Correio da Manhã
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07 Dezembro 2008 - 15h22
Educação: Tréguas por poucas horas
Ministério inflexível O secretário de Estado da Educação, Jorge Pedreira, revelou ontem que a suspensão do modelo de avaliação de desempenho dos docentes não está sujeita a discussão e que os sindicatos sabiam que o Ministério era inflexível, quando se reuniram na sexta-feira.
'Se os sindicatos fizerem algum contributo válido, podemos fazer um ou outro ajuste mas que nada tem a ver com a suspensão', explicou Jorge Pedreira, adiantando que na reunião entre sindicatos e Governo, convocada para dia 15, se vão debater 'outras questões'. Natália Ferraz / Pedro Catarino Durante o dia de ontem, o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, falou numa acta na qual estaria acordado com o Ministério da Educação que as duas partes iriam argumentar sobre as propostas divergentes, procurando convencer-se uma à outra. 'O dr. Mário Nogueira deve estar a inventar uma acta', disse o secretário de Estado. 'O Governo vai activar os instrumentos legais que aprovam a avaliação.'
A plataforma sindical avançou com a hipótese de manter uma greve geral no dia 19 de Janeiro: 'O Ministério da Educação não negoceia sob chantagem', realçou Jorge Pedreira. Quem colocou pressão sobre sindicatos e tutela foram os professores dos movimentos independentes, que exigem que qualquer acordo seja objecto de um referendo. PROFESSORES 'NÃO BRINCAM' A Plataforma Sindical dos Professores estranhou as declarações do secretário de Estado e apelou ao Ministério da Educação (ME) para 'que todos respeitem o que foi discutido e decidido'. Em conferência de imprensa realizada em Coimbra, Mário Nogueira lembrou que, ao contrário do que disse Jorge Pedreira, o que ficou previsto para dia 15 foi uma reunião de agenda aberta, em que seria apresentada a proposta dos professores, em pé de igualdade com a do ME. Mário Nogueira acredita que no dia 15 o ME 'honre o compromisso'. Lembra que os sindicatos deram 'um sinal enorme' ao suspender a greve de quatro dias, mas avisa que se for preciso 'levar a luta por diante', os professores ' já provaram que não brincam às lutas'.
Sofia Rato
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07-12-2008 17:02