Jornal Do Mext

Movimento A chegada de alguém ao ti o interesse de fugir a um Técnico dá-se num clima de espírito acéfalo, calado, sem expectativa e orgulho, não a voz necessária para intervir pondo de parte algum medo, nos pilares que te regem e proveniente do nervoso c o n s t i t u e m a p r ó p r i a miudinho que marca a entrada democracia. Uma democracia no ensino superior e numa cuja saúde depende da instituição tão acreditada participação activa de todos. como é o IST. Na mala vem O Movimento de Estudantes provavelmente a vontade de d o T é c n i c o s u r g e d a aprender e a esperança que necessidade de criar um elo os conhecimentos adquiridos de ligação entre todas as abram as portas a um futuro v o z e s , e n t r e a s m a i s profissional o mais risonho diversificadas opiniões. Tem possível. Não nego. Ainda uma linha de orientação que assim, encontro uma certa procura sempre fomentar v i s ã o r e d u t o r a n e s s a uma escola democrática, onde tu, enquanto aluno e membro perspectiva. A nossa passagem pelo IST da instituição, tens um espaço dá-se, não só enquanto que é teu, onde cabem as tuas alunos, mas também na sugestões, críticas ou elogios. Um espaço que não deve qualidade de pessoas, ficar no anonimato. É cidadãos, membros de um movimento que uma sociedade. Daí Aparece na procura primar que deva ser do pela partilha de maior interesse a ideias, pelo fomentação de um debate de temas, espírito crítico, pela criatividade, contestatário, e sem os entraves porque n ã o , 22 Set - 17h formais que criativo. O Técnico, acorrentam um enquanto instituição Bar de Ci qualquer órgão de ensino, está oficial, e com a liberdade equipada ao mais alto para criar iniciativas com a nível para te proporcionar uma aprendizagem de enorme extravagância que, sem cair qualidade e acreditação no ofensivo, lhe quiseres dar. científica. Do cálculo à física, Quando no ano passado ninguém pode negar, vais entrei para o IST, senti aprender com os melhores e n e c e s s i d a d e d e u m nas melhores condições. Fica movimento assim. O MExT no entanto o espaço aberto foi uma lufada de ar fresco. para uma formação que, por Fica o convite feito, vem paradoxal que te possa participar. O movimento és parecer, terás que ser tu a tu quem o faz. construir. Tem que partir de Fernando Pedro

próxima reunião,

vil

Conversas de Esplanada

No dia 8 de Junho, o MExT organizou um debate sobre o Movimento Estudantil - cá dentro e lá fora, que contou com a presença de José Soeiro (sociólogo) que esteve recentemente em Atenas onde acompanhou de perto as movimentações dos estudantes, e de Nuno Moniz (estudante no Porto) que integrou o Movimento 24 de Março que ocupou a Fac. de Belas Atrtes do Porto. No debate participaram cerca de 60 pessoas, e a conversa seguiu para o polémico tema das propinas.

BEM-VIND@

Ficha técnica Redacção: António Rafael Santos, Fernando Pedro, Rosa Félix, Tomás Mendes. Imagens: Fenando Pedro Montagem: Rosa Félix Revisão: João Ferrão Colaboração: Joana Félix, Pedro Vicente Uma publicação do MExT Movimento de Estudantes do Técnico

O que é o MExT ? O MExT - Movimento de Estudantes do Técnico surge da necessidade de criar uma plataforma crítica que ponha em cima da mesa questões actuais da sociedade e, em particular, que discuta formas de melhorar a qualidade de vida e ensino dos estudantes do Instituto Superior Técnico. Este movimento aberto, apartidário, contestatário e criativo, prima pela democracia e recusa de padrões hierárquicos, em que cada um tem um papel preponderante na sua criação. Vivemos um período de apatia crítica e, juntos, podemos criar uma voz activa e passível de ser escutada. A tua presença neste projecto não é dispensável de todo. Aparece na próxima reunião com as tuas ideias e a tua voz. Vem discutir o que gostarias de ver criado ou melhorado nesta universidade, que também é TUA!

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ao IST Setembro 2009

Chegada ao IST Este artigo destina-se aos alunos do primeiro ano. Antes de mais, gostaria de deixar bem claro que vosso sucesso pouco me diz respeito – não sou professor, não sou do Conselho Pedagógico e não tenho nenhum interesse especial em escrever estas linhas – sou um simples aluno que entrou onde vocês vão agora entrar. E gostaria que percebessem, antes da leitura deste texto, que nem ninguém vos obriga a lê-lo, como eu não tenho nenhum interesse especial em que o façam. Esclarecido este ponto, começo por contar o que a maioria de vocês vai ouvir: “agora é que tens de estudar! Começa no primeiro dia, acompanha a matéria e não te percas”. E o que todos vocês vão pensar não é segredo para ninguém: “Pois, já ouvi isso quando entrei para o Segundo Ciclo, voltei a ouvir no nono ano e no secundário era todos os dias. Já sei que não me ‘lixo’”. A verdade é que todos têm liberdade de pensar como querem, mas problema dessa verdade é que, aqui no Técnico, nem sequer é obrigatório ir às aulas. Ninguém vai fazer queixinhas aos pais, não há Directores de Turma – tudo isso acabou. Ou seja, todos têm liberdade para escolher o que fazer. Então, o pensamento “Já sei que não me ‘lixo’” é traiçoeiro (e são poucos os que não o têm).

Grande Auditório do Pav. Central. Mário Novais - 1936

Deixo um exemplo: no primeiro semestre do ano passado, houve 313 inscrições em Cálculo Diferencial e Integral I em Informática.. Desses, 41% foram avaliados (fizeram testes ou exames) e só 26% foram aprovados. Ou seja, só 33 alunos fizeram Cálculo em Informática. Tendo em conta que entram 180 por ano, conclui-se com facilidade que é muito pouca gente – e é errado pensar que só acontece em Informática. Isto acontece porque o Técnico é só para génios? É só para quem estuda todos os dias? Não! Acontece porque ninguém acredita que se pode mesmo ‘lixar’. É isso que tem acontecido estes últimos anos, é isso que vai acontecer este ano. Porquê? Porque é um ciclo vicioso. Chegas ao Técnico e dizem-te que ninguém faz as cadeiras todas no primeiro

ano. Habituas-te à ideia, e quando chegas à altura dos testes é tanta coisa para estudar que a atitude mais fácil é desistir. Muitos pensam que é normal, que não tem importância, que acontece a todos. O segredo está em não te acostumares a essas ideias e começares a fazer qualquer coisa desde o início. Mesmo que depois percebas que essa estratégia não funciona contigo, não perdes nada em tentar. É que no Técnico não basta ser inteligente para sobreviver – é preciso sofrer para sobreviver. Mas também é mais fácil ser bem sucedido do que parece; a parte difícil é acreditar nisso, sofrer para isso – e estar disposto a trabalhar. Bem sei que poucos leitores acreditam realmente no que digo; ainda assim, fica o conselho para quem dele se quiser servir. Tomás Mendes

O que há para fazer em Lisboa? Pede já a tua Agenda Cultural na AEIST ! Órgãos de Gestão Neste teu início no IST, é também importante que conheças os órgãos que zelam pelo bom funcionamento da instituição. O Conselho Escola tem como função decidir acerca das leis em vigor no IST, bem como vigiar o seu cumprimento. Neste órgão, os estudantes estão representados por dois alunos. O Conselho Pedagógico procura zelar pela qualidade de ensino. Procura detectar e eliminar falhas pedagógicas, tendo ainda este órgão uma palavra a dizer acerca de pontos específicos como o teu calendário e horário escolares. Face a alguma falha que encontres no funcionamento de uma cadeira, é a este órgão que te deves dirigir. Deste órgão fazem parte, de entre os estudantes, doze membros. O Conselho Científico gere o rigor e a qualidade científica da instituição. Deste órgão não fazem parte estudantes. Compete à Assembleia Escola dar o seu parecer acerca de quase tudo o que se passa no IST, tendo um papel consultivo. Vinte estudantes fazem parte deste órgão.

Chegar a Lisboa Estava o verão a acabar e já só ouvia perguntar e dizerem, “então para que universidades concorreste?”, “qual curso?”, “vais para o Técnico, muito boa universidade!”. Podia dizer que andava um tanto entusiasmado em entrar na tão afamada vida de estudante! Já sabia à partida que ia conseguir entrar no Técnico graças aos meus bons resultados do secundário, mas depressa percebera que essa média já não teria o mesmo impacto entre alunos universitários que tinha com os colegas de secundário. A vida mudara, não só por ter entrado numa grande universidade e numa nova fase da vida mas também pelo facto de nunca ter vivido numa grande cidade como o é Lisboa. Apesar de ser uma cidade funcional não nos podemos esquecer que o trânsito é o grande problema. Uma diferença de cinco minutos para sair de casa pode reflectir-se em 20 minutos a chegar ao destino e pontualidade é algo que se pretende num aluno do técnico. Afinal de contas estamos a falar de uma universidade cujas iniciais têm um peso enorme no mundo do trabalho e emprego há algumas décadas. É verdade que mal acabamos o curso temos emprego, prova disso

Descodificação das salas são os inúmeros emails que recebemos. Mas não quer dizer que todos os alunos que saem com diploma se dirijam para os cargos mais elevados de empresas. É apenas uma pequena percentagem. O técnico pede aos alunos muito trabalho, esforço e empenho, e é importante começar o trabalho logo de início e não no fim. Não se esqueçam que também já fui caloiro, e também tive a triste ideia de faltar a aulas e de estudar uma semana antes dos testes ou exames. A verdade é que esse não é o caminho para o sucesso mas sim o caminho para no segundo semestre se começar a criar a ideia de que afinal o Técnico não é bom, que é só trabalho e blá blá blá. Não! O ambiente do Técnico são os alunos que o fazem, são os alunos que o caracterizam e claro, se pensarem assim como eu pensava, irão encarar esta instituição como um exclusivo local de trabalho. Conselho meu e de muitos veteranos e professores é subir um degrau todos os dias, trabalhar desde cedo como se fizesse parte da nossa rotina diária, até porque se tiverem bons resultados desde cedo e desejo que sim, irão ter férias mais cedo! António Rafael

Vem para o Técnico de transportes públicos ou de bicicleta! Acabaste de entrar no Ensino Superior. Parabéns! Se tens até 24 anos, podes ter um desconto de 50% no passe de transportes públicos locais. Para tal necessitas de um preencher um formulário e carimbar na secretaria, para depois apresentares nas empresas de transportes públicos. O MExT sugeriu ao NAPE (que coordena as inscrições dos alunos do 1º ano) que tivesse disponível esse formulário na altura de inscrições, evitando mais uma ida à secretaria, e incentivando os alunos a deslocarem-se de transportes públicos. Mais informações: www.imtt.pt/[email protected] Se preferes deslocar-te de bicicleta em Lisboa, o IST tem ao teu dispor vários parques de estacionamento de bicicletas, espalhados pelo campus. Rosa Félix

Na altura de ires para as aulas, olhas para o horário e não percebes o que significa GA3, QA02.4 ou V1.17... Ou acabas por perceber por ti passados 2 meses, ou segues as instruções que o MExT te dá ;) Aqui está um pequeno guia de descodificação das salas. A letra corresponde ao Pavilhão/Edifício, como podes ver no mapa. Todas as salas que tenham um A na sigla, significa que é um Anfiteatro. Se o número tiver um ponto a meio, antes do ponto é o andar do pavilhão correspondente à letra (zero para andares negativos), depois do ponto é o número da sala desse andar. Alguns exemplos: EA5 - Edifício de Electro, Anfiteatro 5 GA3 - Pavilhão Central, Grande Auditório 3 C11 - Pavilhão Central, sala 11 V1.17 - Pavilhão de Civil, Piso 1, Sala 17 QA02.4 - Edifício de Química, Piso -2, Anfiteatro 4

Cantinas do IST Cantina do Social - 2,20 € Sopa + Pão + Carne, Peixe, Macro, ou Opção (mais caro) + Sobremesa Cantina do Pós-Graduação - 4,05 € Sopa + Pão + 2 de carne ou 1 de peixe + buffet de saladas + sobremesa [só a partir das 13h] Cantina de Civil - 4,43 € Sopa + Pão + Carne ou Peixe + sobremesa + bebida + café

Vai votar!

27 Set - Legislativas 10 Out - Autárquicas

Participa no IST A vida académica não se resume ao estudo. No Técnico podes encontrar diversos grupos e associações em áreas de interesse que vão desde a música à fotografia, da acção social ao movimento estudantil. Na última década têm também vindo a surgir os núcleos de estudantes de cada curso. É nestes núcleos e grupos que podes adquirir outras competências, conhecer pessoas, ter uma posição mais activa na vida académica e encará-la com outra prespectiva. Escolhe um Grupo da seguinte lista e contacta-o. Concerteza que serás bem recebido. Rosa Félix

NAF - Núcleo de Arte Fotográfica do IST GTIST - Grupo de Teatro do IST Diferencial - Jornal dos Alunos do IST CinemaparaIST - Núcleo de Cinema do IST Rádio Zero - Rádio do IST GASIST - Grupo de Acção Social do IST GEST - Grupo de Estratégia, Simulação e Táctica NAS - Núcleo de Actividades Subaquáticas TFIST - Tuna Feminina do IST TUIST - Tuna Universitária do IST TMIST - Tuna Mista do IST AEIST - Associação dos Estudantes do IST BEST - Board of European Students of Technology MExT - Movimento de Estudantes do Técnico nucleAr - Núcleo de Estudantes de Arquitectura do IST NEB - Núcleo de Engenharia Biológica NEBM-IST - Núcleo de Engenharia Biomédica Fórum Civil - Associação de Estudantes de Engenharia Civil do IST NEECIST - Núcleo Estudantes de Electrotecnia e Computadores NFIST - Núcleo de Física do IST

NEIIST - Núcleo Estudantil de Informática do IST

NEERCI-IST - Núcleo de Estudantes de Eng. de Redes de Comunicação e Informação do IST