pipermadame
piper
leonora e. de piper, mais conhecida por madame piper, foi uma das mais c�lebres m�diuns dos nossos tempos. sua encarna��o ocorreu no ano de 1859, nos estados unidos da am�rica do norte, e sua desencarna��o no dia 3 de julho de 1950. foi m�dium por mais de 40 anos; as atas das suas sess�es atingiram mais de 3.000 p�ginas. nas investiga��es que tiveram lugar � as mais prolongadas da hist�ria do espiritismo � foram dispendidos mais de 150.000 d�lares. comentando a mediunidade de leonora e. piper, escrevia charles richet, em seu tratado de metaps�quica, p�gina 36: "madame piper e eus�pia paladino demonstraram sempre perfeita complac�ncia com todas as investiga��es cient�ficas. aceitaram todo o g�nero de vigil�ncia, apesar dos receios e das afrontas. gra�as a elas, em grande parte, a metaps�quica conseguiu durante estes �ltimos anos, o progresso que alcan�ou. � preciso, pois, que os s�bios do futuro guardem para uma e outra, igualmente para daniel douglas home e florence cook, que as precederam, imorredouro reconhecimento". william james, no ano de 1885, foi o primeiro homem de ci�ncia que se ocupou da mediunidade da madame piper. o sucesso das investiga��es levadas a efeito teve o m�rito de atrair a aten��o de outros renomados pesquisadores, dentre eles o advogado, richard hodgson, antigo membro da sociedade de investiga��es ps�quicas de londres e um dos mais criteriosos investigadores dos fen�menos esp�ritas, dada a sua fama de incr�dulo e tenaz descobridor de fraude. ap�s 15 anos de incessantes pesquisas, o dr. hodgson chegou � conclus�o de que os fen�menos eram ver�dicos e que madame piper era m�dium de invulgar faculdade. hodgson submeteu madame piper a toda sorte de controle, contratou detetives que seguiam todos os passos da m�dium e de seu esposo com o objetivo de averiguar se um ou outro procurava se inteirar de fatos que diziam respeito � vida �ntima das pessoas que frequentavam as sess�es. apesar de nada comprovar, fazia com que pessoas vindas de outras cidades, sem qualquer contacto com a m�dium assistissem as reuni�es. esses visitantes, sem qualquer c�rculo de amizade na cidade de boston, eram admitidos no recinto das sess�es quando a m�dium j� estava em transe sonamb�lico e saiam do local antes que o transe tivesse fim. nada conseguindo descobrir que pudesse constituir motivo de suspeita, o dr. hodgson planejou uma viagem � Inglaterra, onde madame piper n�o tinha qualquer conhecido, amigos ou parentes. essa viagem teve in�cio em 9 de novembro de 1889. desembarcando em liverpool, foi cercada por membros da sociedade de investiga��es ps�quicas de londres, os quais vigiavam para que n�o houvesse qualquer contacto da m�dium com eventuais auxiliares. hospedando-se, por alguns dias na resid�ncia de "sir" oliver lodge, foram contratados novos serventes para a casa, nenhum dos quais sabia qualquer coisa das amizades ou vida de lodge. os registros familiares e �lbuns de retratos da fam�lia foram guardados sob chave. a bagagem da m�dium foi cuidadosamente revistada com o fito de constatar se n�o havia nela qualquer biografia de personagens ingleses contempor�neos, nada sendo encontrado. no decurso de 88 sess�es, madame piper revelou a todos os que tiveram a ventura de presenciar os fen�menos produzidos por seu interm�dio, centenas de fatos que puderam ser comprovados em seus m�nimos detalhes. lodge conseguiu registrar 41 casos de revela��o de ocorr�ncias com membros das fam�lias das pessoas presentes, todos eles verificados com min�cia. regressando aos estados unidos em 1890, madame piper desfrutava de extraordin�ria fama pelos feitos produzidos na inglaterra. prosseguindo em
sua miss�o, v�rios fen�menos tiveram lugar, gra�as ao esp�rito de george pellew, jovem escritor e advogado que, em vida havia presenciado alguns fatos e que desencarnara em 1882, devido a violenta queda. em 1898, ao regressar de sua segunda viagem � Inglaterra, apareceu em cena nos estados unidos um novo c�ptico. com a ajuda secreta do dr. hodgson assistiu inc�gnito a 17 sess�es. procedia com mais incr�vel cautela a fim de que a m�dium n�o se certificasse da sua presen�a, a carruagem usada para o seu transporte era completamente fechada, descia da mesma coberto com uma capa, entrava sorrateiramente na sala e tomava assento pr�ximo � madame piper, permanecendo ali sem dizer palavra. sem muita delonga, a m�dium disse ao misterioso visitante como se chamava, o nome do seu progenitor, fornecendo uma s�rie de pormenores sobre a sua vida e de membros de sua fam�lia. pela primeira vez em sua vida, o visitante, james h. hyslop, catedr�tico da universidade de columbia, ficou assombrado e confuso. ante a evid�ncia hyslop, se convenceu da realidade, principalmente ap�s ter confabulado com o esp�rito de seu pr�prio pai. madame piper continuou suas sess�es at� 31 de julho de 1911, quando os esp�ritos recomendaram que deveria suspend�-las devido ao seu estado de sa�de. em 1924, entretanto, realizou algumas sess�es especiais que foram as derradeiras. anu�rio esp�rita - 1967 digitado por laura jane moreira santiago