Quando comparam pais e filhos, há algo que se diz aqui: “a fruta não cai longe da árvore.” Portanto, cai sim, muitas vezes e até com mais freqüência do que se pensa.
Se filho de peixe, peixinho é, como bem diz o ditado, nossos filhos não são nós, ou melhor, não são o que somos. Geralmente não.
Há pais que tentam projetar seus desejos nos seus filhos e querem escolher para eles um bom futuro. É digno, levando-se em consideração nossa responsabilidade de educar e dar alicerce. Mas há um limite.
Pessoas podem ser parecidas, mas não são iguais. É com orgulho que dizemos que nossos filhos têm nossas características, mas se amanhã ou depois eles decidirem trilhar um caminho diferente do nosso, temos que aprender a respeitar, mesmo se não estivermos de acordo.
Sonhos são coisas individuais e muito pessoais e tentar compreender os sonhos dos outros é perda de tempo, é como sentir uma dor que a gente não sente ou experimentar uma emoção que não tocou nossa alma.
Não podemos viver por procuração através dos nossos filhos. Não podemos projetar neles nossos desejos e nossas frustrações e não podemos impedir que cometam erros, indispensáveis ao aprendizado e amadurecimento do ser humano.
Cada um de nós pinta sua própria tela, escreve a própria história e, principalmente, a vive. Amar não é modelar o outro com as nossas mãos para que ele seja parecido com o que desejamos, mas é olhá-lo e amar a felicidade dele por trilhar o caminho que escolheu.
Créditos: Texto: Letícia Thompson Imagens: Getty Images Formatado por: Carminha Música: Smile - Andre Rieu
By Carminha
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