FIGURAS DE NAZCA Ao sul de Lima capital do Peru à cerca de 300 km e ao longo da costa peruana, existem diversas figuras aludindo para formações geométricas, animais, peixes, aves, e até uma suposta pista de pouso. No ano de 1926, pilotos peruanos realizavam manobras aéreas quando se espantaram com as figuras vistas do alto (altitude aproximada de 3 mil metros). Mas as primeiras informações a respeito deste enigma já remontavam à época da "conquista espanhola", onde Luís de Monzón, cronista e magistrado espanhol versava no final do séc. XVI, que segundo os anciães das planícies, seriam os viracochas os mentores destes trabalhos. A percepção e constatação por parte dos espanhóis de que tivessem sido elaborados pode estar relacionado ao fato de que algumas figuras estão presentes na encosta de montanhas, o que facilita a visualização terrestre, pois não existiam incursões aéreas neste período. Os "Viracochas" seriam descendentes de um certo "homem deus" ou ser divinizado denominado "Viracocha". Ele teria formado uma descendência na região. Estes descendentes é que teriam feito os trabalhos com a intenção de homenagear, celebrando cultos para aqueles que "enxergavam do alto" Esta maneira de relacionar uma entidade divina que daria origem à uma descendência divinizada na Terra é muito similar ao relato egípcio sobre Atlântida e sua origem (Poseidon e sua descendência de filhos gêmeos e gigantes). O relacionamento não é uma novidade quando reconhecemos no mesmo relato, que o império atlante consistia em uma área que abrangia todas as Américas, Groelândia, ilha central (maior que a Europa), o sul da Europa até a Itália e o norte da África até o Egito.
Elas são formadas por sulcos no solo macio e arenoso do deserto peruano, foram removidas as pedras vermelho escuro (uma das cores utilizadas nas edificações em Atlântida) e fizeram a limpeza do solo para criarem as linhas, houve a remoção da areia do deserto até atingirem o solo virgem e avermelhado dando formas às figuras. A região em que se encontram é conhecida como Pampa Colorada, estendese por quase 60 km paralelo aos Andes e o Oceano Pacífico com mais de 24 km de largura. Estes sulcos feitos no solo variam desde 15 cm à centenas de metros de largura, as formas vão desde algumas dezenas à centenas de metros como o desenho de um "lagarto" que atinge 180 m de extensão, o "condor" tem a envergadura das asas com 130 m, e o "macaco" é uma figura de 90 m. A longevidade das figuras pode ser esclarecida pelas características do terreno, ele é formado por pedras e não areia. Devido à umidade, a sua côr escura (avermelhada) aumenta a absorção do calor. A camada de ar quente resultante do vapor junto à superfície funciona como uma capa contra o vento, por outro lado, os minerais do solo ajudam a solidificar as pedras. Neste "pavimento" que foi formado, o ambiente seco e sem chuvas, anula a erosão permitindo a preservação dos desenhos. Estas características do solo requerem a consideração de que seus mentores não os tenham feito ao custo do acaso, pois a remoção da areia empreendeu em um trabalho intenso e a sua preservação natural foi devidamente prevista por quem conhecia tudo o que se relaciona às suas condições. Os desenhos são formados em cinco categorias diferenciadas de marcação, linhas geométricas, linhas retas, desenhos de animais e vegetais, montes de pedra de várias classificações geológicas e as figuras nas montanhas.
Quem os observa no solo compreende apenas como desenhos que não passam de linhas retas e curvas, mas vistos do alto são de uma semetria magnífica pelo perfeccionismo. Existe uma corrente contra-sensacionalista que tenta elucidar a questão das linhas de Nazca com uma teoria, onde os habitantes do local teriam realizado atos religiosos e as figuras seriam uma maneira de realizar uma espécie de calendário astronômico, onde os astros observados no período seriam percebidos nas referidas localidades e isso estaria significando uma alteração no quadro astrológico atual. Segundo esta defesa, os mentores do projeto teriam realizado a obra ao custo de centenas de anos de trabalho, sendo desenvolvido desde o início de sua sociedade entre 900 e 200 a.C., elaborando a partir de rios que desciam dos Andes no passado. James W. Moseley em 1955 na revista Fate edição de Outubro propôs que estas figuras tivessem uma ligação direta com o pouso de espaçonaves alienígenas, algo que ficaria impossível de se realizar com figuras como lagartos, lhamas, pássaros, aranhas, macacos, peixes, etc., muito menos em figuras em zigue-zague (imagine uma aeronave realizando estes movimentos de contorno para pousar ou levantar vôo...). Outro personagem surgiria no tema, o antropólogo Paul Kosok que defendeu inicialmente se tratarem de um sofisticado sistema de irrigação, idéia que ele abandonaria logo depois. Ele passou a especular que se tratassem de um imenso calendário. Maria Reiche uma aluna alemã do arqueólogo Julio Tello da Universidade de San Marcos, estruturaria a tese de Kosok para desenvolvê-la e dedicar seus 40 anos de estudo. Formada em matemática, ela supôs que as linhas consistissem em solstícios, posicionamento e alterações dos astros e estrelas vistos da Terra. O astrônomo peruano Luis Mazzoti corroborou esta tese com a idéia de que realmente não sejam mais do que um "mapa estelar", em que as figuras representem constelações vistas nesta latitude há 1.500 anos atrás.
No entanto, isso não esclarece a realização de formas geométricas e retilíneas e nem confirma com exatidão o comprovado posicionamento de constelações no período em questão, principalmente porque o número de figuras é tão expressivo que entender ou associar qualquer figura a uma constelação não é uma tarefa difícil seja a época que for, se admitido deste modo, temos como corresponder diversas figuras à qualquer constelação mesmo na atualidade. Outra teoria mais recente idealizada pelos astrônomos e antropólogos norte americanos Anthony Aveni, Gary Urton e Persis Clarkson, afirma que as linhas retas mais longas teriam uma conecção com lugares sagrados, uma espécie de caminho que os peregrinos deveriam percorrer para os rituais na tentativa de obter chuva na região. Por esta hipótese a questão fica ainda mais impossível porque o local ficou comprovadamente mais seco a cada ano. Se admitido deste modo, tais figuras poderiam ser odiadas e a destruição seria inevitável porque não conseguiam trazer o que precisavam e estariam sim afastando as chuvas da região. Maria Reiche tentou esclarecer a formação das figuras por meio de estacas e cordas (1956), uma técnica relativamente simples, mas que não esclareceu a simetria de suas formas que são vistas somente do alto, nem consegue resolver as condições para a realização de formas nas encostas do altiplano peruano na fronteira do deserto com o Oceano Pacífico, nem mesmo a dificuldade existente na topografia das planícies. No Vale do Ingênio existe a forma que alude para uma pista de pouso (foto ao lado). De fato as aeronaves na atualidade fazem uso de pistas parecidas, mas haveria a necessidade de construção de uma pista de pouso para aeronaves se a referida sociedade fizesse uso de naves espaciais? Os denominados "discos voadores" desceriam e ascenderiam para o seu vôo em vertical sem necessidade de uma pista...
Contudo, uma referência à naves de vôo similares às que são utilizadas nos nossos tempos existem no Egito antigo e se estiverem referentes às condições aludidas pelas formas representadas não seria de se estranhar a sua utilização para esta finalidade. Mas porquê não existem maiores dados ou vestígios egípcios na região? Bem, não podemos considerar de todo que as referências egípcias tenham sido perdidas no continente americano, basta dizer que na mesma localidade, ou seja, no solo peruano precisamente no Lago Titicaca, o uso de embarcações feitas de junco, posssuem forma, técnica e estrutura equivalente à que era utilizada no Egito antigo. A foto acima ilustra uma réplica de aeronave talhada em ouro e com poucos centímetros de diâmetro do período antigo no Egito. É interessante notar e inegável considerar que se trate de uma aeronave não apenas pela sua aerodinâmica como por suas asas e leme de sustentação e orientação de vôo na parte traseira. Se observarmos a foto ao lado, a questão fica ainda mais incrível porque representa o que temos atualmente como um planador ou aeronave que dispensa o uso de motores, sendo deslocada por ação dos ventos, ambos datam do período anterior à 6 mil a.C.. Se estes dois formatos esclarecem a possibilidade de que egípcios tenham visitado o altiplano do Peru no passado e feito uso de uma pista de pouso, a presença de embarcações de junco que são feitas até hoje, corrobora para sua autenticidade enquanto uso egípcio. Isso porque as embarcações egípicias da antiguidade eram feitas de junco e não somente pelo material, mas também pela apresentação de uma figura na ponta, geralmente representada pela cabeça de um puma (animal tipicamente africano). Se não, de que maneira uma técnica poderia ser equiparada à milhares de distância, sem que tivessem estabelecido alguma forma de contato e reciprocidade
de conhecimentos? Mesmo assim, a possibilidade de que egípcios tenham tido alguma relação com as figuras ampara apenas no campo do provável, nada define ou qualifica a sua relação. A existência das figuras de Nazca permanecem como um enigma difícil de interpretar. Se quisermos relacionar aos fenômenos atuais como os discos ingleses, teríamos um esclarecimento por meiro de outra possibilidade, mas esta não seria maior no campo do improvável? A verdade é que estas figuras não são únicas, existem outras espalhadas pelo mundo, uma delas é a estranha figura nas montanhas da Costa Rica. Assemelha-se à uma moça em posição de adoração ou fazendo uma oração. Ninguém pôde esclarecer sua origem, nem o motivo pelo qual a vegetação não forma árvores no local desmatado da montanha (há milhares de anos), nem porquê a vegetação está fracionada para representar com muita evidência o olho, os cabelos, o ombro e a representação de um tecido a cobrir os ombros, bem como um adorno colorido na posição da orelha esquerda, a foto ilustra perfeitamente a cor lilás de uma vegetação da região encontrada nas proximidades que está presente sobre a região da cabeça e orelha principalmente. Outra figura é também muito enigmática, trata-se do denominado "Candelabro dos Andes", ela está nas montanhas da península de Paracas também no Peru, nesta localidade o solo é arenoso. Na superfície existe uma fina camada de cascalho roxo coberta por uma camada espessa de areia na cor ocre, fina, compacta e sem nenhuma impureza. O sulco central possui 60 cm de profundidade, 4,5 metros de largura e 183 metros de extensão, os desenhos laterais têm profundidade menor, mas são ordenados a acompanhar a figura que possui largura total de 54m e aponta para o Norte do planeta.
A atmosfera com alta salinidade age como aglutinante a comprimir e endurecer a areia da área em que se apresenta a figura do candelabro. À 10 ou 15 cm surge a crosta amarelo-branqueada com partículas cristalinas que se assemelham à massa folhada. Elas são comuns nesta península e pela sedimentação natural a areia adquiriu características muito finas dando um aspecto liso. Se idealizarmos o que existe abaixo da areia, é possível interpretar que há milhares de anos, a figura do candelabro poderia ser avistada à quilômetros de distância, porque o cascalho da crosta abaixo da areia faria a impressão de uma figura de prata, ou no mínimo uma figura branqueada que pode brilhar à distância. Curiosamente a inclinação e a constituição das areias muito finas contribuem para que qualquer marca ou pegada imprimida nesta montanha permaneça por milhares de anos sem ser alterada pelos ventos que incidem sem modificar o que estiver impresso. É impossível deixar de relacionar esta figura presente nas montanhas de Paracas, com as figuras de Nazca, mesmo porque existe um candelabro mais perfeito entre as figuras de Nazca. Também é preciso lembrar que o símbolo da monarquia atlante era o tridente que posteriormente seria atribuído pelos gregos à Poseidon (primeiro governante de Atlântida), então intitulado senhor dos mares, numa alusão grega para o desaparecimento de Atlântida sob a imensidão das águas.