Mestre Das Sombras Viii - Caduceu De Hermes

  • October 2019
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MESTRE DAS SOMBRAS PARTE VIII “Caduceu de Hermes”

Somos transportados à noite para a terra dos sonhos com a ajuda de Hipnos, Morfeu e Hermes, Segundo a mitologia grega, Zeus o pai dos deuses, auxiliado por Hipnos, o deus do sono, e seu filho Morfeu, o deus dos sonhos, enviava conselhos inspirações e profecias à humanidade por meio de Hermes, seu mensageiro alado. Quando Hipnos nos tranqüiliza para dormir e caímos nos braços de Morfeu, quem sabe que revelações nossos sonhos nos farão e para que região longínqua do universo viajaremos, com asas nos calcanhares, acompanhados de nosso guia astral, Hermes?

Introdução O grande pagé da tribo presta grande atenção em seus sonhos, pois são usados principalmente para invocar poderes especiais dos deuses, cujo propósito é receber suas instruções. A promoção de sonhos que invoquem poderes especiais é chamada de incubação. Define-se como incubação de sonho o ato de dormir num santuário ou em um local de poder, com a intensão de receber para uma pergunta um sonho-resposta, tendo antes cumprido os rituais recomendados, tais como: abster-se de sexo, comer carne e beber bebidas alcoólicas, somente um copo de água pura. O pagé sabe interpretar sonhos e receber as mensagens divinas reveladas por meio de uma série de sonhos, não somente os seus próprios sonhos, mas os de toda tribo em conjunto. “Sonho que se sonha só é só sonho, sonho que se sonha em conjunto é realidade”. A maioria dos sonhos é compreendida como uma advertência ou uma profecia, uma simples advertência significava que o aborrecimento poderia ser evitado se se agisse de acordo com a sua mensagem, mas nada podia ser feito se o sonho fosse profético. Para saber em que categoria o sonho se enquadrava usa-se o método conhecido como os Portais dos Sonhos:

Existe, portanto, dois Portais de sonhos, um de marfim e outro de osso. Se um sonho atravessasse o Portal de Marfim era um sonho de advertência, mas se atravessasse o Portal de Osso era profético. A mente sonhadora criou estes portais simbólicos a partir de um jogo de palavras. Essas palavras representam aquilo que pode ser evitado e o que é inevitável. Os índios reconhecem quando os sonhos os ajudavam a conviver pacificamente, realizam festas regulares de sonhos que duram vários dias ou até semanas. Ao partilharem seus sonhos, emergia um padrão distinto, era comum toda tribo ter um sonho semelhante, que era usado para elaborar uma futura política tribal. Entre os índios existe a crença que durante o sono a alma deixa o corpo e aventura-se num mundo especial de sonho. E acham muito perigoso acordar alguém repentinamente, por que o espírito pode não ter tempo de retornar ao corpo, e assim, ficar preso para sempre do outro lado. Os sonhos trazem sinais, símbolos e arquétipos do inconsciente coletivo. O sinal é sempre inferior ao conceito que representa, ao passo que o símbolo sempre representa algo mais do que o seu significado óbvio e imediato. Aos remanescentes arcaicos, chamamos de arquétipos ou imagens primordiais. A fonte da qual tudo isso derivou é o inconsciente coletivo: “É a base que os povos antigos chamam de harmonia de todas as coisas”. Deste reservatório universal flui uma nascente de recordações cósmicas intensas com as quais entramos em contato, ou, pelo contrário, que talvez entrem em contato conosco por meio de nossos sonhos. Algumas pessoas consideram como lembranças de Akasha.

Desenvolvimento No intercâmbio da civilização grega com a egípcia, o deus Thoth da mitologia egípcia foi assimilado a Hermes e, desse sincretismo, resultou a denominação de Hermes egípcio ou Hermes Trismegistos (três vezes grande), dada ao deus Thoth, representado por um homem com cabeça de íbis, na simbologia egípcia o íbis representa o pássaro sagrado. Está relacionado à morte, ao julgamento e ao registro das almas e à espiritualidade, está também associado à lua (tentava dissipar as trevas com a sua luz). Considerado o inventor da escrita (hieróglifos) e o deus da sabedoria (patrono da alquimia).

Entre o século III a.C. e o século III d.C. desenvolveu-se uma literatura

esotérica

chamada

hermética,

em

alusão

a

Hermes

Trismegistos. Esta literatura versa sobre ciências ocultas, astrologia e alquimia. O sincretismo entre Hermes da mitologia grega com Hermes Trismegistus resultou no emprego do caduceu como símbolo deste último, tendo sido adotado como símbolo da alquimia, da alquimia o caduceu teria passado para a farmácia e desta para a medicina.

Hermes, na mitologia grega, é considerado um deus desonesto e trapaceiro, astuto e mentiroso, deidade do lucro e protetor dos ladrões. Seu primeiro ato, logo após o seu nascimento, foi roubar parte do gado de seu irmão Apolo, negando a autoria do furto. Foi preciso a intervenção de Zeus, que o obrigou a confessar o roubo. Para se reconciliar com Apolo, Hermes presenteou-o com a lira, que havia inventado, esticando sobre o casco de uma tartaruga, cordas fabricadas com tripas de boi. Inventou a seguir a flauta que também deu de presente a Apolo. Apolo, em retribuição, deu-lhe o caduceu. Caduceus, em latim, é a tradução do grego kherykeion, bastão dos arautos, que servia de salvo-conduto, através das esferas conferindo imunidade ao seu portador quando em missão de paz. O caduceu consiste em um cajado bem trabalhado, com duas serpentes dispostas em espirais ascendentes, simétricas e opostas, e com duas asas na sua extremidade superior.

O valor de um símbolo não está no seu desenho, mas no que ele representa. As serpentes enroladas formando esferas que aumentam de tamanho e complexidade conforme ocorre a elevação simbolizam a transmutação o transformismo e o movimento através da árvore da vida. As asas são alusão a transcendência da matéria e a partida para outros planos, este seria o objetivo e o sentido da existência da vida na terra. O símbolo é ao mesmo tempo um mapa e uma chave para o controle das energias visando uma elevação, despertando a serpente de fogo que leva as energias das esferas inferiores, até o cérebro. O método é conhecido como “a árvore do conhecimento” objetivando uma explosão de iluminação cósmica, sendo a base da organização hermética, através de graus herméticos, não é por acaso que a árvore da vida é idêntica as árvores evolutivas biológicas modernas. Com a conquista da Grécia pelos romanos, estes assimilaram os deuses da mitologia grega, trocando-lhes os nomes: Hermes passou a chamar-se Mercúrio. Segundo os filólogos, a denominação de Mercúrio dada a Hermes pelos romanos provém de merx, mercadoria, negócio. O metal hydrárgyros dos gregos passou a chamar-se mercúrio por sua mobilidade, que o torna escorregadio e de difícil preensão. É o único metal líquido. O planeta Mercúrio, por sua vez, deve seu nome ao fato de ser o mais veloz do sistema planetário. Hermes tinha a capacidade de deslocar-se com a velocidade do pensamento e por isso tornou-se o mensageiro dos deuses do Olimpo. Hermes foi consagrado como o deus do comércio e o deus dos viajantes e peregrinos. Portando o caduceu tinha livre acesso através das esferas da árvore da vida. Outra tarefa a ele atribuída foi a de transportar os mortos à sua morada subterrânea (Hades).

Conclusão “O homem é apenas o sonho de uma sombra.” (Ode a Apolo, 8).

Existem

influências

externas,

causadoras

dos

pesadelos

apavorantes, quando o campo protetor a nossa volta fica enfraquecido, pode ser facilmente violado, e a conseqüência são pesadelos terríveis conhecidos como ataques psíquicos ou de íncubus, a que as crianças são especialmente vulneráveis. Geralmente, incluem formas escuras aterrorizantes, sombras e coisas nojentas rastejantes que se insinuam no caminho. Com isso em mente as crianças devem aprender a importância dos sonhos desde muito cedo e devem ser encorajadas a enfrentar seus pesadelos a fim de dominá-los antes que cresçam. O resultado disso é que serão virtualmente capazes de prever dificuldades e problemas antes que se manifestem. A manipulação dos sonhos leva ao entendimento de que os sonhos são fragmentos da personalidade que se compõem de forças psíquicas dissimuladas como formas físicas, embora vejamos nisso sombras dos arquétipos, individual e coletivo. Os sonhos lúcidos são auxiliares no desenvolvimento de poderes psíquicos e mentais, é preciso se tornar consciente durante o sonho, e então aprender a manipulá-lo. O principal traço característico de um sonho lúcido é que sabemos, sem a menor sombra de dúvida que estamos sonhando. O próximo passo é controlar o próprio sonho, se pudermos fazer isso, então seremos capazes de começar a controlar nossa própria vida e alterar o curso de nosso destino.

Índio sombra que surge (Maio de 1971)

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