Microsoft Word - Tarefa4 Margarida

  • June 2020
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Plano de avaliação O Modelo de Auto-Avaliação da Biblioteca Escolar: Metodologias de Operacionalização (parte I)

Introdução

“…Na actualidade as Bibliotecas são avaliadas em função dos serviços que prestam e não da dimensão das colecções. Produz-se uma avaliação do que a Biblioteca faz e não do que a Biblioteca tem…” Peter Hernon (1998)

“A avaliação das Bibliotecas deve basear-se em várias estratégias simultaneamente dependendo das necessidades que o bibliotecário sente para obter determinados dados, para a elaboração dos seus relatórios de planeamento e gestão dos serviços. Segundo Bertot, as bibliotecas precisam conhecer os investimentos imputs, que serviços outputs com o objectivo de determinar a qualidade e o impacto ouctomes desses serviços/recursos”

John Bertot (2003)

Margarida Costa Rodrigues

Índice

A. Selecção de um Domínio/Subdomínio ....................................... 3 Domínio A.2. – Apoio ao Desenvolvimento Curricular/ Promoção das Literacias da Informação, Tecnologia e Digital ............................. 3 B. Indicadores seleccionados ....................................................... 4 C. Plano de Avaliação ................................................................. 4 D. Calendarização .................................................................... 12 E. Análise Final ........................................................................ 13 Bibliografia.............................................................................. 15

Margarida Costa Rodrigues

A. Selecção de um Domínio/Subdomínio

Domínio A.2. – Apoio ao Desenvolvimento Curricular/ Promoção das Literacias da Informação, Tecnologia e Digital

Foi seleccionado este Domínio considerando que é determinante para um impacto positivo no ensino e na aprendizagem e tendo em vista: v Contribuir para a afirmação e reconhecimento do papel da BE. v O uso da biblioteca como espaço formativo e de aprendizagem, intrinsecamente relacionado com a escola, com o processo de ensino/ aprendizagem, com a leitura e com as diferentes Literacias. v Um maior envolvimento dos professores

Esta escolha foi motivada pelo facto de ter sido seleccionado o Domínio A para ser avaliado no presente ano lectivo na BE. Essa opção, por sua vez, teve a ver, sobretudo, com o principal objectivo do Projecto Educativo: melhorar as aprendizagens dos alunos e os seus resultados escolares, que pensamos poder ser atingido com o contributo da BE. Assim, escolhemos um domínio em que vamos trabalhar intensamente ao longo do ano. A avaliação do domínio servirá para medir o impacto da BE nas competências de literacia de informação dos alunos, mas o plano de avaliação contribuirá igualmente para que o trabalho a desenvolver ao longo do ano seja mais eficaz.

Margarida Costa Rodrigues

B. Indicadores seleccionados Indicador de Processo: A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores. Indicador

de

Impacto/Outcome:

A.2.4.

Impacto

da

BE

nas

competências tecnológicas e de informação dos alunos. O 1.º incide no processo, naquilo que está a ser feito, o 2.º no impacto da acção nos alunos.

C. Plano de Avaliação

- Promover o valor da BE na escola - Motivar para a sua utilização

Objectivos

- Esclarecer sobre as formas como está organizada - Ensinar a utilizar os diferentes serviços - Desenvolver competências para o uso da biblioteca

Indicador de processo

A.2.1. Organização de actividades de formação de utilizadores O Plano de Trabalho da BE inclui actividades de formação de utilizadores com turmas e docentes.

Factores críticos de sucesso

Alunos e professores desenvolvem competências para o uso da biblioteca. Alunos e professores revelam um maior nível de autonomia na utilização da BE após as sessões de formação de utilizadores.

Margarida Costa Rodrigues

A BE produz materiais informativos e/ou lúdicos de apoio à formação dos utilizadores. A BE promove a integração, com o apoio dos órgãos de gestão e dos docentes, de um plano para a literacia da informação no Projecto Educativo e Curricular da Escola/Agrupamento e nos Projectos Curriculares das Turmas. A BE propõe um modelo de pesquisa de informação a ser usado por toda a escola. A BE estimula a inserção nas unidades curriculares, Áreas de Projecto, Estudo Acompanhado/Apoio ao Estudo e outras actividades, do ensino e treino contextualizado de competências de informação. Os elementos da Equipa da BE participam, em cooperação com os docentes, nas actividades de ensino de competências de informação com turmas/grupos/alunos.

Actividades de formação de utilizadores Materiais de apoio Evidências Autonomia dos utilizadores Envolvimento dos alunos nas actividades Planificações das actividades Registos de: Instrumentos de recolha de evidências

- Actividades realizadas - Reuniões/contactos prévios com docentes envolvidos - Turmas abrangidas Listagem de materiais produzidos para apoio

Margarida Costa Rodrigues

às actividades Observação das actividades: Itens da Grelha de Observação de Utilização da BE (O1) – ver itens A) Intervenientes

Professora bibliotecária Membros da Equipa Directores de turma Professores de Área de Projecto e/ou de Estudo Acompanhado

Procedimentos

Planeamento das actividades a realizar. Calendarização da realização das actividades. Reuniões/contactos com os docentes das turmas para apresentação/comunicação das actividades e calendarização. Disponibilização de materiais a utilizar/grelhas de observação aos docentes envolvidos. Recolha e tratamento das evidências recolhidas.

Margarida Costa Rodrigues

Indicador de impacto

A.2.4. Impacto da BE nas competências tecnológicas e na formação dos alunos Os alunos utilizam, de acordo com o seu nível de escolaridade, linguagens, suportes, modalidades de recepção e de produção de informação e formas de comunicação variados, entre os quais se destaca o uso de ferramentas e media digitais.

Factores críticos de sucesso

Os alunos incorporam no seu trabalho, de acordo com o nível de escolaridade que frequentam, as diferentes fases do processo de pesquisa e tratamento de informação: identificam fontes de informação e seleccionam informação, recorrendo quer a obras de referência e materiais impressos, quer a motores de pesquisa, directórios, bibliotecas digitais ou outras fontes de informação electrónicas, organizam, sintetizam e comunicam a informação tratada e avaliam os resultados do trabalho realizado. Os alunos demonstram, de acordo com o seu nível de escolaridade, compreensão sobre os problemas éticos, legais e de responsabilidade social associados ao acesso, avaliação e uso da informação e das novas tecnologias. Os alunos revelam em cada ano e ao longo de cada ciclo de escolaridade, progressos no uso de competências tecnológicas e de informação nas diferentes disciplinas e áreas curriculares.

Margarida Costa Rodrigues

Evidências

Métodos/Instrumentos de recolha de evidências

Competências, atitudes e comportamentos dos alunos em actividades realizadas na BE em contexto lectivo Pontos de vista dos docentes Auto-percepção dos alunos Estatísticas de utilização da BEObservação de utilização da BE (O1) Grelha de análise de trabalhos escolares dos alunos-T1 Grelhas de avaliação de trabalhos escolares Questionário aos docentes (QD1) Questionário aos alunos (QA1) PEE, RI, PCE, PAA, Regimento…

Itens e questões dos instrumentos de avaliação

A) O1 - Grelha de Observação da Utilização da Biblioteca em Contexto Lectivo 03. Consulta o catálogo da BE ou de outras bibliotecas. 04. Localiza livros e outros recursos na biblioteca. 12. É autónomo e responsável, sem estar sempre a pedir ajuda, cumprindo prazos, etc. 13. Trabalha individualmente, a pares, em grupo e colectivamente. 14. Ajuda e partilha ideias e conhecimentos com os outros colegas. 15. Assume um comportamento adequado na biblioteca, seguindo as orientações dos professores e as regras de utilização da biblioteca. B) QD1 – Questionário aos Docentes 8. Já participou em actividades de formação de utilizadores para o uso da biblioteca, promovidas pelo coordenador/equipa da BE? 13. Como classifica as suas

Margarida Costa Rodrigues

competências pessoais para o uso autónomo da BE com os seus alunos? 13.1. Competências de biblioteca: Excelentes L Boas L Médias L Fracas L 14. Como classifica em geral, as competências para o uso autónomo da BE por parte dos seus alunos? 14.1. Competências de biblioteca: Excelentes L Boas L Médias L Fracas L 15. Como avalia o contributo dado pela BE para o desenvolvimento nos alunos deste tipo de competências? Muito Bom L Bom L Satisfatório L Fraco L Nulo L 17. Em que medida influencia a BE o desenvolvimento nos seus alunos de valores e atitudes de convivência, iniciativa, cooperação e autonomia? Muito L Bastante L Pouco L Nada L C) QA1 – Questionário aos alunos 7. Já participaste com a tua turma em actividades de formação de utilizadores para o uso da biblioteca? 7.1 Se respondeste Sim, achas que depois dessas actividades te sentes mais à vontade na pesquisa no catálogo, na localização dos livros, na utilização dos PCs ou no recurso aos serviços de empréstimo? Muito L Bastante L Pouco L Nada L 10. Como classificarias as tuas competências para o uso autónomo da BE? 10.1. Competências para o uso dos serviços e equipamentos da Margarida Costa Rodrigues

BE Excelentes L Boas L Médias L Fracas L 12. Consideras que o trabalho na BE exige de ti alguma capacidade de iniciativa, autonomia e cooperação com os teus colegas? Intervenientes

Professora Bibliotecária Equipa Professores dos diferentes departamentos e das NAC (20% do universo total) Alunos de turmas dos diferentes anos de escolaridade (10% do universo total)

Procedimentos

Definição dos instrumentos de recolha de evidências. Selecção e identificação das amostras de professores e alunos relativamente aos questionários e grelhas de observação a aplicar. Apresentação aos professores do propósito e metodologia da autoavaliação. Divulgação dos instrumentos utilizados para a recolha de evidências. Estabelecimento das formas de colaboração com os docentes na recolha de evidências sobre os alunos. Calendarização da aplicação dos questionários e grelha. Aplicação dos questionários aos professores em 2 momentos. Aplicação da grelha de observação da utilização da BE em contexto

Margarida Costa Rodrigues

lectivo em 2 momentos. Aplicação dos questionários aos alunos em 2 momentos. Recolha e tratamento dos dados referentes à aplicação dos questionários e grelhas. Análise e comunicação dos resultados

Análise das evidências recolhidas. Identificação do nível de desempenho em que se situa a biblioteca no subdomínio avaliado. Registo no Quadro – Síntese do modelo das evidências recolhidas, do nível atingido, dos pontos fracos detectados e de propostas de acções para a melhoria. Incorporação dos resultados da avaliação realizada no Relatório Anual da Biblioteca Escolar. Comunicação dos resultados da avaliação em Conselho Pedagógico e aos restantes órgãos da escola.

Margarida Costa Rodrigues

D. Calendarização Tratamento dos dados: 1º- Constituição de uma equipa constituída pela Professora Bibliotecária e outros professores (1º período)

2º- Elaboração/selecção de instrumentos de tratamento de dados (1º e 2º períodos)

3º- Tratamento e análise de dados (3º período – Junho/Julho)

Registo da auto-avaliação: 1º - Reflexão sobre os resultados (Junho/Julho/Setembro) 2º - Identificação do nível de desempenho (Setembro) 3º - Preenchimento do relatório (Setembro)

Comunicação dos resultados: Apresentação do relatório ao Conselho Pedagógico, assim como do plano de melhoria (Setembro)

Margarida Costa Rodrigues

E. Análise Final Avaliar o impacto é saber o que melhorou nas competências e acções dos alunos. A reflexão sobre o que a BE faz leva-nos a detectar: Como pontos Fortes: Os alunos têm mais sucesso educativo com as tecnologias digitais; As suas competências melhoram; Usam as tecnologias digitais adequadamente e revelam progressos nas diferentes áreas curriculares e não curriculares Como pontos fracos: Identificar as causas e encontrar soluções; Aplicar soluções e verificar a sua eficácia. Só assim fará sentido como parte inicial de um processo de renovação constante. O plano de avaliação da BE tem de partir da questão: O que queremos avaliar para melhorar? Devemos inserir esta avaliação no processo de avaliação da escola que deve articular-se com os objectivos do projecto educativo. O que se pretende apresentar é a forma de avaliar o processo ou seja: Como pontos Fortes podemos indicar a sua inclusão no plano de trabalho da BE, os materiais produzidos, as evidências recolhidas e o seu tratamento. Como indicadores de ouctome, ou seja o impacto que causou na escola e nos alunos temos as acções dos alunos. O importante é que os alunos se tornem autónomos, que trabalhem adoptando correctamente as fases de pesquisa, recolha e tratamento da informação e os alunos revelem progressos nas suas competências. Nota:O Texto desta sessão foi importante pois apresentou de uma forma clara a operacionalização de todo o processo permitindo estabelecer a ponte entre aquilo que é conseguido com a avaliação que fazemos e aquilo que pode proporcionar a aplicação desta nova avaliação. Margarida Costa Rodrigues

Antes do Modelo O relatório anual com base nos: Inputs - equipamentos, colecções, instalações Processos - actividades realizadas, serviços oferecidos Outputs - empréstimos domiciliários ou materiais produzidos Avaliação direccionada para a medição quantitativa

Margarida Costa Rodrigues

Depois do Modelo O modelo direcciona para uma avaliação qualitativa virada para os impactos Envolve a comunidade escolar Permite reflexão Permite planificação È transversal A partilha dos resultados permite formar consciência colectiva da situação

Bibliografia

McNamara, Cárter (1997-2008). Basic Guide to Program Evaluation.

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Auto-avaliação das Bibliotecas Escolares: instrumentos de recolha de dados.

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Autoavaliação das Bibliotecas Escolares. (2009)

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo para o relatório de avaliação da BE

Texto da sessão.

Margarida Costa Rodrigues

Margarida Costa Rodrigues

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