Lo’ Ramp
LUZES EMISSÁRIOS DE AMOR Psicografado por Aylla Inspirado por Lo’ Ramp ÍNDICE Dedicatória
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Prefácio Alcançando a plenitude da sabedoria (o último grau na Terra) Como e porque foram criadas as 12 esferas Os cavalheiros celestiais Quem foi a primeira esfera ? Os 144 mensageiros das 12 tribos e as vidas das esferas O ensinamento dado por Hermes aos 24 escolhidos 1ª parte: A escolha 2ª parte: As perdas 3ª parte: As explosões emocionais 4ª parte: As deficiências da carne e seus vícios 5ª parte: O perigo do confronto com o mal 6ª parte: O fim de um estágio e início de outro 7ª parte: O começo do controle 8ª parte: O princípio do conhecimento 9ª parte: As provas da abnegação e do perdão 10ª parte: A dor da solidão 11ª parte: Sabedoria ainda incompreendida 12ª parte: O inferno fica mais próximo (a loucura) 13ª parte: A luz que retorna 14ª parte: Sabedoria, consciência e evolução 15ª parte: O teste da coroa de ouro que vira espinhos 16ª parte: O encontro com o Grande Pai e seu amor 17ª parte: Já não é preciso pedir (a sintonia) 18ª parte: O bem e o mal já não existem 19ª parte: O belo volta e tudo vira certeza 20ª parte: Olhar o mundo como o Grande Pai olha 21ª parte: A batalha final 22ª parte: A solidão acaba e tudo recomeça num novo estágio e plano Com quanto tempo de antecedência uma esfera é avisada de sua missão O juramento das esferas A partida das esferas
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Luzes, Emissários de Amor Os últimos karmas das esferas e o abandono das necessidades físicas Epílogo
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Lo’ Ramp DEDICATÓRIA Eu queria, como qualquer ser humano normal, fazer uma dedicatória aos espíritos que elaboraram essa obra, porém eles resolveram que seria melhor dedicar tudo que escreveram aos seres humanos, pois se não fossem eles não haveria necessidade de escrever tão valiosa obra. Portanto, sendo esse o desejo dos espíritos, dedico cada palavra de amor, carinho, compreensão, sabedoria e evolução aos meus irmãos carentes disso, mas não deixo de dizer “muito obrigada” ao Grande Pai e a todos os seres maravilhosos que contribuíram para que esse simples exemplo de amor seja mais uma página, não na história da humanidade, mas na vida particular de cada ser humano que ler esta coleção. Desta forma eu estou dizendo um grande “eu te amo” não só aos irmãos espíritos como aos seres humanos. Aylla Harard
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Luzes, Emissários de Amor PREFÁCIO Finalmente chegamos ao final de uma grande trajetória de aprendizado. Este livro marca o fim da coleção “Corpus Universalis”, onde procuramos passar para o leitor de maneira clara e objetiva, em 7 livros, o que de fato somos, de onde viemos, para onde iremos e o que estamos fazendo aqui na Terra. Nesta coleção esclarecemos muitos pontos obscuros da história da humanidade, mas o nosso principal objetivo foi ensinar que não devemos nos julgar ou nos condenar por ter cometido alguns erros, afinal se não fosse por eles não iríamos alcançar a tão falada evolução. Falamos dos mundos paralelos como o lar espiritual e o umbral, explicamos o que é alma gêmea e kármica e a tão esperada chama gêmea, mostramos um lado de Cristo que muitos desconhecem ou simplesmente negam, explicamos a real importância da Inquisição, falamos dos 22 caminhos da evolução e suas várias formas, explicamos como o Grande Pai nos criou, falamos de sua dor e de seu amor por nós, explicamos porque estamos divididos em etapas e porque uma delas vai embora antes da outra, falamos de amor, o amor inspirado pelos anjos que a muitos encantou, revelamos os mistérios do corpo material, da alma e do espírito, relembramos a todos a imensa capacidade que se encontra dentro de cada ser vivo, falamos do fim de uma etapa e do início de outra, da antiga tecnologia que no futuro retornará para a transformação do planeta. Explicamos o que vai acontecer com o planeta Terra e seus habitantes e como esses irão recuperar a verdadeira sabedoria. Falamos da união da Terra com a 3ª raça e como isso vai acontecer, a volta de Cristo e o retorno para casa, nosso planeta de afinidade. Descrevemos a partida para outro planeta, o recomeço, as novas missões para os que passaram para um novo caminho de evolução. Falamos do Absoluto e da Perfeição. Explicamos o que é a Cidade do Princípio e o que é a ilha-arquivo de Deus. Falamos sobre os deuses, seus erros e acertos, assim como de Atlântida, Lemúria e Shangrillá. Esclarecemos a verdade sobre a doação de órgãos e relatamos a história real da família de Jesus. Explicamos que o bem e o mal são irmãos que juntos e bem equilibrados podem nos levar à evolução. Enfim, falamos muito mais do que isso nesses livros e ainda resta saber o que é uma esfera. Afinal qual é a verdade que ainda resta ser revelada, sobre o que nos falta dar explicações? Durante o desenrolar dos outros livros nós deixamos bem claro que ainda iríamos voltar a falar nesse assunto e agora definitivamente chegou a hora de revelar mais esse mistério. Vamos agora falar dos seres que já estiveram e ainda estão na Terra cumprindo a missão muito especial de ajudar a humanidade a despertar para as transformações que vão ocorrer no planeta e com os próprios seres humanos. Vamos contar como tudo isso começou e porque começou como surgiu a primeira esfera, quem era ela e porque o grau de evolução tem mudado tanto durante esses milhares de anos. Enfim vocês irão descobrir que podem conhecer uma esfera e nem sabiam ou até mesmo podem ser um dos 144 auxiliares. Tudo isso agora ficará mais fácil de saber. De antemão eu vou logo avisando que se vocês acham que acabou ou que só vai existir essa coleção “Corpus Universalis”, sinto muito informar aos críticos, mas a pedidos da Sabedoria que clama à alma humana eu vou continuar a encantá-los com uma nova coleção, não tão grande quanto essa, porém ainda mais cheia de magia, encanto e amor. Prometo a todos que vou arrancar lágrimas da alma de vocês. Vou levá-los a mundos que só existem nos sonhos, mas vou ensiná-los a torná-los realidade. Com essa nova coleção o mundo correrá somente um grande risco: o de ficar completamente apaixonado. Vou deixá-los tão embriagados de amor que não sentirão dor nem frio, fome ou tristeza. Essa nova coleção vai transformar a vida, a alma e o coração das pessoas, pois pretende ensinar aquilo que todo mundo acha que já sabe, mas no fundo ainda nem conhece direito. Meu intento e dos outros espíritos é tornar a humanidade seres enamorados, apaixonados, mas por enquanto não posso falar mais nada dessa nova coleção. Quero deixar vocês com água na boca e cheios de ansiedade, esperando pelo cálice dessa fábula misteriosa que se intitula coleção “Estações do Amor.” O primeiro livro se chama Lágrimas de um Peregrino. Aguardem e em breve vocês estarão em chamas.
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Lo’ Ramp ALCANÇANDO A PLENITUDE DA SABEDORIA (O ÚLTIMO GRAU NA TERRA) Agora vamos falar do último grau de ensinamento terreno, aquele que deixamos para trás e do qual só agora voltamos a falar. Vocês devem se lembrar que em alguns livros anteriores nós explicamos as diferenças que existem entre os 3 corpos que temos: o corpo físico, a alma e o espírito. Agora vamos esclarecer com mais detalhes o que são essas diferenças. Para isso vamos dividir a explicação em 3 partes, para poder esclarecer melhor. 1ª parte: Como já disse antes nosso espírito nasce puro e sábio, só que para todos entenderem isso melhor explico que ele é puro por ser parte do Grande Pai e sábio porque o Grande Pai é sábio, mas vocês se lembram que eu já disse antes que sabedoria não é sinônimo de evolução? Pois é, para evoluir o espírito precisa da 2ª parte, a alma, que por sua vez precisa usar conscientemente toda a sabedoria que o espírito tem. Para isso essa precisa da 3ª parte, o corpo físico, o único que pode não só ter a consciência, mas senti-la, o que é o mais importante para a evolução do espírito. Nessa primeira parte vemos que o espírito pode ter sabedoria, mas para chegar à evolução tem que ter consciência sentida. Isso quer dizer que tem que saber usar de maneira consciente e correta tudo que herdou do Grande Pai. Para isso ele precisa colocar em prática seu conhecimento e isso tem que ser feito de uma forma que o espírito sinta o peso das emoções, do que é certo ou errado. É aí que entra a alma, com sua capacidade humana e imortal. A alma recebe do espírito tudo que ele sabe e tem que colocar isso em prática na experiência mais profunda de seu ser, o corpo físico, aquele que é perecível, é variável e que não tem nenhum tipo de consciência, além de viver num campo vibratório onde o conhecimento espiritual é algo muito complexo. O espírito então se aproxima da alma dando a ela o seu conhecimento, para que essa use este no corpo e o corpo devolva ao espírito a consciência correta de sua sabedoria, que aos poucos vai se transformando em evolução. Todo conhecimento que o espírito tem de nada pode ajudá-lo se não for utilizado. Esta função a alma se encarrega de dar ao corpo e este, por sua vez, devolve à alma o pouco que foi aprendendo no decorrer de suas inúmeras encarnações. O espírito, como pode sentir tudo que a alma e o corpo sofrem, vai obtendo experiência de como usar melhor e de maneira correta toda sua sabedoria e quando já tem uma boa consciência do que é certo ou errado ele vai transmitindo isso à alma, que também passa isso para o corpo físico e é desta maneira que o espírito vai evoluindo em seus estágios, de modo que o espírito não regride, apenas se aperfeiçoa. Já a alma pode passar muitas vezes pelo mesmo caminho até que faça o corpo físico aprender determinada lição. O mais importante desse aprendizado é a consciência, ou melhor, sentir consciência, pois muitos seres podem até ter consciência do certo e do errado e mesmo assim continuam errando. Sentir consciência é o mesmo que passar pela experiência nefasta a que submeteu um outro ser e se lembrar disso como um aprendizado. A consciência só vem com o esclarecimento, o que muitos seres se negam a aprender e outros se negam a ensinar. Vamos dar um exemplo de como dar consciência a alguém. Digamos que um jovem de 25 anos foi condenado à pena de morte por ter matado uma criança. Esse tipo de crime deixa obviamente qualquer ser indignado e nesse momento todos acreditam que a morte ainda será uma pena muito leve para esse ser cruel, pois no fundo as pessoas pensam em espancá-lo e, se possível, queimá-lo em praça pública. Não quero aqui ferir os sentimentos de ninguém ou tampouco aliviar a culpa desse ser, mas quero ensinar a vocês que existe uma maneira melhor de punir um ser que comete esse tipo de crime. As únicas perguntas que todos fazem a esse ser são porque ele matou ou porque agiu daquela forma, se não sente remorsos, etc. Mas vamos mudar a ordem das coisas. Vamos nos neutralizar de sentimentos e vamos olhar para aquele ser como se ele fosse uma pessoa como
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Luzes, Emissários de Amor qualquer outra. Vamos fazer exatamente aquilo que ele não espera que venhamos a fazer, afinal em uma situação dessas esse ser se fecha para todos por causa do seu delito e vê que o mundo está contra ele. Então a melhor defesa é a exclusão, pois uma aceitação agora é completamente inoportuna. Por isso ele primeiro se condena e deixa se condenar, aceitando que é um ser que não tem capacidade de mudar ou de ter algum tipo de sentimento bom. Transforma-se então exatamente no que as pessoas desejaram que ele fosse um ser ainda mais cruel e repugnante. Essa é então a sua melhor defesa. Porém vamos agora entrar no campo minado que é a mente desse ser. Como uma pessoa neutra pergunte a ele, com palavras certas, porque cometeu tal crime. Depois pergunte a ele o que sentia antes de cometer o crime, como ele é por dentro, se ele se sente vazio e o que causou esse vazio. Pergunte a ele qual foi a maior dor que ele já sentiu e se antes dessa dor ele um dia já sorriu e quais foram os motivos que o fizeram sorrir, o que o fez feliz de verdade. Pergunte a ele quais eram seus sonhos antes de se tornar um criminoso, o que desejava fazer da vida. Vá ao fundo de sua alma buscar seus sentimentos mais secretos, aqueles que ninguém mais conhece, que nem mesmo ele sabia que tinha. Coloque-o na situação de um ser amável e dócil como aquela criança que ele matou, mas não deixe ele perceber que você está fazendo essa comparação. Mostre a ele uma vida linda, cheia de alegria e amor, dizendo a ele que poderia ter tudo isso se antes de matar aquela criança tivesse tido a chance de ter consciência disso tudo, pois ele, como todo ser humano, tem um lado bom e outro mal e ele deixou que seu lado mal o fizesse esquecer de seu lado bom. Trate-o como ser humano sem demonstrar medo ou piedade. Cumpra apenas sua missão e pode ter certeza que tudo que você disser a ele falará mais que mil verdades, pois o fará acordar para a dor de sua própria consciência onde essa lhe mostra um jovem forte, alegre e feliz aprisionado por um trauma que a vida não lhe ensinou como superar e por causa desse trauma ele tirou para sempre as suas chances de ser feliz a partir do momento em que tirou a oportunidade de sorrir de outro ser inocente. Agora ele então terá muito no que pensar e nem mesmo a morte poderá apagar o que agora aprendeu, mas ele aceitará a morte como uma chance de se redimir do que fez e na sua próxima encarnação terá a chance de voltar melhor do que foi nessa. É dessa maneira que a consciência deve ser sentida nos seres humanos. Ela deve ser despertada, acordada, mas para isso devemos usar o sentimento nobre da compaixão e jamais o da ira. A consciência só pode vir à tona para preencher o vazio que a ignorância causou. Com ela vem o arrependimento, o perdão e o amor. Somente a consciência leva à sabedoria e à evolução, pois sem essa o corpo não aprende, a alma não evolui e o espírito não se conscientiza do que realmente sabe. Somente quando o homem alcança a consciência ele está apto a dar um passo na evolução e assim a plenitude de seus sentimentos encontra o caminho mais curto para a tão almejada perfeição. Como já disse antes o Grande Pai é emoção e consciência. Tudo que o homem sente Ele também sente, pois foi justamente para ter esta imensa variedade de sentimentos que o Grande Pai nos deu o livre-arbítrio. Quanto mais o homem sente mais ele evolui e mais ele prova a si mesmo que milhares de emoções ele sentiu, mas que todos provinham de apenas dois sentimentos: amor ou ódio. As emoções são, na maioria das vezes, irracionais. Por isso nos ferem tanto e demoram tanto a passar, mas nem por isso deixam de nos ensinar. Já os sentimentos são como árvores de raízes profundas, que não podem ser arrancadas, apenas transformadas. Árvores que a cada estação nos oferecem frutos novos em forma de emoção. Nosso maior problema é que nós prestamos mais atenção nos frutos quando deveríamos dar mais atenção à árvore, pois uma árvore bem cuidada não costuma dar frutos tão amargos. O equilíbrio das emoções está no cultivo de bons sentimentos, fortalecendo as raízes da nossa árvore do amor. Com a fé e a esperança teremos sempre uma chance nova de dar a quem precisa e consecutivamente o Grande Pai sempre dará uma a mais para nós, independentemente de esperarmos por isso. Na vida devemos criticar menos e analisar mais antes de falar qualquer coisa que possa vir a mudar a vida de alguém, pois se fizermos isso hoje, amanhã o futuro também fará o mesmo conosco, pois essa lei é imutável.
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Lo’ Ramp COMO E PORQUE FORAM CRIADAS AS 12 ESFERAS As revelações que vem a seguir explicarão a origem de inúmeros seres sábios que habitaram a Terra. Logo após a destruição de Atlântida, Shangrillá e Lemúria a memória dos seres humanos foi apagada, porém 12 seres tiveram seus conhecimentos preservados, entretanto essa história começa bem antes da destruição das grandes cidades. Naquela época as esferas não tinham esse nome. A maioria deles era conhecida como simples sacerdote, pois não podiam ser conhecidos por esferas, além do que havia vários seres com dons especiais, mas eram poucos os que não se deixavam corromper pelo poder. Antes que as grandes cidades fossem destruídas alguns seres celestiais escolheram aqueles que deveriam ser as 12 esferas que iriam representar as suas tribos. Durante 50 anos foram analisados muitos seres até chegarem aos 12 que tinham capacidade para assumir uma missão tão grandiosa. Cada escolhido teria que ser uma pessoa abnegada, que fosse forte o suficiente para doutrinar um povo ignorante e que ainda tivesse tempo para ensinar, pois teria que deixar sucessores. Somente depois da grande destruição é que esses seres foram revelados, pois eram os únicos que tinham o conhecimento e que podiam ajudar de verdade os outros seres. No princípio o sofrimento das 12 esferas foi muito grande, pois por maior que fosse a sabedoria que tinham pensavam muitas vezes em desistir de tudo, mas a vontade de concluir a missão era forte o suficiente e eles mantinham a fé. Logo após a destruição os seres celestiais visitaram os 12 seres escolhidos e lhes passaram a missão de ensinar os demais e deram a eles o nome de esferas pelo fato de terem uma aura muito brilhante, que parecia uma bola luminosa ao redor do corpo. Isso fazia deles seres diferentes, que emanavam forte sensação de paz e calma aos seres ao redor. Nessa época também apareceu pela primeira vez o Livro das Esferas, o Greemüer, também conhecido como Livro dos Escolhidos. Nesse livro as 12 esferas escolhidas assinavam seus nomes e tomavam conhecimento de suas missões. As primeiras esferas foram escolhidas para não deixar a sabedoria desaparecer da Terra, pois foram escolhidas para preservar o conhecimento verdadeiro e passá-lo para os seres humanos. OS CAVALHEIROS CELESTIAIS Agora vamos falar de um tema mais conhecido como Servidores da Luz ou Os Mestres de Ashtar. Acredito que muitas pessoas já conheçam muito bem esse assunto, só não sabem o que é verdade e o que é mentira. A verdade é que antes da destruição existiram seres criados por esses tais mestres e como já expliquei esses seres eram os filhos do pecado, os dinossauros. Muitos seres acreditam que somos todos filhos do planeta Ashtar e sua rainha louca Ishtar. Na verdade a história do Comando Estelar Ashtar, um grupo de seres originários deste planeta que vieram ajudar a Terra, começou ainda antes da destruição. Ishtar era uma deusa como os outros deuses, que cometeu seus erros como os demais, porém antes da transformação ela se aliou aos deuses bons para vencer a loucura dos deuses maus e é claro que ela teve sua parcela de colaboração na criação dos semideuses, seres meio humanos e meio mortais, mas seu papel principal veio justamente depois da destruição em que a Terra foi devastada pelos gigantes e dinossauros e depois livrada deles e da loucura dos deuses. Nos livros anteriores nós já havíamos advertido que só iríamos falar das esferas agora, neste livro destinado a elas. Por essa razão só vamos falar dos cavalheiros celestiais agora, pois eles são os criadores da Ordem das Esferas.
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Luzes, Emissários de Amor Muitos seres já ouviram falar da tecnologia ou magia avançada que os Filhos de Ashtar tinham. Alguns seres deram o nome de fogo grego a essa forma de tecnologia, justamente por destruir ou incinerar pessoas e cidades a quilômetros de distância. Hoje ele é comparado à bomba atômica, porém o que posso afirmar é que era 50 mil vezes mais potente que qualquer arma nuclear que ainda poderá ser inventada. Por essa razão não se justifica quando algumas pessoas dizem que essa arma era usada para a destruição, pois para usá-la era preciso ter um controle absoluto do que se estava fazendo. A verdade é que ela foi usada para construir várias cidades subterrâneas. Também foi usada pelos gigantes na construção das pirâmides e em vários outros monumentos. Em meio a tudo isso não podemos nos esquecer do sopro de Walkah, o sopro mais gelado do planeta, que era a única arma com potência para apagar o fogo grego se ele fosse parar em mãos erradas, o que de fato aconteceu. Antes disso vamos contar o que tornou essas armas tão famosas. Na época dos deuses esses faziam escavações na terra com essa arma (fogo grego) com a intenção de retirar minerais para esculpir suas imagens, fazer alguns objetos e ornamentos pessoais, porém eram raras as vezes que os deuses usavam essa tecnologia, pois na verdade tinham tudo que queriam com livre acesso ou simplesmente escravizavam os seres humanos, pois assim se divertiam mais. Alguns anos antes da destruição os seres celestiais colocaram essas armas nas mãos de seres em que confiavam e pediram a eles que juntamente com outros escolhidos começassem a escavar grandes cidades subterrâneas onde seriam preservadas várias partes da história de Lemúria, Shangrillá e Atlântida. A condição para as escavações dessas cidades era que elas fossem realizadas nas partes mais profundas de algumas montanhas, que na época se encontravam cobertas por mares e rios. Essas montanhas foram muito bem escolhidas e até hoje preservam todo o conhecimento daquela época para ser utilizado somente no momento certo, que deverá ser tempos antes da transformação do planeta do estado visível para o invisível. Por essa razão é muito difícil achar vestígios do passado das grandes cidades, pois praticamente tudo de importante está guardado nessas cidades subterrâneas que serão descobertas quando realmente for necessário. O sopro de Walkah e o fogo grego foram utilizados para construir outras cidades nas rochas após a destruição das grandes cidades. Como havia 12 cavalheiros celestiais esses utilizavam essa tecnologia irmanamente e na maioria das vezes o faziam escondidos dos seres humanos para evitar que esses viessem a descobrir como utilizá-la. Como esses teriam que partir da Terra muito em breve passaram o conhecimento dessa tecnologia para as 12 esferas, só que para isso foi feita uma grande reunião entre os cavalheiros celestiais e as 12 esferas. Foi só nessa época que as 12 esferas descobriram que existiam 12 cavalheiros celestiais (um representante celestial de cada tribo) na Terra. Nessa reunião os cavalheiros celestiais transferiram para as 12 esferas a responsabilidade que era deles e lhes disseram que para isso eles deveriam ensinar 144 seres para serem seus auxiliares e futuramente um daqueles seria seu substituto, transformando-se em uma esfera. Alguns anos se passaram e os cavalheiros celestiais acreditaram que as esferas já estavam prontas para finalmente dar continuidade à missão deles e então resolveram partir deixando essa tecnologia tão perigosa na Terra. As esferas mantinham essas armas muito bem guardadas e evitavam utilizar-se delas, pois o poder delas poderia simplesmente extinguir o planeta e vários outros que estivessem ao redor. Infelizmente nem tudo correu tão bem como deveria. Os seres humanos viviam brigando entre si por pura ignorância, mas as maiores brigas dos seres humanos começaram quando o ser do mal chegou à Terra e despertou neles os pecados capitais. A cobiça pelo ouro, a prata e inúmeras pedras preciosas desencadearam no planeta Terra uma guerra até hoje desconhecida para o mundo, pois foi uma das guerras que custou um preço extremamente caro a toda a humanidade. Um planeta desconhecido começou a observar a Terra e suas preciosidades. Em pouco tempo eles resolveram descer no nosso planeta para negociar algumas coisas (minerais). As esferas, desconfiadas, não aceitaram as propostas dos visitantes, porém o povo, corrompido pela oferta de poder que poderiam ter, aceitou e em pouco tempo vários seres humanos haviam se tornado escravos desses novos donos da Terra, que mandavam e desmandavam em tudo. Como os seres humanos não tinham força suficiente para escavar a quantidade de material que estes queriam esses tinham suas vidas
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Lo’ Ramp amaldiçoadas pelos seres do outro planeta. Os seres amaldiçoados eram condenados a andar somente de noite, pois a luz do sol os cegaria ou simplesmente os torraria. Outros se transformavam em aberrações e se refugiavam no mundo encantado. Outros simplesmente tinham suas almas roubadas, o que fazia o ser não ter sentimentos e morrer de uma maneira muito estranha, pois ele tinha que buscar a morte que jamais chegaria a ele como chegava aos outros. Então surgiram certos rituais para sacrificar esse tipo de seres e assim foi durante 500 anos. Já havia se tornado comum esse tipo de vida quando o Comando Ashtar desceu à Terra para colocar um fim na bagunça que havia se instalado no planeta e durante a noite naves espaciais desceram em pontos estratégicos da Terra, todos comandados por Ishtar. Reuniram as esferas e perguntaram qual era a real situação do planeta. Essas contaram os horrores que estavam passando. Foi então decidido que era necessária uma atitude enérgica e em poucas semanas construíram várias cidades subterrâneas com condições de dar sobrevivência a toda a humanidade por alguns anos, pois aqueles que entrassem nas cidades não deveriam mais sair antes de serem avisados, pois caso contrário poderiam morrer. Essas cidades subterrâneas eram grandes o suficiente para comportar toda a população que ainda iria nascer. Havia muitas casas com aparência de cavernas que davam para uma família de 10 pessoas. Havia também rios subterrâneos com abundância de água doce e peixes. Todas tinham a aparência de ilhas isoladas, com todo tipo de alimento que se imagina ter numa ilha. Estando tudo pronto veio então a parte mais difícil, que era a de retirar o povo escravizado das mãos dos invasores. Aos poucos as pessoas foram levadas para as cidades sem que eles percebessem, mas chegou uma hora que estes perceberam o que estava acontecendo e sem que ninguém percebesse se apossaram do fogo grego, a arma mais poderosa de todo o planeta. Ishtar lamentou o descuido, pois sabia que ainda tinha muitas pessoas para serem salvas, além de que a Terra corria grave risco, pois agora as coisas tinham que ser muito bem pensadas para evitar uma tragédia maior, mas os inimigos não pensavam da mesma maneira e começaram a usar nos escravos que ainda tinham a arma que chegava a matar 100 pessoas num segundo e assim milhares de pessoas morreram. Não vendo outra alternativa o Comando Ashtar e as esferas decidiram usar o sopro de Walkah. O Comando levou todas as suas naves para as cidades subterrâneas juntamente com o restante da população que conseguiram livrar. Depois disso o sopro de Walkah foi libertado em toda sua potência sobre a Terra. Esta foi congelada por inteiro deixando-a como uma grande pedra de gelo, matando os intrusos e várias espécies de plantas e animais que não deu para salvar, mas a grande maioria foi salva e após longos anos de pura reclusão o Comando Ashtar liberou todo a humanidade para repovoar a Terra novamente. Humanos, aves e animais fizeram a natureza reaparecer tanto na terra quanto nas águas e no ar e o planeta foi voltando ao normal. Após o congelamento os corpos dos intrusos foram levados da Terra pelo Comando Ashtar, assim como o fogo grego e o sopro de Walkah. Não afirmo que todos os corpos tenham realmente sido levados, pois ainda existem alguns escondidos em algumas partes da Terra. Já os seres que foram amaldiçoados iriam perdendo o feitiço no decorrer de suas encarnações e quando alcançassem um certo grau de consciência. Hoje uma grande parte já está completamente livre das maldições, mas ainda existem outros que, por estarem amaldiçoados, se aproveitaram de sua condição para fazer e criar coisas horríveis, o que ainda os mantém sob o feitiço. Quero esclarecer que o sopro de Walkah solto sobre a Terra é o que a ciência de hoje chama de Era Glacial ou Idade do Gelo. Essa foi uma das histórias da humanidade que preferi deixar para esse livro, justamente por ser um assunto relativo às esferas e aos cavalheiros celestiais. Após toda essa bagunça as esferas continuaram suas missões encarnação após encarnação, até transferirem seus cargos.
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Luzes, Emissários de Amor QUEM FOI A PRIMEIRA ESFERA? Vamos agora nos aprofundar na história. Bem antes das 12 esferas serem escolhidas, ainda nas grandes cidades da Antiguidade, uma esfera já havia ganhado o nome de “O Iluminado”. Foi Enoch (leia-se Enok). Ele só não entrou para o grupo das 12 esferas por ser o criador do conhecimento e por ter que partir bem antes da destruição. Leia também sobre Enoch no livro Futuro, um Presente que veio do Passado. Como todos já sabem, Enoch recebeu e anotou todo o conhecimento, mas também preservou seu conhecimento em livros, deixando-os nas mãos de seu neto, que foi escolhido para ser uma esfera e sobreviveria para passar adiante esses ensinamentos após a destruição (1ª transformação). Esse teve seus primeiros 144 auxiliares e um deles se destacou muito, vindo mais tarde a levar esses livros a um mago, que os traduziu e ensinou ao rapaz a melhor forma de obter aquele conhecimento. Infelizmente vários livros que Enoch escreveu foram desprezados pela humanidade daquela época justamente por não entenderem tamanha sabedoria que ali se encontrava, mas atendendo a pedidos vamos contar mais alguns dos segredos (revelações) que Enoch recebeu dos céus e ainda vamos passar a vocês mais algumas das sublimes inspirações angelicais. Um dos segredos de Enoch consiste em como entender o Grande Pai e como isso é simples, assim como entender os segredos do amor, do verdadeiro amor, pois para que todos saibam Enoch foi a primeira esfera, que veio para anunciar às outras suas missões. Mas vamos ao assunto principal. Enoch recebeu dos anjos inúmeros segredos do mundo espiritual e todas as suas particularidades, mas um dos segredos mais preciosos foi a revelação sobre o que o Grande Pai deseja da humanidade, dos espíritos em geral no universo. Foi nessa época que Enoch foi recebido pelo Magnus e recebeu dEle o esclarecimento do que realmente esse desejava de cada filho seu. Enoch foi levado à Cidade do Princípio pelos anjos Gabriel e Miguel. Ele descreve um palácio feito de cristal de um brilho incomparável e jamais visto. O cristal reluzia várias cores parecendo um arco-íris de tão belo. Subiu uma escadaria de cristal azul transparente e ao chegar na porta do palácio viu que essa já estava aberta para um grande salão. Nesse salão havia várias fontes, cada uma mais bela que a outra. Havia anjos que transitavam por aquele salão de um lado para o outro como se estivessem muito ocupados. Havia flores de vários tamanhos e cores que se enrolavam nas pilastras do salão perfumando todo o ambiente. O teto era feito de constelações que viviam em constante movimento formando imagens lindas. O salão tinha imagens dos signos do zodíaco que se misturavam às imagens dos elementos ar, água, terra e fogo, tudo isso em movimento. Enoch se impressionou tanto que disse a um dos anjos que imagem mais bonita não poderia existir. Aquele lugar era lindo demais para os olhos dos mortais, pensou Enoch. Foi então que o anjo Gabriel disse: “Agora tu vais entrar em uma outra sala e nela tu vais encontrar um livro aberto muito brilhante e com uma pena prateada que agora vou te dar tu deves escrever o teu nome nele e então estarás pronto para falar com o Magnus”. Enoch entrou na outra sala, viu o belo livro e com a pena prateada escreveu seu nome nele. Depois disso ouviu uma voz tão suave e tão grande que parecia não caber dentro daquele lugar. A voz disse a Enoch: “Aproxima-te sem medo que eu estou aqui”. Enoch seguiu a voz e viu uma escada de apenas três degraus. A voz disse: “Suba”. Ele subiu e quando chegou ao alto Enoch viu uma luz tão forte e intensa que parecia cegá-lo. Era muito grande e se movia com delicadeza. Não tinha uma aparência definida, porém algo que Enoch viu com clareza era uma segunda luz, que pulsava dentro da grande luz. Essa outra luz emitia raios coloridos que reluziam pelo corpo da grande luz. A grande luz disse a Enoch: “O que estás a observar é o meu coração, que vive e pulsa assim por cada um de vocês espíritos, mas eu te chamei aqui, meu caro Enoch, para que tu leves ao planeta Terra o que meu coração mais deseja desse povo. Tu não sois o primeiro que está diante de mim. Por isso não te preocupes ou tenhas medo. Vários outros seres de outros planetas já estiveram aqui para receber a mesma orientação que hoje tu irás receber”.
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Lo’ Ramp “Eu desejo que tu leves ao povo da Terra a verdade sobre mim e o que realmente desejo deles, mas tu terás que registrar tudo que eu te falar, pois no futuro muitos irão conhecer essa verdade dessa forma. Em primeiro lugar não quero que tu te magoes se não acreditarem em ti nos dias de hoje, pois essa verdade ainda não está pronta para ser compreendida, mas chegará a hora certa para ela se fazer presente e quando isso acontecer tu irás voltar à Terra, depois de longo período de afastamento, e então poderás apontar os meus escolhidos, que deverão, junto contigo e mais um igual a ti, levar à Terra conforto numa época de muita dor”. “Diga ao mundo que sou feito de amor e que mal algum quero ou desejo aos meus filhos. Diga a eles que eu não quero suas oferendas, pois não preciso delas. Não quero seus sacrifícios, pois já me basta os que eles mesmos se impõe. Não quero deles um respeito imposto pelo medo de uma ira que não tenho. Não quero altares grandiosos e luxuosos que venham a cultuar o meu nome. Não quero que criem em meu nome ordens além daquelas que eu já dei a todos os espíritos: viva, seja livre e sinta. Não derramem sangue em meu nome e não enganem os outros com palavras que eu não pronunciei”. “Tudo que quero de meus filhos é que eles percorram seus caminhos evolutivos livremente até que atinjam a consciência e quando isso acontecer eles estarão aptos a entender o que realmente eu sou e o que de fato desejo deles. Eu não preciso que eles acreditem ou tenham fé em mim, pois só fazem isso quando desejam algo em troca”. “O que quero deles é o que sinto por eles. Eu os amo independente deles estarem certos ou errados, serem brancos ou negros, ricos ou pobres, preconceituosos ou não, assassinos ou vítimas. Eu os amarei igualmente sempre. Muito antes de desejar alguma coisa deles eu já os amo. Por isso como posso condenar quem amo? Como posso sentir raiva deles por não terem feito o que seria o certo se o meu coração tem piedade e compaixão por eles terem errado e esse erro fere a eles tanto que ecoa por todos os meus cantos como dor? Por que então eu daria mais dor a quem já a sente tão intimamente? Não, não posso feri-los quando eles mesmo já fazem isso constantemente”. “A única coisa que realmente desejo de meus filhos é que eles consigam me amar como eu os amo. Quero que me amem sem cobrar de mim a realização de seus desejos, pois o que sinto é que meus filhos confundem a confiança que tem em mim com amor, pois primeiro eles me pedem algo para depois agradecer ou só dizem que me amam quando eu os salvo de uma tragédia ou de qualquer outra coisa. Eu sinto que eles não conseguem me amar antes de pedir um milagre em troca desse amor. E eu, que os amo sem pedir nada em troca? Desse pai eles não se lembram, mas é desse pai que eu quero que eles se lembrem, o pai que os ama, que os aceita exatamente como são. Quero que antes de tudo eles aprendam a me amar livremente, sem a obrigação de serem perfeitos ou puros para sentirem esse amor por mim. Desejo que me amem sem medos ou preconceitos religiosos, que me amem como eu os amo, me amem sem cobrar de mim milagres por uma fé apenas momentânea”. “Quando alcançarem esse amor com certeza olharão para os anjos e terão por eles um amor que os torne mais próximos, mais presentes. Eu quero que meus filhos sintam por mim a outra parte do amor que nos completará, pois só a igualdade completa é que faz a verdadeira união. Vejam, por exemplo, o amor pelos animais. Ame-os antes de pedir a eles que se matem para defendê-los”. “O maior erro dos seres humanos é que acreditam que o simples ato de amar seja o mesmo que possuir ou ter algum tipo de autoridade sobre outro ser (esquecendo que a outra parte teria o mesmo direito) ou que simplesmente por amar também possam exigir e amor não é exigência, mas consciência de que a sabedoria sempre chega para todos. Não importa o tempo que vá demorar isso com certeza vai acontecer”. “Quero que meus filhos aprendam a rezar com o coração, pedindo sempre em nome do amor. Só assim alcançarão a fé verdadeira”. “Aprendam a dizer: Meu querido anjo guardião, eu o amo antes de qualquer coisa que hoje eu possa lhe pedir ou merecer. Que assim seja”. “Essa é a oração correta para quem deseja receber uma dádiva, só que ela deve ser dita do fundo do coração, do fundo da alma, atingindo o coração do espírito”.
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Luzes, Emissários de Amor “Os seres devem amar uns aos outros sem esperar que esses lhes façam bem ou mal. Devem amar a natureza sem cobrar dessa sempre uma bela primavera em flor. Devem amar suas almas gêmeas sem esperar delas a mesma intensidade de amor. Esse é o tipo de amor mais difícil para o ser humano, pois a ansiedade e o desespero de ser amado são tão grandes que ultrapassam os limites da lucidez e esse tipo de amor louco simplesmente não é amor da alma, mas amor da matéria, que tudo deseja possuir e quando não tem termina por se ferir ou ferir a outros”. “O simples fato de sentir o amor da alma já garante aos seres a certeza de que tudo que desejam já está em seus destinos e é essa certeza que retira todos os obstáculos do caminho, porque ela traz compreensão e paz para fazer do caminho certo o mais curto”. “Sei que meus filhos irão demorar muito para aprender isso em sua totalidade. Por isso peço aos meus filhos que me amem antes de rogarem pelo meu nome para acalmar a febre de seus corações ansiosos. Me amem antes de terem fé em mim. Se me amarem primeiro não se lembrarão de usar a fé que tem só quando a vida os fizer precisar de mim, pois é só nessa hora que rogam em nome do amor para que os atenda em suas aflições e se esquecem que eu, em todos os segundos da existência, me lembro e amo a cada um dos filhos que tenho, independente de quem seja esse filho ou em que planeta ele habite”. “É só isso que quero e desejo de todos os meus filhos e mesmo sabendo que isso é tão pouco sei que para eles ainda é muito, mas por amá-los confio no tempo para ensiná-los que para chegar ao Pai basta amar como Ele, livre, sem a obrigação que o medo lhes impõe, e desejo que amem tudo na vida dessa maneira. Se queres um cristal ame-o. Antes de cobiçá-lo ou desejá-lo ache-o belo, bruto ou lapidado, esteja ele na terra ou na vitrine. Ame-o dando a ele a mesma liberdade com a qual também deseja ser amado”. “Se teu gato mata pássaros não o odeie pela ignorância dele, mas ame-o para que ele sinta o teu amor e aprenda a amar os pássaros, parando de matá-los dali pra frente. O amor é o professor mais adequado para a ignorância e a arma mais eficaz contra o preconceito”. “O simples fato de sentir esse amor já é a garantia de ser sábio o suficiente par alcançar os seus desejos”. “Ame as estrelas pelo simples fato delas serem flores do meu jardim noturno. Não fique esperando que uma estrela cadente realize um desejo seu. Os seres humanos devem amar as coisas pelo simples fato delas existirem, sem exigir nada em troca dessa existência ou desse amor. Ame simplesmente por amar e não questione porque ama. Isso é o que me basta e com certeza bastará também aos meus filhos quando esses entenderem que o que lhes peço é tão simples. Quando se ama o vento passa-se a entendê-lo e esse passa a retribuir o amor daquele que o ama. Assim acontece com o fogo, com a água, com o ar, com as árvores, com as aves e os animais e tudo que rodeia os seres humanos. É dessa maneira, meu caro Enoch, que a verdadeira magia nasce dentro de cada ser, a magia verdadeira, que chamo de magia natural, sem mistérios e sem rituais, que se espalha do espírito para a alma, da alma para o corpo e daí se expande por todos os cantos por onde esse andar. Essa magia faz o sol brilhar em noite plena, as estrelas aumentam seu brilho a um simples comando do coração, os pássaros falam a mesma língua daquele que os ouve, a natureza se apaixona por aqueles que o mundo encantam, as feras mais raivosas se jogam como coelhos mansos aos pés daqueles que no peito carregam esse amor”. “Vá, Enoch, e diga aos teus irmãos que esse sentimento é a única coisa que desejo deles, porém eu desejo que seja verdadeiro e por livre vontade, assim como eu o ofereço a eles. Sei que no fundo todos esperam muitas exigências de mim, mas isso é para aqueles que julgam me conhecer, quando no fundo não conhecem nem a si mesmos. Estipulam e criam ordens que dizem ser em meu nome, mas eu não as dei. São sábios da vida, mas ignorantes da alma. Mal sabem que poucas palavras ditas pela boca do coração poderiam barrar o maior e mais temível batalhão de guerra. Esses meus filhos são tão ingênuos, quando se julgam tão sábios. Terminam sempre por sacrificar anos de aprendizado numa única atitude errada por não terem paciência de esperar a hora certa. Porém nada que eles façam vai mudar o meu amor por eles, pois não sei condená-los quando precisam de mim. Sei apenas que os amo e essa é uma emoção imutável dentro do meu coração e é
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Lo’ Ramp essa a maior herança que agora dou a eles na esperança que esses a multipliquem cada vez mais entre si. Como tu agora sabes não há mistérios entre mim e os meus filhos, mas até que eles alcancem essa consciência para eles os mistérios existirão”. Após ouvir tudo que o Grande Pai falou Enoch foi retirado daquele salão por um anjo que viu que ele estava em profundo êxtase. Como que encantado Enoch parecia flutuar. Ele estava integrado ao universo. O anjo, tendo um pequeno livro nas mãos, entregou-o a Enoch, e nele estava registrado tudo que o Grande Pai havia falado e foi assim que Enoch recebeu o “mistério de Deus”. Agora vamos falar de algumas inspirações de amor que reservamos para esse livro. Quando Enoch estava recebendo dos anjos as inspirações de amor ele anotou uma que com certeza vai marcar muitos seres que a conhecerem. O nome dessa inspiração é “Além do Tempo”. O anjo se aproximou de Enoch e perguntou: “Tu já vistes um amor além de teus olhos, além do teu corpo, da tua alma?” Enoch perguntou: “Mas como é esse tipo de amor?” O anjo então resolve contar a ele a inspiração. “Tu verás agora, meu caro Enoch, como o amor é a fórmula sagrada de todo o conhecimento. Conhecerás a história de dois jovens que, separados pelo destino, jamais deixaram de se amar”. Nesse momento Enoch começou a ver uma linda menina que brincava em floridos campos junto a outras crianças e algumas ovelhas. Era tão inocente e tão feliz. À sua família simples e humilde, mas sempre unida, nada faltava para se comer ou beber. Ao mesmo tempo em outro lugar um jovem rico tinha tudo o que queria, mas não podia se divertir como a menina se divertia. Seus pais arrogantes não permitiam que ele tivesse contato com outros jovens. Alguns anos se passam, a família da menina se muda e termina parando na mesma cidade onde morava o jovem rico. Ela já tinha 13 anos e ele 16. Quando seus olhares se cruzaram pela primeira vez pareceu que entre eles havia algo que os atraía como um imã um para o outro. Enoch foi privilegiado, pois viu o que mais ninguém pôde ver na Terra. As almas dos dois se reconheceram, se tocaram, e se abraçaram quando houve esse encontro. Foi lindo demais. Os corpos não entendiam tamanha atração, porém as almas pareciam íntimas e desesperadas para matar uma saudade há anos guardada. Com isso alguns segundos foram suficientes para que um não mais esquecesse o outro. “Mas e agora”, pensava o rapaz, “como vou passar pela autoridade de meus pais?” Tanto ele quanto ela ficavam tentando se lembrar de onde se conheciam, pois era evidente que tinham que se conhecer. Suas vidas agora eram importantes demais um para o outro e tudo que eles queriam era se ver, se falar, mas como fazer isso sem ninguém desconfiar? Eles pareciam estar sintonizados, como se lessem o pensamento um do outro. Ele então pensou: “Eu vou ao lago que corre por trás da colina, pois esse é o único lugar onde meus pais não se incomodam que eu vá, pois sabem que sou o único que conhece aquele lugar secreto”. Nesse instante ela deu uma desculpa à sua mãe e disse que ia se banhar e logo voltaria para casa. Ela não conhecia aquele local, mas sabia que ia encontrá-lo ali. Como que guiada pelas mãos do coração ela achou o local e logo o viu sentado à beira do lago, como se tivessem marcado aquele encontro. Um olhou para o outro, se aproximaram e num longo abraço se entregaram. Ele disse: “Esta semana que fiquei sem te ver me pareceu uma eternidade. Não sei porque sinto que a conheço desde o instante em que a vi”. Ela respondeu que o mesmo também ocorrera com ela. “Parece que te esperei minha vida inteira” e como se já fossem muito íntimos selaram os lábios num beijo impossível de se descrever, mas vou tentar passar a vocês o que senti quando tive o privilégio de receber essa inspiração. O beijo que esses seres trocaram não se parece com um tocar de lábios, tampouco com aqueles beijos cheios de fúria e desejo. Foi um tocar de lábios tão suave, tão doce e delicado que é como se imaginar sendo beijado por um anjo. Não havia apenas paixão, havia amor espontâneo. O vento parou, os pássaros silenciaram, o tempo esqueceu seu relógio e perdeu a hora. Os corpos ali eram meros detalhes, pois o que as almas desses dois faziam superava a realidade. Elas se enrolavam uma na outra como se fossem uma só. Lembro-me de ver querubins suspirando com seus olhares enamorados, deitados nas suaves nuvens observando o encanto daquele instante tão sublime e mágico. Era um beijo que parecia inacabável. Era como se respirassem um a vida do outro. “Que
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Luzes, Emissários de Amor amor era aquele”, perguntou Enoch, apaixonado, ao anjo. “Estás flechado, Enoch? “Saiba que essas belezas muito encantam nosso Pai, mas respondendo à tua pergunta, esse amor é o amor da eternidade, que jamais encontrará fim e ainda continuará crescendo, mas continue a observar e entender o que te falo”. Quando os lábios dos jovens se separaram esses pareciam ter todas as respostas que antes procuravam. Agora sabiam tudo um sobre o outro como num passe de mágica. Se reconheceram de muitas encarnações passadas e agora estavam juntos novamente. Pareciam lua e sol num eclipse prateado. A natureza ficava triste só de vê-los separados. Era como se eles fossem a coisa que faltava para dar luz à magia daquele lugar, porém nem só de amor vivem as almas gêmeas. Os dois jovens, certos do que queriam, decidiram que iriam falar com suas famílias para assim tomarem uma decisão. Os pais da jovem ficaram espantados ao ver que essa falava com tanta convicção de um rapaz que mal acabara de conhecer. Mesmo assim não fizeram objeção alguma desde que a família do rapaz também concordasse, mas os problemas começaram quando os pais do jovem rapaz ficaram sabendo daquela história absurda. Ficaram enfurecidos com o rapaz e o trancafiaram em casa para que esse não mais pusesse os olhos naquela jovem pobre. Durante muito tempo ele tentou convencer seus pais que já havia encontrado o amor de sua vida e eles nada poderiam fazer, pois seus corpos podiam estar separados, mas seus corações estavam unidos para sempre. A jovem sofria por sentir a angústia e o desespero que seu amado estava passando, afinal ela sentia tudo que ele sentia e passava e tentava aliviar seu sofrimento mandando-lhe o amor que sentia em seu peito. Muito tempo se passou e para acabar com aquela história de uma vez por todas os pais do rapaz cometeram um erro muito grave. Mandaram alguns homens simularem um roubo na casa da jovem e, como se fosse por acidente, matá-la. Numa noite escura, sombria e triste um pânico tomou conta do coração dos apaixonados. Algo parecia separá-los, mas eles não sabiam o que. Ela pensava que fosse acontecer algo com ele e ele pensava que era com ela. Ambos não tinham sono. Quando os homens invadiram a casa da moça cravaram-lhe um punhal no peito e no mesmo instante o rapaz soltou um grito desesperador. Os pais da jovem correram para socorrê-la enquanto os falsos ladrões fugiam. Seu sangue corria lentamente pelas mãos de sua mãe, enquanto o rapaz, também socorrido pelos pais, tinha uma mancha grande de sangue cobrindo sua camisa branca. Sua dor era grande e a agonia da morte chegava para ele e para ela. O que os pais dele não entendiam era que no quarto dele não havia nenhum objeto cortante. Portanto aquele corte era inexplicável. O rapaz ainda teve tempo de balbuciar algumas palavras aos pais: “Mataram minha vida. Ela agora está partindo. Como não posso viver sem minha alma tenho que segui-la e para onde vamos seremos livres. Nada mais vai nos prender, nada nem ninguém vai nos separar”. Ao terminar estas palavras sua alma saiu do corpo e foi ao encontro de sua amada, que já o esperava à beira do lago onde se encontraram pela primeira vez. Ali se abraçaram e iluminaram tão fortemente o local que de longe se podia ver os raios de luz. “Ó minha amada, eu agora sou teu por toda a eternidade”. “Assim como também sou tua, meu querido, por todos os dias que o universo criar e nos imensos braços de Deus para sempre vamos morar”. A colina se tornou encantada. Todas as noites exalava um aroma embriagador que fazia todos que ali moravam lembrarem do amor que o tempo não separou, pois mesmo passando por tantas reencarnações eles não tiveram o amor afetado, pois esse permaneceu ativo, tão forte que não podia ser apagado. Enoch perguntou ao anjo se aquela inspiração seria possível existir. O anjo respondeu que casos como aquele já havia acontecido em outros planetas e na Terra apenas iriam se repetir. “Quando um coração encontra a outra parte que lhe falta, meu caro Enoch, o universo fica pequeno, a dor desaparece, o frio vai embora, o tempo perde a hora, a aurora descansa sem demora, a lua invade o céu em pleno dia, o sol aquece a escuridão, as estrelas mudam de posição, os anjos ficam suspirando e o Grande Pai aquece ainda mais seu coração, feliz por ver que somos capazes de sentir tão nobre sentimento e assim se faz a sublime perfeição que tantos seres desejam alcançar.
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Lo’ Ramp Mal sabem que não precisam percorrer longos caminhos. Basta seguir aqueles que o próprio coração constrói”. Enoch perguntou ao anjo: “Como se descobre o verdadeiro amor dentro de si?”. “Agora vou lhe contar os segredos do amor”, disse o anjo. “Vou lhe dizer como reconhecer o amor que aqui lhe mostro”. “Todos os seres conhecem a palavra amor. Alguns acreditam conhecê-lo, muitos se enganam e poucos sabem como ele é de verdade. Para chegar ao verdadeiro amor é preciso conhecer todas as emoções que se confundem com o amor: a obsessão, a paixão, a loucura, o carinho, a carência, a atração, o egoísmo, etc. Todas essas emoções se confundem com o amor e geralmente começam com sintomas muito parecidos. Veja como começa. Um ser sente-se atraído pelo outro, algumas vezes pela beleza física ou simplesmente pelo desprezo que o outro ser lhe dá. De alguma forma o ser desprezado não se conforma (tem o orgulho ferido) e para conquistar o outro começa a abrir as portas de suas emoções e sem se dar conta do erro e perigo do que está acontecendo passa a insistir na conquista do outro ser, que a princípio se afasta educadamente. Ao não suportar mais tantas investidas indesejadas parte para a verdade nua e crua de dizer que não o ama. Essas palavras, ao invés de fazer o outro ser criar consciência e desistir simplesmente o enchem de raiva, fazendo-o partir para a louca paixão, onde o ser bebe o cálice da insegurança misturada à ansiedade e possessão e aí começam os efeitos clássicos desse cálice: agressividade descontrole emocional e orgânico, isolamento, revolta, depressão, tristeza e sofrimento. Essas emoções só levam a dois caminhos: o definhamento (morte) solitário de quem desvaloriza a própria existência e despreza o amor do Grande Pai ou a obsessão egoísta e doentia que se transforma em perseguição ao outro ser. No fundo posso lhe dizer que tudo que já vimos a respeito de amor sempre tem um início mágico e para que você entenda com maior clareza o que estou tentando lhe explicar vou lhe mostrar uma bela inspiração que vai acontecer na Terra só que isso vai levar ainda muito tempo, mas vou começar já no estágio final dessa história. Vou chamar minha jovem de sacerdotisa e sua alma gêmea de mago”. “A dor que se transformou” A jovem sacerdotisa já estava em um estado elevado de sua evolução. Era um ser muito sábio e muito requisitado por várias pessoas que vinham lhe pedir alento para a alma e o coração. A sacerdotisa sabia falar de amor como ninguém. De fato tinha o dom da palavra, pois estava sempre buscando uma inspiração para ajudar alguém. Ela era muito jovem e isso era o que mais chamava a atenção das pessoas. Como podia saber tanto com tão pouca idade? Ela dizia que seu conhecimento vinha de suas encarnações passadas, onde havia aprendido muitas filosofias com diversos mestres que encontrou no caminho. De fato isso era verdade. A sacerdotisa sabia muitas coisas porque tinha preservado seu passado sem guardar raiva dos traumas que sofreu, mas nossa sacerdotisa chamava mais atenção pela sua maneira de agir com as pessoas. Às vezes tinha uma voz tão suave que acalmava o mais inquieto coração. Outras vezes tinha uma voz vibrante que acordava os seres mais deprimidos. Ela mudava de acordo com as pessoas expressando-se de maneira diferente ao atendêlos. No fundo ninguém sabia quem iriam encontrar quando a procuravam. Ela era sempre uma caixa de surpresas. A sacerdotisa escondia um grande segredo que ninguém conhecia. Ela não deixava transparecer para ninguém que era muito sozinha e que se sentia muito triste por não ter ninguém para amar. Muitas vezes nossa bela sacerdotisa chorou de joelhos jogados ao chão. Olhando para o céu estrelado perguntava a Deus porque ela, que tanto falava de amor, que tanto previa o amor para os outros seres humanos, não tinha esse direito, porque em seu destino o amor não podia entrar. Muitas vezes a sacerdotisa tão sábia sentia seu coração triste lhe cobrando sua outra metade. Chegou uma época em que sua dor ficou tão grande que suas lágrimas chegaram a queimar sua face, deixando marcas. Foi nessa época que, comovido pelo sofrimento da sacerdotisa, o Grande Pai nos incumbiu de lhe dar a tão esperada notícia e em suas visões nós lhe mostramos sua alma gêmea, avisando quanto tempo levaria para essa alma chegar, qual era seu nome e sua aparência. Esse foi um dos períodos de maior felicidade que a sacerdotisa viveu, pois ela acreditava que sua alma
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Luzes, Emissários de Amor gêmea a esperava no lar espiritual e não na Terra. Ela então se preparou para seu desencarne e como ela não tinha família alguma não se sentia presa a nada ou a nenhum compromisso. Ao passar o período previsto sua alma gêmea foi procurá-la pedindo-lhe ajuda. Ela a princípio não aceitou que aquele rapaz fosse sua alma gêmea, mas aos poucos as coisas foram se revelando e ela enfim estava de frente para aquele ser que tanto pediu a Deus. Não houve erro. Ambos sentiam que eram almas muito parecidas menos no lado espiritual, que foi o que mais assustou o rapaz. Os dois sentiam um sentimento muito forte um pelo outro, até a sacerdotisa revelar a ele que aquela era sua vida e sua missão era cuidar das pessoas, ajudá-las a encontrar o caminho certo, etc. Todo o amor que ele tinha por ela se transformou em medo, pois ele achava que ela estava muito à frente dele na evolução e entendia muitas coisas que ele ainda não estava pronto para entender. Dessa maneira o mago das ilusões deixou a sacerdotisa ainda mais triste do que estava antes de conhecê-lo, pois agora ela sabia quem era, mas não podia tê-lo. Nossa bela sacerdotisa bebeu o cálice do amor e da decepção numa única dose. Ela entristeceu de tal forma que até seu corpo perdeu as formas. Ela não comia, não dormia e estava cheia de inseguranças e ansiedades. Foi quando se deu conta de que o que sentia por aquele homem era de fato amor, pois jamais havia se deixado abalar tanto por alguém. Porém agora a sacerdotisa que ensinava o amor estava triste, perdida, rolando aos pés do carrasco das paixões como qualquer outro ser. Sofria, chorava, perdeu o sorriso e a vontade de viver, mas algo dentro dela falava: “Você é uma sábia. Não pode se entregar dessa forma. Como pode? Justo você está passando por isso?” Era como se ela não se desse o direito de estar fazendo como os demais seres humanos quando estão apaixonados e não são correspondidos. Durante muito tempo ela tentou lutar contra esses sintomas até que chegou um dia em que ela se viu no fundo do poço, sem ajuda para subir à terra firme. Foi quando num de seus maiores desesperos ela ouviu uma voz interior dizendo: “Ame-o como eu te amo”. Essas palavras ficaram ecoando dentro dela até que ela se deu conta de que tudo que desejava já estava em seu caminho. Não precisava sofrer para fazer as coisas acontecerem antes do tempo. Nesse momento uma enorme certeza tomou conta de seu coração. Era como se sua alma dissesse: “Ele é teu porque você é dele e logo vocês não poderão viver muito tempo sem se completar, já que um é parte insubstituível do outro”. Isso tranqüilizou a sacerdotisa tirando de dentro dela toda a angústia e ansiedade. Seu coração calmo lhe ensinou que deveria amá-lo exatamente como ele era antes de esperar desse que a aceitasse e foi com essa nova forma de pensar, mais consciente, que a sacerdotisa conheceu o verdadeiro amor, o amor que sabe esperar o tempo certo, amor que primeiro oferece e aceita sem esperar nada em troca. Toda essa transformação elevou a sacerdotisa a um grau maior de compreensão, que lhe deu muito mais equilíbrio e paz e pouco tempo passou para que essa transformação dolorosa que a sacerdotisa sofreu lhe trouxesse a maior das recompensas. Mas antes de alcançar essa transformação a sacerdotisa viu muitas vezes seu pranto cair rolando de sua face ao chão, sentiu suas esperanças se esvaírem e seus sonhos morrerem como que cortados por uma navalha fina. Perdeu o poder de avaliar sua própria sabedoria. Seu sofrimento era tão grande que parecia não caber dentro dela, mas ela não podia deixá-lo sair. Tinha que escondê-lo do mundo e de todos. Essa era a melhor maneira de não ferir ninguém. Muitas vezes pensou que a morte lhe seria menos cruel e desistir era mais fácil do que prosseguir. No ápice do seu desespero, dor e solidão uma estrela do céu ouviu seu lamento e sua dor. Enviou um espírito iluminado, que das trevas da vida a sacerdotisa tirou. Esse ser iluminado lhe ensinou que as maiores lições são aquelas que aprendemos com o coração, por isso dói tanto, pois sentimentos e emoções são os caminhos perfeitos para a evolução. Após entender a dor a sacerdotisa parou de alimentar o monstro que a dominava e deu a ele amor. Esse se acalmou e se equilibrou trazendo paz ao coração da sacerdotisa, que esperou o tempo passar e viu com seus próprios olhos o que o seu coração já sentia. Seu mago voltou, voltou de maneira calma e tranqüila, como se guiado pelos próprios sentimentos. Ele voltou encantado, embriagado de amor pela sua sacerdotisa. Em seu coração agora não havia mais dúvidas. Era como se de repente ele entendesse que não precisava temer a luz da mulher que amava, pois a luz que ela
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Lo’ Ramp emanava agora era passiva e calma. Não tinha mais o desespero das paixões. Não havia sinais de aprisionamento em seu olhar, que estava limpo e nada parecia contestar. Era como se ela tivesse nascido, germinado de dentro do seu coração, ultrapassado as barreiras da dor e transformado seu corpo. A sacerdotisa renascia como a fênix que acorda das cinzas renovada. Ela agora compreendia que amor não está somente num toque, num abraço ou num beijo. Amor estava além do tempo da realidade e das algemas usadas pelo ciúme, ansiedade e egoísmo. Seu mago agora iria passar pela mesma transformação que ela passou, pois mesmo aceitando ele como esse era ele tinha que provar que merecia o amor que ela agora tinha para lhe oferecer. Com a ajuda dela para ele não foi tão difícil assim entender a transformação que o aguardava. Um ano mais tarde o destino dos dois finalmente se uniu. Entre eles agora só existia o verdadeiro amor, aquele que vai além das fronteiras da carne. A sacerdotisa cumpriu sua missão e passou o conhecimento ao mago, pois os dias dela estavam chegando ao final. Três anos eles viveram juntos e ela então se despediu da Terra e mesmo com a dor da sua ausência o mago levou a missão até o fim com uma única certeza. Agora ela era mais parte dele do que antes, pois ela agora era eterna e esperava o dia dele também se eternizar. Muitos seres viam nos olhos do mago uma linda sacerdotisa de cabelos longos esvoaçantes, assim como suas roupas também eram dela. Ela tinha uma luz muito forte e azulada que dava calma a quem conseguisse vê-la. Era como se ela e ele jamais tivessem se separado, pois em todas as direções em que os olhos do mago viravam lá estava ela, flutuando como o vento que sopra plumas no ar com paz e tranqüilidade inabalável, como se fosse senhora dessa virtude. Na casa do mago seu perfume impregnava o local, porém isso não se sabia ao certo, pois os dois tinham o mesmo cheiro. No fundo não existiam dois, era um dentro do outro. Essa foi a lição que o mago não só aprendeu, mas ensinou aos principiantes no amor. “Como podes ver, meu caro Enoch, o amor tem vários estágios para chegar a ser amor de verdade, porém não é necessário ser uma sacerdotisa para vencê-los. É preciso apenas ter consciência que o amor nem sempre é o que os olhos vêem por fora”. “Vou te descrever agora uma das mais duras e tristes histórias de amor e o que é pior, meu amigo, essa história se repete e vai se repetir por milhares de vezes em todo o universo que se encontra nos estágios de evolução visível. Vou te descrever a história de Vrigi, mas vamos começar já nos karmas de vidas passadas”. “A consciência do opressor” Vrigi foi uma concubina de um homem muito poderoso. Esse homem a maltratava forçando-a a ter relações com muitas pessoas ao mesmo tempo. Não suportando essa vida por tantos anos ela se matou. O homem descobriu naquele momento que a amava muito e em seu desespero tirou a própria vida também. Os dois reencarnaram novamente para consertar o karma. Aos vinte e poucos anos Vrigi encontrou o homem que tanto a maltratou no passado. Ele, atraído por ela, deixou mulher e filhos, porém ela nada queria com ele, pois algo lhe dizia para se afastar daquele homem. Mas ele a laçou com muitas armadilhas e chantagens. Ela teve pena dele e resolveu dar-lhe uma chance, mas essa não foi uma boa idéia. Ele era possessivo, agressivo, violento, ciumento e começou a controlar a vida dela de uma maneira obsessiva e cruel. Alguma coisa mudou dentro de Vrigi, que começou a ter impulsos de sair com outros homens às escondidas só para se vingar do que ele fazia com ela. Essa situação se repetiu várias vezes. Vrigi não entendia porque tinha aquela atitude, mas quanto mais raiva ela sentia daquele ser, quanto mais ele a aprisionava, mais ela procurava outros homens para se vingar. Já cansada dessa vida Vrigi procurou uma cartomante, que explicou a ela como foi seu passado e porque ela tinha essas atitudes. A mesma senhora tentou ajudar o homem que fazia tudo isso a Vrigi mostrando a ele como seria seu futuro (um detalhe: a cartomante era cega). Ela pegou na mão do carrasco de Vrigi e viu algumas cenas que iriam acontecer no futuro e começou a dizer a ele o que estava vendo. Ela disse que via Vrigi caída no chão morta. De seu peito o sangue ainda saía e ela via um homem sentado ao lado do corpo dizendo: “Eu te venci. Agora tu és só minha”. Nessa hora a senhora disse ao homem: “Eu te vejo matando Vrigi, mas na verdade tu estás matando
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Luzes, Emissários de Amor a ti mesmo. Tua vitória sobre ela durará apenas alguns minutos, enquanto a derrota que terás com esse ato será eterna, pois não é com a morte que venceremos alguém ou qualquer batalha. Ela te incomodava tanto, por isso só podes ter por ela amor ou ódio. Se for amor não sabes lidar com ele, se for ódio tem que matar a ti mesmo, pois não és digno de viver onde tudo que Deus criou foi feito com o mais puro amor. Entenda que na morte que tu ofereces a ela ao mesmo tempo tu destes liberdade a ela para se ver livre de ti para sempre. Tu não mais a verás, tampouco terás vencido qualquer batalha, pois ela não vai mais ouvir tuas palavras nem vai se importar com tuas vitórias ou derrotas. No fundo quando tu acordares desse teu pesadelo irás perceber que por ela mais uma vez fostes derrotado pelo simples fato de não tê-la mais junto a ti e o que mais poderá te doer é a tua consciência quando essa te disser que tu matastes quem amavas, libertando-a como pássaro livre e aprisionando-te na mesma gaiola em que um dia a colocou. Na opção pela morte tanto perde quem mata quanto quem morre, pois não se deram a chance de vencer de verdade as suas diferenças juntos, se completando, e talvez esse não fosse um final trágico para uma história (de amor após a consciência). Teu amor é doente e cruel, pois te maltrata e maltrata a quem tu amas, só que tem cura, mas para achar essa cura tu terás que reaprender a amar. Terás que aceitar que tu tens defeitos e que todos os seres também os tem, terás que se colocar no lugar do ser que tu aprisionas, terás que sofrer tudo que tu fazes ela sofrer e só depois disso tu deves pensar se no fundo do teu ser queres ter tua liberdade roubada, aprisionada em nome de um amor desgovernado que não faz jus ao amor que tudo entende, tudo perdoa e aceita. Lembra-te que Deus mesmo te conhecendo tão bem e sabendo exatamente do que tu sois capaz ainda te dá livre-arbítrio e acima disso ainda te ama. Quem sois tu para tirar a liberdade do ser que julgas amar?”. Após ter ouvido tudo isso o homem saiu pensativo como se alguém o tivesse acordado para uma realidade que agora o fazia refém dos sentimentos. Ele agora não podia mais ignorar que estava errado e que no fundo tinha que mudar sua vida ou essa iria mudá-lo. Nesse dia o homem desapareceu da vida de Vrigi e só voltou a aparecer alguns anos mais tarde. Nesse período em que ele sumiu Vrigi reabilitou sua vida, parou com aquelas saídas para se vingar do homem e se transformou radicalmente. O homem também havia mudado muito. Ele agora controlava suas emoções e descobriu que seu amor doentio por Vrigi já não existia mais dentro dele. Agora esse apenas mantinha um carinho muito grande por ela. Vrigi o perdoou por tudo que esse fez ela sofrer e cada um seguiu o seu caminho livre da obsessão do passado e de um amor que era apenas uma cobrança kármica. “Como agora tu podes ver Enoch, a maioria dos amores é primeiro uma cobrança kármica que se confunde com o amor verdadeiro, mas não se parece nem de longe com ele”. “Amor não é necessário contestar, apenas compreender qual sua real extensão e grau. Assim não é difícil descobrir quem ama de verdade ou quem é apenas enlouquecido pela ilusão do amor”. “O amor é um sentimento de muitos mistérios e segredos para decifrá-lo. Temos que analisá-lo por todos os ângulos, mas para compreendê-lo na íntegra é necessário sentir suas mais variadas emoções, pois só assim poderemos saber exatamente do que estamos falando e sentindo. Essa é a única maneira de ter certeza do que é certo ou errado a respeito do verdadeiro amor”. “Tão puro, belo e encantador, porém tão complicado é esse tal de amor”, suspirou Enoch. “Porém, meu irmão, olhai para a multidão e veja quem não deseja senti-lo. Todos anseiam pela taça saborosa dessa mágica emoção, pois ainda não conhecemos o ser que deseja ter coração vazio, mas já vimos muitos implorando o remédio para curar tamanha dor que este causa e mesmo sendo este tão doloroso os seres nos imploram por este sofrimento e como todos tem livre-arbítrio apenas cumprimos nossa obrigação de dar ao mundo as emoções desse tão belo e puro sentimento. É assim que tudo acontece, Enoch. Não há ser que viva sem conhecer o espinho e a flor do misterioso amor”. “Vou te mostrar uma inspiração bela e valiosa do mais amplo amor, que existe tanto na Terra como no universo todo”.
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Lo’ Ramp “Alma repleta de amor” Olhe aquela moça feliz. Leva sua vida comum como qualquer outro ser. Mal sabe ela o quanto ainda vai sofrer em nome do amor, mas algumas particularidades separam Alma das outras pessoas. Ela é cega e carrega o dom de enxergar a verdade que as pessoas têm no coração. Todos que a conhecem admiram sua sabedoria e seus sentimentos tão nobres. Alma não precisa de guia ou bengala. Ela se guia pelo cheiro que está no ar. Além disso, sua cadela Maia sempre a acompanha. Alma sabe pelo tom da voz e pelo cheiro que a pessoa emana se essa está bem ou não e tem uma maneira muito especial de mudar uma situação difícil. Ela simplesmente pede para que as pessoas enxerguem o mundo de olhos fechados, concentrados naquilo que gostariam de mudar e logo as coisas passam a ser mais belas e claras para essas pessoas. Ela é sempre muito sorridente e calma. Poucos percebem sua cegueira, pois Alma não se comporta como uma cega. Ela tem o amor incondicional dentro de si e não sabe, pois ao invés dela precisar das pessoas são as pessoas que precisam dela. Jamais se verá Alma se lamentar sobre a sua vida ou reclamar de alguma coisa e assim ela tem o carinho e o respeito de todas daquela vila que muito a admira. Ela caminhava livremente pelas ruas de sua vila quando ouviu um barulho de carruagem. Era gente nova que estava chegando, pois o cheiro era desconhecido para ela. Maia latiu confirmando o que Alma já sabia, mas quem seria? Um perfume suave saiu da carruagem. Era provavelmente um homem, mas havia outro cheiro forte. Provavelmente uma dama, mas Alma gostou demais do perfume suave que parecia tão puro, tão leve. Ela foi embora para sua casa sem saber quem eram aquelas pessoas, mas não por muito tempo. No dia seguinte todos falavam dos novos moradores. Era um casal recém-casado que, por herdar uma casa naquela vila, resolveu morar ali. O homem era gentil e muito simpático com todos, porém sua esposa era fria e arrogante. Não gostava de se misturar com as outras pessoas. Não eram pobres nem tampouco ricos, mas tinham uma vida boa, sem dificuldades. O tempo foi passando e Alma continuou a levar sua vida sem maiores novidades. Nos sábados todas as pessoas da vila se reuniam no grande mercado ao ar livre e ali tudo virava uma festa. As pessoas compravam e trocavam de tudo. Foi assim que Alma conheceu Gavy, que se assustou com os latidos de Maia quando ele se aproximou de Alma sem querer. Alma pediu calma e acariciou a cabeça de Maia para que essa ficasse calada. Ele perguntou: “Sua cadela morde se alguém se aproxima de você?”. “Não senhor, ela só faz isso para me defender de estranhos, pessoas que ela e eu ainda não conhecemos”. “Então agora, por favor, não deixe ela me morder que eu me apresento”, brincou ele. “Meu nome é Gavy e o seu?” “Alma e essa minha amiga se chama Maia”. Eles começaram a conversar longamente sobre a nova mudança na vida de Gavy. Ele queria saber tudo sobre a vila e ela ia respondendo com bastante delicadeza. Gavy era também muito gentil e amável e ambos riram bastante naquele passeio pelo mercado. Até esse momento Gavy não havia percebido que Alma era cega, pois ela não demonstrava isso, mas quando ele disse “Eu moro ali na casa de paredes feitas de madeira vermelha” ela respondeu “Eu sei onde é, mas nunca vi a cor de sua casa”. Assustado Gavy perguntou a ela se estava brincando com ele. Ela respondeu: “Eu sou cega desde que nasci, mas meus olhos estão por todos os lados do meu corpo. Aprendi a enxergar com o coração. Essa é mais uma das razões pelas quais Maia tanto me protege”. Ele disse: “Mas não pode ser. Você não parece ser uma cega. Seus olhos são tão perfeitos...seu rosto, me desculpe, mas ainda não tinha reparado o quanto você é bonita”. Alma ficou envergonhada e silenciou. Ao perceber isso Gavy pediu desculpas por tê-la envergonhado e também por ter duvidado dela. Depois disso ambos seguiram seus caminhos, um para cada lado. Alma, que ficou perturbada com o que ele disse, não conseguia esquecê-lo e ele também não a tirava da cabeça. Ficava pensando o tempo todo nela e em tudo que havia conversado com ela. Ele precisava vê-la novamente e já sabia como, pois sua esposa não gostava de ir ao mercado. Ele agora iria sempre com muito prazer. Todas as vezes que ia ao mercado era só para ver
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Luzes, Emissários de Amor Alma e essa também ia só para encontrá-lo. A vila inteira ficou meio alegre e meio triste por ver que Alma estava feliz com alguém, afinal ela já havia sofrido tanto que merecia um pouco de felicidade, mas Gavy tinha que assumir o amor que tinha por ela, já que a vila inteira gostava dele e dela, mas a esposa dele jamais iria aceitar essa situação assim tão facilmente, sem uma briga. O tempo foi passando e Gavy já não escondia que estava apaixonado por Alma e essa também sentia o mesmo por ele, mas o fato dele ser casado comprometia muito o amor dos dois. Após longo tempo de conhecimento Alma chamou Gavy para uma conversa definitiva. Ele atendeu prontamente seu chamado. Aquele dia seria o mais terrível e mais doloroso para ambos. Alma começou a conversa dizendo: “Eu te amo e o amo demais para fazê-lo sofrer e toda esta situação está realmente nos magoando. Tua esposa não irá perdoá-lo por trai-la e tampouco quando souber que sou cega. Com certeza ela vai querer se vingar de você. Talvez até atente contra sua vida e isso é tudo que menos desejo pra você. Eu o chamei para essa conversa porque quero lhe propor algo com que eu sei que você não vai concordar, porém não temos alternativas. Quero que confie no meu amor. Acredite na força que esse tem e principalmente esteja certo que ele já lhe pertence. Só temos que esperar a hora certa para isso. Acho que devemos nos afastar para o seu próprio bem, pois estamos sendo vistos demais e mesmo que as pessoas gostem e aprovem nosso amor sempre vai existir alguém que não vai achar essa situação correta e vai então colocar nossas vidas nas mãos da sua esposa”. “Eu aprendi a esperar por tudo na vida e a ter muita paciência, pois quando não se enxerga tem que se ter muita calma para ativar a luz interior e eu ativei a minha. Agora tenho que perder você para tê-lo novamente no futuro, mesmo que esse futuro não seja aqui na Terra. O mais importante é que eu te encontrei e que te tenho aqui dentro do meu coração onde as certezas não podem ser trocadas pela insegurança. Você deve viver sua vida com sua esposa até que essa também cumpra o que veio fazer na sua vida e durante esse tempo todo eu prometo esperá-lo o quanto for preciso, pois eu o prefiro vivo, andando livremente, para que eu possa continuar a amá-lo como pássaro que canta à minha janela, mas que tem que pro seu ninho voltar”. Ao ouvir essas palavras Gavy sentia como se tivesse perdido a alegria de viver ou que simplesmente sua vida já tivesse acabado. Ele pediu que ao menos ela o deixasse vê-la uma vez por mês escondido, sem que ninguém soubesse, pois ele seria cuidadoso. “Tu podes ir e vir, meu amado, estarei sempre esperando por ti. Só não podemos viver juntos, pois isso agora seria uma fatalidade para ti”. Os primeiros meses foram de profundo sofrimento para eles e até para aqueles que tanto desejavam ver aquele amor realizado. As pessoas que eram solidárias a Alma e Gavy ajudavam-nos a se encontrarem escondidos e até mesmo enganavam a esposa dele. Anos se passaram e daquele amor nasceu uma bela flor, Liana, uma criança linda. Tão bela que chamou a atenção da esposa de Gavy. Ela começou a questionar as pessoas sobre quem era o pai daquela criança, pois todos sabiam que Alma não tinha marido. As pessoas diziam que só Alma tinha a resposta para aquela pergunta, mas a mulher não se atreveu a ir perguntar. Todas as mulheres amigas de Alma a ajudavam com muito carinho e atenção a cuidar de sua doce filhinha. Gavy já não suportava mais viver preso a um casamento que não deu certo. Sua esposa só queria jóias, roupas caras, tudo do bom e do melhor, enquanto Alma nada lhe pedia, nada lhe cobrava e tudo lhe oferecia. Quando Liana fez 11 anos Alma teve uma doença muito grave e veio a falecer. Aí Gavy realmente perdeu a noção do que era vida. Sua filha era criada por uma das amigas de Alma que há muito já era apegada à criança. Muitas vezes Gavy ia visitar a filha e a chamava pelo nome da mãe. Em sua dor já não sabia mais o que estava dizendo. As pessoas tinham pena de ver tanto sofrimento. Sua esposa não entendia porque ele estava agindo daquela maneira. Calado, não se alimentava direito, pensamentos perdidos no ar, como se estivesse doente. Dois anos se passaram. Gavy garantiu uma boa renda para sua filha, pois tudo que ele queria era que ela fosse bem tratada e nada viesse a lhe faltar. Porém era sua intuição que o conduzia, pois 6 meses depois ele caiu em coma, numa tristeza de dar dó. Sua infelicidade era tão grande que os médicos que o visitavam não
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Lo’ Ramp conseguiam tratá-lo, pois diziam que tristeza não tem cura. Sua esposa perguntava aos médicos o que poderia ter levado seu marido a ser tão infeliz e esses diziam que só um choque muito grande faria alguém entrar naquele estado profundo de depressão. Ela, entretanto, não conseguia descobrir qual era o motivo que levou Gavy a chegar àquele estado. Num período de 6 meses Gavy perdeu a fome, a alegria e a vontade de viver. Uma noite em que estava com muita febre e delirava ele viu Alma sentada ao seu lado dizendo: “Agora tu não precisas mais sofrer, meu querido. Eu estou aqui e vim te buscar para ficarmos juntos para sempre”. No dia seguinte Gavy quis se despedir de sua filha e pediu a um de seus amigos que sempre o visitava que desse um jeito de levá-la para que ele pudesse vê-la pela última vez. O amigo acompanhado de outras pessoas, conseguiu enganar a esposa de Gavy e levou sua filha para que eles pudessem se ver. Quando ele abraçou a filha seus olhos se fecharam para sempre. Gavy morreu. A comoção da vila foi geral. Ninguém ali havia visto alguém morrer por amor. Ninguém jamais havia visto tanta nobreza de espírito em dois seres, que abnegaram de viver suas vidas juntos só para não fazer outro ser infeliz. Gavy foi enterrado ao lado de Alma. Em seus túmulos foram plantadas muitas flores, que se multiplicaram tanto que logo cobriram os túmulos e os transformaram num belo jardim que sempre estava florido. Gavy se reencontrou com sua amada Alma no Jardim dos Encantos no Lar das Almas Gêmeas e após tanto tempo de espera e dor eles encontraram a paz e o amor que tanto almejaram na Terra, pois suas almas passeavam felizes numa harmonia sem igual, sempre juntos como uma só luz. “Que poder faz um ser abnegar de viver tão grande felicidade?” perguntou Enoch. “A certeza dos seus sentimentos”, respondeu o anjo. “Somente com a certeza e a confiança no que sentimos podemos perder aos olhos dos homens e ganhar aos olhos do Pai”. “Mas como sentir essa certeza, como saber quando ela faz parte de nós?” “Essa certeza, meu caro Enoch, não se pode ver ou tocar nem tampouco se ouvir da boca de outros, pois ela é ainda maior que tocar, ouvir ou ver. Essa certeza nasce depois de longas batalhas internas onde aprendemos a vencer a ansiedade, o desespero e o egoísmo de acharmos que tudo tem que nos pertencer”. “Essa é a batalha mais árdua para qualquer ser, pois ela purifica da matéria, mas mostra os reais valores da vida e do verdadeiro amor. O verdadeiro amor sabe que não precisa mais brigar para merecer ou ter o amor de outro ser, que não se importa com as situações negativas que os olhos mostram, pois a segurança que carrega no peito é superior a qualquer situação ou visão. Quando essa certeza se aloja no peito o mundo pode dizer ‘não’, mas ela é capaz de vencer tudo e a todos, pois como já disse, ela não faz parte dos sentidos físicos dos seres humanos, mas dos sentidos extrafísicos, da alma e do espírito. Portanto é uma certeza eterna e infinita, mas só existe um número muito reduzido de seres que estão aptos a sentirem essa certeza, pois a grande maioria das pessoas mal bebeu o cálice das paixões e está no princípio de seus efeitos, onde ainda há muitas etapas para se chegar a esse estágio de certeza interna”. “De fato o amor tem muitos mistérios e a cada inspiração eu vou descobrindo que esses mistérios na verdade são vários caminhos que no fundo levam a um só, o mistério da libertação”. “Tu entendes, Enoch, como é importante a liberdade que todo ser recebeu do Grande Pai e como não se deve podá-lo em nome do amor, pois é o verdadeiro amor que liberta. Só assim se pode ter tudo sem aprisionar nada e o tudo também se entrega por livre e espontânea vontade como um lindo balé de almas que só voam pelas asas do coração, livres das tentações do ciúme, do egoísmo, da ansiedade e do desespero. Livres pelo simples fato de amar na certeza do coração. Haverá o dia em que, através de vários exemplos, a Terra vai receber essa emanação de amor e muitos corações serão acalentados, quando finalmente entenderem esse sentimento tão forte, tão puro e o único real, pois os estágios anteriores a esse amor são pura ilusão terrena”. “Agora vou lhe contar uma inspiração que começou no Vale Encantado, por onde passeiam os enamorados do lar espiritual. Para isso eu o convido a vir comigo e conhecer esse Vale Encantado e irás entender porque ele tem esse nome tão sugestivo.
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Luzes, Emissários de Amor “O amor no Vale Encantado” Enoch seguiu o anjo, que entrou por um portal de luz avioletada e saiu num vale com pequenas colinas verdes. A paz e a tranqüilidade do local era simplesmente hipnotizante. Logo na entrada havia frondosos carvalhos, que para ficarem ainda mais belos eram abraçados por orquídeas azuis celestes como o céu. Elas tinham um aroma forte que parecia embriagar. O anjo disse sorrindo a Enoch: “Cuidado para não se apaixonar, pois aqui tudo respira, transpira o aroma do amor”. Enoch olhou à sua volta e viu vários animais domésticos como gatos, coelhos e outros que ainda não conhecia, pois esses ainda não existiam naquela forma na Terra. Viu unicórnios com seus chifres prateados e lindos pássaros que quando voavam deixavam um rastro de brilho no céu, que parecia até um arco-íris. A grama era verde e macia como pelo de gato. O céu era sempre azul e cheio de nuvens que pareciam flocos de algodão. Havia flores por todos os lados, pois era como um grandioso jardim, e essas eram tão puras, diferentes e belas. Um barulho suave de água levou Enoch até uma cachoeira belíssima. Sua água era toda azul bem transparente e clara. Aquela imagem encantou Enoch. Dessa cachoeira corria um riacho da mesma cor. Na verdade não parecia ser água, mas um lindo cristal, que brilhava lindamente com raios de dois pequenos sóis que havia naquele céu. O anjo convidou Enoch a entrar numa gruta que se escondia por trás da cachoeira e logo ao entrar pequenas estrelas douradas começaram a cair como se fosse uma chuva de ouro. Pequenas fadas de várias cores voavam de um lado para o outro acompanhando o brilho dos beija-flores. Quando chegou do outro lado da gruta Enoch, que já estava deslumbrado, ficou ainda mais quando viu que o vale continuava ainda mais belo, mais colorido e com um detalhe que o deixava ainda mais encantador. Havia casais de apaixonados fazendo declarações de amor eterno. A voz desses seres eram tão suaves, tão sedosos, que pareciam anjos falando. Enoch perguntou ao anjo: “Mas o que tem de errado aqui? Tudo é e está tão perfeito”. “Enoch, esses seres estão aqui para serem preparados para a reencarnação e o tempo que você está vendo agora ainda vai demorar 6 mil anos para chegar. Isso quer dizer que essa situação que você está tendo o privilégio de presenciar só vai acontecer no teu planeta daqui a 6 mil anos. Tu vês aquela barca?” “Sim”,respondeu Enoch. “É a barca das almas gêmeas, que saem daqui e vão direto para uma nova encarnação. A parte mais difícil para esses seres é quando chegar a hora da separação, pois por mais sabedoria que tenham sempre sentem uma insegurança e um medo de perder o seu amado de vista e de simplesmente não se reencontrar mais. Por essa razão vem passar algum tempo aqui nesse vale antes de reencarnarem, pois a emanação de amor aqui é tão forte que também os fortifica, os encoraja, dando a eles mais confiança na hora da despedida, quando tem que se separar. Mesmo assim eu quero que ouça o diálogo deles e suas aflições, suas juras de amor, etc. Para isso vamos até um casal que está prestes a se separar, pois um terá que reencarnar primeiro. Quero que você acompanhe todos os dias que eles passaram aqui até a hora da separação e o reencontro na Terra. Vamos observar toda essa história sem que eles nos vejam. Enquanto estivermos aqui seremos apenas uma emanação de amor a mais”. “Aquele casal sentado à beira do lago como dois querubins apaixonados é o motivo de estarmos aqui. Ele se chama Ayran e ela Shena. Eles já se encontraram em diversas vidas e já encontraram inúmeros obstáculos para viverem juntos, porém essa próxima encarnação é a prova final desse lindo casal. Ayran nascerá primeiro numa região muito distante da que Shena deve nascer. Ayran irá se casar com uma bela mulher que também já esteve em seu destino em outras vidas. Ele deverá permanecer fiel a essa mulher, pois essa será sua última chance de corrigir um karma. Shena deve surgir em seu destino e o amor de ambos deverá redespertar, mas ambos deverão provar a si mesmos que nada, nem o tempo, irá separar algo que já está unido a tanto tempo. Eles irão sofrer muito a princípio, mas deverão abnegar da união naquela vida para permanecerem unidos para sempre. Terão que ultrapassar a barreira do amor da carne, da matéria e ter o amor da alma, do espírito, que dá certeza daquilo que realmente temos. Vamos agora nos aproximar e ouvir o que eles estão falando”.
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Lo’ Ramp Shena estava agora deitada nos braços de Ayran. Seus cabelos longos cheios de cachos soltavam-se sobre a grama verde. Seu corpo magro de belas formas era feito. Seus olhos tinham a cor dourada do sol e um círculo verde-mata parecia prender esse sol tão lindo. Seus lábios pequenos e carnudos eram avermelhados como um morango. O nariz delicado encaixando-se perfeitamente na sua face tão bem feita. Sua aura era tão brilhante e grande que se unia à de Ayran. Ayran tinha cabelos castanhos meio ondulados, olhos grandes amendoados que pareciam duas esmeraldas, lábios bem feitos como toda sua face e um corpo adequado para sua altura. Juntos ambos realmente pareciam anjos. A voz de Shena era quase hipnótica de tão leve e suave. Ela dizia a seu amado: “Ayran, minha vida, sei que logo vão nos separar. Também sei que isso é pra nosso bem, mas minha alma é tão tua que não sei como viverei quando isso acontecer. Me sinto tão unida a ti que às vezes não sei se sou eu que penso ou se foi tu que pensastes por mim. É tão bom para mim sentir teus braços a me envolver, pois parece-me que o próprio amor me abraçou. Tu és como nuvem macia em que repousam os anjos. Eu poderia te dizer tantas coisas, mas não existem palavras para explicar o que sinto. Eu apenas tenho a certeza que antes de ti eu amava a Deus, mas agora ele me deu algo maior como prova do verdadeiro amor. Ele tirou de si próprio um pedaço e te criou para mim. Por isso, meu amado Ayran, tu sois um pedaço de Deus em mim”. “Minha doce Shena, o universo deve ter parado ao ouvir essas tuas tão belas e puras palavras e o nosso eterno Pai com certeza se emocionou com tão grande declaração de amor. Shena, tu para mim fostes feita de uma estrela que pertencia ao céu sublimar do Criador. Ele olhou para mim e se apiedou da minha solidão. Então te deu a liberdade para brilhar no meu coração, lugar de onde tu nunca mais irá sair, pois Ele sabe que se isso acontecesse meu fim seria certo. Por todas essas razões, minha vida, tu não deves te preocupar, pois se Ele nos uniu nada no universo poderá nos separar. Vamos esperar nossa hora de partir aumentando ainda mais nosso amor, nossa segurança e certeza que não somos dois seres separados, mas unidos em um só”. Era uma das visões mais belas que Enoch já havia visto. Dois seres transformados em amor, falando de amor e vivendo o amor era a perfeição. O dia chegou. Uma barca se aproximou do local onde o casal estava deitado e parou à beira do lago. Dentro da barca havia vários seres que também iriam reencarnar. Um ser com uma pequena lista nas mãos chama suavemente o nome de Ayran. Esse olha triste para Shena, que o abraça como se quisesse prendê-lo com seus braços, porém Ayran a beija suavemente e diz: “Nós não estamos nos separando, querida. Estamos apenas fortificando ainda mais nossa eterna união”. O ser com a lista na mão diz a Shena que não se preocupe, pois a sua hora não tardará e logo poderão então se reencontrar. Aos poucos Ayran vai saindo dos braços de Shena e entra na barca. Ela cai de joelhos na grama como se estivesse para morrer de tanta tristeza. Nesse instante Enoch sentiu vontade de chorar junto com ela, de acalentar seu sofrimento, mas não precisou, pois o anjo mostrou-lhe que um ancião já se dirigia para ajudá-la. Então ambos saíram dali. Ao sair daquele lugar Enoch parecia transformado, como se tivesse sido tocado por tudo que viu naquele vale maravilhoso. O anjo disse a Enoch: “Meu caro irmão, o amor é algo tão sublime que não se pode explicálo. Quanto mais os mortais aprendem sobre ele mais descobrem que ainda não o conhecem e que esse ainda tem inúmeros mistérios para serem desvendados, porém essa é a maneira mais fácil de se chegar ao Grande Pai e compreender o que de tão simples Ele deseja de cada um de nós. O amor é o único sentimento capaz de mudar o mais terrível ser, o mais duro coração. Por essa razão não há no universo quem não o conheça ou que ainda vá conhecê-lo, pois sem esse é impossível a evolução dos espíritos”. “Vou lhe contar uma história, Enoch, que você talvez não entenda a princípio, mas com certeza ao pensar sobre ela não só vai compreendê-la como até venha a praticá-la. Vou lhe contar a história do sábio louco e do aprendiz silencioso”. “O sábio louco e o aprendiz silencioso” “Essa história que vou descrever agora irá acontecer de verdade num futuro distante, porém muitas semelhantes já acontecem nos dias de hoje”.
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Luzes, Emissários de Amor Depois de inúmeras encarnações um ser chamado Ykar é avisado de que tem que reencarnar novamente. Ykar é um ser que sempre dá um certo trabalho quando chega a hora de reencarnar. É certo que Ykar passou várias vidas cheias de sofrimento e dor por ser uma alma teimosa. Ykar sempre escolheu pagar vários karmas em uma única existência. Por essa razão está sempre sofrendo tanto, mas seu psicólogo espiritual, além de amá-la muito, é bastante convincente na hora de ajudá-la a reencarnar. Chegou uma época em que Ykar já não tinha mais tantos traumas. Apesar de seu sofrimento Ykar não guardou tantas mágoas do passado. Esses eram os primeiros sinais de que ela estava avançando bem no seu estágio de evolução, mas para provar isso ela tinha que reencarnar e nessa hora começava uma longa negociação entre Ykar e seu psicólogo espiritual. Mesmo já com tanta sabedoria Ykar não queria passar muito tempo na Terra e isso fazia seu aprendizado ser mais rápido e, é claro, suas tarefas tinham que começar a ser feitas muito mais cedo. Agora veremos o que aconteceu com Ykar. Ela reencarnou novamente como mulher e escolheu novamente o caminho mais difícil, porém o mais rápido e certo. Ela nasce em uma família espiritual e logo criança liberta seus dons mediúnicos, mas sua família, que poderia ajudá-la, vem a falecer muito cedo e Ykar fica sozinha perambulando de um lado para o outro até se estabelecer sozinha. Essa foi a pior época da vida de Ykar, pois a grande parte de seus dons despertam e ela não recebe ajuda ou orientação de ninguém. Ela então decide que tem que ser mestre de si mesma, pois se tem algo que Ykar não suporta é a dependência ou simplesmente ser obrigada a ser o que não é. A virtude da coragem sempre a fez lutar pelos seus ideais e isso, associada à sua grande capacidade de observação, a fez compreender aos poucos tudo que acontecia com ela. Aos 30 anos de idade Ykar já dava aulas de sabedoria a seres muito mais velhos que ela. Nessa época ela se tornou mestre de muitas pessoas, pois seus ensinamentos se espalhavam cada vez mais. Ela tinha a virtude da compreensão, só que a virtude da paciência ainda não era uma das maiores de Ykar e muitos de seus aprendizes tinham que se contentar com os enigmas que ela deixava como resposta. Ykar ensinou o amor de maneira bela e poética, mas não escondeu em nenhum momento as armadilhas que esse tinha. Ensinou o caminho da sabedoria e ajudou os seres a entender e aceitar seus próprios dons. Ensinou o amor que não pede nada em troca. Em toda sua beleza, enfim, ensinou o que conheceu na vida espiritual e material. Seus seguidores estavam sempre se renovando, assim como ela também renovava sua maneira de ensinar a mesma coisa. Mas uma aprendiz resolveu ficar e aprender mais e foi então que tudo mudou na vida de ambos. Ykar acreditou que aquele ser fosse logo desistir como os demais faziam, mas isso não aconteceu. O ser foi ficando, porém não conseguia corresponder às expectativas de Ykar, que lhe disse que esse ainda não estava apto a aprender, pois lhe faltava uma vontade interior que fosse realmente muito forte, mas o jovem rapaz não desistiu. Ykar, vendo que não tinha mais argumentos, lhe mostrou o outro lado da evolução. Passou a mostrar fenômenos estranhos para o jovem e mandou que esse os repetisse. O jovem bem que tentava, mas nada conseguia. Depois disso ela disse: “Agora vou lhe mostrar o quanto é difícil chegar a isso” e mostrou e contou para o jovem todas as dificuldades reais que existiam por trás de uma evolução e de uma consciência tão rígidas da sabedoria. O jovem passou a achar que ela era um pouco louca, pois em seus ensinamentos tudo parecia ser tão fora do normal que tais coisas não poderiam existir de verdade, era loucura da cabeça de sua mestre. Porém um dia uma situação surgiu que finalmente conseguiu fazer o aprendiz entender o que Ykar queria dizer quando afirmava que ele ainda não estava pronto para receber aquilo que tanto almejava. Certo dia apareceu uma jovem senhora pedindo a Ykar que a ajudasse a trazer seu marido de volta. Ykar primeiro ouviu tudo que aquela mulher tinha a dizer. Queria saber o motivo pelo qual ela estava naquela angústia. A mulher contou que amava muito seu marido, porém já há alguns anos ela desconfiava que ele a estivesse traindo com outra mulher. Não demorou muito e a certeza veio com a partida dele, que se mudou e foi morar com a outra mulher. Ela por sua vez fez de tudo para ele voltar. Pediu, implorou, se humilhou e agora estava acabada, triste, sem vontade de viver ou ser feliz. Ykar ouviu com calma a mulher e depois lhe deu um conselho. Pediu para ela amar o marido de uma outra maneira. Falou que ela tinha que
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Lo’ Ramp reformular todos os seus sentimentos e para isso teria que amar primeiro a si mesma para depois amar o marido. “Se você o ama de verdade deixe-o livre, liberte-o, para que esse possa escolher com quem realmente deseja ficar, pois você só o perdeu para outra porque o aprisionou com os seus ciúmes e suas desconfianças. Não suportando as algemas que você colocou nele esse partiu por você ter infringido uma lei divina dada a todos os seres vivos: a liberdade. Não faça aos outros o que não desejas para ti. Avalie se você gostaria de ser aprisionada por alguém e tivesse sempre sua honestidade testada. Fatalmente sentir-se-ia réu de um crime que não cometeu. O amor não nasce forçosamente, tampouco por obrigação ou porque desejamos que seja assim. Ele brota como as flores nas árvores, livres e na época certa. Para conseguir isso você terá que eliminar esse desespero, essa ansiedade e toda a intolerância acumulada com essa impaciência. Essas são as primeiras regras para conquistar o que no fundo já te pertence”. Ao ouvir isso a mulher não suportou toda aquela verdade e ofendeu Ykar com toda sua ira. Gritando palavras desorientadas e cheias de raiva ela humilhava Ykar, que calada ouviu tudo sem ao menos mudar o semblante calmo e passivo. Raivosa e indignada por não receber a ajuda que queria a mulher partiu dizendo jamais botar os pés novamente naquele lugar. Dois meses se passaram e uma outra mulher veio pedir socorro a Ykar. Essa mulher era irmã daquela que ofendeu e destratou Ykar. Ela dizia que sua irmã tentou se matar e que estava muito mal. Pediu a Ykar que fosse à sua casa para vê-la e, quem sabe, ajudá-la. Nesse instante o aprendiz lembrou de tudo que aquela mulher fez e perguntou a Ykar se ela iria ajudar um ser que não teve o menor respeito por ela. Ela disse: “Mas é claro que sim. É o meu dever”. O aprendiz ficou indignado ao vê-la sair correndo para ajudar um ser tão sem valor, mas foi junto só para ver qual seria a reação da mulher. Ykar entrou na casa e foi direto ao quarto onde estava acamada a ingrata. Seu rosto fino, magro demais, branco e sem vida, mais parecia um defunto vivo. Ela não conseguia falar, mas seu olhar denunciava que havia tomado algo alucinógeno e fora exatamente isso que havia acontecido. Ykar preparou um chá de ervas e um banho bem quente, também com ervas. Deu banho na mulher, colocou-lhe roupas limpas e a acomodou na cama onde, com calma, deu em doses pequenas o chá de ervas. A noite inteira passou ali velando o corpo para ter certeza de que estava reagindo. No outro dia bem cedo deu mais uma xícara de chá e a mulher de fato reagiu. Aos poucos foi acordando, porém não se lembrava de nada, nem mesmo do seu nome. Ykar disse que aquilo logo passaria, pois era efeito do veneno que ela havia tomado e que teria causado essa amnésia. Durante uma semana Ykar tratou da mulher até que essa estivesse totalmente fora de risco e basicamente boa. Depois disso voltou para sua casa com seu aprendiz, que perguntou: “Ykar, por que você não se fere ou se importa com a maldade que as pessoas lhe fazem e por que ainda ajuda esse tipo de seres tão ingratos?” Ykar respondeu: “Eu não me importo porque sei que todo ser vivo quando está ferido, seja na alma, seja na carne, sofrendo com sua dor, perde a noção de sabedoria e perigo. Por isso ataca até mesmo a mão que o ajuda e se não foi nessa vida com certeza foi em outra já passada que eu reagi igual a qualquer um desses irmãos. Por ter encontrado alguém que, mesmo ferido por mim, me ajudou eu hoje aprendi essa lição, mas ela de nada me valeria se permanecesse somente nas minhas mãos. É necessário que essa semente cresça e se multiplique para que muitos possam provar da verdadeira sabedoria. Aquele que ofende quando tratado com ignorância tende a ficar ainda mais ferido, porém se for ignorada sua ofensa aquele se ofende por não ter ofendido, porém não é ferido, mas no futuro talvez se conscientize como no caso que você acabou de presenciar. O destino tem muitas portas, é como um labirinto. Não podemos nos deixar levar pela ira quando alguma coisa não nos agrada, pois essa nos cega para aquilo que realmente teríamos que aprender ao passar por determinada porta. Porém o destino sempre nos dá uma chance de no futuro, com mais calma, passarmos novamente pela tal porta que no passado rejeitamos”. “O Grande Mestre do Destino (Deus) distribui amor e sabedoria igualmente a todos, com diferença apenas de estágios e épocas, e se Ele faz dessa forma quem sou eu para fazer justamente o contrário? Agora tu entendes que se ofende apenas quem quer ser ofendido? Podes ter certeza que quem pensa em ofender muitas vezes se ofende mais do que imagina”.
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Luzes, Emissários de Amor “Na vida, meu amigo, existem mestres para ensinar de tudo, porém só tu podes realmente viver estes ensinamentos, pois quem ensina não pode vivenciar por ti nem sentir em teu lugar. Existem detalhes que só as emoções podem nos dar e isso é impossível de se ensinar”. O aprendiz ouviu essas palavras e se encaixou nelas. Era como se ele agora precisasse sentir as emoções, pois de teoria ele já tinha bastante na sua bagagem. Faltava-lhe a prática e essa lhe causava medo e ao mesmo tempo um misto de curiosidade e vontade de fazer. Ele então avisou a Ykar que ia partir, pois finalmente tinha alcançado seu destino e, preparado ou não, ele precisava conhecê-lo e com esse descobrir as emoções que viriam a lhe oferecer a verdadeira consciência do seu aprendizado. Ykar ficou verdadeiramente feliz em saber que finalmente seu aprendiz dava seus primeiros passos de mago. “Como pudestes acompanhar, meu caro Enoch, essa não é uma bela história de amor cheia de encantos e magia, mas dentro dela tem muita sabedoria e um verdadeiro amor”. “Agora sei que o amor tem realmente muitas faces, porém todas apontam um só coração: Deus”, disse Enoch, admirado ao ver que o amor é o destino que move a vida, seja ela carne, seja alma, pois o amor nasce no espírito, cresce através da carne, transforma-se em sua morte e transcende pela consciência da alma voltando a eternizar-se no espírito. “De fato não existe fim para o amor”, diz o anjo, “pois agora vou te contar uma inspiração que só o amor poderia explicar”. “A união perfeita” Nandra e Leoni tiveram uma história de amor digna de virar lenda, pois tanta cumplicidade, beleza e amor neles eram qualidades sempre multiplicadas em perfeita harmonia e equilíbrio. Nandra nasceu e cresceu à beira de um lindo mar de ondas suaves e espumantes numa ilha grandiosa e verde onde a natureza era um conjunto equilibrado. “Veja agora, Enoch, com teus olhos, cada centímetro dessa beleza e veja também como Nandra se encaixa perfeitamente nesse conjunto”. Andando à beira-mar como uma sereia de cabelos negros ondulados até a cintura, olhos verdes como a natureza ao redor, pele morena suave como pêssego macio, lábios carnudos como fruta madura, corpo belo que mais parecia uma escultura. Toda essa beleza se voltava para outra maravilha, tão bela quanto ela. Nandra sentou-se para ver o pôr-do-sol, que só para continuar a vêla demorou um pouco mais para se pôr. A brisa suave e fresca do anoitecer chegava silenciosa e calma, acompanhando os passos sem pressa que Nandra dava ao voltar para casa. Filha única e querida, amada e cheia de cuidados por parte de pai e mãe, que a tinham como tesouro mais precioso. A paz reinava na ilha onde ela morava. Todos viviam em uma comunidade harmoniosa e se ajudavam mutuamente como irmãos. Quando precisavam de alguma coisa que não existia na ilha era só fazer uma viagem de barco até o porto mais próximo em uma das cidades litorâneas do grande país que guardava aquela bela ilha, porém poucas pessoas destas cidades iam até a ilha, preferindo o conforto das cidades. Em uma dessas viagens Nandra foi com seu pai a uma cidade onde costumeiramente faziam suas compras. Nandra se encantou pelo mercado de seda que havia chegado há pouco tempo na cidade. Seu pai, que costumava fazer os seus gostos, foi matar a curiosidade da filha. Ela parecia iluminada em meio a tanta cor e brilho, mas tudo era tão caro que era melhor só agradar os olhos, mas não foi só Nandra que se agradou. Alguém muito especial esperava por ela escondido atrás de tantos panos. Leoni viu um anjo lindo passar diante de seus olhos e quase não acreditou que era um ser real quando correu atrás dela para conferir sua visão. Leoni ficou encantado, admirado com tanta beleza, pasmo e embriagado pelo rastro de perfume daquela criatura tão angelical e atraente. Na visão dele todas as pessoas desapareceram e só Nandra parecia existir naquele lugar. É como se ela merecesse tudo e tudo existisse só para ela. Leoni estava apaixonado, mais do que isso, estava verdadeiramente enfeitiçado, encantado, enamorado. Que fúria era aquela que o havia domado e sedado todos os sentidos? Que sentimento tão forte e estranho agora tomava conta do seu peito? “Meu Deus, o que está acontecendo comigo?”
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Lo’ Ramp ele se perguntava. “Será que estou ficando louco ou o Senhor está querendo que eu me despeça da Terra e por isso mandou esse anjo me buscar?” Atraída pelos olhos de Leoni, Nandra virou-se para trás e caminhou até a banca onde ele expunha suas peças de seda. Enquanto ela andava em sua direção o vento foi caprichoso. Soprou seus belos e longos cabelos, o que a deixava ainda mais bela. De frente para Leoni ela perguntou o preço de uma seda verde-mar. Quando ouviu o tom suave e doce da voz dela ele quase não conseguiu acreditar que de fato ela estava ali. Frente a frente com Nandra Leoni tentava ser o mais natural possível, mas era muito difícil, pois sua voz parecia sumir. Ele respondeu a pergunta dela e logo em seguida fez outra. “Você mora aqui na cidade?” Ela disse: “Não, eu vivo na ilha. Venho aqui só quando é necessário”. Nesse instante o pai dela se aproximou, avisando-a que estava na hora de partirem. Ela se despediu de Leoni e foi com o pai. Ele pediu a um amigo que ficasse em seu lugar por alguns minutos e seguiu Nandra até o barco, onde viu que realmente ela partiu para a ilha. Ele voltou para sua banca e passou o dia inteiro pensando naquele ser tão belo e em como iria encontrá-la novamente. O tempo foi passando e Leoni já estava ficando ansioso para rever aquela que roubou seu coração, seus sentimentos e quando já estava perdendo as esperanças enfim ela apareceu, 3 meses mais tarde. Ele fez questão de falar com ela, que se admirou por ele ter lembrado de seu rosto. Logo começaram a conversar e em meio a essa conversa ela deixou escapar que estava na cidade por causa de algumas coisas que precisava comprar para a festa anual da ilha. Leoni não deixou escapar a oportunidade e foi logo perguntando se as pessoas da cidade seriam convidadas para a festa. Ela disse: “Sim, algumas pessoas são convidadas”. Ele então perguntou se podia ir também. Ela disse: “Aquele que for em paz será sempre bem-vindo”. Nandra começou a perceber os sentimentos de Leoni e ficou meio confusa. Então se despediu e foi embora. Ao chegar à ilha ela contou para sua mãe que fez um novo amigo na cidade e que o tinha convidado para a festa na ilha. Sua mãe, meio distraída, apenas ouviu o que a filha disse. Uma semana se passou e o dia da festa chegou. Eles comemoravam mais um ano da ilha. Muitas fogueiras foram preparadas perto do mar. As pessoas enfeitaram as mesas com frutas e flores e cantavam canções alegres. As pessoas da cidade começaram a chegar e logo se misturavam com o povo da ilha. Leoni, que também veio, estava meio tímido, pois ainda não tinha visto nenhum conhecido. Ele fez o mesmo que todos os outros. Escolheu uma fogueira e ficou ali procurando se enturmar. Conversando com as pessoas perguntou por Nandra e elas indicaram o local onde ela costumava ficar com sua família. Ele agradeceu e foi à procura dela. Logo a viu rodeada por outras pessoas que cantavam e dançavam ao luar. Ele parou e ficou olhando-a à distância por um bom tempo até que ela percebeu que ele estava ali. Então veio em sua direção e o convidou para se aproximar da fogueira. Ele, meio sem jeito, entregou a ela um pacote que carregava nas mãos. “Eu não sabia o que trazer, então trouxe isso. Espero que goste”, disse ele envergonhado. Nandra agradeceu e abriu o pacote quando percebeu que era a seda que ela mais gostou. Ficou tão feliz que abraçou Leoni e correu para mostrar o presente à sua mãe. Leoni ficou parado, sentindo o céu a envolvê-lo quando ela o abraçou. A mãe dela achou a seda linda e pediu para que ela convidasse o rapaz a se aproximar e fazer parte da festa. Nandra o pegou pela mão e o levou até seus pais e o apresentou a eles. A mãe dela agradeceu pelo presente que deu a Nandra. Leoni disse que não foi nada e que ela merecia muito mais. Com essas palavras os pais de Nandra perceberam o interesse que o rapaz tinha pela filha deles e começaram a analisá-lo fazendo perguntas às pessoas da cidade que conheciam Leoni. Todos afirmaram que ele era de família muito boa e que era um bom rapaz. Ao ouvirem isso eles ficaram mais calmos e até deixaram Nandra passear pela praia com Leoni, que perguntava tudo sobre sua vida na ilha. Nandra disse que a maioria das pessoas que morava ali era de pescadores e artesãos. Viviam do que plantavam e dos peixes. Quase tudo que precisavam eles mesmo faziam ou construíam ali mesmo com o que a natureza oferecia. O artesanato que faziam era para suprir as pequenas necessidades que buscavam
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Luzes, Emissários de Amor nas cidades vizinhas à ilha. Leoni perguntou: “Então por que não a vejo vendendo nada na cidade em que moro?” Ela respondeu: “Porque tudo que fazemos é encomenda de outras duas cidades próximas. Por isso só vamos à sua quando precisamos comprar algo que não encontramos nas outras. É por isso que demoramos tanto tempo para aparecer por lá”. A lua estava tão grande e luminosa que as fogueiras na praia pareciam pequenas velas acesas. As pessoas estavam alegres e dançavam cantando ritmos que tornavam a ilha ainda mais encantadora. Leoni olhou tudo aquilo e disse: “Um ser como você só poderia nascer num lugar mágico como esse”. Sem dar chance a Nandra de falar ele continuou. “No primeiro dia em que a vi achei que estava vendo um anjo ou uma aparição. Depois daquele dia você tomou conta da minha vida, dos meus pensamentos, do meu coração. Passei dias amargurado na ansiedade de vê-la outra vez e como foram longos os dias, pareciam não passar. Quando você apareceu novamente eu tinha que tentar te falar o que você havia feito comigo, mas achei que aqui seria muito melhor, pois você não precisaria mais fugir, já que estava na sua casa”. “Sabe, Nandra, você é o ser mais belo e especial que eu já vi. Nenhuma mulher conseguiu mexer tanto comigo quanto você. Você é linda como um querubim e tão encantadora quanto uma sereia. Tem um cheiro de inocência e olhar malicioso de criança travessa. Tudo em você é perfeito. Tua voz é como melodia que me acalma só de pensar nela. Teus cabelos combinam com o vento no vai-e-vem do teu andar. Tudo que vive ao teu redor parece te admirar, até a lua. Acho que Deus a criou para que fosse sua. Tu sois tão delicada quanto as orquídeas perfumadas que nascem agarradas às árvores. Só mesmo muito amor poderia ter te criado assim tão bela e encantadora e esse amor eu pude ver nos olhos dos teus pais. Nandra, eu hoje estou aqui única e exclusivamente para te ver e te falar o que sinto, pois não posso mais guardar tudo isso dentro de mim. Eu preciso saber se vais me aceitar ou se devo partir sem esperanças de voltar. Agora coloco minha vida em tuas mãos para que tu faças o que quiseres dela. Me desculpe por todas essas palavras apressadas, meio sem rumo nem direção. É assim que me sinto perto de ti, sem saber o que dizer e nem para onde ir. Estou como barco perdido na imensidão do mar esperando que esse deságüe em qualquer lugar. Não quero que te sintas obrigada a me dar uma resposta imediata. Quero apenas saber se tenho uma chance de sonhar com um futuro, mesmo improvável”. Nandra, que ouviu tudo sem dar uma única palavra, ficou muito surpresa com aquela declaração de amor tão repentina e bela. “Confesso que estou surpresa com tuas palavras. Nunca ouvi nada igual em toda minha vida, mas preciso te dizer que já desconfiava que tu estivesses querendo me revelar alguma coisa, porém não sabia que poderia ser assim tão rápido, pois tu não me conheces direito e nem eu a ti. Como podes ter tanta certeza que serei eu a pessoa que irá te fazer feliz?” Leoni disse: “Tu já me fazes feliz pelo simples fato de existir. Como então posso eu duvidar do meu coração?” “Mas eu moro muito longe de ti e tu tens tua vida lá na cidade e eu não quero sair daqui, pois essa ilha é minha casa, só nela posso ser feliz”. “Eu não vou te roubar a liberdade, minha amada, apenas desejo ser livre junto a ti. Eu não quero que tu mudes em nada, pois é exatamente assim que te amo”. “Tu tens o dom de me tirar as palavras”, respondeu Nandra. “Mas foi a tua visão que me tirou do chão quando a vi pela primeira vez”, disse ele. Ambos pararam de andar e sentaram na areia macia, distante das outras pessoas. Ouviam apenas o barulho do mar, que manso e calmo refletia a lua prateada na sua imensidão. Leoni sutilmente segurava uma das mãos de sua amada e sem que essa tivesse tempo de dizer alguma coisa ele passou as mãos envolvendo-a pela cintura. Puxou-a suavemente para junto do seu corpo e deu-lhe um beijo. O beijo que tanto havia sonhado estava agora se realizando. Era um beijo suave e apaixonado, tão espontâneo que ultrapassava seu próprio corpo. Parecia que sua alma saía por vontade própria e abraçava a alma de Nandra como se estivesse com saudades daqueles lábios. Depois ele pediu desculpas a ela pelo atrevimento, mas ela não reclamou. Apenas ficou envergonhada com toda aquela situação, mas por dentro o beijo havia mexido muito com ela, que
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Lo’ Ramp agora olhava para ele de outra maneira, como se já o conhecesse, como se já tivesse sentido aqueles lábios junto aos seus. Foi então que, para felicidade de Leoni, ela disse que aceitaria namorar com ele, mas somente se seus pais concordassem. Leoni deu um sorriso tão belo e feliz que seu rosto todo era só alegria e luz. Parecia iluminado pelas palavras dela. Ele então disse: “Se quiseres vou agora pedir permissão a eles”. “Vamos então”, disse ela. Os pais de Nandra ouviram o rapaz e tudo que seu coração sentia eles deixaram ele falar. Eles ficaram admirados de ver que a filha era tão amada e que amor tão sincero e forte era aquele que falava por si só. Eles então concordaram com o namoro ao ver que a filha também parecia interessada pelo rapaz. A festa acabou, Nandra e Leoni se despediram, marcando um novo encontro para uma semana mais tarde. Ao chegar em casa Leoni foi dormir e deitado em sua cama pensava em cada instante que passou ao lado de Nandra. Lembrou-se do beijo que calou o seu peito e sacudiu sua alma. Momento tão mágico que todos os anjos pareciam dormir encantados. Era como se estivesse voando para os céus descortinando o véu dos mistérios do amor e assim Leoni dormiu como anjo. Nandra também sentia-se confusa, meio atordoada pelos sentimentos que em seu coração estavam brotando sem lhe pedir permissão. Dentro dela vinha uma certeza de que Leoni era o homem da sua vida, mas sua mente caprichosa nada lhe explicava, o que a deixava um pouco apavorada com tudo aquilo. Durante aquela semana Nandra e Leoni passaram seus dias como se estivessem andando nas nuvens, nada os preocupava. Leoni contou a seu pai e sua mãe que estava apaixonado por uma bela jovem da ilha. O pai deu gargalhadas, parecia não acreditar. “Você apaixonado? Só se for milagre. Já perdi a conta de quantas jovens se apaixonaram por ti, meu filho, e tu não correspondeste a nenhuma delas. Teus namoros não duravam mais de uma noite. Ou eu estou ficando velho e louco ou tu estás realmente apaixonado pela primeira vez na tua vida e se isso for verdade eu faço questão de conhecer essa mulher que finalmente te laçou”. “Pai, não estou brincando. Eu não estou apenas apaixonado, estou enfeitiçado, encantado, louco por aquele ser angelical e prometo que mais breve que o senhor pensa vai conhecê-la, pois devo me encontrar com ela dentro de 3 dias e faço muito gosto que meus pais conheçam a mulher que escolhi para viver comigo todos os dias que Deus me permitir”. O dia do primeiro encontro chegou. Os pais de Leoni resolveram ir com ele. Precisavam ver para crer no que o filho tanto falara a semana inteira. Ao chegarem na casa de Nandra logo perceberam porque o filho tanto falava da moça. Nandra estava com 16 anos, Leoni tinha 20 quando esse encontro aconteceu. As duas famílias se tornaram muito amigas e deram total consentimento para o namoro. Leoni e Nandra resolveram então sair para passear à beira do mar. Algum tempo ficaram em silêncio, como se um esperasse o outro falar, até que Leoni saiu na frente e disse que sentiu muitas saudades dela naquela semana. “Os dias pareciam não passar e meu coração ficava apertado só para te ver”, disse ele. Ela disse: “Também senti sua falta. Estranhamente parece-me que já te conheço e por isso te espero sem saber”. Leoni a olhou com tanta ternura nesse instante e disse: “Minha sereia, tu não sabes o quanto tuas palavras me fazem feliz”. Sentaram-se no mesmo lugar onde trocaram o primeiro beijo e a lembrança desse logo veio à mente dos dois, que se envolveram num abraço suave e gostoso, embriagados de amor. Se beijaram, um beijo longo, doce e sereno como o pôr-do-sol ao entardecer. Depois desse houve muitos outros encontros até que um ano se passou e uma grande festa selou aquele amor com um casamento lindo. Nandra estava simplesmente linda, maravilhosa. Para Leoni era a mais bela entre as mulheres. Seus olhos não se desviavam de tanta beleza. Ela tinha seus cabelos enfeitados por orquídeas brancas perfumadas. Seu corpo parecia coberto por um véu esvoaçante azul celeste que deixava toda a beleza de seu corpo ainda maior. Tudo estava perfeito. Todos que olhavam os dois sempre repetiam que Deus os fez num só dia e no mesmo instante deu-lhes a vida e logo que se viram se pertenciam. Na noite mais bela de todas Leoni e Nandra se entregaram de corpo e alma um ao outro. Ela nua, puramente bela, deixou-se cobrir pelo corpo de Leoni, que como um cobertor quente e macio acariciava-lhe a pele. Nem todos os sonhos seriam tão belos quanto aquela realidade. Nada poderia
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Luzes, Emissários de Amor ser mais encantador. Entre eles não existia a palavra ‘sexo’, apenas ‘amor’, pois as almas se abraçavam enquanto os corpos se uniam. Leoni e Nandra resolveram que iriam viver ali na ilha mesmo, afinal essa era a vontade de Nandra, mas Leoni também era apaixonado pelo lugar, o que os fez decidir juntos. Os pais deles estavam sempre visitando os filhos, que resolveram construir uma casa num local muito belo, mas um pouco afastado dos outros. Queriam se namorar muito e não gostavam de ter platéia. Três anos se passaram e a fama do casal apaixonado só crescia. Era impossível imaginar um sem o outro. Alguns chegavam a dizer que um deles era a alma e o outro era o corpo, por essa razão não podiam ser separados. Eram sempre tão carinhosos um com o outro e sempre se respeitavam e nunca brigavam. Na verdade levavam a vida brincando e namorando. Nandra ficou grávida de gêmeos, o que trouxe grande felicidade a Leoni e às famílias deles. Nasceu um casal que era a verdadeira alegria dos avós, que não paravam de mimar as crianças. Alguns anos mais tarde os pais de Leoni resolveram morar na ilha para ficar mais perto do filho e dos netos, afinal queriam a família totalmente unida. Os negócios ficaram por conta do irmão mais velho de Leoni, que já era casado e morava na cidade e com muito gosto aceitou a missão. Num dos grandes almoços em que as famílias se reuniam Leoni disse algo que parecia prever o futuro. Ele declarou para todos que se um dia ele perdesse Nandra eles deveriam esquecer que ele existe, pois ela era a verdadeira razão do seu viver. Nandra, com lágrimas nos olhos, abraçou o marido dizendo: “Eu jamais vou te deixar, meu querido. Mesmo que um dia eu me vá pelos braços da morte pedirei permissão a Deus para ficar ao seu lado até que teu dia chegue também”. Aquela cena tocou tanto os pais de Leoni quanto os de Nandra, que pediam a Deus para não separar tanto amor, tanta beleza e paixão. Os gêmeos cresceram e estavam com dez anos quando uma fatalidade se abateu sobre a vida de Leoni. Ao andar na praia Nandra, sem perceber, pisou em algo muito afiado e doloroso. A dor era tanta que ela desmaiou. Leoni a carregou nos braços para casa e chamou um velho curandeiro da ilha para ajudá-la. O velho olhou o pé, retirou um espinho e disse: “É venenoso e nada podemos fazer para ajudá-la. Sua esposa já está morta, meu amigo. Esse espinho só existe no fundo do mar em um peixe extremamente perigosos. É quase impossível de alguém pegá-lo. Não sei como esse espinho veio parar aqui na praia”. Leoni gritou quando o velho disse que Nandra estava morta. “Não, não é verdade. Minha mulher está viva. Ela não morreu”. As famílias foram chamadas e a dor tomou conta do local. Leoni, abraçado ao corpo de Nandra, implorava que essa não o abandonasse. Suas palavras eram assim: “Minha querida, acorde pelo amor de Deus, acorde desse sono tão profundo. Amor da minha vida, não me deixe só. Jamais saberei viver sem você. Volte para mim, Nandra, não me abandone nessa vida. Por favor, acorde. Deixe que eu me vá em teu lugar. Nandra, venha para mim, querida. Me acorde desse pesadelo. Ressuscita, minha alma. Dê vida ao meu coração que sangra só de pensar em não mais te ver. Meu Deus, tem piedade de mim. Olhai nas entranhas de meu sofrimento. Nesse momento de dor dai-me alento. Eu te imploro, oh Pai, pois sei que tu não precisas tanto dela quanto eu preciso. Pai, ela é minha vida, o ar que respiro, a força que faz minhas pernas caminharem. Tenha piedade da minha aflição, da minha dor”. Por maior que fosse a dor que aquela família inteira sentia seus corações se voltavam para o sofrimento de Leoni, que a todos compadecia. Ali ninguém jamais havia visto tanto desespero e dor, tanto amor por um ser. Ninguém jamais havia visto uma união tão bela e tão pura, tão verdadeira, cheia de luz e tão perfeita. O pai de Leoni cai de joelhos ao chão, compadecido pela dor de seu filho e pela perda de sua nora adorada. Ele começa a rezar a Deus que tenha compaixão e piedade, que não deixe que aquele amor se acabe daquela maneira tão cruel e em desespero ele chega a dizer: “Pai Maior sei que sois. Sei que tudo segue teu propósito. Eu, como pai terreno, imploro e a ti entrego meu coração que agora vê e sente tanto desespero. Se não é para ele ser feliz com ela aqui dai ao menos o direito de partirem juntos. Assim tu abrandas a dor que o consome. A minha dor de pai eu prometo tentar superar. É o meu filho que agora estou te entregando”.
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Lo’ Ramp Ali todos sabiam que Leoni não viveria muito tempo sem Nandra e dele se apiedaram. Começaram a rezar e uma comoção muito grande tomou conta daquele lugar. O quarto onde estava o corpo de Nandra coberto pelos prantos de Leoni ficou cheio de uma luz azulada suave e calmante. O anjo que carregava a alma de Nandra estendeu a mão à alma de Leoni e ele viu sua amada com um olhar calmo e tranqüilo, de braços abertos a lhe esperar. A luz ficou ainda mais forte e o corpo dele caiu encima dela e juntas as almas subiram abraçadas e amparadas pelas asas do anjo, que lágrimas de comoção deixava rolar pela força do amor daquelas almas tão puras. Toda a ilha ficou muito impressionada com aquele acontecimento. Muita tristeza tomou conta das pessoas, mas havia um certo alívio em meio a tanta tristeza. Afinal agora a união se concluía novamente. Era melhor ter a certeza de vê-los juntos do que sentir a angústia de vê-los separados. Seus corpos foram enterrados num cantinho da ilha que eles mais gostavam, entre algumas árvores floridas e cheias de orquídeas perfumadas agarradas a elas. Daquele dia em diante essas árvores passaram a emanar um perfume ainda maior e as orquídeas tomaram conta daquele lugar. Estavam sempre belas e perfumadas, o que chamava a atenção dos visitantes, mas para os moradores da ilha a explicação era muito simples. O amor dos seres que ali estavam enterrados era o responsável por todo aquele espetáculo da natureza. “Como podes ver, Enoch, o amor de Leoni e Nandra nasceu dos dois corações e os transformou em um só corpo. De fato um não poderia viver sem o outro. É como alma e corpo, que não se pode separar, pois a vida então deixa de existir. Mas te digo que este amor não existe somente de homem para mulher, mas também de mãe para filho e de filho para mãe, entre amigos verdadeiros, irmãos e muitas outras uniões, mas esse tipo de amor é raro e poucos são os que dão esse tipo de exemplo. Por isso é muito mais fácil as pessoas acreditarem que isso não passa de uma bela lenda em vez de uma história de verdade. Porém para alguns seres chamados de sonhadores essas lendas tem um valor ainda maior que a realidade, pois são inspirações que os conduzem a realizar seus sonhos, que também se parecem com lendas de contos de magia e encanto, onde mora o amor impossível de sonhar”. “Hoje vejo que é muito mais fácil entender os mistérios do amor”, diz Enoch, “pois basta ver essas inspirações e observar com cuidado os detalhes que fazem a diferença. Agora posso ver que o amor não tem tantos mistérios, pois para conhecê-lo basta senti-lo, permitir ser envolvido por ele, deixar que esse cumpra em nós sua missão, mas também sei que para muitos seres humanos será difícil entender os estágios do amor, pois para conhecê-lo de verdade é preciso passar por todas as suas provas e essas não são fáceis de suportar, tampouco entender”. “Posso imaginar que o sofrimento realmente seja muito forte”, diz o anjo, “porém para passar todas as provas do amor é necessário que a dor consuma toda a matéria, vasculhe todas as entranhas sem deixar nenhum espaço vazio, pois só depois disso é que o amor sai da sua prisão da matéria e ultrapassa os limites da alma chegando ao coração do espírito, que só purifica o corpo dando-lhe a sabedoria depois que recebeu desse a consciência. Nesse instante o espírito tem um diálogo mais tranqüilo com a alma e a matéria e a harmonia então se faz presente dando equilíbrio e paz à penosa alma e à sofredora matéria. Esses então percebem que mais que sentir é libertar o sentimento deixando que esse vá à frente explicando o caminho a ser seguido, afinal quando o amor é o guia não se comete erros, mas quando a razão, a ansiedade, o egoísmo, os ciúmes, etc. tomam as rédeas desse caminho os obstáculos tornam o erro algo simplesmente inevitável, mas que de alguma forma tende a levar ao caminho certo, mesmo que isso leve muitos anos e várias encarnações, mas com certeza vai acontecer a todos. A magia e o encantamento sempre fizeram parte da vida dos seres humanos. Seja carne ou alma, sempre ouvirão a voz do coração que vive além de tudo que conhecem e vislumbram, de tudo que desejam aprender ou entender. Sentimento, meu caro Enoch, é uma flor entre as mais belas, porém intocável e é impossível fugir ao seu abraço. Luz grandiosa que emana, dá vida ao próprio sol. Perfume que embriaga a alma enlouquece a carne e tranqüiliza o espírito. O amor não pode ser explicado assim tão facilmente com simples palavras, afinal damos ao homem as letras, as palavras e até uma bela explicação, mas não podemos viver tão forte e nobre sentimento no lugar dos homens, pois para colher essa bela e tão singela flor é preciso conhecer os
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Luzes, Emissários de Amor canteiros espinhentos e dolorosos das paixões carnais, onde se escondem as doces ilusões do amor, onde se encontram os obstáculos e sacrifícios, que não passam de provas que nos tornam merecedores desse tão puro e real amor, que não se pode encontrar sem conhecer sua dor”. “Hoje entendo que o amor de fato é maior que os grandes oceanos, pois não usa a visão terrena para enxergar seus limites”, disse Enoch. “Meu irmão, o amor não pode ser visto apenas como um ser humano que está apaixonado. Deve ser visto com os olhos fechados para que possamos sentir sua imensidão. Um grande oceano, para um ser que conheceu o verdadeiro amor, é apenas uma lágrima corrida da face do Grande Pai, que está feliz pela consciência que seu filho enfim alcançou”. “Eu já caminhei ao lado de muitos seres apaixonados, meu caro Enoch. O fato de ser invisível não me deixava insensível a tantas aflições que invadiam aqueles pobres corações, que como trapo rasgado sangravam lágrimas que feriam os olhos e entorpeciam a mente, fazendo fugir os pensamentos. Ah, meu irmão Enoch, a vida de anjo me deu mais inspirações sobre o amor do que tu possas imaginar. Nelas eu conheci o amor por todos os seus ângulos e em toda sua infinidade. Eu pude ver que ele é de fato o coração do Grande Pai, pois não há nada igual no mundo, nada tão puro, tão suave, sincero, belo e abnegado quanto o amor que Ele tem por cada um de nós. A felicidade é tão somente a sombra do brilho original de um grande amor. É como nuvem passageira na infinidade de um grande céu, como gotas perdidas na imensidão de um grande oceano. Assim é o amor. Um rei que tem seu trono certo no coração dos homens. Por todos os tempos e eternamente será assim”. OS 144 MENSAGEIROS DAS 12 TRIBOS E AS VIDAS DAS ESFERAS Sei que muitos de vocês gostariam que continuasse com as inspirações de amor, mas temos que voltar ao assunto que de fato é objeto deste livro e prometo que ainda vou deixar seus corações em brasa nos próximos livros, mas no momento vamos dar continuidade ao assunto das esferas. A princípio 144 seres foram escolhidos para ajudar os seres humanos a evoluírem. Isto ocorreu depois da destruição das grandes cidades. Esses seres eram mais conscientes e tinham uma sabedoria um tanto superior aos demais mortais. Esses seres eram representantes diretos das 12 tribos. Como eram 12 de cada tribo formavam no total 144 escolhidos. Agora vamos a uma explicação bem simples. Esses escolhidos eram seres humanos comuns e tinham que evoluir exatamente como os demais, porém naquela existência eles tinham a missão de fazer os demais seres evoluírem. Por essa razão tiveram uma encarnação especial, mas logo depois disso a grande maioria deles teve encarnações normais como os demais seres humanos, exceto 12 seres, que seriam as 12 primeiras esferas, mas isso só veio a acontecer após a partida das antigas esferas, que ainda não eram reconhecidas como esferas (estou falando dos 12 seres que foram escolhidos pelos 12 cavalheiros celestiais). Esses 12 seres tiveram a função de substituir as 12 esferas escolhidas pelos cavalheiros celestiais. Foi nesse época que de fato as 12 esferas tiveram uma missão mais dura e foi também a partir dessa época que tivemos grandes nomes da nossa história que se transformaram em esferas. As primeiras esferas receberam durante muitos anos seus aprendizados com uma certa facilidade, pois esses conhecimentos vinham de doutrinas secretas ou de um livro sagrado que foi escrito por Enoch. Esse livro em especial, que Enoch escreveu, era direcionado somente a seres escolhidos para serem esferas. Explicando melhor, Enoch recebeu vários conhecimentos, como todos já sabem, e como já relatei, recebeu até inspirações de amor. Tudo que ele recebia geralmente anotava para que não fosse esquecido após sua partida. Um livro em especial ele deixou nas mãos de um grande sábio, para que esse passasse o conhecimento adiante no futuro. A tradução correta do nome deste livro
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Lo’ Ramp era: “Aqueles que despertarão antes do amanhecer”. Ele continha todas as informações e ensinamentos necessários para se reconhecer ou ser uma esfera, mas não tinha só isso. Esse livro mostrava todo o procedimento de uma esfera. Porém o que tornava esse livro extremamente valioso era a relação dos nomes de todas as esferas, desde as 12 primeiras até as 12 últimas. Isso quer dizer que esse livro já continha o nome de todos os escolhidos, desde a primeira até a última esfera da Terra. Esse sábio tinha a missão de se certificar de que os escolhidos correspondessem à descrição do livro e, é claro, cuidar para que esse jamais fosse parar nas mãos das esferas, pois essas poderiam não gostar de ver seus erros futuros descritos nele. Por essa razão, durante todo o tempo que esse livro permaneceu na Terra, ele não pôde ser deixado em mãos que ignorassem seu poder. Todos os seres que o guardaram sempre o mantiveram em absoluto segredo até o dia em que ele foi transferido para o mundo mágico (encantado), de onde nunca mais saiu, mas isso só aconteceu quando Cristo veio à Terra e essa história nós vamos contar mais à frente. Vamos agora falar de um ser famoso que foi uma esfera. Por mais estranho que possa parecer Moisés foi uma esfera que cumpriu a sua missão de acordo com seu tempo. Não é muito difícil reconhecê-lo como esfera. Basta ver a maneira como ele nasceu e como recebeu tanto conhecimento. Percebe-se na vida de Moisés que ele foi treinado durante sua adolescência e até sua maturidade. Ele foi escolhido para receber todo aquele aprendizado e treinamento justamente para que viesse a usar tudo que aprendeu para libertar aquele povo que, de tão ignorante, não conhecia o poder que tinha e assim preferia ser escravo do que lutar pela sua própria libertação. Antes de ser esfera Moisés foi, é claro, um auxiliar e isso ocorreu dois mil anos antes dele ser escolhido para substituir uma outra esfera. Moisés tinha grande conhecimento acumulado quando recebeu essa missão, mas apesar disso ele sofreu muito para conseguir convencer todas aquelas pessoas a lutarem pela liberdade. A princípio as palavras de Moisés não convenciam ninguém. Por essa razão se fez necessário que ele usasse um pouco de magia para fazer o povo acreditar nele. Não que ele gostasse disso, mas não havia outra maneira de convencer aqueles seres, que precisavam de um milagre para acreditar nas palavras do sacerdote. Por essa razão muitas vezes Moisés teve que usar de seus conhecimentos mágicos para fazer o povo acreditar nele. Moisés ainda teve que persistir por muitos anos para que seu povo fosse livre, porém como todos já sabem, o povo de Moisés foi muito ingrato com ele. Estavam sempre pondo em dúvida o ideal que Moisés afirmava existir. Em meio a tanta pressão Moisés cometeu muitos erros, usando o poder de forma errada. Dessa maneira ele causou a morte de milhares de pessoas e amaldiçoou outros tantos, mas tudo isso já estava previsto, afinal de contas o pobre Moisés era um só e seus 144 auxiliares não tinham tanta experiência assim para lidar com milhares de pessoas. Moisés cumpriu a missão dele de acordo com o seu tempo, onde o império da ignorância ainda era muito grande, justificando a falta de opção dele, mas não podemos deixar de esclarecer que nosso irmão Moisés, quando deixou de ser esfera, pagou pelos seus erros. Não se deve esquecer que ele pagou pelos erros que fez com consciência das conseqüências espirituais. Ele reencarnou muitas vezes depois da vida em que foi esfera e nessas encarnações ele escolheu pagar vários karmas que gerou, não só com alguns inimigos, mas tentou consertar vários equívocos que cometeu por não ter conhecimento naquela época. Mas dessa lista não foi só o grande Moisés que cometeu erros. O grande profeta Maomé também foi uma esfera e em sua época criou leis muito rígidas, pois era a única maneira de fazer o povo obedecer. Porém tais leis condenaram inúmeros seres inocentes e até hoje ainda condenam. No passado o profeta só queria ajudar as pessoas e para isso deu a essas algumas regras para que, naquela época, eles entendessem o que era certo e o errado. Conforme a evolução humana essas regras deveriam se tornar mais maleáveis, pois a sabedoria veio para fazer os seres humanos perceberem que há uma época para tudo na vida e aquela época já deveria ter passado, pois muitos seres já reencarnaram tantas vezes e alguns continuam com os mesmos pensamentos e idéias que tinham na Idade da Pedra. Para felicidade de alguns e a descrença de milhares o grande profeta Maomé reencarnou muitas vezes tentando consertar o que não entenderam e distorceram de suas palavras e agora se encontra no lar espiritual e nos contou todo seu sofrimento após ter sido esfera e o que desejaria
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Luzes, Emissários de Amor mudar se tivesse uma chance. Antes de reproduzir o depoimento emocionado de nosso irmão quero mais uma vez explicar que não desejamos ofender ou ferir nenhuma religião. O único intento é apenas o de passar o esclarecimento que esse ser hoje deseja dar à humanidade e como está acima do julgamento dos homens não vê razão para não fazê-lo. Nosso irmão Maomé deu um depoimento emocionado e muito bonito a um outro irmão do lar espiritual. As suas palavras foram: “Irmão, você não sabe o peso que é ser uma esfera, o quanto penei quando aceitei essa dolorosa missão. É tão difícil falar com sabedoria a seres surdos e mudos. Quando recebi esse cargo eu me via como um ser muito forte e sonhador. Eu imaginava que não seria muito difícil fazer alguns seres pensarem como eu, afinal não era o único ser atingido pela injustiça. Os meus auxiliares logo surgiram e aí eu me senti mais forte, porém quando comecei a chamar a atenção das pessoas esses meus auxiliares começaram a dizer como eu deveria agir e diante de algumas situações eles até tinham razão. Não é tão difícil encontrar o ponto fraco de um touro bravo para amansá-lo, mas eu não tinha apenas um touro bravo, tinha milhares, e para piorar essa situação eles não me ouviam se eu apenas falasse com eles. Eu tinha que gritar para me impor. É fato que muitos seres nascem para comandar e outros para serem comandados, mas o que a história esquece de falar é que comandar não deve ser uma lei que perdure a vida toda, pois o grande erro de quem comanda é não ensinar seus comandados a comandarem seu próprio destino e esse foi o meu maior erro, minha falha fatal. O povo exigia de mim uma ação que na maioria das vezes levava ao mesmo tipo de injustiça que um dia eu condenei. Então me vi sendo obrigado a fazer certas coisas que repugnei, porém eu era o líder e a pressão que jogavam sobre mim era cruel. A certa altura da minha vida eu me vi sendo um fantoche, pois as pessoas precisavam de alguém com coragem para encorajá-los e representá-los, mas isso na verdade nada mais era que a falta de sapiência e coragem. Eu era então a escolha que sempre dava certo. No fundo eu tinha a esperança que alguém ali tivesse o mesmo impulso e também acreditasse em si mesmo, mas isso era muito difícil. Para aquele povo era mais fácil deixar os problemas para outro resolver, pois eles se julgavam incapazes de resolvê-los sozinhos. Aos poucos criei um grande exército que seguia minhas leis à risca, leis essas que não criei sozinho. Muitos seres que viviam comigo acharam por bem piorar as coisas fixando penas e castigos violentos para delitos que hoje poderiam ser resolvidos com poucas horas de conversa. Muitas dessas penas e castigos foram aplicados de maneira ainda pior do que está descrito na lei e até hoje ainda o são”. “Para reconhecer esse meu erro 600 anos depois da minha encarnação como esfera eu resolvi passar alguns anos no Vale dos Suicidas, onde recebi a missão de esclarecer inúmeras almas de mulheres que haviam se suicidado por causa das minhas leis. Quando eu escolhi descer ao vale já sabia que ia encontrar muita dor, mas não pensei que era tanta. Muitas daquelas almas simplesmente tinham uma raiva tão grande de mim e de seus maridos ou parentes que só então percebi quanto mal eu havia permitido ser criado em minha época. Elas não tinham amor-próprio, odiavam ser mulher e, é óbvio, nem pensavam em reencarnar como mulher, mas também odiavam os homens e toda a liberdade que eles roubam só para si. Tudo isso me marcou profundamente, me comoveu e eu sofri com a dor daqueles seres. Minha aflição ao ouvir as histórias que elas contavam chegava a ser tão grande que muitas vezes eu pensei em desistir da missão, mas a luz divina dos anciões sempre me dava mais fé e confiança. Após um longo período de dor e sofrimento eu consegui libertar o número de almas a que eu me propus. Então voltei para o lar espiritual, onde fiz uma escolha terrível aos olhos dos homens. Resolvi encarnar num corpo feminino e passar por tudo aquilo que eu havia feito tantas mulheres passarem. Foi uma encarnação horrível. Como não tinha relembrança alguma de quem eu havia sido eu também cheguei a odiar os homens, principalmente aquele ao qual eu me submeti, que por sinal havia sido uma mulher na época em que eu a condenei. Agora ela era um homem e eu uma mulher. Estávamos em lados opostos e eu pude então pagar por todo o mal que lhe fiz, pois ele não poupou esforços para isso. Depois dessa encarnação eu resolvi reencarnar por diversas vezes em países vizinhos, tentando sempre amenizar aquela situação. Minha última encarnação foi na Índia. Eu fui um homem que tentou ensinar às pessoas como lutar com calma, sem violência, e alguns milhares de seres entenderam dessa vez a minha lição”.
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Lo’ Ramp “Hoje sei que vários seres tinham e tem que pagar seus karmas e são eles que os escolheram. Eu fui mais um bisturi usado para cumprir essa difícil tarefa. Ao menos os exemplos das antigas esferas servem como advertência para as esferas de hoje e as do futuro, pois para ser emissário de luz antes é preciso vagar pelas entranhas da escuridão. Eu bem sei que as esferas atuais tem uma carga maior de sabedoria e, é claro, já estão vivendo a última encarnação, o que permite a essas uma consciência superior a que as antigas esferas tinham sobre a sua missão. Com isso afirmo que as esferas atuais estão mais bem preparadas, pois tiveram mais tempo e encarnações para isso, porém a missão de algumas esferas que nasceram com a função de orientar seres em certos países que vivem em guerra ou em países com leis muito rígidas com certeza será mais difícil e provavelmente a missão não poderá ser concluída sem que haja falhas”. “Agora eu deixo um conselho a elas, um conselho de quem já foi uma esfera. Eu sei quem são e sei que vocês nasceram para serem grandes legisladores (líderes). Tudo bem, ensinem, não há nada de errado em ajudar, mas não deixem que as pessoas os nomeiem legisladores, pois a melhor maneira de ensinar é deixá-los viver cada experiência da vida para que possam evoluir sem se tornarem dependentes da ignorância de um líder, pois a sabedoria pode e deve ser compartilhada, mas a evolução e a consciência depende individualmente de cada ser e suas ações. É melhor ensinar o caminho do que desvendá-lo por inteiro. Para quem quer aprender de verdade sempre aparecerão mestres. Mesmo que esses muitas vezes se vistam de obstáculos o indivíduo sempre chegará ao final do caminho”. Foi com esse depoimento que nosso irmão Maomé relatou sua experiência como esfera e tudo que sofreu. Essa história serve para as pessoas entenderem que um ser iluminado também sofre e sua dor muitas vezes não é vista ou lembrada pela humanidade, que termina por esquecer que aquele ser também foi um ser humano normal, cheio de conflitos e sentimentos como todos os seres normais, mas não foi só o profeta Maomé que carregou essa missão. Muito antes dele vários profetas também tiveram que passar pela mesma situação. Um desses profetas foi Moisés, como vocês já sabem, porém há uma parte da história que vocês ainda desconhecem e agora vamos mostrá-la a todos. Essa parte da história diz respeito ao final da vida do nosso querido profeta. Após ter sofrido tantas provações Moisés conseguiu levar seu povo à liberdade, mas suas provações ainda não tinham acabado, pois a revolta daquele povo era grande e muitos acusavam Moisés pelas dificuldades que estavam enfrentando. Aos poucos e com o passar do tempo o velho Moisés foi se cansando de todas as acusações que jogavam sobre ele. Na verdade o principal ele já havia feito, pois agora o povo dependia da própria inteligência para construir suas vidas. Como era um povo que viveu muito tempo sendo escravo e dependia da boa vontade dos outros para terem alguma coisa o profeta teve muita dificuldade em mantê-los unidos e encorajá-los a lutar. Além disso esse povo queria respostas imediatas. Não sabiam esperar nem tinham mais tanta paciência com nosso querido profeta. Para liderar esse povo ainda ignorante e rebelde Moisés se valia de seus instrumentos mágicos e de todo o aprendizado pelo qual passou. O povo exigia demais de Moisés, que bastava virar as costas para eles voltarem a seus antigos deuses e rituais. Não vamos descrever aqui todo o sofrimento que Moisés passou, pois daria um livro, mas vamos transcrever um depoimento onde ele desabafa com o Grande Pai toda sua dor e angústia. Dias antes da sua morte Moisés, já cansado pelo esforço da missão, vai ao alto de uma pequena montanha onde costumava meditar sobre suas decisões. Com o coração entristecido ele desabafa em sua solidão toda sua mágoa. “Senhor, meu Pai. Não venho a ti reclamar ou pedir conselhos. Quero apenas tirar de meu peito todo esse meu desespero. Pai de toda a grandeza, a ti e aos meus irmãos toda a minha vida eu dediquei. Em minhas primaveras as flores não vi desabrochar. Sei que pelos caminhos que caminhei tu comigo sempre estavas. Sei também que aceitei essa missão sem força ou obrigação, mas agora estou velho e tudo que fiz parece ter surtido tão pouco resultado. Para esse povo ingrato tão difícil de ensinar e de aprender não sei se sou o pastor ruim ou eles as ovelhas desgarradas, mas sinto que a minha missão aqui já está acabada, pois minhas costas já não podem mais ser alargadas. Não
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Luzes, Emissários de Amor posso mais suportar tamanho peso de tão grande responsabilidade. Hoje a dor dos meus erros me domina, pois quando olho para as areias do grande deserto vejo o rastro de sangue que derramei para encobrir os passos daqueles que libertei. Muitos seres morreram ao meu comando ou simplesmente pelo mau uso daquilo que aprendi. Como posso para alguns ser sagrado se a vida de muitos irmãos eu excomunguei e tirei. Todo meu poder hoje está como eu, velho e fraco. Já não pode me servir como antes me servia e foi exatamente por isso que eu enxerguei que na plenitude desse poder eu me deixei enganar com a falsa coroa de rei que me deram. Usei e abusei da minha autoridade, fiz e desfiz como tinha vontade, acreditei que podia fazer minha voz ser ouvida nos 4 cantos da Terra, mas eu me enganei. Esqueci que sou um homem só e que todo poder é limitado, que todo pecado será castigado”. “Hoje aqueles a quem ajudei a libertar não vêem a hora da minha morte chegar. Acho que é isso que mereço por tudo que fiz. Talvez essa traição me sirva de lição para os muitos erros que cometi. Nada vou exigir deles. Vou apenas esperar que o meu destino se cumpra. Com a consciência do bem e do mal dos dois cálices eu bebi”. “Sei que vão me matar e também sei que esse dia não tarda a chegar, pois almejam muito o meu lugar, mas não sabem que o trono em que me sento é feito de espinhos e eu nem posso isso evitar. Minhas palavras não tem mais poder para aqueles seres atordoados pela ambição de possuir o comando. Disso eu me lembro muito bem, pois também cometi o mesmo erro. Hoje minha alma vaga por esse deserto tentando encontrar os espíritos errantes que massacrei e assim minha consciência pede perdão pelo que inconscientemente eu fiz. Hoje a morte me é bem-vinda. A espero como quem espera uma velha irmã, pois sei que nos braços dela encontrarei o remédio que cura esse mal que me faz sofredor. Preciso ter contigo, meu Pai, uma conversa onde só tu poderás julgar qual o preço que tenho a pagar pelos meus erros, pois aqui de nada tenho certeza. Vivo na dúvida que me consome, pois minha consciência me pune como um ser cruel. Meus olhos aliviam minha dor quando vejo a multidão que através de mim se libertou. Esses sentimentos me confundem e não posso dividi-las com mais ninguém, pois não iriam entender. Tive que guardar para mim meus piores conflitos e dores. Não sei o que teria acontecido se eu deixasse eles perceberem que tenho tantas dúvidas, tantas emoções, tantas dores, todas tão iguais a eles, que sempre me quiseram como um ser diferente”. “Hoje sei que não fui um ser feliz na minha própria vida, pois a única felicidade de que provei foi a de ver os outros sorrirem por mim ou por algo que eu lhes dei, mas em mim também não há raiva ou ódio. Meu coração está oprimido pela vergonha dos erros que cometi e em gritos de dor pede perdão àqueles a quem fiz sofrer. Por tudo isso, meu Pai, é que a ti venho pedir um único presente. Dai-me teus braços como descanso dessa terra em que muitos passos deixei”. Após esse desabafo com Deus Moisés viveu apenas mais 5 dias, pois alcançou seu descanso pelas mãos de um fiel seguidor que viria a substitui-lo após a usa morte. Ele foi envenenado e morreu durante a noite para que acreditassem que havia sido uma morte tranqüila e sem dor, quando na verdade ele agonizou por uma boa hora com falta de ar. Ele sabia que isso ia terminar acontecendo um dia e também sabia que não o podia evitar. Como já estava velho e cansado resolveu esperar sem dizer ou reclamar de nada. Sua certeza era que aquele que fosse substitui-lo muito teria que aprender e somente sentando no trono de espinhos é que isso seria possível. Vamos deixar bem claro que o cajado de Moisés existiu e de fato era mágico, mas todo o poder que esse tinha (eu digo tinha porque ele ainda existe hoje, só que não tem mais aquele poder) vinha, é claro, de Moisés, que teve todo o aprendizado de magia necessário para transformar as coisas. Para aqueles que conhecem ou sabem a magia dos quadrantes ou do Abramelin com certeza devem saber também que com essa magia é muito fácil falar com o Santo Anjo que nos transmite a mensagem divina através de um quadrante gravado em pedra, prata ou outro tipo de material escolhido pelo ser que aprender esta magia. Como vocês já sabem Moisés não só teve esse conhecimento como o utilizou diversas vezes. Agora fica fácil para todos entender como ele conseguiu os dois mandamentos de que falamos em livros anteriores e com esses dois mandamentos dados pelo Santo Anjo que falava em nome de Deus foram criados pelos auxiliares de Moisés os
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Lo’ Ramp outros, que na verdade passavam de dez. A verdadeira tábua dos mandamentos onde o Santo Anjo escreveu aquelas leis de fato foi retirada das mãos dos homens, pois eram quadrantes mágicos. O que posso afirmar é que mesmo antes dessa tábua ser apresentadas às pessoas o próprio Moisés recebeu orientação de transferir para outra tábua aquelas leis, pois a tábua verdadeira, onde o Santo Anjo havia escrito as leis, era guardadas dentro de uma pequena arca com dois anjos feitos de cristal dourado como tampa. A pedra (a própria tábua) que recebeu os 2 mandamentos também era especial. Era uma sugilita que tinha um brilho avioletado tão grande que de fato seria muito difícil alguém manter os olhos sobre ela. Após a morte de Moisés seu cajado e outros objetos mágicos que a ele pertenciam sumiram e foram parar dentro dessa arca, mas para manter a fé do povo Moisés, sabendo que isso poderia vir a acontecer, mandou fazer uma cópia do seu cajado e de outros objetos e manteve isso em segredo até o dia da sua morte. Após sua morte todos acreditavam que aqueles objetos eram os verdadeiros e como todos temiam o cajado e o poder que esse tinha alguns sacerdotes seguidores de Moisés resolveram construir uma arca semelhante àquela que eles haviam visto no dia que a eles e Moisés foram revelados os 2 mandamentos. Criaram então uma arca luxuosa e cheia de superstições só para evitar que as pessoas a tocassem, porém tudo que foi guardado dentro dessa arca foi o cajado falso, alguns objetos e o que sobrou das tábuas dos 10 mandamentos. Ela então foi selada e guardada dentro de uma caverna. Anos mais tarde vários saqueadores e ladrões terminaram por descobrir a arca e roubaram muitos dos objetos que havia dentro dela, mas para manter a fé das pessoas o que sobrou da arca passou a mudar de lugar por muito tempo, o que justifica muitos lugares dizerem ter a arca ou simplesmente o fato dela ter passado por ali já é o suficiente para manter a crença na sua existência. Mas agora vamos falar a verdade. Uma arca tão poderosa que um ser, só de ficar a 100 metros de distância já morreria fulminado pelo seu poder, andaria por tantos lugares ou se deixaria tocar? É claro que não. Essa arca que os seres dizem ter não é a arca original, pois essa está em um lugar bem seguro. Além disso essa que realmente contém os verdadeiros mandamentos e os objetos de Moisés só foi vista por alguns de seus discípulos que, é claro, jamais ousaram tocá-la e o único que almejou fazer isso ficou cego e por essa razão se tornou guardião da arca por muitos anos, advertindo os homens sobre o seu imenso poder. Os homens que tentaram ultrapassar os limites não sobreviveram para contar a história. Nela estão guardados os mistérios sobre o poder que Moisés tinha, mas não é só isso. Essa arca será aberta um dia por uma esfera e isso só vai acontecer numa época de transformação da Terra, pois todo o poder concentrado dentro da arca vai purificar duas raças que vivem em guerra. A arca verdadeira não pode ser tocada por nenhum ser humano, o que garante que ela só será aberta no momento certo. Já a cópia da arca é usada apenas para manter a crença das pessoas. Existem muito mais segredos envolvendo a verdadeira arca. O primeiro é que ela vai purificar duas raças que hoje vivem em guerra. O segundo é que depois disso ela só voltará a se abrir 4.000 anos depois da 1ª abertura e será pelo mesmo motivo. Não vou aqui entrar em detalhes das raças que serão purificadas, mas posso dar uma chance para que todos adivinhem Essas raças brigam desde a época de Moisés e hoje nem imaginam que a verdadeira Arca da Aliança está exatamente no meio das duas raças. Não me preocupo em dizer onde ela está pelo fato de que tenho a certeza que essa não pode ser tocada, tampouco achada ou aberta antes da hora certa. O que posso afirmar é que não falta tanto tempo assim para a 1ª abertura e que a purificação vai ser muito além do que qualquer ser possa imaginar. Outra coisa muito importante é que não existe arma ou tecnologia que possa destruir ou abrir essa arca, mas vou dar uma pequena oportunidade para alguns seres que desejam salvar-se quando a arca se abrir. Aquele que conseguir manter os olhos fechados poderá sobreviver, pois não será morto pela curiosidade de querer ver aquilo que olhos tão impuros ainda não podem vislumbrar. Isso quer dizer que os olhos dos seres humanos ainda não estarão prontos para conhecer a luz da verdade, sobre a qual tanto já foi escrito e ainda hoje não foi compreendida. Na verdade só irão sobreviver aqueles que conhecem essa verdade, não só no coração, mas nos atos. Por isso esses não serão hipnotizados pelo brilho fatal da arca.
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Luzes, Emissários de Amor Outra coisa importante é que a arca irá surgir, cumprir sua missão e logo desaparecerá sem deixar vestígios, o que quer dizer que ninguém a terá sob controle ou poderá expô-la como peça de museu. Com isso fica bem claro que ninguém tem a verdadeira Arca da Aliança e ninguém a terá, pois se essa fosse fácil de possuir terríveis destruições já teriam acabado com a Terra, pois o poder que essa tem é bem semelhante ao chamado fogo grego ou o sopro de Walkah. Essa seria uma arma devastadora nas mãos de seres humanos inconseqüentes. O que posso dizer à humanidade é que não falta tanto tempo para que a curiosidade seja saciada, mas para evitar pânico esse pouco tempo para nós espíritos são anos para os seres humanos. Só posso afirmar que chegará a dezenas, mas não a uma centena de anos. Outra coisa que é muito importante explicar é que não será o fim da Terra, como muita gente pensa. É apenas mais uma transformação. Para quem não sabe nosso caro Moisés teve o mesmo destino que o profeta Maomé. Ao chegar no lar ele passou a receber orientação sobre tudo que fez, onde acertou e onde errou. Ele também escolheu pagar pelos seus erros reencarnando várias vezes como parente daquelas famílias que ele amaldiçoou e lutou para quebrar as maldições, evitando que essas passassem para as outras gerações daquelas famílias. Ele também desceu ao umbral onde foi consertar os erros que cometeu com vários seres e em várias vidas abnegou de seus dons paranormais, pois não queria ter nenhum tipo de facilidade que o ajudasse. Precisava resolver seus assuntos pendentes de maneira correta. Em duas ocasiões reencarnou em meio a seu povo para ver como esse estava vivendo, mas não gostou muito do que viu, pois as coisas haviam mudado muito. As leis eram mais rígidas do que na sua época. Na verdade seu povo estava se degradando novamente. O alívio de Moisés foi ver que um de seus auxiliares se transformou em seu substituto como esfera. Miriam, que morreu bem antes dele, foi o ser escolhido para ser a próxima esfera, só que para isso ela teria que reencarnar como um homem que fosse suficientemente valente, pois seria um rei. Vamos agora falar de Samuel, que também foi uma esfera. Como toda esfera sua missão era muito difícil, mas a pior hora de sua vida foi quando ele teve que matar pela espada mulheres, crianças e homens. Isso ficou marcado para sempre em sua memória. Samuel era uma esfera um tanto rebelde. Não aceitava ordens nem acreditava nas palavras dos homens. Sua vida foi marcada por guerras e traições, mas suas esperanças se renovaram quando Davi, filho de Jessé, foi escolhido para continuar sua missão. Vamos explicar como Davi obteve seu poder e porque não chegou a ser uma esfera. Davi era um rapaz muito jovem quando foi escolhido para cumprir sua missão. Davi era muito vigoroso e cheio de entusiasmo e teve o sábio pai Jessé como professor. Ele adquiriu apenas uma parte do aprendizado necessário, pois os acontecimentos sempre o tiravam de sua concentração. No começo Jessé esteve sempre por trás das conquistas de Davi. Anos mais tarde, já casado com Mical, Davi teve a ajuda de Jônatas para se livrar das armadilhas que Saul vivia aprontando para lhe tirar a vida. Durante muitos anos Saul usou a valentia e a coragem de Davi para se livrar de seus inimigos e o colocou em várias guerras só para manter o seu posto, porém quando Davi acabou com os problemas do rei terminou por se tornar um outro problema, pois o povo o amava e tinha por ele uma grande afeição. Por essa razão Saul queria tanto dar um fim em Davi, pois ele ameaçava seu trono. Na verdade Davi, sentindo-se ameaçado, resolveu construir o seu próprio reino e convocou seus amigos fiéis a segui-lo, o que causou mais fúria em Saul, que passou a perseguir Davi e a partir daí uma guerra pessoal entre Saul e Davi se iniciou. Começou então a degradação e morte de muitas nações. Davi lutou muitos anos contra os homens de Saul e nessas guerras muitos seres inocentes também morreram, tanto de um lado quanto de outro. Na verdade Davi nunca teve sossego em sua vida, mas aos poucos foi conquistando seu espaço até se tornar o rei que o povo havia pedido a Deus. Davi, entretanto, dependia da visão de profetas, que nem sempre falavam o que realmente era ordem divina e mais uma vez Davi foi vítima, pois seus profetas na maioria das vezes o aconselhavam a atacar o inimigo antes de saber realmente se esse seria um inimigo. Com isso o rei Davi cometeu muitos erros e só mais tarde terminava por saber o
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Lo’ Ramp que realmente havia feito. Após esses deslizes Davi quis retomar seu aprendizado mágico, pois não desejava mais viver sua vida derramando sangue inocente e já não tinha mais tanta confiança naqueles que o serviam. Mas para desespero de Davi um grande profeta da época disse a ele que já não podia mais retomar aquele aprendizado, pois já havia manchado muito sua honra com tantos erros, mas pediu a ele que não ficasse com raiva, pois o Grande Pai reservava para ele uma surpresa muito boa. Após sua morte Deus faria um de seus filhos ser um grande rei, o rei mais sábio que já pisou na Terra. O sábio profeta deu então a Davi o Livro da Sabedoria e pediu que o guardasse para a hora certa. Davi ouviu o sábio e guardou o livro para no futuro dar a seu filho Salomão. Agora vamos defender um pouco a história de Davi. Todos sabem que Davi teve várias mulheres e muitos filhos. Em meio a todas essas esposas havia muita intriga, pois várias envenenavam os filhos homens das outras, isso quando não envenenavam a mãe também e muitos desses acontecimentos nem chegavam aos ouvidos de Davi, mas quando ele ficava sabendo de algo assim logo mandava seus guardas levar a assassina e todos os seus pertences para ser abandonada no deserto. Mesmo que essa tivesse um filho esse também teria o mesmo destino, pois Davi acreditava que a maldade da mãe iria contagiar o filho, o que não deixa de ser verdade. Anos mais tarde as mesmas mulheres abandonadas voltavam com seus filhos e atentavam contra Davi. Muitas dessas mulheres se aliavam a inimigos dele para vencê-lo. Outra coisa muito importante de saber é que Davi até chegou a roubar algumas mulheres, mas existe também o outro lado da história. Várias mulheres se insinuavam para ele, pois viam no rei uma forma de tirar proveito próprio e em outros casos os pais davam suas filhas mais belas e mais moças em troca de uma boa bonificação. Então nem tudo era de fato culpa do rei Davi, pois culpados era o que não faltava na história. Outra história que todo mundo desconhece é que Davi teve um grande amor, um amor único que mudou a vida dele por inteiro. Em seu harém havia mulheres lindas e maravilhosas, mas todas tinham uma única intenção na cabeça, ser a preferida do rei, e viviam disputando isso sem sucesso. Porém 15 anos antes da sua morte Davi conheceu uma bela mulher. Essa dançava ao redor de uma fogueira, seus cabelos negros e longos brilhavam com o reflexo das chamas do fogo e seus movimentos insinuantes e delicados encantavam o rei, que logo quis saber quem era tão bela criatura. Um de seus servos disse que ela não era dali. Estava apenas pernoitando com seu povo e eles partiriam em poucos dias. Eram nômades que viviam sem morada fixa e que não tinham parada. A mulher era casada e já tinha um filho e logo teria outro, pois estava grávida de duas luas, o que ainda não dava para notar, pois seu corpo era uma perfeição aos olhos do rei. Ele mandou convidar todos que com ela estavam para irem a seu palácio. Esses aceitaram o convite e se sentiram muito honrados. Em meio ao banquete o rei Davi não conseguia tirar os olhos da bela mulher. Parecia enfeitiçado por ela e a desejava demais, mas essa não lhe dava atenção alguma. Tinha olhos apenas para o marido, que parecia amála demais. Davi investiu tudo que podia para conquistar a mulher, mas essa fingia não perceber suas investidas, pois era apaixonada pelo esposo. Num rompante de paixão Davi começou a sofrer por causa daquela mulher e numa conversa com seus criados ele disse: “Ah, se o marido dela morresse eu não sofreria mais”. Assim no outro dia o marido amanheceu morto com o corpo todo cortado por uma espada. A mulher ficou desesperada quando viu seu amado morto. Davi mandou então que seu fiel servo a comprasse e, se isso não fosse possível, que a roubasse, mas que trouxesse com ela seu filho, pois assim ela não se sentiria tão sozinha. Mandou que esse fizesse isso muito bem escondido, de maneira que ninguém viesse a desconfiar e quando levasse ela para o reino a escondesse num quarto só para ela, que ele mandou decorar de maneira rica e bela. O servo fez tudo exatamente como Davi mandou. Ao final do dia ele foi visitar sua amada no quarto reservado só para ela, mas quando entrou viu um ser desesperado, que em prantos estava agarrado a seu filho. Ao ver aquela cena Davi resolveu voltar outra hora. Mandou que servissem comida e bebida à mulher e seu filho. No outro dia ele foi visitá-la e essa não havia comido nada e sua tristeza ainda sombreava seus olhos. Davi se aproximou e pediu para um de seus servos levar o garoto para um banho. Usou isso como desculpa para ficar a sós com a mulher. Ele disse a ela que o que havia acontecido com o marido foi uma fatalidade e para não deixá-la desamparada ele resolveu cuidar dela e de seu filho.
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Luzes, Emissários de Amor A mulher olhou Davi nos olhos e disse: “O que tu queres de mim jamais terás, pois tirastes da minha vida aquilo que mais amava só para satisfazer vossos caprichos. Pois quero que saibas que eu pertenço ao meu marido e minha alma irá pertencer a ele para o resto de meus dias e nem em todos os dias de tua vida ou em todas as luas que ainda te faltam tu me terás, pois teu intento só alcançarás quando meu corpo cair sem vida. Então poderás possuir uma morta. Não me deitarei ao teu lado nem que me peças por misericórdia, pois no dia que eu te der o que queres serei para ti mais uma das muitas que tens”. Davi ouviu todas aquelas palavras de revolta e dor e nada teve para argumentar. Ele não sabia como aquela mulher tinha tanto domínio ou poder nas palavras, mas ele sentia que nada podia fazer para obter o que queria, pois quando ela o olhava ele perdia as forças e os argumentos. Seus dias eram voltados para ela, que ocupava grande parte de seus pensamentos. Muitas vezes Davi chegou a pensar que Deus estava a testá-lo, pois ele não sabia que sentimento dominador era aquele. Quando o segundo filho da mulher nasceu era um menino de pele morena e cabelos negros como a mãe. Davi resolveu que ia assumi-lo como filho seu, pois ninguém iria duvidar, já que poucos servos sabiam quem era a mãe. O menino nada tinha de Davi, porém todos diziam que ele se parecia com uma das concubinas dele e assim o menino foi aceito sem levantar suspeitas. Mais tarde a tal concubina ganhou muitas peças de ouro para desaparecer e assim o menino ficou sem mãe e se afeiçoou a outra mulher que já tinha um filho e era vista muito raramente. Essa foi a maneira que alguns conselheiros do rei acharam para mostrar mãe e filho juntos (obs.: A mãe do garoto era mais clara de pele e o menino era mais moreno. Sendo assim iriam desconfiar que o filho não era de Davi, que era ruivo. Então inventaram que o garoto era filho de uma das mulheres de Davi e essa tinha a pele e algumas semelhanças com o garoto. Para não separá-lo da mãe verdadeira pagaram à concubina para ela fugir para bem longe onde ninguém a encontrasse e assim o menino voltaria para os braços da mãe verdadeira sem maiores danos). O menino cresceu muito apegado a Davi, que tinha por ele um amor verdadeiro e esse nunca soube que Davi não era seu pai verdadeiro. O outro também foi tratado como filho e teve de tudo, mas mesmo assim o amor da vida de Davi não o perdoava e não cedia a ele nem uma migalha de afeto. Davi chamou o menino mais novo de “o Justo”, pois esse nada cobrava do pai e sempre o defendia desde muito pequeno, sempre dividia as coisas com os outros irmãos sem reclamar e sempre dava mais atenção a Davi que seus filhos de sangue. O coração de Davi foi contagiado pela bondade de seu filho, que ele dizia a si mesmo: “Você pode não ter o meu sangue, mas Deus me deu algo mais precioso que isso. A tua bondade e o teu amor fazem de ti mais que um filho para mim”. Deus reconheceu a mudança de Davi, que chegou através do amor e alguns meses antes de sua morte Davi, que tudo fazia pela sua amada, resolveu então libertá-la, pois não suportava mais olhar em seus olhos e ver tanta dor e desprezo. Ele foi até ela e disse: “Agora venho te dar a liberdade que tanto sei que desejas, mas quero te dizer que com tua partida meu coração vai contigo e minha vida logo eu perderei. Durante esses anos todos eu esperei um só carinho teu, um sorriso e nada obtive. Por ti abandonei a maioria de minhas esposas e negligenciei até os meus filhos. Tu me ensinastes, mesmo sem saber, que um homem pode ter mil mulheres, mas seu coração só pode ser de uma e o meu pertence a ti que não podes me amar. Por ti daria meus olhos aos leões, meu corpo eu jogaria aos abutres do deserto. Sei que tu fostes um teste do divino Pai que Ele colocou na minha vida para me corrigir ou me punir pelos meus erros. Durante todos esses anos meu coração era apunhalado todas as vezes que ouvia um ‘não’ de teus lábios, lábios que eu daria minha própria vida para beijar. Só um beijo, um único beijo teu já me faria feliz, já me daria os céus. Tu me fizestes pensar no mal que fiz a tantas pessoas por causa dos meus caprichos e é por isso que estou aqui te dando liberdade para tu ires aonde desejares. Eu te ajudarei e manterei com segurança, a ti e a teus filhos”. A mulher ouviu tudo que ele disse e olhando em seus olhos encontrou a verdade naquelas palavras e compadecida por tudo que aquele ser havia sofrido ela se aproximou de Davi enquanto ele estava sentado. Ficou frente a frente com ele e com carinho lhe passou a mão na face. Foi tão suave o carinho que Davi fechou os olhos e disse bem baixinho: “Estou a sonhar ou cheguei aos
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Lo’ Ramp céus?” Ela aproximou-se de sua face e deu-lhe um beijo tão terno e carinhoso que Davi parecia não querer se mexer, como se quisesse que aquele momento não acabasse. Os lábios dela eram como uma fruta doce e profundamente macia. Nesse instante o nosso rei Davi foi aos céus. O toque das mãos dela em seu corpo eram como pele de ovelha, macio e quente. Davi não se mexia, tinha medo que o sonho acabasse. Num abraço caloroso e encantado o rei se entregou. Sentiu pela primeira vez aquela pele macia, aqueles cabelos sedosos, aquela pele perfumada. Suas grandes mãos tocaram aquele corpo belo e frágil com tanta delicadeza que parecia ter medo de quebrá-lo, feri-lo ou machucá-lo. Após esse presente Davi se perguntou: “Meu Pai, será que mereço tanto?” e se pôs a chorar de felicidade, algo que jamais havia feito por uma mulher. Davi se sentiu enfim preenchido. Dizia: “Agora posso morrer em paz, pois partirei para os braços de meu Pai”. A mulher disse a Davi que iria ficar ali com ele, pois agora ela estava livre e já havia feito sua escolha. Foi a melhor notícia que Davi poderia ouvir. Ele suspirou aliviado e foi sonhar com o presente que essa lhe concedeu. Durante dias o nosso rei Davi parecia embriagado pelo amor, mas algo muito triste estava para acontecer. A mulher que Davi tanto amava adoeceu gravemente. Ele mandou chamar todos os curandeiros que existiam para tratá-la, porém todos afirmavam que aquele mal não tinha cura. Davi se pôs de joelhos aos pés de Deus e lhe implorou que não a levasse, mas um sábio disse: “Ela partirá antes de ti, meu rei, mas teu coração não suportará o vazio e logo irás atrás dela”. Davi passava dia e noite segurando e beijando a mão de sua amada. Deitava-se ao seu lado, dormia abraçado a ela, quando um dia ela disse a ele: “Tu sois um grande homem, Davi. Grande é também a tua fé. Como tudo que sentes esse amor que tens por mim também é superior. Hoje quero que tu saibas que por ti também sinto amor e é assim, nesse estado que me encontro, que quero te provar esse sentimento tão imenso e grandioso”. Davi olhava com ternura a face de sua amada que estava ali oferecendo seu coração. Ela tocou-lhe o corpo por inteiro com a maciez do amor que ele tanto esperou. Apesar de doente ela mantinha uma aparência bela e pura, intocada por ele. Ao ver tanta beleza ele ficou de fato encantado e se deixou envolver por tão sereno e calmo amor e pela primeira vez Davi soube o que era realmente fazer amor, pois na sua vida ele apenas conheceu prazer para procriação. Naquela noite Davi não saiu um só segundo do lado de sua amada e abraçado ao seu corpo nu e febril ele parecia um menino pedindo o aconchego do colo da mãe. Na manhã seguinte toda a felicidade do rei Davi foi trocada por uma grande tristeza. Sua amada em seus braços havia dado os últimos suspiros e acabara de falecer. Aos prantos Davi a abraçava pedindo para que essa reagisse e acordasse daquele sono que tanto o maltratava, mas não teve jeito. Ele teve que enterrá-la e com ela também foi o seu coração. O sábio que o auxiliava disse: “Agora tu tens que ouvir a voz do divino Pai. Deves dar a teu filho a missão que não podes mais cumprir e o divino Pai já escolheu o filho justo que deu a ti para cumprir essa missão, pois, meu rei, teus dias já se aproximam do fim e nada mais o prende aqui”. Davi fez o que o sábio disse e um mês e meio depois ele descansava nos braços do Senhor. Essa parte bela da história de Davi foi escondida, pois ele mesmo a escondeu. Por essa razão ninguém conhecia toda essa beleza que vivia no coração de um rei guerreiro que soube enfrentar seus inimigos, mas caiu diante do amor. Na verdade o amor apareceu na vida do rei Davi para aliviar seu coração e para mudar suas atitudes. Na verdade o amor o deixou mais tolerante e com certeza mais sábio, pois tão nobre sentimento o deixou mais consciente de seus atos e ações. Agora vamos falar do rei Salomão, que recebeu de fato o título de esfera. Salomão recebeu de seu pai o Livro Sagrado de toda a sabedoria e após a morte desse ele foi instruído como Moisés e outras esferas. Ele aprendeu tudo corretamente e se especializou no conhecimento geral da natureza humana e animal (Ao passar dos anos as esferas ficam mais preparadas e tem uma consciência maior que as outras. Por essa razão ele se destacou tanto como o homem mais sábio do mundo). Dessa maneira Salomão, conhecendo melhor os seres com que tinha que viver evitava cometer os mesmos erros que os antigos profetas cometeram. Bem, um pouco da história de Salomão vocês já conhecem, pois já a descrevi num livro anterior (ver O Amanhecer da Humanidade). Não há nada de novo a contar a não ser que Salomão
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Luzes, Emissários de Amor foi um rei bom e até generoso com seu povo. Não matou nem 2% dos tantos que seu pai teve que matar. Suas maiores crueldades foram no seu surto de loucura já quase no final de sua vida. De resto ele foi uma esfera como as outras, que cometeu os erros necessários para sua época. Seu maior erro perante a humanidade foi a rainha de Sabá. Com tanta sabedoria ele não soube evitar os acontecimentos que ela traria para sua vida. Agora vamos falar do que Salomão enfrentou para pagar seus erros. Ele abnegou da magia e fez escolhas drásticas em suas reencarnações. Salomão chegou a passar pela Inquisição por 3 vezes. Preferiu pagar assim alguns de seus karmas. Chegou a morrer enforcado, queimado e crucificado. Em outras encarnações escolheu nascer mulher para se redimir do que fez com algumas de suas mulheres. Na verdade não foi muito diferente das escolhas de Maomé. A seguir vamos a uma esfera não tão famosa quanto essas que acabei de descrever. Vamos à vida de Temujin, mais conhecido como Genghis Khan (o rei do universo). Temujin ainda era muito jovem quando viu seus pais sofrerem os piores horrores de suas vidas. Vamos agora entrar numa parte da história que foi ocultada. Temujin tinha apenas 6 anos de idade quando sua aldeia foi atacada por inimigos. Seu pai foi arrastado por cavalos até que perdesse os sentidos. Depois disso foi jogado ainda vivo numa fogueira, onde teve uma morte horrível, pois ele despertou e viu seu corpo todo em chamas e começou a gritar desesperadamente. Sua esposa foi violentada por mais de 10 homens e depois jogada como um papel velho no meio da aldeia. Tudo que havia na casa foi roubado, até mesmo os cavalos. Temujin foi raptado e levado com os saqueadores, que dias mais tarde voltaram para buscar sua mãe, pois essa agora era rejeitada pelo povo e vivia sendo jogada para fora da aldeia. Um ano mais tarde ela teve um filho que era fruto do estupro que os diversos homens praticaram com ela. Ela morreu ao dar à luz, pois teve uma hemorragia e não resistiu. O líder do bando resolveu criar o menino que nasceu junto com Temujin e a eles ensinou a arte do arco e flecha e da espada. Temujin acumulou tanta revolta dentro de si que fez questão de aprender tudo que aqueles homens sabiam. Mostrou ser o melhor aprendiz, mas aos 15 anos os propósitos de Temujin já estavam definidos. Ele não pretendia viver ali por muito tempo, pois jurou para si mesmo que ia libertar muitas pessoas daquele sofrimento que ele havia passado. Aos 17 anos ele participou de uma emboscada a uma aldeia. Seu irmão já era crescido e tinha uma índole cruel e tirana para tão pouca idade. Nessa invasão Temujin evitou que seu irmão matasse uma jovem que não tinha nem 13 anos. Isso criou uma raiva pessoal entre os irmãos e a partir daí o irmão mais novo vivia tentando atraiçoá-lo com o intento de matá-lo. Muitas foram as tentativas, porém Temujin era muito esperto e sempre se livrava das armadilhas do irmão. Mas isso não poderia durar para sempre e quando Temujin chegou aos 20 anos teve que matar seu meio-irmão para defender sua própria vida, pois o irmão não lhe deu outra alternativa. Com esse ato Temujin terminou por desencadear uma revolta dos outros membros do bando. Depois disso ele resolveu seguir seu caminho sozinho e seus atos de bravura chamaram a atenção de vários seres que ao longo do caminho se uniram a ele e em muito pouco tempo Temujin já tinha um bando de homens para liderar e foi nessa época que ele resolveu inibir o ataque de seus inimigos ao seu povo, os mongóis. Ele simplesmente atacava os grupos de saqueadores matando-os com certa crueldade. Ele então criou seu próprio reino e apesar de todas as atrocidades que dizem que ele fazia ele protegia e tratava bem o povo humilde que dele dependia. Muitos anos ele lutou pela independência de seu povo e território, a Mongólia, e chegou a conquistá-la a revelia dos grandes senhores da sua época, pois sua fama o tornava mais temido que sua própria presença. Com fama de homem cruel e sem sentimentos Temujin falava pouco, planejava tudo e agia sempre na hora certa. Seus inimigos temiam seu olhar, pois em seus olhos não era possível encontrar piedade ou misericórdia e assim Temujin conquistou o seu espaço e o respeito de todos. Todos ficavam apavorados de ver como um homem comum como ele tinha uma resistência tão grande, pois várias vezes Temujin foi ferido gravemente e ele mesmo fechava seus ferimentos com brasa quente ou fechava alguns cortes jogando um líquido flamejante sobre o corte e logo tocava fogo. Era como se costurasse a pele daquela maneira. Após libertar milhares de pessoas ele enfrentou seu maior desafio: Sun-Ky. Ela era uma jovem muito bela de cabelos longos lisos e
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Lo’ Ramp negros. Não era uma jovem comum, era filha única de um grande mestre de várias artes marciais e conhecia a espada como ninguém, pois seu pai, não tendo filhos homens, passou a ela todo o conhecimento que tinha. Sun-Ky se vestia como homem para ter mais respeito das pessoas e tinha como missão proteger sua vila de invasores. As pessoas da vila sabiam que ela era uma mulher, porém esse segredo era apenas deles, pois todos sabiam que quando o pai dela morresse seria ela que iria cuidar da segurança da vila e concordavam com isso. Ela era esperta e corajosa o suficiente para derrubar qualquer homem como muitas vezes já havia feito, mas um dia alguns soldados de Temujin entraram na vila de Sun-Ky com intenções claras de fazê-los se unir ao grupo do novo rei, porém Sun-Ky não aceitou a proposta e disse que estava muito bem com seu povo. Alguns soldados tentaram ameaçá-la, mas ela os enxotou para fora da vila sozinha, sem ajuda de ninguém. Os soldados apavorados foram ao rei Temujin e relataram o ocorrido. Esse, cheio de raiva, disse que iria tirar satisfações pessoalmente com o tal guerreiro. Reuniu alguns homens e partiu para a vila de Sun-Ky. Quando chegou lá pôde constatar que seus homens falavam a verdade, pois ele ouviu de Sun-Ky a mesma resposta. Não contente com isso ele disse: “Você provavelmente não sabe com quem está falando e logo vai se arrepender quando descobrir quem eu sou”. Ela disse: “Eu sei quem você é, mas isso não me incomoda, pois a sua fama não me diz respeito. Quero apenas que respeite meu povo e me deixe viver em paz, pois ainda não estamos precisando de sua proteção”. Ao ouvir isso Temujin se sentiu desafiado e terminou por provocar um duelo entre ele e Sun-Ky. Ele desafiou Sun-Ky para uma luta de espadas. Aquele que vencesse teria o controle da vila. O povo da vila tentava evitar que Sun-Ky aceitasse o duelo, pois temiam que ela morresse, mas ela era teimosa demais para ignorar aquele desafio que valia a liberdade de todo o seu povo. Entretanto Temujin não sabia que ia lutar com uma mulher e que essa mulher era sua alma gêmea, que fora colocada em seu caminho. Sun-Ky usava o cabelo amarrado e tinha o rosto coberto por uma máscara que deixava apenas seus olhos à vista. Se tinha algo que Temujin fazia questão era de uma luta justa. Portanto seria apenas entre ele e ela e mais ninguém iria interferir. A luta começou e um círculo se fez ao redor dos lutadores. As pessoas assistiam a tudo sem dar uma única palavra, pois era uma maneira de respeitar os lutadores e não desviar a atenção deles. Meia hora de luta com espadas se passou e nenhum dos dois parecia cansado até que Temujin resolveu que ia acabar com a luta sem mais demora. Estava enfurecido, pois jamais encontrara pela frente um ser que o desafiasse tanto e resolveu atacar Sun-Ky pra valer, porém foi aí que essa mostrou tudo que havia aprendido com seu pai e tratou de cansar Temujin fazendo-o ficar ainda mais irritado. Foi nesse instante que a espada dele caiu, sendo jogada à distância por um golpe de Sun-Ky, que também jogou a espada no chão e partiu para a luta corporal, onde deu uma surra em Temujin, que tentava se esquivar dos golpes dela. Num instante de sorte ele percebeu que o cabelo dela se soltou e aproveitando isso puxou Sun-Ky pelos cabelos. Quando fez isso puxou também a máscara que cobria o rosto dela. A surpresa de Temujin foi tanta que ele a soltou sem perceber, pois estava completamente atordoado em saber que havia lutado com uma mulher. Sem saber o que fazer ele mandou seus homens montarem seus cavalos e irem embora. Mais tarde, quando chegou em seu reino, ele pediu que ninguém comentasse o ocorrido. Dias se passaram e ele pensava em Sun-Ky, em como ela era valente, corajosa e sabia lutar melhor que muitos homens e como era bela aquela mulher-fera. Temujin já havia tido vários relacionamentos, mas nenhum deles havia preenchido seu coração. Agora ele estava admirado com aquela mulher que o desafiou e prometeu a si mesmo que ia conquistá-la, mas essa não seria uma tarefa muito fácil, pois Sun-Ky não se admirava com qualquer coisa. Temujin fez muitas visitas à vila de Sun-Ky, mas não era bem recebido por ela, que sempre o botava pra correr. Isso só fazia aumentar o desejo de conquistá-la. Temujin queria aquela mulher para ser a dona do seu destino. Durante um ano as investidas de Temujin foram em vão até que ele resolveu ouvir o conselho de um amigo, que disse: “Se você quer ter uma fera a melhor maneira de tê-la é livre, do jeito que ela é. Não deseje tirá-la de seu povo, não tente dominá-la, aceite-a como ela é. Assim ela vai adquirir confiança em você, em quem por sinal ela não tem motivo algum para
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Luzes, Emissários de Amor confiar”. Ao ouvir o amigo Temujin pensou bem em tudo que vinha fazendo e percebeu que de fato estava fazendo tudo errado, pois ele poderia estar passando a ela a idéia errada de tentar conquistála só para dominar seu povo. A partir desse dia ele começou a agir de outra maneira. Começou a causar encontros casuais com Sun-Ky e nesses encontros ele fingia nem percebê-la. Em outros casos ele a tratava simplesmente como um velho conhecido. Ele a ignorava sem ofendê-la ou maltratá-la e ela foi percebendo a mudança de comportamento dele e isso começou a incomodá-la, pois no fundo ela gostava de brigar com Temujin. Sun-Ky era fechada e não deixava ninguém perceber o que sentia por Temujin, pois nem ela mesma tinha certeza de seus confusos sentimentos. Temujin já estava perdendo a paciência quando seu amigo novamente lhe deu uma boa idéia dizendo a ele que marcasse um encontro só entre ele e ela e quando esses estivessem a sós ele aproveitasse um momento de silêncio e abrisse seu coração para ela. Assim ela não teria como arrumar desculpas, pois as palavras dele iriam desarmá-la. Temujin fez o que o amigo mandou e marcou um encontro com Sun-Ky. Essa aceitou o encontro, meio ressabiada e achando que fosse uma armadilha. Ela instruiu seu povo a ficar alerta para qualquer movimentação suspeita ao redor da vila. Ele chegou ao local do encontro e esperou por ela, que não era boba e já estava a observá-lo de cima de uma árvore. Só depois que viu que ele veio sem guardas e desarmado ela então deu um sinal a um mensageiro, pedindo a esse que avisasse o seu povo que estava tudo em ordem e ela logo voltaria. Feito isso ela apareceu bem na frente de Temujin como se tivesse caído do céu. Perguntou: “Queria falar comigo? Estou aqui. Seja breve, não tenho tempo a perder”. Ele disse: “Sim, eu quero falar com você, mas será que você pode me ouvir em silêncio por alguns minutos, pois o que tenho para falar é muito importante?”. “Seja o que for comece agora”, disse ela. Ele começou assim: “Desde que perdi minha família venho acumulando o peso de ser um guerreiro sangrento e cruel, mas todo mal que fiz foi para libertar aqueles que viviam aprisionados. Para isso eu usei minha espada muitas vezes, afinal ou eu matava as serpentes ou essas me matavam. Não me orgulho de ter tirado a vida de tantas pessoas, mas todos que matei eram carrascos e assassinos cruéis e tudo que fiz foi limpar a Terra dessa raça porca que tirava o sangue de seres inocentes. Nesses anos todos só aprendi aquilo que meus caminhos me ensinaram. Minhas ações sempre foram mais rápidas que meu julgamento. Conheço muito bem meus limites de maldade, mas a história que escrevem sobre mim é ainda pior do que sou. Ninguém nunca me perguntou porque faço essas coisas nem querem saber o que sinto. Me vêem apenas como um justiceiro que não tem passado. Na verdade as pessoas não se interessam por mim, apenas temem o ser que eu sou”. “Às vezes não sei se estão comigo porque as protejo ou porque me temem mais que seus antigos governantes. Eu não quero o mal daqueles que vivem sob a minha proteção, mas não sei como dizer a eles que não sou o novo dono deles, pois foram eles mesmos que me nomearam seu rei. Hoje sei que você tem uma maneira muito diferente de proteger e ajudar seu povo e isso para uma mulher é grande motivo de honra e respeito. Quando lutei com você pela primeira vez achei que de fato tinha achado um oponente à minha altura. Pensava que fosse um bravo guerreiro e não uma bela guerreira. Nesses últimos tempos eu venho tentando de maneira errada lhe pedir algo e talvez por isso você se nega a me ouvir, mas agora vou pedir da maneira que sinto ser a certa e posso lhe afirmar que também é a última vez que te aborreço, pois se você não concordar eu desisto e nunca mais verá minha face”. “Eu venho lhe pedir que me ensine a cuidar do meu povo como você cuida do seu, sem medo, pois o que quero deles é respeito e isso eu sei que você tem de seu povo. Não quero controlar sua vila, pois lhe dei minha palavra e essa eu honro até a morte. Não sei como lhe dizer isso, mas você foi a única mulher que me levou a pensar em uma vida assim. Me ensine a mudar, venha ser minha rainha e eu a honrarei por todos os dias de minha vida”. Sun-Ky ouviu tudo que Temujin tinha para dizer e de fato ficou pasma com o final da conversa. Sem saber o que dizer ela o olhava sem reação. Ele aproveitou o momento e num segundo segurou-a pela cintura e deu-lhe um beijo que durou apenas segundos. Sun-Ky o afastou assustada
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Lo’ Ramp com tudo aquilo, afinal ele era um criminoso frio e cruel. “Por que eu tinha que me apaixonar justo por ele?” pensava ela. “Por que fizestes isso? O que de fato queres de mim?” perguntou ela. “Eu não estou a brincar contigo como estás a pensar. Meu interesse por ti é verdadeiro e sincero. Não precisas desconfiar de tudo que te digo. Sei que minha fama diz o contrário, mas é você que vai ter que descobrir a verdade”. Dois anos depois dessa conversa nascia o primeiro filho de Temujin e Sun-Ky. Os povos se juntaram e até construíram grandes fortalezas. Sun-Ky de fato mudou a maneira do povo olhar para Temujin. Eles foram considerados o casal mais temido de sua época, mas só seu povo sabia a bondade que juntos eles fizeram. Sun-Ky morreu 15 anos mais tarde levada por uma avalanche de neve. Seu corpo jamais foi encontrado. Temujin (Genghis Khan) não viveu muito tempo depois disso, pois a tristeza que sentia pela falta da mulher o deixava a cada dia mais deprimido. A história oficial conta que ele levou um tombo de um cavalo e morreu, mas sinto muito em dizer que na verdade ele saiu à noite montado no seu cavalo sem a companhia de ninguém. Ele não podia ficar sozinho, pois seus inimigos estavam sempre esperando para o matar e foi exatamente isso que aconteceu. Temujin foi vítima de uma emboscada. Teve seu corpo jogado num abismo e seu cavalo voltou sozinho para o reino. Quando foram procurá-lo acharam que ele se desequilibrou e caiu do cavalo naquele abismo. Como era noite ele morreu de frio, congelado pela neve, presumiram seus amigos. Na verdade ele estava procurando o corpo de sua amada, pois não se conformava com o que tinha acontecido. Como ele presenciou a cena da morte dela e não conseguiu ajudá-la saía todas as noites para procurá-la, pois acreditava que um dia ainda iria encontrá-la. Um de seus filhos dirigiu seu reino por mais alguns anos até chegar o fim de sua época. Outra esfera famosa foi Joana D’Arc. Essa foi uma das esferas recentes mais famosas. 70 anos mais tarde surgiu a ‘esfera passiva’ chamada Nostradamus. Ele ficou conhecido como a ‘esfera passiva’ justamente por não precisar usar a violência para prevenir as pessoas do que estava para acontecer. Vamos agora dar uma pequena pausa e responder a uma pergunta que todos os brasileiros devem estar se fazendo nesse momento: será que não houve nenhuma esfera no Brasil? Sim, a primeira esfera não era brasileira, mas resolveu vir para o país e deixar seus ensinamento para esse povo. Foi Padre José de Anchieta, que muito bem fez aos nativos, ajudando-os em uma época tão difícil, além de inúmeros atos de amor. O homem que proclamou a independência do Brasil, Dom Pedro I, foi um dos 144 auxiliares. Outro auxiliar famoso foi o senhor conhecido por Tiradentes, que na verdade morreu por ter descoberto um plano de traição que viria a vender o país a outra grande potência da época e por isso desafiou os homens do poder e revelou este e outros segredos. Cinco amigos que fizeram um histórico com as revelações do amigo enviaram-no ao dirigente do país na época, mas não foi só isso que esse auxiliar descobriu. Ele também presenciou várias atrocidades que os governadores faziam com o povo e os escravos, porém o documento que relatava a venda do país a outro foi a gota d’água para ele, que via um povo inocente virar escravo de outro povo. Algumas pessoas até chegaram bem perto dessa verdade e sabem que por essa razão e mais algumas Tiradentes terminou por salvar o país com sua morte. Irmã Dulce foi um dos 144 auxiliares. Isso todos puderam ver, tamanha era a sua bondade e amor ao próximo e sua luta constante para ajudá-los. Também posso adiantar ao povo brasileiro que a esfera da América do Sul se encontra justamente no Brasil. Seus auxiliares também estão espalhados pelo país. Nostradamus foi a esfera que mais se assemelhou às esferas de hoje, pois elas sabem que tem que ajudar o povo com informação e não com guerra, como faziam as antigas esferas, mas elas só faziam isso por não terem alternativas. Agora vamos contar um pouco da história de Nostradamus. Esse ser foi um homem muito atormentado e triste por causa de suas visões e só não foi para a forca porque ganhou a confiança de um monarca muito importante, que teve a vida e o seu reino salvos graças às previsões de Nostradamus. A evolução dessa esfera teve que ser rápida demais, por essa razão o sofrimento também foi grande. Para ser o grande profeta que foi Nostradamus perdeu tudo que amava muito cedo. Sua solidão veio como arma poderosa para sua
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Luzes, Emissários de Amor sabedoria. Inúmeras foram as vezes que ele chorou e se revoltou contra seus próprios dons, pois durante muitos anos ele acreditou que esses fossem os culpados pela sua solidão e tristeza. Nostradamus teve que aprender tudo sobre seus dons praticamente sozinho, pois na sua época era crime ler ou ter livros que falassem sobre paranormalidade. Ele então não tinha como pesquisar e entender o que acontecia com ele, mas uma das maiores revelações que Nostradamus teve foi quando caiu em suas mãos um livro muito especial que viria a ajudá-lo muito: o Livro dos Mortos do Egito. Nesse livro ele encontrou várias explicações para suas visões e passou até mesmo a controlá-las na hora que elas tomavam conta de sua mente, porém esse livro teve que ser queimado para salvar a vida dele. Quando Nostradamus tinha suas visões sentia fortes dores de cabeça, chegando algumas vezes até a desmaiar. Além disso sentia fortes dores nas costas, o que deixa claro que ele estava vivendo o auge do despertar da Kundalini. Ele não tinha apenas visões em água, mas em paredes e até mesmo nas pessoas. Quanto às suas previsões sobre a época das trevas ele não acertou nem errou de todo, pois pelos cálculos que ele tirou da pirâmide quando leu o Livro dos Mortos a destruição chegaria em torno do ano 2000, pois o Anticristo viria a nascer nessa época. Traduzindo melhor, o que Nostradamus escreveu é mais ou menos isso. O ‘ser do mal’ deve se manifestar nessa época (ano 2000) e somente no ano de 2001 a Terra vai começar a transformação que ele irá causar no planeta. Essa transformação, entretanto, terá um início muito sutil. Poucos irão perceber quem é o ‘ser do mal’ e esse ainda não vai declarar claramente suas intenções, pois ele deverá esperar mais algum tempo para ter a confiança de todos e só depois é que vai mostrar a que veio. Mas como já disse antes, essa será mais uma transformação da Terra e não o fim do planeta. Digamos que será a 3ª Guerra Mundial, juntamente com as inúmeras catástrofes naturais que vão ocorrer nesse período de transformação. É bom esclarecer que a data de 2000 como o ‘fim dos tempos’ não foi uma previsão de Nostradamus, mas fruto de uma má interpretação dos textos e cálculos de datação feitos por ele. Tanto isto é verdade que ele fixa o ano do Juízo Final para uma data bem posterior à época de guerras e transformações (inclusive a mudança do eixo da Terra) pelas quais o planeta passará, quando o Céu e a Terra se transformarão, o mal e a vulgaridade serão definitivamente extintos e a própria morte morrerá (compare com o que falamos em livros anteriores e veja se não tem lógica). Basta ler o Prefácio ao Filho César, de sua autoria. Joana D’Arc também morreu por causa de suas visões e não adiantou nada ela negar que era feiticeira ou bruxa, tampouco valeu seu ato de heroísmo ao lutar na guerra para defender seu país. Como vocês puderam ver a vida das antigas esferas não foram muito boas e até a verdade sobre elas foram omitidas ou mal contadas, mas a vida pessoal das esferas hoje não é muito diferente. As esferas de hoje tem uma vida carregada de muita dor e sofrimento desde a infância e costumem ter uma vida cheia de obstáculos. Não tem riquezas materiais, mas tem uma evolução espiritual muito rica, o que confere a esses seres paciência e calma, amor ao próximo e abnegação. Várias esferas já estão cumprindo uma parte da sua missão. São seres um tanto incompreendidos e sentem uma grande solidão interna, embora estejam sempre com um sorriso calmo na face. Alguns até sabem que terão uma vida ainda mais complicada quando tiverem que realmente cumprir toda a missão a que foram designados e sabem do risco que correm por isso. As esferas de uma certa forma são bastante realistas a respeito do perigo que cerca suas vidas. Tendo consciência da escolha espiritual que fizeram na verdade não temem mais a morte em si, pois já tem um grande esclarecimento sobre reencarnação e os conceitos espirituais. O amor que as esferas conhecem é o amor universal e abnegado, o que muitas vezes é mal compreendido ou confundido por alguns seres humanos. Por mais que compreendam as pessoas muitas vezes sentem falta de alguém que também os compreenda, mas costumam suprir essa falta com conversas aos pés do Grande Pai, pois costumam ter uma grande fé e é essa fé que as faz seguir adiante no caminho. Muitas esferas sentem um peso muito grande depositado nas suas costas, pois pelos exemplos anteriores que puderam ler sobre as esferas do passado a missão é muito grande e árdua e algumas vezes bate a insegurança e a incerteza quanto às suas próprias capacidades e isso faz com que as esferas se sintam muito
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Lo’ Ramp pequenas para realizar tão grande missão. Entretanto elas sempre recebem ajuda de espíritos de luz, que constantemente estão auxiliando e socorrendo as esferas nas suas horas de dor. A cada dia a vida de uma esfera sofre uma transformação e elas terminam por se acostumar com tantas mudanças. Isso é só uma prévia da vida que um ser escolhe quando é uma esfera. Ainda irei descrever com maiores detalhes como de fato é a vida de uma esfera atual e assim todos terão a oportunidade de saber quanto custa ser uma esfera e que bela e abnegada missão elas cumprem. O ENSINAMENTO DADO POR HERMES AOS 24 ESCOLHIDOS Em livros anteriores já falamos dos ensinamentos que Hermes deu a seus escolhidos, mas não foi só isso. Hermes também ensinou dois grupos de esferas, dando a esses seres o ensinamento básico da consciência. O 1º grupo de esferas era formado pelas últimas que já partiram da Terra. O 2º grupo foi justamente o dos seres que são as esferas atuais. Agora vou explicar a vocês porque essas esferas tiveram um ensinamento tão diferente das outras. Toda a base do ensinamento foi mudado e reformulado para as esferas atuais, pois os velhos ensinamentos tinham conceitos e atitudes muito drásticos e sabendo que a Terra já não seria a mesma Hermes foi mais rígido ao ensinar as últimas esferas da 1ª etapa, pois essas teriam que aprender mais sobre os sentimentos dos seres humanos para evitar os mesmos erros das esferas anteriores, pois só iriam conquistar a confiança das pessoas com amor e sabedoria e não com ignorância e ordens. 1ª parte: A escolha 2ª parte: As perdas 3ª parte: As explosões emocionais 4ª parte: As deficiências da carne e seus vícios 5ª parte: O perigo no confronto com o mal 6ª parte: O fim de um estágio e começo de outro 7ª parte: O começo do controle 8ª parte: O princípio do conhecimento 9ª parte: As provas de abnegação e do perdão 10ª parte: A dor da solidão 11ª parte: A sabedoria ainda incompreendida 12ª parte: O inferno fica mais próximo (a loucura) 13ª parte: A luz que retorna 14ª parte: Sabedoria, consciência e evolução. 15ª parte: O teste da coroa de ouro que vira espinhos 16ª parte: O encontro com o Grande Pai e seu amor 17ª parte: Já não é preciso pedir (a sintonia) 18ª parte: O bem e o mal já não existem 19ª parte: O belo volta e tudo vira certeza 20ª parte: Olhar o mundo como o Grande Pai olha 21ª parte: A batalha final 22ª parte: A solidão acaba e tudo recomeça num novo estágio e plano Aqui estão as 22 partes de um ensinamento raro e muito belo que hoje não é só para as esferas, mas também para aqueles que o podem compreender. Tudo começa com a parte mais importante de tudo, o livre-arbítrio que cada um tem de ser ou não ser uma esfera.
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Luzes, Emissários de Amor 1ª PARTE: A ESCOLHA Para que todos entendam melhor quero deixar claro que foram escolhidos os seres que já foram um dos 144, porém se um ser não desejasse ser uma esfera ele tinha o direito de dizer ‘não’, mas vamos explicar como isso aconteceu. Hermes tinha que convocar seus 12 escolhidos e fez isso de acordo com as ações e o Livro Sagrado das Esferas que contém o nome de todos os seres que já foram, são e ainda serão esferas. Mesmo com todas essas afirmações um ser pode não se julgar pronto para assumir aquela missão, mas isso não impede que esse ser receba o aprendizado necessário, pois ele pode não desejar isso hoje, mas se seu nome constar no livro amanhã com certeza ele vai aceitar e então estará pronto para a missão. Quando o ser é chamado a ser uma esfera ele só sabe que terá no futuro ainda distante uma missão muito importante para cumprir e que depois de todo o treinamento que vai receber irá assinar seu nome no Livro Sagrado das Esferas e então não terá mais como recusar a missão. Aqueles que aceitam isso vão ser preparados para todo tipo de situação que a vida de esfera irá lhe impor. Na verdade o ensinamento é dado como se o ser já fosse uma esfera, justamente para que ele viva tudo na íntegra e se lembre de tudo quando realmente tiver que ser a esfera. Dessa forma ele poderá então cumprir com mais consciência sua missão. Vamos agora ao começo da dor das esferas. 2ª PARTE: AS PERDAS Após aceitar ser uma esfera vem então a parte mais dura para aqueles que estão começando. Vamos falar agora do momento passado e atual da vida de uma esfera, só para que todos compreendam como o aprendizado se repete. Na época em que Hermes ensinou as esferas elas tiveram que abandonar pai, mãe e todo o luxo que possivelmente tinham em suas casas. Essa era uma decisão muito dura e difícil, pois o amor que os seres tinham por outras pessoas fulminavam seus corações pela saudade e o medo de perdê-las, mas esses sentimentos só duravam os primeiros meses, pois o grande Hermes ensinava-lhes a lidar melhor com tudo isso. Em seus ensinamentos ele dizia que na vida não podemos perder nada nem ninguém, pois tudo que nos pertence também não é nosso, então porque haveríamos de perder algo que realmente não possuímos? Ele dizia que não somos donos nem mesmo de nossos pensamentos, pois muitas vezes esses são inspirações de outros seres. Não somos donos de nosso corpo físico, pois cairá na terra onde servirá de alimento aos abutres. Nosso apego é uma extensão do nosso egoísmo escondido, que carrega como defeito nossa ambição de poder ser dono de tudo. Hermes ensinou a seus escolhidos que tudo na vida é livre para escolher o seu próprio destino, pois sem a liberdade de escolha não se pode conhecer a sabedoria, tampouco chegar à evolução. As perdas são, na maioria das vezes, mais um ganho do que de fato uma perda, mas todos só irão entender isso quando chegarem ao final do caminho. Nos tempos atuais as últimas esferas da 1ª etapa estão reprisando essa primeira parte do aprendizado, pois a grande maioria delas já nasceu perdendo. Não tem pai nem mãe para ajudá-las e antes mesmo da adolescência terminam por estar completamente sós, tendo que aprender a lutar pela sobrevivência. Na maioria dos casos não tem nem uma herança ou bens materiais, o que os leva ao mundo das brigas pelas conquistas muito cedo. Suas provações são bastante severas no que diz respeito à moradia e emprego. Geralmente são empregos duros, de 10 a 12 horas por dia ou mais e as condições de moradia são bastante precárias. Costumam ter patrões severos, que gostam de humilhar seus funcionários, e as conquistas são muito lentas. Tudo isso pode parecer cruel, mas não passa de uma prova para observar se a esfera não esqueceu os aprendizados anteriores para assim poder superar as provações de hoje.
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Lo’ Ramp 3ª PARTE: AS EXPLOSÕES EMOCIONAIS Após aprenderem que nada possuem e que tem que se submeter às leis da vida Hermes ensinou seus escolhidos a reconhecerem a medida de suas emoções, pois a vida que eles escolheram não lhes oferece muito, pelo contrário, parece até que não há muito sentido em aprender tudo aquilo. Afinal, por que só os escolhidos tem que passar por tudo aquilo, por que só eles tem que sentir a dor da perda, por que não podem ter uma vida normal como os demais seres humanos e por que não podem ter o conforto de uma cama macia ou a delícia de comer um prato saboroso e requintado? Essas perguntas e várias outras Hermes ouviu de seus escolhidos, mas uma delas foi a mais importante. “Por que essa sabedoria custa tão caro?” perguntou um aprendiz a Hermes. Ele então disse: “Agora posso responder todas as perguntas que me fizeram respondendo apenas essa. A sabedoria não custa caro, meus irmãos. Ao contrário do que pensam ela é até muito barata, porém a evolução, esta sim, custa caro, pois custa o preço que sua consciência dará aos seus atos e ações quando vocês usarem a sabedoria”. “Aqui vocês não estão abandonando para o resto de suas vidas o conforto que a vida lá fora pode oferecer a vocês. Na verdade vocês estão apenas aprendendo a não precisar de todas essas coisas, a não darem a elas suas vidas, pois o homem que vive pelos bens materiais e seus vícios de fato não vive a vida, pois não vive nem para si mesmo. Vive apenas por objetos inanimados que não tem vida nem emoções, que algumas vezes chegam a ser trocados até por uma vida humana, que tanto valor tem para o nosso Grande Pai. O ser que vive para a matéria está sempre insatisfeito e sempre querendo mais. Com isso termina por esquecer o valor daquilo que já possui e como um aprendiz que antes do tempo deseja ser igual a seu mestre ele esquece de 3 fatores muito importantes. O 1º fator: seu mestre só chegou ali através de muita dor e sacrifício e por isso é capaz de suportar as duras penalidades que ainda encontra no caminho, o que leva o aprendiz a achá-lo tão poderoso. O 2º fator: o aprendiz não pode pular os caminhos. Para ser um mestre é preciso enfrentar com amor e disciplina todos os estágios que a vida lhe reservou e o 3º e mais importante fator: o aprendiz se esquece de suas próprias qualidades, seus próprios valores quando almeja o que ainda não está pronto para ser. Com isso ele não vê que está deixando para trás a si mesmo, que no fundo é a parte fundamental da evolução de sua alma”. Esses mesmos conflitos emocionais tomam conta das esferas de hoje, que no princípio também reclamam do motivo de tanta dor e sofrimento. Por que quando a sorte lhes sorri algo dentro deles lhes mostra alguém muito mais necessitado e como se não controlassem seus impulsos eles então doam isso para aquele ser mais necessitado? Esse tipo de situação vive acontecendo na vida das esferas e essas terminam por encontrar a resposta nos milagres que vão acontecendo em suas vidas. Os conflitos emocionais são na verdade as maiores dores das esferas. Não importa a época, tanto hoje como no passado, isso sempre fará parte da vida de uma esfera ou de qualquer ser humano. Hermes ensina que é necessária cada emoção, pois elas são o veículo que permite ao ser conhecer melhor os outros seres, a si mesmo e seus próprios limites. As emoções não devem ser proibidas, apenas lapidadas e controladas, pois dessa maneira se tornam uma fonte de conhecimentos que sempre nos leva à sabedoria. As emoções são simplesmente como uma explosão inevitável. Acontecem porque somos seres vivos e cheios de sentimentos, o que olhando com beleza podemos entender como nossa semelhança com o Grande Pai, que explodiu em sentimentos para nos criar e se esse pode controlar seus sentimentos com precisão absoluta e infinita pergunto o que nos impede de ao menos tentarmos estudar para entender a simplicidade de nossas emoções, afinal não estou pedindo que controlem os sentimentos, mas sim aquilo que brota deles.
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Luzes, Emissários de Amor 4ª PARTE: AS DEFICIÊNCIAS DA CARNE E SEUS VÍCIOS Hermes agora ensina a vencer as deficiências da carne e seus vícios. Os seres humanos vivem apontando defeitos em seus próprios corpos, defeitos que só existem para aquele determinado ser. Hermes tinha alguns escolhidos que se queixavam de fortes dores lombares e de cabeça quando começou o ensinamento. Esses começaram a manifestar primeiro os sintomas do despertar da Kundalini. Mais tarde os outros também começaram. Hermes desejou que fosse assim, que uns despertassem primeiro que os outros, só para testar a reação dos dois grupos. O 1º grupo que reclamava das fortes dores passou cerca de 2 anos assim. Para ajudá-los Hermes começou a ensinar-lhes que a dor da carne não existe quando não pensamos nela, porém é muito difícil não pensar em algo tão forte que incomoda por horas e dias. Para fazê-los aprender mais eficazmente mandou que um curasse a dor do outro o distraindo com elevadas meditações e assim, sem que percebessem, terminavam por controlar a própria dor e a dor do seu irmão. Hermes provou a eles que na maioria das vezes o simples fato de nos importarmos com os outros cria em nós o remédio para nossa cura, pois quando desviamos nossos pensamentos para algo mais importante esquecemos aquilo que tanto nos incomoda e assim paramos de alimentar as nossas deficiências, dando mais resistência ao organismo para esse lutar em benefício da cura. O 2º grupo teve a mesma reação que o primeiro, com uma diferença. Pelo exemplo que puderam assistir dos outros obtiveram alívio para suas dores em menos tempo, o que significa que o bom observador aprende silenciosamente apenas no passar dos olhos. Quanto aos vícios da carne eles consistem de várias áreas do mundo material. A vaidade é um vício tão perigoso quanto o alcoolismo, explicou Hermes a seus escolhidos, pois o homem que bebe desgovernadamente perde o controle de si mesmo e sacrifica sua saúde, além de pôr em perigo sua vida e a de outros por atos inconseqüentes. O vaidoso não mede esforços para manter sua vaidade, sendo capaz de passar por cima de outros para alcançar seu objetivo e pode até mesmo sacrificar uma encarnação para isso, pois não achando ajuda pelos caminhos corretos busca essa na ilusão oferecida pelo poder das trevas. Na época atual as esferas, como inúmeros outros seres, sofrem ou sofreram com as dores de seu despertar espiritual, porém as esferas não sofrem apenas essas dores. As primeiras dores que sofrem são o frio, a fome, o medo e depois do despertar elas ainda contam com vários problemas de saúde como câncer, várias pneumonias, problemas estomacais e cardíacos e, para variar, quando termina um começa outro. Costumam ser seres bem magros, com aparência frágil, mas pouquíssimas pessoas os vêem reclamar de suas dores, pois já estão tão acostumados com elas que já não incomodam mais. Muitas pessoas observam a capacidade que esses seres têm de superar tantas provas, pois alguns, além de tudo isso, ainda sofrem alguns acidentes graves a que um ser comum não sobreviveria. Enfim, as esferas têm uma força de sobrevivência muito superior aos demais seres humanos e é justamente para que cumpram suas missões. Os 144 auxiliares também tem essa força, pois precisam ajudar a propagar a missão. Os vícios das esferas atuais já foram controlados até o momento atual, mas há alguns anos atrás esses já não eram muitos, mas existiam. Algumas esferas eram vaidosas, outras não controlavam a própria gula e assim por diante, mas com a aproximação da responsabilidade elas foram abnegando e aprendendo. Algumas tiveram que perder algumas coisas por várias vezes para entender onde estava o valor daquilo que realmente precisam e abrir mão daquilo que desejavam simplesmente. Mas agora vou revelar um segredo a vocês. Toda esfera ainda tem um vício ou uma pequena vaidade, que de fato são inofensivos. Vou dar o exemplo de uma esfera que conheço, que desde criança nunca se importou com a boa alimentação, pois sua vida não lhe deu essa oportunidade. Essa esfera hoje se alimenta com muito pouco, ou seja, pode passar um dia apenas com um suco de laranja ou outra fruta e não sente falta de comida, mas não vive sem água. É capaz de passar vários dias alimentando-se só de água ou suco e não se importa. Não come carne
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Lo’ Ramp vermelha ou massas. Na verdade os espíritos às vezes até obrigam esse ser a se alimentar de vez em quando, mas querem saber o que essa esfera comeria sempre que tivesse? Camarão ou lagosta. Como isso é um pouco caro em seu país esse ser vive dizendo: “Eu já não como nada. Por que a única coisa que gosto tem que custar tão caro?” Seu maior sonho é abandonar de vez a necessidade de se alimentar, pois julga que esse é um vício ainda muito grande, pois quando parar de comer de vez não vai mais desejar um alimento tão caro. Sei que parece meio louco tudo isso, mas as esferas têm um pouco de loucura no bom sentido, senão não poderiam suportar a vida que levam. Conheço também um ser tão iluminado que sua única vaidade é usar uma peruca, pois perdeu todos os cabelos por causa de um acidente que sofreu em um incêndio. Então agora pergunto: Será que é vício ou vaidade de verdade isso que nossas iluminadas esferas têm? Será que elas de fato não precisam dessas pequenas desculpas para continuarem a ser seres humanos? Seja como for, para os espíritos isso não é um erro, tampouco encobre o brilho desses seres, afinal o homem foi criado com cabelos e no Oriente para alcançar a evolução alguns ficam carecas e se alimentam apenas de comidas que acreditam ser sagradas. Em nome da evolução o homem sacrifica seres vivos e criou vestes luxuosas para apontar os sábios. Isso sim é vício e vaidade e perante o Pai a sabedoria representada por Cristo e pelos antigos profetas não precisava de uma coroa de ouro nem de mantos de seda, pois é na simplicidade que a encontramos. Primeiro na simplicidade que vive escondida na consciência de cada um de nós e segundo na simplicidade da própria natureza, que nos ensina boa parte do que devemos saber. Para isso basta a nós observá-la com muita paciência e iremos então perceber que nela nada perde o ritmo e vive em perfeita harmonia. Animais ferozes e mansos dividem o mesmo habitat, o breu e a luz são perfeitamente equilibrados e necessários e no conjunto geral formam uma criação perfeita. 5ª PARTE: O PERIGO NO CONFRONTO COM O MAL Nessa parte Hermes faz seus escolhidos se confrontar com seus maiores temores, pois eles agora iriam conhecer o mal e sofrer as provações e tentações que esse oferece. Esse surge como o desconhecido, como aquilo que negamos por ser mal perante a sociedade e a religião. O ser então fica diante de seu maior desafio até aquele momento. O ser luta durante muito tempo contra o mal, mas sua luta é inútil, pois a cada golpe o mal fica mais forte. Vendo isso Hermes pega uma criança de 5 anos, pura, que ainda desconhece os conceitos do certo e errado e também é livre de preconceitos e coloca essa criança diante do ser do mal. Esse simplesmente desaparece como se nunca tivesse existido. Hermes então explica que a criança não possui nenhum poder extraordinário, apenas é inocente e na sua inocência ela ainda não enxerga os perigos da vida, portanto essa ainda não criou seus próprios medos nem preconceitos. Por isso ela não tem que enfrentar um inimigo que não existe. O homem cresce e vai acumulando informações sobre o erro, o pecado, o castigo e as maldições que vão cair sobre ele se cometer um deslize. Porém nem sempre tudo que afirmam ser errado de fato o é e nem tudo que afirmam ser certo o é de verdade. Por isso o mal que enfrentamos nada mais é que nossos medos e esses medos são o reflexo daquilo que não entendemos, ignoramos e por essa razão tememos enfrentá-los, pois é só isso que diz nossa criação. Nossos preconceitos e nossa ignorância são os maiores causadores de nossos medos e temores internos e é claro que são os únicos capazes de nos levar a um confronto com o mal. Nos ensinamentos de Hermes ele explica que o mal não é aquele que nos fazem, pois o que as pessoas fazem nada mais é que nos lembrar daquilo que tememos. Para que todos entendam com mais clareza o que estou dizendo vou dar-lhes um exemplo simples. Uma mãe cria seu filho dizendo-lhe sempre que é pecado comer carne de porco, pois é um
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Luzes, Emissários de Amor animal que representa o mal (em algumas religiões isso até hoje é fato). Porém esse filho cresce e se torna homem e um dia, numa época de grande privação, o Grande Pai lhe oferece como alimento justamente a carne de porco (Obs.: Cristo disse que o que entra pela boca do homem não é pecado, mas sim o que sai da boca do homem. Além disso, ele também disse que todo alimento é abençoado). O homem então se vê diante de um dilema. Ele acredita que o porco é uma tentação que veio para fazê-lo pecar, porém se ele não comer pode perder o porco para outros que também estão passando pela mesma situação. Essas situações são muito comuns e vivem acontecendo todos os dias. O medo de estar errando perante Deus é tão grande que o ser é capaz de morrer de fome quando na verdade morreu por ignorância. Como todos nós temos muitos medos eu aconselho a todos a se lembrarem sempre dos nossos tempos de infância para vencê-los, pois quando éramos crianças não conhecíamos o certo e o errado, tampouco tínhamos preconceitos sobre alguém ou alguma coisa. Outro detalhe muito importante é que mesmo não conhecendo o certo e o errado as crianças não costumam ter maldades em seus corações e por essa razão, por mais feia que seja a aparência de um ser, se esse não tiver maldade a criança não verá mal algum nele, a menos que alguém a faça ver isso e mesmo assim muitas crianças, quando enxergam o bem, relutam a acreditar no mal que lhe falam. Antes de aceitarmos uma situação como ruim devemos sempre lembrar que a maldade está nos olhos de quem vê e condena e nós não precisamos fazer o mesmo só para sermos aceitos por uma sociedade. Existe ainda um mal maior que os nossos temores internos e esse mal não têm face, cor ou credo, pois eles são as ações de crueldade física e material que alguns seres fazem aos outros e mesmo esse mal não pode ser chamado de condenação, pois é a lei do karma e ninguém escapa dela. Enfim, todos os tipos de mal, seja da carne ou da alma, provém do fato de ignorarmos eles, por medo ou preconceito, quando deveríamos tentar conhecê-los primeiro dentro de nós, lá no lado escuro de nossa alma, nas sombras onde guardamos tudo que tememos. Quero lembrar que muitas árvores crescem no pântano (nas sombras) e o medo é assim, uma árvore que cresce no pântano escuro de nossa alma. Mas as árvores que crescem nos pântanos costumam ter a cura para as mais difíceis doenças e escondem as mais belas flores. É preciso entrar no pântano escuro de nossas almas para conhecer as raras e puras belezas que nela se escondem. E assim descortinamos o véu escuro do desconhecido e descobrimos que nesse habita a luz da consciência. Na época atual as esferas continuam a passar pelo mesmo problema do passado, mas não é só isso. Hoje as pessoas têm muito mais medo do desconhecido do que no passado, pois as experiências vividas não costumam ser das melhores. Além disso, o mundo mudou muito e essa mudança só aumentou o medo das pessoas. Hoje elas criaram mais barreiras, pois vêem medo e perigo em qualquer coisa. O medo de morrer, de ser roubado ou perder alguém se tornou idéia fixa na mente das pessoas, mas aqui vai uma dica para os medrosos. O próprio medo é o imã que atrai o perigo, pois a pessoa que o sente transmite insegurança nos olhos e atos, além de exalar um cheiro que atrai a aura de seres mal intencionados. Por isso quanto mais vocês expuserem o medo mais serão o centro das atenções. O ideal é ter controle de suas emoções. Emane sempre uma energia vermelha em volta do corpo como um campo de força em forma de ovo. Essa energia tem o poder de nos tornar invisíveis aos seres mal intencionados, mas para que isso funcione é preciso acreditar de verdade, tendo um controle absoluto da sua emanação. Mas voltando ao perigo invisível, não só as esferas como várias pessoas têm medo das informações que recebem do mundo espiritual, pois na maioria das vezes essas informações chegam de maneira pavorosa, de maneira que realmente assusta o ser que as vê. Outro medo comum que algumas esferas já passaram no passado e algumas ainda passam hoje é o medo da loucura, afinal são tantas coisas acontecendo e mudando de uma hora pra outra que o ser fica um tanto desnorteado. Além de tudo nem sempre pode contar a alguém o que está acontecendo por temer ser chamado de louco. Aos poucos a ajuda espiritual vai clareando as dúvidas e ensinando-o a lidar
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Lo’ Ramp com esses medos e assim o próprio ser começa a compreender que tudo que acontece com ele é tão natural quanto respirar, mas antes que isso aconteça muitos monstros são enfrentados. 6ª PARTE: O FIM DE UM ESTÁGIO E INÍCIO DE OUTRO Depois de ter conhecido o mal interior e ter descoberto sua verdadeira função o ser acredita ter vencido seu maior inimigo, mas isso não passa de um estágio que acaba de começar. Hermes agora ensina ao ser que tudo que ele passou nada mais foi que o primeiro obstáculo e alerta que os próximos obstáculos serão ainda maiores. Diz também que é melhor que esse não se julgue tão preparado assim, pois aquele que se julga preparado para uma função pode ser surpreendido por um terremoto e aquele que, ao invés de se preparar, respeitar seu oponente com humildade suficiente para reconhecer o seu poder pode até ser agraciado pelo oponente. Explicando melhor digo que o homem que sai para a batalha já com intenções de vencer pode amargar uma dura derrota. Já o homem que encara uma derrota como uma lição geralmente é a parte vitoriosa na batalha. Todo conhecimento só chega com a vivência e compreensão das situações. Em todo o universo eu lhes afirmo que esse é o caminho para alcançar a evolução. O homem que cria um pouco de sabedoria já acha que sabe mais que os outros ou que simplesmente não há mais ninguém para ameaçar o seu poder, mas é uma verdade que esse não sabe manejar o veículo que possui, pois mais tarde ele irá encontrar alguém que passará pelo seu caminho como um inimigo, pois esse outro ser estará destinado a provar que nele ainda existe mais ignorância que sabedoria. O sábio então se sente raivoso, perde o controle e se esquece que nesse momento ele está passando por mais uma prova, mais um teste que só mais tarde ele vai absorver como uma lição, pois nessa vida não existem inimigos. Existem apenas professores, pois o homem que reconhece num inimigo apenas mais uma lição da vida com certeza é um homem que não usa a espada em vão. Além disso, as portas do conhecimento lhe estarão sempre abertas. 7ª PARTE: O COMEÇO DO CONTROLE Nesse curto estágio Hermes ensina que após se defrontar com aquele que sabe mais o homem percebe que há algo que ele ainda não entende e esse costuma encontrar duas maneiras de resolver esse problema. Ou ele se confina em sua ignorância amargurado pela derrota e espera que alguém venha lhe dar a luz que falta ou ele repensa onde foi que errou e termina por descobrir que terá que aprender ainda mais. Dessa forma o homem vai entendendo que a vida é cheia de caminhos que levam à sabedoria e quando um termina logo surge outro. Então ele sempre senta à margem do novo caminho e pensa em tudo que aprendeu nele e observa que se tivesse tomado certas atitudes nos caminhos anteriores talvez não tivesse sofrido tanto, porém no fundo ele sabe que teria que passar por aquelas situações, pois essa seria de fato a única forma dele agora estar relembrando-as e isso possivelmente vai lhe ser muito útil nesse novo caminho onde o homem promete prestar mais atenção e ter mais controle para assim evitar os erros que tantas vezes já repetiu. Nessa etapa o ser humano percebe que ainda tem muito que aprender e que para isso terá que ser mais controlado, pois caso contrário verá tudo se repetir na sua frente. Na verdade o ser aprende que tem que ser mais humilde e aceitar as coisas com menos exigências e aprender a olhar melhor as coisas e situações antes de julgá-las. Agindo dessa maneira o ser passa a controlar suas emoções e sua ignorância, começando a dar espaço à minúsculas gotas de sabedoria.
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Luzes, Emissários de Amor É muito mais fácil aceitar a evolução da maneira como essa se apresenta em nosso destino do que lutarmos contra essa simplesmente por medo de errar mais uma vez. No começo do controle aprendemos que quanto mais controlarmos mais teremos que controlar, pois quanto mais se aprende mais temos que testar o que aprendemos e a única maneira consiste na prática que, como todo princípio, sempre tem erros. 8ª PARTE: O PRINCÍPIO DO CONHECIMENTO Hermes agora ensina que finalmente começamos a engatinhar como bebês, pois é nesse período que eles têm uma boa expansão de seus conhecimentos. Quanto aos seres humanos, começam a perceber que tem defeitos e que esses só existem por serem ignorados e assim vão criando uma consciência de que são iguais aos seres que um dia julgaram. Os primeiros passos da compreensão vêm com o conhecimento de si mesmo, quando vê o quanto é complexo o mundo em que vive. Isso faz com que o ser passe a observar melhor tudo que está ao seu redor e a partir daí ele passa a tirar suas primeiras conclusões sobre a vida. Ele então percebe que o conhecimento verdadeiro é infinito, pois sempre há algo novo a aprender, sempre há dúvidas e nesse começo quase tudo é incerto. O homem aprende que quanto mais ele questiona menos ouve a voz da consciência e mais fica confuso. Ao descobrir que pode ir além o homem começa a questionar qual a sua real finalidade na Terra e assim vão brotando uma imensidão de porquês. Agora o homem está curioso e tem sede de saber. Ele quer respostas, porém as mesmas que já consegue dar às pessoas ao seu redor não lhe servem mais. Ele então fica confuso, pois tem como responder aos outros, mas não sabe como responder a si mesmo e isso o incomoda muito. As esferas atuais passam por esse mesmo conflito e na maioria das vezes sentem-se como um professor que conhece as respostas apenas para os problemas dos outros e sua maior dor é que não encontra ninguém para responder as suas perguntas. Então costumam reclamar: “Por que comigo não funciona o que para outras pessoas é tão simples?” Na verdade elas esquecem que para elas certas coisas não funcionam mais justamente porque não são mais apegadas a todas as coisas ou dogmas como antes, pois não tem mais aquela consciência antiga, mas ainda não sabem lidar com a nova. Porém a cada estágio tudo vai ficando mais claro e o conhecimento também. Vou dar um exemplo verdadeiro de uma esfera atual no momento em que essa deparou com o conhecimento. Vamos chamá-la de “7ª esfera”, que na verdade é o número que ela representa entre as 12. Nossa amiga 7ª esfera nasceu nessa vida rodeada por 3 religiões (ou filosofias). A primeira filosofia se referia à crença de um povo nômade que prega a Lei da Natureza. Um povo cheio de encantos e rituais pagãos, mas nada que envolvesse maldades ou sacrifícios de qualquer espécie viva. A outra crença era mais uma filosofia que credo. Eram costumes indianos voltados para o bem estar do corpo, mente e espírito. Além desses ainda tinha o catolicismo fervoroso por um outro lado. A 7ª esfera cresceu observando como essas três crenças viviam, mas apenas se ateve em observar e de cada uma tirava aquilo que mais achava bonito e que realmente julgava certo. Mais tarde, por causa de seus dons paranormais, terminou por conhecer várias outras religiões em busca daquilo que diziam ser o certo, mas ela não seguiu nenhuma dessas religiões. Ao longo do tempo foi absorvendo muito conhecimento e hoje posso afirmar que fez a escolha certa. Aos vinte anos escolheu uma religião chamada Amor. Na verdade ela costuma dizer: “Já que Deus nem Jesus têm religião e sem a necessidade dessa Eles provaram ao mundo o Amor que tinham e ainda tem por nós qual é a diferença quando o amor que todos carregam dentro do coração é pelo mesmo Deus?” Por isso hoje, quando perguntam sua religião, ela diz: “Eu amo a Deus” ou “Sou filha de Deus, apenas isso”. Essa esfera respeita todas as outras religiões e até ensina
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Lo’ Ramp que algumas pessoas precisam de algo para se apegar. Ela hoje alcançou o que um dia tanto almejou, isto é, amar e aceitar todos os seres humanos exatamente como eles são, sem se importar com raça, cor, credo, posição social, sendo evoluído, pouco inteligente ou até marginal, pois suas palavras perante a sociedade são as seguintes: “Deus ama um marginal tanto quanto um santo, pois ambos são filhos dEle, assim como para uma mãe que tem um filho bom e outro mau ambos tem lugar em seu coração”. Ela fala que hoje aceita com facilidade as deficiências ou ignorância com que é algumas vezes tratada e diz: “Quando um irmão me maltrata verbalmente eu simplesmente ouço o que ele tem a dizer, pois na maioria das vezes as pessoas querem ser compreendidas, porém não conhecem outra forma de expressar essa vontade e quando aprendemos a ouvir antes de sair retrucando tudo percebemos que aquele ser está à beira de um abismo, o mesmo em que um dia nós também estivemos. A calma e a compreensão podem com facilidade trazer esse ser de volta à segurança de um chão firme e esse então se livra não só da ignorância como do pânico que o cega”. Ela afirma que é um ser como qualquer outro e que não tem nada de especial no fato de agir dessa maneira. Apenas afirma que só é atingido pela ignorância dos outros aquele que se permite ser atingido, pois o ignorante, quando atinge seu alvo, manifesta sempre sua ignorância nele, mas quando o alvo não se manifesta, ignorando a ignorância o ignorante automaticamente se sente sem platéia e portanto não consegue dar seu show, pois não há ninguém para aplaudi-lo e assim ele não terá nenhuma satisfação. Quando agimos de maneira contrária o mínimo que conseguimos é um inimigo a mais e como se isso não fosse o bastante causamos graves conseqüências no nosso estágio de evolução, pois uma atitude violenta pode causar um karma a mais para a próxima vida. A paciência e sensatez não fazem de nenhum ser humano um covarde, tampouco o proíbe de ser um bravo guerreiro. A dosagem certa para esse equilíbrio se encontra no grau de consciência de cada ser humano. É melhor salvar duas vidas hoje do que perdê-las ao amanhecer, afinal a calma tanto se dá como se recebe. Dessa maneira duas vidas são preservadas. Já a ignorância contra ignorância condena os dois lados. 9ª PARTE: AS PROVAS DA ABNEGAÇÃO E DO PERDÃO Nesse estágio os escolhidos de Hermes conhecem leis preciosas que nos ensinam a entender e viver melhor as provações terrenas. É nesse estágio que se descobre se os seres realmente estão aptos a seguir o caminho, pois é nesse período que a maior prova de abnegação é dada ao ser. Ele tem que se despir dos seus desejos e sonhos (temporariamente), pois tem que trilhar caminhos na vida onde se verá impossibilitado de prosseguir com seus sonhos. Terá que ajudar outros seres a realizar seus sonhos e um longo tempo da sua vida será assim, porém a maioria dos seres encara isso como um obstáculo no caminho. Para explicar com mais clareza vou dar um exemplo real. Joana tinha 16 anos quando resolveu que iria estudar Medicina, pois era a profissão que mais lhe agradava, mas quando chegou a hora de pagar a faculdade uma grave doença surgiu na sua família. Seu pai teve um câncer e ficou 3 longos anos sofrendo com o tratamento caro e doloroso. Joana não reclamou de não fazer o que realmente queria, mas em meio a tudo isso ela tinha que trabalhar, afinal nesta hora sua família precisava de toda a ajuda possível. Ela então resolveu ser professora e passou a dar aulas para crianças. Nessa época Joana conheceu Clarice, que se tornou sua melhor amiga. Agiam como verdadeiras irmãs. Cinco anos mais tarde, em uma visita a um museu, elas conheceram Fernando, que se tornou o verdadeiro amor de Joana e Clarice. Quando Joana percebeu que Clarice também estava apaixonada por Fernando achou melhor esquecê-lo, afinal ela era sua melhor amiga. O que Joana não sabia é que Fernando escondia um grande amor por ela. Dois anos mais tarde, para não complicar sua amizade com Clarice Joana decidiu mudar de
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Luzes, Emissários de Amor cidade e desapareceu por um tempo. Clarice se casou com Fernando e nem desconfiava do que sua melhor amiga havia feito por ela. Joana se viu numa crise financeira muito grande e teve que arrumar mais um emprego para sobreviver. Passou a dar aula durante o dia e a cuidar de uma senhora idosa algumas horas por noite. Ela ficava na escola das 8 às 16 horas e cuidava da senhora das 18 às 23 horas. Na escola Joana ganhou a confiança e o amor de seus alunos, pois era conhecida por sua dedicação a eles, que eram muito carentes. Ela sempre promovia campanhas para conseguir agasalhos e alimentos para suas crianças, além de cuidar com muito carinho da senhora idosa, que a tinha como uma filha. Aos 30 anos de idade Joana foi atropelada por um carro e ficou em coma por 2 meses. Quando voltou ao normal descobriu que seu emprego de professora havia sido passado para outra pessoa, afinal ninguém sabia se ela ia voltar ou não do coma. Ela ainda estava no hospital quando recebeu esta e outras notícias que iriam ensinar-lhe o valor que suas ações tinham para Deus. Ainda em observação Joana recebeu a visita daquela senhora de quem ela cuidava e esta, como era uma pessoa muito rica, pagou o melhor tratamento para Joana, pois tinha verdadeiro amor por ela. Joana ficou muito comovida de saber que alguém a amava tanto. Para melhorar seus alunos também foram visitá-la. Eram todos muito humildes, mas juntos compraram um lindo buquê de flores que a fez chorar de emoção. Como ela não tinha mais o emprego de professora a senhora propôs a Joana que essa cuidasse dela durante todo o período diurno e mais o normal que ela já fazia à noite. Joana perguntou como ficaria a outra pessoa que cuidava dela de dia. A senhora respondeu que esta já queria sair do emprego e, além disso, ela não gostava de tratar de pessoas idosas. Joana aceitou a proposta da velha senhora, que mais tarde lhe contou que seus dois únicos filhos haviam pegado a parte da herança que lhes cabia e simplesmente a abandonaram. Sozinha e viúva ela de tanta tristeza foi adoecendo e raras eram as pessoas que cuidavam dela sem roubá-la ou maltratá-la e como Joana já estava cuidando dela há 2 anos não havia motivos para não continuar. Dois anos após o acidente que deixou Joana em coma aquela senhora faleceu e para sua surpresa esta deixou tudo que tinha para ela. Numa carta essa senhora relatou à Joana uma lição de vida que essa não sabia que tinha feito. Como Joana gostava muito da senhora não viu mal algum em lhe contar sua vida, seus sonhos, etc. Sabendo de tudo a velha senhora deixou uma carta que deveria ser entregue a Joana somente após a sua morte. Nessa carta esta dizia: “Minha querida Joana. Você foi o anjo que Deus colocou em minha vida para me dar alento e amor nos dias finais de minha existência. Esses anos que passamos juntas você me deu o carinho e a atenção que nenhum filho jamais me deu. Por isso me apeguei tanto a você e como já sabes, para mim sois uma filha e é como uma mãe que lhe digo: você é uma grande médica e não sabe disso, mas eu sou a prova viva que seu sonho já se realizou. Você começou a ser médica quando deixou a faculdade para trabalhar e ajudar sua família numa hora que eles precisavam muito de você. Foi médica quando trancou seu coração para não ferir o de sua melhor amiga, quando ensinou a todas aquelas crianças a lição do amor e da caridade, mas foi em mim que você provou o que realmente sabia. Antes de conhecê-la eu era uma pessoa triste e amargurada, não confiava mais em ninguém, não sabia mais sorrir, os médicos não me davam mais do que alguns meses de vida e você não só me deu anos de vida como me trouxe alegria, amor e confiança de volta. Eu reaprendi a sorrir com suas piadas e todo o seu bom humor perante a vida tão difícil que passou. No dia em que eu soube de seu acidente não pensei duas vezes, pois não podia deixar morrer a única médica que me curou de verdade e, pode ter certeza, você me deu os melhores dias que alguém pode ter, pois eu achava que um dia havia sido feliz, mas toda aquela felicidade não era verdadeira e isso eu só descobri com você. Tudo que estou lhe deixando ainda é pouco por tudo que você me deu, mas eu sei que amor não se paga, por isso peço a Deus que lhe dê a oportunidade de realizar seus sonhos. Seja muito feliz, minha querida e amada filha e muito obrigada por tudo”. Ao ler essa carta Joana se sentiu muito tocada, pois reavaliou todas aquelas palavras que para ela era tão profundas e terminou percebendo que tudo aquilo tinha a sua verdade, pois para ajudar as pessoas e fazê-las felizes não era necessário ser médica, tampouco ir a uma faculdade.
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Lo’ Ramp A partir desse dia Joana pensou no seu passado como uma grande lição de vida onde ela aprendeu que para ganhar é preciso doar e só o Grande Pai é quem escolhe o lado que vai abrir mão primeiro. Joana agora tirava um grande peso de suas costas, pois esse peso representava o perdão que faltava para que ela se sentisse realmente livre. No fundo ela não tinha raiva de ninguém, mas a dor de ter abnegado de seus sonhos ainda era grande. Aquelas palavras, porém, a haviam purificado, lhe dizendo que no fundo tudo valeu à pena, pois ela havia feito alguns seres felizes e para melhorar ela trouxe seus pais para morarem na casa que agora era dela e também seria deles, pois agora estariam livres do aluguel. Aos 33 anos Joana agora só sentia falta de seu grande amor, Fernando, que estava casado com sua melhor amiga e agora tinha uma filhinha de 5 anos. Joana decidiu que ia dar aulas para crianças carentes e abriu uma pequena escolinha num bairro bem humilde e lá ela fazia o que realmente gostava. Mesmo sendo rica ela não quis mais fazer Medicina, pois havia entendido que um sonho pode se realizar dentro de outra realidade. Um dia Joana recebeu um telegrama que a deixou muito abalada. Sua melhor amiga estava internada, entre a vida e a morte, e precisava vê-la urgentemente. Um incêndio, causado por um vazamento de gás, queimou 80% do corpo de Clarice. Joana não queria acreditar no que estava acontecendo. Sua amiga estava quase irreconhecível e os médicos davam dias para ela morrer, pois não havia como recuperar o pulmão. Joana pensou em várias formas de ajudar a amiga, mas os médicos lhe diziam para não ter esperanças, pois a pouca consciência que Clarice tinha não iria durar mais que 12 horas. Joana então foi ao quarto de Clarice para tentar confortá-la e fazê-la lutar, mas quando Clarice viu a amiga pediu que essa a ouvisse, pois tinha muito o que falar. Joana então ficou calada, satisfazendo o desejo da amiga. Clarice pediu à Joana para ouvir com calma, pois era importante demais tudo o que ela tinha para lhe dizer. Clarice pediu à Joana que cuidasse de sua filha, pois a menina ia precisar de uma mãe e não havia melhor pessoa para fazer isso, mas foi o segundo pedido que fez Joana ficar realmente perturbada. Clarice pediu para Joana cuidar de Fernando também, pois esse ia precisar muito dela. Clarice disse assim: “Joana, eu fui muito feliz com meu marido e minha filha. Por isso estou agora dando minha felicidade a você, pois ninguém mais merece esse meu tesouro, só você, minha amiga, e agora é sua vez de ser feliz. Eu sei, eu sinto que você será muito feliz com esse presente que estou lhe dando e também sei que eles serão muito felizes ao seu lado. Eu sei que não me resta mais tempo na Terra e com isso não quero perder a chance de retribuir a felicidade que você me deu no passado. Eu senti que você amava o Fernando tanto quanto eu e mesmo assim foi fiel à nossa amizade. Por isso você mudou de cidade e sofreu o tanto que sei. Se você ainda sente amor por ele não será difícil conquistá-lo”. Com essas palavras a amiga de Joana deu o último suspiro. Joana entrou em desespero, pois tudo que Clarice falou era tão puro e sincero, mas não podia ser dessa maneira, não precisava ser assim. Meses mais tarde Joana combinou com Fernando, que mudou para sua cidade, de cuidar da filha dele enquanto ele trabalhava e ele a pegava à noite. Com esses encontros eles terminaram se aproximando e revelando o amor que sempre sentiram um pelo outro. Um ano mais tarde eles assumiram esse amor e ficaram juntos como um dia Joana havia sonhado. Com o exemplo de Joana deixamos claro que abnegar de alguns sonhos ou coisas em favor do nosso próximo nem sempre é perder ou esquecer o que desejamos, mas apenas deixá-los amadurecer para saboreá-los com a consciência tranqüila de que não passamos por cima de ninguém nem prejudicamos nossa própria evolução. Agora vou dar outro exemplo de abnegação e perdão ainda mais belo e surpreendente que o anterior, pois nessa história alguém foi capaz de sacrificar a própria luz para salvar um outro ser. Dona Antonina era uma mulher muito forte e cheia de alegria. Sabia como ninguém enfrentar as situações mais difíceis da vida, não tinha medo de bandido nem cobra venenosa. Costumava dizer que todo ser vivo que tem um coração no peito só é mal porque todos que querem ajudá-lo só sabem apontar seus defeitos e ela tinha uma maneira muito interessante de explicar isso. Ela dizia que um homem não é um monstro só porque errou a 1ª vez, mas ele vai se tornar um
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Luzes, Emissários de Amor monstro porque ao invés de ajudá-lo e entendê-lo as pessoas vão julgá-lo e condená-lo e o santo homem se torna um bandido cruel. A cobra nasce venenosa, mas ela sabe que não pode gastar esse veneno à toa, pois terá que se recolher para que esse se reponha. Por isso ela só ataca o homem por medo dele e ele medo dela ou por descuido do homem, pois na natureza qualquer animal, por mais feroz que seja, respeita um homem quando encontra em seus olhos coragem sem ameaça. Assim deveria ser entre os homens, pois a coragem sem arrogância ou ameaça não representa perigo para ninguém, apenas respeito, enquanto o medo é traiçoeiro, covarde e brutal. Por isso caça e caçador nunca sabem quem vai atacar primeiro e também não se sabe quem é a caça ou o caçador, pois se um morrer o outro vai se fingir de herói ou fugir. Sua sabedoria era grande o bastante para não julgar nem ter preconceitos de nada nem ninguém. Ela dizia que cada um reage conforme a dor da pedra que lhe foi atirada e até onde sua consciência foi atingida. Agindo dessa maneira dona Antonina nunca teve inimigos declarados, porém tinha um ser que a julgava muito falsa, pois alguém com aquelas atitudes não podia ser uma pessoa verdadeira e essa pessoa iria criar um karma que se prolongaria por 200 anos. Dona Antonina morava na sua roça junto com seu marido e seus dois filhos, Jovy de 16 e Alan de 14 anos, quando um incêndio criminoso provocado à noite tirou a vida dela, do marido e de seu filho Alan. Jovy foi o único que sobreviveu, pois ainda não estava dormindo e conseguiu sair do quarto antes que esse pegasse fogo. Jovy tentou salvar a vida de seu irmão, mas esse morreu sufocado pela fumaça. Várias pessoas tentaram apagar o incêndio, porém como a casa era de madeira ela queimou muito rápido. Jovy tinha queimaduras nos pés e nos braços, pois ao arrastar o corpo do irmão para fora da casa ele teve que enfrentar as chamas, mas essas já estavam muito altas quando ele voltou para salvar os pais e por isso ele não conseguiu salvá-los. No dia seguinte Jovy teve que enterrar seu irmão e com isso sua angústia só fez aumentar. Daquele dia em diante Jovy sofreu muito, pois tinha pesadelos contínuos com o dia do incêndio. Todas as pessoas tentavam ajudá-lo a esquecer aquele sofrimento, mas era muito difícil, pois agora ele estava sozinho e isso era imutável. Várias pessoas chegaram a desconfiar que a morte daquela família não houvesse sido um acidente, mas ninguém tinha como provar as suspeitas e assim os anos se passou. Jovy se casou com Clara e teve 3 filhos, uma menina que tinha agora 5 anos e dois meninos de 7 e 9 anos. Ele vivia sua vida em paz até esse momento quando um velho amigo de sua família, na hora da sua morte, contou a Jovy que sabia quem havia matado toda sua família. O homem estava acamado, muito doente, à espera da morte, porém achava que estaria cometendo um pecado em levar para o túmulo um segredo como aquele e resolveu contar a Jovy que na noite em que sua casa pegou fogo ele viu uma velha saindo de trás da casa dele com uma tocha de fogo na mão e correu para se esconder no meio das árvores onde simplesmente desapareceu. Essa velha era a dona Ruth, que não tinha nenhuma simpatia por sua família. Após revelar isso a Jovy o velho pediu a ele que perdoasse e esquecesse tudo, pois agora ele não precisava mais ter ódio de ninguém. Tinha uma bela família e por amor a esses ele não deveria sujar suas mãos. Jovy ouviu tudo aquilo e seu coração se partiu de tanta tristeza. Ele prometeu ao velho que não iria matar ninguém, mas não escondeu que queria saber o motivo por ela ter cometido aquele crime. O velho pediu a ele para deixar isso de lado, pois ele resolveu contar o que sabia para não morrer com o coração apertado por ter sido covarde por tanto tempo. Em respeito ao velho Jovy esperou ele morrer, o que não demorou nem um mês, mas depois disso resolveu procurar a velha Ruth e em segredo, sem contar nada a ninguém, ele foi ao encontro dela. Ao chegar à casa em que a velha morava ele a chamou. Essa já tinha 75 anos, mas estava muito bem. Ela perguntou a ele o que desejava. Ele disse: “Vim conversar sobre minha família e tudo que aconteceu naquela noite do terrível incêndio, pois acho que chegou a hora da senhora saber o que eu vi naquela noite”. A velha tomada por pânico visível, começou a tremer e não conseguia nem se manter em pé. Ela perguntou: “Por que estás me falando isso? Eu não fiz nada contra sua família”. “Então por que está me respondendo aquilo que eu ainda nem lhe perguntei?” questionou Jovy. “Eu não estou respondendo nada. Aquilo foi um acidente. Não era para ter sido daquele jeito, não era para eles morrerem”.
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Lo’ Ramp “E como a senhora sabe disso?” “Eu não sei de nada. Me deixe em paz”. “Eu vi quando a senhora saiu correndo com aquela tocha na mão” disse ele. “Não, você não viu, você estava dentro de casa, não pode ter me visto” retrucou ela. “A senhora sabe que agora acabou de me confessar que matou minha família?” “Eu não matei ninguém” repetiu a velha. Jovy disse: “Pare de loucura e me diga por quê. Por que quis destruir minha família, que mal lhe fizemos?” A velha Ruth parecia estar louca. Seus olhos eram de um ser atormentado. Ela repetia apenas que não queria ter matado ninguém, que foi um acidente. Jovy saiu da casa dela chorando muito e cheio de raiva por dentro. Ele não se conteve e contou para todas as pessoas que havia descoberto a assassina de sua família. O fato é que muitas pessoas já desconfiavam que havia sido a velha Ruth. Nisso várias pessoas se juntaram e seguiram para a casa da velha, mas ao chegar lá ela havia desaparecido. Nessa mesma noite Jovy viu sua casa pegar fogo mais uma vez. Na madrugada a velha apareceu sem que ninguém percebesse e ateou fogo na casa de Jovy, que mais uma vez foi o único a sobreviver. Ele gritava, enlouquecido com os corpos de seus filhos ao lado de sua esposa. Um dos meninos resistiu por dois dias apenas. Jovy queimou pernas e braços. Eram queimaduras grandes, mas ele parecia nem senti-las. Ficou em estado de choque por 5 dias sem falar nem comer. Não fechava os olhos e às vezes parecia estar louco. Enquanto isso várias pessoas saíram à caça da velha Ruth, mas ninguém a encontrou. Jovy resolveu agir e disse que sabia como fazer ela aparecer. Totalmente tomado pela raiva e pelo ódio ele cometeu um crime ainda mais terrível que a velha louca. Ele atraiu os dois netos da velha Ruth para as árvores e os enforcou, deixando-os pendurados em frente a casa dela. Depois ele perseguiu cada um dos filhos dela, que eram cinco, e em uma única noite ele fez uma verdadeira chacina. Saiu enforcando a todos e suas famílias e deixava todos pendurados para que a velha sofresse ao ver tudo aquilo. Ao amanhecer as pessoas descobriram o que Jovy havia feito e não encontraram outra maneira de pará-lo a não ser matá-lo, pois ele havia enlouquecido e estava ameaçando a vida de qualquer pessoa que se colocasse em seu caminho. Naquele dia mais de 15 corpos foram enterrados. Algumas semanas mais tarde encontraram o corpo da velha Ruth, que havia se matado. Cinco anos se passaram e tudo havia mudado naquela cidade, mas aquela história todos sabiam do começo ao fim, pois ninguém conseguia morar nas casas que haviam sido das famílias da velha Ruth. Todas eram mal-assombradas, pois as pessoas sempre viam um homem louco com uma corda nas mãos tentando enforcar quem tentava morar ali. Durante 50 anos ninguém teve coragem de destruir aquelas casas, pois temiam ser atacadas pela alma louca de Jovy, que tentava enforcar a todos. Além disso, os dois únicos seres que tentaram destruir as velhas casas simplesmente amanheceram mortos com manchas no pescoço, o que dava a entender que eles haviam sido enforcados. No lado espiritual Jovy estava no umbral e quando algum ser tentava tirá-lo de lá ele simplesmente se recusava a receber ajuda. Ele não ouvia mais o que os seres de luz lhe falavam e nesse período vários seres tentaram ajudá-lo, mas ele se negava a ouvir. Nesse meio tempo mudou-se para aquela cidade uma senhora que tinha o dom de falar com os espíritos e o que é melhor, não tinha medo deles, pois sabia lidar com eles. As pessoas a achavam muito estranha, porém dona Lore não se preocupava muito com o que as pessoas pensavam dela, pois estava acostumada a ser confundida com bruxas. Porém isso não durava muito, pois as pessoas terminavam precisando dela e dessa maneira terminavam por descobrir que ela não era uma pessoa má. Não demorou muito para dona Lore saber da maldição que pesava sobre aquela cidade. Ela procurou pesquisar toda a história do princípio ao fim, pois assim ela saberia melhor como lidar com o ser que assombrava aquele local. Ela então começou a entrar em contato com Jovy. Esse se assustou ao saber que tinha alguém que não o temia e aos poucos ele começou a se afastar daquela
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Luzes, Emissários de Amor cidade, pois havia uma energia muito forte em dona Lore e Jovy não sabia como enfrentá-la. Porém o que dona Lore e Jovy não sabiam é que eles eram parentes. Dona Lore era a reencarnação de dona Antonina e por essa razão Jovy não tinha forças para enfrentá-la. Dona Lore livrou a cidade de Jovy, mas não conseguiu tirá-lo do umbral. Cinco anos mais tarde dona Lore faleceu, mas sua missão ela já havia cumprido. Quando chegou ao lar espiritual recebeu a notícia de que havia terminado sua missão, porém ninguém ainda havia tirado Jovy do umbral. Dona Antonina (Lore) pediu para ver como estava a situação de seu filho, pois havia reencarnado como Lore antes dele se tornar um assassino e por isso não sabia o que estava acontecendo com ele e mesmo sem saber ela o ajudou muito. Mas agora ela realmente precisava saber como ele estava. Então foi informada de que a alma que ela havia expulsado daquela cidade onde havia morado pela última vez era seu filho Jovy. Ela então foi rever toda a história da vida de Jovy e viu que num curto prazo de uma encarnação, em que ela ficou distante dele, esse caiu nas trevas do umbral e que ele só foi parar naquele lugar por ter ficado sozinho quando tudo aconteceu. O espírito que cuidava do caso de Jovy disse a ela tudo que eles estavam fazendo para ajudá-lo e como esse reagia perante a ajuda. Dona Antonina, que era um ser muito iluminado, disse que iria descer ao umbral para buscar seu filho, porém por ter acabado de desencarnar ela não tinha permissão para ir lá. Além disso, os guardiões diziam que ela não poderia interferir naquele caso, pois Jovy havia matado muita gente com sua revolta e ainda não tinha consciência alguma disso, pois estava no Vale dos Delírios, pois era uma alma desnorteada, totalmente enlouquecida e por essa razão tinha muita dificuldade em receber ajuda, pois não compreendia nem o bem nem o mal. Dona Antonina não quis esperar e pediu para ficar no umbral com Jovy. Assim ele não se sentiria tão desprezado. O guardião disse: “Nesse caso você está trocando o lar espiritual pelo umbral e isso é um desejo seu. Se de fato é essa sua vontade nós nada poderemos fazer, mas antes temos que adverti-la que se for para o umbral por livre e espontânea vontade vai ver muito sofrimento e poderá se contaminar com toda aquela dor, podendo até mesmo se perder como Jovy e terá que contar com a ajuda dos auxiliares divinos para sair de lá. Dona Antonina disse saber o risco que estava correndo e não tinha a menor dúvida. Já que seu filho não saía de lá ela então ficaria com ele. Outros guardiões tentaram convencer dona Antonina de que deveria desistir daquela idéia, mas ela não desistia. Estava certa do que queria. Nesse instante eles esperavam que o Grande Pai interferisse para mudar aquela situação, mas nenhuma resposta vinha. Chegou a hora do guardião do umbral abrir as portas para dona Antonina entrar sozinha. Nesse instante uma luz muito grande tomou conta do local. Todos os seres que ali estavam se acalmaram com a passagem dela. Ela parecia não ver mais ninguém diante de si. Seguia na direção de Jovy e quando o viu logo o reconheceu. Esse tentou fugir da luz, como sempre fazia, mas dessa vez ele não conseguiu. Ela disse: “Filho, espere”. Ele parou, ela o abraçou e o colocou em seu colo dizendo: “Querido, mamãe está aqui (Jovy estava sujo, desfigurado de tanta raiva e loucura e tinha uma aparência horrível). Meu filho, eu vim para ficar com você. Agora não estarás mais sozinho, nunca mais irás sentir essa dor. “Fique aqui com a mamãe, meu amor”. Nesse instante Jovy a reconheceu e começou a chorar. Sua consciência despertou e ele saiu da loucura dizendo: “Mãe, é você mãe? Eu esperei tanto tempo por esse dia”. Ela falou: “Não precisa esperar mais, meu querido. Agora nunca mais irei te abandonar”. “Mas mãe, você não pode ficar aqui nesse lugar. Aqui é muito ruim para a senhora. Mãe, eu matei pessoas inocentes, sujei tudo que a senhora me ensinou. É por isso que estou aqui, mas a senhora não precisa sofrer por minha causa”, disse ele. “Não se preocupe comigo, meu querido, eu não vou sofrer se você estiver ao meu lado e não irei te julgar, meu filho, pois você mesmo já se feriu tanto. Mamãe veio agora cuidar de você e de sua dor. Apenas fique no meu colo e nunca mais sinta-se só, meu amor”. Jovy debruçou-se no colo de sua mãe e nesse instante mágico um anjo muito alto com asas muito grandes os abraçou e os transportou para o lar espiritual. Os guardiões viram uma grande bola de luz pousar diante deles e quando o anjo foi abrindo as asas viram a mais simples e bela de todas as cenas: um ser nu, todo sujo e cheio de marcas nos braços de outro ser limpo e iluminado, irradiando amor. O anjo entregou uma mensagem aos guardiões do lar espiritual que dizia assim:
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Lo’ Ramp “Quando acontecer uma situação que julguem irremediável, onde homens, almas e espíritos já não sabem mais o que fazer, nunca se desesperem, pois o Grande Pai sabe a hora certa de tudo fazer e sempre irá surpreendê-los com seus olhos que a tudo e a todos vêem. Por isso ajam como essa senhora, acreditem na infinita força do amor e jamais perderão as esperanças. Assim tanto homens como almas e espíritos terão sempre o Grande Pai ao lado, mesmo que o universo pareça estar contra”. Após isso o anjo luminoso partiu. Dona Antonina viu que seu filho começava a acordar e ao redor deles um círculo foi feito. Uma grande energia de amor emanava dos guardiões, restaurou Jovy e lhe deu vestes puras e limpas. Depois disso ele foi para o hospital receber tratamento. Dona Antonina sempre o acompanhou e depois de tudo isso ela foi convidada para ser um auxiliar divino que mais tarde ajudou a tirar muitos seres do umbral. Como vocês puderam observar esses exemplos de abnegação e perdão não são os mais comuns, mas sim os mais raros, daqueles que só se faz em nome do amor. Muitas vezes é preciso abnegar o que nos é mais valioso para termos de fato o que é verdadeiramente precioso, pois só assim aprendemos o que realmente tem valor para nós. 10ª PARTE: A DOR DA SOLIDÃO Depois de ter encontrado a verdade dentro de seu coração Hermes ensina a seus escolhidos como superar a prova de coragem que o coração vai ter que enfrentar. Após muitas batalhas o ser terá que enfrentar mais uma só que essa é interna, a solidão. Quando o ser chegam a esse estágio ele percebe que está dentro de um grande salão com 4 paredes gigantescas. Muitas pessoas estão ali, mas não podem ouvi-lo nem vê-lo. É como se tudo ficasse num enorme breu silencioso. Esse é o estágio do nada, onde todos se sentem perdidos, pois não tem medo, mas sentem algo pior que o medo: a dor do vazio da solidão. Para descrever isso melhor vou dar o depoimento de uma esfera de Hermes que sabe muito bem o que é passar por esse estágio e como foi isso nós vamos descrever agora, mas quero deixar bem claro que vários seres humanos passam por essa situação. Nossa amiga esfera relata que num determinado momento de sua vida as coisas foram perdendo o sentido e a própria vida perdeu a razão de existir. Porém, como já tinha um bom conhecimento da espiritualidade, essa esfera procurou não pensar na morte, mas era muito difícil, pois essa parecia uma idéia obsessiva que a perseguia dia após dia. O fim parecia estar próximo, a tristeza era muito grande e pensamentos confusos vinham constantemente piorar a situação. Ela se perguntava muitas vezes: “Por que cheguei até aqui e não consigo mais prosseguir? Era como se tudo que eu sabia não me ajudasse mais. Tudo estava muito vazio. Uma solidão grandiosa tomava conta do meu ser. Não conseguia mais encontrar conforto em nada, minha vida era chorar. Não me sentia bem. Eu amava os seres humanos, mas não queria mais viver entre eles, pois eram tão estranhos e eu não conseguia mais pensar como eles. Na verdade era eu que estava mudando. Desejei então ensinar o que sabia para ver se alguém passava pela mesma situação que eu, mas foi tudo em vão, pois todos se entusiasmavam no começo e quando surgiam os primeiros obstáculos a grande maioria desistia. Terminei descobrindo que existe um tempo certo para tudo e todos e aquele era o meu tempo de aprender e não de ensinar. Sustentei essa situação por alguns anos e nesse período várias outras mudanças aconteceram e eu passei a compreender que o preço da compreensão é a solidão”. Quando temos “certas qualidades” diferentes dos demais essas nos individualizam e terminam por nos separar da multidão, só que essa separação não é definitiva. Dura o tempo suficiente de aprendermos hoje para depois voltar e ensinar amanhã. Nessa volta para a multidão somos totalmente diferentes do que fomos um dia. Voltamos com humildade, sem desejar ser melhor que ninguém, tampouco desejamos competir. Apenas temos uma consciência diferente agora. Isso tudo nos ensina também a preservar nossa individualidade. Passamos a respeitar mais o
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Luzes, Emissários de Amor nosso próximo e agir com eles como gostaríamos que agissem conosco, pois nos sentimos livres de tantas prisões, dogmas, conceitos e outros obstáculos que nós mesmos criamos. Aprendemos a andar pelo longo caminho sozinhos como peregrinos, mas sempre colhendo e dando gotas de sabedoria por onde passamos. Não precisamos mais seguir a multidão nem deixar que essa nos siga, pois aprendemos a caminhar em busca do caminho e nosso dever é apenas ensinar aos outros a mesma lição, pois cada homem tem seus próprios sentimentos e suas próprias emoções e ninguém pode aprender sentindo no lugar do outro. Quando chegamos a essa conclusão percebemos que a solidão que um dia foi nossa inimiga hoje é necessária, pois no seu silêncio e dor encontramos uma imensa luz que antes não conhecíamos. O peso da morte vai embora e dá lugar a uma grande sabedoria. Encontrar a paz em nós mesmos é o maior desafio, pois a princípio a solidão é um vazio imenso, mas é nesse vazio que surgem as respostas que desejávamos. Aprender é sempre um estágio de renovação constante e para entender isso muitas vezes temos que buscar ajuda na solidão. O sacrifício pode ser muito grande, mas a recompensa com certeza é muito grande. 11ª PARTE: SABEDORIA AINDA INCOMPREENDIDA Nesse estágio Hermes nos ensina que ainda seremos muito ignorados e incompreendidos pelos outros e nem compreenderemos a nós mesmos. Muitas vezes na intenção de ajudar as pessoas terminamos por fazer a coisa errada na hora errada e então nos magoa o fato de ter errado e de ter sido magoado com a incompreensão alheia. As pessoas ainda nos atingem com sua ignorância, pois nós ainda deixamos que isso aconteça. Ainda damos valor às palavras dos seres inconscientes, que nos ferem. Hermes diz que tudo que nos dói é fruto da nossa incompreensão. Ainda estamos longe de entender a nós mesmos, afinal o estágio apenas começou e se ainda não nos entendemos como vamos cobrar isso dos outros? Muitos aprendizes acreditam que o simples fato de compreender e ajudar os outros seres nos torna aptos aos olhos de todos. Hermes então adverte que na Terra quanto mais compreendemos menos somos compreendidos, pois a sabedoria é uma cortina escura que poucos têm coragem de ultrapassar, mas Hermes também ensina que a incompreensão não pode ser uma ofensa para aquele que alcançou a sabedoria, afinal ele antes também não a compreendia. Por que agora ignora esse ensinamento tão visível? A ignorância só deve ferir o próprio ignorante, que no fundo está pedindo por socorro inconscientemente. Hermes afirma que a compreensão da sabedoria é um caminho muito longo, pois o fato de sabermos as coisas não significa que aplicamos isso com consciência. Na vida não há muito tempo para treinar a sabedoria a não ser na própria trajetória da vida e isso já faz parte de um grande aprendizado, pois somente vivendo é que o homem pode adquirir experiência e consciência. Portanto nada melhor do que ter paciência consigo mesmo e com os outros, afinal não sabemos quanto tempo vamos demorar para compreender um estágio. Antes de falarmos que somos sábios temos primeiro que analisar o que realmente sabemos para termos certeza que realmente conhecemos tal sabedoria, afinal a sabedoria está disponível para todos e se encontra em diferentes aprendizados. Portanto sabedoria não é sinônimo de evolução.
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Lo’ Ramp 12ª PARTE: O INFERNO FICA MAIS PRÓXIMO (A LOUCURA) Nesse estágio as coisas ficam mais difíceis, pois a sabedoria começa a pesar e por causa dela alguns caminhos começam a se fechar. Coisas que pareciam tão fáceis de conquistar anteriormente agora não parecem ser mais acessíveis. É como se a vida material se tornasse muito difícil e a espiritual mais fácil. Isso gera uma confusão na mente do ser, que ainda não aprendeu que agora tem que equilibrar os dois lados, caso contrário um pode consumir o outro e os dois precisam existir para que ambos evoluam. Porém nesse estágio é muito difícil saber o que de fato está acontecendo, pois muitas vezes o ser acredita que para alcançar a sabedoria é preciso viver somente para a espiritualidade e dessa maneira termina por complicar sua vida material e até mesmo a espiritual. Quando avançamos rumo à espiritualidade não podemos esquecer que somos seres humanos e que a carne tem um valor tão importante quanto a alma, pois, como já disse, um precisa do outro para avançar nos propósitos divinos. A espiritualidade vem para nos dar consciência de nossos erros e para nos ajudar a corrigilos, mas não para nos tornar seres puros e santos do dia para a noite. Para alcançar isso muitos seres se iludem pensando que tem que abandonar a vida material, pois tudo que há nela é impuro e imperfeito e alguns chegam até mesmo a se trancar dentro de um mosteiro no alto de uma montanha só para manter sua alma e corpo afastados das tentações materiais. Além disso, alguns costumam castigar seus corpos sem necessidade alguma, quando o erro na verdade está na mente e não fora dela. Por isso o que temos que fazer é mudar a forma de pensarmos e para isso é necessário conhecer o bem e o mal, cada um à sua maneira, sem fanatismo, pois as maiores experiências que teremos desses dois territórios encontraremos em cada encarnação que nossa alma vive. O que quero dizer é que devemos sempre ponderar diante do bem e do mal, pois por trás do bem pode se esconder um grande preconceito ou fanatismo e por trás do mal pode se esconder um grande aprendizado. Por isso devemos manter a calma a fim de analisarmos com consciência esses dois professores da vida, pois nesse caso ambos são necessários para alcançarmos a compreensão do que realmente somos. 13ª PARTE: A LUZ QUE RETORNA Nesse estágio os aprendizes de Hermes começam a entender que a espiritualidade já não os separa mais de nada ou de ninguém. Ao contrário, essa até aproxima as pessoas, pois aquele que cria consciência também a ensina aos outros. A espiritualidade também nos faz compreender o que somos hoje e rever o que um dia fomos. Com isso torna mais fácil entender nossos erros e também os erros de nossos irmãos. Então as trevas que embaçam nossa visão vão dando lugar a uma fagulha de luz que aos poucos vai afastando todas as dúvidas. Passamos a exigir um pouco mais de nós mesmos e a aceitar mais os outros como eles são. Toda a angústia e desespero do estágio anterior começam a fazer sentido. Compreendemos que tudo que passamos era porque estávamos nos sentindo fortes demais, seguros de si e como se toda aquela segurança não pudesse mais ser abalada. Na verdade achávamos que já sabíamos o suficiente e exatamente por essa razão fomos levados novamente às trevas. Isso não quer dizer que devemos nos sentir inseguros e fracos, mas que não devemos achar que o aprendizado tenha um fim. Na verdade não devemos ficar expondo se somos sábios ou não. Tudo que devemos fazer é simplesmente seguir nossa intuição e não nossos instintos carnais. Nossa intuição dificilmente vai nos dizer para gritar ao mundo quem somos. Já seguindo nosso instinto carnal basta ele estar um pouco mais afiado para querer logo aparecer para competir e com isso terminamos por cair em contradição, pois aquele que se deixa comandar pela platéia não ouve a própria intuição.
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Luzes, Emissários de Amor A cada minuto a Roda da Fortuna vai se movimentando na vida dos seres humanos e depende apenas da conduta de cada um para se elevar ou precipitar no abismo. Para que todos entendam melhor as partes 12 e 13 vou usar o exemplo claro de um ser que passou por esses estágios. Vou chamar de Maria o personagem dessa nossa história real. Maria estava vivendo um ano muito difícil, porém todos os obstáculos que estava enfrentando não a pegaram de surpresa, pois ao final do ano anterior ela havia sido avisada pelos espíritos que seu próximo ano seria doloroso e cheio de obstáculos. Como já estava acostumada com os avisos espirituais ela aceitou tudo, como sempre, e se preparou para o que iria se suceder. Os espíritos mandaram que ela economizasse dinheiro o bastante para suprir suas necessidades por vários meses. Não que Maria não economizasse, mas desta vez eles iriam lhe dar mais para ela usar somente quando fosse preciso. Quando ela já tinha feito uma reserva razoável as coisas começaram a acontecer e no primeiro mês daquele novo ano a vida de Maria começou a entrar na parte escura da Roda da Fortuna (obs.: Quando falo da Roda da Fortuna não me refiro a ela como um acontecimento ruim apenas, mas quero dizer que para merecer a boa fortuna que essa nos oferece temos que passar pelos testes de merecimento. Esses testes são bastante difíceis e não é qualquer um que consegue suportá-los, porém essa é a maneira correta de receber as dádivas da Roda da Fortuna, pois aquele que primeiro alcança a glória sem tirar o véu de seus mistérios com certeza logo conhecerá os obstáculos espinhosos que essa glória lhe traz). Maria foi avisada que nesse novo ano deveria entrar em sua vida uma grande conquista, só que para isso ela teria que merecer tal conquista. Como essa conquista se referia justamente ao cumprimento de sua missão ela logo sentiu que os obstáculos não seriam poucos nem pequenos. Porém a missão era a coisa mais importante na vida de Maria e essa agora tinha que lutar para não desistir justamente no final, pois essa missão já havia lhe custado tão caro. Por ela Maria já havia passado por tantos obstáculos e tantas dificuldades que já estava acostumada, só que dessa vez o maior dos obstáculos estava ainda por vir e ela teria que suportá-lo para alcançar seu objetivo. Nos primeiros meses do novo ano Maria observou que seus clientes todos se afastaram e seus amigos também, porém não era a primeira vez que isso acontecia. Para piorar Maria teve vários problemas de saúde. No 6º mês suas reservas começaram a minar e seu desespero a aumentar, pois agora as despesas de Maria deveriam ser reduzidas ainda mais. Durante esses meses estranhamente Maria começou a receber um número maior de pessoas doentes, seres que ela atendia gratuitamente. Era como se Deus estivesse dizendo a Maria que ela era muito útil aos seres humanos. Era também uma maneira de dar a ela forças para lutar contra tudo que estava acontecendo. Mesmo assim Maria passou horas de pânico e desespero, pois em um dos seus piores momentos, já não tendo mais reserva alguma e não aparecendo clientes, ela teve um forte desgaste emocional e uma tristeza muito forte tomou conta dela. Tudo parecia ter acabado e nenhum caminho se abria. Maria começou a questionar o que havia feito de errado, porque tudo estava custando tanto a acabar, porque estava doendo tanto. Mais uma vez Maria estava no fundo do poço e sem perceber estava deixando de viver. Maria julgava que não tinha nascido nessa vida para ser feliz, pois sentia falta de algo que não podia ter. Foi então que tudo começou a pesar. Solidão, tristeza, uma forte vontade de ir embora e ninguém para ajudar ou desabafar. Infeliz, Maria começou a clamar desesperadamente por ajuda espiritual, porém tudo que ouvia dos espíritos era para ter mais paciência e calma, pois tudo iria se resolver. Porém as coisas pioraram e Maria, que já havia passado por tantas transformações dolorosas, estava perdendo a briga dessa vez, pois seus principais estados estavam abalados, o emocional, o físico e o material (financeiro). Entretanto havia dentre esses um que se mantinha, o espiritual, pois Maria tentava manter o equilíbrio que ainda lhe restava através de meditações e orações. No lado emocional pesava o fato de estar sozinha, de não ter alguém que a compreendesse. Estava faltando amor. No lado físico sua saúde vivia em altos e baixos, mas ela não dava muita importância à dor e essa terminava por sumir. Já no lado financeiro as coisas estavam piores, pois já não havia mais o que fazer para melhorar a situação.
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Lo’ Ramp Maria chegou a zero, já não tinha mais motivos para continuar vivendo e sem perceber ela foi se abatendo. Sua situação chegou a tal ponto que um espírito teve que chamar a atenção de Maria. Esse a levou até o Vale dos Suicidas e lhe mostrou como seria seu fim se ela continuasse a levar a vida daquela maneira. Agora vocês irão saber exatamente o que Maria passou quando foi levada ao umbral. O espírito que foi incumbido de levar Maria ao umbral era seu irmão e esse, por amar demais a irmã, teve que mostrar a ela a realidade que a esperava caso ela não reagisse. Tudo começou quando Maria alcançou seu estágio mais desesperador. À beira da loucura, ela não percebia que seu corpo estava ficando debilitado e ela não se importava mais com a própria vida. O irmão de Maria, que já estava desencarnado, não viu outra alternativa e chamou sua irmã para uma conversa, dizendo: “Maninha, eu a amo muito e por essa razão não posso deixá-la desistir agora. O que vou fazer com você, pode ter certeza, vai me doer tanto quanto em você, mas eu não tenho escolha. Se você deseja a morte vou lhe mostrar para onde vão os seres conscientes do mundo espiritual como você. Ele levou Maria a uma porta transparente. Do outro lado havia outra porta, mas essa não era transparente. Ele então pediu para Maria olhar bem para as portas. Ela olhou e resolveu ficar na frente daquela que era transparente. Ele então pediu que ela atravessasse aquela porta. Ela atravessou. Ela dizia que parecia estar livre de tudo e todos os problemas. Era uma sensação de alívio, porém quando percebeu a realidade viu-se no meio de milhares de seres que, carregados de angústia e tristeza, emanavam uma vibração muito pesada. Maria começou a sentir muito frio. Seu corpo parecia estar dentro de uma bacia gigante de gelo. Toda aquela tristeza e angústia pareciam consumir todos seus pensamentos. O pânico tomou conta de todo o seu ser e para piorar os seres pareciam vir correndo em sua direção. Eles não tinham rosto definido, mas se tivessem esse seria a tristeza em pessoa. Naquele instante Maria havia perdido todas as forças. Os seres, que olhavam para uma luz muito distante, agora pareciam esquecer dela e se voltavam para Maria. Nesse instante Maria sentiu que realmente estava morta e, o que é pior, não tinha forças para sair daquele lugar. Quando todos os seres começaram a se aproximar seu irmão aparece e a tira de lá. Maria voltou para casa. Seu corpo estava todo gelado e cheio de dores. Sua cabeça girava e aquela lembrança não se apagava. Maria entendeu o que seu amado irmão quis dizer mostrando a ela como seria se ela, um ser consciente, continuasse naquela situação. Maria agora tinha que fazer alguma coisa para mudar aqueles sentimentos de angústia e desespero. Foi quando resolveu fazer a mais simples de todas as orações. Falou com Deus com seu próprio coração, pedindo a Ele para mudar e transformar tudo o que estava sentindo. Maria se apegou a um anjo e pediu a esse que lhe mostrasse se suas orações haviam sido ouvidas por Deus. Na mesma noite Maria teve a confirmação do que havia pedido ao anjo. No outro dia Maria acordou muito diferente. Em seu coração não havia mais dor ou tristeza. Na verdade era como se nele tivesse um grande buraco, mas esse buraco não estava escuro, mas sim cheio de luz. Ela encontrou a paz e a calma que tanto precisava. Seu equilíbrio voltou e por mais difícil que parecessem seus problemas ela agora carregava a certeza de que seriam resolvidos. Era como se Maria tivesse morrido naquela noite e acordado como uma nova pessoa, muito mais forte, que finalmente havia entendido que no fundo a dor que a sufocava para a vida escondia a força que a salvaria. Seus problemas não acabaram, mas agora a diferença era que ela não se deixava sufocar por eles e assim eles foram ficando cada vez mais fáceis de resolver. Após todo esse tumulto Maria conseguiu alcançar seu objetivo. A Roda da Fortuna virou a seu favor e deu a ela o que essa merecia. Para as várias pessoas que procuravam Maria pedindo ajuda ela usou o próprio exemplo para fazê-los lutar e muitas pessoas que acreditaram nela terminaram por fazer o que Maria ensinou e também encontraram a paz que tanto precisavam. Nesse exemplo vemos que um ser tão evoluído (não posso esquecer de deixar claro que Maria era uma esfera e por isso a chamamos de ser evoluído), que já havia passado por situações, acredito, bem piores que essa, se deixou abalar, mas o que realmente fez esse abalo ser tão forte foram os sentimentos, o lado emocional. No fundo Maria ainda não sabia o que fazer com um amor que desconhecia totalmente, pois em seu aprendizado ela aprendeu a crescer e viver só, sem pai
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Luzes, Emissários de Amor nem mãe. Seu irmão também desencarnou cedo, assim como seus avós. Ela então teve que lutar para não se perder nas inúmeras armadilhas da vida. Vou citar algumas delas. Fome, frio, espancamento, acidentes de trânsito, agressão resultando em estado de coma, doenças e vários outros obstáculos naturais que a vida oferece para quem deseja realizar missões tão difíceis. No caso de Maria ela alcançou tal sabedoria na dor e no desespero, mas não precisa ser assim para todos, senão de que vale esse exemplo? 14ª PARTE: SABEDORIA, CONSCIÊNCIA E EVOLUÇÃO. Nesse estágio Hermes ensina as diversas diferenças entre a sabedoria, a consciência e a evolução. Ele afirma que o homem que chega a esse estágio tem então um pouco de cada uma dessas qualidades dentro de si. O homem tem então a consciência que sua sabedoria ainda é muito limitada. Ele precisa aprender muito, porém agora ele sabe onde encontrar seu aprendizado maior. Não é só nos livros que ele enxerga a sabedoria, pois essa agora está nos seus irmãos e naqueles que um dia ele ignorou. É nesse estágio que o homem começa a reconhecer seus próprios erros e defeitos, mas não é só isso. Ele também observa mais suas próprias reações e atitudes, baixa a cabeça diante de toda sua ignorância do passado e passa a tratar os outros com maior compreensão. Assim, bem lentamente, o homem vai descobrindo o que é evolução. Depois de tudo isso o homem vai descobrindo que seus medos atuais já não são mais iguais aos do passado, mas esses medos ainda o incomodam, porém ele sabe que tudo tem sua utilidade e agora só precisa descobrir a utilidade desses medos. Dessa forma ele aprende que não precisa brigar contra nada nem ninguém. No fundo ele tem que transformar as coisas. É nesse estágio que o homem vê tudo com mais passividade. Observando sempre o lado oculto das coisas, pessoas e situações ele encontra sempre o ponto certo para ser tocado. É então que de observado ele se torna observador e para se manter assim ele terá que controlar seus instintos primitivos. Hermes ensinou que por mais sábio que um ser chegue a ser nada o impede de ser um ignorante e na maioria das vezes é justamente o fato de se achar mais sábio que os outros que o torna ignorante e é exatamente isso que todo ser humano deve tomar cuidado para não fazer. A sabedoria, consciência e evolução só se unem quando usamos com consciência a sabedoria que adquirimos na vida. Assim sabedoria e consciência é igual a evolução. É por isso que o simples fato de saber não nos impede de errar. Nesse estágio tem que descobrir dentro de si próprio o verdadeiro significado dessas palavras. Para isso tem apenas que analisar seu coração e assim a verdade surgirá. 15ª PARTE: O TESTE DA COROA DE OURO QUE VIRA ESPINHOS Para explicar melhor esse estágio vou dar uns exemplos de seres que acreditaram já estar imunes a essa situação, pois na verdade muitos seres acreditam que já se desvincularam de todas as coisas materiais e que só porque chegaram a esse estágio não vão mais ser tentados pelos caprichos físicos, carnais e terrenos, mas é aí que mora o grande perigo de errar de novo e desta vez o erro pode ser bem maior e bem mais difícil de corrigir. Vejam pelo exemplo de Caio, um jovem que era muito bom até que sua fama se espalhou, mas antes disso é bom conhecer melhor a história dele. Caio era um jovem que aos 10 anos de idade tinha verdadeira fixação por fenômenos sobrenaturais. Queria saber como as pessoas eram capazes de fazer ectoplasma e de onde aqueles objetos ou coisas surgiam. Mal sabia ele que era capaz de produzir o mesmo fenômeno. Caio lia tudo que surgia a respeito e algumas vezes até tentava conversar com pessoas que tinham esse dom.
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Lo’ Ramp Outra coisa que chamava a atenção dele era a telepatia. Ele gostava e achava o máximo tudo sobre o assunto. Aos 11 anos ele começou a fazer um curso que ensinava como desenvolver a telepatia. Dois anos mais tarde ele já estava usando com muita facilidade os seus dons. Aos 16 anos de idade Caio começou a ter vários problemas espirituais. Não conseguia mais dormir, pois era só ele adormecer que seu corpo ficava muito quente. Alguns segundos mais tarde qualquer objeto que estivesse a seu alcance começava a pegar fogo, mas não era só isso. Às vezes quando ele passava embaixo de uma lâmpada essa acendia sozinha. Outras vezes apagava ou queimava. Caio começou a ficar assustado com tudo que estava acontecendo. Muitos especialistas foram visitar o rapaz só para ver se o fenômeno era natural ou não. Eles falavam muita coisa, mas poucos sabiam como ajudá-lo até que um velho chinês disse a Caio que tudo aquilo era proveniente de sua mente que estava descontrolada e tudo que ele precisava fazer era controlá-la. Já cansado de visitar psicólogos ele aceitou o convite que o velho lhe fez para aprender técnicas de controle mental. O velho explicou a Caio que seus dons estavam descontrolados daquela maneira por dois motivos. O 1º era o fato de sua Kundalini estar despertando. O outro era o fato dele mesmo ter causado tudo isso quando resolveu forçar o desabrochar de seus dons e isso ele fez quando começou a especular e conhecer as coisas com apenas 10 anos. Caio ativou toda sua força Yang e essa desabrochou todos seus conhecimentos místicos de uma única vez. Sendo assim todos os fenômenos ficaram confusos e descontrolados. Então tudo que ele tinha que fazer agora era aprender a controlar e conhecer melhor todos aqueles fenômenos. Caio passou dois anos cultivando seu controle mental, além de ter um aprendizado de como usar tudo que sabia de forma correta. Até então Caio usava seus dons para ajudar as pessoas que precisavam de um conforto espiritual. Seus dons telepáticos ficaram famosos, pois Caio conseguia achar objetos perdidos e até crianças perdidas. Aos 22 anos Caio ficou muito famoso. As pessoas o tratavam como um astro e começaram a dar presentes caros como pagamento pelo seu trabalho. Sem perceber Caio foi se deixando levar por todo o luxo que começava a cercá-lo e ele aceitou a coroa que lhe colocaram na cabeça. Nessa época o velho chinês visitou Caio e o advertiu que ele poderia estar entrando num terreno muito perigoso e para sair dele seria muito doloroso. Caio não achava que estivesse vivendo de maneira errada e ignorou a advertência do velho, porém esse insistiu e lhe deu mais um aviso. “Caio, você vai perder sua liberdade e nem vai perceber. Seus dons vão enfraquecer por você estar sendo tão materialista e um dia, sem que você espere, eles irão te enganar e só quando isso acontecer é que você irá perceber que não é onipotente como as pessoas acreditam, mas aí será tarde demais para você dizer isso a elas e será então, nesse instante, que você será lançado desse seu pedestal ao chão. Logo ficará sozinho e amargurado. Todos irão te esquecer e tudo isso porque você não disse a elas que é um mortal como todos os outros”. Depois que falou isso o velho foi embora e deixou Caio pensando em tudo que ele havia falado. No fundo Caio chegou à conclusão que o velho estava certo, mas não sabia como dizer essa verdade às pessoas e assim foi levando aquela vida mesmo com a consciência pesada. Mas não tardou o dia do seu teste. Uma família muito conceituada procurou Caio para que ele descobrisse onde era o cativeiro da filha deles, que havia sido seqüestrada. O que Caio não sabia é que não se pode achar quem não quer ser achado e a filha seqüestrada havia fugido com o namorado e inventou o seqüestro apenas para despistar sua família até que ela conseguisse sair do país junto com o namorado. Os dons de Caio o enganaram e tudo que ele viu não fazia parte da história daquela família, mas de outra. Caio viu uma jovem que havia sido assassinada na noite anterior. Essa estava jogada em uma cabana abandonada não muito longe da cidade. O rosto da jovem estava todo desfigurado, o que impedia o reconhecimento com precisão, mas os cabelos, a altura e o peso eram muito semelhantes à descrição da outra jovem. A família, atordoada, enterrou aquela jovem acreditando ser a filha que eles procuravam. Um mês mais tarde a verdadeira filha mandou uma carta para os pais e contou tudo que havia feito, mandando uma foto para que esses soubessem que ela estava bem. Indignados, os pais da jovem difamaram Caio pelos jornais e o processaram por danos psicológicos e morais. Isso fez a fama de Caio cair, as pessoas pararam de procurá-lo e só então ele
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Luzes, Emissários de Amor acreditou no que o velho chinês havia lhe dito. Depois disso Caio pediu perdão àquela família e explicou que não era nenhum santo, tampouco um sábio, mas eles haviam tornado sua vida verdadeira novamente. Tudo que ele havia vivido até a interferência deles havia sido uma mentira e ainda disse mais. “Vocês trouxeram minha liberdade de volta e dessa maneira também me trouxeram à consciência de que sou um ser humano e que também cometo erros, mas o meu maior erro não foi o que cometi com vocês. No fundo toda aquela situação só aconteceu para que eu acordasse e graças a vocês eu acordei. Obrigado por terem me mostrado que eu não era o que diziam de mim, pois no fundo acho que por comodidade, falta de experiência e ilusão de ser um herói que eu aceitei o rótulo que me deram”. “Eu sei que errei ao fazer isso, mas esse não foi o meu único erro. O maior deles eu cometi quando não avisei às pessoas que eu também tinha falhas, assim como elas. Foi quando eu deixei que elas pensassem que eu era o ser infalível que estava ali para auxiliá-las sempre, sem jamais cometer um único erro. Eu hoje estou aqui para pedir perdão e agradecer por tudo.” Comovidos com a sinceridade de Caio os pais da jovem o perdoaram e aceitaram seu pedido de perdão. Depois disso Caio se mudou para uma cidade pequena e bem longe daquela em que morava até então. Passou a viver em uma casa simples e atendia as pessoas pedindo em troca de seus serviços apenas alimentos e roupas, dos quais ele tirava um pouco para seu próprio uso e o restante ele doava para pessoas carentes. Toda a fortuna que tinha ele dividiu entre várias obras assistenciais e deixou um pouco para sua própria sobrevivência futura, mas essa lição foi suficiente para ele entender o preço caro que a fama usada de maneira errada tem na vida de um ser humano. Caio se casou com uma mulher tão especial quanto ele. Tiveram apenas um único filho e viveram uma vida normal como qualquer outro ser humano. Agora vou dar o exemplo de Kim, jovem bonita de 14 anos. Fenômenos estranhos aconteciam com ela. Seu cobertor flutuava, sua cama mudava de lugar, ela desenhava fatos que ainda iam acontecer. A princípio Kim era muito calada e não gostava de falar sobre aquelas coisas com ninguém. Somente seus pais e irmãos sabiam o que acontecia com ela, porém não demorou muito para outras pessoas descobrirem, pois por onde ela passava objetos caíam no chão. As pessoas passaram a achar que Kim tinha parte com algum ser maligno ou que era uma bruxa. Nessa época alguns parapsicólogos começaram a pesquisar o que acontecia com Kim. Como ela não fazia nenhum desenho consciente (só desenhava quando ficava sonâmbula), pois não sabia desenhar nem reconhecia como sendo dela aqueles desenhos, um dos parapsicólogos chegou à conclusão que era algum espírito que queria falar através dela e resolveu fazer um teste. Hipnotizou Kim deixando-a em estado sonambólico. Deu a ela um papel e lápis e pediu para escrever seu nome e sua história. O ser escreveu tudo que o parapsicólogo pediu. Disse se chamar Bruna e que tinha a missão de advertir as pessoas através de Kim. O parapsicólogo concluiu que Kim era o que chamam de médium inconsciente, porém ela tinha que ter mais controle sobre Bruna. Para isso elas tinham que entrar em um acordo. As duas precisavam se orientar para uma não interferir na vida da outra. Alguns meses de orientação e Bruna e Kim já haviam entendido as regras da convivência entre alma e ser humano. Com 15 anos de idade Kim já era procurada por muitas pessoas que desejavam evitar os perigos da vida, além de buscarem alívio para suas aflições. Bruna, a alma que ajudava Kim, permitiu a ela que tivesse um pouco de conforto deixando-a receber por algumas consultas que dava. Aos poucos Kim começou a gostar daquela vida boa que seus dons estavam lhe oferecendo e começou a aceitar com facilidade o que as pessoas lhe davam. Foi quando Bruna percebeu que não podia mais ficar com Kim, pois ela estava começando a abusar dos dons para obter vantagens pessoais. Sem avisar Bruna se afastou de Kim e uma outra alma entrou no seu lugar. Essa outra alma começou a fazer Kim brincar com os sentimentos das pessoas. Ela ficou orgulhosa e passou a exigir um valor muito alto pelas consultas. Com isso várias pessoas se afastaram e pararam de procurá-la, pois a moça humilde que foi um dia já não existia mais. Era agora um ser orgulhoso e arrogante. Com 18 anos Kim perdeu tudo que havia ganhado, pois suas contas eram bem maiores que suas necessidades. Ela entrou em depressão por um ano sem entender o que havia feito para
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Lo’ Ramp estar passando por aquilo. Foi quando resolveu que nunca mais trabalharia com espíritos, sendo um ser normal como qualquer outro, mas sua mãe, que era um ser muito calmo e passivo, resolveu ter uma conversa com a filha. Mesmo sabendo que Kim não gostava de ouvir sobre seus erros ela resolveu tentar mais uma vez dizer a Kim o que de fato havia dado errado. Procurou Kim para conversar e não foi bem recebida, pois Kim foi logo falando: “Não adianta tentar me dizer o que fiz de errado, pois já estou cansada de ouvir isso”. Desta vez sua mãe não se calou como costumava fazer e disse: “Será que você não percebe que está ofendendo antes mesmo de ser ofendida? Será que você é tão cega que não vê que foi essa sua atitude arrogante e prepotente que a deixou assim? Você se destruiu sozinha, Kim. Sua ambição e falta de experiência colocaram você num altar muito alto, porém muito frágil e o que você não suporta é o fato desse altar não existir mais. Só que você se esquece que foi você mesma que o derrubou, pois aquele que cria também destrói. Tudo que você não quer aceitar é que o erro de fato foi só seu e, o que é pior, você se esquece que aquele que admite as falhas se alivia da culpa que carrega, pois aceitar os defeitos é muito mais louvável que aceitar apenas as virtudes. Quando deixamos transparecer nossos defeitos falamos a verdade a nós mesmos e aos outros também. Já aquele que os omite mostrando apenas suas qualidades mente para si e para os outros também, portanto não pode cobrar de ninguém a verdade que não soube compartilhar”. “Eu sou sua mãe, mas estou cansada de seu mau-humor, Kim, pois você era um ser privilegiado por Deus e jogou tudo fora por orgulho bobo e com isso acusa as pessoas por erros que são apenas seus, mas não vou mais repetir palavras para te fazer entender que no fundo você é mais um ser humano como eu ou qualquer outro. De hoje em diante é você que tem que enxergar isso sozinha e não serei eu que devo lhe mostrar como se faz”. Falando isso a mãe de Kim saiu e a deixou sozinha em seu quarto. Kim achou as palavras de sua mãe muito duras, porém tudo era verdade. Mas por que ela sofria tanto para enxergar essa verdade? Por que ela não havia entendido tudo aquilo antes? Por que só agora as coisas estavam se encaixando? Kim repensou tudo que havia passado na vida até aquele instante e com calma percebeu muitos erros que de fato havia cometido. Kim chorou muito ao perceber que sua mãe estava apenas tentando lhe mostrar a solução para aquela situação. Ela viu que por mais dura que fosse a verdade essa de fato nos libertava da dor. Depois de muito analisar sua própria vida Kim resolveu que tinha que pedir desculpas a muitas pessoas e começou pela sua própria mãe. Depois ela pediu perdão a Bruna e prometeu se policiar para não cometer o mesmo erro de novo. Alguns meses mais tarde Kim voltou a trabalhar com a ajuda de Bruna, só que dessa vez mudou completamente sua maneira de viver. Passou a trabalhar com pessoas carentes que não tinham como pagar pelo seu trabalho e ganhava somente por alguns trabalhos que fazia para outras pessoas, que podiam pagar, e preferia viver somente com o necessário, deixando todo tipo de luxo de lado. Sua consciência ficou mais tranqüila e, é claro, ela viveu mais feliz dessa forma. 16ª PARTE: O ENCONTRO COM O GRANDE PAI E SEU AMOR Como ficou bem claro na parte anterior as pessoas que se deixam levar por um rótulo ou simplesmente aceitam a coroa de ouro que a fama lhes coloca na cabeça terminam por perder tudo que essa ilusoricamente lhes deu. Enfim, quem deseja a coroa de ouro se esquece que a de espinhos não tarda a chegar. Para aqueles que superam esses estágios sem pular nenhum obstáculo e conseguem entendê-los logo compreendem que todos somos muito semelhantes enquanto trilhamos os caminhos que levam à sabedoria. Quando chegamos nesse estágio percebemos o valor real daquela frase que Cristo usou como mandamento: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. A compreensão nos invade como um grande punhal que não fere, mas pelo contrário nos lembra sempre o quanto fomos ignorantes em exigir dos outros sentimentos ou perfeição, coisas de que
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Luzes, Emissários de Amor nem mesmo nós sabíamos o significado. Percebemos que para viver entre os demais seres humanos temos que aceitá-los exatamente como são, pois tanto para nós como para eles será mais fácil a compreensão. Ambos precisam de paciência para chegar ao objetivo desejado. Hermes ensina que o homem que vê seus irmãos como irmãos dá o primeiro passo em direção ao encontro com o Grande Pai e se o homem entende tudo que lhe foi ensinado compreende o amor do Grande Pai pela humanidade. Na verdade esse estágio é curto, porém aquele que o alcança conquista a segurança, pois é nesse caminho que moram os mistérios que antes não ousávamos descortinar. Em nossa ignorância acreditávamos mais em um Deus que castiga ou maltrata seus filhos. Por isso tínhamos que temê-lo e respeitá-lo, caso contrário Ele nos castigaria. Não podíamos nem questioná-lo, tampouco infringir leis que na verdade nem foi Ele que criou, porém as várias encarnações vão nos colocando obstáculos que vão nos mostrando que é necessário deixar de temer leis, pois essas já não fazem tanto sentido assim e então começamos a questionar o que antes não tínhamos coragem e as respostas vão surgindo perante nossos obstáculos e assim nossa ignorância vai dando lugar à sabedoria. Quando chegamos nesse estágio tudo se torna mais fácil de entender, pois na verdade criamos uma consciência de que tudo que passamos não tem culpados a não ser nossos próprios defeitos ou erros e dessa maneira olhamos para o Grande Pai como um pai que de fato não tem necessidade alguma de ferir seus filhos, pois a ignorância desses já lhes é castigo mais que suficiente. Porém Ele sabe que essa é a forma correta de evolução e um dia seus filhos irão entender isso e por ter essa certeza Ele espera pacientemente essa hora chegar. Quando isso acontecer o filho vê que valeu a pena cada aprendizado que passou, vê que por maior que fosse o obstáculo o Pai jamais o abandonou. Percebe que o Grande Pai jamais deixou de amá-lo e que no fundo ele também não consegue mais deixá-Lo e nesse instante sublime o homem pede perdão a Deus e sente dentro de si todo o seu amor. O homem já não se condena nem tampouco condena suas feridas, pois agora ele as respeita por terem sido seu maior professor. O homem não deseja mais apagar o passado. Esse é o testemunho de quem ele é hoje. Assim o homem aprende a amar toda dor que a vida lhe causou, pois se assim não fosse ele não saberia o quanto é bom o alívio depois da dor, a paz depois do desespero e o amor após a angústia. A partir desse instante o homem passa a olhar a humanidade como Deus gostaria que ele olhasse, sem preconceitos ou discriminação. Esse observa que de fato o maior obstáculo do ser humano é ignorar e desrespeitar aquilo que não conhece, seja por medo ou ignorância, maldade ou despeito, a classificação é uma só. Os homens não respeitam, mas exigem ser respeitados. Como podemos pedir aquilo que não sabemos dar? Essa é a frase que faz a grande diferença para aqueles que pensam antes de julgar. Reconhecer o Grande Pai é como um grande despertar de um sono muito longo onde podíamos enxergar a verdade, porém agora que saímos desse sono com certeza temos tanto a aprender que nunca mais iremos desejar esse tipo de sono, mas também não iremos ignorá-lo. 17ª PARTE: JÁ NÃO É PRECISO PEDIR (A SINTONIA) Para os escolhidos de Hermes essa é a parte mais bela do aprendizado, pois agora eles entendem do que o verdadeiro amor é capaz e porque é tão natural, sem exigências ou cobranças. Hermes agora fala de amor, o grande amor, o mais belo, puro e único. Para falar desse amor antes de tudo é preciso senti-lo. Somente assim poderemos compreendê-lo e, com tranqüilidade, explicá-lo. Nas explicações de Hermes ele enfatiza que esse amor só se alcança depois de longas jornadas, pois é preciso conhecer todas as armadilhas e obstáculos da vida para reconhecer esse amor. É necessário caminhar pelos vales mais escuros e beber o venenoso fel do ódio. É preciso ter
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Lo’ Ramp caminhado ao lado do mais terrível mal e ter cometido crimes que abalam a própria alma para depois rastejar nas lamas mais profundas e negras do próprio ser. É preciso ter paixões e desejos, sofrer da loucura dos amores físicos e materiais e só depois de tudo isso purgar todo o veneno mundano das ilusões terrenas. Na verdade o homem tem que deixar de ser homem, virar o mais mísero e desprezível verme, sair da lama, crescer de novo, transformar-se em homem mais uma vez para ser digno de ser alma e só então estará apto a conhecer esse amor. Mas não se assustem com tudo que tem que passar por esse amor, pois na verdade tudo isso nós recebemos de presente das nossas inúmeras reencarnações, pois somente através delas que passamos por todas essas transformações. O homem não precisa virar uma lagarta para ser um verme, pois o verme muitas vezes causa menos prejuízo ao homem do que o homem ao seu próprio semelhante. Por isso não precisa ser verme para agir como tal. Porém tudo isso é inevitável, pois se para a borboleta é uma necessidade para o homem também o é. A lagarta dorme para acordar em uma vida curta mas livre, com belas asas. Quanto ao homem que dorme na ignorância, acorda de seu sono para uma longa vida no lado eterno de sua alma, pois a partir dessa transformação ele percebe o quanto é livre e eterna sua evolução e a maior compensação o homem alcança quando sente esse amor tão forte e tão puro dentro de si. O homem agora está livre de tudo aquilo que o prendia. Ele agora se sente parte integrante do universo. É como se de repente tudo se encaixasse e todas as perguntas proibidas já não tivessem mais mistérios. Ele agora se sente imenso por dentro, porém sabe também reconhecer sua humilde forma humana. Quando esse amor bate às portas do coração do homem ele alcança o maior de todos os aprendizados, pois agora ele descobre que não há mais necessidade de pedir coisas ao Grande Pai. Uma sintonia se faz entre o homem e o Pai, pois esse amor lhe traz a certeza de que ele faz parte de Deus e Deus agora também vive no homem e como esse conhece tão bem o homem sabe exatamente tudo que esse precisa sem necessidade alguma de ser lembrado disso. Essa consciência também invade o homem, que agora carrega a certeza de que tudo que o Pai deseja dele resume-se no amor que ele leva no seu coração. Então o homem descobre que antes de pedir qualquer coisa a Deus ele irá entregar a esse todo seu amor em forma de gratidão. Como a mãe que sente a dor do filho sem que esse fale nela Deus sabe o que o homem precisa sem que esse peça. Quando o homem alcança esse estágio entra em sintonia com Deus e com seus irmãos. Agora nada mais o aborrece, pois das piores coisas da vida ele já provou, mas aprendeu a não reclamar de nada. Tudo no fundo só teve a intenção de ajudá-lo e se ele não enxergava isso antes agora pode ver com muita clareza. Apesar de toda essa sintonia o homem ainda não terminou sua caminhada. Agora ele sabe que ainda tem muito que aprender e para isso ele vai ter de enfrentar obstáculos superiores ao seu próprio conhecimento. Um desses obstáculos é o medo de recair novamente no que um dia foi. O homem agora tem que aprender a lidar com isso tudo que já sabe com muito cuidado, pois na Terra existem pessoas aptas a entender e aprender e outros que desejam esse conhecimento, mas ainda não chegou a hora certa para isso. 18ª PARTE: O BEM E O MAL JÁ NÃO EXISTEM Vendo que agora alcançou um nível bom de compreensão o ser humano começa a perceber os dois lados de seu crescimento como um só, mas antes disso ele descobre dentro de si o que ainda precisa transformar. Na verdade são os restos de tudo que ele já temeu os pequenos vírus que ainda não foram totalmente eliminados em seu ser, as pequenas coisas que ainda são muito difíceis de esquecer. Mesmo tendo consciência de que bem e mal são necessários para a evolução o ser humano precisa lidar com aquilo que ainda o incomoda. Nesse estágio então o homem procura em seu silêncio uma resposta que o ajude a transformar ou compreender o porquê daquelas amarras não se
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Luzes, Emissários de Amor soltarem. O homem então percebe que estava errando novamente agindo dessa maneira, pois na verdade ele agora tem que contar com o tempo para isso e não adianta tentar eliminar tudo de uma única vez. Cada coisa a seu tempo e o tempo é o melhor amigo daquele que deseja aprender. Analisando melhor as coisas o homem percebe que bem ou mal já não existem. O que existe agora são ações e como essas são aplicadas. Não existe caminho certo ou errado. O que existe são caminhos que mesmo tortuosos dão lições de sabedoria, mas só percebe isso aquele que vê na dificuldade uma brecha de luz. Assim o homem entende que bem ou mal são estágios de aprendizado que o levarão ao verdadeiro bem (o amor do Um) e esse amor, como já explicamos, não pode ser alcançado sem o conhecimento desses dois lados da vida. Muitas vezes aquilo que entendemos por bem pode ferir alguém, pois as inúmeras faces do bem agradam a uns e a outros não, justamente porque o que achamos ser bom para nós agrada ao nosso nível de compreensão, mas todos somos tão diferentes e interpretamos as coisas de acordo com a compreensão que nos cabe. Portanto só com as experiências vividas durante as diversas encarnações é que teremos nossas certezas. Por tudo isso antes de julgar as coisas devemos primeiro silenciar nossas emoções para entendermos a causa e a razão de tudo que acontece nas nossas vidas, afinal a consciência do homem que chegou a esse estágio já não lhe dá mais o direito de julgar. Apenas orientar é o que ele sabe fazer agora. 19ª PARTE: O BELO VOLTA E TUDO VIRA CERTEZA O ser já não enxerga mais as ilusões terrenas como uma dor ou obstáculo, pois agora suas certezas não são visíveis aos olhos dos outros, mas vivem dentro dele. O homem não tem mais reclamações, pois compreende que elas não têm fundamento algum para a compreensão que ele tem agora. Hermes ensina que agora o homem enxerga beleza onde antes não a via. Na verdade o homem aprende a olhar a vida de uma maneira muito mais suave, pois agora ele enxerga aquilo que ele quer ver. Nesse estágio o homem descobre que perdeu muito tempo na vida ignorando como era simples tudo que muitas vezes ele mesmo transformou em obstáculo. Hermes ensina a seus escolhidos que todos os seres têm o direito de ser felizes e quando chegamos nesse estágio alcançamos essa tal felicidade. Tudo que o ser abnegou na vida em prol dos seus irmãos agora lhe é retribuído e ele compreende que não perdeu a chance de ser feliz e que no fundo não sacrificou o amor, apenas deixou para encontrá-lo na hora certa. Nesse estágio tudo aquilo que foi abandonado em nome do aprendizado é reavaliado, pois agora a sabedoria lhe permite olhar para essas coisas com muito mais atenção, sem ansiedade, e dessa maneira enxerga o motivo pelo qual desejava tais coisas e se de fato essas eram importantes para sua vida. 20ª PARTE: OLHAR O MUNDO COMO O GRANDE PAI OLHA Com muito mais maturidade e sabedoria o que realmente lhe pesa é como a sabedoria lhe custou a solidão. Essa é a primeira coisa a ser notada, porém agora essa só poderá continuar se for de sua vontade. O homem agora sabe que tem o direito de ser feliz e que pode buscar essa felicidade sem nenhum peso de consciência, pois agora o homem tem uma certeza muito grande dentro de si. O amor virá para ele e não será mais uma ilusão como as paixões que viveu. Esse amor será verdadeiro, tão real quanto sua própria solidão, que companheira foi para sua evolução, mas que agora deverá ir embora para dar lugar a alguém. E aquele amor que o homem tanto sonhou pra sua vida irá desabrochar a qualquer momento e aí ele irá se sentir recompensado por tudo que passou e
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Lo’ Ramp perceber que seu prêmio de fato é muito precioso. Ele então percebe que valeu a pena ter esperado tanto tempo para ser feliz e nesse instante o homem chora e deixa suas lágrimas caírem. Ele finalmente está apto a ver o mundo com os olhos do amor. Finalmente ele pode se enamorar por alguém que é a sua cara metade. Finalmente ele terá encontrado o que faltava para completar seu estágio. Ao longo do ensinamento que Hermes deu a seus escolhidos muitos deles se sentiram tão tristes e solitários que nem sabiam mais como era a sensação de amar alguém. Hermes disse a seus aprendizes que eles não foram proibidos de serem felizes, porém essa foi a escolha que a maioria fez, pois com base nos ensinamentos do amor muitos tiveram medo de se iludir com as armadilhas do amor e por essa razão resolveram passar todo o aprendizado sem encontrar o grande amor. Uma das esferas de Hermes passou 2.000 anos sem reencontrar sua alma gêmea. Fez essa escolha justamente para eliminar todos os karmas que havia criado com outras almas. Foi uma escolha muito dolorosa, pois o ser que passou por tantas encarnações apenas pagando karmas tinha que ser muito consciente para não ficar insensível diante da vida e para substituir a alma gêmea desse ser foram lhe enviado várias almas afins (irmãs), que de uma forma muito carinhosa aliviavam a ausência da alma gêmea. Dois mil anos sem abraçar a própria alma gêmea, sem sentir seu cheiro, o sabor de seu beijo ou a ternura de um toque é mais que uma escolha. É no fundo uma prova de amor, pois o ser que fez isso justifica que dois mil anos não seria tempo suficiente para fazê-lo esquecer um amor que já havia ultrapassado os limites do tempo. Além disso, o reencontro para a eternidade justificaria qualquer sacrifício. Outras esferas se espelharam no mesmo exemplo e também fizeram a mesma escolha e no momento presente algumas ainda não encontraram suas almas gêmeas. As outras, que já as encontraram, ainda nem se uniram a elas, mas posso afirmar que será luminosa a vida desses seres quando estiverem realmente completas, unidas a suas almas gêmeas. 21ª PARTE: A BATALHA FINAL Na verdade as vidas das esferas são muito difíceis e até o amor de uma alma gêmea se torna um teste de sabedoria para esses seres que foram treinados para evitar cometer os mesmos erros das antigas esferas. Em poucos momentos o aprendizado de Hermes falou de dons paranormais ou de poderes conquistados através de magia. Na verdade Hermes deu esse ensinamento para as esferas justamente para que elas, ao passar de suas encarnações, fossem treinando seus dons naturais e assim na última encarnação esses dons estariam equilibrados e os seres estariam mais conscientes e aptos a usá-los sem errar tanto. Hermes mostrou às esferas o caminho mais difícil para se desenvolver os dons, porém a mais correta. Foi dando experiências às esferas e fazendo-as passar por todos os tipos de situações que ele as qualificou para receber o cargo das últimas esferas da 1ª etapa, cargo esse de muita responsabilidade, pois teriam que agir com muita consciência, afinal essas também estão na última encarnação e viver a última encarnação e ser esfera não é algo muito fácil de aceitar para uma vida. Quando chegar o momento em que todas as esferas descobrirem de fato o que representam para o planeta enfrentarão sua última batalha, que é justamente não deixar que o fato de serem seres escolhidos mude o rumo de suas missões e, além disso, devem de todas as formas evitar serem reconhecidas pelas pessoas, pois uma esfera jamais deve afirmar isso perante uma multidão, pois na Terra já existem tantas confusões que esse fato só seria mais uma. Por isso se uma esfera for reconhecida deverá negar o fato de ser esfera. Isso vai dar mais segurança não só para a própria esfera como para as outras também. O mais importante é que cada uma faça sua parte sem ficar contando glórias, mantendo a humildade, o controle e o equilíbrio de seus atos e ações, mas uma batalha ainda maior que aguarda as esferas é a dificuldade que os seres humanos terão em acreditar nelas quando elas tiverem que colocar em prática tudo que aprenderam, pois terão que fazer isso sem mostrar fenômenos
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Luzes, Emissários de Amor paranormais. Na maioria das vezes deverão usar apenas as palavras e toda a sua sabedoria. Terão que provar que se elevaram acima da ignorância, pois irão suportá-la muitas vezes. 22ª PARTE: A SOLIDÃO ACABA E TUDO RECOMEÇA NUM NOVO ESTÁGIO E PLANO Novamente irão se lembrar do longo tempo de solidão e incompreensão que passaram no passado e isso irá se repetir quando estiverem nesse estágio. Na verdade muitos obstáculos serão de fato muito semelhantes ao que elas já passaram e isso será como um teste para as esferas. Elas terão que enfrentar muita dor e sofrimento e, além disso, ainda deverão dar alento àqueles que as criticam. Após tudo isso, como todas as esferas, elas irão partir e num novo estágio e num novo plano deverão recomeçar num novo caminho a busca pela evolução. Sei que parecem meio vagos alguns ensinamentos que Hermes deu às esferas, justamente por não ter nenhum efeito especial ou dons mirabolantes, mas se observaram com bastante atenção e calma Hermes puxou do íntimo das esferas seus conhecimentos naturais, os mais puros e originais. Tudo que ele quis ensinar a elas foi como usar e entender o maior poder que todo ser humano tem poder esse superior a qualquer talismã mágico, mais forte que qualquer coração. No fundo Hermes transformou as esferas, trazendo-as de dentro para fora de si mesmas. Mostrou a elas que tudo que são e tudo que desejam se resume no amor, mas não aquele amor cheio de paixões e vícios que todos conhecem, mas aquele amor único que vem do Pai para os filhos, o amor real que tudo entende, tudo constrói, tudo perdoa e tudo sabe fazer. O amor sem mistérios, mas que poucos podem entender. Podem ter certeza que esse aprendizado foi mais difícil do que aquele dado às outras esferas, pois afirmar que todo o poder de um ser humano consiste apenas em seus sentimentos é muito mais difícil de ensinar que lhes mostrar o caminho mais curto através da sabedoria dos fenômenos. As pessoas acreditam apenas naquilo que vêem, porém nos ensinamentos de Hermes aprendemos que o fato de não enxergarmos uma coisa não significa que essa não exista, afinal o Grande Pai é fonte maior e suprema de toda a evolução e consciência. É o Magnus Absoluto e nossos olhos carnais não podem dar a esse uma aparência, mas dentro de nós, em nossos corações, é inegável sua existência. COM QUANTO TEMPO DE ANTECEDÊNCIA UMA ESFERA É AVISADA DE SUA MISSÃO Agora vamos falar de quanto tempo antes de assumir o cargo uma esfera é avisada de sua missão. Na verdade após o treinamento que Hermes deu às esferas passou algum tempo até elas assinarem o Livro Sagrado dos Escolhidos, pois as últimas 12 esferas tinham que esperar um ser muito sagrado vir à Terra para novamente liberar o Greemüer. Vocês se lembram que Hermes ensinou dois grupos de esferas? O 1º grupo veio à Terra para ser parte muito importante da nossa história. Esse 1º grupo de esferas esteve ao lado de Cristo quando Ele andou pela Terra e carregaram a missão de espalhar os ensinamentos do Mestre pela Terra. Já o 2º grupo de esferas só teve acesso ao Greemüer 150 anos depois da morte de Cristo. Todos se lembram que Cristo andou por muitos países quando esteve na Terra (ver o livro O Amanhecer da Humanidade). Na verdade Ele não estava só buscando mais aprendizado, mas também estava observando os seres que iriam substituir suas 12 esferas e estava também marcandoas para um novo encontro no futuro. Todos os escolhidos eram bebês quando Ele as visitou. Um
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Lo’ Ramp desses era Lucas, que virou apóstolo de Cristo sem ao menos conhecê-lo. 150 anos após a morte do mestre Jesus Ele reuniu suas 12 novas esferas em um único país. Era importante que os doze nascessem no mesmo país justamente para que juntas assinassem o livro. Isso aconteceu na França em Montségur (Languedoc). Nessa época o cristianismo já estava se espalhando por vários cantos da Terra e, por incrível que pareça, já estava sendo distorcido. Em Montségur se reuniu uma grande multidão de seres que eram reconhecidos como aqueles que ainda guardavam os ensinamentos originais do Cristo. Esses seres não concordavam com as distorções que alguns seres estavam impondo ao povo, porém como eram apenas os primeiros passos do cristianismo ainda não se registravam brigas ou mortes, pois era um número muito pequeno de cristãos. Foi nessa época que os 12 escolhidos terminaram por se encontrar, pois tinham o mesmo problema, que era fugir dos seus opositores. Em meio a essa fuga se esconderam numa caverna que misteriosamente dava saída para o Montségur (a montanha segura) e por incrível que pareça chegaram a uma galeria que ficava embaixo do castelo e não dentro dele. Ao chegar nessa galeria os escolhidos se depararam com um velho ancião que sempre usava um capuz, como se não quisesse mostrar o rosto. Este velho disse a eles que se quisessem viver ali tinham que salvar mais alguns irmãos que também estavam fugindo. Passado algum tempo o local já estava cheio de pessoas. O velho então disse que a hora de saber a verdade havia chegado e tirou o capuz da cabeça. Ao fazer isso o local se iluminou com uma luz tão grande e forte que as pessoas que estavam ali pareciam cegadas pelo brilho. Do alto apareceu uma luz verde com pequenos raios dourados e prateados. Um ser muito belo, com formas angelicais, surgiu ao lado de Cristo e trazia nas mãos um livro e um pergaminho. O pergaminho ele entregou a Cristo e continuou com o livro fechado nas mãos. Cristo desenrolou o pergaminho e anunciou doze nomes, pedindo a esses seres que se apresentassem. Seis homens e seis mulheres se apresentaram. Eram todos muito diferentes uns dos outros. Havia adolescentes de 13 e 15 anos, loiros e morenos, alguns de famílias ricas e outros de famílias muito pobres, mas todos pareciam ter a mesma pureza, pois tinham uma forma muito semelhante de pensar. Cristo então chamou esses seres e lhes disse: “Vocês já me conhecem, pois já estiveram comigo quando andei pela Terra. Hoje vim porque tive a certeza de que continuaram a ter o mesmo coração que tinham naquela época e porque o nome de vocês ainda não consta no Livro Sagrado. Esse livro contém o nome de todos os escolhidos de meu Pai desde o princípio da Terra até o fim, porém os últimos escolhidos da 1ª etapa do grande julgamento ainda estava em branco, pois o Grande Pai desejou que eu escolhesse esses seres, pois aqueles que eu escolhi como apóstolos não poderão ocupar esse cargo. Quando chegar a época eles terão outra missão a cumprir junto a mim. Eu não sabia que ia assumir a liderança da Terra quando desci a ela, mas meu Pai, que tudo sabe e tudo vê, já sabia disso e antes de mim mandou um ser muito cheio de luz e sabedoria ensinar 24 escolhidos. Os primeiros 12 eram meus apóstolos e os outros 12 eram vocês. Ao descer à Terra eu fui marcá-los com meu amor, mas vocês eram muito pequenos para se lembrar disso e, é claro, não podiam se lembrar disso naquela época. De hoje a dois mil anos eu irei precisar dos meus 12 apóstolos para me auxiliarem numa nova transformação da Terra. Por essa razão eu escolhi vocês para cumprir a missão que eles fariam se viessem à Terra. Vocês podem não saber nem tampouco sentir, mas foram preparados para essa missão que irei revelar agora a vocês. Nesses últimos dois mil anos que se aproximam muitas vezes vocês irão morrer em meu nome. Irão defender a verdade daquilo que ensinei quando andei pela Terra. Muitas vezes serão crucificados como eu fui, não serão compreendidos, mas quando chegarem na última encarnação de vocês a missão será ainda mais difícil, pois vocês terão que acordar as pessoas para as mudanças que irão ocorrer. Na verdade terão que despertar a humanidade para a Verdade, sobre a necessidade de evoluir que cada ser humano tem, para a verdade do Grande Pai e seu universo. Vocês irão enfrentar o despeito e a loucura dos obcecados, serão ofendidos e humilhados, encontrarão em seus caminhos obstáculos que ainda nem imaginam. Sentirão dor, tristeza e solidão, mas em suas piores horas eu estarei lá para lembrá-los que não estão sós. Tudo que vierem a passar estará de acordo com o grau de aprendizado que já tiveram e que ainda irão receber no decorrer do tempo. Vocês agora serão os 12 novos responsáveis pelo despertar da humanidade na época da primeira grande transformação, mas
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Luzes, Emissários de Amor vocês não estarão sozinhos. Cada um de vocês terá 144 auxiliares, que irão passar pelas vidas e encarnações até que se agrupem e somente no final, quando estiverem vivendo a última encarnação, é que se reencontrarão. Entretanto os primeiros auxiliares de vocês já estão aqui juntos formando essa pequena multidão, pois a missão de vocês começa ainda nessa vida. Vocês terão que preservar a verdade daquilo que eu ensinei e para isso terão que ensinar outros seres. Depois dessa vida vocês não irão se lembrar de que são escolhidos, pois os meus apóstolos ainda estarão cumprindo essa tarefa até o dia em que essa visita complete 2.000 anos. Depois disso vocês assumirão o cargo e se lembrarão do aprendizado que tiveram para isso, além de se lembrarem também desse dia e da escolha que fizeram”. “Agora cada um de vocês deverá assinar seu primeiro nome, aquele nome que tiveram quando desceram à Terra pela 1ª vez e voltarão a tê-lo quando estiverem vivendo a última encarnação. Vocês agora irão ler esse nome no Livro Sagrado e deverão assinar ao lado”. Nesse instante o ser angelical abriu o livro e uma luz prateada saiu de dentro dele. Doze luzes coloridas em forma de pequenas esferas foram em direção aos escolhidos e pararam em frente a cada um deles. Dentro dessa luz brilhava um número que ia de 1 a 12 e assim as esferas formaram uma fila em ordem crescente. O primeiro ser correspondia à esfera nº 1, o segundo à esfera nº 2 e assim por diante. O primeiro ser se aproximou do livro que, aberto nas mãos do anjo, parecia ainda mais belo e brilhante. Cristo deu ao ser uma pequena vareta de cristal azulado e disse a ele: “Se concordas com tudo que eu disse assine teu nome ao lado do nº 1”. O ser pegou a pequena vareta de cristal e foi em direção ao livro, o nº 1 brilhante pulsando como uma estrela. Ao lado do número estava escrito o primeiro nome do ser e esse assinou o mesmo que já estava gravado ali. Depois de assinar o ser devolveu a pequena vareta de cristal e a esfera que brilhava ao lado do ser entrou em seu corpo pelo coração. Cristo então dizia: “Tu agora sois o representante oficial da tribo nº 1 e serás chamado.... (nome).... , a primeira esfera”. Dessa maneira ele procedeu com as demais esferas. Quando todos terminaram de assinar o livro se fechou e Cristo disse: “A partir de hoje as 12 esferas da transformação estão registradas no Greemüer e a partir de vocês a Terra conhecerá as últimas esferas que ficarão no planeta após a transformação, mas agora todos vocês tem uma missão e para cumpri-la devem escolher 12 pessoas entre essa pequena multidão e partir com elas para longe. Outras terras devem alcançar e começar a semear”. Logo as esferas se agruparam com aqueles que mais tinham afinidade. Depois disso Cristo disse: “Eu vou deixar nessa parede uma esfera luminosa que voltará a chamá-los em 800 anos e vocês irão novamente se encontrar aqui onde receberão as últimas instruções da missão final. Eu não estarei aqui como estou agora, mas vocês irão me sentir e ouvir como estão ouvindo agora. Alguns de vocês e seus escolhidos deverão sofrer uma mutação e irão se revezar durante esses 800 anos para proteger esse lugar que será chamado ‘O Local dos Escolhidos’. Essas mutações durarão um período curto de tempo em suas vidas, pois logo outro grupo virá e o anterior sairá e assim um grupo vai dando lugar a outro, consecutivamente. Depois que todos receberem a mensagem a esfera irá subir a mim e não haverá mais necessidade que alguém a proteja. Agora cada um segue seu destino dando início ao longo caminho que os espera. Eu volto a falar com as 12 esferas em 800 anos e todos nós nos veremos em 2.000 anos, onde os estarei esperando para aliviar as dores que encontrarão na última encarnação e os receberei depois do cumprimento da missão”. Falando isso Cristo e o ser angelical partiram. Como raios coloridos atravessaram as rochas e sumiram. Somente a esfera brilhante ficou na parede. Agora cada grupo tinha que decidir para onde ir e como fazer isso. Como havia sido combinado as esferas e seus grupos saíram pela Europa e outros continentes a espalhar o ensinamento, cumprindo suas missões, mas um grupo ficou para proteger a ‘esfera da comunicação’ e como Cristo havia falado, o grupo que ficasse para proteger o local sofreria uma mutação e foi isso que aconteceu. De uma hora para a outra pessoas começaram a ver animais selvagens rodeando aquele local. Animais que jamais haviam aparecido ali agora surgiam constantemente. Alguns diziam que eram lobos, outros falavam que eram raposas ou cachorros selvagens. A verdade é que não eram só esses tipos de animais que as pessoas viam, pois apareciam também águias e falcões.
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Lo’ Ramp Na verdade era isso que as pessoas viam quando se deparavam com um protetor do local, mas esse protetor não percebia que sua aparência havia mudado. Só com o passar de alguns anos é que esses se deram conta que essa era a mutação de que Cristo havia falado, mas eles próprios não a percebiam. Somente aqueles que os viam notavam a mutação. Portanto a mutação era como uma mágica que só atingia os olhos de quem ousava se aproximar do lugar sagrado. Após 800 anos as esferas já haviam esquecido, no decorrer de suas encarnações, que haviam sido escolhidas para serem esferas, pois no período em que tinham que proteger o local somente o grupo que estivesse ali tinha consciência disso. Já os outros que haviam passado por lá como protetores já havia se esquecido. Esse esquecimento durou o prazo de até dois mil anos e hoje as esferas já sabem quem são e o que precisam fazer, porém algumas podem até ter dúvidas sobre isso e conseqüentemente ter receio de fazer o que devem. O JURAMENTO DAS ESFERAS Agora que vocês já sabem como as esferas foram escolhidas não podemos deixar de lembrar que esses seres também fizeram um juramento, só que isso não aconteceu exatamente na Terra. Os seres que fizeram esse juramento fizeram-no quando receberam o treinamento de Hermes. No final desse aprendizado todos foram levados a um grande salão subterrâneo dentro da pirâmide. De lá Hermes abriu um portal sagrado para outra dimensão pedindo a todos que o acompanhassem. Ao atravessar o portal todos perceberam que estavam encima de um grande círculo todo prateado ao redor. Era tudo circular e bem no centro havia um púlpito sagrado com uma linda estrela flamejante emitindo raios coloridos. Todos os escolhidos tinham que ir até o púlpito e tocar na estrela e assim fazer o juramento de usar aqueles conhecimentos para ajudar seus irmãos na hora da transformação. Além disso, também prometeram aceitar com dignidade e humildade todos os obstáculos que a partir daquele dia iriam surgir no destino deles. Na verdade o juramento era bem longo, mas resumia apenas a promessa de cumprir a missão assim que fosse determinado e aceitar os encargos que essa traria. Feito o juramento os seres recebiam um raio brilhante sobre o 3º olho. Era como se esse estivesse ali armazenando informações úteis para serem usadas mais tarde. Logo que o ser tirava a mão da estrela sentia seu corpo leve como uma pena e depois caía em sono profundo. Ao acordarem todos já estavam no grande salão da pirâmide e imaginavam ter sonhado com tudo aquilo, porém Hermes advertiu que nada daquilo fora um simples sonho, mas uma realidade que somente na hora certa todos relembrariam. Na verdade vários seres foram a essa dimensão e viram esse púlpito e passaram por esse juramento. O próprio Hermes foi um deles, só que ele passou lá antes de encarnar na Terra. Foi nessa época que de fato foi definido quem seriam as esferas da transformação. Para que todos entendam melhor como uma esfera é escolhida vamos dar maiores explicações agora. Como vocês já perceberam, 3 mil anos antes de cumprir a missão ou assumir o cargo de esfera os seres passam por todo o treinamento necessário, mas antes mesmo de chegar a esse treinamento os seres passam por uma avaliação espiritual e sem saber disso eles mesmo vão fazendo suas escolhas de enfrentar ou não tal situação. Geralmente os seres escolhidos para serem esferas já foram auxiliares de outra. Basicamente 60% da humanidade já foi um auxiliar. Os outros 40% já foram auxiliares de esferas negras (logo iremos explicar o que isso significa). Como uma nova esfera é escolhida dos 144 essa de alguma forma, mesmo inconsciente, já está um tanto familiarizada com a missão. Entre os auxiliares a nova esfera tem que se destacar não exatamente para a humanidade, mas para a espiritualidade, pois a avaliação é baseada naquilo que o ser aprendeu de bom enquanto foi um auxiliar. É avaliada a coragem, a determinação, a capacidade de liderança e tolerância, a humildade e o mais importante, o coração, os sentimentos desse ser. Depois de escolhido o ser ainda tem de 3 a 4 mil anos para ser testado, ou seja, para colocar em prática tudo que aprendeu, só que para que ele faça isso com mais liberdade ele tem que
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Luzes, Emissários de Amor esquecer que é uma esfera em preparação e nesse período de inconsciência de usa tarefa futura ele passa por algumas vida mais difíceis que os outros, justamente para treinar a capacidade que tem de suportar as dificuldades. Mas não são só as esferas que passam por esse sofrimento todo. Inúmeras pessoas designadas para serem auxiliares também passam por várias dificuldades, obviamente que não com tanto rigor como as esferas, porém com uma certa dose de sacrifício, pois os 144 auxiliares estão sempre mudando. Para que todos entendam melhor digamos que dos 144 auxiliares de uma esfera 20 não queiram mais auxiliar ou simplesmente tem um outro karma para resolver e não podem mais continuar aquela missão. Outros seres com a mesma capacidade irão assumir o lugar daquelas que saíram. O mais importante é que na hora da transformação os 144 auxiliares consigam cumprir sua tarefa. Quero deixar bem claro que durante as inúmeras reencarnações os escolhidos para ser esfera vão descobrindo seus auxiliares e estes só reencarnam praticamente no mesmo país na última encarnação do ser que será esfera daquela época, não sendo difícil encontrar um auxiliar em outro país. Às vezes alguns seres tão gabaritados quanto esses os substituem até que esses resolvam aparecer. Sei que é um tanto confusa essa história das esferas, mas acredito que já deu para todos entenderem o básico de tudo isso. Vamos agora explicar porque a evolução das esferas atuais teve que ser tão diferente das esferas antigas. As esferas atuais não iriam ter aprendizados mágicos como ocorreu com Moisés, Salomão e outras esferas. Por essa e outras razões tinham que aprender como alcançar toda essa magia em suas diversas encarnações. Na verdade tinham que aprender como alcançar a verdadeira magia. Isso fica claro por causa dos inúmeros prejuízos que a magia trouxe para as outras esferas. Por um lado a magia as ajudou, por outro ela as prejudicou, pois a magia foi dada a elas para que cumprissem a sua missão, porém elas, ainda que cheias de boas intenções, não tinham a evolução necessária para usá-la sabiamente, pois na época em que viviam as leis eram outras. Não havia a tolerância que existe hoje. Mesmo com tantos cuidados e tanta preparação as esferas atuais irão encontrar muitas dificuldades para ouvir e ser ouvidas. Terão que passar por muitos obstáculos para darem conta do que tem a realizar nesse planeta. Em muitos momentos de suas vidas vão ter que se apegar muito à fé e a Deus para não desistirem de tudo. As esferas podem passar por tudo isso, porém a maior prova de que realmente aceitaram a missão é quando essas passam a ter consciência de que essa missão pode custar a própria vida. Isso parece meio duro e frio, mas até os antigos profetas e esferas sabiam que logo que alcançassem o limite de seu objetivo provavelmente não viveriam para ver a continuação. Sem querer chocar a ninguém vou revelar o que uma esfera atual escolheu por missão. Uma das 12 esferas vai sacrificar sua vida para que as demais recebam aquilo que falta para darem partida em suas próprias missões. Devo lembrar que essa esfera será a primeira a partir, justamente porque escolheu a missão de dar consciência às outras. Todas as esferas atuais sabem que tem algo muito especial a fazer pela humanidade e até já fazem algum tipo de trabalho relacionado ao bem estar do próximo, mas para avançarem esse trabalho elas estão esperando um sinal e esse sinal está nas mãos da esfera nº 7. Quando essa fizer o que tem que ser feito vai desencadear uma reação confusa em milhares de pessoas, porém isso será perfeitamente compreendido pelas outras esferas e pelos 144 auxiliares de cada uma delas e por outros milhares de seres humanos. Na verdade o que essa esfera vai fazer vai agradar a alguns e desagradar a outros e justamente por desagradar a certos seres essa esfera terá seu fim anunciado. Sei que isso parece cruel, mas posso lhes afirmar que as esferas estão preparadas para cumprir essa tarefa. Agora vamos falar das esferas negras. Esses seres são mais conhecidos como ‘senhores do caos’ e não tem nenhuma semelhança com as esferas de luz. Mas vamos deixar bem claro que esses seres não são monstros ou carrascos da Terra, pois na verdade eles também estão apenas cumprindo uma missão.
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Lo’ Ramp Os ‘senhores do caos’ são guardiões das catástrofes mundiais. Eles são os responsáveis pelas grandes mudanças climáticas e atmosféricas do planeta. São chamados de esferas negras por uma deturpação de alguns seres que ainda não sabem que os maiores causadores do mal são os próprios seres humanos. Mas voltando aos ‘senhores do caos’ esses vão usar a própria humanidade para provocar a grande transformação. Aí está a grande diferença, pois os seres humanos que servirão de bisturi nessa hora já sabem que terão que pagar por isso mais tarde. Explicando melhor porque esses seres são escolhidos pelos ‘senhores do caos’ todos irão entender com mais facilidade. Na verdade os ‘senhores do caos’ já sabem quem irão influenciar para ajudar a fazer a transformação. Eles irão pegar aqueles seres que irão embora logo depois da transformação. São aqueles que deverão partir desacordados, como já expliquei em livros anteriores. São seres que passaram todo esse tempo na Terra e usaram toda a sabedoria que alcançaram para o mal. Esses seres irão partir e terão que recomeçar tudo de novo em um novo planeta, onde tudo recomeçará do zero. Sei que é meio difícil não olhar isso ou esses seres como maus, porém em toda época de transformação de um planeta tem que haver uma parte boa e outra ruim. No caminho da evolução, como já expliquei a vocês, um lado não pode existir sem o outro, pois para que o bem seja reconhecido como luz é necessário ver seu brilho e esse só pode ser visto se surgir perante a escuridão. Isso é como ver a Terra sem a luz do sol e isso acontece todos os dias quando anoitece. O sol é a luz que vence a escuridão da noite e a tudo ilumina. Por isso temos que avaliar bem aquilo que chamamos de mal, pois sem esse dito ‘mal’ não existirá vida no planeta por muito tempo. É aquilo que chamamos de Lei da Natureza. Alguns serão sacrificados para que outros possam sobreviver e na verdade para que a Terra resista até a época da sua última transformação, onde deverá ser atingido o seu estágio maior de evolução no estado visível. Acho que deu para explicar qual é a missão dos ‘senhores do caos’. Na verdade aquela briga fantasiosa entre os cavalheiros do bem e do mal que todo mundo imagina não passa de uma briga entre a consciência e a inconsciência. Os seres humanos estão tão acostumados a ver em suas vidas brigas entre as trevas e a luz que nem imaginam que essas lutas querem apenas ensinar-lhes o caminho da evolução e quanto mais se nega o caminho da dualidade menos a entendemos. Tudo isso não significa que devemos aceitar tudo de boca calada e com resignação, mas aceitar as coisas como elas são para melhor entendê-las e assim tirar nossa própria conclusão. Isso quer dizer que devemos aceitar primeiro, depois entender e mais tarde concluir, pois o simples fato de um ser entender não significa que ele tenha que conviver com tal coisa, pessoa ou situação. É como compreender porque um ser se transformou em um assassino, mas não ser como ele. Nessa transformação vai ter muitos seres que irão contribuir para o caos terreno e muitos outros que irão contribuir na orientação dos seres humanos e tudo será feito de maneira correta. Cada parte cumprirá a sua missão e nada poderá impedi-los de realizá-los. O mais importante em tudo isso é que as pessoas tenham consciência de que tudo acontecerá como realmente tem que acontecer e isso é fato inevitável já registrado no destino da Terra e de toda a humanidade. A PARTIDA DAS ESFERAS Vamos contar agora como acontecerá a partida de algumas esferas. A esfera que fizer a anunciação vai ser a primeira a partir, mas sua partida só se realizará quando essa tiver certeza de que realmente conseguiu despertar as outras esferas para a hora da missão. Já as outras esferas só irão partir quando ajudarem a humanidade a se preparar para a transformação e isso vai acontecer de acordo com o tempo que essas levarem para fazer isso. Algumas esferas só partirão no meio da transformação. Outras partirão um pouco antes do caos geral. Até mesmo a 1ª esfera a partir só deve desencarnar quando a transformação já tiver começado.
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Luzes, Emissários de Amor Isso quer dizer que as pessoas não precisam se preocupar, pois os seres que irão orientá-las não irão deixá-las perdidas sem saber o que fazer. Além disso, os inúmeros auxiliares também vão dar continuidade à missão das esferas. Quero fazê-los entender que algumas das esferas já não tem saúde suficiente para suportar tanta coisa que irá acontecer, pois já passaram por uma vida cheia de problemas e dificuldades, obstáculos inúmeros e várias outras provações. É por essa razão que alguns desses seres serão preservados e desencarnarão antes da transformação geral. Porém a morte das esferas vai ser como uma marca dessa transformação. Para alguns seres serão mortes muito cruéis e sem motivos. Isso vem apenas reforçar o que vai acontecer no planeta. Sei que tudo isso é muito assustador para alguns seres humanos e até mesmo parece fantasioso, mas posso afirmar que isso não é uma ilusão e muito viverão para ver, mas também não é o fim do mundo como muitos pensam. Depois que essas esferas partirem serão escolhidas as novas esferas, que deverão ser alguns daqueles que mesmo sendo da 2ª etapa absorveram muito bem o conhecimento que foi deixado na Terra pelas outras esferas e por outros seres sábios. Essas novas esferas deverão passar pelas mesmas formas de aprendizado que as anteriores. Na verdade muita coisa deverá ser praticamente igual, mas uma coisa já podemos adiantar. Será treinado um grupo de 24 pessoas e essas serão as últimas esferas da Terra. Provavelmente esses seres deverão atuar em dois períodos diferentes e quando chegar a etapa final deverão atuar juntos. Ainda não podemos dizer como será exatamente, apenas podemos afirmar que deverá ser assim, pois o registro desse futuro distante ainda é provisório. Agora vamos dizer como descobrir uma esfera. Em primeiro lugar uma esfera jamais irá admitir que é uma. Em segundo lugar sua missão tem muita semelhança com a missão de obreiros do bem que estão espalhados pela Terra. Outra coisa que torna mais difícil a identificação é o fato da esfera não expor seus dons a ninguém, pois tem controle absoluto de seus atos e do que deve ou não fazer. As esferas costumam ser pessoas bastante humildes, porém um pouco difíceis de compreender. No geral não tem vícios nem adoração por coisas materiais. Adoram o silêncio e não suportam barulho alto por muito tempo, seja esse de qualquer espécie. Se alimentam muito pouco e de maneira bem natural. Não tem apego ou egoísmo, já estão livres dos ciúmes e de sentimentos de auto-piedade. Tem uma saúde frágil, mas não tem reclamações disso. Pouquíssimos são os seres que as vêem chorar de dor ou sabem de seu sofrimento. Costumam ser arrimo de família e trabalham mais para os outros que para si mesmos. Já tem uma grande compreensão das dores humanas e não costumam julgar ou condenar ninguém e compreendem até mesmo quando são julgadas e apesar de tudo isso são seres de reações imprevisíveis, pois sempre tem uma maneira diferente de ver os problemas das pessoas, mesmo que esses sejam iguais, pois tem uma grande facilidade de perceber o que se passa por dentro de um ser humano. Não encontram dificuldades em mudar o mau humor das pessoas e até mesmo aliviá-los da depressão, mas uma das maiores qualidades desses seres é a grande confiança e certeza que tem e conseguem transmitir aos outros. Tem total confiança no que querem e no que fazem, de modo que são capazes de realizar até mesmo aquilo que não existe, pois carregam o dom de fazer coisas acontecerem, por mais difícil que pareça. Entretanto há algo que praticamente ninguém sabe sobre esses seres. Eles carregam uma tristeza e solidão muito grande dentro de si, pois apesar de tanta compreensão eles sofrem com a dor e a tristeza que encobrem a Terra. Apesar de tão comum a vida das esferas tem suas particularidades e são essas que podem denunciar uma esfera. Dentre essas particularidades citamos uma que ainda não é muito comum para os seres humanos. As esferas têm um olhar hipnótico e sóbrio, com uma capacidade grandiosa de persuasão. Já não expõe medo, apenas uma enorme tranqüilidade. A maneira de falar com as pessoas é sempre muito suave. Na maioria das vezes começam a falar como se estivessem fora do mundo. Suas palavras muitas vezes transportam as pessoas para outra realidade e mesmo ouvindo
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Lo’ Ramp aquilo que não querem as pessoas terminam por voltar a procurá-las. É como se as esferas soubessem falar a verdade que as pessoas temem. Elas sabem tocar as pessoas por dentro de uma maneira muito especial. Outra coisa muito importante é que as esferas afirmam que qualquer pessoa pode ser como elas a até mesmo fazer o que elas fazem, basta desejar. As esferas não desejam ser exclusivas, muito pelo contrário. Até ensinam as pessoas a alcançarem uma compreensão maior de suas vidas. As esferas não gostam de ser reconhecidas como mestres de ninguém nem querem ter seguidores, pois sabem o preço caro desse cargo. Na verdade tudo que tentam ensinar aos seres humanos é que esses devem aprender a se defender dos seus obstáculos sozinhos, mas se possível bem orientado. Na verdade é muito difícil para um ser humano reconhecer uma esfera, pois elas são confundidas com um grande número de pessoas que são muito semelhantes a elas e como essas não se revelam a ninguém fica muito difícil descobri-las em meio a tantos seres iguais. O mais importante é saber que esses seres existem e vão ajudar quando realmente for necessário. As pessoas não devem ficar procurando uma maneira de identificar esses seres, pois é uma perda de tempo. Caso venham a ter a certeza de ter encontrado uma delas ainda assim não poderão provar nada a ninguém e talvez até se decepcionem, pois verão um ser tão simples e humilde que será difícil acreditar que ele tenha sido escolhido para uma missão tão grandiosa. Porém se observarem atentamente irão perceber que é justamente naquele jeito simples que se esconde uma grande sabedoria, que não pode se mostrar antes do tempo certo. OS ÚLTIMOS KARMAS DAS ESFERAS E O ABANDONO DAS NECESSIDADES FÍSICAS Como não poderia faltar nesse livro vamos relatar os últimos karmas das esferas e contar como chegaram ao estágio de abandono das necessidades físicas. Vamos contar como foram as vidas de algumas esferas atuais desde a época que assinaram o compromisso de ser uma esfera. Para começar vamos chamar as esferas por ordem numérica e nome fictício. Começaremos pela esfera nº 1. Essa esfera é hoje um homem e basicamente já sabe o que tem a fazer quando chegar a hora, mas vamos começar a contar sua vida lá no passado, quando ele nem imaginava ser o que viria a ser hoje. Nossa 1ª esfera teve sua memória terrena apagada uma encarnação depois que fez o juramento, mas sua vida jamais seria a mesma depois de tudo que aprendeu e viveu na vida anterior. Nesse período todas as esferas tinham muitos karmas a pagar e ainda iriam criar outros. Por isso elas não podiam lembrar nada sobre o aprendizado que receberam, pois isso iria interferir no curso natural do pagamento dos karmas. A primeira encarnação depois do aprendizado de Hermes foi muito dolorosa para a 1ª esfera, que escolheu pagar um karma junto a 4 pessoas e foi aí que começaram os obstáculos dessa esfera. Vamos dar a esse ser o nome fictício de Josué. Josué reencarnou em um país árabe e escolheu acertar suas contas com 4 pessoas de uma única vez. Em uma vida passada Josué foi um soldado de um grande faraó e por ordem de seu senhor ele chicoteou uma família de judeus até a morte e para pagar por esse crime ele aceitou ser um judeu, porém as pessoas que Josué matou não reencarnaram mais como judeus. Justamente por terem ficado traumatizadas elas nasceram em famílias nobres e nada tinham a ver com os judeus. Ao contrário, elas até repudiavam quem era judeu. Na verdade esses seres eram muito importantes naquela época e faziam parte de um júri que julgava os crimes da época. Além disso, já tinham um preconceito muito grande contra os judeus, o que tornava o julgamento deles injusto para aquele povo.
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Luzes, Emissários de Amor Josué nasceu pobre e terminou virando escravo dos poderosos da época. Ele trabalhava o dia inteiro embaixo de um sol escaldante carregando blocos de pedras que chegavam a pesar de 150 a 200 kg. Escravos naquela época nem precisavam ser julgados para morrer, porém no caso de Josué foi diferente, pois ele era uma pessoa muito honesta e não dava motivo algum para apanhar, pelo contrário. Ele era um pacificador entre os escravos e os poderosos. Com paciência estava sempre arrumando uma desculpa para salvar um amigo, porém isso já estava incomodando alguns dos mandantes, que viam em Josué um perigo, pois os outros judeus começavam a depositar confiança demais nele. Um dos quatro juízes resolveu comprar Josué para ser seu escravo pessoal, pois via nele um judeu diferente dos outros. Josué então começou a ter uma vida melhor que a dos outros escravos. Ele agora não carregava mais tanto peso e tinha uma alimentação um pouco melhor. Em pouco tempo Josué ganhou a confiança daquele que era seu dono e passou a ser um escravo-guia, do tipo que acompanha seu dono para todos os lugares a que esse vai, mas isso indignou os outros escravos que eram amigos de Josué e eles começaram a tramar contra ele. Aos 27 anos Josué foi traído por um antigo amigo. Esse roubou um objeto que pertencia ao juiz e pôs a culpa em Josué dizendo ter o visto vender tal objeto para outra pessoa. Mesmo não querendo acreditar no outro escravo o juiz tinha que fazer alguma coisa, afinal Josué era o único escravo a ter acesso a tais objetos. Josué jurou não ter roubado nada, mas as leis eram claras. Ele tinha que morrer por aquele crime. Tentando salvar a vida de Josué o tal juiz decidiu levá-lo a julgamento, pois se os outros juízes aceitassem a palavra dele poderiam preservar sua vida, mas essa decisão piorou ainda mais a situação de Josué e ele foi condenado à morte por chicotadas e em espaço aberto para que todos vissem. Isso ainda não foi tudo. Alguns escravos tinham que participar da tortura a Josué. Foram separados 20 escravos e cada um deles deveria dar uma chicotada nele e aquele que não o fizesse morria junto com ele e da mesma maneira. Depois que os escravos fizeram o serviço chegou a vez dos juízes, menos aquele que era dono de Josué, que aceitou chicoteá-lo por último, pois tinha certeza que quando chegasse a sua vez Josué já estaria morto e não sentiria mais as chicotadas. Foi exatamente isso que aconteceu. Quando terminou, com o corpo de Josué ainda jogado no chão, um dos juízes falou em tom severo e autoritário: “Isso é para que vocês escravos aprendam que aquele que nasce judeu vai sempre ser escravo e nunca será digno de confiança”. Expliquemos melhor o que aconteceu com Josué. Em sua vida passada ele matou esses juízes da mesma forma que eles agora fizeram com ele, porém aquele juiz que não o condenou foi justamente a única pessoa que Josué não quis matar na vida passada. Pagando esse karma nossa esfera nº 1 ainda tinha muitos outros para pagar. Ele agora tinha que se libertar de outro grande mal que fez a uma mulher numa encarnação anterior. (Para não confundir ninguém vamos continuar chamando essa esfera de Josué). Ele nasceu muito rico e humilhou muito uma jovem que, por ser humilde, foi rejeitada por ele. Agora era chegado o momento dele consertar esse erro e para isso Josué escolheu uma vida semelhante, pois seria mais um obstáculo que ele teria que vencer. Ter uma fortuna e não se tornar soberbo por causa dela, era essa a forma de corrigir dois erros em uma única vida. Assim ele teria que corrigir seu karma com a jovem e ainda evitar ser contaminado pelas facilidades da grande fortuna. Ele então reencarna em uma família rica e muito respeitada. Josué não era filho único. Tinha mais uma irmã, que era uma jovem muito meiga e educada. Aos 16 anos uma bela jovem aparece em sua vida (era aquela que veio cobrar a dívida do passado), só que dessa vez foi Josué que se apaixonou perdidamente pela moça e essa não queria nada com ele. Durante muito tempo Josué insistiu nas investidas tentando conquistar a moça. Essa era de família humilde e simples (como era no passado) e não entendia porque um jovem rico se interessaria por uma jovem sem nada para lhe oferecer. Dois anos se passaram e Josué via sua paixão cada vez mais distante, pois ela agora estava pronta para casar com outro e isso o maltratava (na verdade ela o humilhou como ele o fez no passado). O tempo passou e Josué viu seu amor se casar com outro homem e assim sentiu que a perderia para sempre. O desgosto tomou conta de Josué e esse ficou muito desnorteado, sem rumo. Em um acesso de loucura
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Lo’ Ramp ele pegou os bens que lhe pertenciam e doou ao povo humilde. Depois disso montou em seu cavalo e partiu daquele lugar, pois não suportava ver a mulher que amava nos braços de outro homem. Anos mais tarde uma mulher bate à porta de Josué, que agora vivia sozinho numa pequena casa no meio das montanhas. Foi o único bem que ele aceitou de sua família. Era uma casa pequena, porém bastante segura e isolada, como ele desejava. Josué aprendeu a viver daquilo que plantava, caçava e pescava. Recebia apenas a visita de sua irmã ou de sua mãe, porém essa agora era viúva e não o visitava com tanta freqüência e sua irmã já havia estado lá há poucos dias. Josué então achou estranho alguém bater em sua porta, afinal ninguém mais sabia do seu paradeiro. Mais uma vez a pessoa bateu e dessa vez Josué resolveu ver quem era. Ao abrir a porta ele ficou muito assustado com o que viu. Era a mulher que ele amava. Ela estava ali diante de seus olhos com um garotinho de 5 anos a seu lado. Ele perguntou: “O que faz aqui? Como descobriu esse lugar?” Ela disse: “Essa é uma longa história, mas se você deixar posso lhe contar apenas a metade”. Josué olhou ao seu redor, viu que o tempo estava muito frio e ele não poderia deixá-los do lado de fora e então os convidou para entrar e se sentarem perto de uma pequena lareira. “Então podes me responder por que viestes me procurar?”, perguntou Josué. Ela disse: “Eu vim te pedir desculpas por ter te maltratado tanto e por tê-lo feito mudar tanto tua vida. Sei que você tinha algum sentimento por mim e como uma tola eu o ofendi e maltratei. De fato naquela época eu não o amava, mas isso não me dava o direito de te ofender. Eu me casei com o homem que eu julgava amar, porém esse me trocou por outra mulher e fugiu com ela me deixando sozinha com um bebê de 1 ano nos braços. Eu trabalhei muito para sustentar a mim e a meu filho até que um dia uma dama recém-casada me convidou para trabalhar em sua casa. Essa mulher sempre foi muito boa para mim, mas havia uma tristeza muito grande em seus olhos quando ela me olhava. Um dia, sem querer ofender, perguntei a ela o porque de tanta tristeza. Ela me olhou surpresa e disse: “Você não sabe? Meu irmão abandonou tudo e a todos por sua causa. “Agora ele vive infeliz e solitário, fechado para o mundo”. Foi aí que eu lembrei que aquela senhora era sua irmã. Pedi perdão a ela por tê-lo feito infeliz. Ela me disse que nada tinha contra mim e que se eu quisesse realmente vê-la feliz que eu esquecesse tudo aquilo, mas a partir desse dia eu senti muito peso de consciência. Era como se algo me condenasse por dentro. Eu ainda não sabia o que era, mas logo descobri. Me peguei várias vezes pensando em tudo que você havia me falado, no quanto dizia gostar de mim e no quanto eu havia sido cruel com você. Um ano mais tarde descobri que lá no fundo eu gostava de você e sempre gostei. Eu só não sabia porque te negava. Algo dentro de mim queria te punir e agindo dessa maneira eu causei essa mudança tão cruel em você e em sua vida. Hoje estou aqui para te pedir perdão por tudo que fiz. Não sei se isso é possível, mas foi usando esse argumento que convenci sua irmã a me dizer onde você estava e aqui estou. Essa é a minha história. Não espero que você acredite em tudo que lhe disse, pois você tem razões para isso. Não estou aqui para lhe pedir ou cobrar nada, pois não tenho esse direito. Quero apenas me desculpar e pedir perdão. “É só isso”. Josué, que ouviu tudo que a mulher dizia, resolveu falar. “Você sabe o que está me pedindo? Sabe quantos anos eu passei aqui sozinho tentando esquecer você, que não saía da minha cabeça? Apesar das humilhações meu coração não desistia e por isso quanta dor eu senti, quanto desespero passei. Esses 5 anos me foram muito sofridos e apesar de tudo hoje estou mais calmo, pois eu não a via mais e de alguma forma esses sentimentos estavam calados dentro de mim. Agora você me aparece como um fantasma e me conta tudo isso como se fosse a coisa mais simples do mundo. Não é tão fácil assim entender ou aceitar tudo que você está me falando, mas se isso a tranqüiliza eu a desculpo por tudo, afinal foi você que escolheu seu caminho e eu não tenho nada contra você por isso”. “Você ainda não entendeu tudo que eu disse”, ela falou. “Eu vim aqui para lhe pedir perdão, mas o principal motivo que me trouxe aqui é o que sinto por você. Eu só queria deixar claro que seu amor é correspondido, mas se você não sente mais nada por mim eu entendo e respeito”. Josué não acreditava que estava ouvindo tudo aquilo. Aquele momento não podia ser real, era um sonho que ao mesmo tempo era bom e ruim. Ele não sabia o que dizer diante daquelas
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Luzes, Emissários de Amor palavras. Seu silêncio fez com que a mulher tomasse a decisão de ir embora, mas já era quase noite e começava a chover. Além disso, fazia muito frio e era perigoso sair com uma criança naquele tempo. Ele pediu que ela ficasse aquela noite ali e ao amanhecer ela podia partir com segurança. Ela respondeu que não queria incomodá-lo com a sua presença. Nesse instante Josué deixou escapar o quanto ainda gostava dela e disse: “Eu já desejei tanto esse dia que até perdi as esperanças que ele fosse chegar”. Ela olhou para ele e disse: “Tudo bem, eu passo essa noite aqui e logo que amanhecer eu vou embora”. Ele então resolveu fazer uma sopa bem quente para quebrar o frio. Serviu o jantar para a mulher e a criança. O silêncio perturbava o ambiente. Josué sentia um misto de alegria e tristeza por dentro. Tudo que ele mais queria estava ali diante de seus olhos, mas sua dor ainda permanecia ativa. Ele então arrumou um local bem quente para a criança dormir e deixou que ela dormisse em sua cama, mas ela não queria tirá-lo do seu aconchego e resolveu passar a noite ao lado da lareira. Ele se deitou na cama e deixou que ela se acomodasse onde quisesse. Passadas algumas horas ela foi até a beira da cama dele e, em voz bem suave para não acordá-lo, ela disse: “Josué, meu querido, eu te amo tanto, mas não posso forçá-lo a compreender isso. É uma pena que eu tenha chegado tarde demais na sua vida. Acho que agora eu irei pagar pelo que fiz com você”. Josué ouviu tudo e fingiu estar dormindo para ver até onde ela continuaria. Ela apenas disse ainda: “Eu vou partir bem cedo, pois não suportarei me despedir de você, meu amor”. Nessa hora Josué se deixou levar por seus sentimentos e subitamente abraçou a mulher, dizendo: “Eu te amo e não posso mudar isso dentro de mim”. A partir desse instante a vida de Josué mudou muito. Finalmente ele venceu mais um de seus karmas, pois viveu com aquela mulher alguns anos felizes até sua morte. Numa nova encarnação Josué tinha que consertar uma antiga situação onde ele havia sido mulher e justamente por isso o homem que era seu pai a vendeu como um objeto qualquer. Naquela vida, além de ser vendida, também foi violentada pelo seu comprador. Além de ser espancada também passava fome e terminou tomando veneno para morrer, pois já não suportava aquela vida e mais cedo ou mais tarde terminaria por morrer de uma forma ou de outra. Depois dessa vida Josué reencarnou ainda muitas vezes, porém não encontrou nenhum desses seres que o maltrataram, mas dessa vez, quando Josué chegou ao lar espiritual, recebeu as orientações sobre sua nova encarnação e essas diziam respeito justamente àquela vida, pois agora ele já estava pronto para superá-la e só agora aqueles seres que o maltrataram haviam saído do umbral. Eles cometeram tantos crimes que ficaram um período muito longo no umbral, porém agora estavam prontas para corrigir seus erros, não só com Josué, mas com outros seres também. Nessa hora Josué perguntou a um ancião quais eram os riscos dele não conseguir cumprir aquele karma, afinal ele iria descer à Terra sem lembranças e iria reencontrar aqueles que tanto o torturaram e o fizeram sofrer. Ele quis saber se a raiva do passado não tinha perigo de voltar e piorar a situação. O ancião respondeu a ele que não era preciso ter medo, todos já fomos criminosos e vítimas. “Você pode não se lembrar agora, mas já passou por isso muitas vezes. Essa sua reação é muito comum, pois nas suas encarnações você era o réu. Por isso tinha que se esforçar mais para consertar seus erros sem aumentá-los, mas agora você é a vítima e a maior obrigação não é a sua. Isso não significa que você tenha que piorar a situação. Tudo que deve fazer é colaborar para o perdão de ambos os lados. Faça isso e se sairá bem”. “Você deve reencarnar novamente como filha do ser que lhe fez mal ou, se preferir, deve ser a esposa do outro que causou a sua morte naquela época”. Josué olha para o ancião e pergunta: “Quantos karmas ainda tenho para pagar e no meio desses não tem um menos pior do que esse?” O ancião responde sorridente: “Meu querido filho, faltam apenas 2.000 anos para você corrigir todos os seus erros e somando os erros graves você tem 179 e os menos graves são apenas 321 e esse que você vai pagar agora é um dos mais suaves, pois quem tem que pagar de verdade são os outros seres. Você tem apenas que provar que perdoou e para isso tem que reencarnar junto a eles. Só dessa forma você irá provar que superou tudo e não ficou mais com traumas daquela vida. Lembre-se que seu tempo é curto, pois para cumprir a missão que lhe foi conferida é preciso que
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Lo’ Ramp você deixe apenas de 5 a 7 erros para resolver na última encarnação e dentre esses deve ter apenas 3 erros graves para serem resolvidos e os outros devem ser apenas os mais leves. Isso sem somar pequenas falhas que você cometerá ao tentar resolver seus erros, mas já somados os futuros erros que deverá cometer é que chegamos a esse número e isso só acontece porque nem sempre você consegue resolver um problema sem criar outro. No entanto para facilitar isso alguns seres como você chegam a pagar em uma única vida de 10 a 12 karmas. Afinal vocês receberam tanta instrução e orientação que não tem sentido desperdiçar esse aprendizado para corrigir os erros, mesmo que isso aconteça sem consciência (sem lembranças), pois se vocês ao descer à Terra lembrassem de tudo não pagariam seus erros por livre e espontânea vontade como deve ser, mas sim por obrigação, o que não permite que vocês descubram suas próprias falhas, seus defeitos, suas qualidades espontâneas, enfim, o quanto são capazes de suportar. Tudo isso é muito importante não só para a evolução de seres como você, mas para toda a humanidade. No caso das esferas em geral é apenas mais um pequeno treinamento que no fundo vocês são capazes de superar. Só não podem levar essa vantagem como lembrança, pois isso seria injusto e incorreto. Por essa razão vocês só tem memória do que são aqui no lar espiritual, pois enquanto estão aqui é preciso que se lembrem para poder escolher melhor a forma de pagamento de seus erros, já que com mais consciência fica mais fácil fazer essas escolhas. Agora que lhe expliquei tudo ainda quer escolher outro karma para pagar?” “Não, eu vou ficar com esse mesmo. Sabe-se lá quando eu vou ter uma encarnação tão razoável quanto essa novamente”, disse sorrindo. “Lembre-se, Josué, não és o único ser a passar por tudo isso. Mais 11 seres também estão passando pela mesma situação e alguns carregam karmas ainda piores que os seus. Vários outros seres que estão cumprindo a missão que um dia será de vocês também passaram por isso e ainda estão passando sem contar os vários auxiliares, que também carregam uma carga enorme para pagar. Então não olhe tudo pelo lado ruim das coisas, pois na maioria das vezes talvez esse seja o melhor lado, só que ainda não podem enxergar isso. Agora tu deves reencarnar e não podes perder tempo”. Josué então aceitou aquela reencarnação e fez o melhor possível para se libertar daquele trauma. Resolvida aquela situação ele agora teria que pagar vários karmas de uma única vez e para isso teria que escolher uma vida cheia de sofrimentos. Escolheu nascer muito pobre, sem conforto algum. Escolheu passar muita fome, apanhar muito, ser traído e ainda ter uma doença grave no final da vida. Ele escolheu a pobreza por ter abusado da riqueza, humilhado e até deixado pessoas morrerem de fome. Escolheu apanhar porque espancou escravos e pessoas humildes. Escolheu ser traído por ter traído e mentido para várias pessoas. Escolheu uma doença grave por ter feito alguém se matar inconscientemente. Quando Josué desceu para a Terra para viver essa encarnação tão difícil de fato sua vida não teve quase nenhuma alegria. Ele encarnou numa família humilde que já tinha mais 5 bocas para alimentar. O casebre em que viviam não tinha conforto algum. Todos tinham que dormir no chão coberto por folhas e não havia cobertor para ampará-los do frio. Todos se alimentavam dos restos que sobravam nas ruas do mercado. Todos os alimentos já estavam estragados e até pisoteados. Sua mãe e seu pai mandavam os filhos mais velhos para mendigar comida e até mesmo roubar. Era uma época de crise naquele lugar. Várias pessoas passavam por essas dificuldades e todos brigavam por um resto de comida. Com muita dificuldade Josué cresceu, muito magro e fraco. Na verdade ele era praticamente raquítico. Josué arrumou um trabalho que exigia demais da sua pouca força física. Ele era carregador nas feiras. O pouco que ganhava dava só para o alimento de sua família, que passou a viver às suas custas e quando ele não trazia o suficiente ainda apanhava de seus pais e seus irmãos mais velhos. Na verdade ele alimentava uma família de vagabundos, que se aproveitavam do único ser que trabalhava. Os irmãos de Josué eram ladrões. Roubavam roupas, comidas e pequenos objetos. Josué suportou essa vida por 16 anos, período em que seu destino lhe deu sua última punição. Dois irmãos de Josué fizeram um grande roubo e dessa vez alguém os denunciou.
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Luzes, Emissários de Amor Soldados e vítimas foram até o casebre de Josué e lá chegando revistaram tudo e terminaram por achar o que procuravam. A mãe defendeu os filhos ladrões e jogou toda a culpa em Josué, dizendo aos soldados que era ele que obrigava os irmãos a roubarem. Josué ainda estava no trabalho quando foi levado pelos soldados, jogado dentro de uma prisão onde apanhou a noite toda para confessar um crime que não havia cometido. Quando já estava quase sem vida uma senhora que conhecia muito bem a vida de Josué foi depor a seu favor dizendo que bem antes de Josué nascer seus irmãos já faziam pequenos furtos, mas ninguém falava nada porque eles roubavam para comer. Com o passar do tempo isso foi mudando, pois os pais de Josué ainda tinham saúde e não faziam nada para mudar de vida, tampouco se importavam com aquilo que seus filhos faziam de errado. Naquela família Josué era o único ser que trabalhava e ainda era discriminado e roubado pela própria família. Os soldados ouviram tudo que a mulher disse e como essa era uma pessoa muito respeitada naquele lugar resolveram atender os apelos dela de libertar Josué. Eles fizeram isso, porém o estado de Josué era horrível. O espancamento foi tão violento que seu rosto estava banhado em sangue. Seu nariz havia sido quebrado e seu corpo havia sido todo espancado. Sua situação era muito grave. A senhora o levou para sua casa e mandou avisar a família dele que esse havia morrido. Assim eles não tentariam matá-lo, pois provavelmente seria isso que fariam se Josué voltasse para sua casa. Assim foi feito como a senhora pediu. Ela tratou de Josué sem que sua família soubesse e dois meses mais tarde ele começava a dar sinais de melhora. Porém o médico que tratou dele disse à senhora que ele não viveria muito tempo, pois durante o espancamento algum órgão seu havia sido perfurado e Josué poderia ter um problema grave por causa disso. Daquele dia em diante ele era um ser inválido. Não podia mais trabalhar carregando peso, pois corria o risco de estourar algo por dentro e ter uma hemorragia. Aquela senhora sempre gostou muito de Josué, pois o admirava por ser diferente de sua família. Foi por essa razão que resolveu ajudá-lo. Depois de 3 meses de coma Josué teve uma recuperação parcial e começou a reagir um pouco. Um ano mais tarde ele já estava vivendo quase normalmente. Ele agora tinha uma dívida de gratidão muito grande com aquela senhora e fazia tudo que podia para ajudá-la. Ele limpava e cozinhava para ela, que era uma pessoa sozinha. Ambos se davam muito bem. Eram como mãe e filho. Um dia essa senhora levou um tombo e ficou inconsciente e desesperado para salvá-la Josué a carregou no colo e a colocou na cama. Mais tarde o médico disse que estava tudo bem com ela, só que para Josué outro problema ia começar depois daquele dia. Uma dor muito grande se apoderou do seu organismo. Era como uma cólica muito forte, mas ele se fez de forte até a senhora perceber que alguma coisa estava acontecendo. O médico disse que algo se rompeu dentro dele e nada poderia ser feito. Em uma ou duas semanas ele estaria morto. Duas semanas se passaram e nesse período Josué teve várias hemorragias, perdeu muito sangue e não resistiu, morrendo como o médico havia falado, mas a justiça foi feita. Aquela senhora pediu aos soldados que não prendessem os irmãos de Josué até que ela desse o aviso, pois ela só faria isso se Josué viesse a morrer. Como ele sobreviveu por um ano a família dele também ficou livre por esse tempo, pois ela acreditava que eles poderiam mudar com o susto que levaram e como não teriam mais Josué para sustentá-los quem sabe arrumariam um emprego. Isso, no entanto, não aconteceu. Josué morreu aos 17 anos de idade e seus irmãos continuaram a ser vagabundos e ladrões. A senhora então pediu aos soldados que os prendessem por roubo e não os matassem, mas os fizessem sofrer tudo que Josué sofreu, incluindo os pais, que ainda eram razoavelmente jovens. Na cadeia a família de Josué passou fome e foi espancada. Passaram um ano nas condições que deram a Josué quando vivo. Depois foram soltos e obrigados a trabalhar duro para sobreviver. Tinham que cuidar de uma plantação muito grande, mas comida e água não lhes faltava. Até tinham uma casa melhor para dormir, pois nessa tinha cama e cobertor. Um ano mais tarde eles receberam uma proposta do dono daquele lugar que era a seguinte: “Agora vocês estão livres e podem voltar a viver a vida miserável que tinham antes, mas se resolverem ficar aqui terão que trabalhar arduamente todos os dias, mas terão comida, água e uma cama para dormir e ainda poderão viver na casa onde ficaram esse ano todo que aqui passaram”.
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Lo’ Ramp A família de Josué pareceu ter aprendido a lição e depois de tudo que passaram resolveram que a melhor coisa a fazer era ficar ali mesmo, pois jamais iriam precisar roubar novamente para comer. Lá tinham uma ótima alimentação, casa e cama e ainda tinham um trabalho, o que possivelmente não conseguiriam vivendo como viviam antes. Na verdade essa vida de Josué serviu para ele consertar não só seus erros como para ajudar outros seres a consertar os deles. Dessa forma Josué ganhou um débito quando chegou no lar espiritual. Toda vez que um ser alcança um débito ele elimina um erro não muito grave ou suaviza um erro muito grave. Essas foram apenas algumas das encarnações difíceis que Josué viveu e podem ter certeza que ele teve muitas ainda mais difíceis para suportar. Josué passou pelas torturas da Inquisição por 5 vezes e durante 1.500 anos suas vidas foram muito semelhantes. Muitas vezes Josué se revoltou contra sua própria existência e seu sofrimento, mas sempre teve alguém em seu caminho que lhe trazia um pouco de luz nas horas de desespero e dor. Hoje Josué não teve um começo de vida muito diferente, mas o privilégio da última encarnação lhe trouxe muita compreensão e calma para lidar melhor com todas as situações que surgiram em sua vida. Hoje ele é uma esfera muito passiva e tem consciência de que alcançou tudo que sabe graças ao seu passado e tudo que este lhe ensinou. Já não há mais revolta ou dor pelo sofrimento passado. O que resta hoje é uma grande lição, que para ser compreendida teve que deixar algumas marcas. Aparentemente as vidas das esferas são iguais às vidas das outras pessoas e isso tem sua verdade, pois o simples fato de ser uma esfera não pode privilegiar ninguém quando se trata de pagar pelos próprios erros. Por serem esferas esses seres têm a obrigação de fazer isso bem feito. Vamos agora contar um pouco da vida de nossa 2ª esfera e, como Josué, vamos usar um nome fictício que também será usado para todas as encarnações que iremos descrever. Vamos chamá-la de Fanny. Logo depois de assumir seu compromisso como esfera Fanny começou a pagar pelos seus karmas. Depois dessa encarnação Fanny subiu ao lar espiritual, onde recebeu orientação sobre o que tinha que fazer. Fanny tomou consciência de seus erros e agora tinha que escolher uma forma de pagá-los. Fanny havia criado muitas dívidas numa vida em que foi bruxa. Ela havia feito muitas maldades contra seres inocentes e por causa dessa vida passou pelo umbral, mas ainda faltava reparar os erros perante suas vítimas. Então chegou a hora dela fazer isso. Sua função era reencarnar como uma curandeira que iria ajudar muitas pessoas, mas viria a morrer apedrejada mais tarde. Fanny reencarna filha única de boa família. Aos 10 anos de idade ela já tem uma vontade muito grande de conhecer as ervas e suas propriedades e mesmo sem perceber começa a ensinar as pessoas como devem utilizá-las. Com o passar do tempo ela começa a ser procurada por várias pessoas em busca de ajuda e aos 14 anos ela se torna uma espécie de curandeira daquele local. Seus pais não reclamam da filha ser chamada de curandeira e assim os anos vão passando e Fanny vai sendo cada vez mais procurada. Sua vida vai ficando muito difícil, pois o peso da responsabilidade começa a pesar sobre seus ombros. Muitos dias Fanny não encontra nem tempo para se alimentar direito. As pessoas passam a exigir cada vez mais dela. Fanny não sabe dizer ‘não’ às pessoas e deixa que elas a sobrecarreguem. Mas tudo isso é suportável até que um homem, representante religioso, chega à vila em que Fanny vive. Esse homem é um ser severo e cruel, que não aceita qualquer espécie de fé contrária à sua, tampouco a prática de curandeirismo. Ele começa a passar às pessoas daquele local uma doutrina rígida, cheia de regras. Por medo as pessoas começam a acatar as ordens desse religioso, mas nesse mesmo período ele desconfia que Fanny seja uma feiticeira, pois seus conhecimentos não são tão normais assim. Parece coisa sobrenatural e ele começa a investigar a vida dela através do depoimento das pessoas. Como elas falavam dela sem saber as intenções daquele homem terminavam revelando que Fanny era muito especial, pois tinha esse conhecimento desde menina e sempre que olhava para um doente logo sabia o que esse tinha.
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Luzes, Emissários de Amor Fanny começou a ser observada pelo tal homem. Ele não gostava muito dela e queria achar uma maneira de pegar uma falha sua. Vendo que isso não acontecia ele acusou ela de curandeira e a proibiu de atender as pessoas, pois a prática de curandeirismo era como feitiçaria e não podia ser aceita pelas novas leis religiosas. Acontece que a proibição não foi muito bem aceita pelas pessoas que dependiam dos conhecimentos de Fanny e continuaram a procurá-la. Vendo que só proibir não havia funcionado o homem resolveu que tinha que ter uma prova que Fanny era uma feiticeira e tratou de criar uma. Pensou em algo que a deixasse desmoralizada diante das pessoas e preparou uma armadilha para ela. Ele sabia onde Fanny plantava e colhia suas ervas e também sabia que ela fazia isso descalça, sem usar sandálias, pois era costume seu não pisar em plantas com sapatos ou sandálias. Ele então preparou um objeto cortante em forma de cruz e o enterrou no meio das ervas de Fanny de forma que ninguém percebesse. Agora era só esperar, pois mais cedo ou mais tarde ele teria a prova que tanto precisava. De fato não durou muito tempo para isso acontecer. Fanny entrou em sua horta para colher ervas e logo pisou lá dentro. Deu um grito de dor e algumas pessoas que estavam por perto foram socorrê-la e viram um corte profundo no seu pé. Tinha a forma de uma cruz e sangrava muito. A própria Fanny fez seu curativo com água e algumas ervas, fazendo o sangue estagnar. O que é mais estranho é que na hora ninguém se deu conta de procurar o objeto que cortou o pé dela e quando foram procurar esse já não estava mais lá. Não demorou muito para o tal homem religioso entrar em ação e dizer que aquilo que aconteceu com Fanny era a marca do mal, pois as pessoas que tinham uma cruz no pé pisavam no Cristo e assim estariam pisando em Deus. Portanto ela era uma escolhida das trevas e a partir desse dia muitas desgraças aconteceriam naquele lugar. A princípio as pessoas ficaram assustadas, mas não ficaram contra Fanny. Só que agora era tarde. O homem esperou apenas alguns dias para concluir seu plano maléfico. Ele causou dois pequenos incêndios em casas vizinhas da casa dela e depois matou alguns animais dizendo que tudo aquilo era obra dela. As pessoas ficaram apavoradas e começaram a acreditar no que ele dizia. Em apenas dois meses ele conseguiu condená-la a morrer amarrada a um tronco e ser apedrejada por todos os moradores. Por mais estranho que parecesse Fanny não se indignou nem revoltou. Inconscientemente algo lhe dizia que aquilo um dia ia terminar acontecendo e ela não deveria sentir raiva ou ódio das pessoas, que no fundo eram inocentes. No dia da execução Fanny foi levada para o tronco que foi colocado ali só para ela. Seus pais nada podiam fazer e também não pareciam tão interessados em ajudar a filha. Ela foi amarrada ao tronco e de joelhos no chão e cabeça baixa ali ficou em silêncio esperando a sua hora. O homem mandou que as primeiras 5 pessoas atirassem as pedras de uma única vez. O rosto de Fanny ficou coberto de sangue. Ela então ergueu a cabeça e antes que todos começassem a atirar mais pedras ela os olhou de uma maneira que chocou a todos. Seu olhar não tinha raiva ou rancor, mas uma dor triste de desapontamento. Ela falou alto para que todos pudessem ouvir: “Eu os perdôo, pois são inocentes. Já quanto ao senhor, reverendo, que Deus o perdoe pelo erro que está cometendo”. Quando as pessoas ouviram isso pareceram não acreditar naquelas palavras. Era como se estivessem cometendo um crime e tivessem sido hipnotizados e de uma hora para outra acordassem e vissem que realmente estavam erradas, pois Fanny sempre foi um ser bom e amável e só depois que aquele homem chegou naquela vila é que as coisas ruins começaram a acontecer. Mas agora era tarde. Fanny morreu após dizer aquelas palavras, pois as pedras a feriram fatalmente na cabeça. O reverendo mandou que as pessoas continuassem a atirar pedras em Fanny, só que dessa vez as pessoas se voltaram contra ele e o apedrejaram até a morte. Seu corpo foi queimado para que nada sobrasse daquele ser, já o de Fanny foi limpo, retirado todo o sangue e vestida como um anjo ela foi enterrada no lugar que mais gostava, sua horta, em meio às suas ervas. Estranhamente aquelas ervas pareciam nunca morrer e várias pessoas iam ali quando estavam precisando de ajuda, pois afirmavam que o espírito de Fanny vivia ali e indicava para elas a erva que precisavam. Depois dessa encarnação uma ainda mais difícil esperava por ela. Ao voltar ao lar Fanny recebeu a notícia de que sua nova encarnação teria que ser muito difícil, vendo que ela teria que pagar nela alguns de seus piores karmas. Em vidas anteriores Fanny colaborou para um ser ir parar
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Lo’ Ramp no umbral e esse ser ainda não havia saído de lá. Então foi decidido que esse reencarnaria de lá mesmo e reencontraria Fanny para ela acertar suas contas com ele. Na vida em que viveu com ele Fanny era muito esnobe e usou do amor que esse sentia por ela e sem perceber nada ela o fez roubar e até matar. Para que todos entendam vou esclarecer melhor como tudo aconteceu. Na vida em que Fanny encontrou Otávio ele era completamente enlouquecido de amor por ela, só que ela tinha uma vida boa e esnobava o pobre rapaz, porém Fanny também era tola e não sabia do que Otávio era capaz de fazer para conquistá-la e disse a ele que só lhe daria uma chance se um dia esse ficasse rico. Ela não imaginava que Otávio havia levado tão a sério aquela sua proposta, mas ele realmente levou. Aparentemente Otávio não era má pessoa, mas as condições o tornaram. Para tirar de vez as esperanças de Otávio Fanny disse a ele que iria se casar com um pretendente rico e isso aconteceria em poucos meses. Isso não era mentira, pois seus pais planejavam casá-la com esse homem rico para aumentar a sua riqueza. Fanny não gostava do rapaz, mas era lei e ela não podia ir contra a vontade deles. Ela sentia algo por Otávio, mas não tinha esperança alguma com ele, pois esse era pobre, que nada tinha a oferecer e ela também não pensava em deixar seu conforto para viver uma vida sem luxo algum. Entretanto Otávio, ao receber a notícia do casamento de sua amada, enlouqueceu de vez. Agora ele tinha que fazer algo e tinha que ser rápido. Otávio não via outra alternativa a não ser começar a roubar e foi exatamente isso que começou a fazer. Às noites ele entrava nas casas de pessoas ricas e roubava jóias e objetos de valor. Em dois meses fazendo esses pequenos furtos ele juntou uma pequena fortuna. Como ele roubava apenas um objeto valioso por vez as pessoas demoravam muito a notar o furto ou sentir a sua falta e quando davam por conta do que tinha sido roubado Otávio já tinha vendido o tal objeto bem longe dali e assim ninguém desconfiava quem era o ladrão e nem mesmo podiam pegá-lo. Otávio comprou uma bela casa num vilarejo não muito longe de onde vivia e depois disso resolveu prova a Fanny que podia dar a ela tudo que essa desejasse. Procurou Fanny e disse a ela que agora tinha uma bela casa e podia dar a ela uma boa vida. Ela não acreditou muito no que ele estava falando. Ele então pediu que ela fosse a um determinado endereço e o encontrasse lá. Mesmo achando que fosse uma brincadeira Fanny foi ao lugar indicado. Seu maior susto foi ter a certeza que Otávio estava falando a verdade, só que tudo isso apavorou Fanny, pois ela sabia que ele não tinha condições de comprar aquela casa e em tão pouco tempo isso era realmente impossível. Preocupada, Fanny perguntou a ele como havia conseguido dinheiro para fazer aquilo. Otávio disse que fez apenas o que ela havia pedido a ele. Isso apavorou Fanny, que só agora começou a levar a sério o que Otávio falava. Apesar de tudo ela tentou explicar a ele que agora sua união com ele seria impossível, pois já estava comprometida com um outro homem. Nesse instante Otávio perdeu a paciência e começou a lhe jogar na cara tudo que havia feito por ela. Ele disse: “Eu fiz tudo que você pediu, comprei uma boa casa, tenho condições de lhe dar uma boa vida e tudo que você desejar. Para conseguir isso eu não pensei em mais nada. Passei por cima da moral e do respeito, roubei pessoas, corri riscos por sua causa e é isso que você tem a me dizer?” Ao ouvir tudo aquilo Fanny ficou chocada, pois havia descoberto como ele obteve tudo aquilo. As coisas agora ficaram sérias demais e Fanny percebeu quanto mal fez ao brincar com os sentimentos de Otávio e ao mesmo tempo percebeu o quanto ele a amava e o quanto ela também gostava dele. ”Você não devia ter feito isso por mim. Agora estragou sua vida. Como vai viver com sua consciência?”, perguntou ela. Ele respondeu: “Se você estiver ao meu lado tudo vai ter valido a pena, pois por você eu faço qualquer coisa sem pensar ou sentir dor”. Fanny pensava em como consertar aquela situação, mas não tinha outro jeito que se casar ou sua família a condenaria e se fugisse eles a perseguiriam. Ela então disse a Otávio que no dia de seu casamento ela daria um jeito de fugir, só que faria isso quando fosse seguir viagem, pois seria mais fácil fugir enquanto seu noivo dormisse. No dia do casamento ela deixou tudo preparado para sua fuga e quando esses viajavam na carruagem ela dopou seu noivo com uma erva do sono. Este dormiu e ela esperou o anoitecer e no lugar marcado saiu da carruagem sem maiores problemas. Otávio a esperava e a levou para a casa onde viveriam. Lá passaram uma semana sem serem incomodados, mas o que eles não sabiam é que o noivo de Fanny estava procurando por ela e não demorou muito para descobri-los. Esse resolveu acertar
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Luzes, Emissários de Amor contas com Otávio, que terminou matando o rapaz. Para Fanny aquilo já estava indo longe demais. Roubar e matar eram algo que ela não aceitava e, o que é pior, Otávio não parecia sentir arrependimento algum do que havia feito. Na verdade ele parecia estar alucinado. Aquele estranho amor o cegava e o proibia de enxergar o mal que estava fazendo. Com medo que Otávio cometesse mais loucuras por ela Fanny resolveu fugir com ele para outro local onde não tivessem tanto contato com pessoas. Num outro lugar eles se estabeleceram, mas o peso de consciência incomodava Fanny. Otávio parecia piorar sempre, pois agora brigava com qualquer homem que olhasse sua mulher. Ele estava louco e Fanny já imaginava o que ia terminar acontecendo. Não suportando mais aquela vida ela resolveu fugir sozinha, pois pensava que aquela fosse a única maneira de Otávio se controlar e parar com aquela vida de crimes, mas isso não adiantou muito. Otávio a encontrou antes mesmo que ela saísse da vila e na frente dela ele cometeu seu último ato de loucura. Ele já havia matado duas pessoas para que confessassem o paradeiro dela e quando a encontrou parecia alucinado. Desesperado ele caiu de joelhos aos seus pés. Abraçado a suas pernas ele disse: “Não fuja de mim, querida. Eu nunca mais irei fazer mal a ninguém”. Nesse instante ele apunhalou Fanny bem no peito. Ela caiu e ainda consciente ouviu e viu o que Otávio disse e fez pela última vez. Ele a abraçou chorando e disse: “Agora eu não vou mais te envergonhar ou fazer mal. Me perdoe, querida” e ao dizer isso ele apunhalou seu próprio peito por duas vezes. Como é que Fanny iria ajudar Otávio a se libertar dessa loucura e como iria fazer isso, já que ele teria que reencarnar do umbral? O ancião que ajudava Fanny a escolher suas futuras encarnações disse a ela que só muito amor e perdão poderiam ajudar Otávio a receber um pouco de consciência. Acontece que Fanny teria uma prova muito difícil pela frente, pois como ele estaria reencarnando diretamente do umbral sua índole assassina ainda não havia sido corrigida e ele provavelmente voltaria a fazer tudo de novo. O mais importante é que Fanny perdoasse Otávio por tê-la assassinado e o ajudasse a não cometer tantos erros e de preferência não o subestimasse como fez no passado, afinal foi ela que despertou nele seu lado obscuro. Agora ela tinha que mostrar a ele seu lado bom para que ele reagisse e aceitasse a luz. Fanny recebeu as orientações necessárias e reencarnou. Nessa nova vida ela tinha pais maravilhosos que a tratavam com muito amor. Sua vida era calma e tranqüila. Não havia tristezas em sua vida até ela completar 19 anos, quando Otávio apareceu em sua vida. Ele estava fugindo e se escondeu na soleira da casa de Fanny. Numa manhã ela entrou lá e viu um homem caído com as roupas sujas de sangue. Ela chamou seus pais e esses, sem desconfiar de nada, socorreram o rapaz. Quando voltou a si Otávio contou uma grande mentira à família de Fanny. Ele disse que havia sido atacado por dois homens que lhe tiraram tudo que tinha, porém essa era a única coisa de que se lembrava, pois não sabia nem qual era seu nome, tampouco como havia chegado ali. A família de Fanny não só acreditou na mentira como ficou com pena de Otávio e o deixou ficar por ali alguns dias até que se lembrasse de quem era e onde vivia. Fanny não se sentia bem na presença de Otávio. Algo de muito estranho a incomodava, mas ela não o via como uma pessoa má, mas uma pessoa atormentada. Duas semanas mais tarde as pessoas daquele lugar foram alertadas para que se prevenissem contra um homem louco que vinha atormentando várias pessoas por onde passava. A descrição era a mesma de Otávio e quando esse descobriu que já sabiam quem ele era ele começou a apavorar a família de Fanny. Os pais, apavorados, resolveram ficar calados, pois temiam uma reação agressiva por parte de Otávio. Uma vez ele chegou a ferir o pai de Fanny com uma faca e queimou a mão de sua mãe com água fervente. Ao ver aquela situação Fanny pediu aos pais que fugissem dali antes que ele cometesse uma loucura pior. Os pais negaram o pedido da filha dizendo que Otávio mataria a todos se alguém tentasse sair da casa. Já fazia 4 dias que aquela situação não mudava. Os vizinhos eram muito medrosos para fazer alguma coisa para ajudar. Uma coragem súbita invadiu Fanny e ela enfrentou Otávio. Sem agredi-lo ela olhava dentro de seus olhos e lhe mostrava que não o temia. Otávio começou a se acalmar e ela então aproveitou o momento para mudar aquela situação e sugeriu a ele que deixasse seus pais saírem livres daquela casa e que ela ficaria ali com ele. Otávio pensou bem e disse que libertaria apenas um dos dois. A mãe de Fanny saiu ganhando, pois foi a primeira a sair da casa. Ela chamou os soldados e contou o que estava
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Lo’ Ramp acontecendo. Esses foram direto ao local e começaram a chamar Otávio tentando convencê-lo a sair da casa sem matar ninguém. Num ato desesperado o pai de Fanny avançou sobre Otávio com uma faca e o feriu no ombro, mas Otávio, na tentativa de tirar a faca das mãos do pai dela terminou por feri-lo gravemente. Quando o pai de Fanny caiu no chão Otávio começou a gritar como um louco dizendo: “Eu não queria matá-lo!” Repetiu essa frase por várias vezes. Fanny chorava com seu pai nos braços dizendo: “Seu louco assassino, você matou meu pai”. Otávio pegou a mesma faca e disse a ela: “Eu não mataria ninguém. As pessoas é que querem me matar, mas eu não vou deixar, pois eu mesmo farei isso” e cravou a faca na barriga. Ao ver aquilo uma sensação muito estranha tomou conta de Fanny. Era como se ela estivesse revendo algo que não compreendia. Os soldados entraram e o que viram foi dois corpos caídos e uma moça chorando muito. Esses disseram que não havia mais nada a fazer a não ser enterrar os mortos e falando isso foram embora. A mãe de Fanny entrou na casa e viu sangue por toda parte. Seu marido estava morto e Otávio também. O corpo do pai de Fanny foi enterrado, já os dos bandidos naquela época eram jogados nos rios, valas ou esquartejados. No caso de Otávio Fanny teve que se encarregar de tudo, pois ninguém queria chegar perto dele. Ela o colocou numa carroça e saiu para bem longe da vila, onde cavaria uma vala e o jogaria dentro, mas as coisas ainda não haviam acabado. No meio do caminho Otávio começa a falar, dizendo que estava com muita dor. Fanny olha para ele e não acredita no que está vendo. Depois de perder tanto sangue e passar horas desacordado como é que aquele ser ainda poderia estar vivo? Ela se lembra da sensação estranha que sentiu ao vê-lo se esfaquear e mesmo com raiva ela resolve tratar dele. Ela o leva para uma velha casa abandonada, limpa seus ferimentos e fecha os cortes com ferro quente. Deixa ele com água e comida e vai embora. Ao voltar para a vila as pessoas a olham como uma criminosa, dizendo: “Como teve coragem de ainda enterrar o corpo do assassino de seu pai? Por que ainda teve algum respeito por aquele monstro?” Para calar a boca das pessoas ela simplesmente diz: “Eu o levei o mais longe que pude para que vocês nem ninguém sentisse o cheiro de podre dele”. Ao ouvir isso todos calaram a boca e a deixaram em paz, mas Fanny não está em paz. Algo dentro dela diz que ela ainda terá que ajudar Otávio, mas por fora ela se condena por fazer isso e todos a condenariam se soubessem disso. Fanny resolve agir durante a noite e no período de um mês, sendo apenas duas vezes por semana, ela leva água e alimento para Otávio, que começa a dar sinais de melhora. Algum tempo depois Fanny acredita que Otávio já pode sobreviver sem sua ajuda e avisa-o que não irá mais ajudá-lo, pois agora não precisa mais dela. Otávio pergunta a ela porque ela resolveu ajudá-lo se ele matou o pai dela. Fanny diz que só o ajudou por ter consciência de que tudo que aconteceu não foi só culpa dele e que vingar a morte de um ser matando outro não ajuda ninguém a mudar. “Eu sei que você não queria matar meu pai, mas matou. Só que para você aprender alguma coisa nessa vida é melhor que viva, pois a morte não lhe serviria de nada. Eu te perdôo pelo que você fez, pois você é um ser atormentado pelos seus erros, mas dessa forma eu estou te dando a chance de consertá-los, mas também espero que se lembre que não vai mais encontrar pessoas como eu no seu caminho. Portanto pense bem no que vai fazer ao sair daqui, pois a vida está te dando uma nova chance, pois todos acreditam que você está morto e essa morte veio para que você construa uma vida nova. Conserte seus erros e não será mais atormentado por eles”. Otávio pergunta a ela porque nunca teve medo dele, já que todas as pessoas sempre o temeram, mesmo que ele não desejasse isso. Ela responde: “Seu rosto dá medo nas pessoas, seus atos também, mas bem no fundo de seus olhos é você que sente medo das pessoas, por isso as apavora primeiro”. Otávio se cala ao ouvir essas palavras e baixa a cabeça com vergonha de Fanny. Ela diz a ele para recomeçar sua vida bem longe dali, pois as pessoas podiam reconhecê-lo e se isso acontecesse fatalmente iriam pegá-lo. Otávio começa a contar sua história a Fanny. Ele diz que quando tinha 12 anos tinha sonhos com seres que vinham em sua direção e todos diziam que ele os assassinou. Esses sonhos se repetiam por várias vezes durante muitas noites. Os seres tentavam sufocá-lo. Otávio contava tudo para o pai viúvo, mas esse acreditava que ele estava perturbado por ter perdido a mãe de forma
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Luzes, Emissários de Amor trágica e no fundo estava com a mesma doença dela. A mãe dele ficou louca após o parto do irmão mais novo de Otávio e passou a ter delírios. “Nesses delírios ela via pessoas perseguindo-a até que um dia ela saiu gritando de seu quarto dizendo que alguém queria pegá-la. Ela correu direto para o corredor que dava para uma janela. Ela tentou pular da janela e terminou caindo sobre uma pedra. Como a janela era alta ela não sobreviveu à queda. Sua cabeça se partiu e eu nunca mais esqueci aquela cena, mas antes de minha mãe morrer eu já tinha esses sonhos, só não falava para não piorar o estado dela. Meu pai era um homem muito difícil de convencer. Terminou me colocando prisioneiro dentro do meu próprio quarto, o que piorou os meus sonhos. Eu fugi várias vezes, mas ele sempre pagou pessoas para me acharem. Eu realmente achei que estava louco e assim passei a aceitar minha condição de vida, mas nunca matei ninguém. Eu só atacava as pessoas porque sabia que elas iam terminar me entregando para o meu pai e ele ia me aprisionar de novo. Eu não queria ter feito o que fiz a você e sua família. Na verdade eu não queria machucar ninguém. Eu só queria sair daquela prisão, conviver com outras pessoas. Assim eu não teria mais tanto medo dos meus sonhos, mas eu encontrei a solução para o meu problema desde o dia em que você me deixou aqui e tratou de mim. Mesmo depois de tanto mal que lhe fiz você ainda disse que me perdoava. Eu vou mudar. Vou aceitar a nova chance que a vida e você me deram, pois você foi a única pessoa que me tratou como ser humano. Eu vou para um lugar bem longe daqui, onde eu possa ser útil a alguém e pode acreditar, de alguma maneira você me libertou da loucura, pois agora não sinto mais raiva ou medo de ninguém. É como se algo que você falou tivesse despertado minha alma, que estava aprisionada nas trevas. Eu acho que esperei por esse seu perdão a minha vida inteira. Muito obrigado por tudo isso e por tudo que fez por mim. Jamais irei esquecer o seu gesto de bondade”. De alguma maneira tudo que ele contou a Fanny a aliviou muito. Era como se ela tivesse tirado um grande peso de seus ombros. Na verdade Otávio também se sentiu assim. Enfim as dívidas entre ambos estavam pagas e ambos podiam seguir seus caminhos. Terminada essa encarnação Fanny volta ao lar espiritual para mais uma escolha. Dentre essas ela também passou por três vezes pela Inquisição e por inúmeras torturas, assim como grande parte da humanidade. A vida atual de Fanny não é muito diferente da vida das outras esferas, mas hoje ela tem um privilégio. Ela já relembrou boa parte de seu antigo aprendizado e com isso sabe enfrentar melhor as dificuldades de nascer num país cheio de regras. Ela está na linha paralela da certeza e da incerteza, pois sabe que tem que fazer algo, só não sabe ainda o que é. Sente que a hora está chegando e se prepara para esse momento. Esse pequeno capítulo foi apenas um pedaço muito curto das vidas de Fanny, pois se fossemos descrever tudo que uma esfera tem que passar em suas vidas com certeza daria mais de um livro para cada esfera. Vamos agora relatar algumas encarnações da 3ª esfera, que vamos chamar de Olavo (quero deixar bem claro que as pessoas têm nomes diferentes toda vez que reencarnam, mas para facilitar as coisas para o leitor usamos sempre o mesmo nome). Outra coisa muito importante de se saber é que as esferas reúnem qualidades diferentes uma da outra. Todas têm um pouco das sete virtudes dentro de si, mas apenas algumas virtudes são mais destacadas. Fanny, por exemplo, se destaca pela sua paciência e seu grande amor pelas pessoas. Nossa 7ª esfera conhece as 7 virtudes e a que ainda não domina totalmente é justamente a paciência, porém sua confiança e coragem são sua maior fonte de poder e só usa a paciência quando julga necessário. Apesar disso é um ser muito calmo, mas não gosta de esperar favores dos outros nem espera que as pedras rolem do seu caminho sozinhas. Por isso não espera muito por promessas. Prefere fazer o seu próprio destino. Enquanto uma é calma e a plenitude a outra é a força e atitude (ação), mas se unirmos as qualidades de ambas encontraremos um ser completo e perfeito. Como não somos seres completos sozinhos temos que nos completar uns aos outros. Agora que isso já está esclarecido basta prestar atenção nas histórias das esferas para descobrir quais são suas virtudes e qualidades. Vamos voltar a Olavo. Sua primeira encarnação após ter sido escolhido esfera já começou cheia de dificuldades, pois Olavo havia sido um gladiador no passado e lutava numa arena para agradar seu imperador. Ele matou muitas pessoas para satisfazer o ser a quem servia. Ele foi um ser
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Lo’ Ramp impiedoso e cruel, mas agora sua vez de acertar seus erros havia chegado. Acontece que em uma única vida Olavo não iria conseguir se redimir desses erros e o karma criado pelo gladiador teve que ser pago em três encarnações consecutivas. Vamos agora à primeira delas. Nela ele reencarna numa família rica onde nada lhe falta. Aos 19 anos se casa com uma jovem muito meiga e bela. Ela era um ser humano cheio de luz. Tinha uma ternura e um carinho muito grande (Olavo não sabia, mas estava se encontrando depois de muito tempo com sua alma gêmea) e foi com tanta meiguice que Terena conquistou Olavo. Ele era um ser apaixonado pela mulher que tinha. Ela se tornou a razão do seu viver, pois ela parecia adivinhar seus pensamentos, parecia conhecê-lo por dentro. Era um amor tão grande que ambos sentiam que todos que os conheciam os achavam um casal perfeito. Terena teve um filho, que veio para deixá-los ainda mais felizes. Quando esse filho completou 7 anos a felicidade de Olavo acabou. Nesse período uma guerra começou a invadir o país de Olavo, época difícil e cheia de dor. Soldados de duas províncias se uniram para render aquele território. Muito sangue foi derramado e muitos inocentes morreram. Crianças e mulheres eram as vítimas mais fáceis de pegar. Um rei ergueu seu trono ali e para isso fez aquele povo trabalhar como escravo. Olavo era só mais um em meio àquela multidão. Toda sua riqueza foi confiscada pelo novo rei. Olavo agora tinha que se submeter às humilhações que um dia também fez outras pessoas passarem, mas o pior ainda estava por acontecer. O rei queria uma noiva e deu uma ordem para que todas as moças virgens e belas fossem levadas ao seu castelo. Depois de separar 10 jovens bonitas ele mandou que toda a população comparecesse, pois ele iria anunciar aquela que seria sua rainha e todos deveriam saudá-la. A família de Olavo atendeu ao chamado do rei e também compareceu. Com um olhar observador o rei se encantou por Terena. Era ela que ele queria para sua rainha, pois era a mais formosa mulher que já havia visto, mas para seu desespero percebeu que ela era casada e já tinha um filho. Ele então escolheu uma jovem e a anunciou como sua noiva e disse que o casamento se realizaria em dois dias e depois teriam uma semana de festa. Muito mal intencionado o rei perguntou a um de seus soldados quem era a bela mulher casada. Esse falou o que sabia sobre a vida de Terena. O rei, muito ardiloso, mandou chamar o marido dela para terem uma conversa. Olavo foi até o rei, que disse que iria promovê-lo a um cargo de confiança. Seria soldado da guarda real e assim teria uma parte de seus bens de volta. Olavo achou tudo aquilo muito estranho, mas não questionou a vontade do rei, que o fez convidado de honra para sua festa de casamento. Olavo foi para casa e contou tudo a Terena, que também achou suspeita a atitude do rei. Chegado o dia do casamento o rei deu uma grande festa e se aproveitando de seu poder tirou algumas senhoras para dançar, inclusive Terena. Quando chegou sua vez o rei aproveitou a dança para chantageá-la. A princípio ele a cobriu de elogios. Vendo que Terena não correspondia a seu assédio ele soltou uma ameaça dizendo: “Se você não colaborar comigo vou mandar seu marido para a guerra, onde ele morrerá sem dúvida alguma”. Terena ficou chocada com todas aquelas palavras. Preferiu ficar calada, sem contar nada a Olavo. Um mês mais tarde uma nova investida do rei sobre Terena a deixou mais preocupada. Ela tinha que fazer alguma coisa para se livrar daquela situação sem precisar matar seu marido e nem ir para a cama com o rei, mas era tarde demais. O rei mandou Olavo passar algumas horas a mais em seu posto, pois ele iria substituir um soldado que estava doente. Aproveitando essa desculpa o rei foi até a casa de Olavo, onde encontrou Terena sozinha com seu filho pequeno. Ele pediu que um dos soldados que o acompanhavam levasse o menino para fora da casa, pois queria ficar a sós com Terena. Ela, já imaginando o que ele queria, se desesperou. Começou a chorar, dizendo: “O senhor não vai ter o que deseja, pois eu prefiro a morte a ter que deitar com um ser tão cruel e severo, tão nojento e vil”. O rei riu e disse: “Pois para ver seu filho vivo novamente você terá que satisfazer todos os meus desejos”. Terena começou a se esquivar do rei. Tentava se proteger correndo ao redor da mesa. Quando passou por uma fruteira que escondia um punhal ela o apanhou. No desespero ela ameaçou se matar se o rei tentasse tocá-la. Ele não acreditou que ela fosse capaz de fazer isso e foi em sua direção. Desnorteada, ela cravou o punhal no próprio estômago. Ao ver que ela realmente tinha cortado o próprio corpo o rei enlouqueceu. Desesperado com o sangue que corria do furo feito pelo punhal ele tentou amparar Terena e a
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Luzes, Emissários de Amor deitou no chão para que ela não se ferisse ainda mais ao cair. Ele levou as mãos à cabeça e desesperado gritava: “Meu Deus, o que foi que eu fiz? Eu não queria que você morresse. Por que fez isso?” Nesse instante o filho de Terena entra correndo na casa e vê sua mãe naquela situação. Ele começa a chorar pedindo para a mãe acordar, mas Terena não se mexia. Os soldados que acompanhavam o rei entram e o aconselham a sair dali o mais rápido possível, antes que alguém desconfie que ele esteve ali. Desnorteado o rei vai embora, mas sem que este saiba seu soldado volta e mata o menino pelas costas, pois ele poderia denunciar que o rei havia estado ali. Olavo volta para casa e se depara com aquela cena terrível. Ele cai aterrorizado, gritando como louco. Aquela dor parecia consumir sua existência, sua vida. Olavo morreu naquele dia, mas não foi uma morte do corpo físico, mas uma morte para a vida. Daquele dia em diante ele não trocou uma só palavra com ninguém. Seus olhos não se moviam. Pareciam cegos fitando uma única direção. O rei não ficou muito diferente e quando soube que um de seus soldados havia matado a criança mais enlouquecido ficou. Ele foi visitar Olavo para ver se esse reagia, mas ao ver o estado que ele se encontrava o rei não suportou. Voltou para seu castelo, se trancou em seu quarto e lá ele repensou tudo que havia acontecido. Ele lembrou do rosto doce e meigo de Terena, de sua beleza e se perguntava: “Por que fiz isso? Por que matei o ser que amava? Por que não a deixei ser feliz em sua vida com sua família? Os deuses irão me condenar e jogar um grande castigo sobre mim, pois eu matei dois seres inocentes e estou matando outro aos poucos”. Na mesma noite o rei passou a ter alucinações. Dizia ver Terena e seu filho flutuando dentro de seu quarto. 15 dias mais tarde Olavo morreu de tristeza e isso só piorou os delírios do rei, que dois meses depois se matou. A rainha assumiu o reino e devolveu ao povo a vida tranqüila que um dia tiveram. Com essa encarnação Olavo não sabia, mas colaborou para que dois seres acertassem seus erros. O rei era uma alma kármica de Terena e Olavo e nesse reencontro uma dívida passada foi paga. Quanto à parte de Olavo, ele tinha que sofrer toda a dor que muitas mulheres e filhos sentiram quando ele matava seus maridos e sua dor só seria suficientemente forte se ele perdesse sua alma gêmea e uma alma irmã (seu filho). O rei havia sido uma vítima dele no passado. Por isso o vitimou da pior maneira nessa vida. Quanto a Terena e o rei, esse foi um pai cruel que no passado violentou a própria filha. Por isso voltou com tanta obsessão por Terena e por isso tanto arrependimento depois da morte dela. Agora a primeira parte de um karma de Olavo já havia sido pago, mas ainda tinha duas partes para pagar. Agora vinha a segunda parte e essa seria suportar a humilhação e o desprezo. Olavo nasce numa família de pessoas muito pobres, mas isso só não era o suficiente. Ele reencarnou com um problema de coluna que aos 15 anos já formava uma grande corcunda. Olavo andava sempre de cabeça baixa. Tinha as pernas finas demais e arcadas, quase não suportando o próprio peso. Tudo isso era motivo de riso para os outros rapazes, que adoravam humilhar o pobre corcunda. Algumas pessoas que davam trabalho para Olavo também abusavam dele fazendo-o carregar um peso que seu corpo desengonçado não podia carregar. Olavo quase não falava, pois preferia não responder às humilhações que as pessoas o faziam passar e para piorar a vida dele quanto mais velho ele ficava mais sua corcunda pesava. Aos 25 anos Olavo já andava com muita dificuldade e por não ter mais tanto equilíbrio não conseguia mais emprego. Seus pais morreram e seus irmãos o abandonaram, pois além de sentirem vergonha não queriam ele como um peso em suas vidas. Olavo agora era um desprezado que dependia da caridade de alguns seres que lhe davam comida, porém havia outros que adoravam derramar no chão o pouco alimento que esse recebia. Aos 30 anos de idade Olavo já não conseguia mais andar e quando isso aconteceu raramente aparecia uma alma boa que lhe desse um banho, pois ele ficava jogado num velho casebre abandonado. Olavo se arrastava para implorar ajuda de quem passava por ali. Esse foi o tempo de vida que Olavo teve. Três meses depois que Olavo fez 30 anos seu sofrimento chegou ao fim. Ele morreu desprezado e sofrendo sozinho. Assim ele pagou a segunda parte de seu karma e agora ele tinha que partir para a última parte dele. Agora ele tinha que pagar com a dor na carne o que fez com outras pessoas.
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Lo’ Ramp Dessa vez sua nova encarnação o colocou numa posição contrária à da Igreja. Ele agora tinha que lutar contra a escravidão religiosa. Aos 16 anos Olavo já não aceitava de bom grado as leis criadas pela Igreja, onde tudo era proibido. Também já estava cansado de ver tantas pessoas morrerem por nada. As pessoas eram muito oprimidas pela religião, mas ninguém tinha coragem de desafiar o poder dos homens que a pregavam. Olavo vivia pensando numa forma de ajudar as pessoas a lutarem contra aquela escravidão e resolveu tomar uma atitude. Começou a perguntar para as pessoas se elas gostavam mais da vida que levavam antes ou da vida que eram obrigadas a viver agora e assim começou a questionar e apontar vários defeitos que se escondiam por trás daquela religião. Antes daquela religião chegar ali as pessoas eram humildes, mas viviam em paz e tinham o que comer. Agora as pessoas já nem se cumprimentavam mais. Todos eram muito desconfiados uns dos outros. Era como se uma intriga invisível tivesse tirado a amizade que as pessoas ali sentiam uns pelos outros. De uma hora para outra uma igreja foi erguida e por essa razão muitos seres passavam até fome, pois essa igreja consumia a melhor e maior parte daquilo que os mais humildes plantavam. Para piorar os ricos eram bem-vindos e respeitados. Os menos afortunados muitas vezes ficavam do lado de fora e eram muito maltratados. Nenhum rico ainda havia morrido em nome da Igreja, porém vários pobres já haviam sido queimados em sua honra. Algo estava errado ali e as pessoas concordavam com Olavo, mas como fazer para parar com essa discriminação ou para se livrar daqueles poderosos? Olavo disse: “Se nos juntarmos eles não poderão matar a todos, mas temos que ser um grupo grande. Temos que convencer todos os que são humilhados e maltratados como nós a se unirem a nós e juntos teremos mais força. A primeira coisa que temos que fazer é parar de dar a esses seres o melhor da nossa lavoura. Vamos dar a eles os restos que eles deixam para nós, mas temos que fazer isso sem que eles saibam. Para isso toda época de colheita vamos nos reunir de noite ou madrugada formando vários grupos e dividiremos o trabalho. Enquanto uns colhem os outros levam esses mantimentos para o vilarejo vizinho e os vendem ou trocam por lá. Em meio a isso temos que nos garantir também escondendo a parte que irá alimentar nossas famílias e quando os ricos e os senhores da igreja vierem não irão levar mais o nosso lucro e nos deixar sem nada. Mas para isso dar certo todos temos que nos organizar. Todos devemos dar a mesma desculpa e um não pode desmentir o outro. Naquele ano o plano de Olavo foi colocado em prática e deu certo. Os lavradores contaram com uma grande praga que havia destruído as lavouras e não havia sobrado muita coisa e mesmo com essa desculpa os homens da igreja ainda fizeram questão de levar o resto que havia sobrado, pois essa era uma das maneiras deles ganharem dinheiro, pois vendiam para os ricos o que tiravam dos lavradores. No segundo ano eles ficaram desconfiados e acharam que os lavradores estavam mentindo, mas esses justificaram que a lavoura estaria se recuperando do ataque de pragas do ano anterior. No terceiro ano eles tinham que fazer algo diferente, pois eles não iriam mais acreditar naquelas desculpas. Olavo então resolveu partir para um plano mais audacioso e usou o fato de povo ter ficado dois anos quase sem nada para convencer os religiosos a pagarem por aquilo que iam levar. Esses tiveram que concordar, pois o povo reclamou não ter mais sementes suficientes para a próxima plantação e além disso as pessoas já estavam há dois anos sem ter nenhum tipo de lucro, nem mesmo com os restos. Muito a contragosto os religiosos pagaram o povo e é claro que nem estavam levando toda a produção, pois os lavradores já haviam retirado cerca de 30% de suas mercadorias e vendido tudo escondido. Cinco anos se passaram e os religiosos já estavam desconfiados que alguém estaria liderando aquelas pessoas, pois elas estavam ficando espertas e isso os incomodava, só que eles não podiam fazer nada contra tanta gente. O que eles tinham que fazer era descobrir o líder deles e matá-lo. Dessa maneira os lavradores voltariam a servi-los sem reclamar de nada. Não demorou muito e o nome de Olavo chegou aos ouvidos dos religiosos e eles começaram a tramar contra ele. Fizeram uma emboscada e pegaram Olavo sem que ninguém visse e no outro dia o corpo de Olavo foi esquartejado e espalhado pelo vilarejo. Quando souberam daquilo os lavradores ficaram apavorados, pois mesmo os religiosos fingindo não saber quem havia feito aquilo o povo acreditou que Olavo havia sido um aviso. Pensando ter retomado o controle da situação os religiosos tentaram impor suas regras aos lavradores, mas esses fingiram concordar para evitar mais mortes. Ao
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Luzes, Emissários de Amor anoitecer eles se reuniram e resolveram que não dava mais para continuar daquela maneira, pois agora os religiosos iriam tirar tudo que eles tinham lutado tanto tempo para ter e se alguém entrasse no caminho deles novamente fatalmente teria o mesmo fim de Olavo. A única atitude a tomar era se livrar dos superiores da igreja, que eram apenas 10 e assim o fizeram. Numa noite bem escura os lavradores colocaram fogo na igreja com os líderes religiosos lá dentro, bloqueando todas as saídas para que esses não pudessem escapar. No outro dia bem cedo todos olhavam para aquela destruição e ninguém sabia o que havia causado aquele incêndio, tampouco se havia sido alguém. O mais intrigante é que ninguém havia visto ou ouvido nada. Nem ricos nem pobres sabiam dizer o que havia acontecido ali. Poucos reclamaram a morte dos religiosos e ninguém quis substituí-los por muitos e muitos anos. Esse foi o desfecho para um dos piores karmas de Olavo, que hoje leva uma vida parecida com a das outras esferas. Vamos agora relatar uma das vidas da 4ª esfera, que chamaremos de Uriam. Uriam reencarnou depois de ter firmado o compromisso de ser esfera com o propósito de corrigir um erro grave cometido no passado com uma criança. Em seu passado Uriam havia espancado uma criança até a morte e essa criança agora iria voltar para lhe cobrar essa atitude. Uriam teve uma vida boa até os seus 14 anos quando conheceu aquele que seria seu futuro marido. Uriam não teve escolha, pois seus pais a venderam para aquele homem de 35 anos. Ele era um homem rude e severo e a tratava como uma escrava, além de humilhá-la, porém as coisas só pioraram de fato quando Uriam teve um filho, chamado Jamil. A princípio ele era um bebê normal, mas aos dois anos de idade Jamil ainda não andava e nem falava direito. Aos 5 anos foi constatado que Jamil era uma criança deficiente física. Ele aprendeu a falar, mas suas pernas não tinham firmeza para suportar seu corpo. O marido de Uriam não dava atenção alguma a Jamil, tampouco se importava com seu bem estar, mas Uriam não tinha reclamação alguma a respeito do seu filho. Ela o amava e fazia tudo que podia por ele. Jamil foi crescendo e ficando cada vez mais pesado para Uriam carregá-lo. Era muito trabalho para ela, pois tinha que dar conta do trabalho da casa e ainda cuidar do filho, mas Jamil também era um ser bastante compreensivo e recompensava o esforço de sua mãe com muito carinho. Quando Jamil completou 14 anos seu pai resolveu abandonar a família, pois não suportava a idéia de sustentar um filho deficiente que só atrapalhava sua vida. Uriam agora tinha que arrumar uma maneira de ganhar a vida, pois tinha que sustentar Jamil e a si mesma, mas como iria fazer isso se não podia deixá-lo sozinho? Ela então resolveu fazer uma boa horta onde plantou a maioria dos legumes e verduras que precisava para alimentar seu filho. Além disso, também fazia trocas com outras pessoas por aquilo que faltava. Dessa maneira Uriam foi levando sua difícil vida, mas seu conforto maior era o amor que seu filho lhe dava. Arrastando-se no chão Jamil ajudava a mãe a replantar sua horta e cuidar das plantas. A vida deles agora podia ser difícil, mas era muito mais feliz. Os anos se passaram e Uriam começou a apresentar uma fraqueza repentina. Vivia sentindo tontura e algumas vezes chegava a cair no chão. Mesmo doente ela sabia que tinha que resistir, pois seu filho precisava dela. Ela então lutava bravamente para vencer aquela doença e em nenhum momento reclamou de nada para seu filho, que fazia o que podia para dar menos trabalho possível à mãe. Alguns meses mais tarde Uriam começou a soltar sangue pelo nariz e boca. Algo havia estourado dentro dela. A vizinha mais próxima foi socorrê-la, mas era tarde demais. Uriam já estava morta. Seu erro havia sido pago. Jamil arrastando-se procurava fazer tudo sozinho agora, mas havia coisas que eram muito difíceis para ele, porém essa vizinha sempre dava uma ajudazinha. Dois anos após a morte de Uriam Jamil também faleceu, pois seu corpo foi ficando fraco, suas forças foram sumindo e a mesma doença que matou a mãe agora o atacava e ele resistiu bem menos tempo que ela. Após eliminar esse erro de sua vida passada Uriam tinha que eliminar outro ainda pior. Num passado não tão distante Uriam havia sido um homem e naquela vida teve vários casos com prostitutas em que tinha prazer de maltratá-las e espancá-las, chegando até mesmo a participar da
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Lo’ Ramp execução de algumas delas. Para corrigir esse erro ela tinha simplesmente que ser uma prostituta para sentir na própria pele o mal que fez a essas mulheres. Nessa encarnação Uriam nasceu tendo como pais dois seres bastante violentos. Ela não sabia, mas os pais eram mais alguns de seus erros a serem pagos. Aos 6 anos de idade Uriam presenciou seu pai violentando sua mãe de maneira absurda e cruel. Não suportando aquela situação a mãe de Uriam começou a beber muito e a vida dela ficou ainda pior. Agora seus pais se agrediam ainda mais. Aos 8 anos a vida de Uriam mudou completamente de rumo. Sua mãe, bêbada, levou para dentro de casa um outro homem, aproveitando que o marido havia viajado e só voltaria alguns dias mais tarde. Esse homem era um ser horripilante e olhava de uma maneira assustadora para Uriam. Durante a noite, enquanto a mãe dela dormia, ele violentou Uriam e a proibiu de contar para alguém o que havia acontecido, ameaçando-a de morte. Apavorada ela se calou e toda vez que seu pai tinha que fazer uma viagem sua mãe levava aquele ser para dentro de casa. Ele a embebedava e atacava Uriam, obrigando-a a ficar calada. Dois anos mais tarde o pai, já desconfiado do que estava acontecendo, voltou para casa antes do programado e pegou a mulher com o outro na cama. Este matou os dois e fugiu levando Uriam com ele, mas o destino ruim estava apenas começando. Para se livrar da filha ele a deixou numa casa onde viviam mulheres de vida fácil. Uriam estava com quase 11 anos quando chegou àquele local. Lá encontrou uma mulher que pagava um bom preço por meninas bem novinhas, pois essas atraíam uma boa clientela de homens. Havia naquele local meninas de 13 a 18 anos. Uriam era a mais nova delas. Eram apenas 10, todas muito bonitas, porém muito tristes, pois eram obrigadas a se deitar com os homens e não ganhavam dinheiro algum. Ali tinham apenas comida, banho e cama para dormir e aquela que se negasse a trabalhar apanhava e ficava sem comer. Uriam sentiu que havia morrido por dentro quando começou a fazer aquele trabalho sujo. Aos 15 anos ela começou a ficar esperta e decidiu que sairia daquela vida e a melhor maneira de fazer isso era se tornar a melhor, a mais solicitada. Assim teria os homens a seus pés e então eles fariam qualquer coisa por ela, até mesmo tirá-la dali. Ela mudou seu comportamento e seu jeito de ser totalmente. Antes era forçada pelos homens, agora ela os levava à loucura, pois aprendeu a dominá-los e descobriu que no fundo era disso que eles mais gostavam. Seu plano deu certo e muitos homens passaram a procurá-la, pois sua fama cresceu rápido. Agora Uriam exigia dos homens presentes, jóias caras, perfumes, roupas, etc. A mulher que era dona do estabelecimento terminou nas mãos de Uriam, pois ela ameaçou parar de trabalhar se ela lhe tirasse qualquer um dos presentes que ganhasse e se batesse nela ela contaria para seus melhores clientes e esses, enlouquecidos por Uriam, fariam qualquer coisa por ela. Com isso Uriam começou a ter regalias e estendeu essas às outras meninas também. Dois anos mais tarde Uriam já havia acumulado uma boa fortuna em jóias e decidiu que era a hora certa de mudar de vida, afinal todos os homens que a desejavam eram ricos e tinham uma vida social e por isso não tinham coragem de tirá-la daquele lugar. Custou a ela fazer isso. Ela então arrumou tudo que tinha de valor e fugiu. Caminhou por mais de dois meses até chegar numa vila que fosse totalmente desconhecida. Nela comprou uma bela e grande casa, decorou-a e mandou murá-la totalmente, construiu belos jardins e hortas. Seis meses mais tarde ela voltou à casa onde havia vivido e pagou 4 homens para seqüestrarem as jovens que ali conheceu e as levou para sua nova morada. Ao chegarem na nova casa as moças descobriram que era Uriam que estava por trás daquele seqüestro e se sentiram aliviadas. Uriam disse a elas que agora todas estavam livres daquela vida e cada uma podia seguir o caminho que desejasse, mas aquelas que não tivessem para onde ir podiam ficar ali morando com ela até decidirem sua vida. Só que para viver ali as regras eram não dormir com homens ou levá-los para lá e todas teriam que trabalhar, lavar, passar, cozinhar, cuidar da casa, do jardim, etc. O alimento que precisassem tinha ali mesmo e o que faltasse seria trocado ou comprado. Todas aceitaram viver ali com ela e em dois tempos criaram um mercado onde vendiam alimento pronto, verduras, legumes, bordados e objetos artesanais. Com o passar de alguns anos algumas moças foram se casando e criando suas próprias famílias, mas faziam questão de manter o trabalho no mercado que todas criaram juntas. Finalmente mais um erro de Uriam estava pago. No
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Luzes, Emissários de Amor tempo atual ela ainda vive em meio a grandes dificuldades, mas com certeza já tem sabedoria o bastante para superar isso. Vamos descrever agora um pouco de algumas vidas da 5ª esfera, que chamaremos de Kalil. O primeiro grande erro que Kalil teve que acertar logo depois de aceitar ser esfera era um que foi um verdadeiro desafio para ele, pois Kalil quase não conseguiu eliminá-lo. No passado Kalil havia participado de rituais primitivos que incluíam sacrifícios humanos e ele era o principal mestre daqueles rituais, aquele que escolhia e matava o ser a ser sacrificado. Com isso ele acreditava acalmar os deuses da natureza, mas a única coisa que conseguiu foi criar um karma muito grande, que agora teria que pagar. Para isso Kalil reencarnou em uma tribo de índios canibais (obs.: Quero deixar claro a todos que pessoas com um grau de evolução maior que as outras tem muitas vezes que reencarnar em grupos, cidades ou até países que tenham leis ou costumes severos e antigos para tentar conscientizar, mudar conceitos, sensibilizar, ajudar e até pagar karmas. Vendo que é necessário que todos os seres humanos precisam de ajuda e orientação coloca-se entre eles seres que possam ajudá-los a mudar ou ao menos amenizar a situação. Essa foi a missão de Kalil, que não precisava mais ser um canibal, mas teve que enfrentar essa situação para mudar sua vida e o destino de muitos. Com isso ele não regrediu no seu grau de conhecimento como muitos seres pensam, mas ultrapassou uma barreira). Nessa tribo os índios comiam seus rivais ou outros seres que aparecessem em seu caminho. Kalil tinha 14 anos e era hora de se casar, pois essa era uma das regras de sua tribo, só que ele tinha que roubar a sua noiva de uma outra tribo, pois essa seria a prova definitiva de que se tornou um grande guerreiro e se sua noiva se negasse a se casar com ele ela seria o banquete do dia. Kalil era um ser contrário aos costumes de sua tribo. Não gostava muito de participar do banquete humano e por essa razão sempre foi bom caçador, pois preferia suas caças a comer pessoas. Porém os integrantes da sua tribo o treinavam para ser igual a eles e agora era a hora de Kalil provar isso. Ele escolheu uma moça de uma outra tribo, só que essa já estava prometida a um guerreiro de sua própria tribo. Sem saber disso Kalil roubou a moça e a apresentou a sua tribo, que fez uma grande festa para o casamento. Na noite seguinte Kalil estava casado com a moça. Agora ele tinha outra missão. Ela tinha que engravidar no período de seis luas, caso contrário ela morreria por ser estéril, mas já na primeira noite ele teria que dar uma prova a sua tribo. Uma pele de animal manchada de sangue era a prova que a moça era pura e seria uma honra a mais para eles se isso acontecesse, mas a noiva de Kalil já havia sido de outro guerreiro. Isso não seria motivo para os canibais a matarem, mas isso faria dela um ser desprezado por todos e isso só mudaria quando ela tivesse o primeiro filho homem. Naquela noite Kalil olhava para sua noiva e via um ser triste e acuado, que não abria a boca para falar nada. De alguma maneira ele sentia por ela uma certa ternura e resolveu que iria protegêla para que ela sobrevivesse sem humilhações. Ele fez um pequeno corte no pé e sujou a pele de animal com sangue e a mostrou no outro dia a sua tribo, que ficou feliz e deu presentes à moça como maneira de honrá-la. A moça percebeu o que Kalil fez por ela e até passou a gostar dele e ele também passou a ter maior carinho por ela. Essa ganhou o direito de andar livremente na tribo e compartilhar suas funções. Ela estranhava o fato de Kalil ser diferente de seu povo e de passar o tempo todo pescando e caçando ao invés de comer carne humana, pois ele só fazia isso em situações obrigatórias. Um mês após o casamento Kalil foi visitar o feiticeiro da tribo, que era o único que entendia Kalil, pois ele não comia humanos por acreditar que se fizesse isso perderia seus poderes. O povo o respeitava muito e por isso não se importava se ele comia ou não carne humana. Esse feiticeiro tinha uma notícia boa e outra muito ruim para Kalil. A ruim era que sua mulher era seca, não poderia ter filhos. A boa era que ele seria o seu substituto, pois era o único que não gostava de carne humana. Por essa razão os grandes espíritos da floresta haviam escolhido ele. O feiticeiro estava bem velho e já estava pronto para desencarnar. Por isso tinha que treinar Kalil para ocupar seu lugar. Mas o pior problema de Kalil ainda não estava resolvido. Os meses foram passando e nada de sua esposa engravidar. No 5º mês ela recebeu o anúncio que morreria na próxima lua, mas antes que isso acontecesse o velho feiticeiro reuniu toda a tribo e fez um anúncio. Revelou a todos que Kalil era o seu substituto e que os deuses haviam secado a mulher dele para que ele se
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Lo’ Ramp dedicasse somente aos ensinamentos, pois um feiticeiro não precisa se casar nem ter filhos. Os índios ficaram assombrados e assim afastavam as mulheres do feiticeiro com medo que essas não tivessem mais filhos. O velho acalmou a todos dizendo que a única mulher seca pelos deuses era a de Kalil, porém se essa fosse morta os deuses secariam todas as mulheres da tribo por 5 gerações. Os índios então desistiram de matar a mulher de Kalil. Dois anos mais tarde Kalil assumiu o lugar do velho feiticeiro, que acabara de falecer, porém os seres da própria tribo não podiam ser comidos, mas enterrados em um cemitério sagrado. Agora a missão de Kalil era fazer com que seu povo parasse de comer carne humana, já que havia tanta fartura de animais, aves e peixes naquela região. Entretanto Kalil não sabia como fazer isso, pois a pior parte disso tudo era ser um costume de seu povo e os costumes não podiam ser mudados. A tribo de Kalil, quando pegava um inimigo, arrancava-lhe o coração e esse tinha que estar pulsando quando fosse jogado na fogueira. Essa era uma das partes que eles não comiam, pois não queriam absorver os sentimentos daquele ser. Seu sangue era derramado num rio, pois os índios acreditavam que o ser que morreu concentrava muitas pragas nele. Kalil tinha que arrumar uma maneira de acabar com aquilo sem despertar a ira de seu povo. Agora que era o novo feiticeiro da tribo Kalil tinha que ter muito cuidado, pois o povo ainda não tinha por ele o mesmo respeito que tinha pelo velho que havia morrido. Ele então não podia tirar aqueles costumes assim de uma hora para outra. Tinha que esperar a hora certa para fazer isso. Foi então que começou a colocar em prática os conhecimentos que o velho feiticeiro havia lhe passado. Com ajuda de ervas alucinógenas ele entrava num transe em que se comunicava com os espíritos da natureza e antepassados, que traziam mensagens. Num desses transes Kalil viu uma cena do futuro de sua tribo. Ele viu uma grande guerra entre tribos rivais. Muito sangue corria pelo chão e tudo isso só havia começado porque sua tribo roubou uma moça da outra tribo. Acontece que essa moça era filha do chefe e ele não iria deixar as coisas acontecerem sem tomar uma providência. Dois anos mais tarde a visão que Kalil teve iria dar os primeiros passos para se realizar. Quando ele avisou o que aconteceria para seu povo o seu chefe o mandou fazer um feitiço para mudar aquilo, pois a moça escolhida não seria mudada. Kalil argumentou que não dava para mudar o destino com feitiços. Bastava apenas que outra moça fosse escolhida. O chefe disse que isso ele não mudaria e deu a ordem para roubarem a moça. O destino de fato não pôde ser evitado. Todos os guerreiros da tribo da jovem vieram buscá-la e para isso eles entraram em uma verdadeira guerra com a tribo de Kalil. Foi um verdadeiro massacre, pois para manter a tradição a tribo de Kalil terminou por matar a moça e entregou aos guerreiros apenas seu corpo, o que fez com que a ira da outra tribo aumentasse e esses se vingaram matando mulheres e crianças da tribo de Kalil. Para acabar com aquela guerra Kalil disse a seu chefe que ele tinha que recuar e dar uma de suas filhas para o outro chefe. Assim ele pediria desculpas pelo que fez com a filha dele e demonstraria respeito pela sua dor, mas o chefe não quis ouvir Kalil e disse que jamais daria uma de suas filhas para a outra tribo. Kalil então resolveu jogar pesado com seu chefe e disse: “Se mais uma mulher morrer nessa aldeia todos serão condenados pelos espíritos da floresta, que já estão muito furiosos com todos vocês, pois eles não gostam de animais que comem a própria espécie e para eles esses animais não carregam o espírito do grande coração que tudo respeita e deixa viver”. Com essas palavras Kalil selou seu destino, pois quando ele voltou para sua oca sua esposa estava morta com uma flecha no peito. A ira de Kalil foi grande e seus gritos assustavam a todos que o ouviram. Ele, em toda sua dor, sem saber invocou as forças da natureza e uma chuva muito forte, acompanhada de rajadas de vento, caiu naquela hora. Raios e relâmpagos estremeciam o céu. Foi então que o chefe achou que o culpado por tudo aquilo era Kalil e a única maneira de acalmar os espíritos da natureza seria matando Kalil. Este o fez matando-o com uma pequena machadinha que os índios usavam para cortar carnes e outras coisas, mas com a morte de Kalil o povo se revoltou contra o chefe e terminaram matando-o também. O corpo de Kalil e de sua esposa foram levados ao cemitério sagrado, onde foi sepultado. O corpo do chefe louco foi dado aos animais selvagens para acalmar a natureza. Depois de todas essas mortes algumas leis foram mudadas, principalmente aquela de
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Luzes, Emissários de Amor comer os inimigos. Essa foi abolida pela tribo, que passou a acreditar que uma desgraça muito grande cairia sobre eles se eles comessem carne humana. Essa etapa Kalil conseguiu concluir. Agora ele tinha outro karma para pagar e a única forma de corrigi-lo seria um grande sofrimento carnal. Ele então iria passar pelas torturas da Santa Inquisição. Numa vida passada em que Kalil foi mulher ele levou um homem à loucura e ao suicídio. Esse ser viveu perturbado no umbral por muito tempo, pois para ter o amor de Kalil ele teve que matar duas pessoas inocentes. Nessa vida Kalil era uma bela mulher casada e com 2 filhos. Seu marido era um homem bom, mas sem ambição, o que Kalil tinha demais na época. Esse outro ser se apaixonou por Kalil e jurou dar-lhe tudo que essa desejasse. Kalil também se apaixonou por ele, mas sabia que em sua época o adultério era um erro fatal. Aos poucos ela foi tentando arranjar uma maneira de sair daquela situação, mas não havia outro jeito a não ser fugir para bem longe dali. Porém fugir não estava nos planos do homem na época, pois ele vivia do comércio que tinha ali. Kalil então pede a ele que a deixe viver em paz com sua família, pois o amor deles é impossível e evita qualquer tipo de contato com ele, mas isso só aumenta ainda mais os sentimentos que esse homem nutre por ela. Ele passa a persegui-la e a perturbá-la. Ameaça dizer a verdade para todos caso ela não queira mais vê-lo. Sentindo-se pressionada ela se apavora e vai tentando contornar a situação, mas toda vez que tenta se afastar ele volta a ameaçá-la. Em seu desespero e medo ela vai percebendo que aquele ser está louco e que de alguma maneira pode até cumprir realmente o que falou. Essa situação foi tomando conta dela de tal forma que ela, não vendo alternativa, resolveu fugir sozinha para um lugar bem longe dali, mas uma tragédia a trouxe de volta. O louco invadiu sua casa à procura de notícias suas. Sem saber o que estava acontecendo o marido dela reagiu colocando-o para fora, dizendo que sua mulher havia desaparecido após uma visita que fez à cidade e assim todos procuraram por ela durante 10 dias, mas não a encontraram. Ela foi dada como morta, mas o homem apaixonado não acreditava que aquilo fosse possível e preferiu achar que seu marido sabia de alguma coisa, mas não queria contar. Ele acreditava que o marido a tinha matado e sumido com o corpo. Enlouquecido, resolveu que ia se vingar e planejou a morte dele envenenando os produtos que esse comprava em seu mercado, só que depois que fez isso se arrependeu, pois duas crianças também morreriam e isso era injusto. Ele correu até a casa do marido de Kalil para trocar as mercadorias, só que já era tarde demais. Justamente as crianças foram as primeiras a comer aquela comida. O homem ainda estava vivo e se salvou, mas o louco não suportou o peso do crime e tirou a própria vida. Quando Kalil chegou encontrou aquela situação irreversível e para muitos sem explicação. Sem pensar muito ela se entregou ao tribunal daquela época e foi executada em praça pública e seu corpo levado para fora dos limites daquela cidade. Por ter sido covarde Kalil agora tinha que corrigir esse erro, mas dessa vez tinha que ser como homem e não mulher, como tinha sido no passado. Kalil então reencarna e em sua nova vida ele encontra um pai e uma mãe bastante severos. Sua mãe, principalmente, era um ser que seguia cegamente todas as regras e normas da igreja e é claro que fazia todos de sua família também seguirem. Era uma pessoa tão fanática pela sua religião que se considerava uma mulher santa, sem pecados. Kalil e seu pai não tinham muita opção a não ser seguir os delírios da mulher, que os obrigava a passar vários dias sem comer só para purificarem o corpo. O pai de Kalil não reclamava tanto, pois tinha um comportamento um tanto parecido com o da esposa, mas Kalil via sua mãe como uma louca obcecada pela vontade de ser santa (Kalil não sabia, mas sua mãe era o homem que no passado havia destruído sua vida). Para piorar a vida de Kalil sua mãe disse que ele não se casaria, pois seria um servidor da igreja. Mesmo que naquela época alguns reverendos se casassem ele jamais poderia fazer isso, pois ele deveria ser puro para receber o milagre de ser um santo. Kalil não suportava mais aquela situação, mas nada podia fazer para mudá-la, pois devia respeito e obediência a seus pais. Aos 17 anos ele estava quase preparado para ser um reverendo. Foi nessa época que conheceu Lym, uma moça que o encantou desde o primeiro dia em que a viu. Lym era uma moça muito rica e bonita, mas seu jeito de tratar as pessoas era muito simples, sem o preconceito que muitas moças de sua posição social costumavam ter e isso também encantou Kalil, mas já se podia imaginar que aquele amor era impossível, pois Kalil tinha que seguir aquilo
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Lo’ Ramp que sua mãe escolheu para seu destino e nada poderia mudar isso, caso contrário seria melhor ele desaparecer daquele lugar. Porém para desespero de Kalil a moça começou a corresponder à sua paixão e ambos pareciam de fato gostar um do outro. Os meses foram passando e os sentimentos dos dois foram aumentando, mas ambos sabiam do risco que corriam ao se encontrarem as escondidas. No entanto essa era a única maneira de viverem aquele amor proibido. Tudo começava a se repetir como havia sido no passado, pois eles agora pensavam em fugir para serem felizes em outro lugar. Mas o dia fatal se aproximava e tudo aquilo iria acabar de maneira trágica. Kalil foi surpreendido por sua mãe enquanto arrumava suas roupas para fugir. Ela questionou porque ele estava fazendo aquilo. Kalil resolveu que não iria mentir e disse à sua mãe que iria embora porque não podia ser aquilo que sua mãe sonhava. Ela ficou enfurecida com ele e o trancou dentro do quarto dizendo que só o deixaria sair se ele confessasse o motivo que o fez desistir. Kalil dizia que simplesmente não queria ser um reverendo, porém sua mãe acreditava que havia alguma mulher por trás daquela desculpa. No entanto Kalil preservou o nome dessa mulher e jamais falou sobre ela. Vendo que não tiraria do filho a confissão que desejava a mãe levou o filho até o tribunal da Inquisição, só para amedrontá-lo, mas Kalil não se apavorou diante das torturas que assistiu. Com essa atitude sua mãe ficou mais enfurecida e resolveu aplicar algumas torturas nele. Começou amarrando Kalil deixando-o pendurado em uma parede. Uma reação muito forte tomou conta de Kalil. Aí ele falou tudo que sentia e pensava da mãe. Ela entrou em seu quarto e perguntou a ele se estaria pronto a voltar atrás em tudo. Kalil a olhou bem nos olhos e disse: “Você é uma velha louca e não percebe o quanto é detestada pelas pessoas. Ninguém gosta de você. As pessoas só te respeitam por medo de serem condenados, mas todos sabem que você não tem o juízo perfeito. Essa sua mania de ser santa é para encobrir essa sua loucura e agindo assim você contaminou o meu pai e outros loucos como você, mas a mim você não vai contaminar com esse seu fanatismo, pois eu vejo o que você e aqueles juízes loucos fazem quando querem se ver livres de alguém. Eu vi as várias provas falsas que vocês arrumaram para levar inocentes à morte. Agora faça o mesmo comigo. Eu vou morrer e ficar livre de você, mas você não vai estar livre da sua loucura, que irá te perseguir pelo resto de seus dias”. A cólera subiu à cabeça da mãe de Kalil, que não pensou duas vezes e cortou o órgão sexual do filho e o deixou sangrando até a morte. Quando o pai de Kalil entrou no quarto do filho e viu aquela cena um súbito de consciência o invadiu. Ele levou sua mulher para o tribunal da Inquisição e contou tudo que ela fazia e fez com o filho. A louca estava em estado de choque e repetia que seu filho estava possuído, por isso teve que matá-lo, porém já fazia 5 dias que Kalil estava preso e amarrado no quarto sem comer, apenas alimentado por água. A mãe de Kalil não teve como escapar das acusações e terminou condenada à morte. A jovem que amava Kalil revelou a todos o motivo real pelo qual ele foi torturado e morto pela mãe. Isso chocou ainda mais aquela pequena cidade, pois o amor não era proibido só porque um ser servia a Deus. Muitas mudanças aconteceram depois desse crime e o grande tribunal terminou sendo expulso daquela cidade, pois o povo rejeitava suas leis. Quanto a Kalil, dessa vez ele não foi covarde como havia sido antes, pagou pelos seus erros e até hoje ainda os paga na sua vida atual. Agora vamos a nossa 6ª esfera, que chamaremos de Camila. Contaremos apenas uma das encarnações de Camila, aquela que talvez tenha sido a mais difícil naquela época e estágio. Primeiro falemos dos erros que ela cometeu para merecer passar por tudo que iremos descrever. Antes de aceitar ser uma esfera Camila foi uma rainha muito perversa. Ela matou seu próprio marido para assumir o controle e quando fez isso mandou matar muitas pessoas pobres que viviam em seu reino, só para limpá-lo daqueles que ela considerava a sujeira daquele lugar. Agora ela tinha que pagar por isso e para isso tinha que viver uma vida bem curta, além de ter que tirar alguns seres do umbral, lugar que já conhecia muito bem por ter passado por lá quando terminou seu reinado de maldades.
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Luzes, Emissários de Amor Camila reencarnou como um ser bem pobre e logo que nasceu foi abandonada numa mata fechada, onde serviria de alimento para os animais selvagens se não fosse a bondade de um velho que vivia ali nas redondezas. O velho ouviu o choro de um bebê e procurou até encontrá-lo. Ele a levou para sua velha cabana e deu o pouco que tinha de leite para o bebê. Ele a criou até os 7 anos de idade, ensinou a ela onde pescar e como conseguir alimentos plantados ali mesmo. Disse a ela para nunca ir à cidade sozinha, pois era muito perigoso e só ele ia até a cidade. O básico da vida e como sobreviver ele transmitiu a ela antes de falecer. Camila agora estava sozinha e tinha que sobreviver como havia aprendido. Um dia ela ouviu um barulho de risadas vindo de dentro da própria mata. Ela, muito curiosa, procurou saber o que era e começou a procurar. Era noite e estava muito escuro, mas logo Camila avistou um clarão e percebeu que era uma fogueira. Se escondendo por trás das árvores ela se aproximou e o que viu era horrível demais. Homens e mulheres nus dançavam, bebiam e corriam ao redor da fogueira se tocando o tempo todo. Eles riam muito, porém o que mais chocou Camila foi um ser que parecia meio animal. Ele não era um ser humano comum, pois suas pernas eram cobertas por longos pelos e seus pés pareciam cascos de animal. Este ser estava sentado no tronco de uma árvore e uma mulher nua gemia muito sentada em seu colo. O sangue dela escorria por suas pernas e ela então começou a inclinar o corpo até que caiu. Foi então que Camila viu que havia um punhal cravado na barriga da mulher. Ela provavelmente estava morta. Algo muito terrível estava acontecendo ali, mas a inocência de Camila não permitia a ela saber o que era realmente. Apavorada com o que viu ela tentou sair dali sem ser vista, mas alguém percebeu a sua presença e a pegou, levando-a para perto do homem estranho. Esse a olhou e perguntou a ela o que viu e porque estava ali. Ela disse que morava naquela floresta, ouviu um barulho e procurou saber o que estava acontecendo. Por isso estava ali. O ser percebeu que Camila era inocente e pura e havia sido batizada pelas leis da floresta, o que o impedia de matá-la, porém ele disse a ela: “Tudo que tu vistes hoje com os mesmos olhos jamais voltarás a ver. Eu te condeno à cegueira mundana e somente o mundo de Manu poderás enxergar (obs.: Manu é um nome dado às forças do universo, o olho que tudo vê e tudo rege, o senhor que equilibra as forças do bem e do mal. Muitas seitas pagãs invocavam essa força e as catástrofes eram inúmeras, pois os seres não tinham evolução suficiente para usar a magia que recebiam ou simplesmente terminavam usando-a para o mal. Mas Manu é tão somente o equilíbrio do poder e a harmonização entre o homem e os poderes da natureza. Até hoje alguns bruxos dizem ter esse poder, mas eu afirmo que como no passado ninguém mais o tem, pois no passado muitos reinos foram destruídos por seres que usaram esses dons. Na verdade muitos invocavam as forças da natureza, mas poucos eram os que conseguiam controlá-las e, é claro, o ser que não era feiticeiro natural terminava sempre perdendo os poderes, pois Manu os castigava por seus erros e suas maldades. Todos já devem ter ouvido, lido ou visto um filme onde sempre tem uma bruxa má e uma feiticeira boa e sempre há um duelo de poderes entre elas. Por incrível que pareça o ser mal sempre faz um pacto sangrento para ter os poderes e o ser bom na maioria das vezes já nasce com os dons. Nesses casos a ficção imita a realidade do passado, pois o ser mal busca o poder para realizar seu desejo de obter tudo. Já o ser bom convive com esse poder dentro de si, conhece sua parte boa e sua parte ruim. Por isso nem sempre o utiliza, pois até aprender a controlá-lo já sofreu muito). Depois que o ser falou isso para Camila ela simplesmente desmaiou e só acordou no outro dia. Quando abriu os olhos percebeu que não enxergava mais nada. Um desespero tomou conta daquela criança que chorava muito. Agora o medo tomava conta de sua vida. Camila pensava que tudo aquilo era um sonho ruim e que logo iria passar. Quieta, ela não saía do lugar, mas o que lhe era mais estranho é que ela estava em casa. Por isso ela acreditava que tudo não passava de um sonho. Camila passou horas sentada naquele lugar. Às vezes chorava, outras ficava quieta com medo, até que dormiu e em seu sonho o velho que a criou veio em seu auxílio e lhe disse: “Camila, minha criança, não tenha medo. Você não precisa de olhos para ver o que necessita. Basta apenas que se concentre e mantenha a calma e logo vai ter uma visão muito mais bela do que aquela que teve”.
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Lo’ Ramp No outro dia Camila acordou muito mais calma e criou coragem para andar pela casa. Foi se lembrando de cada canto e de tudo que ali existia. Aos poucos foi se acostumando com sua cegueira e já não tinha mais tanto medo. Pelo barulho conseguia identificar o lugar onde pegava água e onde pescava. Aos 9 anos de idade visões estranhas começaram a perturbar a mente de Camila. Ela via seres que saíam e entravam em sua casa. Eram calados e alguns pareciam voar. Outros corriam. Eram como crianças estranhas que queriam chamar sua atenção. O tempo foi passando e ela foi criando uma boa convivência com esses seres e assim ela foi descobrindo que aquela era a visão de que o velho havia lhe falado. Dentro da floresta ela conhecia tudo e todos os seres invisíveis que ali viviam. Um dia esses seres disseram a Camila que na floresta existia um lugar muito escuro e nele muitos seres choravam e eles não ouviam o que os seres falavam, mas se Camila tentasse falar com eles talvez esses ouvissem o que ela tinha para dizer. Camila achou muito estranho tudo aquilo, mas aceitou ir até o local. Quando chegou lá realmente ouviu o choro dos seres e viu que ali tinha várias pessoas. Algumas estavam deformadas, outras tinham marcas de sangue no corpo, porém era tudo muito estranho, pois aquelas pessoas não estavam mais vivas, pois se estivessem ela não os veria. Um ser daqueles que só ela podia ver disse: “Camila, eles são seres humanos como você, só que morreram e não sabem disso. Por essa razão sofrem. Eles estão aqui nesse lugar justamente porque é aqui que os bruxos fazem seus rituais e sacrificam as pessoas e esses aí foram seres sacrificados. Acontece que antes disso eles também serviram o mal e por isso não conseguem sair das sombras”. “Mas como vou tirá-los daqui?”, pensou Camila. “Como vou convencê-los a ir embora. Eu tenho que tentar conversar com eles. Se eles me ouvirem talvez eu possa ajudá-los”. Ela então resolveu chamar a atenção daqueles seres cantando uma música para acalmá-los. Assim eles parariam de chorar e então poderiam ouvi-la. Deu certo e eles pararam de chorar e ela então começou a perguntar a eles porque choravam. Uma voz muito triste respondeu: “No meio das sombras não há luz e aqui também é muito frio. Você pode vir aqui para me ajudar?” Quando Camila ia dizer ‘sim’ um de seus amigos disse: “Não, Camila, você não pode entrar ali. São eles que tem que sair de lá. Se você for jamais voltará, pois eles são como os vampiros, sugam toda sua vida e sua alma será aprisionada junto a eles”. “O que devo fazer então?” “Continue conversando com eles e os convença a sair das trevas”. Camila perguntou o que eles haviam feito para estar ali. A voz disse: “Você não quer nos ajudar. Veio aqui para nos julgar, mas não vai fazer isso, pois já estamos condenados”. “Por que foram condenados e por quem?” “Você não sabe por quê?” respondeu a voz. “Eu deveria saber?” perguntou Camila. “Quem é você afinal?” perguntou a voz novamente. “Eu sou apenas uma criança da floresta”. “Mas o que faz uma criança sozinha aqui nessa floresta? Cadê seus pais?” “Eu não tenho pai nem mãe. Vivo aqui sozinha”. Nesse instante Camila descobriu de onde vinha a voz. Era de uma mulher que ela reconheceu no mesmo instante. Era aquela mulher que ela viu morrer na noite que ficou cega. Já haviam passado 3 anos, mas era impossível esquecer aquela cena. Camila a olhou e perguntou: “Por que ele a feriu?” “Porque eu ofereci meus conhecimentos a uma outra pessoa que jurou salvar minha alma das garras dele, mas essa pessoa me enganou. Ele descobriu tudo e me feriu. Depois me trancou aqui dentro”. “E os outros que estão com você, por que estão aí?” “Alguns porque amaram pessoas que não podiam amar, mas todas são como eu. Receberam essa punição por trair o nosso amo e senhor”. “Você pode me contar porque e como conheceu esse amo?”
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Luzes, Emissários de Amor “Eu queria me casar com um lorde muito belo e rico, mas ele não tinha o menor interesse por mim, pois era apaixonado por outra moça. Eu então procurei uma velha feiticeira que me prometeu que ele seria meu se eu fizesse tudo que ele mandasse. À noite ela se uniu a outras pessoas para fazer um ritual e quando terminou o meu amo surgiu do nada. Ele me chamou e disse que eu teria aquilo que desejava, mas para isso eu tinha que me deitar com ele, prometer servi-lo e só a ele obedecer por toda a minha vida. Eu então fiz o juramento e logo depois consegui o que desejava. Me casei com o lorde que tanto sonhei, só que para meu desespero só percebi o que havia feito quando meu lorde caiu de cama com uma doença grave e incurável. Pedi a meu amo que o curasse. Ele disse que não podia fazer isso, pois o meu lorde servia outro senhor. Meu lorde morreu e me deixou bem de vida, mas o peso de sua morte me incomodava muito, pois talvez ele vivesse se não tivesse casado comigo. Eu pensava que tudo aquilo era culpa minha e ninguém me convencia do contrário. Para aliviar um pouco minha dor doei parte da minha fortuna para os pobres e foi assim que conheci um ser muito puro de coração que me deu consciência de tudo que havia feito de errado. Eu então revelei segredos mágicos a esse ser, que em troca procurava uma maneira de salvar minha alma, mas como pode ver não deu certo. O velho que dizia me ajudar também morava nessa floresta, mas já faz alguns anos que eu não o vejo. Como era velho e sozinho já deve ter morrido ou simplesmente se esqueceu, como esqueceu vários outros seres que vivem aqui comigo”. Camila logo descobriu quem era o velho e disse: “Não se preocupe. Ele não te esqueceu. Foi ele que me mandou aqui para salvar suas almas e eu vou fazer isso por ele”. A mulher perguntou: “Mas por que ele não veio com você então?” “Por que ele não pode. Está muito doente. Agora preciso ir, mas amanhã eu volto e logo que eu começar a cantar vocês vão saber que sou eu”. Camila voltou para casa e começou a pensar numa maneira de dizer a todos aqueles seres que eles já estavam mortos sem chocá-los. Como fazê-los caminhar para a luz também era um problema que ela teria que resolver. Naquela noite Camila teve uma visão com o velho que a criou. Ele disse que estaria com ela na hora que essa estivesse falando com aqueles seres. Assim ela receberia uma orientação de como ajudá-los. Ela então foi dormir pensando naquilo que o velho havia lhe dito. No outro dia resolveu ir ao encontro daqueles seres e quando chegou lá cantou a mesma canção do dia anterior. Os seres ouviram a canção e pararam de chorar. Então aquela que se comunicava com Camila logo surgiu dizendo: “Você é um ser que honra a palavra. Você realmente veio”. Camila disse: “Eu sei o valor de uma promessa, por isso estou aqui”. Nesse instante Camila começou a ouvir uma voz suave que vinha como eco dentro de sua mente. Era como se alguém estivesse falando dentro de seus ouvidos. A voz dizia tudo que ela deveria fazer. Camila então começou a repetir o que a voz dizia para os seres e começou perguntando se eles sabiam a quanto tempo eles estavam presos ali. A mulher respondeu que devia fazer alguns dias, não sabia ao certo. “Vocês sentem fome ou sede?” Ela disse que sim. Sentia fome, frio, sede e dor. Sem muita alternativa Camila disse: “Mas vocês não acreditam que pelo tempo que já passaram aqui já teriam morrido, pois os ferimentos que cada um tem já devem ter sangrado muito?” A mulher perguntou o que Camila queria com aquela pergunta. “Desejo apenas que vocês façam um teste”, disse Camila. “Mas que tipo de teste?” “Para salvar vocês eu quero que você mate um de seus companheiros”. “Você está louca, menina. Por que eu faria uma coisa dessas se já estamos sofrendo tanto?” “Se fizer o que digo você irá não só se libertar como libertar todos seus companheiros de todo esse sofrimento”, retrucou Camila. “Você não acha que já sofremos o bastante?” “Eu quero apenas provar a vocês que todos estão sob o efeito de um feitiço e para quebrá-lo basta apenas que um de vocês seja sacrificado”.
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Lo’ Ramp “Tudo bem, menina, eu vou fazer o que você está falando, mas se você estiver errada pode ter certeza que não irá viver muito tempo”. Ao falar isso a mulher pegou uma estaca de madeira e perfurou a própria perna. Na hora a dor foi tão grande que essa quase ficou inconsciente. Nesse instante o velho sábio entrou em Camila e puxou a estaca da perna da mulher. Camila voltou então ao lugar anterior e pediu para a mulher olhar para a sua perna. Ela olhou e não viu marca alguma em sua perna. Assustada ela olhou para Camila e perguntou o que estava acontecendo ali. Camila disse: “Vocês já estão mortos, só não aceitam isso e a única maneira de provar que já estão realmente mortos é pedindo que tentem morrer novamente, pois nas condições atuais de vocês isso seria impossível. Tudo que vocês ainda sentem não passa de ilusão e falta de orientação, pois a alma de nada precisa e nada mais sente a não ser o amor, mas vocês estão muito apegados aos seus erros e o peso desses mantém vocês aqui na Terra”. “E o que devemos fazer para mudar isso?” perguntaram eles. “Mudem o que pode realmente ser mudado e procurem aceitar, mesmo que ainda não compreendam, aquilo que não pode ser mudado”. “Eu ainda não entendi o que você quis dizer com tudo isso”, falou um deles. “Eu quero dizer que o erro que todos vocês cometeram não pode ser mudado, pelo menos o que houve com as pessoas atingidas, mas o arrependimento e o perdão trazem a consciência que libertará vocês para consertarem esses erros mesmo que seja com outros seres. Com isso quero dizer que aquilo que não podemos corrigir hoje devemos ao menos aceitar como defeitos nossos. Com isso passamos a compreender melhor nossas fraquezas e então poderemos mudá-los no futuro”. “Se tudo é tão simples assim por que ainda temos medo daquele que é o nosso senhor?” “O senhor de vocês tem por obrigação criar obstáculos para que vocês provem que são capazes de vencê-los e o medo é só mais um deles”, explicou Camila. “Você está nos dizendo que ele não irá nos fazer mal se não tivermos medo dele?” “É exatamente isso, pois o seu senhor nada pode fazer diante do Senhor dos senhores. Agora saiam daí e venham para perto de mim e nada irá lhes acontecer”. A mulher deu os primeiros passos em direção a Camila e os outros a seguiram. Logo que ela pisou fora das trevas uma luz começou a dissipar toda aquela escuridão e um círculo de seres luminosos se fez ao redor deles e os levou da Terra. A missão de Camila estava cumprida com aqueles seres. Ela então voltou para sua casa onde seu tormento ainda continuaria. Naquela noite Camila viu aquele ser que a cegou bem na sua frente. O ser veio reclamar as almas que ela havia ajudado a libertar, pois aquelas almas eram dele e ela não tinha direito de tirá-los dali. Camila nada pôde argumentar, pois o ser não lhe deu oportunidade e a partir daquele dia Camila passou a sofrer muito, pois o ser vasculhou a sua mente e procurou seus medos e passou a torturar Camila. Ela trocou a noite pelo dia, pois não conseguia mais dormir. Nas noites o ser a apavorava com suas ilusões. Três anos se passaram e Camila já não suportava mais aquela vida. Todas as noites era a mesma coisa até que um dia, já cansada de lutar contra tudo aquilo, Camila resolveu ignorar todo o mal que aquele ser lhe fazia. Ela disse para si mesma: “Eu sou cega, não posso enxergar com os olhos normais, pois agora irei me tornar cega dessa visão especial que tenho também, afinal aquele que tirou minha visão não pode me cobrar disso. Então não tenho a obrigação de enxergá-lo”. Quando a noite chegou Camila juntou suas forças e colocou seu plano em prática. Começou a ignorar as ilusões que tanto a incomodavam e de fato foi perdendo o medo delas. Uma outra noite o ser do mal veio falar com ela na tentativa de persuadi-la mais uma vez, porém dessa vez Camila conseguiu retrucar antes que esse a proibisse de se defender. Ele veio e disse: “Você está desafiando meu poder, menina?” “Não, não estou, mas já que fui obrigada a conviver com ele terminei me acostumando. Por isso não preciso mais me assustar, afinal só devemos temer aquilo que não conhecemos, mas o seu poder eu já conheço. Por que tenho que temê-lo? Esses anos todos me serviram de lição para que eu conhecesse bem o meu carrasco e aproveitando que um dia ele me deu a cegueira como castigo eu
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Luzes, Emissários de Amor descobri que na verdade não preciso enxergá-lo. Já que sou cega como posso temer aquilo que não posso ver? Mas se isso insiste em conviver comigo eu não posso impedir, porém lhe afirmo que ignoro aquilo que não vejo. Portanto não vejo, não sinto e em nada poderá me afetar”. “De onde você tirou tanto poder, menina, e por que pensa que assim ficará livre de mim?” “Na verdade você mesmo me deu esse poder, pois graças a seus sustos eu aprendi a aceitálos. Já que não podia mudar essa situação o melhor que tinha a fazer era aceitá-los. Assim pude conhecê-lo melhor e aprendi então a lidar com a situação, chegando a conclusão que ignorar é melhor do que dar atenção. Assim só um lado sofre e é claro que não é o meu lado, pois para mim o temor maior só existe quando nos falta a consciência de que todas as coisas só encontram o fim na Terra, pois além disso tudo é infinitamente vivo e belo e isso eu aprendi quando perdi a visão terrena e ganhei a visão da alma. Você me tirou a visão da terra, mas o Todo Poderoso me deu a visão da alma, pois essa você mesmo sabia que não podia tirar, por isso fingiu preservá-la”. “Agora só tenho a te dizer uma coisa. Eu aprendi a aceitar o que não posso mudar e me adaptei com o que consegui mudar, mas e você? Será que pode fazer o mesmo ou vai continuar brigando?” O ser ouviu tudo que Camila falou e dessa vez não conseguiu atingi-la, mas foi atingido pelas palavras da jovem. O sátiro do mal se retirou em silêncio, amordaçado pela clareza e segurança que Camila transmitiu em suas palavras. A partir daquele dia ele nunca mais a procurou. Camila viveu até os 18 anos. Veio a morrer numa grande tempestade, que derrubou sobre sua casa uma árvore grande e pesada, porém ela não sofreu para morrer, pois seus amigos elementais socorreram sua alma na hora fatal de sua passagem. Ela acertou seu karma e partiu para novas encarnações. Aqui vamos terminando os relatos das vidas de algumas esferas. Não vamos descrever as vidas de todas as esferas, pois não há muita diferença na forma de pagamento dos karmas. A 7ª esfera, por exemplo, passou 4 vezes pelas torturas e mortes das famosas cruzadas santas e Inquisição, sendo que em uma dessas ela teve um olho furado, as unhas arrancadas, o nariz decepado e foi marcada com ferro quente e ainda sobreviveu por algum tempo depois disso. A 8ª e 9ª esferas passaram pelas mesmas torturas. Tiveram a cabeça decapitada e o resto do corpo separado em vários pedaços durante a Inquisição. A 10ª, 11ª e 12ª esferas sofreram torturas bastante semelhantes. Uma foi apedrejada até a morte, outra queimada viva e a última foi atirada às feras para servir de alimento para elas, mas não foram essas as únicas torturas que as 12 esferas precisaram passar para acertar seus erros passados. Enquanto um ser comum passou por 3 ou 4 vidas assim as esferas tiveram que passar os últimos 2 mil anos conhecendo as várias espécies de sofrimentos e dores, pois a responsabilidade de serem as últimas esferas da 1ª etapa serviria para torná-las capazes de compreender todos os defeitos dos seres humanos sem julgá-los ou condenálos. Somente passando por tudo isso na própria pele é que elas seriam capazes de conhecê-los. Mas algumas encarnações não foram tão ruins assim, afinal todo ser humano tem direito à felicidade e as esferas também são seres humanos, mas queremos deixar bem claro que tudo que elas passaram foi por livre e espontânea vontade da alma consciente. Em nenhum momento foi retirado o livrearbítrio desses seres. Elas apenas foram instruídas de que a melhor maneira de aprender seria sofrer certas situações na própria pele e assim, de comum acordo, as esferas aceitaram as condições de aprendizado que lhes foram apresentadas. Inúmeros seres especiais que passaram pela Terra deixando lições de sabedoria também fizeram escolhas semelhantes. Ao final de um estágio planetário o maior bem que um ser pode ganhar é um grau de sabedoria consciente a mais no caminho de sua evolução.
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EPÍLOGO Ao final dessa coleção chamada “Corpus Universalis”, que também chamo de Manual de Sabedoria para a Evolução Humana eu espero ter deixado bem claro que todo ser humano é senhor de suas ações, de seus erros, de suas dores. Somente o próprio homem pode determinar se será feliz ou infeliz. Para isso ele hoje sabe que deve usar apenas a sua consciência. Em 6 livros descrevemos as inúmeras maneiras de chegar até a tão esperada consciência. Usei exemplos de seres vivos e de seres desencarnados para tocar o coração dos leitores. Desejei com todo o amor de minh’alma passar a vocês aquilo que também sinto, pois para mim, que me encontro desencarnado, é muito fácil dizer “Eu te amo”, mas para vocês pode parecer difícil entender isso. Porém não me importo se acreditam ou não no meu amor. O mais importante para mim é poder dar esse amor a vocês e foi passando isso para livros que eu encontrei esse elo entre mim e vocês. A cada página desses livros vocês irão encontrar um pouco de si mesmos ou se não, irão encontrar um pouco de seus sonhos, pois essa é a verdadeira finalidade desses livros. Eles foram escritos para falar com vocês, para ajudá-los, para ensiná-los, para compreendê-los e para fazê-los compreender. Para alguns eles não irão passar de livros, amontoado de papel, mas para outros eles irão servir de amigo e professor. O mais importante de tudo isso é que o fato de ter chegado ao final dessa coleção não significa que tudo tenha realmente acabado, muito pelo contrário. Para vocês as coisas devem ter apenas começado com tudo que leram e, é claro, ainda terão um longo caminho pela frente, que com certeza não é mais tão penoso e obscuro como antes deviam pensar. Já para mim é apenas mais uma coleção que termino com muito carinho e amor. Na verdade eu estava apenas preparando vocês para a próxima coleção, que será muito mais envolvente, muito mais cheia de emoção e com ela pretendo levá-los ao mais íntimo cantinho de suas almas. Aqui eu não me despeço, apenas digo “até breve”, pois voltarei logo, só para roubar-lhes o coração. Quero apenas lhes dar um tempo para respirarem. Assim não notarão minha presença e num piscar de olhos vocês acordarão e eu estarei aí bem pertinho de cada um, discretamente dentro do seu coração, fazendo parte de sua consciência, amigo de sua evolução. Lo’ Ramp
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Luzes, Emissários de Amor
Este livro pertence à coleção “Corpus Universalis” – Verdade e Origem do Homem e do Universo. Manual para a Evolução, composta por: 1º: Entre o Céu e a Terra – Manual completo e prático de aprendizado e evolução espiritual 2º: A Hierarquia da Luz 3º: Sabedoria – Luzes do Tempo 4º: Encanto – A Chama da Magia 5º: Futuro - Um Presente que veio do Passado 6º: Luzes - Emissários de Amor Conheça também os outros livros psicografados por Aylla: O Livro da Luz O Peregrino de Almas Os 7 Sábios do Universo
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