Memorial [1]..

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1.2-FRAGMENTOS DE HISTÓRIA DE VIDA

.1-Adriana Alves dos Santos

1.Escola e ensino Médio

Terminada a 8° série, o início de um dilema: “O que cursar? Contabilidade ou magistério?” a turma tinha que se dividir, alguns para magistério e outros para contabilidade a escolha do curso foi só para concluir, pois na verdade o sonho do meu pai era que eu fizesse medicina, mas durante esse percurso, por falta de experiência e influência das colegas acabei engravidando mo final do 2° ano, com 15 anos do meu do meu primeiro namorado e para completar de gêmeos, este episódio mudou radicalmente minha vida, não parei de estudar, mas meu pai não quis mais falar comigo, mesmo enfrentando muitas dificuldades conclui os estudos, mas vestibular tive de ser advogada, e só depois de um ano tentei, como tinha feito magistério, e como tinha parado de estudar nesse tempo, não consegui passar, fiquei desestimulada, pois a concorrência já era esmagadora. Resolvi então voltar a estudar e fiz novamente o 1° e o 2° ano de contabilidade na Escola Normal, no dia de me matricular no 3° ano esta escola estava começando a implantar o Adicional (4° ano de magistério) então ao invés de me matricular no 3° ano me matriculei no 4° ano de magistério, para ser nível II, enfrentando novamente outro estágio. Tanto no magistério como no Adicional enfrentei muitas dificuldades, pois conciliar a criação de duas crianças com estudo e minha idade exige muito, mas me sai bem, fui uma aluna muito responsável e cumpria sempre com todas as obrigações.

1.2. O início do trabalho como educadora.

Em 1991 fiz o concurso para professora municipal e passei, mas como estava trabalhando e os meninos eram muitos pequenos não pude assumir o concurso neste ano,pois nesta época só tinha vaga para a “Zona Rural” na qual tinha de ficar uma semana por lá, só depois de um ano e meio, quando surgiu uma vaga no Povoado de Lagoa das Flores foi que eu assumi, trabalhando nessa localidade 10 anos. Comecei ensinando alfabetização, depois passei por várias séries: 2ª, 3ª, 4ª e uma turma de jovens e adultos à noite, na qual consegui desenvolver um bom trabalho. Fiz um curso de xadrez na UESB e me apaixonei, o que me levou a ficar 20 horas na sala de aula e 20 horas ensinando xadrez, 3 anos depois assumi 40 horas só no xadrez, onde só saí por causa da universidade.

1.3. Educação e Universidade

Quando assumi, 40 horas no xadrez tive que sair da “Zona Rural” para vir para a “Zona Urbana”, como chegava em casa mais cedo entrei em um cursinho para tentar, o bicho papão: Vestibular novamente, tentei então mais uma vez e não consegui. Foi quando surgiu a oportunidade de ingressar na universidade através de um vestibular de menor concorrência, e fui aprovada para o 2° semestre. Fiquei muito confusa no começo, por conta de várias dúvidas: O curso é bom? Será que realmente vou crescer enquanto pessoa e profissional? Como estava no 1° semestre de psicologia na FTC e era particular, desisti e resolvi cursar na UESB mesmo com tantas dúvidas. A educação nunca me causou espanto só fico agoniada quando tem muitos trabalhos. Cursar uma universidade exige muito tempo, tempo para ler, tempo para confeccionar trabalhos, tempo para assistir aulas, é uma carga horária pesada, principalmente quando se leciona 40 horas, mas com força de vontade nada é impossível. Ser estudante é estar no mundo de descobertas, de novidades, de crescimento e que a cada dia o seu amadurecimento como pessoa e como profissional é algo que lhe encanta. Ter oportunidade de transferir o que você aprende para seus alunos é uma experiência gratificante, os resultados obtidos acabam sendo um estímulo no meio de tantas dificuldades para chegar ao final e alcançar o objetivo que todos almejam: ser mais que um professor, um educador transformador com características imprevisíveis em sua prática educativa no que se refere à relação Professor x

Aluno x Conhecimento x Aprendizagem, contribuindo assim, de maneira direta e positiva na formação do educando.

1.2 Cleonice Oliveira Macedo

1- Ensino médio

“A vivência escolar deixa marcas profundas em nossas vidas... quase nunca relacionadas ao conteúdo aprendido” sendo assim posso afirmar que estas marcas se seguiram por toda a minha realidade escolar. Em 1990 ingressei no Instituto de Educação Euclides Dantas para cursar o magistério, não porque gostava do curso, mas na época havia poucas possibilidades. No início foi muito difícil, pois muitos dos colegas eram desconhecidos, os professores em sua maioria eram distantes, frios, apenas chegavam e depositavam os conteúdos e exigiam os resultados, não se preocupavam com as nossas dificuldades, porém havia professores amigos, sensíveis, que se preocupavam com o desenvolvimento e a aprendizagem dos educandos, através de conversas e reflexões sobre o que estamos aprendendo e como era possível sanar as dificuldades encontradas. Em 1992 conclui o curso, consegui vencer as dificuldades que tive durante o curso sempre contando com alguns amigos e professores, pois da minha família nunca tive muito apoio para os estudos, logo em seguida a escola passou a oferecer o curso adicional em pré-escolar, retornei em 1994 ao Instituto de Educação Euclides Dantas para cursar adicionais em pré-escolar, com o objetivo de aprimorar os meus conhecimentos e ter mais possibilidades para exercer a profissão, foi um ano maravilhoso, reencontrei varias colegas, fiz novas amizades os professores eram dedicados, havia em todos um entusiasmo por aquele curso, entusiasmo esse que era passado a todos da turma, esse curso me deu suporte para trabalhar nas classes de alfabetização, suporte este que deveria ter sido dada quando estava no magistério porém os cursos de magistério só preparam o educando para atuarem de 1ª a 4ª série, não sabendo eles que na maioria das vezes quando terminávamos o curso, vamos para uma classe de alfabetização sem preparo algum e com esta passamos a aprender a partir dos nossos erros e acertos, das angustias e das alegrias quando percebemos que os nossos alunos começaram a ler as primeiras palavras é gratificante este resultado que proporciona a alegria do professor e do aluno é uma das recompensas do seu trabalho. 1.1-O início do trabalho como educadora

Comecei a minha prática pedagógica antes de concluir o magistério em uma classe de alfabetização de jovens e adultos na Igreja Universal do Reino de Deus em 1991 no projeto ler e escrever, neste projeto aprendi muito mais do que ensinei na época eu estudava pela manhã e dava aulas a noite as pessoas que participavam deste projeto tinham tanta vontade em aprender que mesmo cansada muita das vezes eu não deixava de ir dá aula para eles, nesta época trabalhava a tarde, porém ensinar era um prazer pois cada aluno tinha uma história de vida para contar, histórias estas que eram verdadeiras lições de vida, que me incentivaram a prosseguir nesta carreira árdua que é a de ser professor. Em 1993 fui contratada pela prefeitura de Vitória da Conquista para ensinar em uma escola da Zona Rural, assim que fui chamada fui com um entusiasmo, pois acreditava que trabalhar em uma escola toda organizada com salas de aula, vários professores, enfim uma escola estruturada, pois até então não conhecia a realidade das escolas da zona rural, nem as condições que eram dadas aos professores. Então em 27 de julho de 1993 fui convocada para estar as 08h00min horas na secretaria de Educação para conhecer a escola, chegando lá havia vários professores, todos iam para a zona rural. Cada um para um lugar diferente e eu pensando que todos iriam para uma única escola, logo me chamaram e disseram que eu iria para a escola Municipal da Fazendinha, escola localizada na Limeira e que era uma escola nova e que deveria passar a semana toda lá, nesse momento meus olhos encheram-se de lagrimas, pois não gostava de Zona Rural nem para passear imagina ficar num lugar desconhecido então era péssimo porém não tinha escolha pois precisava trabalhar, aceitei, assinei o contrato e fui conhecer a escola , chegando lá era apenas uma sala sem carteiras, sem alunos , teve de fazer a matricula dos alunos, detalhe seria uma turma multiseriada, até então até a turma era desconhecida, após uma semana de matricula as aulas começaram os alunos sentavam nas sobras dos tijolos, que haviam sobrado da construção da escola, alguns pais fizeram cadeira para seus filhos porém a maioria sentavam nos tijolos, naquela época a sala estava com 45 alunos da alfabetização a 4ª série era uma situação nova a qual teria que aprender a lidar com ela, pois precisava trabalhar e eu fui tão bem recebida naquela localidade que passei a ter um compromisso em procurar fazer o melhor por eles, eram crianças, adolescentes e os seus pais que depositaram em mim uma confiança que era a de ensinar os seus filhos a ler, eu chorava todos os dias com vontade de ir embora mas não podia só havia transporte duas vezes na semana e para chegar até o ponto do ônibus era preciso andar cerca de 40 a 50 minutos , se perdesse o ônibus só orando para aparecer uma carona. Descobri que receitas prontas não há realmente, mas que a socialização de experiências entre pessoas que vivenciam determinadas situações, seja social ou educacional, soma na hora de

resolver problemas que afligem a educação. A socialização de experiências e a vivência com o mundo daquelas pessoas fizeram com que eu e eles vencêssemos mais uma etapa de nossas vidas. E foi assim que descobri o gosto pela profissão de ser professor, o prazer de ensinar e aprender simultaneamente. Em 1999, após o concurso de 1998, recém-concursada retornei para a zona rural não por escolha, mas por ser a única opção para se ter 40h, fui para o povoado de Corta-lote, local estranho, lá não conhecia ninguém, desta feita com 2 turmas uma de alfabetização e outra multiseriada de 2ª a 4ª série, nesta escola havia 2 salas de aula, eu trabalhava nas turmas citadas e uma outra professora que só tinha 20 horas trabalhava com a 1ª série esta escola faz parte do circulo integrado de São João da Vitória, zona rural de Vitória da Conquista, nesta localidade aprendi muito, era uma zona rural diferente daquela que já havia trabalhado, foi uma época difícil, eu procurei aprender e ensinar pois ali era o inicio e a continuação da minha vida profissional naquele momento difícil aproveitando todas as possibilidades para crescer como pessoas e como educadora a comunidade muito contribuiu para o meu desenvolvimento profissional. Em 2000 fui convidada a trabalhar no projeto de aceleração que atendia a alunos de 10 a 14 anos multirepetentes e não alfabetizados, com dificuldades no desenvolvimento da habilidade da leitura e da escrita, em defasagem de idade (série e/ou que não tiveram acesso à educação formal na idade prevista) A turma funcionava no turno matutino na Escola Municipal Maria Rogaciana no Bairro Brasil, zona urbana a turma era formada por 25 alunos com faixa etária de 10 a 13 anos que tinham 5 horas diárias de aula, perfazendo o total de 25 horas semanais mais atendimento individualizado no turno oposto como medida de reforço para sanar suas dificuldades. A dedicação exclusiva do professor a turma e o aperfeiçoamento contínuo com 15 horas semanais destinadas a estudos, planejamento individual e coletivo, estudos previsto no projeto da aceleração possibilitou o crescimento significativo em minha prática pedagógica. Após terminar o projeto das turmas de aceleração em 2002 vim trabalhar na Escola Municipal Antonio Cavalcante Silva, Rua Braulino Santos s/n em Vitória da Conquista: classe de circulação entre ciclos onde o aluno recebe o tratamento didático – pedagógico especializado, tendo em vista correção da defasagem idade/série, objetivando reenturma-lo na série correspondente a sua faixa etária, num tempo o mais rápido possível, determinado por uma avaliação processual. Atuei durante dois anos nesta classe de progressão com uma carga horária de 40horas semanais assim distribuídas: 20 horas em regência efetiva ba classe de progressão; 10 horas

destinadas a estudos e planejamentos, 10 horas destinadas a reforço dos alunos das classes do ciclo de aprendizagem, que não alcançavam desempenho satisfatório na classe regular do ciclo. As experiências vividas nas turmas de aceleração e progressão centrada no desenvolvimento global, de forma acelerada levaram-me muitas vezes a preocupações e angustias em como ensinar aqueles alunos e em como os alunos processavam a sua aprendizagem, preocupações que sempre me impulsionavam a buscar soluções para o desenvolvimento da aprendizagem do educando objetivando sanar suas dificuldades. Atualmente estou trabalhando com o ciclo de Formação Humana que organiza o ensino fundamental em três ciclos cada um com três anos de duração, proposta que permite ao aluno a aprovação automática. Estou atuando nas turmas de 1º ano do ciclo II de Formação Humana, na Escola Municipal Antônia Cavalcante Silva nos turnos matutino e vespertino, sendo que estas turmas são multisseriadas nas quais há alunos que ainda não adquiriram as habilidades de leitura e escrita, tornando assim o desenvolvimento das atividades propostas mais difícil, pois há a necessidade de diversificar as atividades respeitando e procurando sanar as dificuldades de aprendizagem de cada criança em seu processo de ensino-aprendizagem. Portanto redescobri pela prática que realmente a educação perpassar por vários fatores sociais e econômicos. A realidade é dura; as angustias diárias e a falta de capacitação e material adequado para se ter condições de amenizar os problemas da aprendizagem dos alunos que diariamente refletem situações econômicas e sociais que fogem ao controle dos educadores e das pessoas que compõem a comunidade escolar e que vivenciam tais problemas.

1.1-Universidade

Em fevereiro de 2005 ingressei na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia do curso de licenciatura em Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, este não é o curso que gostaria de estar fazendo, porém é um curso que vai estar me instrumentalizando para aprimorar e mudar minha prática pedagógica que está abrindo novos horizontes, fazendo com que eu reflita sobre minha atuação enquanto educadora, sistematizando meus conhecimentos , pois como diz Skinner “o conhecimento é estruturado indutivamente,via experiências” e que este conhecimento responde a estímulos do meio; por isso aqui estou em busca de conhecimentos que possa realizar melhoras em minha vida profissional e pessoal, está neste curso é uma oportunidade que desejo aproveitar cada momento, pois sei que o processo de aprimoração do

conhecimento, é gradual, contudo a transformação da práxis deve ser uma constante busca insaciável do conhecimento.

1.4-Jussiara Guena dos Santos 1-Escola e ensino médio Era chegada a hora de decidir o que cursar. Com certeza Magistério não estava nos meus planos, mas como a minha mãe teve em sua vida o sonho de se tornar professora e por conta de vários fatores não pôde realizá-lo, viu em mim e minha irmã a esperança de realização. Cursei o Magistério na Escola Normal (IEED). Escola de tradição, rigorosa, com professores competentes que nos cobrava a todo o momento para que realmente aprendêssemos os conteúdos exigidos. Estudei com afinco para me tornar uma boa educadora. Foi durante esse tempo que me deparei com os teóricos Vigotsky e Piaget, ambos apontava que era possível haver interação entre aluno e professor, a troca de experiências e que o meio fazia parte dessa interação. Hoje entendo o que queriam dizer e confesso que me influenciaram. Estou sempre colocando meus alunos como sujeitos de ação, mostrando que a interação se faz necessária para que eles possam exercer essa ação no meio cultural e social sistemadamente. A escola deve ter como objetivos propor atividades desafiadoras, promover a descoberta e a construção do conhecimento. A relação com o ambiente faz com que os alunos desenvolvam sua inteligência Enfim, muitos ensinamentos ainda trago na minha memória e na minha prática do Curso Magistério. Logo após fiz Contabilidade, mas foi no Magistério que me encontrei.

1.2-O Início do meu trabalho como educadora: Alguns fragmentos

Dei início ao meu trabalho em 1991 muito apreensiva, pois o novo nos causa medo. A escola situava-se num lugar chamado Pé do Morro, zona rural do Município de Anagé, seu nome me foge à memória. Andava 18 km para chegar até lá. Deparei-me com uma sala minúscula, quadro de giz, pouquíssimos livros e l00 alunos. Com nenhuma experiência a não ser a do estágio que em nada se comparava aquela realidade, visto que a turma que iria enfrentar era multiseriada.

No início foi muito complicado, me dividia em limpar a sala, fazer merenda, buscar água e dar aula. Com o tempo fui me acostumando,me familiarizando,fazendo amigos e dividindo as tarefas: Uns alunos varriam a sala, alguns me ajudavam no preparo da merenda e outros buscavam água. Quanto à superlotação, dividia a turma por série e distribuía no terreiro da escola. Assim pude dar conta do meu trabalho e consegui que os alunos adquirissem conhecimento. Foi um aprendizado muito importante para eu me dar conta de quanto à interação pode fazer a diferença. Após três anos, fiz o concurso da Prefeitura daqui e fui trabalhar também numa escola da zona rural na Lagoa de Maria Clemência. Já estava habituada trabalhar com classe multiseriada, não foi difícil. Fiquei durante quatro anos até ser transferida para uma creche também na zona rural. O seu nome era Creche Municipal Prascóvia Menezes Lapa situada em Iguá. Crianças carentes de quatro e cinco anos. Aprendi muito com elas. Brincávamos muito, contavam-me histórias, a maioria era da realidade delas, algumas tristes, outras nem tanto. Dividíamos todos os momentos. Éramos cúmplices, companheiros, amigos. Adorei essa etapa da minha vida. Depois trabalhei em Dantelândia, como vice-diretora, e na Escola Municipal Guimarães Passos aqui na zona urbana com alunos do ciclo. Crianças que possuíam dificuldade para ler, escrever e entender um texto. Diante dessa realidade o que não podemos é ficar de braços cruzados esperando que alguém ouça nosso pedido de socorro, o que precisamos é contribuir com o pouco recurso que temos para que nossos alunos tenham direito a uma educação de qualidade e acessível a todos. 1.3-Educação e Universidade

Nós seres humanos vivemos em constante aprendizado. De alguma forma os conhecimentos nos transformam. Antes vivia angustiada, sem nenhuma perspectiva de melhorar ainda mais a minha prática. As ACS que freqüentava oferecidas pela SMED mensalmente nada me acrescentavam, eram apenas papel carbono,ou seja,textos que entrava ano e saia ano continuavam os mesmos,mudando somente a capa.Apelava para a coordenadora e ela também não podia me ajudar pois sabia menos que eu.

Surgiu a oportunidade do ingresso na Universidade. Iniciei ansiosa, trazia comigo as minhas angústias e a fome de adquirir novos conhecimentos que melhorasse a minha postura como educadora e me mostrasse maneiras de entender e ajudar meus alunos. Estou no lugar certo, como Ainstein: A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original. Comecei a refletir a minha prática e percebo que mudei muito. Hoje olho meus aluno diferente, procurando entender o porquê daquele aluno inquieto, daquele que não quer nada e aquele que quer aprender, mas não consegue,procurando identificar qual é a sua fome e atuar sobre ela. Ano passado na Escola Guimarães Passos consegui ao final do ano formar cidadãos participativos, autônomos, cooperativos e críticos acerca da realidade do mundo que o cerca. Atualmente estou trabalhando em uma creche com crianças de três anos e já noto que estou conseguindo fazer a mesma coisa. Quero continuar minha trajetória aprendendo mais, abrindo novos caminhos para o conhecimento, pois sei que só através dele poderemos contribuir para uma sociedade mais justa e digna. Estarei sempre observando a minha prática e me questionando que tipo de cidadão quero formar, se aquele apático,submisso,alheio aos problemas que o cerca,ou um sujeito seguro,crítico,transformador e fazedor da sua história.Prefiro a segunda opção. Frase para reflexão: “O professor pesquisador é o observador de si mesmo”. (Benincá)

1.4 Márcia Cristina Rocha de Oliveira 1- Escola e ensino médio:

Quando terminei de cursar o ensino fundamental era o momento de escolher a profissão. Não queria fazer magistério, mas minha mãe queria que eu fosse professora como minhas tias. Segui os conselhos dela e me matriculei no curso de magistério no Instituto de educação Euclides Dantas, “Escola Normal”, no ano de 1990. Comecei a estudar, mas em poucos dias iniciou-se uma reforma, a qual durou cerca de sete meses e o ano letivo foi inviabilizado. No ano seguinte, em 1991, voltei a estudar no mesmo colégio no turno vespertino, juntamente com algumas colegas do ensino fundamental. O primeiro ano foi difícil, porque eu tinha muita dificuldade na área das ciências exatas. Comecei a gostar do curso de magistério, das disciplinas de metodologias e da disciplina de Jogos e Recreações.

No início de 1993, me dei conta de como o tempo tinha passado rápido, já estava no último ano do curso, uma futura professora como era o desejo dos meus pais. Mesmo com tantos obstáculos a esperança me impulsionava a ir além, procurei estudar muito e adquiri muitos conhecimentos, foi neste período que conheci um pouco as teorias de Piaget e Emília Ferreiro sobre o Construtivismo, no qual a aprendizagem do aluno acontece a partir da sua realidade e o aluno e o mentor do seu próprio conhecimento. Minha primeira experiência começou com o estágio no Colégio José de Sá Nunes, na 2ª série do ensino fundamental. A turma tinha trinta e cinco alunos, os quais tinham interesse em aprender e um bom comportamento. A professora regente muito me ajudou com a sua experiência, foi um suporte a mais para que eu pudesse desenvolver o meu trabalho e vencer mais uma etapa do curso. Em fim, chegou o dia mais esperado, a colação de grau, foi um dia muito importante para mim e para minha família, era o sonho sendo concretizado.

1.2 – O início do trabalho como educadora:

Concluído o ensino médio, senti a necessidade de ter minha independência financeira, pois até então dependia do meu pai, naquele momento não era possível dar continuidade aos estudos. Retornei para a casa de meus pais com o desejo de trabalhar como professora lá na mesma localidade. Iniciei a minha vida profissional na Escola Municipal Eustáquio Blezza Serrana, com uma carga horária de 20 horas semanais no turno vespertino, a mesma onde cursei da alfabetização até a quarta série do ensino fundamental só que a escola não funcionava no mesmo salão onde estudei, havia construído uma escola pré-moldada próxima à antiga escola, mas continuou o mesmo nome. O novo sempre assusta e eu tinha muita preocupação em não consegui fazer um bom trabalho, me sentia insegura, pois sabia que iria encontrar muitas dificuldades, mas era a oportunidade que estava surgindo no momento e eu precisava trabalhar. Era uma turma multisseriada, com trinta e dois alunos na faixa etária entre sete e catorze anos. As dificuldades eram muitas, não tinha experiência e sem recursos didáticos disponíveis para realizar o trabalho.

No ano seguinte, fui trabalhar 20 horas em outra escola para completar a carga horária de 40 horas, ficava um pouco distante era preciso ir de bicicleta para conciliar o trabalho nas duas escolas. Quando era período de festas como festa junina fazia a interação das duas escolas, os alunos de uma das escolas se deslocavam para a outra e era feita uma comemoração só, era assim em quase todas as festinhas. Trabalhei em regime de substituição por quatro anos, nas mesmas escolas. Ao final do ano de 1998, houve concurso público, no município de Vitória da Conquista para preencher o quadro de vagas, com muita garra e determinação estudei bastante, e conseguir ser aprovada. Em 1999, fui convocada e passei a fazer parte do quadro de professores efetivos da rede de ensino do município de Vitória da Conquista. Fui designada para assumir uma vaga de 40 horas na Escola Municipal Miguel Cândido Gonçalves no Povoado de Caiçara, há poucos quilômetros de Vitória da Conquista, muito feliz aceitei a vaga. Voltei a morar em Vitória da Conquista, junto com minhas irmãs que também iriam trabalhar e estudar, foi um período muito bom e de muitas mudanças em minha vida tanto pessoal quanto profissional, conheci pessoas diferentes, escola com outra realidade, em fim um novo desafio a ser enfrentado.

O homem é desafiado constantemente pela realidade e a cada um desses desafios deve responder de uma maneira original [...]. A resposta que o homem dá a cada desafio não só modifica a realidade em que está inserido, como também modifica a si próprio, cada vez mais e de maneira sempre diferente (MIZUKAMI, 1986 p. 91).

Trabalhei quatro anos, naquela escola, na qual aprendi muito, com as pessoas que trabalhavam comigo e com os alunos, não pretendia sair de lá, sempre resistir em trabalhar na zona urbana, me identificava mais com a zona rural, talvez por fazer parte das minhas origens. Em junho de 2002, aconteceu algo de muito importante em minha vida, o nascimento do meu filho Filipe, então eu senti a necessidade de trabalhar na zona urbana, para ficar mais perto dele, acompanhar o seu crescimento e o seu desenvolvimento. Quando retornei da licença maternidade, pedi transferência e fui contemplada com uma vaga na Escola Iara Cairo de Azevedo, localizada na Rua da Barragem s/n Bairro Guarani, onde trabalho atualmente nas classes de 1º e 3º ano do ciclo I inicial. Com esta mudança de escola enfrentei um novo desafio que foi sair de uma escola seriada na zona rural para uma escola ciclada na zona urbana

1.3 Educação e universidade:

A universidade é um espaço possível de formação de agentes de transformação, onde as pessoas podem se apropriar de um saber mais elaborado, ampliar seus conhecimentos e crescer profissionalmente. Sempre foi meu sonho, poder fazer parte desse espaço, mas devido à falta de vagas no Ensino Superior, se tornou cada vez mais difícil o ingresso nas universidades públicas. Comecei a prestar vestibular, mas por falta de preparo e também de oportunidade não fui classificada em nenhum deles. Em 2004, surgiu à oportunidade do curso de Licenciatura em Educação Infantil e Séries Iniciais, não era bem o que eu almejava, mas no momento era o que se aproximava mais da minha realidade, prestei o vestibular fui aprovada e comecei a fazer o curso. Para entrar na universidade é difícil, mas tenho consciência que para sair será muito mais, pois requer muito esforço, estudo, dedicação e busca do novo, como afirma Freire “A consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca”. Hoje, na universidade busco dentro das minhas limitações, adquirir conhecimentos que possibilite o meu crescimento profissional e intelectual e melhorar cada vez mais a minha prática pedagógica. Sempre recordo de uma frase do professor Antônio Vital que disse: “Não passe pela Faculdade, faça Faculdade”, esse é o meu desejo, aproveitar o máximo que eu puder do curso e sempre buscar o novo.

1.5 Maria Lucia Queiroz dos santos

Não fazia parte dos meus planos cursar a magistério, mas segui o conselho de algumas colegas, e no decorrer do primeiro ano fui tomando gosto pelo curso, me dediquei bastante, pois quando gosto de algo, acho fácil. Passei por algumas dificuldades financeiras, consegui um trabalho de “dama de companhia”, foi ótimo. Era perto da Escola Normal (IEED). Como dinheiro que ganhava, além de manter meus estudos, ajudava minha mãe comprar o material para minhas irmãs estudarem também. No segundo ano de magistério trabalhando, tirava boas notas, professores muito bons. Pequenos estágios, convívios com crianças, sala de aula, um dia parei para refletir, ser professora, é

isso mesmo que eu queria para minha vida. Abri mão de várias coisas, festas e outras distrações, que era normal na minha idade, para ficar neste trabalho e estudar. No ano de 1986, comecei o terceiro ano de magistério, estágios, muitas atividades na escola, enfim, com boa vontade fui vencendo todas as barreiras. Estudei bastante só pensava em terminar o curso para consegui um emprego melhor e ajudar meus pais. Lembro que fez o estágio na Escola Marcelo Rangel Pestana, em uma terceira série. Acabou o curso! A formatura foi no auditório do Instituto de Educação Euclides Dantas e o baile no Clube Social Conquista. Comecei a procurar trabalho em escolas, uma colega de cursos chamada Mônica me avisou que a Secretaria de Educação de Vitória da Conquista estava contratando professores para trabalhar na zona rural. Fui para lá, me contrataram sob experiência por três meses, fiz um bom trabalho e me efetivaram. A primeira comunidade que eu trabalhei durante três anos foi no povoado de São Joaquim. A escola funcionava na igreja católica, não tinha quase nada, só um quadro negro, giz, cadeiras e muitos alunos, tiveram que ser além de professora também merendeira, catequista, conselheira, etc. Troquei de escola, desta vez me mandaram para o povoado de Corredor de Itaipu. Em uma casinha funcionava a escola, gostei muito de lá, alunos estudiosos, uma comunidade participativa, nesta Escola M. Miguelzinho Gonçalves trabalhei dois anos. Depois lá vou eu para Fazenda Tigre, Escola M. Laudionor Brasil fui muito bem escolhida, alunos estudiosos, trabalhei por quatro anos nesta localidade. Apesar das dificuldades encontradas na Zona rural, é muito gratificante, você é tratada com amor e respeito, o que deixa qualquer profissional realizado é ter certeza do dever cumprido. Em 1996 fui transferida para o povoado do Periperi, que faz parte do circulo Escolar integrado de Lagoas das Flores. Uma comunidade difícil, porém, nesta escola tive a oportunidade de trabalhar uma série por turno, já que nas anteriores eram classes multisseriadas é um verdadeiro aprendizado, o profissional adquire muita bagagem e conhecimento e, para me não há nenhum problema, gosto de trabalhar com todas as séries iniciais do ensino fundamental. Nestes onze anos nesta escola já alfabetizei muitas crianças e, tenho certeza que também ajudei as mesmas a serem mais críticas, ter opiniões próprias e a lutar por um mundo melhor. Nestes vinte anos em que sou educadora já participei de muitas coisas que fizeram tornarme uma cidadã mais consciente. Sei que pude transformar a realidade de muita gente, e melhorei também a minha. Vida de professora não é fácil, mas quando penso em outros brasileiros que nada têm, me sinto feliz, gostaria que todos tivessem a oportunidade de viver melhor e creio que a educação é um dos meios que pode mudar a realidade deste país.

Sempre gostei de estudar e fazer um curso superior era um sonho que com o passar do tempo fui deixando de lado. Quando surgiu a conversa que a prefeitura faria um convênio com a UESB para os professores de a Rede municipal fazerem o Curso de Formação Superior, fui para a luta com meus companheiros. Foi difícil, mas no ano de 2004, tornou-se realidade, a prefeitura assinou o contrato com a UESB para formar 400 professores. Veio à seleção, quase não estudei. A prática da regência contou muito consegui uma boa classificação. Hoje já estou cursando o quinto semestre com algumas dificuldades, mas Deus quer e eu também quero e vou conseguir concluir meu curso. Tenho consciência que por muitas vezes falhei, mas muita coisa está mudando na minha vida prática depois do Curso de Formação, mudei meus atos e atitudes com meus educandos, estou pensando mais antes de agir em determinadas situações, minhas aulas estão mais dinâmicas e principalmente a participação dos alunos nas aulas, aceito mais a opinião das crianças nas aulas, participo do recreio com eles, me preocupo mais com aqueles que ficam quietos no canto e não participam das aulas e também com os que bagunçam o tempo todo. Procuro conversar mais com meninos, saber se gostaram da aula, falo para eles todos os dias antes de começar a aula o que vamos fazer e também pergunto se gostaram das aulas. Minha prática mudou bastante, mudei pra melhor e o resultado de tudo isso é muito bom aprendizado dos meus educandos.

1.6 Shirley dos Santos Costa Ensino Médio e Universidade

Fiz o curso de magistério na escola normal (IEED), escolhi fazer esse curso porque via em meus professores uma alegria, um prazer em ser professor. O curso foi muito bom, havia ótimos professores comprometidos e competentes. Nesse período lembro-me que o pré-estágio começou no segundo ano do magistério, eram aulas que a gente ministrava sob a supervisão da professora de prática, as aulas eram dadas em escolas municipais. Os professores do curso eram muito exigentes, rigorosos, perfeccionistas, alguns se tornavam até meio chatos por serem duros demais. Eles queriam que nós alunos, déssemos o máximo de nós, para que o curso fosse bem reconhecido e de qualidade, afinal eles queriam manter a tradicional reputação da escola de melhor magistério da região.

No terceiro e último ano do magistério foi bastante trabalhoso, eu assistia aulas pela manhã e a tarde, havia inúmeros trabalhos a serem concluídos, desde relatórios e planos de aulas, até confecção de materiais áudios-visuais para o estágio que seria realizado na terceira unidade. Eu estagiei na terceira unidade, o estágio durava quarenta e cinco dias, o professor estagiário não podia fazer provas com os alunos, só teste e outros tipos de avaliação. As aulas eram supervisionadas tanto pela regente da turma, quando pela minha professora de prática. Tudo era avaliado, a pontualidade, assiduidade, organização, postura do professor-estagiário, controle de classe, desenvoltura na sala de aula, segurança na transmissão do conteúdo, domínio do assunto, etc. Estagiei na Escola Estadual Anísio Teixeira na 3ª série no turno matutino era uma classe com 28 alunos. Não havia muita dificuldade de aprendizagem, porque naquela época um aluno nessa série já dominava muitas habilidades e conteúdos pertinentes àquela série. A regente da turma era super exigente sisuda, ela se sentia a dona da turma. A turma gostou muito de mim e eu deles, só era desconfortável quando havia alguém nos observando, mas ao final do estágio me senti aliviada por ter dado conta do recado. Como há hoje uma exigência para que todo profissional da educação tenha nível superior, a SMED fez uma seleção para que os professores da rede municipal fizessem um curso de licenciatura plena em educação. Então eu participei da seleção sem nenhuma pretensão de ser classificada, mas acabei sendo bem classificada, e eu fui chamada na segunda turma o que me surpreendeu, pois eu nem se quer havia me preparado para as provas. O curso é bom, embora não seja o que realmente eu quero, aprendi muito a cerca do meu trabalho pedagógico e acho que tem contribuído positivamente na minha prática em sala de aula. A maior dificuldade que tenho em relação ao curso é o cansaço porque trabalho 40 h semanais e à noite vou para UESB, o que se torna desgastante para qualquer ser humano, uma vez que a própria SMED não tem colaborado para facilitar a vida do professor nesse sentido. Ás vezes dá vontade desistir devido ao stress físico e mental. Mas quando penso em tudo que já fiz, o quanto cresci pessoalmente e profissionalmente continuo a lutar, porque nunca deixo trabalho pela metade. O curso é bom, mas têm muitas falhas assim como todo curso novo, mas o que importa é o nosso crescimento profissional.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA - UESB CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO INFANTIL E SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

MEMORIAL DE ESTÁGIO

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 2007 ADRIANA ALVES DOS SANTOS CLEONICE OLIVEIRA MACEDO JUSSIARA GUENA DOS SANTOS MÁRCIA CRISTINA ROCHA DE OLIVEIRA MARIA LÚCIA QUEIROZ DOS SANTOS SHIRLEY DOS SANTOS COSTA

MEMORIAL DE ESTÁGIO

Memorial de Estágio apresentado ao Colegiado do Curso de Educação Infantil e Séries Iniciais do ensino fundamental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, como exigência para conclusão da disciplina Prática de Ensino na Educação Infantil I, realizado na Creche Padre Benedito Soares. Orientadora: PROFª.DRª. Sandra Márcia Campos Pereira.

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 2007 SUMÁRIO

1. FRAGMENTOS DA HISTÓRIA DE VIDA 1.1-Adriana Alves dos Santos

1.2-Cleonice Oliveira Macedo 1.3-Jussiara Guena dos Santos 1.4-Márcia Cristina Rocha de oliveira 1.5-Maria lúcia Queiroz dos Santos 1.6-Shirley dos Santos Costa

2-EDUCAÇÃO INFANTIL: Diálogo entre teoria e prática 2.1-Vivências do estágio em Educação Infantil 3.0-ANEXOS: 3.1-Projeto de estágio 3.2-Planos de aula 3.3-Atividades desenvolvidas 3.4-fotos do estágio

2.1- EDUCAÇÃO INFANTIL: DIÁLOGO ENTRE TEORIA-PRÁTICA 2.1 Discussão teórica sobre Educação Infantil

A Educação Infantil surgiu quando as mulheres precisaram buscar seu espaço no mercado de trabalho. Por isso, a educação das crianças de 0 a 6 anos desempenha um importante papel social. Embora a Educação Infantil tenha mais de um século de história como cuidado e educação extra domiciliar, somente nos últimos anos foi reconhecida como direito da criança, das famílias como dever do Estado e como primeira etapa da Educação Básica. A Constituição da República Federativa do Brasil expressa: Art. 7º - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXV – Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade, em creches e pré-escolas. Art. 208 – O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: Atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade. A conseqüente estruturação de complementação legal aos referidos artigos constitucionais define-se por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº. 9394/96, que assim expressa a finalidade do atendimento educacional às crianças de 0 a 6 anos de idade. Segundo o artigo 29, “Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade”. O artigo citado nos mostra os atributos da educação infantil em seu para quê, já que anuncia o direito da criança ao seu desenvolvimento. A criança passa a ser um sujeito criativo, capaz de

estabelecer múltiplas relações, sujeito de direitos, um ser sócio-histórico produtor de

cultura e nela inserida. De acordo Angotti (2006) a educação infantil, na perspectiva de justificar o seu para quem, não podia deixar de inserir o direito do ser humano de viver suas potencialidades, na condição de crescer, se desenvolver e realizar plenamente sua pessoa para buscar alcançar a realização, a felicidade de ter reconhecido o significado referente ao que se é. Dessa forma a pessoa humana poderá participar da realização de uma sociedade mais feliz, mais humana, buscando o desenvolvimento de uma humanidade adormecida. Em seu por que a educação infantil significa reconhecer a condição de direito instituída a criança, sua condição de cidadania. Esses aspectos, não se podem perder de vista a especificidade da pedagogia da Educação Infantil, como afirma Rocha (1999): Enquanto a escola tem como sujeito o aluno e como objeto fundamental o ensino nas diferentes áreas através da aula; a creche e a pré-escola têm como objeto as relações

educativas travadas num espaço de convívio coletivo que tem como sujeito a criança de 0 a 6 anos de idade.

É importante salientar que essas relações educativas, as quais a autora se refere, na Instituição de Educação Infantil são perpassados pela função indissociável do cuidar/educar, tendo em vista os direitos e as necessidades próprias das crianças no que se refere à alimentação, saúde, higiene, à proteção e aos conhecimentos sistematizados. Podemos afirmar diante do exposto que as crianças desde que nascem são: cidadãos de direitos; indivíduos únicos, singulares; seres sociais e históricos. Desse modo as crianças encontram-se em uma fase de vida em que dependem intensamente do adulto para sobrevivência (MACHADO, 2001). Precisam, portanto, ser cuidados e educados. Para que sua sobrevivência esteja garantida e seu crescimento e desenvolvimento favorecidos, para que o cuidar/educar sejam efetivados, é necessário que sejam oferecidos as crianças condições de usufruírem plenamente suas possibilidades de apropriação e de produção de significados no mundo da natureza e da cultura.

2.2 Vivências em Educação Infantil

Este trabalho relata o registro das atividades que foram desenvolvidas na Creche Padre Benedito Soares com o tema “Vivências do estágio em Educação Infantil”. O registro, utilizado como recurso da memória, possibilita aos sujeitos envolvidos no processo de realização das atividades um repensar da sua prática, bem como, aos que a ele terem acesso a uma análise crítica de todo o processo de realização das atividades e, ainda, a possibilidade de fazer do mesmo um instrumento de pesquisa para práticas educativas futuras. Durante o processo de registro na Creche Padre Benedito Soares, podemos constatar que a mesma, desde sua fundação é mantida exclusivamente pelo Município que conta com 32 funcionários distribuídos em: diretor, secretária, professores, monitores, coordenadora e pessoal de apoio. Com relação ao quadro de funcionários que atende estas crianças, algumas estão no Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil (PROINFANTIL) que capacitam para o atendimento ao público infantil, pois a lei é clara quanto a isto:

As propostas pedagógicas das creches para as crianças de 0 a 3 anos de classes e centros de educação infantil para as de 4 a 6 anos devem ser concebidas, desenvolvidas , supervisionadas e avaliadas por educadores, com pelo menos o diploma de curso de formação de Professores, mesmo que da Equipe Educacional participem outros profissionais das áreas de ciências Humanas, Sociais e Exatas, assim como familiares das crianças. Da divisão das instituições de Educação Infantil deve participar necessariamente um educador, também com, no mínimo, Curso de Formação de Professores (BRASIL, 1998).

Também o Plano Nacional de Educação (BRASIL, 2001) reforça em suas metas a responsabilidade da União, Estado e Municípios de habilitar os profissionais que atuam na Educação Infantil. Nos objetivos e metas relativas à Educação Infantil, a quinta meta, letra b dispõe: 5ª. Estabelecer um Programa Nacional de Formação dos profissionais de Educação Infantil, com a colaboração da União, Estado e Municípios, inclusive das universidades e institutos superiores de educação e organização não-governamentais, que realize as seguintes metas: que, em cinco anos, todos os professores tenham habilitação específica de nível médio e, em dez anos 70% tenham formação específica de nível superior.

Durante o período do estágio realizamos atividades relacionadas aos eixos: Artes visuais; linguagem oral e escrita; movimento e música. Foram desenvolvidas atividades lúdicas como: contação de histórias, brincadeiras, cantigas de roda e artes utilizando linguagem do desenho, pintura e modelagem com a participação conjunta dos professores e das crianças.. Convém salientar o valor da história no cotidiano das crianças, uma vez que a mesma pode proporcionar o estímulo à capacidade criativa e imaginativa, desenvolvendo assim a linguagem oral e ampliando consequentemente o vocabulário, as entonações expressivas e as articulações. Segundo Zilberman e Magalhães (1987) as histórias possibilitam a criança uma melhor compreensão do mundo à sua volta, elaborando assim os conflitos, medos e anseios. Podemos dizer que o ato de contar histórias para as criança está presente em todas as culturas letradas e não letradas, desde os primórdios do homem. As crianças adoram ouvi-las, e os adultos podem descobrir o enorme prazer de contá-las. Na Educação Infantil, enquanto a criança ainda não é capaz de ler sozinha, o professor pode ler para ela. Em fim, a “hora da história” é um momento valioso para a educação integral (de ouvir, de pensar, de sonhar), o professor pode organizar este momento de diversas maneiras: no início ou fim da aula. No que se refere às artes visuais destacamos aqui que a atividade artística para criança assume uma ampla dimensão e importância, porque o seu potencial criador precisa ser desenvolvido. Um desenho ou pintura está carregado de significados deixando transparecer sonhos, dúvidas e sentimentos. Devido a esta importância, as atividades de arte não devem ser

aplicadas com o simples intuito de passa tempo. Estas atividades foram relacionadas ao tema “Contando História”, visto que este foi o projeto trabalhado durante o período do estágio. O trabalho com artes plásticas na educação infantil visa ampliar o repertório de imagens das crianças, estimulando a capacidade destas de realizar a apreciação artística e de leitura dos diversos tipos de artes como escultura, pintura, maquetes etc. Remetendo ao eixo movimento foi solicitada às crianças a participação nas brincadeiras e que embora esteja presente na humanidade desde seu início, não tinha a conotação que tem hoje, era vista como fútil e tinha como objetivo a distração e o recreio. Entretanto sabemos que brincar é a linguagem natural da criança e a mais importante delas. A brincadeira favorece a auto-estima das crianças, auxiliando-as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos. (BRASIL, 1998, p 27)

Acreditamos que a brincadeira é uma atividade essencial na educação infantil, onde a criança pode expressar suas idéias, sentimentos e conflitos, mostrando ao professor e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. Para a criança a brincadeira é a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si, de compartilhar idéias, regras, objetos e brinquedos, superando gradativamente o seu egocentrismo característico. Acerca das atividades que envolvem a brincadeira, podemos também acrescentar:

As tarefas das crianças pequenas nas creches e pré-escolas são muitas e de grande importância para o seu desenvolvimento cognitivo e emocional, e o principal instrumento de que utilizam são as brincadeiras. Nesses locais, elas têm de aprender a brincar com as outras, respeitar limites, controlar a agressividade, relacionar-se com adultos e aprender sobre si mesmas e seus amigos, tarefas estas de natureza emocional. (LISBOA, 2001)

Nessa perspectiva a brincadeira se constitui como um elemento importante na formação da personalidade da criança como um todo, então cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que poderão ser de diversos tipos. Durante o período do estágio as experiências desenvolvidas com a musicalidade proporcionaram as crianças momentos em que elas tiveram a oportunidade de se expressarem de forma prazerosa, até porque as músicas estavam relacionadas às brincadeiras.

O trabalho com a linguagem e escrita constitui um dos eixos básicos na educação infantil dada a sua importância na formação do sujeito e sua interação com os outros. Por meio da rodinha de conversa com as crianças podemos perceber o modo como relatam seus sentimentos em relação à sua mãe e sua família expressando seus anseios e curiosidades em relação ao mundo que as cercam. Na rodinha é importante desenvolver atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como: marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás contendo os nomes das crianças e outros. É importante que nós educadores observemos a individualidade das crianças, suas experiência e seus interesses possibilitando - lhes a construção do conhecimento de modo concreto e prazeroso, objetivando as relações de ensino-aprendizagem, levando-as a ser críticas e reflexivas. Assim faz-se necessário oportunizar a criança a percepção das ações da sociedade que interferem na construção da mesma. Diante desse estudo acerca da educação infantil, do período de observação e também da nossa prática pedagógica na Creche Padre Benedito Soares podemos perceber que o desenvolvimento de atividades diversas é essencial na construção e desenvolvimento da personalidade da criança.

A Educação Infantil no Município de Vitória da Conquista: Em Vitória da Conquista, a oferta de educação infantil na década de 1970 deu-se de forma restrita. Os documentos (Atas e registros) encontrados em pesquisas no Arquivo público Municipal, Museu Padre Palmeira e Museu Regional de Vitória da Conquista, indicam que a primeira escola voltada ao atendimento de crianças pequenas nesta década foi a Escola Municipal Batista Boa Vista. Esta escola foi fundada em 1968, por um grupo de jovens membros da Segunda Igreja Batista. Durante a década de 80 houve consideráveis discussões a respeito do papel das instituições de educação infantil, com isso, o poder público começa a assumir a responsabilidade por essa escola. Entretanto, não havia um regimento que autorizasse o seu funcionamento. Segundo relato do professor Luis Ibiapaba1 A educação infantil não era necessária a sua autorização, porque a educação infantil na legislação anterior era apenas uma recomendação, ela não era uma obrigação. Não fazia parte da educação básica. 1

Luís Carlos da Ibiapaba e Silva - Membro do setor de legalização das escolas municipais de Vitória da Conquista.

Em Vitória da Conquista, como fruto de alguns movimentos de associações de moradores dos bairros, ocorreu à iniciativa de creche e de pré-escola na década de 1980, o que representou uma conquista nesse período, principalmente no que diz respeito às creches, pois essas reivindicações deram-se devido ao trabalho extra domiciliar da mulher. Na década de 1990 surge a Escola Creche Municipal Padre Benedito Soares que está localizada à Rua Eduardo Costa, S/N, no bairro Guarani, à aproximadamente 5 km do centro comercial, CEP 45035- 070, telefone (77) 3421-5291, Município de Vitória da Conquista, Estado da Bahia. Vincula-se juridicamente a Escola Creche Municipal Padre Benedito Soares o CNPJ Nº. 14239578/0001-00. O objeto social da Entidade mantenedora é oferta da Educação Infantil. Funciona em período integral das 7 horas às 18 horas e atende a 150 crianças dos bairros Guarani, Petrópolis, Nossa Senhora Aparecida, Alto Maron e Pedrinhas (bairros relativamente próximos ao Guarani e que alguns possuem Creches, contudo não atende a demanda de vagas) . As turmas de creche compreendem crianças entre 2 anos e 3 anos e 11 meses permanecem em tempo integral e turmas de 4 anos compreendidas como pré-escola que ficam meio período. A instituição funciona em prédio próprio, térreo e foi fundada em 25 de setembro de 1990, devido à necessidade das mães irem para o mercado de trabalho e não ter com quem deixar os filhos foi também uma luta dos moradores do bairro Guarani na gestão do prefeito municipal José Pedral Sampaio. Nesta época, as creches pertenciam à Secretaria de Educação e oferecia sistema de berçário que, por falta de verbas, foi desativado. Nos últimos 13 anos as creches conveniadas2 e municipais estiveram sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, o que era questionado por alguns profissionais da área de educação, por entenderem que a educação infantil deveria fazer parte da proposta política da Secretaria de Educação. Em 2007 em virtude de atender à exigência da LDB as vinte (20) creches do município, sendo dez (10) conveniadas e (dez) 10 municipais, passam a pertencer a Secretaria Municipal de Educação. A Escola Creche Municipal Padre Benedito Soares, recebeu este nome em homenagem ao Padre Benedito Soares pela influência deste na comunidade do bairro. No que diz respeito ao espaço físico segue a enumeração dos espaços:

2



Seis salas de aula;



Um refeitório.



Uma secretaria;



Uma sala de coordenação pedagógica;

São creches mantidas, efetivamente, com doações de filantropias e parcerias privadas.



Uma brinquedoteca;



Uma cozinha.



Dois depósitos (um de alimentos e outro para produtos de limpeza).



Um almoxarifado



Três banheiros (sendo dois para as crianças e um para os funcionários).



Lavanderia.

Nesta Unidade de Ensino, as turmas são divididas por faixa etária: duas turmas de dois anos, duas turmas de três anos, duas turmas de quatro anos, denominadas respectivamente por 2A, 2B, 3C, 3D, 4E e 4F. Existem uniformes padronizados para todas as turmas. A creche recebe todo o material didático, gêneros alimentícios, de higiene, mobiliário, etc., da SMED (Secretaria Municipal de Educação). A creche dispõe de 32 funcionários, sendo uma diretora, uma coordenadora pedagógica, uma secretária, duas professoras, onze monitores pedagógicos, três auxiliares rotativos, duas manipuladora de alimentos, duas auxiliares de cozinha, quatro serventes, uma lavadeira, uma passadeira, um porteiro e dois vigilantes. A Diretora é pedagoga e pós-graduada em Psicologia da Educação, a Coordenadora Pedagógica cursa o normal superior na UNOPAR (à distância), uma professora é pedagoga e pós-graduada em Psicologia da Educação e a outra possui o magistério. Os outros profissionais que atuam nas turmas de dois e três anos, denominados monitores pedagógicos, sete tem formação em contabilidade e quatro em magistério. Para os profissionais que não tem a formação em magistério está sendo oferecido o PROINFANTIL (Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício na Educação Infantil), que teve início em janeiro de 2006 e terminará em dezembro de 2007. Este programa é um curso a distância em nível médio e na modalidade normal, para a formação de professores de Educação Infantil que atuam em creches e pré-escolas e que não possuem formação mínima exigida pela legislação, sendo realizado pelo MEC (Ministério da Educação) em parceria com os estados e municípios. Em relação à gestão da Instituição, não é eleita democraticamente, a gestora é indicada pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social. Atentando para as necessidades das crianças e seus familiares, a direção da creche busca parcerias para o atendimento das mesmas, com profissionais ligados ao órgão municipal, ONGs, setores privados que prestem serviços diversos, profissionais pais de alunos que trabalham no serviço voluntário e outros. Pois conforme explicita as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil:

O ambiente de gestão democrática por parte dos educadores, a partir de liderança responsável e de qualidade, deve garantir direitos básicos de crianças e seus familiares à educação e cuidados, num contexto de atenção multidisciplinar com profissionais necessários para o atendimento. (BRASIL, 1999)

No que diz respeito aos aspectos pedagógicos. A Instituição desenvolve as atividades seguindo projetos que são elaborados pela Secretaria Municipal de Educação. Os encontros para a discussão do mesmo são realizados quinzenalmente, onde são planejadas as atividades que serão oferecidas ás crianças e onde há troca de experiências. As dificuldades encontradas são muitas como, falta de material didático, de apoio dos pais, falta de funcionários para suprir as necessidades da Instituição. Contudo a Instituição procura minimizar tais dificuldades utilizando material reciclado, muitas vezes os próprios funcionários trazem de casa e a gestora busca parceria com pais na intenção da melhoria da qualidade dos serviços oferecidos às crianças.

3- Considerações Finais As experiências vivenciadas na Creche Padre Benedito Soares, foram registradas neste memorial para possibilitar aos sujeitos envolvidos no processo de realização das atividades, um repensar da prática, contribuindo assim para a formação pessoal e profissional. A vivência por meio das observações, co-participação e regência, realizadas no período do estágio, nos proporcionou um aprendizado com a educação infantil que não tínhamos vivenciado ainda e esta foi uma experiência significativa por meio da qual ampliamos o nosso conhecimento por meio das leituras diversas e do convívio com as crianças de 4 anos. Observamos que o universo infantil requer mais preparo e dedicação dos educadores, pois sabemos que a educação infantil está apoiada no tripé que se interrelacionam objetivando a socialização da criança que é o cuidar, o ensinar e as atividades espontâneas que possibilitam a criança interagir com o mundo. Este estágio nos oportunizou atuar na Educação Infantil e observar na prática o modo que cada criança reage diante de atividades prazerosa, expressando suas vivências por meio da interação com o professor e os colegas. Em relação ao nosso aprendizado enquanto profissional percebemos que deve haver um compromisso com responsabilidade do profissional que se propõe a atuar na Educação Infantil, pois a mesma requer do educador afetividade, interação, socialização e o respeito às diferenças existentes no ambiente das instituições educativas. Toda essa vivência durante o período do estágio foi significativa para o nosso crescimento profissional, uma vez que contribui para ampliar o nosso olhar sobre a educação infantil descortinando a visão assistencialista que tínhamos em relação às creches. Acreditamos

que

este

espaço

é

extremamente

importante

para

o

desenvolvimento da criança em todos os seus aspectos. Para isso, é necessário que os profissionais que atuam nessa área tenham amplo conhecimento sobre a criança e os diversos aspectos do seu desenvolvimento integral para que o trabalho realizado possa atingi-las de maneira global possibilitando a interação da mesma com o mundo que a cerca.

Segundo Perrenoud (2002) ... Os professores... são mediadores e intérpretes ativos de culturas, valores de conhecimentos prestes a se transformar. Desse modo, o professor que atua ou deseja atuar na educação infantil deve estar ciente do seu papel de mediador na construção e no desenvolvimento dos educandos, conduzindo-os de forma prazerosa a construção de sua cidadania de forma autônoma e participativa,pois “ No mundo de hoje e no contexto de sala de aula o professor é uma figura que se desdobra

para atuar multufuncionalmente”(VIANNA,2007,p.75),com

responsabilidade,seriedade transmitindo aos educandos conhecimentos básicos e necessários para a sua formação. Referências: ANGOTTI, Maristela. In Angotti, M. (org). Educação Infantil: para que, Para quem e por quê. Campinas: Alínea, 2006.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Lei Federal n.º.394, de 26/12/1996. BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Volume I, 1998. BRASIL, Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Infantil, 2006. PARECER CEB – 1998. BRASIL. Plano Nacional da Educação, 2001. PERRENOUD, Phillip. A prática reflexiva no ofício de professor; profissionalização e razão pedagógica/Phillipe Perrenoud; Trad. Claudia Schilling-Porto Alegre; Artmed. Editora, 2002. VIANNA, Heraldo Marelim. Pesquisa em educação: a observação/Heraldo Marelim Vianna-Brasília\;líber livro. Editora, 2007. l08 p (Série Pesquisa,v 5) ZILBERMAN, Regina e MAGALHÂES, Lígia Cadermatori. Literatura Infantil: autorias e emancipação, ed. 3ª. São Paulo: Ática, 1987.

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