LEMBRANDO OS HORRORES DE UMA GUERRA DE GUERRILHAS ONDE O FILHO MATAVA O PAI; O VIZINHO SEU VIZINHO; O IRMÂO SEU IRMÃO…HORRORES QUE A LEMBRANÇA ESCURECE… E se não me calarem, certo será que darei meu contributo para que estes crimes sem razão sejam trazidos á memória curta dos homens, pois aqui em Portugal, como em outros países, nós, naturais das “colónias” ainda somos vistos como os invasores, e por tal sentimos em nosso corpo e alma a xenofobia de uma informação generalizada e criada por os mentores de nosso exílio forçado da perseguição que nos impuseram. Edmundo H.G.Silva Extraído do blogue: http://povosmartires.blogspot.com/2007/07/atrocidades-da-guerra-colonialser.html Sexta-feira, 27 de Julho de 2007
Atrocidades cometidas pela FNLA/Angola(1961)
Atrocidades da guerra colonial Será possível esquecer Estas fotografias chocam mesmo. Pela violência e pela crueldade dos assassínios - cometidos em 1961 pelos membros da UPA. Pela forma serena e quase sorridente com que os nossos soldados se deixaram fotografar frente a cabeças espetadas em paus ou corpos esventrados - com o mesmo ar com que posam para a fotografia de fim de curso. Mas esta foi a realidade dos anos 60 em Angola. Compreenda-la é perceber melhor o que foi aquela guerra e não deixar esquecer aquilo que as guerras, sejam elas quais forem, fazem aos homens. As fotografias que aqui mostramos nunca foram publicadas porque a censura nao deixou. Os horrores e violações flagrantes dos mais básicos direitos Humanos passaram-se no norte de Angola. São imagens da violência da guerra e, sobretudo, do terrorismo da guerra - na Fazenda Tabi, os membros da União dos Povos de Angola (UPA) liderada por Holden Roberto, mataram os administradores brancos a golpes de catana, e na Fazenda Cassoneca esventraram um soba (chefe de uma tribo) e mataram toda a sua família, porque se recusou a deixar de trabalhar para os brancos. Os negros que trabalhavam nas fazendas de café administradas por portugueses - um objectivo “militar” a atingir porque destruir a economia é uma das formas de vencer a guerra - e que eram identificados por usarem uma fita colorida á volta da cabeça, eram decapitados e as suas cabeças espetadas em paus. Além de trabalharem para os brancos, os negros assassinados pertenciam a outras etnias. Eram originários do Sul de Angola e tinham sido trazidos propositadamente pelos colonizadores que os julgavam mais dóceis e facilmente domináveis do que os naturais do Norte. Os soldados portugueses foram chamados a proteger estas áreas e era nessa função que aqui se encontravam. A sua expressão impassível revela bem que assistir a massacres deste tipo, contra civis, se tornou facilmente um hábito. Numa guerra de guerrilha toda a população é o “inimigo”. E as tropas portuguesas não demoraram muito a utilizar os mesmos métodos, instigadas pelo treino que, depois, passaram a receber antes de embarcarem. Da preparação para a guerra constavam ainda slogans de conteúdo racista, que apresentavam indiscriminadamente, o “preto” como inimigo, música e canções guerreiras. Estas histórias e as dos massacres cometidos pelas tropas portuguesas estão registadas em fotografias e filmes que estão na posse das chefias militares e de ex-combatentes da guerra colonial. Mas em Portugal, os poderes político e militar e a sociedade, de uma maneira geral, têm evitado discutir esta página negra do vida do país. A APOIAR (Associação de Apoio aos ex-Combatentes Vítimas de Stress de Guerra) prepara-se para mandar a primeira pedra. Em Abril foi inaugurada uma exposição com material “tirado do baú”. A violência alimenta a violência e é disso que são feitas as guerras. Ao ver estas fotografias não é difícil perceber como funciona este ciclo de ódio. In Notícias Magazine, diário Notícias 17 de Março de 1996 Etiquetas: Colonização
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por
Victor
Nogueira
@ Segunda-feira,
Julho
02,
2007
"A 13 de Abril, o Úcua, a pouco mais de uma centena de quilómetros da
capital, sofre um assalto de terrível ferocidade. Mais vidas sacrificadas a uma sanha sanguinária, violenta de ódio habilmente cultivado, como se essa fosse a recompensa devida a muitos colonos que dedicaram uma vida inteira a melhorar a situação dos nativos (...). Numa das suas habituais visitas à Fazenda Luzia, uns dias antes dos acontecimentos em Luanda, um velho servidor seu avisara-o de que "não dormisse despido pois que nas sanzalas andava tudo muito mal, mas que nada dissesse para que os companheiros o não matassem". Acácio Cunha não dera ouvidos ao velho pois, como os demais, não acreditava que a paz e a franca convivência de anos fossem destruídas sem qualquer razão. No entanto, agora que o inacreditável aconteceu, graças à diligência daquele colono, as autoridades empreenderam uma rusga à região. Uns 640 bailundos, armados de catanas e paus, trabalhadores da fazenda, colaboraram na rusga, auxiliando o pelotão militar e os 20 civis da fazenda, armados. Dois dias depois da tropa regressar a Caxito, terminada a rusga, uma horda de bandidos assaltava o Úcua (...). in .http://pissarro.home.sapo.pt/ Postado por princesadonamibe às 05:03