Manual De Oficinas

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Manual de Oficinas

Setembro 2006

Tiago Pimentel Ana Cristina S. Moreira Cristina Brites Tâmara Vicentine

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Sumário APRESENTAÇÃO...............................................................................................................................................3 Parte I ...................................................................................................................................................................4 As Oficinas Casa Brasil........................................................................................................................................4 Pressupostos Metodológicos.................................................................................................................................4 Técnicas................................................................................................................................................................5 Princípios do Aprendizado ...................................................................................................................................7 Os pressupostos metodológicos, técnicas e princípios de aprendizagem apresentados podem ser úteis tanto para a produção quanto para a aplicação das oficinas. A seguir, serão apresentadas algumas orientações para facilitar o trabalho de produção de oficinas..........................................................................................................8 Parte II .................................................................................................................................................................8 Planejamento das oficinas....................................................................................................................................8 Estrutura básica sugerida para a Oficina............................................................................................................10 Quadro Geral [em anexo, exemplo/modelo]......................................................................................................10 Parte III...............................................................................................................................................................12 Realização das Oficinas......................................................................................................................................12 Avaliação das oficinas [nota] .............................................................................................................................13 ANEXO I - Exemplo de quadro geral:...............................................................................................................15 10. Atividades:....................................................................................................................................................15 ANEXO II – Questionário de Avaliação............................................................................................................18 Nota bibliográfica:..............................................................................................................................................19

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APRESENTAÇÃO O Manual de Oficinas CASA BRASIL tem por objetivo orientar a produção de oficinas presenciais a serem oferecidas nos módulos das Unidades do projeto Casa Brasil. Seu conteúdo está dividido em três partes. A primeira sugere princípios metodológicos, técnicas e princípios de aprendizagem que devem servir de base tanto para a elaboração quanto para a aplicação das oficinas. Na segunda parte, sugere-se uma estrutura, com as informações mais importantes para orientar conteudistas na proposição, elaboração e planejamento das oficinas, que serão oferecidas no site do projeto para que sejam usadas pelos oficineiros das unidades Casa Brasil. A terceira parte descreve alguns passos importantes para orientar esses oficineiros na aplicação das oficinas nas unidades Casa Brasil. O oficineiro deve desempenhar, ao mesmo tempo, um papel de educador, mediador e agente comunitário – a sua atuação é muito importante e, por isso, o projeto oferece este material para enriquecer o seu trabalho. Ainda na terceira parte, pressupõe-se fornecer elementos para a avaliação das oficinas. São ainda sugeridos, em anexos, um exemplo de quadro geral de planejamento e um questionário de avaliação para orientar, respectivamente, o planejamento e a avaliação das oficinas. O presente manual, no seu conjunto, serve ainda para orientar conteudistas e oficineiros das unidades Casa Brasil na proposição e planejamento de oficinas que possam ser replicadas por outros oficineiros, em outras unidades. Os materiais produzidos para as passam por adaptação gráfica ambiente de cursos do Projeto consultados e impressos quando

oficinas a serem aplicadas nos módulos e instrucional. Eles são oferecidos no Casa Brasil, de modo que possam ser necessário.

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Este documento compõe um conjunto de manuais que foram elaborados para orientar as iniciativas de formação do Projeto Casa Brasil: Manual de Oficinas, Manual de Cursos, Manual do Aluno e Diretrizes de Capacitação. Todos eles podem ser encontrados no site do projeto.

Parte I As Oficinas Casa Brasil As oficinas desenvolvidadas no projeto Casa Brasil são atividades distintas dos cursos. O que as diferencia é a ausência de relação verticalizada entre o oficineiro e os participantes. Isto quer dizer que, em uma oficina, o oficineiro deve deixar de ocupar um lugar de destaque e inserir-se no grupo. Ao mesmo tempo os participantes da oficina, por sua parte, têm oportunidade de tornarem-se sujeitos ativos no desenrolar da atividade. Assim, a fim de colaborar para a dinâmica de aprendizado, aqui serão expostos alguns pressupostos metodológicos, técnicas e princípios da aprendizagem que, sugere-se, sirvam de base para a elaboração, planejamento e aplicação das oficinas nas unidades do Projeto Casa Brasil.

Pressupostos Metodológicos As iniciativas de capacitação do Projeto Casa Brasil devem procurar desenvolver habilidades e atitudes para a formação de competências específicas previamente definidas, por intermédio de atividades colaborativas. Tais atividades devem ser planejadas de acordo com temas de interesse das comunidades e apresentar como resultado produtos, que possam reverter em benefício da própria comunidade. As atividades devem ter princípios, objetivos, competências e habilidades

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prévias e a serem desenvolvidas, conceitos prévios e a serem trabalhados, uma descrição geral e os requisitos para a sua avaliação. O planejamento das oficinas oferecidas no âmbito do Projeto Casa Brasil deve estar baseado nas Diretrizes de Capacitação, e portanto em princípios pedagógicos que considerem os quatro pilares da Educação 1 e a Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire. Assim, as oficinas devem criar situações-problema próximas da realidade do aprendiz, aproveitando as experiências e os saberes prévios dos participantes/aprendizes e adicionando a eles novos elementos e conceitos, para que o conhecimento seja construído em colaboração com os participantes, valorizando a troca de experiências, idéias e perspectivas. Reforça-se assim um processo de aprendizagem participativa, no qual o aprendizado se dá não só na relação com os contéudos, mas também na relação e no contato entre os participantes. As oficinas têm, então, o papel de proporcionar um ambiente de aprendizagem crítica, ativa e colaborativa.

Técnicas A aprendizagem objetivada nas capacitações das oficinas presenciais deve se dar pela construção da autonomia, pela aprendizagem ativa e participativa, e pela associação entre teoria e prática. A opção por determinadas técnicas dependerá dos objetivos educacionais, da carga horária e do planejamento geral do oficina. Algumas técnicas que podem auxiliar esse processo são relacionadas abaixo: − Integração: cria um ambiente “simpático” de acolhimento dos participantes, gerando um sentido de pertencimento ao grupo e de objetivos comuns de aprendizagem; para Freire (1996), somente o clima de respeito mútuo, com competência profissional e generosidade pessoal, pode propiciar uma aprendizagem libertadora. − Diagnóstico: conhece o perfil dos participantes e procura atender a suas necessidades específicas, separando-os eventualmente em subgrupos, para realização de determinadas atividades. Levanta as expectativas dos participantes com relação ao conteúdo a ser aprendido. 1. Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto, aprender a ser. 5

Discussão: expõe e debate idéias conceituais, estimulando a contribuição de todos. − Apresentação: expõe previamente o conteúdo programado para cada atividade. − Organizadores prévios: resgata o conhecimento anterior do grupo, utilizando paralelos de situações conhecidas para tratar de situações novas. − Associação teoria e prática: busca exemplos no cotidiano dos aprendizes. − Estímulo ao pensamento crítico: questiona e reconstrói conceitos arraigados que dificultam a compreensão de abordagens fundamentais ao projeto (atitudes discriminatórias, intolerantes, individualistas). − Resolução de problemas: estimula o grupo a identificar necessidades cotidianas e a solucioná-las pela aprendizagem de determinado(s) conteúdo(s). − Orientação não-diretiva: incentiva os participantes a refletirem continuamente sobre o processo de ensino-aprendizagem e permite que cada indivíduo aja de forma relativamente autônoma para solucionar os desafios. − Aprendizagem colaborativa: estimula a reflexão coletiva sobre o processo de ensino-aprendizagem e o compartilhamento de conhecimentos entre os participantes e com atores externos. − Dinâmicas de grupo: promovem um diálogo mais efetivo entre o oficineiro e os participantes da oficina e também entre os participantes da oficina entre si. −

Além disso, pode-se fazer uso de meios audiovisuais, apresentações teatrais, jogos, circo, música e outras dinâmicas lúdicas com o conteúdo enfocado, ou que propiciem reflexão sobre ele. As técnicas sugeridas não devem ter um fim em si mesmas, pois são apenas recursos metodológicos para tornar as atividades mais prazerosas e menos cansativas, além de estimular a interação entre os participantes da oficina e incentivar o trabalho em grupo. Deve-se escolher métodos adequados a cada conteúdo, combinando, se possível, um conjunto de técnicas para conferir mais dinamismo ao processo pedagógico.

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Princípios do Aprendizado Tanto ao elaborar quanto ao aplicar as oficinas, é interessante atentar para alguns princípios de aprendizagem: • Cada pessoa traz consigo suas experiências Essas experiências devem ser aproveitadas, com auxílio de métodos que favoreçam a interatividade e ajudem os participantes a refletir sobre suas próprias experiências, além de incentivar a troca de experiências entre eles. •

O participante/aprendiz deve ser visto como um parceiro do oficineiro no processo de aprendizagem. Isso deve ser levado em conta na elaboração dos objetivos de aprendizagem, bem como na proposição da agenda e cronograma, que devem corresponder às necessidades dos participantes. •

O participante/aprendiz é capaz de assumir responsabilidades por seu próprio aprendizado. Devem ser estimuladas atividades de aprendizado auto-dirigidas, a fim de maximizar o domínio ou controle de qualquer oportunidade de aprendizagem. O aprendizado é mais efetivo quando levado em conta coisas que serão úteis em situações do dia-a-dia. Estimula-se que o aprendizado seja adaptado a situações da vida real. •

O aprendizado é mais efetivo quando em clima de cooperação informal. Deve-se estimular o relacionamento, a interação e a cooperação entre os participantes, atentado para que as individualidades de todos sejam respeitadas. •



Os participantes/aprendizes trazem consigo preocupações externas para as situações de aprendizado

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É preciso estar atento para a complexidade da vida de cada um, para além do ambiente de aprendizado. Os participantes/aprendizes nutrem sentimentos em relação às situações de aprendizado, tais como medo, ansiedade, insegurança. Deve-se estimular a confiança dos participantes para que tenham condições de alcançar bons resultados. •



Os participantes/aprendizes têm sempre idéias para contribuir.

Deve-se criar oportunidades para que eles se expressem e contribuam.

Os pressupostos metodológicos, técnicas e princípios de aprendizagem apresentados podem ser úteis tanto para a produção quanto para a aplicação das oficinas. A seguir, serão apresentadas algumas orientações para facilitar o trabalho de produção de oficinas.

Parte II Nesta parte será exposta uma sugestão de estrutura básica das oficinas, com as informações mais importantes para a elaboração, planejamento, e proposição das oficinas. Aqui pretende-se orientar os conteudistas no desenvolvimento de propostas de oficinas.

Planejamento das oficinas Para o planejamento e proposição das Oficinas, sugere-se o prévio cumprimento das seguintes etapas:   

Levantamento de informação – consolidação das metas, determinação das necessidades e interesses dos participantes. Definição do objetivo geral da oficina e dos resultados esperados, com base nos dados coletados antes da oficina Planejamento da oficina

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É fundamental que, ao propor e planejar as oficinas, o conteudista tenha em mente os pressupostos metodólogicos e os princípios de aprendizagem apresentados na primeira parte deste manual. Além disso, o planejamento deve conter descrições das atividades propostas, a fim de orientar os oficineiros das unidades Casa Brasil na aplicação e avaliação das oficinas. A seguir será sugerida uma estrutura básica para as oficinas, além de um modelo de quadro geral para auxiliar no planejamento das atividades.

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Estrutura básica sugerida para a Oficina Conteúdo

Tempo

Recursos

Introdução Boas vindas Apresentações dos participantes Objetivos da oficina Expectativas do grupo Programa proposto Parte principal Principais pontos / conceitos-chave Atividades participativas Oportunidade para praticar habilidades Resumo Revisão dos pontos-chave Resgate das expectativas iniciais Avaliação da Oficina Encerramento

Quadro Geral [em anexo, exemplo/modelo] A fim de auxiliar o planejamento das oficinas, é sugerida a criação de um quadro geral onde conste: 1. Nome da Oficina e do(s) módulo(s) Nome e sugestão de módulos em que a oficina pode ser desenvolvida.

2. Descrição Descrição geral da oficina a ser ministrada.

3. Princípios Princípios e conceitos em que se baseiam a oficina.

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4. Público-alvo Características do público-alvo: faixa-etária, origem (se faz parte da comunidade), formação, entre outras.

5. Carga horária Quantidade de horas, freqüência e número de dias necessários ao desenvolvimento da oficina.

6. Objetivos educacionais Relacionar os objetivos que se quer atingir com a oficina, sob o ponto de vista do participante ou aprendiz.

7. Habilidades e competências Descrever habilidades e competências a serem desenvolvidas, na oficina, pelo público-alvo.

8. Materiais necessários Descrever os materiais necessários à realização da oficina, com descrição e quantidade por participante.

9. Avaliação Descrever como será realizada a avaliação dos participantes para verificar se os objetivos educacionais foram atingidos.

10. Detalhamento Conceitos - Detalhamento Detalhar as atividades que serão feitas na execução da oficina, a cada encontro.

Com esse modelo, pretende-se facilitar o trabalho de produção da oficinas, e não tolher a criatividade do conteudista ou colocar obstáculos ao seu desenvolvimento. Não é necessário seguir o modelo.

Parte III Nesta parte, serão apresentadas sugestões para aplicação das oficinas. Em geral, o oficineiro será alguém que tem alguma relação com os trabalhos conduzidos na unidade do projeto Casa Brasil. Assim, pressupõe-se que tenha um bom conhecimento da comunidade e das

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atividades da casa. Ele desempenha um papel de educador, mediador e agente comunitário e tem autonomia para propor alterações na atividade, a fim de adaptá-las melhor à realidade da unidade. A fase de realização das oficinas compõe-se de três partes principais: a.planejamento de aplicação da oficina; b.realização propriamente dita; b.avaliação das atividades, após a aplicação das oficinas. 1. Fase de planejamento de aplicação da oficina  Verificação de instalações e materiais  Adequação da oficina à realidade local e ao público-alvo  Revisão geral da oficina 2. Fase de realização da oficina  Seção Introdutória: apresentação  Seção Principal: conteúdos e atividades  Resumo e encerramento 3. Fase de avaliação após a oficina  Impacto de resultados de aprendizado no desempenho individual e nas práticas organizacionais  Ajustes das atividades e avaliações dos facilitadores

Realização das Oficinas Como vimos, é sugerida que a realização propriamente dita das oficinas componha-se de três seções. Aqui será detalhada cada uma delas: 1. Seção introdutória  Boas-vindas  Apresentações  Resumo das expectativas  Revisão do objetivo geral e a proposta de programação 2. Seção principal  Apresentação de conceitos-chave  Atividades participativas

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 

Desenvolvimento de habilidades e avaliação do envolvimento e do progresso dos participantes em relação ao conteúdo Eventuais correções de rumos, em função da avaliação

3. Resumo e encerramento  Resumo de aprendizados significativos obtidos na oficina  Ligação com o objetivo e os resultados originalmente esperados da oficina, bem como com as expectativas dos participantes  Plano de ação para a aplicação dos conteúdos “em casa”  Avaliação da oficina  Atividade de encerramento  Avaliação do oficineiro

Avaliação das oficinas [nota] Esta fase é posterior ao término da oficina e visa orientar o oficineiro na avaliação de todo o processo. Nota: É importante não confundir esta etapa de avaliação com a avaliação da oficina que deve ocorrer no próprio desenrolar da oficina. Sugerem-se alguns passos-chave nesse processo de avaliação da Oficina:

1. Definir a oficina Objetivos claros e mensuráveis que identifiquem o que é preciso mudar, como por exemplo: ■ Conhecimento ■ Atitudes ■ Habilidades ■ Comportamento 2. Desenvolvimento Indicadores de resultados: ■ Processo para identificar indicadores ■ Idéias para indicadores de resultados verificáveis 3. Coletar a informação de avaliação ■ Questionário por escrito de avaliação ■ Entrevista / conversa com participantes 13

■ ■ ■ ■

Observação do participante Diário da oficina Questionário do antes e depois Métodos não tradicionais de documentação

4. Analisar e interpretar ■ Análise da informação e identificação do que foi aprendido, recomendações e ações 5. Utilizar os resultados ■ Compartilhar os resultados continuamente ■ Usar o que foi aprendido no planejamento de futuras oficinas

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ANEXO I - Exemplo de quadro geral: 1

Nome: Telecentros comunitários: visão geral – oficina a ser desenvolvida no Telecentro.

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Descrição: O que é um telecentro comunitário? Importância dos espaços de acesso público a internet para a universalização do  acesso aos meios, ferramentas, conteúdos e saberes da sociedade da informação e comunicação. A oficina terá foco na prática, levando os participantes (usuários da Unidade Casa Brasil) a explorar as diferentes  possibilidades de atividades que podem ser desenvolvidas pelo uso do computador e da rede.

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Princípios: Os telecentros são espaços comunitários, de acesso público, para o desenvolvimento do uso crítico e autônomo no uso das tecnologias da informação e comunicação.

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Público-alvo: Jovens e adultos que nunca tenham tido contato com computador ou que tenham tido muito pouco contato.

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Carga horária: Oficina para ser desenvolvida em cerca de cinco encontros presenciais de duas horas cada, totalizando uma carga horária de 10 horas. A freqüência ideal é diária.

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Objetivos educacionais: Os participantes devem perceber a importância de um telecentro comunitário como instrumento de inclusão social. Estimular e fornecer elementos para que o participante seja não apenas um consumidor desta nova mídia, mas que desenvolva habilidades digitais e seja capaz de fazer uma apropriação crítica, com acesso aos meios, ferramentas, conteúdos e saberes da rede mundial. Os aprendizes devem compreender as diferentes possibilidades de usos dos microcomputadores ligados em rede, o funcionamento descentralizado desta rede e o que isso implica em termos de potencial de democratização do conhecimento.

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Habilidades e competências: 1. Compreender o que é um computador; 2. Compreender o que é a Internet; 3. Distinguir e executar aplicativos; 4. Navegar na Internet e realizar pesquisas básicas; 5. Usar ferramentas de comunicação na Internet; 5. Acessar caixa postal eletrônica e modos de armazenamento digitais de informações. 6. Familiarizar-se com linguagens básicas e instrumentos para usar a rede (chat, fóruns, editores, formatos usuais, etc); 5- Apropriar-se criticamente dos recursos da rede. 5. Discutir sobre como a comunidade pode utilizar os microcomputadores e a rede.

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Materiais: Para a atividade inicial: um rolo de barbante Um microcomputador por aluno Uma impressora Conexão

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Avaliação: Participação, Freqüência, Pontualidade, Interesse

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10. Atividades: Seção introdutória Após serem dadas as boas vindas, será dado um tempo (sugere-se cinco minutos) para que cada participante converse com quem está a seu lado. A fim de iniciar com ambiente de integração entre os participantes, cada um deverá fazer a apresentação do seu vizinho, com base nas informações coletadas nesta conversa inicial. Após esta fase inicial de interação, será estimulado que os participantes exponham suas expectativas em relação à oficina. Será também feita uma revisão dos objetivos gerais e será apresentada a proposta de programação das atividades da oficina. Seção principal Aqui serão apresentados os conceitos-chave sobre o tema. (quais?) Após, será realizada a 'dinâmica da teia'. Dinâmica da teia

Conceitos: estabelecimento de rede Detalhamento: A oficina começa no pátio da unidade. O oficineiro traz um rolo de barbante e explica aos participantes que cada um vai se apresentar e dizer o que espera do uso do Telecentro na unidade Casa Brasil e, segurando uma ponta, jogar o rolo para outro participante, de forma que se forme uma teia ao final. O oficineiro inicia e joga o barbante para algum participante. Ao final de tudo, o oficineiro deve fazer um balanço do que foi dito sobre o Telecentro e mostrar a rede que se formou, com cada um segurando “uma ponta”, e associar isso à rede que se quer formar com o projeto Casa Brasil. A seguir serão desenvolvidas atividades práticas no espaço do Telecentro.

Inicialmente visão geral do computador: conceitos de dispositivos de entrada e de saída; inicialização da máquina; área de trabalho; programas e aplicativos.

Detalhamento: A partir deste momento, todas as atividades se desenvolverão no Telecentro.

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Os microcomputadores devem estar desligados. Antes de ligá-los o oficineiro deve fornecer uma breve visão geral dos computadores, estimulando a reflexão sobre a interface e sobre os dispositivos de entrada (mouse, teclado, microfone, etc) e os dispositivos de saída (monitor, impressora, caixa de som, etc). Em seguida, os participantes devem ligar seus micros, prestando atenção aos seus componentes. Quando a máquina terminar sua inicialização, o oficineiro deve trabalhar o conceito de ícone e sua relação com aplicativo ou programa. Será também feita uma breve exposição seguida de debate sobre a internet enquanto rede mundial. Será também estimulada navegação, com apresentação de dicas básicas de navegação e pesquisa na rede, criação de e-mails, uso de programas de comunicação instantânea, chats, participação em fóruns e em listas de discussão.

Resumo e encerramento Aqui será estimulado que os participantes colaborem no resumo dos aprendizados significativos obtidos na oficina, na ligação com o objetivo e os resultados originalmente esperados da oficina, bem como com as expectativas dos participantes. Ainda coletivamente, será feita a avaliação da oficina, em formato de debate, onde todos tenham oportunidades de colocar suas impressões e de confrontá-las com as expectativas iniciais. Em seguida, uma atividade de encerramento onde se proporcione a todos a oportunidade de expressar agradecimentos, reflexões e comentários finais.

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ANEXO II – Questionário de Avaliação

Avaliação Partcipativa Perguntas-chave de avaliação entre facilitadores

1. Fizemos o que dissemos que faríamos? 2. O que aprendemos sobre o que deu certo e o que não deu certo? 3. Que diferença fez o que fizemos neste trabalho? 4. O que poderíamos ter feito de maneira diferente? 5. Como podemos utilizar o que descobrimos através da avaliação?

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Nota bibliográfica: Honsberger, Janet e George, Linda. Facilitando Oficinas: Da teoria à prática - Treinamentos de Capacitadores do Projeto Gets - United Way do Canadá

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Observações: 1. O nome dos módulos refere-se à denominação dos módulos nos quais as atividades da oficina serão desenvolvidas. Por exemplo, a atividade 1 será desenvolvida no módulo Sala de Leitura e a 2 no Telecentro. No decorrer da leitura das oficinas, percebemos que uma oficina pode acontecer em um ou mais módulos. 2. O tópico “detalhamento” (que substituiu o antigo tópico 10-Atividades) deve trazer em seu início: • Módulo – espaço físico onde a atividade vai acontecer • Unidade – corresponde ao que vocês chamaram módulo • Encontro – encontro presencial para trabalho com a oficina • Atividade – cada uma das ações pedagógicas que compõem um encontro • Procedimento – roteiro das ações de cada encontro • Dinâmica – atividade em grupo para interação e desenvolvimento da aprendizagem colaborativa 3. As oficinas serão desmembradas em dois documentos: Roteiro do Aluno e Roteiro do Oficineiro. Os textos de apoio se referem a atividades específicas e devem ser lidos pelos participantes da oficina. Devem, portanto, ser copiados do Roteiro do Oficineiro para o Roteiro do Aluno. 4. O Roteiro de Aluno deve trazer os textos de apoio separados por atividades e fazer menção explícita a que atividade se associa. 5. Textos de apoio servem para dar suporte ao desenvolvimento das atividades e por isso devem ser lidos pelos alunos. Textos complementares trazem para o oficineiro informações complementares e os alunos não têm acesso a eles. 6. A revisão das oficinas deve selecionar o que é texto de apoio o que é texto complementar e gerar o Roteiro do Aluno e o Roteiro do Oficineiro.

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