ENSINANDO MEDIDAS DE COMPRIMENTO Aluna: Adriana T.M.Oliveira INTRODUÇÃO: O ensino de grandezas e medidas é um campo vasto para o professor elaborar atividades relacionadas com o dia-a-dia do aluno. Por ser tratar de convenções abstratas, as unidades de medidas devem ser trabalhadas em situações práticas, com o auxílio de instrumentos como relógio, calendário, balança e régua. Uma conversa com os alunos antes de cada atividade é importante para ter conhecimento do grau de intimidade que cada criança tem com o assunto tratado e, a partir daí, elaborar atividades como: jogos, trabalhos em dupla e pesquisa. Desde a primeira série já é possível trabalhar com os alunos a noção de comprimento, mas é mais proveitoso começar o ensino com as unidades não padronizadas, pois o sistema de unidade medidas é construído pelo aluno a partir de padrões arbitrários e próximos da sua realidade. COMO ENSINAR MEDIDAS? Primeiramente é preciso ter a noção de distância e objetos através de passos e palmos e comparar as estaturas dos alunos. Depois de desenvolver os conceitos básicos, os alunos provavelmente já terão segurança suficiente para que se introduza as medidas com a régua. As medições podem ser feitas de forma direta ou não. Num primeiro momento, medir é comparar diretamente duas grandezas de mesma natureza, como colocar uma régua graduada sobre um segmento para verificar o seu comprimento. Porém, num estágio mais avançado, muitas vezes não é possível medir por comparação direta. Nesses casos é preciso efetuar operações com outras medidas. Antes de fazer qualquer medição, precisamos saber que tudo o que medimos tem uma unidade, como, por exemplo, horas ou minutos para intervalos de tempo. Para obter uma medida por comparação, o aluno precisa saber o que se quer medir. Segundo Piaget, a criança não se preocupa com medições até aproximadamente 9 anos. Muito antes, contudo, ela já se envolve com medidas, embora de modo bastante informal. Para medir alguma coisa, comparam-na com outras coisas de mesma natureza, embora ainda não sintam necessidade de expressar numericamente o resultado. Por exemplo: ao verificar se é mais alta que o colega na fila, se a quantidade de refrigerante que recebeu é igual à do irmão, etc. Algumas situações, porém exigem maior cuidado, como nos casos, em que é fundamental a precisão das medidas. Aí, torna-se necessário o conceito de medida e suas aplicações. Pode-se afirmar que medir é comparar grandezas de mesma espécie, sendo o resultado de cada medição expresso por um número. Por isso, além da idéia de comparação, o mais importante no início do trabalho com medidas no ensino fundamental é sensibilizar as crianças para que percebam a importância de escolher a unidade de medida mais apropriada a cada situação.
ATIVIDADES PROPOSTAS (2ª Série/Fundamental) Para dar início às atividades uma primeira pergunta pode ser feita para os alunos: - Qual a diferença entre cumprimento e comprimento?
Atividade utilizando blocos de lego:
Materiais necessários: • Blocos de Lego; • Tabela (modelo anexo); • Lápis / borracha/Régua; • Figuras para medir. Medir um lado da mesa, o chão da sala de aula ou de uma figura geométrica, utilizando diferentes tipos de blocos de lego. Registrar a medida obtida numa tabela conforme modelo: Objeto Mesa Quadrado Retângulo
Bloco Grande Quantidade
Bloco Médio Quantidade
Bloco Pequeno Quantidade
Chão da Sala - Trabalhar com as seguintes perguntas: a) Qual o bloco de lego que foi utilizado mais vezes nessa medida? Por quê? b) Qual o bloco de lego que foi utilizado menos vezes nessa medida? Por quê? c) Quantos blocos de lego foram utilizados em cada medida? d) O número de vezes que o bloco pequeno foi utilizado é o mesmo em todos os objetos? Outras sugestões para serem trabalhadas: Conservação de comprimento: Com vários blocos de lego montam-se duas fileiras, mostrando para criança que as duas são do mesmo tamanho. A vista da criança transforma-se uma fileira de posição mantendo a mesma quantidade e pergunta-se: “E agora, as duas fileiras são do mesmo tamanho?” De forma interdisciplinar (Uma dica: Educação Física) • Na fila, propor para os alunos verificar quem é o mais alto. • Vamos ver quem consegue pular mais longe? Partindo de uma linha demarcada no chão, cada participante pula e marca com seu nome o comprimento do pulo. • Discutir as diferentes possibilidades de medir utilizando as partes do corpo (palmo, pé, polegada). • Escolher como unidade uma parte do corpo e medir o comprimento dos saltos de cada elemento do grupo: 1. O que utilizaram para medir o comprimento dos pulos? 2. Utilizando como unidade a parte do corpo de diferentes pessoas, a medida encontrada foi a mesma? 3. Como poderíamos medir, de forma que não houvesse diferenças?Por quê? .