Encontro Com Jesus

  • April 2020
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  • Words: 1,444
  • Pages: 5
Encontro com Jesus! Era uma manhã de outono, as folhas começavam a mudar de cor nas copas de algumas arvores, eu estava a observar o mundo á minha volta, era um mundo em que se concentrava tom de cores mórbidas. Tentava ver algo de bom entre aquele cenário, mas o que via era frio, opaco, um mundo quase sem vida! Sentia-me algo como, um ser que não fizesse parte daquele mundo. Meu coração batia descompassada-mente, algo ruim invadia meu ser, não conseguia compreender o que se passava comigo. Sentado em um banco sentia um vazio imenso dentro de mim. Era como se algo tivesse sugado todo meu sentimento de dentro do meu ser. Sentia vontade de me deitar no chão. Na verdade me sentia um nada e o chão era o local mais apropriado para mim naquele momento. A grama que cobria todo o espaço onde meus olhos alcançavam estavam amarelada, com uma aparência de que faltava algo ali. Eu me sentia assim, como aquela gramínea sem vida! Sentei-me no chão e um cansaço me tomou a alma, fui lentamente me curvando para trás, até me deitar por completo ao chão. Fechei meus olhos e em entreguei as minhas angustias. O ar me faltava por vezes, mas permaneci assim de olhos fechados. Ouvi algo que me despertou do meu torpor, abri os olhos e percebi que alguém havia se sentado ao banco onde estava minutos antes. Da grama e da posição que me encontrava via a pessoa de costas. Percebi que era uma pessoa idosa, reparei suas vestes e percebi que era um andarilho. Ele mexia em uma caixa pequena que colocou do lado do banco, fiquei a observá-lo, já que era a única coisa que tinha prendido minha atenção. Ele tirou um lenço de dentro dessa caixa e olhou em minha direção. Eu no mesmo instante fingi estar e olhos fechados com receio dele não gostar de estar sendo observado. Senti que ficou a me observar por alguns segundos e depois me disse: Porque estas ai? Posso te ajudar em alguma coisa? Abri os olhos e o fixei meio com desdém, afinal não queria ser incomodado. Ele continuou a me olhar e abriu um leve sorriso e disse: Já sei! Você está precisando de algo tão simples, mas que ainda não conseguiu encontrar.

Pegue esse lenço_ e me estendeu-o até mim. Pegue-o disse ele. Estendi meu braço em direção a ela e peguei o lenço. Fiquei sem saber o que poderia fazer com aquilo quando olhei novamente para ele, me disse serenamente: As vezes a vida nos parece sem vida, sem brilho, as vezes tudo a nossa volta é escuridão.O vazio toma conta de nossa alma, e o mundo se torna opaco, envelhecido. Vê esse lenço? Olhe para ele, que cor você vê? Olhei para aquele pedalo de pano e não vi nada mais do que um pedaço de pano roto e encardido. E tornou a me indagar: Porque está ai, no chão? Não respondi, não tinha a mínima vontade de dizer uma única palavra. Ele percebeu, e num gesto preciso voltou-se em minha direção e deitou ao meu lado e me disse: Queria entender o porquê, já que não me respondes eu mesmo quero ver a forma como você está vendo mundo daqui. Achei a atitude ainda mais louca do que a minha, mas cada um sabe da sua vida, não dei atenção para aquilo e fechei novamente meus olhos. O senhor começou a repetir palavras, e a cada palavra dita ele respirava fundo e agradecia a Deus por tudo que tinha. PERRRRDÃOOOOO CARIIIIIDADEEEE AUTOCHECIMENTOOOO EQUILIIIIBRIIIO OOOO PAZZZZZZZ AMOOOOOOORRRRRR Fiquei ouvindo, e me dei conta do lenço que ele me havia dado. Abri os olhos e estendi o lenço em sua direção e disse? Não preciso dele. Ele não aceitou. Ele não aceitou disse que me era mais útil a mim naquele momento e quando eu soubesse o que fazer com ele, eu o passa-se para frente. É só um lenço encardido. Tem certeza no que diz, retrucou o velho. Sim! É só um lenço disse o velho, mas tem certeza na cor?

Respondi já nervoso, com aquilo tudo, sim é o que vejo. Que pena, respondeu ele. Fiquei sem entender nada. Ele me olhou diferente e com ar sério mais sereno me pediu que pronunciasse as palavras que ele dizia. Olhei para ele meio espantado, mas não tive reação negativa ante aquele olhar sereno. Ele falava pausadamente. Perrrdãoooo Cariidadeee Autoconhecimenntooo Equilibrioooo Pazzzzz Amorrrr E me dizia feche os olhos e pense em cada momento de sua vida quando for pronuncias cada palavra. Algo mexeu em mim. Cada palavra que ia sendo pronunciada, eu revivesse uma cena que tinha me sido muito importante e que me havia machucado muito. Aquelas palavras me faziam sentir algo diferente. Perdão: Percebi o quanto tinha errado também, o quanto tinha sido orgulhoso e não percebido que tinha mais ferido o meu próximo do que ter sido ferido. De quantas vezes fiz alguém me pediram perdão e não soube perdoar e precisei de perdão e recebi. Caridade: Quantas vezes deixei de ser caridoso, de estender minha mão com pequenos gestos. Quantas vezes neguei um sorriso, um abraço, um momento para ouvir um amigo. Senti um imenso arrependimento e vergonha de mim mesmo. Grossas lagrimas rolaram pela minha face. O andarilho num gesto de amor pegou em minha mão e disse: Continue você está chegando ao seu objetivo. Eu comecei a tremer, mas tremia porque algo em mim mudara. Era como se nascesse ali naquele momento um outro de mim. Ai pronunciou: Autochecimento: E naquele instante percebi que estava me descobrindo, e deixei-me levar por todo aquele sentimento. Um calor invadia o meu ser e senti

o quanto eu necessitava buscar , saber, aprender, construir, conquistar, me senti um grão de areia, mas tive certeza de que naquele momento eu fazia parte do mundo, eu unia forças com o universo em minha volta. E pronunciou Equilíbrio: E comecei a sentir que naquele momento eu tinha me despertado para a vida. Que apesar dos meus erros, das minhas falhas, da minha cegueira, eu havia despertado algo em mim de valor. E disse Amor: Quando pronunciei esta palavra senti que uma sensação boa pairava em meu coração. Comecei a sentir um calor forte e meu rosto, e abri os meus olhos. E pronunciei Paz: Senti uma sensação nova, era como se flutuasse! Abr os olhos e percebi um mundo novo á minha volta, respirava um ar mais leve, e tudo estava tão verde! Meus olhos novamente se encheram de lagrimas e num gesto impensado levei o lenço até os meus olhos para enxugá-los, e quão foi minha surpresa! Eram alvos como as nuvens do céu, e o tecido parecia da mais pura seda! Olhei espantado paro o velho que estava ao meu lado e qual foi minha surpresa maior?!Não era mais um velho e sim um jovem que estava ao meu lado. E suas vestes eram tão brancas como os lírios do campo. O seu rosto, a me olhar com ternura. Perguntei espantado1 O que aconteceu? O que ouve? Estou a sonhar? Onde está o senhor que estava aqui? Quem é você? Ele sereno me fez sentar no banco e em disse calmamente: Percebestes agora o lenço? Sim, eu disse maravilhado está branco. Ah! Agora o percebeste, mas ele sempre foi assim, você não o vi por que dentro de você sua alma estava tão obscurecida pelo seu egoísmo, orgulho que não conseguia perceber nada a sua frente.Você enxergava o mundo com os valores que você tinha dentro de você. Como eram valores ruins, preconceituoso, você enxergava tudo assim, distorcido, apagado. Olha em sua volta! E comprovava maravilhado a natureza. Quanta beleza! Quando olhei novamente para meu amigo, ele havia sumido.

Mas continuei sentindo sua presença, e olhei para o lenço e percebi que era do mesmo tecido de sua roupa. E ouvi me dizer: Esse pedaço de pano é um pedaço do meu manto, que ofereci a você com todo o meu amor! Ainda bem que o aceitastes. Isto te salvou de você mesmo, a fez buscar dentro de si, aquilo de bom que o Pai nos deu, a tua luz interior! Muitos têm essa chance e a desperdiçam, continuam de olhos fechados, não querendo ver nada que se passa a sua volta. Você teve a chance e quão enternecido estou em saber que conseguiu dar um passo em direção a luz! Hoje você deixou morrer o homem velho que existia dentro de você e fez nascer o homem novo! A tua caminhada continua, mas agora compreendes qual caminho tem a seguir! PERDÃO! CARIDADE! AUTOCONHECIMENTO! EQUILIBRIO! AMOR! PAZ!

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