADE APARENTE DO SOLO O solo ideal para as plantas contém: 45% de minerais, 30% de água, 20% de ar e 5% de matéria orgânica. O mais próximo desse modelo é encontrado sob as florestas. Sob o sol e ao ser cultivado, a chuva, as máquinas, os animais e o homem vão compactando o solo, diminuindo os espaços porosos e assim dificultando a penetração da água, do ar e das raízes. Isso é medido pelo Pedólogo (Engenheiro Agrônomo especializado no estudo dos solos), determinando no campo, através do anel de Kopeck,(1) a sua. Densidade aparente é a relação entre a massa de uma amostra de solo seca a

110oC e a soma dos volumes ocupados pelas partículas e poros. Ela varia, na maioria dos solos, entre Dap=0,9 a 1,6 g/cm3. Conhecendo-se a Dap, podemos avaliar algumas propriedades dos solos, como a sua drenagem, porosidade, condutividade hidráulica, permeabilidade ao ar e à água, sua capacidade de saturação de água, etc., ou seja, o seu manejo atual e a possibilidade de uso de algumas culturas, como as que produzem raízes e tubérculos, como a cenoura, aipim, batata doce e outras. Quanto maior a Dap, mais adensado é o solo e menor será a produção agrícola. COMO SE DETERMINA Normalmente, a amostra de solo é coletada numa trincheira, aberta no campo, (método do anel volumétrico) e levada ao laboratório para ser secada em estufa e pesada em balança de precisão. O dispositivo tem a forma de um pequeno cilindro (veja foto no link acima), com bordos biselados e volume conhecido (p.ex., 50 cm3). Crava-se o anel na parede do perfil ou no próprio solo, por pancadas suaves ou pressão, até encher. Remove-se a seguir o excesso de terra, com auxílio de uma faca ou espátula, até igualar ou nivelar as bordas de ambos os lados do anel. O solo do interior é então retirado para um recipiente impermeável (um saco plástico, vidro ou fica no próprio anel) com uma espátula e levado a secar em uma estufa, para a retirada da água e obtenção da sua massa. Depois, pesa-se e divide-se o resultado pelo volume do anel. Como não dispomos do anel de Kopeck, vamos improvisar com uma [b]latinha de patê de presunto[/b], daquelas de 130 gramas. É só medir o seu raio e altura (para o cálculo do volume) e retirar com um abridor de latas, a tampa e o fundo. Ao cravá-la no solo, vamos imaginar que os grãos do solo são ovos de codorna,

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que não podem ser quebrados, ou seja, usemos de delicadeza, para não prejudicar os agregados e poros do solo. Depois, cavamos em volta para poder passar uma espátula na face oposta à da superfície. Retiramos a latinha com cuidado e, em seguida, a porção de solo que ela continha. Como não temos estufa, deixamos a terra secando ao sol, espalhada no fundo de um recipiente de quentinha (ou outro), por umas 4 horas e então a pesamos. Se deu, p.ex., 200 g de peso, teremos: P = 2.pi.r = 19,2 cm (medido com uma tira de papel e régua grad. em mm) r=P/(2.pi)=19,2/(2x3,14)=19,2/6,28=3,06 cm V = pi.r^2.h = 3,14 x 3,06^2 x 5,3 = 155,6 cm3 Dap = M/V = 200/155,6 = 1,29 g/cm3 (ou aprox. 1,3) Nota: P=perímetro, pi=3,14, r=raio, h=altura da lata, M=massa, V= volume e Dap=densidade aparente. Obs.: A latinha que usei (patê da Anglo) tinha um peso líquido de 130 g (apesar de nunca vir cheia até a boca). Se o conteúdo fosse solo, a densidade aparente seria de 0,84 g/cm3. Um ótimo resultado. Conclusão: como Dap=1,3 > 1,2 g/cm3, o terreno não está tão grumoso como deveria (Dap=0,9 a 1,2) e, portanto, devemos ficar alertas para que não se compacte mais pois, além de 1,35 g/cm3 há necessidade de aração e Dap>1,6 as raízes não podem mais penetrar no solo. FONTE: (1) http://geografia.igeo.uerj.br/xsbgfa/cdrom/eixo3/3.4/348/348.htm]densidade aparente

DETERMINAÇÃO DA TEXTURA DO SOLO O solo, além do micro-clima, é a característica da natureza que mais influencia o crescimento das plantas e, entre seus principais atributos, estão: a textura, estrutura, temperatura, pH, fertilidade, umidade e rocha de origem. A textura do solo é estudada pela análise granulométrica, a qual permite classificar os componentes sólidos do solo em classes, de acordo com o seu diâmetro, ou seja: Areia = 2 a 0,02 mm Silte = 0,02 a 0,002 mm e Argila <0,002 mm

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IMPORTÂNCIA A textura é a propriedade física do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo. A sua determinação é importante para se avaliar, entre outros aspectos: 1 – Velocidade de infiltração da água no solo (escolha do método de irrigação) 2 – Aderência do solo aos implementos agrícolas (dificulta ou não a mecanização) 3 – Aeração do solo (quantidade de ar e penetração das raízes) 4 – Retenção de água (areia, com poros grandes, não retém; argila sim) 5 – Nutrição vegetal (areia é mais pobre e argila mais rica em minerais). DETERMINAÇÃO A textura do solo, normalmente, é determinada em laboratório de análises sedimentométricas, através da passagem de amostras secas de solo em peneiras metálicas de malhas variadas e sua posterior classificação com auxílio de gráficos chamados triângulos texturais. No campo, de forma expedita (aproximada), pode ser avaliada através do tato, pela sensação ao esfregar um pouco de solo úmido entre os dedos. A areia provoca sensação de aspereza (como areia da praia), o silte ou limo de sedosidade (como o talco) e a argila de pegajosidade. Solo arenoso. Toma-se uma amostra na mão e umedece-se. Tentamos fazer um rolete e não conseguimos; ela se esfarela. Não suja a mão. Solo textura média. Com a amostra umedecida, conseguimos fazer o rolete mas, ao tentar unir seus extremos, fechando o círculo, ele se parte. Já suja a mão. Solo argiloso. Com a amostra úmida, faz-se o rolete com facilidade. Fechamos o círculo e ele aceita sem problemas. A mão fica bem mais suja. CARACTERÍSTICAS DOS SOLOS Solos Arenosos (solos leves): teor de areia > 70% e de argila <15%; permeáveis, leves, baixa capacidade de retenção de água e baixo teor de matéria orgânica; altamente suscetíveis à erosão e elevada taxa de infiltração. Solos Médios: teores equilibrados de areia, silte e argila; boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e média erodibilidade. Solos Argilosos (solos pesados): teor de argila > 35%; baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água (por isso, são mais frios que os demais); dificulta a mecanização; embora resistentes à erosão, são altamente suscetíveis à compactação (Densidade aparente > 1,2 g/cm3); a baixa velocidade de infiltração da água pode causar problemas com o método da irrigação por aspersão. Como é ? Vamos botar a mão na massa ?

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TESTE DE GERMINAÇÃO DE SEMENTES Quem, na sua infância, na escola fundamental, não fez uma experiência com caroços de feijão sobre algodão úmido, para testar a sua germinação, que atire a primeira pedra. Pode até não ter dado certo, por alguma falha da Professora na condução do experimento mas, que fez, isso fez. Desde 1900 são realizadas de sementes(1). Luz, água, oxigênio, temperatura e substrato, têm muita importância nos resultados obtidos no teste de germinação. No artigo Quem testa sabe o que vai nascer (Revista GLOBO RURAL, n.23, agosto 87, p.98), é mostrado um passo-a-passo para o teste de germinação. Acompanhe. 1 – forrar uma vasilha rasa com algodão ou pano 2 – molhar com água, sem deixar acumular na superfície 3 – distribuir 10 sementes (*) sobre o algodão ou pano 4 – por num local que receba luz solar (não a direta) 5 – conservar umidade, regando se houver evaporação 6 – o teste dura cerca de 8 a 10 dias (tenha paciência) 7 – conte o número de sementes que germinaram. CONCLUSÃO: pelo menos 8 das 10 sementes devem germinar pois, plantar sementes com menos de 80% de capacidade de germinação é antieconômico. A semente não pode ser muito velha e nem possuir caruncho. Para testar, p.ex., se o grão de feijão está sadio, jogue um punhado num copo com água; as que flutuarem, devem estar bichadas. As que afundaram são boas. (*) Você pode usar sementes de feijão, milho, arroz (com casca), algodão, soja e outras. Se quiser tentar com sementes de árvores, tem de torcer para que não exija a quebra de dormência(2) (escarificação, lixamento, pré-aquecimento, etc.). FONTE: (1) http://www.seednews.inf.br/portugues/seed66/artigocapa66.shtml (2) http://www.sitioduascachoeiras.com.br/agricultura/vegetal/sementes.html

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PENETRÔMETRO O BATE-ESTACAS AGRÍCOLA Um aparelho simples, feito pelo agricultor, localiza debaixo do solo a terra que não presta (Revista GLOBO RURAL, n.6, março 86, p.17), por não permitir a infiltração da água, do ar e das raízes das plantas. A camada mais dura do solo existe em muitos terrenos, em especial naqueles submetidos à passagem freqüente de máquinas e pisoteio de animais, como o gado. O penetrômetro inventado pelo Eng. Agr. Rubismar Stolf, do Planalsucar de Araras-SP, era 20 vezes mais barato que o penetrógrafo importado, na época. Consiste numa haste de ferro de 1,5 m com ponta fina numa das extremidades, graduada em cm e com peso móvel de 4 kg, que funciona como bate-estacas em miniatura. A cada impacto do peso, a haste penetra no solo, com velocidade maior ou menor conforme a resistência que encontrar. Veja um exemplo prático. A cada batida, lêse na haste a profundidade penetrada no solo. PROF.(cm) – PENETRAÇÃO (cm) 0 a 18 – 8 cm 8 a 13 – 5 13 a 18 – 5 18 a 22 – 4 22 a 24 – 2 24 a 26 – 2 26 a 31 – 5 31 a 36 – 5 36 a 42 – 6 CONCLUSÃO: a cada golpe, a haste penetrava de cerca de 5 cm, até atingir a camada endurecida, localizada entre 22 e 26 cm de profundidade; depois, voltou ao normal. Nessa profundidade, encontra-se o impedimento. O agricultor deve repetir a operação várias vezes, escolhendo áreas diferentes. Depois, tira a média dos resultados para regular a profundidade da aração ou subsolagem. A medição precisa ser repetida todo ano, porque a compactação do solo pode mudar, de uma safra para outra.

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COMO CONSTRUIR O PENETRÔMETRO 1 – Haste de ferro ou aço, cilíndrica, com 1,5m de comprimento e 10 mm de diâmetro. 2 – Soldar anel de ferro, a uns 30 cm da extremidade superior, para limitar o curso do peso. 3 – Peso de ferro, cilíndrico, com 4 kg, furado no centro, para permitir seu deslocamento na haste. 4 – Soldar outro anel ou cone de ferro, maior e mais resistente que o de cima, a 40 cm da base do peso, para receber o seu impacto. 5 – Graduar a haste (com serra), em centímetros, abaixo do 2o. anel, na extensão de 70 cm, até a ponta. 6 – Ponta. A parte inferior da haste tem de ser apontada para permitir a penetração no solo. 7 – Recortar chapa de ferro (ou madeira), a ser colocada no solo, com furo no centro, para servir de guia à haste e facilitar a leitura, por ocasião das medições. Agora, é só sair por aí, dando os seus furinhos no solo. COMO VAI O PH DO SEU SOLO ? (Título do artigo publicado na Revista GLOBO RURAL, n.11, agosto 86, p.94). Numa escala de zero a 14, com ponto neutro em 7, o potencial hidrogeniônico (1), ou pH, indica se o solo está ácido ou alcalino. Quanto mais hidrogênio livre houver na solução do solo, menor será o número do seu pH. Nessa escala, o ideal para o solo é 7; abaixo temos acidez; acima, alcalinidade. Esses extremos hostis são encontrados em certas baixadas inundadas do Vale da Ribeira, entre SP e PR, com pH baixíssimo, batendo nos 2,5. Nas raras manchas de massapé da Bahia, as terras têm pH 7. Por outro lado, em algumas áreas salinizadas do semi-árido nordestino, o pH sobe a 9. No Brasil, a maioria das terras cultivadas está entre 4 e 4,5 de pH (bastante ácidas). É o caso, p.ex., dos mais de 200 milhões de hectares de cerrado, aptos para a exploração agrícola. A medida do pH de um solo tem sido o dado mais importante para agrônomos e agricultores selecionarem culturas, equilibrarem quimicamente o solo (com adubos e corretivos) e aumentarem a produção agrícola (a produção quase dobra no

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cerrado com a calagem). Valores muito baixos ou muito altos de pH indicam solos pobres, compactos, adensados, sujeitos à erosão. O pH é como a temperatura do homem: não é a causa, mas o indicador de uma situação, que só será anormal se alcançar valores extremos. O PH IDEAL DAS CULTURAS Abacaxi 5 a 6,5 Algodão 5,5 a 6 Arroz 5 a 6,5 Banana 6 a 7,5 Batata-doce 5,5 a 6 Cafeeiro 4,5 a 7 Cana-de-açúcar 6 a 8 Feijão 6 a 7 Girassol 6 a 7,5 Milho 5,5 a 7,5 Seringueira 3,5 a 8 Soja 6 a 7 Sorgo 5,5 a 7,5 COMO MEDIR Para medir o pH, nos laboratórios de análise de solos, toma-se uma amostra de solo num copo e mistura-se com água destilada, fazendo-se a leitura num peagâmetro digital(2) (potenciômetro provido de eletrodos). Pode-se, também, adicionar um indicador de pH na solução em análise (fenolftaleína, laranja de metilo ou azul de bromofenol); a cor do indicador varia com o pH. Em determinações expeditas, usa-se o papel de tornassol (3) , que fica vermelho se o pH da solução for ácido e azul, se alcalino. OS SOLOS E O SEU PH Solos turfosos pH zero a 3,5 (muito ácidos) Solos minerais pH 3,5 a 10,5 (agricultáveis) Solos salinos pH 10,5 a 14 (muito alcalinos) Maior atividade microbiana pH 5,5 a 7. Solos salinos: > 15% de sais solúveis, em geral carbonatos. A acidez do solo depende 99% dos colóides e apenas 1% de ácidos livres. COMO CORRIGIR O SOLO Nos [b]solos ácidos[/b] há predominância de hidrogênio (H) e pouco cálcio (Ca) e magnésio (Mg) ficam retidos nas partículas minerais, como as argilas. Com a adição de calcário (para corrigir a acidez do solo), o Ca e Mg do produto têm a capacidade de substituir o hidrogênio, responsável pela acidez. Nos solos alcalinos, a aplicação de gesso agrícola livra o solo do excesso de potássio (K) e

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sódio (Na) que alcalinizam tudo (sobem o pH até 9), principalmente depois de uma irrigação errada ou falta de drenagem. Não é de graça mas, também, não é caro. FONTE: (1) http://www.ia.ufrrj.br/ds/IA321.pdf (2) http://www.unityinst.com.br/medpha.htm (3) http://www.gepuc.hpg.ig.com.br/metodologia/solo.htm MEDIÇÃO DOS VENTOS A Escala Beaufort (1) , que vai de zero a 12, mostra, pela observação dos efeitos sobre as árvores, a fumaça de chaminés e a altura das ondas, a velocidade aproximada dos ventos, que também pode ser calculada por fórmula ou medida com anemômetro manual(2) . Foi publicada pela primeira vez, na Inglaterra, em 1806 e adotada pelo Comitê Meteorológico Internacional em 1874. Anemômetro (3) é o aparelho que mede a velocidade dos ventos, nas estações meteorológicas (4). Na página Títulos Náuticos (5), a tabela é acompanhada de fotos da textura do mar (altura das ondas), para a melhor interpretação da Escala Beaufort [b]no mar[/b]. Dentre os instrumentos de medição dos ventos, os mais comuns são: a) catavento tipo Wild (6); b) anemômetro de canecas; e c) anemógrafo universal. O catavento tipo Wild, indica a direção e a velocidade do vento. A direção é dada por uma haste horizontal orientada por um par de aletas em relação a quatro hastes fixas que indicam os pontos cardeais. As aletas também mantém a placa de medição da velocidade do vento sempre perpendicular à direção do vento. A velocidade é obtida a partir da flexão de uma placa retangular móvel em relação à vertical, sob a ação do vento. A deflexão é medida sobre uma escala de 7 pinos colocados sobre um arco de metal. A conversão para velocidade do vento é feita pela tabela abaixo. O catavento é instalado a 6 m de altura. POSIÇÃO - VEL.(m/s) 1–0 2–2 3–4 4–6 5–8

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6 – 10 7 – 14 8 – 20 m/s UTILIDADE x PREJUIZOS O vento é útil quando gera energia (usinas eólicas), impulsiona barcos a vela, diminui a temperatura do ar e dissemina sementes das árvores. Mas pode causar prejuízos, quando aumenta a evapotranspiração, alastra os incêndios, favorece a erosão do solo e causa furacões. Ah, se você tem filho pequeno, há também o cata-vento de papel (lazer). FONTE: www.scubadiver.com.br/scubadiver/ventos.html (2) www.r-p-r.com/es/escala_de_viento_beaufort.htm (3) web.rcts.pt/~pr1085/Vento/Vent.htm (4) www.etec.com.br/ref321.html (5) www.titulosnauticos.net/meteorologia/index.htm?/meteorologia/beaufort.htm (6) http://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap7/cap7-8.html (1)

MAIS ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE VENTOS 1 – DEFINIÇÃO O vento é o movimento do ar em relação à superfície terrestre. É gerado pela ação de gradientes de pressão atmosférica, mas sofre influências modificadoras da: a) ascensão do ar em contato com o solo, depois de aquecido; b) movimento de frentes atmosféricas do tipo ciclônicas; c) movimentos de objetos na atmosfera (vento relativo); d) movimento de rotação da terra; e) do atrito com a superfície terrestre; e f) aquecimento desigual, em profundidade, dos oceanos e continentes, causando correntes de ar (brisa) terra --> mar de dia e o inverso, à noite. 2 – PERFIL VERTICAL Em conseqüência do atrito entre a massa de ar em deslocamento e a superfície do solo, a velocidade do vento diminui com a diminuição de altura, sendo nula junto da superfície, formando uma curva exponencial. Assim, a citação de um dado valor de velocidade do vento, precisar vir sempre acompanhado da altura de sua medição e do tipo de superfície sobre a qual foi feita. Em um posto meteorológico, a medição pode ser realizada a uma altura de 0,5 m ou 2 m acima do solo (anexo à cuba do evaporímetro), com grama Batatais cortada a cerca de 4 cm, ou numa torre de 6 m de altura. Daí porque se recomenda que os cataventos sejam instalados em torres de 10 m de altura e 3 m acima de qualquer obstáculo, num

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raio de 150 m. A conversão da velocidade do vento, em altura, é dada pela equação: u2/u1 = (z2/z1)^(1/7) onde: u1 e u2 são as velocidades do vento nas alturas z1 e z2, respectivamente. Ex.: converter a velocidade média diária de u2 = 8 km/h na altura z2 = 10 m para o seu valor na altura z1 = 2 m. Teremos: 8/u1 = (10/2)^0,14 8/u1 = 1,26 u1 = 8/1,26 = 6,3 km/h 3 – FORMAÇÃO DE ONDAS Quando o vento corre livre pela superfície da água, sem obstáculos à sua frente, pode ganhar força e provocar ondas(1), (que podem ser estimadas pela equação de Stevenson-Molitor), que são mui importantes na determinação da altura das barragens. A distância reta sobre a lâmina d´água recebe o nome técnico de fetch; confira no link anterior. 4 – USOS COMERCIAIS Para a geração de eletricidade, em geral, há necessidade de maiores velocidades do vento; ao contrário do que ocorre com o bombeamento da água. Considera-se como velocidade econômica do vento, valores entre 16 a 20 km/h, em termos de média anual. Ventos com mais de 80 km/h podem causar problemas de estabilidade (segurança) nos cataventos. 5 – PROBLEMAS NA AGRICULTURA Os ventos causam erosão do solo, o movimento de dunas, aumentam a evapotranspiração, interferindo negativamente nas necessidades de irrigação. Diminuem a uniformidade de aplicação dos aspersores e derrubam plantas irrigadas por gotejamento. Para defender-se dos ventos (fortes), as plantas fecham seus estômatos (orifícios, como narizes, nas folhas), diminuindo a transpiração. 6 – VELOCIDADE x RUGOSIDADE Por conta da rugosidade da copa das árvores, na floresta Amazônica, os ventos têm menores velocidades do que as apresentadas quando eles correm sobre a superfície “lisa” dos rios. Isso deu origem ao questionamento de um Hidrólogo, em trabalho que apresentou num Congresso Nacional, sobre a qualidade de todas as medições pluviométricas na região, realizadas quase sempre em postos localizados às margens dos rios. Por outro lado, em volta dos morros, graças à topografia irregular, os ventos têm intensidade e direção variáveis a cada momento, podendo causar acidentes em aeronaves (como ultra-leves) que voem muito próximo a eles.

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E VOCÊ, tem mais alguma informação técnica e útil sobre os ventos ? FONTE: (1) www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/hid.htm INFILTRAÇÃO DA ÁGUA NO SOLO O estudo da infiltração da água no solo é indispensável para a escolha adequada do método de irrigação, para o projeto de sumidouros (fossas secas para esgotos) e para o lançamento de esgotos domésticos sobre o terreno (técnica milenar que, somente agora, está chegando ao Brasil). Para medir a infiltração, crava-se um ou dois cilindros metálicos(1) no solo, colocase água, até uma certa altura, no seu interior, e mede-se o tempo que leva para infiltrar, em vários intervalos de tempo (*), tendo-se o cuidado de não deixar o cilindro se esvaziar antes de completado o teste. Realizam-se os testes até que o fluxo de entrada de água no solo se torne constante em cada carga hidráulica testada. Depois, é só fazer os cálculos. Esse cilindro é chamado de infiltrômetro de anel(2). Teoricamente (Bower, 1986), o cilindro deve ser grande o suficiente, para que a relação entre a pressão de entrada do ar no solo e o diâmetro do dispositivo seja praticamente nula; o que resultaria num diâmetro => 1,2 m. Segundo MERRIAN et al. (1983), pode-se utilizar um infiltrômetro de cilindro único (ICU) na determinação da infiltração vertical desde que ele tenha, no mínimo, 0,25 m de diâmetro e que seja instalado a, pelo menos, 0,15 m abaixo da superfície do solo. Cilindros concêntricos podem ser utilizados, porém raramente se consegue melhor precisão. Para irrigação, costumam-se usar 2 cilindros (com água em ambos e com medição no de menor diâmetro), com 20 e 40 cm de diâmetro, por 30 cm de altura. MATERIAL NECESSÁRIO 1 – Cilindro de 10cm de diâmetro e 15 cm de altura (ou lata de óleo vazia) 2 – Régua plástica de 15cm ou mais, graduada em mm 3 – Plástico fino transparente para forrar o cilindro 4 – Cronômetro 5 – Balde com água 6 – Papel e caneta para anotações

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PROCEDIMENTOS 1 – Cravar cilindro verticalmente no solo, até metade da altura 2 – Forrar interior com plástico, para conter 5 a 10 cm de água 3 – Ajustar a régua na parede do cilindro 4 – Retirar rapidamente o plástico e efetuar a primeira leitura (*) 5 – Reabastecer, sempre que o nível baixar mais de 3 cm 6 – Anotar os resultados e parar quando 2 ou mais leituras forem iguais (VIB). RESULTADOS VIB – INF. (cm/h) Muito alta: > 3 Alta: 1,5 a 3,0 Média: 0,5 a 1,5 Baixa: < 0,5

(*) Intervalos: 1, 5, 10, 15, 20, 30, 45, 60, 90 e 120 min

NOTA: como a água perde-se lateralmente, os valores medidos podem ser superiores aos reais, de 2 a 6 vezes em solos arenosos e de 4 a 8 vezes em solos argilosos. O teste costuma durar de 3 a 4 horas, em solos argilosos. FONTE: (1)

www.ecosearch.info/prodotti.php?princ_id=6&prod_id=67

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www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010069162005000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt

PLUVIÔMETRO CASEIRO

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FUNDAMENTOS O pluviômetro é um recipiente simples, que armazena a água da chuva pelo período de um dia. A cada 24 horas, mede-se o conteúdo de água e anota-se o resultado, para estudo posterior, deixando-o vazio para o dia seguinte. Os órgãos governamentais usam pluviômetros metálicos, padronizados; o mais comum no Brasil é o Ville de Paris, com “boca” de 400 cm2, que fica a 1,5 m do solo em local cercado e livre de obstáculos. A prática mais importante em uma bacia hidrográfica é a medição das chuvas, que se faz rotineiramente, através do pluviômetro. Por sinal, esta é uma técnica usada desde o Egito antigo, para fins de cobrança de impostos sobre as colheitas. Para a agricultura, a chuva é fundamental e podemos estabelecer facilmente equações matemáticas correlacionando a produção de uma determinada cultura com a precipitação. Para a bacia hidrográfica, as alturas de chuva são importantes para se conhecer a sua capacidade de produzir água, erosão e enchentes. A medição é feita, diretamente, pela leitura (numa escala gráfica), da altura de chuva acumulada, se o dispositivo for transparente; ou pela transformação do volume coletado em altura, dividindo-se este pela área de captação. Uma garrafa do tipo PET, de guaraná Brahma (ou similar) de dois litros (2 l), mede cerca de 34 cm de comprimento e 10 cm de diâmetro. A área da sua seção transversal (ou área de captação da chuva), a partir do seu raio (diâmetro, dividido por 2), é dada por: A = pi.r^2 = 3,14 x (5cm)^2 = 3,14 x 25 = 78,5 cm2 Assim, se quiséssemos medir a altura de chuva a partir do volume, despejaríamos o seu conteúdo (após um dia de coleta) numa mamadeira, proveta ou seringa, e leríamos quantos mililitros (ou cm3) de água a garrafa reuniu. Se fossem 200 ml, p.ex., a altura de chuva seria dada pela expressão: H = volume/área = 200 cm3/78,5 cm2 = ~ 2,5 cm = 25 mm COMO CONSTRUIR O primeiro passo é desenhar numa tira de papel branco uma escala de 0 a 20 cm, graduada em milímetros. Usar tinta à prova d´água. Toma-se agora uma garrafa PET de 2 litros e, do fundo para o gargalo, mede-se 8 a 9 cm de altura e corta-se a garrafa com uma lâmina, tesoura ou serra. Mantendo-se a tampinha fechada, repousa-se a mesma na base formada pelo fundo, com a parte cortada para cima. Está feito o pluviômetro caseiro. Agora, só falta colar a escala. Como vimos, a correspondência de 1 para 1 só funciona na parte cilíndrica. Encostando-se verticalmente uma régua na parede externa da 13

garrafa, é fácil descobrir o ponto a partir do qual a garrafa deixa de ser um cilindro perfeito. Marca-se este ponto com um pequeno traço horizontal na garrafa. Enchese cuidadosamente o pluviômetro com água até aí e despeja-se numa mamadeira de 240 ml ou em proveta graduada (o ideal), lendo-se o resultado. Dividindo-se este volume pela área da seção transversal da parte cilíndrica, fica-se sabendo a quantos milímetros de chuva corresponde a parte não-cilíndrica. Supondo-se que o conteúdo de água até essa marca tenha dado 180 ml, dividindose por 78,5 cm2, resulta aproximadamente 2,3 cm. Marca-se esse valor na escala de papel e fazemo-lo coincidir com a marca que fizemos na garrafa, dispondo a tira o mais verticalmente possível. É claro que só teremos precisão na medida quando o nível d´água na garrafa ultrapassar esse limite, se fizermos a medição apenas com a leitura da escala. Daí para baixo, só com o auxílio da mamadeira ou de uma proveta graduada. COMO OPERAR A desvantagem do pluviômetro caseiro de garrafa PET é a sua fragilidade e o seu pequeno peso. O vento forte, por exemplo, pode derrubá-lo ou tirá-lo da vertical, quando tiver pouca ou nenhuma água da chuva em seu interior. Um lastro de cimento na base pode resolver esse problema. Outro ponto a considerar é a evaporação do líquido em seu interior, resultando medidas inferiores. A tampa de uma outra garrafa (sem a tampinha) colocada de cabeça para baixo na boca do pluviômetro, deve resolver. Para que as medições possam ser comparadas às dos pluviômetros tradicionais, restam ainda três outros problemas: altura do solo, cercado e distância de obstáculos. Se possível, a boca deve ficar a 1,5 m do solo. O cercado é para evitar que animais e curiosos se aproximem do aparelho. Finalmente a distância de obstáculos serve para que a chuva chegue até ele.

MEDIÇÃO DE VAZÃO EM RIOS E CÓRREGOS A água da chuva que chega ao solo tem 3 caminhos possíveis: evapora, infiltra ou escorre. Segundo o ciclo hidrológico: 97,2% da água do planeta está nos oceanos; 2,1% nas geleiras; 0,6% nos lençóis subterrâneos e apenas 0,0001% nos rios e canais. Mesmo assim, esse pequeno volume, corresponde a cerca de 1x10^12m3 (um seguido de doze zeros, metros cúbicos). A medição das vazões ou descargas dos rios e córregos, é de importância capital para a Engenharia Sanitária, Indústria e Irrigação, entre outras atividades. Costuma ser medida com aparelhos caros, como os molinetes mas aqui, veremos

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só os mais simples, que você mesmo pode improvisar e utilizar. A maioria dos métodos adota a equação Q = A.V, onde Q é a vazão (m3/s), A é a área da seção transversal do curso d´água (m2) e V a velocidade média do escoamento (m/s). MÉTODO DOS FLUTUADORES Mede-se a largura do rio e marca-se, paralelo à margem, uma distância 2 a 3 vezes maior (e), que servirá de guia para a estimativa da velocidade (v) de um objeto lançado no rio nessa distância, cronometrando-se o tempo (t) de deslocamento. Ex.: v = e/t = 20 m/40 s = 0,5 m/s. Depois, é só medir as profundidades na seção com uma vara graduada, em espaços regulares, passar para um papel e, geometricamente, calcular a área da figura. Suponhamos que resultou em 10 m2. Assim, a descarga do rio, naquela seção, será dada pela equação: Q = 0,8.A.V Q = 0,8 x 10 x 0,5 = 4 m3/s Na fórmula acima, a vazão foi reduzida (ao usarmos a constante 0,8) porque a velocidade que medimos foi a do objeto e não a média da água na seção que, em geral, se encontra a 60% da profundidade, a partir da superfície. MEDIÇÃO COM VERTEDORES Vertedores são chapas metálicas com abertura numa das bordas, a serem cravadas perpendicularmente ao córrego (como uma pequena barragem), obrigando a água a passar toda por essa janela. Medindo-se a altura da lâmina d´água sobre a soleira da abertura, entra-se com esse valor numa equação e temse, com precisão a vazão naquele instante. Dependendo da forma da “janela”, existem os vertedores triangulares, retangulares, trapezoidais, circulares, proporcional e tipo Bazin (este sem janelas, com a água passando sobre a chapa metálica, nos canais em alvenaria de seção retangular). Cada qual tem a sua equação. Vamos tratar agora, apenas dos vertedores triangulares, usados nos córregos muito pequenos; ou no trecho inicial dos grandes. São feitos, normalmente, com ângulos de 30, 60 ou 90 graus. Fórmula de Gurley, ângulo de abertura de 90º e altura da lâmina (H) de 10 cm. Q = tan (alfa/2).H^2,47 Q = tan (90/2) x 0,10^2,47 = 0,0034 m3/s =~ 3,5 l/s

MEDIÇÃO VOLUMÉTRICA

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Sempre que pudermos direcionar toda a água do córrego para um ponto onde ela possa ser armazenada numa lata de volume conhecido, esse é um dos métodos mais precisos que existem para a medição da vazão. É só cronometrar o seu tempo de enchimento; para maior precisão, repete-se a operação 3 a 4 vezes e usa-se a média dos resultados. Ex.: lata de 20 litros de capacidade (o ideal é que esse volume seja medido antes) levou, em média 10 segundos para transbordar. Q = volume/tempo = 20 l/10 s = 2 l/s A Hidrometria é uma Ciência linda e útil no seu dia-a-dia.

MEDIÇÃO DA TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA COM O DISCO DE SECCHI A medição da penetração vertical da luz solar na coluna d´água ([link= http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/secc.htm]transparência da água[/link]) com o [link=http://www.mlswa.org/secchi.htm]disco de Secchi[/link], é uma das mais antigas e básicas ferramentas usadas no estudo dos lagos em todo o mundo. O [i]disco de Secchi[/i] é um disco metálico de 20 cm de diâmetro, pintado na face superior de preto-e-branco em 4 fatias alternadas e suspenso por um cabo graduado. Basta introduzi-lo na água a partir de um barco, devagar e com cuidado, até que ele desapareça do nosso campo visual; nesse ponto, mede-se a profundidade. É só. A transparência da água é afetada basicamente por 2 fatores: presença de algas e/ou de material em suspensão. Ambos os fenômenos têm muito a informar sobre o que está acontecendo, naquele momento, com a ecologia do lago. Geralmente, a profundidade onde o disco deixa de ser visível pelo operador, multiplicada por 1,7 é aquela na qual a luz solar pode penetrar na coluna d´água (chamada de Zona Fótica). Por sua vez, a proliferação exagerada de algas, pode indicar que o lago está se tornando poluído ou [i]eutrófico[/i]. ÍNDICE TRÓFICO DE CARLSON – ITC A determinação do estado trófico (ITC), pela presença de algas, baseado no disco de Secchi (DS), é uma medida indireta da presença de fósforo total (PT), seu principal alimento, e também da clorofila-a (CA), pigmento que identifica as algas. O ITC pode ser calculado assim:

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[u]Usando o disco de Secchi[/u] (*) [b]ITC = 60 – 14,41 (ln DS)[/b] ex.: a profundidade do disco é de 2 m ln = logaritmo neperiano (usar calculadora científica do Windows) ITC = 60 – 14,41 (ln 2) = 60 – (14,41 x 0,69) = 50 [u]Usando o fósforo total[/u] [b]ITC = 14,42 (ln PT) + 4,15[/b] ex.: fósforo total igual a 12 ug/l (micro-gramas por litro) ITC = 14,42 (ln 12) + 4,15 = 14,42 x 2,48 + 4,15 = 40 [u]Usando a clorofila-a[/u] [b]ITC = 9,81 (ln CA) + 30,6[/b] ex.: concentração de clorofila-a igual a 7,3 ug/l ITC = 9,81 x 2 + 30,6 = 50 [u]Interpretação dos resultados[/u] ITC versus ESTADO DO LAGO <30 = Oligotrófico (bom) 30-40 = Perigo de anoxia 40-50 = Mesotrófico (médio) 50-60 = Eutrófico (ruim) 60-70 = Algas azuis; macrófitas 70-80 = Hipereutrófico (péssimo) >80 = Prolif. algas; poucas macrófitas Como os nossos índices ficaram entre 40 e 50, concluímos que a condição biológica do manancial (estado [i]Mesotrófico[/i]) não é boa, mas pode piorar, se não forem tomadas certas precauções ambientais como, p.ex., interrupção da entrada de efluentes ricos em fósforo e potássio, proveniente das enxurradas ou de outra atividade antrópica nas cercanias do lago. RELAÇÕES ENTRE AS 3 VARIÁVEIS [b]DS=PT=CA[/b]: predomínio de algas; relação N/P=33:1 [b]DSCA[/b]: predomínio da cor (partículas não são algas) [b]DS=CA>PT[/b]: o fósforo limita a biomassa de algas; relação N/P>33:1 [b]PT>CA=PT[/b]: predomínio de algas mas, algum fator (limitação de N, crescimento de zooplâncton ou presença de produtos tóxicos), limita a biomassa das mesmas.

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OUTROS ÍNDICES a) Tolerância à carga de fósforo (Dillon & Rigler) b) Previsão da concentração de fósforo (Vollenweider) c) Coeficiente de exportação de fósforo (Reckhow e Simpson) Como vê o amigo, quanta informação a partir de uma simples medição c/ o disco. Veja como [link=http://dipin.kent.edu/makedisk.htm]fazer um[/link]. [;)] NOTA. Podem interferir na leitura: acuidade visual, hora da leitura, reflexo do disco, cor da água, partículas de argila e outros materiais em suspensão na água. OBS. (*) Simplificadamente, nos EUA (lagos de Michigan), usam-se os limites: Prof.< 2 m = Eutrófico P = 2 a 5 m = Mesotrófico e P > 5 m = Oligotrófico. [green]Evaporação [i]é o processo natural pelo qual a água de uma superfície, passa para a atmosfera na forma de vapor, em temperatura inferior à da ebulição, provocado pelo aquecimento solar.[/i][/green] Este fenômeno é o principal responsável pelo Ciclo Hidrológico e afeta a perda de água nos reservatórios e açudes (no Nordeste, mais de 2 m/ano), as necessidades de irrigação, a umidade relativa do ar (em Brasília-DF, na seca, recomenda-se deixar uma vasilha de água na casa, para o nariz não sangrar), a formação das nuvens, a secagem natural dos produtos e a vida animal. No solo, abaixo de 1,5 m, não ocorre a evaporação e este fato recomenda a construção de [link=http://www.ufrrj.br/institutos/it/de/acidentes/agua1.htm]barragens subterrâneas[/link] em algumas regiões de semi-árido Nordestino, em oposição à equivocada [i]política da açudagem[/i]. A evaporação da água na superfície evaporante requer 590 calorias, em média, para cada grama de água, ou seja, diminui a temperatura. Por isso, em alguns restaurantes e galpões de coelhos, suínos e aves, instalam-se aspersores nos telhados, nos dias mais quentes. [u]COMO SE MEDE A EVAPORAÇÃO[/u] Mede-se a evaporação (da água, contida num recipiente metálico e exposto ao ar livre), anotando-se o abaixamento do nível d´água (N.A.), sempre à mesma hora (às 9 da manhã, nos postos meteorológicos), em dias consecutivos. A leitura é

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feita em micrômetro de gancho mas, no modo expedito, uma régua de plástico, graduada em milímetros, pode [i]quebrar o galho[/i]. Quando houver chuva, sua altura (medida em pluviômetro) deve ser descontada. A evaporação pode ser determinada através de: fórmulas empíricas, lisímetros, atmômetros e evaporímetros de cuba. No nosso caso, uma bacia ou lata vazia pode servir. As leituras de evaporação, a partir do [link=http://www.imn.ac.cr/educa/instrumentos/Tanque.htm]tanque evaporimétrico[/link] (como o tanque Classe A da foto), devem ser [u]corrigidas para menos[/u], sempre que se quiser utilizá-las para fins práticos pois, devido à inércia térmica, aquecimento da vasilha e sobre-exposição solar, perde-se mais água do que o normal, que ocorreria num lago ou no oceano. Assim, multiplica-se o resultado por 0,75. No cálculo das necessidades de irrigação, p.ex., além dessa correção, é necessário uma 2a., dada por tabelas, para compensar o aumento da evaporação devido à velocidade do vento, umidade relativa do ar e tamanho da bordadura (área gramada em volta do tanque). O método do tanque Classe A consiste no uso de um tanque de aço inoxidável ou galvanizado, com 121,9 cm de diâmetro interno e 25,4 cm de profundidade, e que deve ser cheio d'água até 5 cm da borda superior. Não se deve permitir variação do nível da água maior do que 2,5 cm. Como os processos de evaporação da água livre no tanque (Ev) e a evapotranspiração da cultura (Etc) são semelhantes apenas nos seus aspectos físicos, devem ser considerados dois coeficientes, Kp (coeficiente do tanque Classe A) e Kc (coeficiente da cultura), para converter Ev em Etc, segundo a equação:

Etc

=

Ev

x

Kp

x

Kc

Assim, o quando irrigar corresponde ao momento em que a soma dos valores de evaporação de tanque, multiplicados pelos coeficientes, alcançar o valor da lâmina líquida de irrigação, previamente determinada, a ser aplicada a cultura. [u]Um exemplo numérico[/u] Toma-se uma panela grande, de preferência de fundo chato e enche-se com água, deixando livre alguns centímetros a partir da borda. Na parede interna, fixa-se uma régua de plástico, verticalmente. Coloca-se no quintal, de modo a receber o sol durante todo o dia. Anota-se o N.A. e, 24 horas depois, entre 8 e 9 h da manhã, faz-se uma segunda leitura. Se não choveu, o cálculo é o seguinte: 1o. dia = 15 mm 2o. dia = 11 mm Evaporação = 15 - 11 = 4 mm Evaporação corrigida = 4 x 0,75 = [b]3 mm/d[/b]

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[u]O que fazer com esse dado ?[/u] No meu tópico [i]Dê asas à sua imaginação[/i], mostro como calcular as necessidades de irrigação, no capítulo [link=http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=94889&tid=24223140032168 77095]Quanto as plantas bebem[/link], de 28/10/05. Assim, a partir do dado acima, para se chegar a consumo de água de uma planta, basta multiplicar o valor da evaporação por um coeficiente (tabelado), relativo à cultura a irrigar. Se esse dado for, p.ex., 0,8 o consumo de água será de 3 mm x 0,8 = 2,4 mm/d ou, aprox. 2 e meio litros por metro quadrado e por dia. Viu como é fácil ? [;)] AS PLANTAS COMO BIOINDICADORAS DA POLUIÇÃO [link=http://www.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iArtigo=12704&iLingua=1]Bioindic adores [/link] [green][i]são organismos ou comunidades, cujas funções vitais se correlacionam tão estreitamente com determinados fatores ambientais, que podem ser empregados como indicadores na avaliação de uma dada área.[/i][/green] Muitas espécies de [link=http://www.cnpma.embrapa.br/informativo/mostra_informativo.php3?id=19 7]plantas, bactérias, fungos, leveduras, crustáceos[/link], dentre outros podem fornecer uma indicação rápida e sensível da pobre qualidade ambiental.

Um dos mais fundamentais atributos do organismo vivo, incluindo o homem, é a sua habilidade de responder a estímulos. [link=http://www.biomonitoring.com/]Poluentes ambientais[/link] podem se caracterizar como estímulos e provocar respostas nos organismos vivos. Esta peculiaridade pode ser empregada como um critério ou indicação na determinação da presença de poluentes no meio ambiente. Alterações morfológicas em plantas superiores são sintomas usados na [link=http://www.herbario.com.br/dataherb06/1112bioindicad.htm]bioindicação[/li nk], em função da facilidade do trabalho e a descomplicação na identificação e avaliação das alterações. Não são necessários laboratórios especializados. O mais velho relato sobre plantas indicadoras tem mais de 400 anos de idade.

Diferentes indicadores morfológicos para diferentes fatores de estresse já foram testados, de forma que é possível se realizar uma indicação a longo ou curto prazos, com concentrações baixas ou elevadas de poluentes. Em alguns países os indicadores morfológicos são usados em uma rede de monitoramento nacional. Na 20

Holanda, esta rede funciona desde 1969; no Japão, desde 1973, na Alemanha, desde início dos anos 70. Na Califórnia, já em 1955, foi realizado um programa que buscava a comprovação de danos provocados por smog fotoquímico em pomares, árvores frutíferas e ervas daninhas. No Brasil, em 1995, foi iniciado um Programa de Biomonitoramento do Ar na região do Pólo Petroquímico de Camaçari-BA, usando hortaliças (coentro, capimsanto, hortelã, feijão, etc.) e o musgo [i][u]Sphagnum sp.[/u][/i]. Em 2000 os [link=http://seminarioambiente.naturlink.pt/canais/Artigo.asp?iCanal=31&iSubCan al=50&iArtigo=15834&iLingua=1]países europeus[/link] implantaram o [link=http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010084042001000500005&script=sci_arttext&tlng=pt]Projeto EUROBIONET[/link] de biomonitoramento da poluição atmosférica, usando vegetais como gramíneas, planta do tabaco e outras. No seu trabalho de Mestrado na USP em 2004 ([link=http://www.eerp.usp.br/saudeambiental/saude_ar.pdf]]Bioindicadores vegetais de poluição atmosférica: uma contribuição para a saúde da comunidade[/link]), Regina Carneiro diz que já foram utilizadas 112 espécies vegetais (64 Angiospermae, 11 Coniferophyta, 22 líquens e 15 musgos) relacionadas ao monitoramento de: metais pesados, ozônio, material particulado, dióxido de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono, fluoretos, compostos orgânicos voláteis e hidrocarbonetos, principalmente nos países europeus. Aqui mesmo no Orkut, já falei sobre o uso de [link=http://www.hiddenforest.co.nz/lichens/]LÍQUENS[/link] como [link=http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=59650&tid=24091974]indicad ores da poluição ambiental[/link]. Veja um Guia (escolar) para [link=http://ocid.nacse.org/classroom/lichens/denison/noframes.html]Monitorar a Qualidade do Ar com Liquens[/link] aqui neste [i]link[/i]. Confira. [;)]

MEDIÇÃO DA ALTURA DE ÁRVORES A estimativa da altura de árvores é estudada pela [link=http://www.ceud.ufms.br/~omard/docs/a_matdid/silvicultura/8_Transp_Den 21

drom.pdf]Dendrometria[/link] e pode ser feita, de forma expedita, pelos seguintes métodos: 1 [link=http://www.ceud.ufms.br/~omard/docs/a_matdid/silvicultura/Sil_10_1_Dend rometria2_CVIII.pdf]método da vara[/link]. O observador segura uma vara de 1m, de modo que a altura da mesma acima da mão, seja igual à distância do seu olho até a vara, e movimenta-se para frente e para trás até fazer coincidir a imagem da vara com a altura da árvore. Nesse ponto a altura da árvore será igual à sua distância horizontal até ela. 2 – [u]clinômetro ou hipsômetro[/u] É um aparelho simples que indica o ângulo de visada ao topo e à base de uma árvore. A partir de uma distância L, o observador (A) faz 2 leituras: no topo (D) e paralelo ao solo (C), obtendo o ângulo alfa. Depois, de C até o ponto de contato do tronco com o solo (B), obtendo o ângulo beta. Logo, CD=L.tg(alfa) e BC=L.tg(beta). Altura da árvore: H = CD+BC. Ex.: L=30m; alfa=20graus e beta=15graus CD=30xtg(20)=10,9 BC=30xtg(15)=8,0 H = 10,9 + 8 = 18,9 =~19 m 3 – [u]método das sombras[/u] Ao lado da árvore que queremos medir a altura (H), fixamos no chão uma estaca de madeira de tamanho da parte aérea conhecido (S). Teremos apenas de medir o comprimento da sombra da árvore (h) e da baliza (s). Relacionando as alturas dos objetos e as respectivas sombras, teremos: H/h = S/s ou H = (S.h)/s. Ex.: a sombra da árvore mediu 12 m; a da haste de 70 cm mediu 1,2 m: H = (12x0,7)/1,2 = 7 m 4 – [u]método da superposição de ângulos iguais[/u] Ao lado de uma árvore de altura (H) desconhecida, fixamos verticalmente uma haste de altura conhecida (x). Com um clinômetro, medimos o ângulo formado ao visualizarmos o topo e a base da haste. Este ângulo será somado a tantos outros, iguais, até que o topo da árvore seja alcançado. Sua altura total será dada por: H = Soma(x). Ex.: a vara tinha 2 m de altura e foram necessárias 4 superposições para atingir a copa; logo, a altura total da árvore será: 2 + (4x2) = 10 m. São métodos simples, mas eficazes. [;)] MEDIÇÃO DA DECLIVIDADE DO TERRENO

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A declividade ou [link=http://www.topoevn.com.br/downloads/artigos/nivelamento.pdf]inclinação do terreno[/link] é uma das variáveis mais importantes na Natureza responsáveis pela erosão do solo. Por outro lado, essa mesma declividade pode ser usada, na Hidráulica, para conduzir mais água através de um canal revestido ou para [link=http://www.fazfacil.com.br/Pisos3.htm]escoar a água do piso[/link]. Sua medição precisa, no campo, é feita através de equipamentos óticos sofisticados como os teodolitos. Contudo, na pequena propriedade, pode ser feita com uma simples [link=http://www.fazfacil.com.br/Nivel.htm]mangueira plástica[/link] transparente, pelo princípio dos [link=http://www.feiradeciencias.com.br/sala02/02_027.asp]vasos comunicantes[/link]. É fácil entender o princípio da medição com o [link=http://metro.det.ufc.br/vanildo/Aula_2004/Topografia/Aula_3/Aula_3.doc]nív el de mangueira[/link]. Duas pessoas afastadas seguram, cada uma, uma das extremidades da mangueira, apoiando-a numa haste vertical graduada. Pelo princípio dos vasos comunicantes, o nível d´água será igual em ambas mas, se o piso for inclinado, a leitura da altura do nível da água num dos extremos [u]será menor[/u]. Essa diferença, dividida pela distância entre as pessoas, será a declividade do terreno naquele trecho. Para saber nos demais, é só deslocar-se e fazer novas medições. Ex.: desnível de 5 cm em dez metros: I = 0,05m/10m = 0,005m/mx100 = 0,5% de declividade. Em vez de mangueira com água, pode-se também utilizar uma [link=http://www.alterima.com.br/vazao.htm]vara com nível de bolha[/link] para medir a declividade. Nesse caso, basta uma pessoa para efetuar a medida. Veja como, na figura 1 desta página. De acordo com a Univ. Fed. de Uberaba-MG, [link=http://www.ig.ufu.br/revista/volume09/artigo03_vol09.pdf]Classes Relevo[/link] em função da Declividade (%), são: 0 – 2: Plano 2 – 5: Suave 5 – 10: Ondulado 10 – 20: Moderadamente ondulado > 20: Montanhoso ou escarpado

as de

Então, vamos lá fora medir a declividade ? [;)]

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