mos a Estrela ... e viemos...
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Celebramos hoje a festa da Epifania e a conclusão do tempo litúrgico do Natal, lembrando a adoração de Jesus pelos Magos, representantes das pessoas do mundo inteiro
A palavra "Epifania" significa: Manifestação de Deus aos homens.
A Liturgia recorda a manifestação de Jesus, como "Luz" que atrai a si todos os povos.
Essa "Luz" se encarnou na nossa história, a fim de iluminar os caminhos dos homens com uma proposta de salvação.
A 1a Leitura anuncia a chegada da Luz salvadora do Senhor, que alegrará Jerusalém e que atrairá a ela povos de todo o mundo. A 2ª Leitura apresenta o projeto salvador de Deus, como uma realidade que vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagãos, numa mesma comunidade de irmãos, a comunidade de Jesus.
No Evangelho vemos a concretização da promessa da primeira leitura:
Ao encontro de Jesus vêm os Magos, atentos aos sinais da chegada do Messias, que o aceitam como "Salvação de Deus" e o adoram. A Salvação, rejeitada pelos habitantes de Jerusalém, torna-se agora uma oferta universal.
Com relação aos magos é bom aprofundar o fato... - A narrativa, exclusiva de S. Mateus, tornou-se muito conhecida e popular... No entanto, não estamos diante de uma reportagem jornalística que faz a cobertura oficial de três chefes de estado a outro país.
Estamos diante de uma CATEQUESE sobre Jesus, destinada a apresentar Jesus como Salvador de todos os homens.
- A Estrela, inventada por São Mateus, não é um astro no céu, mas a pessoa de Jesus. Ele é a "Luz" anunciada pelos profetas. Ele é a Luz que ilumina todos os povos e nações. - Os Magos representam todos os homens que vão ao encontro de Jesus e se deixam guiar pela sua mensagem de paz e de amor. - Intenção de Mateus era apresentar Jesus como o Messias, o novo Moisés... o ungido de Deus, recusado pelos judeus e aceito pelos pagãos que formarão o novo Israel, o novo povo de Deus: a Igreja.
+ ATITUDES
diferentes diante dessa estrela: -ADORAÇÃO: os Magos viram a "estrela", deixaram tudo e puseram-se a caminho para descobri-lo e adorá-lo. Diante dele, se ajoelharam e reconheceram nele a Luz do mundo. -Os Magos representam todos os povos não judeus, agora associados à História da Salvação. -São Mateus resume:
"Vimos …e viemos…"
- INDIFERENÇA: Os Sacerdotes o conheciam bem nas Escrituras. Sabiam até o lugar onde deveria nascer, mas não perceberam o sinal de sua chegada, nem se preocuparam de ir ao seu encontro. Estavam muito seguros de sua sabedoria, orgulhosos… e por isso não tiveram a alegria de adorar o Salvador. O orgulhoso não precisa de Deus.
- REJEIÇÃO TOTAL: Herodes, que tentou apagar esta luz. Simbolizando os grandes desse mundo, temeu por sua chegada. Poderia roubar-lhe o trono.
Todos viram a mesma realidade: um menino recém-nascido, mas as respostas foram e são diferentes...
- Com quem nos assemelhamos?
-Com os magos,
atentos aos sinais, capazes de ler os acontecimentos de nossa vida e da história do mundo à luz de Deus? - Com os sacerdotes, orgulhosos de seu saber, mas acomodados?
- Com Herodes,
que procura matar o menino?
+ O Caminho dos Magos...
O itinerário seguido pelos magos para encontrar Jesus é um caminho a ser seguido por todos nós, em nossa procura de Deus: - Estão atentos aos sinais (estrela), - percebem que Jesus traz a Salvação, - põem-se a caminho para o encontrar... - perguntam aos judeus, que conhecem as Escrituras, o que fazer, - encontram Jesus e o adoram...
•Nesse relato, descobrimos também as etapas do nosso caminho: - Sensibilidade em distinguir os sinais de Deus… - Generosidade de aceitar… "Os magos viram a estrela e vieram adorá-lo". •Os magos aceitaram o convite e não perderam a esperança: - nem mesmo na incompreensão dos contemporâneos… - nas dificuldades da longa caminhada… - na ignorância e maldade de Herodes… - nem estranharam o ambiente rústico do menino, procurado como rei dos judeus.
Se olharmos o mundo e os homens com os olhos da fé… tudo será uma manifestação e presença de Deus… uma perene Epifania... Os magos não se apresentaram de mãos vazias… Ofereceram as suas riquezas: ouro, incenso e mirra...
E nós, o que temos a oferecer?