Filhinho De Papai Resolve Cozinhar

A primeira lição de cozinha de um Filhinho-de-papai Meus amigos, humm, aconteceu uma desgraçada ontem. Nem queiram saber!! Como vocês sabem, eu sou ex-filhinho grunge de papai, 23 anos, e com um monte de complexos absurdos. Como saí deste meu mundinho próprio eu tive que tomar certas decisões e atos em si por mim mesmo, sabem. Então. Estava sozinho aqui em casa ontem e resolvi COZINHAR. Pô, o resultado do meu intento, já digo de antemão, saiu uma maçaroba!!! Maçaroba é um termo que se refere a um prato todo DOIDO, uma mistureba do tudo. Eu queria ter dito que a comida saiu uma merda, mas eu fiquei com temor devido aos pudicos. Meu almoço foi o sempre tradicional Macarrão. Facílimo de fazer. Não dá trabalho nenhum e tal. Mentira da peste. Peguei o pacote do mac e comecei lendo as instruções. Beleza. Fácil demais. Coloca-se a água pra ferver e depois atira o mac dentro. Espera alguns minutos – tipo uns 2, 3 mais ou menos. Tá pronto. Agora cê escorre o dito – escorrer é jogar a água da panela fora, faça isso de preferência com algo maravilhoso chamado escorredor, invento fenomenal. Joga água fria na massa para que ela não agarre na panela. Com os poderes de Greyskull, eu tenho a força! RáRáRá! Acabou!! Merda, essa porra tá branca!! Gente, estou falando do macarrão, puro e simplesmente. Eu não comia nem macarrão colorido em minha casa, agora eu vou ter de encarar essa coisa aqui!! De jeito nenhum. Revirei a droga do pacote e não encontrei nada fácil sobre o molho. Bem, até tem, mas dá um trabaaaaaalho. Pica aqui, descasca ali... Resolvi inventar. Aí não prestou. Achei um resto de carne moída aqui na geladeira, estava num pote de manteiga e a aparência sinistra – meio preta, verde, dura, sei lá. Beleza, com aquela famosa frase “O que não mata, engorda!”, segui. Taquei a dita cuja na panela, sem nenhuma gordura ou tempero, ouvi dizer que não precisava. Depois de uns minutos, soquei uma massa de tomate junto e misturei. O negócio ficou meio que seco, aí joguei um pouco de água que achava o necessário; não era, foi muita!!!!! Eu queria algo parecido com uma macarronada e não uma sopa, pô! Fudeu tudo, e agora? Comecei abrindo o armário e me deparei com um pacote de farinha de trigo com uma aparência nada agradável!!! Olha a idéia: Esse troço deve engrossar meu molho. Enfiei a farinha de trigo no meu “molho” e fiz mais merda. A farinha empelotou-se toda. Fiquei intrigado e puto com aquilo. Fazer o quê? Joguei aquela coisa em cima do mac – apesar de branquelo ele tinha uma aparência melhor do que o molho -, e misturei tudo. Ficou esquisito. A farinha tomou conta daquilo e eu só conseguia enxergá-la. Parecia com uns pedaços de queijo minas, mais ou menos. Aí, meus caros amigos, sobrou-me apenas uma alternativa: mandar aquilo tudo pa dentro; com fome é que eu não ficaria. Achei um resto de queijo ralado nos fundos da geladeira e o lasquei no meu prato – bem, o pacote embora meio embolorado tinha algo familiar a queijo. Enfiei aquele ajuntamento de coisas em meu prato, respirei fundo, fechei os olhos e mandei pa dentro. É. É. É. Sabe aquele cogumelo da bomba atômica? Pois é, pensei imediatamente nele. Comi aquilo tudo, sem pestanejar. Fiquei querendo saber o porquê de um gosto meio... Sei lá. Estranho! Seria a carne, a farinha, o queijo, o macarrão? Será que aquilo tinha algo de atômico. Não sei, por via das dúvidas, não saiu de minhas mãos um monte de belos antiácidos. A fome faz coisa com a gente. Que diga um filhinho-de-papai!!!!