IMPLEMENTAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE UM SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE EM ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO (E&P) DE PETRÓLEO NA PETROBRAS Área: 1.3. Gestão Ambiental Sub-área: 1.3.2 Gestão Ambiental
MOLLE Junior, Luiz Eng. Segurança Industrial Sênior, Consultor Técnico, Petrobras/ E&P-CORP/SMS Avenida Chile, 65/18
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TORRES, Ronaldo Chaves Eng.de Processamento, de Segurança Industrial e Advogado, da Petrobras/ SMS-CORP/MA Avenida Chile, 65/602
[email protected] FARIAS FILHO, José Rodrigues de DSc, Eng.Civil, Prof. do Curso de Pós-Graduação em Gestão pela Qualidade Total da UFF Rua Passo da Pátria, 156, CEP 45632-070, Niterói, Brasil
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ABSTRACT This paper shows how a third part certified SHE management system was planned and implemented in Petrobras upstream, in a variety environment such as the Amazon rain forest and a far offshore. The referred SHE management system, internally called SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde), is based in a group of international regulations, one of them, specially dedicated to offshore activities: ISO 14001, BS-8800 and ISM Code. Started as a pilot plan in 1996 in the Amazon rain forest, the first results were used as a perfect school to the next steps, the last one concluded in May 2000, with a certification of Campos Basin E&P operations, both for offshore platforms and onshore support and logistic activities. Special attention was given to the strategy adopted by the Company, which has resulted in a great success and commitment from the top managers to contacting parties.
Key-Words SHE management system, integrated management system, certification SHE management system.
Congresso Nacional de Excelência em Gestão – 22 e 23 de novembro de 2002 – Niterói, RJ Universidade federal Fluminense–Centro Tecnológico–Escola de Engenharia–LATEC-Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão.
RESUMO: Este artigo apresenta como um sistema de Gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, certificado por terceira parte foi planejado e implementado no segmento de exploração e produção da Petrobras em ambientes tão variados como a floresta amazônica e a área marítima, onde estão localizadas plataformas de produção de petróleo, fixas e flutuantes, algumas delas entre as maiores do mundo. Denominados de SMS (Segurança, Meio Ambiente e Saúde),esse sistema, foi montado baseado em um grupo de normas e regulamentos internacionais sendo um deles especialmente dedicado à gestão da segurança em atividade marítima de plataformas e navios: o ISM Code, ou International Safety Maritime Code da IMO – International Maritime Organization, além de dois outros conjuntos de normas a ISO 14001 (gestão ambiental) e a norma britânica BS-8800 (gestão de segurança e saúde). A implantação efetiva do SMS, foi iniciada em 1997, através de um projeto piloto na região amazônica, onde a Petrobrás produzia cerca de 15.000 barris/dia de petróleo. Os primeiros resultados foram considerados como escola para os próximos passos. A implantação do SMS na última Unidade de Negócios de E&P no Brasil foi concluída no mês de maio/2000, com a certificação da Unidade de Negócios da Bacia de Campos (UN-BC), tanto em suas atividades marítimas quanto terrestres e de logística. Merece especial atenção a estratégia adotada pela Companhia que, por considerar desde o início o envolvimento de todas as partes interessadas, foi um dos grandes fatores para o sucesso obtido na implementação do sistema.
Palavras-chave: Sistema de Gestão de SMS, Sistema Integrado de SMS, Certificação de um Sistema de SMS
1-INTRODUÇÃO: Até 1996, a Petrobras enfrentava, como muitas outras companhias de petróleo e organizações uma dificuldade muito comum, que seria a forma de implementar e manter um bom sistema de gestão de segurança, meio ambiente e saúde, independente de seu criador. A essa dificuldade, soma-se o problema de garantir que esse sistema tivesse uma abordagem comum às atividades conduzidas em locais como a floresta amazônica – a mais de 2.000 Km da sede da Companhia, localizada no Rio de Janeiro; às atividades terrestres e marítimas existentes; em áreas maduras – como o nordeste brasileiro, onde mais de 50 pequenas plataformas estão em operação assim como dezenas de pequenos campos de petróleo e gás; e atividades conduzidas em áreas relativamente novas – como as Bacias de Santos e Campos, localizadas no sudeste do País, com campos e plataformas gigantes, produzindo mais de 1.000.000 barris de óleo por dia (bopd). Àquela época – 1995/1996 – ocorriam as discussões em nível internacional acerca da criação de novos padrões para o gerenciamento ambiental e o Brasil participava ativamente dessas discussões, tanto nos fóruns internacionais internos. Esse movimento resultou na criação da série de normas ISO 14000 que atualmente são adotadas em inúmeros países. Entretanto, mesmo considerando as normas da série ISO 14000 muito úteis, elas não se mostraram suficientes para as necessidades da PETROBRÁS. Eram necessários outros padrões e diretrizes, tanto para garantir eficiente gestão em Segurança Industrial quanto para Saúde Ocupacional. Era também necessário implementar um sistema de gestão originados na IMO (International Maritime Organization), uma vez que nossas atividades de exploração e produção marítima utilizam plataformas móveis de perfuração, plataformas de flutuantes de produção e FPSO (Floating Production, Storage and Offloading vessel)/FSO (Floating Storage Offloading ) .
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Outros pontos que demandavam especial atenção eram o caso das empresas contratadas e às grandes diferenças culturais existentes entre as várias regiões do país como o Brasil : 8,5 milhões Km2 de área, 8.000 Km de costa e mais de 160 milhões de habitantes! Após intensa pesquisa bibliográfica e inúmeras entrevistas e discussões internas, foi decidida a adoção do guia BS-8800 British Standard for Health and Safety management) – do Reino Unido – para a gestão das questões de Segurança Industrial e Saúde Ocupacional – além do ISM Code (International Safety Management Code) da IMO – para a gestão destas mesmas funções na atividade marítima. Esta opção, alinhada à estratégia de implementação e ao firme comprometimento da alta gerência do segmento de E&P da Petrobras, foram de fundamental importância para as próximas etapas, o que está detalhado no decorrer do artigo.
2- DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO
2.1 - Estratégia de Implementação
Ressaltando que o objetivo principal era estabelecer um sistema que não dependesse de pontos de vista pessoais era importante garantir que tal sistema não fosse afetado por desejos particulares de gerentes ou técnicos. Era também necessário que tal sistema pudesse: •
ser consistente e alinhado com a regulamentação nacional e internacional;
•
ser consistente com as práticas recomendadas pelas organizações internacionais da indústria do petróleo;
•
ser reconhecido e aprovado por empregados próprios e contratados, acionistas, legisladores, parceiros, competidores, fornecedores de produtos e serviços, pela mídia e pelas ONGs, entre outros;
Para atingir todos esses objetivos e evitar preconceitos , naquele momento ou no futuro, decidiu-se pela certificação do sistema por uma terceira parte com grande e reconhecida experiência internacional. Esta decisão mostrou-se de fundamental importância e chave do sucesso na implantação do sistema.. Este sucesso foi confirmado posteriormente pelo fato que os profissionais envolvidos na sua implantação viriam a receber um prêmio internacional e a companhia veio a implantar um sistema consistente.
2.2-Planejamento
A primeira decisão tomada para a implantação do sistema foi a de contratar uma empresa de consultoria especializada. Esta empresa acompanhou todo o processo garantindo a manutenção de abordagens similares para situações semelhantes, em toda a atividade de E&P, em todo o país.
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Foi decidido também implementar um projeto piloto, em função de determinadas características da atividade: •
A complexidade do programa, que deveria ser implementado em diferentes regiões do País, praticamente ao mesmo tempo;
•
O número de pessoas envolvidas: mais de 15.000 empregados próprios e 60.000 contratados ;
•
Os diferentes ambientes em que se desenvolvem as atividades: desde a floresta amazônica até o semi-árido; de áreas densamente povoadas até a longínqua área das plataformas marítimas
•
A variedade de operações e instalações envolvidas: pequenos campos em áreas maduras, campos gigantes em áreas relativamente novas, perfuração terrestre, operações de aquisição de dados geofísicos, atividade de perfuração marítima e terrestre, operações em águas rasas e profundas, etc.
Foi dedicada uma especial atenção à rede de computadores e ao acompanhamento da legislação aplicável. Esta legislação de maneira geral pode ser dividida como: convenções internacionais, legislação de bandeiras estrangeiras (para plataformas que arvoram bandeira de outro país, embora operadas pela Petrobras) e para a legislação nacional, nos níveis, federal, estaduais e municipais. Alguns softwares foram especialmente desenvolvidos, tais como os destinados ao gerenciamento de resíduos, ao controle de normas e procedimentos internos da Companhia e à programação e gerenciamento de auditorias internas. Em função da complexidade do sistema a ser implantado, muitas horas foram investidas em reuniões com a empresa contratada para a prestação da consultoria e em treinamentos com as pessoas-chave para a sua implantação em cada região do País, além de dois seminários gerais reunindo todos os envolvidos na implantação do projeto. Isto foi necessário para assegurar que os objetivos comuns estavam perfeitamente alinhados a uma diretriz corporativa. Entretanto, cabe ressaltar que apesar de haver conceitos e objetivos comuns foi permitida grande liberdade às equipes regionais de implantação do sistema face às situações particulares que seriam enfrentadas. Foi encorajado o uso intensivo de toda a experiência técnica e gerencial existente na Companhia assim como à sua rede interna de computadores e, sempre que julgado necessário, à contratação de serviços técnicos profissionais externos. Alguns programas e materiais foram providenciados pela coordenação central, tais como o contrato de consultoria – que seria utilizado em todo o País – vídeos especiais utilizados no programa de divulgação do sistema e material de comunicação visual. Nesta última categoria enquadra-se o “logo” especialmente desenvolvido para o sistema que, simbolicamente, procura mostrar que a digital de cada um está presente no sistema implantado, como se vê abaixo
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Figura 1 – Logo utilizado na implantação do SMS
Foi também desenvolvida uma série especial de cartazes para utilização em todo o segmento E&P, todos com diagramação padronizada para que cada empregado, em qualquer unidade em que se implantava o SMS pudesse sentir a uniformidade do programa, conforme se vê a seguir.
2.3- IMPLEMENTAÇÃO
Como informado anteriormente, foi decidida a implantação de um projeto-piloto do sistema e para tal foram escolhidas as atividades de Exploração e Produção desenvolvidas na Amazônia . Estas atividades incluíam campos de produção de petróleo e gás no meio da floresta, a mais de 2.000 Km da sede administrativa e com mais de 1.500 empregados próprios e 6.000 contratados. Naquela região, a implantação do projeto iniciou-se em Jan.1997 e foi concluída em Jan.1998, com a certificação ISO 14001 e Atestado de Conformidade com a BS-8800 sendo emitidos pela BVQI (Bureau Veritas Quality International). Embora o Código ISM não tenha sido utilizado naquela região – uma vez que nela não se desenvolve atividade marítima – os elementos presentes nesse código e ausentes nos demais foram incorporados ao sistema. Desta fase, merecem destaque: • Grande programa de treinamento, que foi desenvolvido através de uma parceria com uma Organização Não Governamental; • Dois terços da mão de obra treinada eram empregados de empresas contratadas, boa parte deles analfabeta ou com baixíssimo grau de instrução, o que gerou a necessidade de desenvolvimento de técnicas e produtos (materiais didáticos) especiais de treinamento; Em julho do mesmo ano (1.997), sete meses após o lançamento do programa na Amazônia, foi iniciada a implementação nas demais regiões do País, nas atividades de E&P. Para essa etapa nacional foi criada uma coordenação central, baseada na cidade do Rio de Janeiro, onde está situada a sede da Companhia, e equipes regionais, com seus líderes diretamente ligados ao gerente geral da Unidade de Negócios (UN). Em alguns casos, o próprio gerente geral assumiu voluntariamente a coordenação geral da implantação local do sistema.
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No total, aproximadamente 40 pessoas – membros da equipe central ou das equipes regionais de implantação – estiveram diretamente envolvidas na implantação do sistema, que foi acompanhado através de indicadores especialmente desenvolvidos para que fosse possível o acompanhamento pela administração central de E&P, conforme exemplo mostrado abaixo: SMS - IMPLEMENTAÇÃO Petrobras - E&P 100
Planned 80
Done
60
40
20
Programmed to the month (%)
abr
mar
fev
jan/99
dez
nov
out
set
ago
jul
jun
mai
abr
mar
fev
jan/98
dez
nov
out
set/97
0
Done - up to the month (%)
Figura 3 –“Curva S” utilizada para acompanhamento da implantação do SMS
Todo o sistema foi planejado para estar plenamente implementado em 18 meses após o início efetivo e alguns pequenos atrasos verificados em algumas regiões foram considerados pouco significativos. Na Bacia de Campos , situada ao largo dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, com mais de 40.000 Km2 de extensão e 6.000 empregados próprios,– devido à complexidade do Sistema, optou-se por sua implantação em duas fases, a saber: • Fase I: unicamente para a atividade perfuração, a ser implementada em 18 meses, a partir de Set.1997 • Fase II: para todas as demais operações marítimas (aproximadamente 40 plataformas de produção, fixas e flutuantes, FPSOs, FSOs, monobóias, etc) e para as atividades de suporte logístico (transporte de pessoal por via marítima e aérea, barcos de apoio marítimo, operações de um píer, treinamentos de combate a incêndio e salvatagem, etc.); a ser implementado entre Jan.1999 e Mai.2000. Nas Bacias de Campos e de Santos (do sul da Bacia de Campos, até o litoral de Santa Catarina), toda atividade de perfuração marítima foi objeto de implantação de sistema de gestão que considerou a ISO 14001, a BS-8800 e o ISM Code. Na demais áreas, em função de suas características operacionais, o sistema foi certificado considerando-se a ISO-14001 e a BS-8800, com a incorporação de alguns requisitos presentes no ISM Code e nestas ausentes.
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2.4- RESULTADOS
O Sistema foi planejado, implementado e certificado em aproximadamente três anos, estando este prazo de acordo com as expectativas iniciais. Para a análise de resultados, cabe ressaltar que alguns indicadores , especialmente os qualitativos, são de difícil identificação e que alguns resultados são de avaliação complexa por não possuírem métricas ou por dependerem de avaliações de médio e longo prazos, como os resultados financeiros. Entretanto, a maior parte dos indicadores usuais de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, tem apresentado melhoras significativas desde então e principalmente ressalta-se que as gerências e o processo produtivo têm mostrado a cada dia maior alinhamento com o SMS. Na verdade este alinhamento com o SMS era o grande objetivo de todo processo, sendo ainda mais importante que a certificação. Pode-se concluir inclusive que a certificação, por todo o valor que contém em si mesma, foi a principal estratégia utilizada pelos idealizadores do SMS. Desde então, as próprias Unidades certificadas têm se esforçado por manter a certificação, buscando a identificação de pontos para melhoria, estabelecimento de benchmarking, interação com cada uma das outras Unidades, com a sede da organização e de organismos externos (a exemplo do organismo certificador), desenvolvimento ou implementação de sistemas adequados às suas necessidades. Estes pontos são o objetivo do SMS: buscar a melhoria contínua em Segurança, Meio Ambiente e Saúde, de forma sistêmica e integrada. Em 2000 a alta administração da Companhia, reconhecendo o valor e a consistência do sistema implementado na área de E&P, decidiu pela implementação de semelhante sistema em toda a Petrobras, da mesma forma, obedecendo a um cronograma e um planejamento geral. Esta implantação, que também já está concluída, não é abordada nesse artigo, uma vez que o objetivo era apresentar unicamente a abordagem utilizada na área de E&P da Petrobras. Atualmente, verifica-se a tendência de se agregar à função Qualidade ao SMS, através da incorporação dos requisitos da ISO 9001/2000 sendo esta implantação também não abordada nesse artigo. Estas duas últimas constatações sugerem que nova avaliação seja realizada e os resultados, tanto na atividade de E&P quanto em toda a Companhia, sejam continuamente pesquisados e avaliados, de forma a se identificarem eventuais lacunas no sistema ou se confirmarem e quantificarem as vantagens até agora percebidas.
3- CONCLUSÕES
A opção pela implantação de um sistema de gestão de Segurança, Meio Ambiente e Saúde, certificado por terceira parte, baseado em padrões internacionais, parece ter sido decisão acertada: • O Sistema não depende de opções pessoais e fica pouco vulnerável sujeito às mudanças gerenciais que freqüentemente ocorrem; • A única maneira de se implementar tal Sistema é através do efetivo envolvimento de todos os empregados e comprometimento da alta administração, o que garante legitimidade e aceitação do mesmo; • A certificação aumenta a auto-estima dos empregados, próprios e contratados; Congresso Nacional de Excelência em Gestão – 22 e 23 de novembro de 2002 – Niterói, RJ Universidade federal Fluminense–Centro Tecnológico–Escola de Engenharia–LATEC-Mestrado Profissional em Sistemas de Gestão.
• O Sistema precisa ser planejado e implementado de maneira a garantir a melhoria contínua; • O Sistema precisa ser periódica e sistematicamente auditado, tanto internamente quanto por terceira parte; • O Sistema facilita o relacionamento com os parceiros e demais partes interessadas; • O Sistema é reconhecido como “boa prática” pela maioria das organizações internacionais, tais como o Banco Mundial
4- REFERÊNCIAS 1- GAIA, The Expert Meeting on offshore oil and gas activities, 1997, The Netherlands 2- NBR ISO 14001:1996 – Sistemas de gestão ambiental – Especificação e diretrizes para uso; ABNT, Rio de Janeiro, 1996. 3- BS-8800 – British Standard for Health and Safety management, 1996.
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