4. A visão do automóvel no futuro O lugar do automóvel no futuro Daqui a dez anos haverá tantos ou até mais automóveis do que hoje em dia? 44 %
França
43 %
39 %
Alemanha
41 %
15 %
47 %
Reino Unido
44 %
41 %
Itália
46 % 55 %
Espanha
35 %
50 %
Portugal
10 % 3 %
37 %
5% 8% 1%
11 %
2%
9% 1% 9% 4%
I Concorda plenamente I Concorda I Concorda pouco I Não concorda nada
Apesar das ameaças que pesam sobre o petróleo e de uma sensibilidade ambiental acrescida, o lugar do automóvel não é considerado como
susceptível de ser posto em causa. Praticamente ninguém imagina uma diminuição do número de automóveis a longo prazo. Os automobilistas
espanhóis e portugueses mostram-se os mais optimistas, sendo os alemães os mais pessimistas.
As energias alternativas Daqui a dez anos existirão soluções eficazes para substituir os motores a gasolina? 25 %
França
26 %
Alemanha Reino Unido
53 % 48 %
20 %
22 % 3 % 51 %
30 %
Portugal
21 % 3 %
50 %
28 %
Espanha
22 % 4 %
56 % 25 %
Itália
18 % 4 %
58 %
19 %
2%
10 %
2%
I Concorda plenamente I Concorda I Concorda pouco I Não concorda nada
Esta visão optimista quanto à manutenção do lugar do automóvel no futuro explica-se
também pela ausência quase total da preocupação em matéria de solução alternativa ao motor
a gasolina, e isto no conjunto dos países.
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Os construtores automóveis desenvolvem esforços suficientes para criarem motores que utilizem energias alternativas 8%
França
28 %
34 %
11 %
Alemanha
33 %
14 %
Reino Unido 10 %
Itália
22 % 39 %
30 %
15 %
36 % 33 %
15 %
Portugal
34 %
32 %
13 %
Espanha
30 %
24 % 39 %
35 %
15 %
38 %
12 %
I Concorda plenamente I Concorda I Concorda pouco I Não concorda nada
No entanto, os esforços dos construtores em matéria de pesquisa de soluções de substituição dos combustíveis de origem petrolífera são considerados insuficientes pela
maioria. Existe manifestamente, neste aspecto, um défice de imagem dos construtores de automóveis, uma falta de visibilidade das suas acções e, portanto, uma certa vulnerabilidade
face à eventual chegada de novos intervenientes susceptíveis de criarem tecnologias inéditas. A priori, não é dos construtores que se espera a inovação tecnológica.
Na sua opinião, daqui a dez anos, a maioria dos automóveis funcionarão: França
Alemanha
Reino Unido
Itália
Espanha
Portugal
2% 2%
5% 1%
6% 4%
4% 4%
2% 5%
1% 2%
Somente a biocombustíveis Somente a gás Com um motor exclusivamente eléctrico
12 % 7%
8% 14 % 6%
11 % 2% 4%
8% 8% 5%
15 % 1% 4%
13 % 4% 12 %
Com um motor a hidrogénio Mistura de gasolina (ou gasóleo) e biocombustíveis
8% 12 %
7% 10 %
2% 19 %
17 % 15 %
6% 12 %
10 % 8%
22 % 35 % 100 %
19 % 30 % 100 %
17 % 35 % 100 %
20 % 21 % 100 %
28 % 29 % 100 %
31 % 19 % 100 %
Somente a gasolina Somente a gasóleo
Com um motor híbrido Não faz ideia
Esta falta de visibilidade e incerteza, manifesta-se também relativamente ao tipo de solução técnica susceptível de emergir. A prazo, nenhuma parece claramente susceptível de se impor.
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Os motores híbridos (nomeadamente em Portugal e em Espanha) e os biocombustíveis – isolados ou misturados com os combustíveis resultantes do petróleo, ocupam os primeiros lugares
das alternativas equacionadas. Note-se que o hidrogénio (provavelmente por razões históricas) é bastante citado pelos italianos e o gás pelos alemães.
Pensa que o seu próximo automóvel será? França
Alemanha
Reino Unido
Itália
Espanha
Portugal
9% 19 %
22 % 5%
35 % 18 %
15 % 15 %
11 % 18 %
13 % 12 %
Somente a biocombustíveis Somente a gás
3% 1%
1% 9%
1% 1%
2% 12 %
9% 1%
9% 4%
Com um motor exclusivamente eléctrico Com um motor a hidrogénio
2% 2%
1% 2%
-
1% 4%
1% 2%
2% 1%
7% 14 % 43 % 100 %
4% 8% 48 % 100 %
4% 3% 38 % 100 %
12 % 12 % 27 % 100 %
7% 17 % 34 % 100 %
8% 16 % 35 % 100 %
Somente a gasolina Somente a gasóleo
Mistura de gasolina (ou gasóleo) e biocombustíveis Com um motor híbrido Não faz ideia
Pesa já uma forte incerteza sobre a motorização do próximo veículo, parecendo os motores híbridos (para os italianos, portugueses e espanhóis) ou os biocombustíveis em posição de constituírem alternativas credíveis.
Os britânicos são os únicos que não equacionam nenhuma outra energia que não seja a gasolina ou o gasóleo, por enquanto. Surge uma vez mais um factor de vulnerabilidade dos construtores e
teme-se um eventual imobilismo nos automobilistas (uma vez que alguns poderiam ser tentados a esperar pela emergência de uma solução técnica antes de renovarem o seu veículo).
Na sua opinião, das energias passíveis de serem utilizadas num automóvel, qual é a menos poluente? • Em primeiro lugar • Em primeiro lugar + segundo lugar França 47 %
Alemanha 26 %
Reino Unido 39 %
Itália 36 %
Espanha 46 %
Portugal 46 %
Biocombustíveis
70 % 23 % 45 % 18 %
47 % 40 % 55 % 10 %
57 % 19 % 39 % 21 %
61 % 39 % 63 % 12 %
69 % 23 % 45 % 19 %
59 % 27 % 50 % 11 %
Motor híbrido
43 % 7%
28 % 7%
50 % 15 %
33 % 5%
45 % 8%
28 % 7%
Gás
23 % 2%
20 % 14 %
35 % 3%
13 % 5%
27 % 2%
21 % 5%
Gasóleo
10 % 2%
36 % 1%
9% 1%
20 % 3%
6% 2%
22 % 2%
Gasolina
6% 1%
6% 3%
6% 2%
6% 1%
5% 1%
5% 1%
3%
9%
5%
4%
4%
5%
Electricidade Hidrogénio
Se os motores eléctricos, os motores a hidrogénio e os biocombustíveis são consideradas as soluções menos poluentes, as preferências diferem
muito de um país para o outro. O motor eléctrico vence claramente em França e em Espanha, mas menos no Reino Unido e em Portugal.
Em Itália, surge ligeiramente atrás do hidrogénio, sendo esta última solução privilegiada na Alemanha.
Resumo Não existe, portanto, uma real inquietação quanto ao futuro do automóvel, nem quanto à possibilidade de ver emergir uma solução tecnológica alternativa aos combustíveis derivados do petróleo. Mas uma falta de visibilidade, tanto das tecnologias alternativas susceptíveis de serem desenvolvidas pela acção dos construtores de automóveis, parece poder, por um lado, enfraquecer a posição destes últimos, vulnerabilizá-los e, por outro lado, conduzir a um certo imobilismo dos consumidores.
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