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REVISTA DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE CASCAVEL - Nº 55 - OUTUBRO/2017
SINAIS DE UM NOVO BRASIL? A aprovação da modernização trabalhista, que entrará em vigor em 13 de novembro, renova a esperança de que o Brasil tem jeito. Mas e as outras reformas, como da Previdência, política, fiscal e administrativa, igualmente fundamentais, vão mesmo sair do papel um dia?
EXPEDIENTE
Presidente: Edson José de Vasconcelos Vice-presidente: Sandro Augusto Bacarin Vice do Comércio: Paulo Beal Vice da Indústria: Francisco Carlos Strzalkowski Vice de Agronegócios: Dilvo Grolli Vice da Prestação de Serviços: Assis Marcos Gurgacz Vice das Microempresas: Siro Canabarro Vice da Mulher Empresária: Claudia Scholl Urio Vice do Jovem Empreendedor: Silvana Luiza Ribeiro Diretor Secretário: Juliano Huck Murbach Diretor Secretário-adjunto: Jadir Saraiva de Rezende Diretor Tesoureiro: Gilson Luiz Anizelli Diretor Tesoureiro-adjunto: Luis Antonio Langer Diretor de Relações Públicas: Renan Simões Tonin Diretor de Comunicação Social: Carlos Roberto Guedes Diretora de Eventos: Margarida Domingues Carneiro Diretor de Assuntos Comunitários: Nelson Casarotto Diretor de Patrimônio: Alexandre Luis Gonçalves Diretor de Comércio Exterior: Carlos Junior Scherer Dir. Estudos Sócio-Econômicos: Michel Vitor Alves Lopes Diretor do SPC: Genésio Pegoraro Diretor de Assuntos Governamentais: Paulo Roberto Orso
CONSELHO DELIBERATIVO Agostinho Francisco Sabadin Alberto Rodrigues Pompeu Algemiro Luiz Liston Junior Andre Vinicius Bueno Antonio Braz de Padua Beiral Antonio Sergio Borges Junior Caio Vieira Gottlieb Cassiano Longo Celio Antonio Zys Cezar Luiz Bernardon Claudia Daiane Reinke Hartmann Cleon Carlos Bulhões de Oliveira Edson Charles Bueno Edson Jacob Elio José Alflen Ernani Everson Hutt Fábio José Bigolin Fábio Luiz Conterno Flávio Nabih Nastás Francisco Oscar Froeder Giancarlo Ceron Ivan Carlos Riedi Jairo Eduardo Fabricio Lemos José Alexandre Polasek José Aloisio Meulam José Fernando Dillenburg Juarez Tadeu de Araujo Laila Rotter Schmidt Leudimila Parcianello Luiz Fernando Brugim Luiz Sergio Fettback Marcius Augusto Gennari Marcos Giombelli Marcos Rafael Sulzbacher Maycon Cezar Cordeiro Miguel Porfírio Morgana Marthiela Morais Nelson Padovani Nilson Silvio Fante Paulo Roberto Gambet Roberto Pellizzetti Rozelaine Tres Nardino Sérgio Carlos Kasprzak Sérgio Grapegia Sidnei Carlos Terribile Takao Koike Thaiz Cristina Wipych Cabral Valdir Pacini Velci Luiz Kaefer Vilson Deves Neto Wilhan Humann Wilson Virgínio Fistarol Wister dos Santos Moreno CONSELHO FISCAL EFETIVOS: André Gonçalves Claudio Luiz Brunetto Roberto Sergio Fantin SUPLENTES: Celso Gomes Pessoa Gilberto Luiz Bordin José Atílio Fistarol Araújo
REVISTA ACIC
Diretor de Núcleos Setoriais: Carlos Roberto Alves
Diretor de Comunicação: Carlos Roberto Guedes
Diretora de Núcleos Multissetoriais: Rosemeri Petzold
Jornalista responsável: Jean Paterno
Presidente do Conselho Superior: Plínio Destro
Comercialização de anúncios: Departamento Comercial Acic
Diretor Jurídico: Charles Daniel Duvoisin
Projeto gráfico e diagramação: Efeito Publicidade & Propaganda (45) 99977-8778
ASSESSORES JURÍDICOS Alex Sander da Silva Gállio Carlos Ermínio Allievi Carlos José Dal Piva Eder Waine Cuareli Sandro Mattevi dal Bosco
Fotografias: Fábio Conterno Impressão e tiragem: Gráfica Tuicial - 4 mil exemplares
radar agradou a todos e contribuirá muito para o aprimoramento de nossos trabalhos”, diz Giancarlo Ceron, membro do Núcleo.
OUVINDO BAIRROS
Empresários do Morumbi tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre as atividades do Programa Empreender nos bairros da região Norte de Cascavel. As informações foram repassadas pelo coordenador do Núcleo Territorial da Região Norte da Acic, Juarez Araújo. Ele informou sobre ações e atividades que contribuem para representar e fortalecer a classe empresarial.
AGENDA E SUCESSO
A consultora e educadora organizacional Malu de Almeida foi a palestrante de evento realizado dias atrás na Acic. Malu falou sobre Quando a agenda oculta dos relacionamentos ameaça o sucesso das organizações, tema dirigido a integrantes e a convidados do Núcleo Setorial de Consultores Empresariais. “A qualidade das informações e das dicas repassadas
PREVENÇÃO
Acic e Ceonc disponibilizam exames de mamografia gratuitamente para mulheres com 35 anos ou mais. Para agendar horário no Ceonc basta identificar-se como filiada da associação comercial. Telefones: (45) 3321-1438 e 33211403. E-mail: convenios@acicvel. com.br . Saiba sobre outros produtos, serviços, bandeiras e notícias da Acic acessando o site www.acicvel.com.br .
SEGURANÇA
Empresários, agricultores e moradores de Juvinópolis, distrito de Cascavel, estiveram reunidos com representantes da Polícia Militar e homens da patrulha rural. A finalidade foi debater formas de melhorar e facilitar o diálogo entre a comunidade e
a corporação, criando assim meios para melhorar o policiamento preventivo, inibir ocorrências e deixar a localidade mais protegida da ação de criminosos. O coordenador do Núcleo Territorial de Juvinópolis, Elio José Alflen, entende que o diálogo franco e respeitoso é importante porque cria uma aproximação colaborativa e focada no interesse de toda a comunidade, inclusive da corporação policial.
COOPERAÇÃO
“Sempre estivemos abertos a cooperar, e isso seguirá. O que se busca é ainda mais efetividade e eficiência nos patrulhamentos, que são indispensáveis ao distrito e a toda a nossa comunidade”, afirma Elio Alflen. O Núcleo de Juvinópolis foi criado em março de 2009 e atua de forma ativa e integrada nas defesas do distrito. Diversas ações já renderam bons frutos à população, segundo o coordenador. A segurança pública, desde o início, é uma das prioridades das pessoas que, voluntariamente, participam do núcleo e se somam para valorizar o distrito e proteger os seus moradores.
FACIAP MULHER Empresárias e executivas de cidades da região participaram na Acic de reunião de diretoria da Faciap Mulher. Sob o comando de Rosangela Sonda, o encontro debateu temas pertinentes ao setor produtivo e integrou mulheres que se dedicam à causa associativista. A coordenadora do Programa Empreender da Acic, Dulce Raggazon, informou sobre a Rodada de negócios, projeto criado há cerca de dois anos e que é sucesso em estímulo a novas parcerias. As mulheres também foram informadas sobre serviços da Faciap. O foco central foi detalhar projeto ligado à área da telefonia.
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WWW.FUNCIONAL.CNT.BR
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E vo cê con t i nua mandand o toda aquel a pape l ada par a o seu escr i tór io de con tab i li dade?
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O final do ano se aproxima
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Melhor organização dos processos proporcionando um dia a dia mais tranquilo;
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Velhos métodos não trazem novos resultados.
hipertexto exibidos e geraram reflexões e comentários sobre estruturação, forma de repasse da mensagem e seus possíveis efeitos práticos no consumidor.
CICLO DE DEBATES
Profissionais de propaganda, comunicação, acadêmicos e empresários participaram do 1º Ciclo de Debates do NPCOM, Núcleo dos Profissionais de Comunicação da Acic. A finalidade foi trocar informações sobre a atualidade do mercado, comportamento do cliente e do consumidor e entender melhor o funcionamento de todo esse contexto para ajustes na relação entre agências e os públicos com os quais elas se relacionam. Alguns tópicos importantes foram apresentados para aprofundar o debate, como ideia x resultado, se criatividade é mesmo sinônimo de efetividade e se a publicidade precisa de ideias para dar retorno. O encontro possibilitou apurar aspectos que podem ser melhorados no cotidiano profissional das empresas que atuam com publicidade e comunicação. Alguns vídeos publicitários foram
NOSSOS PARCEIROS
A Acic conta um amplo leque de produtos e serviços à disposição de suas mais de 13 mil empresas associadas. Eles são nas áreas da saúde, tecnologia, vales-alimentação e refeição e também de acesso a linhas de crédito com condições diferenciadas. Para saber mais, acesse o site da Acic (www.acicvel.com.br ) ou faça-nos uma visita – rua Pernambuco, 1800, em frente à Câmara de Vereadores. Outras informações podem ser conseguidas também pelo telefone 3321-1414.
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Formação de preços foi o tema de curso que contou com a participação de representantes de vários núcleos do Programa Empreender. Participaram mem-
bros do Acic Mulher, Revendas de Gás, Escolas de Idiomas, Encanadores e Eletricistas.
REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA
A mais grave e duradoura crise brasileira já levou milhares de empresas à falência, conduziu ao recorde no número de desempregados (mais de 14 milhões) e a situação poderá ficar ainda mais difícil caso o Congresso não aprove emendas ao Pert, o Parcelamento Especial de Regularização Tributária, buscando assim a adesão por grande parte das empresas brasileiras inadimplentes com o fisco. Poder contar com esse fôlego é uma questão de sobrevivência a muitas pequenas e médias empresas e também para preservar empregos que, além de manter famílias, são fundamentais para dar impulso à roda da economia. Essa foi a síntese de posição da Câmara Técnica Tributária da Acic apresentada dias atrás em reunião com o deputado federal Alfredo Kaefer, que integra comissão mista que trata e negocia o PLV 23/2017, Projeto de Lei de Conversão proveniente da MP 783/2017, do Pert.
ESTÍMULO A PARCERIAS E NEGÓCIOS Mais uma das edições do ano da Rodada Empreender de Negócios foi realizada, dessa vez em agosto. Vinte e cinco empresários participaram e trocaram informações que podem levar a novas parcerias e negócios. Organizado pelos consultores do Empreender, o evento teve como patrocinadores Banco do Brasil e Unimed.
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associativismo
DICAS CERTEIRAS
Cerca de cem pessoas participaram em agosto da segunda edição do ano do Escute o especialista, projeto de teleconferência organizado pelo Sebrae em parceria com pontos de atendimentos espalhados por associações comerciais de todo o País. O primeiro dos assuntos foi abordado por Cristian Barbosa, que falou sobre gestão do tempo. O segundo foi com Norberto Rotter sobre Relacionamento com o cliente e o terceiro sobre Marketing boca a boca com Cristiano Machado.
JOJEPS 2017
O Conselho do Jovem Empreendedor da Acic é um dos que participam da edição de 2017 do Jojeps, os Jogos dos Jovens Empreendedores do Paraná. Organizado pela Faciap Jovem, um dos braços da Federação
das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná, os jogos buscam integrar e fortalecer o espírito empreendedor entre jovens empresários de todo o Estado. Quinze dos
integrantes do Conselho Jovem da Acic participam da competição. Os conselheiros podem, individualmente ou em grupo, cumprir tarefas diárias que, devidamente postadas no Instagram, somam pontos para a equipe. A orientação é do desenvolvimento de atividades diárias voltadas a hábitos saudáveis, como exercícios físicos e prática de esportes. Para a presidente do Conselho Jovem da Acic, Silvana Luiza Ribeiro, os Jogos contribuem para fortalecer ainda mais a participação dos jovens com o cotidiano das associações comerciais.
CONGRESSO CACIOPAR
Cerca de 300 pessoas participaram no dia 29 de setembro, na Associação Atlética Coopavel, da quarta edição do Congresso Caciopar. Líderes dos mais diferentes setores se envolveram em palestras, debates e reflexões sobre a atualidade e o futuro do Oeste do Paraná. Alguns momentos foram marcantes, como talk show sobre Atuação local, o anúncio e a entrega do prêmio do concurso Caciopar Mulher Empreendedora e a palestra master com o pós-doutor em Filosofia Luiz Felipe Pondé. O presidente da Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Oeste do Paraná, Leoveraldo Curtarelli de Oliveira, informa que o Congresso, que ocorre a cada dois anos, traz contribuições determinantes para aproximar e articular ações estratégicas da região, sempre de olho no futuro.
DEZ ANOS DE SUCESSO Mais de 600 pessoas participaram recentemente, na associação da Globoaves, da comemoração dos dez anos de fundação do Núcleo Territorial da Região Norte da Acic. Autoridades, empresários e moradores participaram da programação, entre eles o prefeito Leonaldo Paranhos e deputados. O coordenador do Núcleo, Juarez Araújo, falou sobre a importância da organização empresarial e do envolvimento de todos para tornar essa região cada dia melhor. Também ocorreram homenagens a ex-coordenadores. Entre as principais conquistas estão a atração de uma agência de cooperativa de crédito, instalação de duas casas lotéricas, de unidade do programa Paraná Seguro, além de um campus do IFPR (Instituto Federal do Paraná). Depois, os presentes confraternizaram em jantar. Diretores e colaboradores da associação comercial também participaram do evento.
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panorama dos mais variados ramos. Há preços especiais para empresas filiadas à Acic. Outras informações podem ser conseguidas pelos telefones 3321-1415 e 3321-1436.
PORCO À JUVINÓPOLIS
Cerca de 380 pessoas participaram no dia 9 de setembro da sexta edição do principal evento gastronômico do distrito de Juvinópolis. Realizado pelo Núcleo Territorial, o Porco à Juvinópolis é um símbolo de integração das comunidades vizinhas e a valorização de uma das principais atividades econômicas dessa área do município de Cascavel.
TREINAMENTOS
Acesse o site da Acic (www. acicvel.com.br ) e no link Uniacic saiba quais são os cursos, treinamentos, palestras e capacitações oferecidos pela Universidade Corporativa Empresarial da Associação Comercial e Industrial de Cascavel. Os temas são os mais diversos, sempre conectados à realidade, atualidade e necessidade de empresas
CARTAS DE AVAL
O agente de crédito da Garantioeste Érico Schulz participa de reuniões dos 27 núcleos do Programa Empreender da Acic. A finalidade é informar sobre o que é a Sociedade de Garantia de Crédito e a missão que desempenha, que é de fornecer, mediante aprovação prévia, cartas de aval a empresas que precisam de financiamentos para fazer novos investimentos. Com mais informações, os nucleados poderão ter acesso a uma importante ferramenta de ajuda ao desenvolvimento econômico, diz a diretoria de Núcleos da Acic, Rosemeri Petzold. O agente atende em dias úteis na Acic, na
rua Pernambuco, 1800, em frente à Câmara. O telefone de contato é o 3321-1465.
CAFÉ COM IDIOMAS
A união de duas paixões abre novas perspectivas ao Núcleo Setorial de Idiomas da Acic. Empresários da área estiveram na associação comercial para saborear um café da manhã e para conversar. O tema do encontro foi o núcleo, a metodologia do Empreender e meios capazes de dar novos capítulos a uma história iniciada em 2004. O Núcleo de Idiomas da Acic é um dos mais antigos e atuantes da entidade, que foi a primeira no Paraná, em 1998, a aderir ao programa que transforma empresários de um mesmo ramo em parceiros. O coordenador do grupo, Cassiano Longo, destacou a importância de participar do núcleo, do acerto da metodologia e das conquistas que as escolas participantes tiveram ao longo desse tempo todo. “A experiência desta sexta-feira foi das mais gratificantes e vamos convidar outros donos de escolas a se somar e esse movimento”, conforme Cassiano.
CACB MIL SERÁ EM FOZ A Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil acelera os preparativos do 4º Fórum CACB Mil, que será realizado de 18 a 20 de outubro no Recanto Thermas e Resort, em Foz do Iguaçu. Nomes de peso foram convidados para conduzir as palestras especiais do evento, que será o maior encontro empresarial do ano no Estado. Entre os confirmados estão o maestro João Carlos Martins, o cientista político Fernando Schuler, o consultor Maurício Lousada e a vice-presidente do Grupo Sabin, Janete Vaz. O encontro da CACB ocorrerá durante a 27ª Convenção Anual da Faciap, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná. A expectativa dos organizadores e que cerca de 1,5 mil empresários de todo o País participem.
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associativismo
Indutor de mudanças Ética, planejamento, trabalho, união e resultados compartilhados são a lógica de um movimento que deve inspirar um novo País
O presidente da Faciap, o empresário Marco Tadeu Barbosa, esteve na Acic para conversar com diretores e empresários
A
construção de um novo Brasil, mais justo e desenvolvido, passa obrigatoriamente pelo envolvimento dos empresários e das entidades organizadas nos debates e articulações para a correção de rumos há tanto cobrada e esperada. “Precisamos participar e pedir não apenas as reformas nos campos trabalhista, fiscal e tributário, mas acompanhar e exigir seriedade também na reforma política”, disse o presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná), Marco Tadeu Barbosa, durante recente encontro semanal da Acic. Marco Tadeu falou das movimentações que ocorrem em Brasília e de mudanças previstas já para as eleições do ano que vem. “Se o que estão querendo de fato for colocado em prática, então a situação ficará ainda mais difícil que hoje. O que estão buscando não atende aos anseios da sociedade brasileira”, disse o presidente da Faciap. Marco Tadeu se refere a medidas que viriam para beneficiar políticos muito conhecidos, como a lista fechada, e a uma estratégia, segundo ele, para institucionalizar o caixa 2. Os parlamentares almejam aprovar fundo bilionário para campanha, com dinheiro público.
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A Faciap e as associações comerciais acompanharam outro tema importante debatido em Brasília. São as tratativas em torno do Refis, um programa para o reparcelamento de débitos fiscais antigos de empresas. “Ao contrário do que estão dizendo, ele virá para atender principalmente pequenas e microempresas, que somam 98% de todas as pessoas jurídicas legalmente constituídas e que empregam milhões de pessoas no País”, conforme Marco Tadeu Barbosa. O presidente da Faciap falou também sobre a necessidade de união dos empresários para que avanços, principalmente no campo estrutural, possam ocorrer no Estado. “E isso é imprescindível”, pontuou. Outro tema comentado durante a visita do presidente da Federação à Acic foi quanto às universidades estaduais e à resistência de algumas delas em adotar a chamada Meta4. “Somos a favor da transparência e da eficiência, com resultados a todo o conjunto social”, citou Marco Tadeu. O presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, fez menção ao elevado tamanho do Estado, já que praticamente todo o recurso público se destina ao custeio. Mudanças são urgentes, afirmou, porque investir em infraestrutura, competitividade e produtividade é indispensável para o futuro do Paraná e do Brasil. Marco Tadeu falou também de projetos da Faciap para fortalecer o associativismo, de ações, produtos e campanhas para aumentar o caixa das Aces, principalmente das menores, e de um esforço conjunto do G7 (grupo das sete principais entidades empresariais do Estado) para dar apoio e suporte ao BRDE, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul. O presidente citou ainda sobre o Programa Empreender que em atividade no Paraná desde 1998 coloca empresários de um mesmo ramo para dialogar e promover ações conjuntas. “Esse é um caminho vitorioso para oxigenar e fortalecer as nossas associações”, afirmou.
Agora Veloso precisa avaliar bem as suas opções para resolver essa questão em pouco tempo...
Veloso poderia ligar para a melhor panificadora do bairro, mas teria que testar suas habilidades como maître e garçom.
Mas ele pesquisou bem e teve uma GRANDE ideia!
... ou contratar o melhor buffet da cidade, mas como levar esta conta para seu chefe?
made in cascavel
Maior e melhor revenda do Brasil A Acic inaugura uma sessão que vai mostrar empresas locais que, com trabalho e talento, conquistam prêmios nacionais e projetam Cascavel; a M.A. Máquinas é a primeira a ocupar esse espaço
O
caminho para uma empresa do interior figurar entre as maiores e mais conceituadas do seu ramo no País é longo e exige persistência e sacrifícios. E disso Marco Antonio Giombelli, seus sócios e colaboradores entendem bem. A empresa constituída em 1996 procura se reinventar continuamente para enfrentar as oscilações do mercado e para atravessar crises comuns a um país que ainda tenta se encontrar e se livrar de amarras que o prendem a um passado conturbado. A M.A. Máquinas inaugura nesta edição uma nova sessão da Revisa Acic, dedicada a contar a trajetória de empresas locais que, com trabalho e dedicação, crescem, conquistam prêmios nacionais e projetam o
nome de Cascavel para o Brasil. A M.A. Máquinas tem no seu gene a Giombelli, empresa fundada pelo patriarca Albino em 1967 em Palotina. Hoje inativa, a Giombelli teve anos de glória e chegou à condição de maior revenda do País dos tratores Valmet, que passaram a se chamar Valtra há alguns anos. Marco herdou do pai o gosto pelo negócio e há 21 anos percebeu que era hora de montar a própria empresa. De apenas duas, hoje a M.A. tem 11 unidades distribuídas por várias cidades, 490 funcionários e seu faturamento em 2016 chegou aos R$ 430 milhões. Mesmo em um ano considerado ainda difícil à economia e de incertezas na política, a projeção é de crescimento de 12% no atual exercício.
A fórmula do sucesso de Marco Antonio Giombelli e dos sócios é simples e eficiente. O trabalho duro é aliado ao planejamento e ao constante acompanhamento dos movimentos do mercado. Diretores e funcionários participam de treinamentos seguidamente. A tarefa de melhorar a cada dia conta com parcerias de nomes de peso como a Fundação Getúlio Vargas e o Instituto Dom Cabral. A M.A. participa de um grupo nacional de concessionárias que envolvem seus diretores em capacitações internacionais de alto nível. Dias atrás, o diretor-presidente da empresa cascavelense esteve em Chicago, nos Estados Unidos, para participar de um dos módulos de capacitação realizada em convênio com a Dom Cabral. No evento, Marco teve contato, entre outros, com dirigentes de grandes multinacionais, como Sanjay Khosla, presidente da gigante do ramo de alimentos Kraft Foods.
Consequência
A metodologia que orienta a M.A. Máquinas faz dela um modelo no setor. Marco entende o reconhecimento e os prêmios nacionais como uma consequência de fundamentos sólidos que deveriam balizar o cotidiano de qualquer companhia. Neste ano, a empresa obteve o primeiro lugar como melhor revenda brasileira de máquinas e insumos no estudo Maiores e melhores da revista Exame, uma das mais importantes publicações especializadas em economia do País. Título semelhante foi alcançado em avaliação do jornal
Valor Econômico, que classifica as melhores empresas nacionais segundo a tabulação e o desempenho em uma série de indicadores. Os prêmios servem de estímulo à M.A., que investe em novas estruturas em Medianeira, Assis Chateaubriand e Palotina. A revenda atua no Oeste e Noroeste, abrangendo uma área formada por 105 municípios. Juntos, eles dedicam área de 2,4 milhões de hectares a diversos cultivos. Mesmo que o atual período brasileiro inspire cuidados, Marco Antonio garante que, pelo menos para o agronegócio, não é sequer parecido com os anos de 2005 e 2006. A média da empresa é 220 colheitadeiras vendidas por ano e na época foram negociadas apenas 15. Apesar da redução do ritmo da atividade econômica, Marco, seus sócios e equipe tiraram lições importantes da crise e chegaram a algumas certezas. Uma delas é a urgência de o País investir em privatizações, de combater rigorosamente a corrupção e de focar na pesquisa e inovação.
Marco durante evento de anúncio das maiores e melhores empresas segundo a Revista Exame
O empresário Marco Antonio Giombelli. Receita simples e eficiente para impulsionar negócios e marca da empresa
fisco
Amplo direito de defesa
ao contribuinte Conselho de Contribuintes passa a vigorar ainda neste mês de outubro e tem como primeira missão aposentar decisões monocráticas de segundo grau de um modelo antigo e obsoleto
O procurador Luciano Braga Cortês detalhou etapas que levaram à criação do Conselho
U
ma ferramenta que moderniza, democratiza e dá amplo direito de defesa ao contribuinte. Essa é uma das definições empregadas pelo procurador jurídico da Prefeitura de Cascavel, o advogado Luciano Braga Côrtes, ao falar sobre o Conselho de Contribuintes em recente encontro empresarial da Acic. Luciano in-
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formou sobre as principais etapas vencidas para o amadurecimento, aperfeiçoamento e aprovação do Conselho e as mudanças que trará assim que entrar em vigor, em outubro. O procurador disse que o Conselho de Contribuintes era uma antiga aspiração de entidades e da comunidade e que o anteprojeto de lei foi enviado na gestão passada para apreciação do Legislativo. Com a eleição e posse do prefeito Leonaldo Paranhos, a orientação que Luciano recebeu foi de conhecer a fundo a proposta e, com o auxílio de técnicos, vereadores e advogados, melhorá-la. O debate foi amplo e participativo, inclusive com a realização de audiências públicas, e o teor da lei que acabou aprovada e sancionada é muito melhor que o contido no texto original. O processo exigiu estudos e cuidados especiais, por exemplo, na apresentação e aprovação de substitutivo para que a atuação do Conselho possa ser a melhor possível e sem ferir a alçada dos poderes constituídos. Luciano Braga Côrtes informou como ocorrem os procedimentos atualmente e as limita-
ções que oferecem. Quando o contribuinte é autuado ele tem 30 dias para apresentar a impugnação e os argumentos com os quais questiona a cobrança. A decisão em segundo grau cabe então ao prefeito, que toma por parâmetros a atuação, as provas e outros elementos apresentados ao processo pelo fiscal e secretário municipal da Fazenda. Com isso, normalmente a decisão favorece o fisco e cabe como último recurso ao contribuinte apelar à Justiça. Caso a busca pela reforma da decisão não ocorra, então o débito é inscrito em dívida ativa e se inicia o processo executivo-fiscal. Atualmente, devido às limitações da estrutura que conta com apenas um juiz, a Vara da Fazenda Pública tem 22 mil processos em andamento, desses quatro mil aguardam digitalização. Um dos vícios do atual modelo, que será aposentado em outubro, é centralizar muitas etapas nas mãos de uma mesma pessoa. “Para alcançar o que se entende como o mais próximo do princípio de ideal de justiça é necessário que pessoas diferentes, que darão suas versões sobre uma mesma matéria, possam participar”, diz Luciano. E esse é o grande diferencial do Conselho, já que as decisões em segundo grau deixarão de ser monocráticas e passarão a ser tomadas por um colegiado. Nele estarão três servidores públicos da Secretaria de Finanças, dois da Assessoria Jurídica e representantes de entidades como Acic, Amic, OAB e Sindicato dos Contabilistas. O Conselho de Contribuintes terá abordagem ampla e essa será realizada por pessoas que conhecem de matéria tributária. Um dos cuidados é que as entidades indicassem, como membros, pessoas com notório saber no campo fisco-tributário. “Com análise criteriosa e
Junior Scherer é justa, o órgão contribuirá para avanços à administração pública e às próprias leis que versam vice-coordenador sobre a área fiscal”, conforme o procurador. O da Câmara Técnica vice-prefeito Jorge Lange disse que o Conselho Tributária da Acic atende a uma expectativa popular de se fazer justiça social. O modelo antigo e que em breve estará superado é um grande gerador de queixas e reclamações e agora esse esforço, que é uma conquista de Cascavel, vai democratizar e trazer avanços a essas discussões. O vice-coordenador da Câmara Técnica Tributária da Acic, Junior Scherer, explicou sobre os motivos que levaram a diretoria da associação comercial a criá-la e sobre as contribuições que já começa a trazer. Ela é formada por técnicos e empresários e recebe demandas sobre assuntos do cotidiano do setor produtivo. Por meio dela e em um ambiente propício, permite refletir, deliberar e definir encaminhamentos à busca de soluções. Além do Conselho de Contribuintes, ela já tratou sobre Refic, Refis, Pert e aspectos de proposta apresentada no Congresso para a reforma tributária. Juarez Paim, presidente do Sincovel, e o advogado Carlos Allievi foram indicados como representantes da Acic no Conselho de Contribuintes
iso 14.001
Compromisso com
o meio ambiente
Diversos ajustes foram feitos na estrutura física da Acic para que atitudes de normas fossem colocadas em prática
Adesivos contribuem na divulgação e orientação de atitudes responsáveis com o meio ambiente
A
Acic foi uma das primeiras entidades empresariais brasileiras a conquistar, em 2010, o certificado de qualidade ISO 14.001, que dissemina e aplica normas para a proteção e a valorização do meio ambiente. A entidade precisou investir e promover vários ajustes em sua estrutura física, além de orientar seus colaboradores e diretores, sobre aspectos defendidos pela norma. Os trabalhos de orientação seguem e a Acic conta inclusive com parceiros para informar, entre outros, sobre a importância do destino correto e das vantagens de reciclar materiais que podem ser reutilizados. Em parceria com a Itaipu, a associação
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comercial elaborou e confeccionou adesivos que informam sobre o que pode ser reaproveitado, como as pessoas devem proceder para agir dessa forma e também quanto aos benefícios ambientais e econômicos que esse tipo de prática traz. A colaboradora Ana Paula Godinho, responsável pela área da qualidade da Acic, informa que a receptividade a informações sobre práticas ambientais é muito boa. “E, aos poucos, é cada vez maior o número daqueles que se sentem preparados e motivos a contribuir. E isso faz toda a diferença para o meio ambiente e também para as nossas vidas”, afirma Ana Paula, animada com os resultados possíveis na parceria com a Itaipu. Os adesivos criados para estimular ações responsáveis de reciclagem foram inicialmente distribuídos na Acic durante a Semana do Meio Ambiente, em junho. Eles também são entregues na recepção da entidade e em eventos específicos. Os mais recentes foram o encontro de coordenadores e vice-coordenadores do Programa Empreender e o Acic Itinerante. “Ao mesmo tempo em que defende os interesses da livre iniciativa, a associação comercial se alia a tarefas importantes ao cotidiano de cada um de nós, de nossas empresas e da nossa comunidade”, diz o gerente César Ióris.
unimedcascavel.coop.br/personal
foto e vídeo
O encontro reuniu cerimonialistas, fotógrafos e cinegrafistas dias atrás na Acic
Profissionalismo e maturidade Setores distintos, mas que atuam juntos, dialogam para realizar eventos ainda maiores e melhores
C
ascavel se consolida como uma das principais cidades realizadoras e receptoras de eventos do Estado. De olho em um mercado crescente e em suas possibilidades, profissionais das áreas de foto, vídeo e cerimoniais participaram de um encontro inédito na Sala Altamir Silva, na Acic. A finalidade foi debater e buscar meios que possam tornar a atuação de fotógrafos, cinegrafistas e cerimonialistas ainda mais integrada, harmoniosa e eficiente. O coordenador do Núcleo de Foto e Vídeo da Acic, Claiton Biaggi, informa que o grupo foi criado em outubro de 2009 e que, nesses anos todos, avanços importantes ocorreram. O debate permanente possibilita conhecer a realidade do segmento, seus desafios e potencialidades de forma ainda mais ampla. O objetivo do núcleo, que atua com suporte da metodologia do Programa Empreender, é de proporcionar o desenvolvimento das empre-
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sas integradas e o fortalecimento do setor por meio de ações inovadoras. Claiton informa que o encontro com os cerimonialistas permitiu dizer o que é o núcleo, como ele atua e, a partir da troca de informações e experiências, criou um ambiente favorável para promover atuações em conjunto e otimizar o trabalho desses segmentos, buscando assim resultados ainda melhores aos clientes. A contabilista e pós-graduada em marketing, com vasto conhecimento em protocolos e cerimoniais, Maria Gladis Junger, palestrou aos presentes e deu dicas de como parcerias e aproximações entre profissionais de foto, vídeo e cerimoniais pode contribuir para o contínuo crescimento da área de eventos em Cascavel. O resultado desse primeiro encontro foi tão bom que se abriu uma janela de possibilidades para a formação de um novo grupo para atuar com o suporte da metodologia, na área de cerimoniais e eventos.
Cascavel (45) 3220-8000 | Foz do Iguaçu (45) 3574-1010
www.alvaro.com.br Responsável Técnico: Dr. Luciano Gustavo Savitzki de Carvalho - CRF PR 16120
crise e seus reflexos
Segurança, educação e saúde devem andar juntas A adoção de políticas sérias para esses três setores são indispensáveis para mudanças estruturais amplas e duradouras
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O comandante do 6º BPM, o major Rubens Garcez da Luz, apresentou informações sobre o cotidiano da Polícia Militar em Cascavel e em sua área de abrangência
crise econômica tem reflexos amplos na vida de uma comunidade. Ela causa impactos no emprego, na atividade econômica e pressiona os índices da criminalidade. Em Cascavel, no entanto, as forças que integram a área da segurança pública se desdobram e se unem para reduzir ao máximo as consequências de um período de dificuldades e os resultados aparecem. Essa é a síntese de apresentação feita por autoridades do setor em reunião com empresários e autoridades na Acic. O comandante do 6º BPM (Batalhão da Polícia Militar), major Rubens Garcez da Luz, informou que a crise deve instigar interpretações mais amplas, porque ela tem desdobramentos também nas áreas da saúde pública e da edu-
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cação. “Contar com políticas sérias e eficientes, além dos repasses adequados de recursos a essas áreas, é imprescindível para que uma sociedade tenha pilares estruturais fortes que inibam a prática criminosa”, observou. A área da segurança é formada por diversos órgãos, acentuou Garcez, e a Polícia Militar é apenas um dos seus canais de atenção à comunidade. Uma pesquisa feita com a corporação mostra um quadro preocupante e que tem reflexos no desempenho de suas tarefas. A metade dos policiais não têm plano de saúde e 16% deles são separados e estão distantes do convívio familiar. “São pessoas que, como as outras, também precisam administrar esse tipo de dificuldade”, comentou o comandante, para citar alguns números acumulados pelo setor no primeiro semestre de 2017 comparativamente a igual período do ano passado. Um dos reflexos da crise se percebe no aumento dos furtos, que cresceram 12%, e de veículos, com avanço de 0,6%. Entretanto, a recuperação de carros furtados ou roubados cresceu em 8%. O comandante do 6º Batalhão apresentou dados exclusivos da PM, incluindo a apreensão de drogas. Somente em 2017 foram cinco toneladas de maconha e 18,1 quilos de cocaína retirados de circulação, volume 5,9% maior ante ao primeiro semestre do ano passado. Houve aumento de 7% no número de presos por tráfico de entorpecentes (de 321 para 343) e redução na detenção de usuários em 23,5%. No que se refere a armas apreendidas ocorreu recuo no período, de 15% (292 de janeiro a junho de 2016
contra 246 dos primeiros seis meses de 2016), mesmo assim o índice é superior ao de cidades de fronteira, como Foz do Iguaçu. Major Garcez afirmou que a corporação trabalha muito e que, mesmo com dificuldades, há alguns avanços, como o repasse de 21 novas viaturas à área de abrangência do 6º BPM e a modernização da central de comunicações 190. O deputado estadual Adelino Ribeiro, que também participou da reunião, citou os bons resultados das duas UPSs (Unidades Paraná Seguro) em atividade nas regiões Norte e Sul de Cascavel. Ressaltou, porém, que é necessário pensar meios de levar policiamento aos distritos. O delegado Adriano Chohfi, da 15ª Subdivisão Policial, falou sobre o número de homicídios registrados nos seis primeiros meses deste em comparação com o primeiro semestre de 2016. De acordo com Adriano, o número de assassinatos segue estável e que tem melhorado e muito de alguns anos para cá a soma de elucidações, que é superior a 80%. Conforme o delegado, percebe-se uma mudança quanto aos motivos que levam aos homicídios. Até recentemente, disputas envolvendo tráfico e consumo de drogas eram maioria. Agora, há índice crescente de fatos considerados banais. Para conter furtos e roubos, Adriano falou também do esforço das corporações, principalmente do trabalho de investigações, de chegar até os receptadores. Ele disse que em breve haverá uma importante novidade no setor que fará com que os dados recuem consideravelmente.
Reincidência
Um dos aspectos que preocupam quem é da área da segurança é o elevado índice de reincidência em Cascavel, reflexo do esgotamento do modelo prisional convencional em todo o País. O retorno de presos às cadeias é superior a 80%. Somente mudanças culturais sérias e em todas as esferas poderá enfrentar essa realidade, considera o presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança de Cascavel), o contabilista Rafael Lorenzo. A Justiça também precisa agir com mais rigor e as pessoas devem entender que o crime não compensa. O vereador Carlos de Oliveira citou a UPS como um bom exemplo de parceria que dá certo. O presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, afirmou, por sua vez, que segurança pública e busca por soluções é uma das bandeiras permanentes da associação comercial. “Precisamos estar juntos, unidos e serenos, para que as pessoas possam trabalhar e seguir suas vidas com segurança e tranquilidade”.
Obra une moradores Parceria de empresários, prefeitura, governo estadual e Polícia Militar constrói uma estrutura própria para abrigar a UPS (Unidade Paraná Seguro) na região Norte de Cascavel. Ela foi a primeira no Paraná a entrar em funcionamento e desde outubro de 2012 garante mais segurança e tranquilidade a uma região habitada por cerca de 80 mil moradores, o que faz dela a de maior concentração populacional do perímetro urbano. Atualmente, a UPS funciona em uma casa alugada, mas a parceria garantirá uma estrutura própria e adaptada às reais necessidades da corporação. O coordenador do Núcleo da Região Norte da Acic, Juarez Tadeu Araújo, informa que as contribuições dos empresários, dos mais diversos portes e ramos de atividades, deverá ultrapassar os R$ 60 mil. “Além de todos os impostos que pagam, de gerar empregos e contribuir com o desenvolvimento, eles entendem que esse investimento em segurança pública é indispensável para que possam trabalhar e bem desempenhar o seu papel em favor da comunidade e de suas famílias”, diz Juarez. A nova estrutura já está em obras e a previsão é de que ela fique pronta logo. Ela terá 135 metros quadrados e será dotada de alojamentos, escritório, refeitório, banheiros e garagem. A prefeitura cedeu terreno para o empreendimento, localizado ao lado da Cozinha Social e do Colégio Francisco Vaz de Lima. “Ter a Polícia Militar próxima de nossa comunidade traz mais segurança e cria parcerias que fortalecem o convívio social e comunitário”, segundo o deputado estadual Adelino Ribeiro, que recentemente conquistou a implantação de uma Unidade Paraná Seguro na região Sul de Cascavel. Além da UPS, Juarez diz que o núcleo, que completou dez anos em 31 de julho, alcançou outras conquistas, como a instalação de uma agência de cooperativa de crédito, duas casas lotéricas, sede administrativa da prefeitura, campus do IFPR (Instituto Federal do Paraná), além de inúmeras obras e viaturas. Os empresários, para que a Polícia Militar possa bem desempenhar as suas funções, também cooperam para que as viaturas estejam sempre em boas condições de uso. Juarez é coordenador do Núcleo Territorial da Região Norte
indicadores
Avanços e desafios de uma área estratégica Delegado geral da Polícia Civil diz na Acic que, apesar da falta de recursos, há redução de homicídios e investimentos cresceram
O delegado Julio Reis, que participou da reunião empresarial da associação comercial
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pesar dos recursos limitados, a segurança pública do Paraná contabiliza avanços nos últimos cinco anos, disse em encontro empresarial da Acic o delegado geral da Polícia Civil do Estado, Julio Reis. Na semana em que a corporação comemorou os seus 164 anos de fundação, Julio empregou um dado alcançado em Cascavel para falar de um novo tempo para o setor no Paraná. O índice de solução de homicídios na cidade chega a 85%, o mesmo de alguns dos países mais desenvolvidos do planeta. Outro dado importante, segundo ele, é que o Estado registra o menor índice de assassinatos dos últimos dez anos. Contudo, reconheceu, há
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enormes desafios que precisam ser superados, como tornar a crescente sensação de segurança em efeito prático na vida das pessoas. Antes de Beto Richa assumir como governador, conforme o delegado geral, a situação da segurança pública era gravíssima. Havia falta de estrutura, efetivos reduzidos e poucos equipamentos. E o cenário tem sido significativamente alterado nos últimos anos, resultado da criação e implantação em 2012 de uma política de segurança chamada Paraná Seguro. O programa consiste na contínua ampliação de efetivos, na valorização das corporações e em investimentos em estruturas físicas. E a situação só não é melhor, conforme Julio, porque o governo federal anterior segurou severamente repasses para obras importantes ao Paraná, inclusive na área da segurança pública. Em 2011 em Curitiba, a taxa de homicídios era de 40 por 100 mil habitantes e ela recuou consideravelmente de lá até agora. “Ainda está longe do ideal, mas não há como negar que a situação é melhor do que era até 2010”. O Paraná Seguro também criou inúmeros programas e ações preventivas e de investigação, além de delegacias especializadas nos principais centros urbanos do Estado. Entre outros aspectos de melhorias na área, Julio citou o fato histórico de pela primeira vez o governo estadual comprar pistolas Glock (a melhor do mundo) às forças policiais e da valorização salarial que ocorreu nos últimos anos. Em 2009, um investigador era contratado por
R$ 1,9 mil e agora ganha R$ 5,5 mil, aumento 70% acima dos índices da inflação acumulada no período. Ele falou também da importância da ampliação de vagas nos presídios do Estado e da decisão da Justiça de liberar mais de cinco mil presos, que cometeram crimes considerados leves, com uso de tornozeleira eletrônica.
Cascavel
O delegado citou avanços também na segurança pública em Cascavel, principalmente com a retirada da cadeia da 15ª SDP do centro da cidade e a abertura de novas vagas nas penitenciárias. Ele falou da implantação da delegacia que combate o furto e o roubo de cargas, na capital, e reconheceu a necessidade de uma estrutura semelhante na região Oeste. No entanto, afirmou, por enquanto os recursos não são suficientes para colocar esse projeto em prática. Questionado sobre a Casa de Custódia, Julio Reis afirmou que um dos passos mais importantes é conseguir, por parte da prefeitura, um terreno para abrigar a obra. Mas a falta de dinheiro é um limitador no momento, admitiu. O presidente do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança de Cascavel), Rafael Lorenzo, falou de outra obra reivindicada há anos, a De-
legacia Cidadã, que já tem terreno cedido ao Estado para abrigar o empreendimento. Um dos desafios do Oeste, a exemplo de outras regiões do Brasil, está na extensão de sua fronteira. Enquanto os Estados Unidos têm apenas três mil quilômetros, aqui são 17 mil. O presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, afirmou que o encontro com o delegado não teve tom de cobrança, e sim de um diálogo para encontrar caminhos possíveis e de ajuda mútua para melhorar a segurança das pessoas de bem.
Líderes dos mais diversos setores participaram de reunião com o delegado Julio Reis
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compras públicas
Oportunidades que somam R$ 1 bilhão Ao entender e ao se preparar para participar de licitações, cria-se um ambiente de novas possibilidades à produção e a toda a comunidade Paranhos: “Desafio de criar oportunidades e de combater ineficiência e desperdícios”
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administração pública de Cascavel prevê lançar em 2017 editais para contratar R$ 300 milhões em compras. Considerando também aquisi-
ções nas esferas estadual e federal, o valor anualmente movimentado em obras, programas e ações em favor da cidade chega perto de R$ 1 bilhão. E grande parte desse dinheiro não fica aqui, já que o número de empresas locais que participam dos certames é muito menor do que poderia. Uma parceria quer contribuir para mudar isso a partir de monitoramento e repasse de informações, de orientações e de cursos para capacitar compradores e fornecedores locais a participar habitualmente de licitações de órgãos públicos em Cascavel. É com a proposta de fazer dessa oportunidade um grande negócio a empresas do município que entidades e órgãos públicos somaram forças na estruturação do Escritório de Compras Públicas de Cascavel, oficialmente inaugurado semanas atrás na Acic. O prefeito Leonaldo Paranhos defende o pro-
jeto há um bom tempo, principalmente por considerar que há desperdícios de oportunidades e dinheiro. “Criamos uma parceria ampla e sólida que trará avanços importantes ao município”. Com informação, transparência e eficiência, segundo Paranhos, Cascavel passa a contar com um ambiente que fortalecerá as empresas e a economia local. O orçamento de Cascavel para o exercício de 2017 é de R$ 1 bilhão. Desse valor, R$ 400 milhões são para cobrir gastos com a folha dos servidores e R$ 300 milhões são destinados a compras diversas para garantir o bom funcionamento da máquina pública. “É uma soma expressiva e mais desse dinheiro permaneceria na economia da cidade caso número maior de empresas locais se preparasse e participasse das licitações lançadas pela prefeitura”, conforme Leonaldo Paranhos. O prefeito informou que, em média nos últimos dez anos, o desconto conseguido com as licitações foi de 10%. Com a adoção do pregão
“Por meio dessa estrutura, os empresários poderão se capacitar e entender melhor sobre o funcionamento das licitações e suas modalidades” eletrônico, de um tempo para cá, o desconto médio chega a 32%.
Sustentável
O gerente regional do Sebrae-Paraná, Orestes Hotz, afirma que o Escritório de Compras Públicas abrirá oportunidades principalmente às micros e pequenas empresas. “Por meio dessa estrutura, os empresários poderão se capacitar e entender melhor sobre o funcionamento das licitações e suas modalidades, a exemplo dos pregões”. A parceria que dá origem a essa estrutura é mais um passo em direção ao desenvolvimento sustentável de uma cidade sinônimo de trabalho, determinação e resultados. “Licitação não é só preço. É também produto de qualidade e respeito aos prazos”, afirmou Orestes. Para o presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, o escritório, por meio das contribuições que trará, será um indutor de novos empregos e de avanços econômicos. “Vamos
criar um círculo virtuoso em favor das nossas empresas e essa é uma das funções da associação comercial, fomentar o crescimento empresarial local”. Edson ressaltou também o peso de uma parceria alicerçada na legalidade, na transparência e em incentivos que vão melhorar ainda mais a organização e a gestão das empresas. “Essa é uma conquista que fará bem a toda a nossa comunidade”, de acordo com o presidente da Acic.
Assinatura de parceria que marcou início das atividades do escritório de compras públicas
Parceiros/estrutura
O escritório de Compras Públicas de Cascavel tem como parceiros Prefeitura, Acic, Sebrae, Fecomércio-PR, Fopema (Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Paraná), Faciap, Unioeste, Núcleo Regional de Educação, Compra Paraná e Comitê Gestor Municipal. O consultor do Sebrae Adir Mattioni apresentou dados de uma pesquisa que reforça a assertividade em criar um espaço com esse perfil. Somente nos cinco primeiros meses de 2017, as compras
O consultor Adir Mattioni apresentou indicadores que mostram que cerca da metade dos recursos de licitações que ocorrem em Cascavel seguem a outras cidades e regiões
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compras públicas
públicas movimentaram R$ 260 milhões na cidade e 47% foram injetados na economia de outras cidades e regiões do País. A primeira etapa das atividades que levaram à inauguração do escritório foi uma palestra com o consultor Luís Maurício Junqueira Zanin. Ele informou sobre a legislação das licitações e de mudanças profundas que tornam os processos mais flexíveis e que valorizam empresas locais e também as de micro e pequeno portes. Zanin explicou sobre critérios, que não consideram apenas o menor preço, e de condições diferenciadas que buscam fortalecer e priorizar as empresas de menor porte e a indústria nacional. Há, por O consultor Luís Maurício exemplo, exclusividade às micros e pequenas Junqueira Zanin em compras em editais com valores inferiores fez palestra sobre leis e modalidades a R$ 80 mil. Uma das principais mudanças é o aperfeiçoamento da lei 8.666 e da inclusão dos de licitações O escritório funciona na associação comercial e tem diversas entidades como parceiros
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pregões, que dão mais velocidade e eficiência aos processos, e de outros modelos, como o regime diferenciado de contratação.
O escritório
O escritório inaugurado na Acic resulta de um projeto criado em 2013 no Estado, o Compra Paraná, que tem como parceiros o Sebrae, a Fecomércio e a Faciap. Gradualmente, a ideia se mostrou uma excelente oportunidade de negócios principalmente às empresas menores alcançadas pela Lei Geral. A atribuição do escritório será promover a intermediação entre as entidades compradoras com as micros e pequenas empresas, facilitando assim a participação delas nas licitações e contratações públicas. No espaço, pessoal qualificado vai informar, detalhar e dar auxílio para que o maior número possível de empresas que se encaixam nos critérios exigidos possam participar. O escritório atuará nos seguintes serviços: captação de editais e informações sobre processos de compras públicas e governamentais que ocorram no município; divulgação customizada e facilitada dos processos de compra e contratação de serviços, direcionadas a MPEs de cada ramo; intermediação de compra e fornecedor na busca de cotações para a formação de preços de referência, além da oferta de treinamentos em compras públicas e governamentais para fornecedores e compradores e, ainda, orientação em áreas de gestão empresarial para micros e pequenas empresas atendidas pelo escritório.
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câmara técnica
Empreender sem perder a humanidade Associação comercial dá primeiros passos para elaborar um calendário anual de eventos com foco altruísta
A O coordenador e vice da Câmara Técnica de Ação Social da Acic, Renan Tonin e Nelson Casarotto
o mesmo tempo em que atua na priorização de temas empresariais e se envolve em projetos de alcance coletivo, a Acic conta com um considerável leque de ações na área social. Boa parte delas ocorre nos 27 núcleos do Programa Empreender, que tem uma forte veia solidária. A diretoria da associação comercial já trabalha para levantar, alinhar ações e potencializar resultados nessa área, que é das mais importantes para o convívio e o crescimento social de uma comunidade. Com esse propósito, a Acic acaba de estruturar a sua segunda câmara técnica, que integra um projeto estratégico da gestão do presidente Edson José de Vasconcelos e do vice Sandro Bacarin. As câmaras, e outras começam a ser alinhadas, têm por missão receber demandas, refletir e tirar posicionamentos e definir atitudes sobre questões importantes do cotidiano empresarial
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e da comunidade. Agindo dessa forma, a assertividade e a resolutividade dos trabalhos e encaminhamentos da associação comercial serão ainda melhores, segundo Edson Vasconcelos. A Câmara Técnica de Ação Social (a primeira é da área tributária) tem por objetivo potencializar as ações sociais já existentes e incentivar outras, diz o coordenador Renan Simões Tonin. Os primeiros passos já ocorrem e consistem em levantar informações, receber e alinhar demandas segundo o envio dos interessados; estruturar a formação de atuação para as demandas selecionadas e envolver os núcleos afins e, também, monitorar e medir resultados. É possível, por exemplo, pensar em algumas ações macros que possam envolver e aproximar todos os setores da Acic. “Estamos estudando várias possibilidades e a expectativa é das mais otimistas”, diz o vice-coordenador da Câmara, Nelson Casarotto. Alguns trabalhos com característica social já ocorrem. Entre eles estão campanha de inverno organizada pelo Núcleo Acic Mulher, que arrecada roupas e agasalhos distribuídos a famílias de baixa renda. Um trabalho de orientação principalmente em escolas públicas sobre o uso responsável da água, realizado pelo Núcleo de Encanadores em parceria com a Itaipu, e a participação já tradicional do Núcleo de Pintores no Dia da Bondade. Organizado pela TV Tarobá, o evento é considerado um dos marcos estaduais entre as ações de espírito solidário. Alguns núcleos são parceiros em certos trabalhos sociais, como ocorre em pinturas de escolas e no reparo de prédios que abrigam entidades filantrópicas, a exemplo do Recanto da Criança e do Albergue Noturno. Costumam somar forças em projetos como esses integrantes dos núcleos de encanadores, eletricistas, pintores e de materiais elétricos. Em muitas palestras e eventos organizados pela Acic, núcleos e departamentos, o ingresso é um quilo de alimento não perecível, que então é destinado a entidades assistenciais do município. Há núcleos que, motivados pelo alcance da generosidade, começam a organizar projetos de cunho social. O Núcleo de Hotelaria e Turismo passa a estruturar uma campanha de enxovais e, por sua vez, o Núcleo de Farmácias de Manipulação pretende dar auxílio a ostomizados. A intenção é formular e doar pomadas às pessoas que se encaixam nessa situação. “As ideias são muitas e as pessoas querem participar. Aos poucos, poderemos elaborar na Acic um calendário de ações anuais com alcance social”, conforme o coordenador Renan Tonin.
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acic labs
A tecnologia e os desafios
da pós-modernidade Com alterações profundas no perfil do consumo e do consumidor, hora é de pensar e desenvolver meios para reatroalimentar a economia local
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iante de um mundo de inovações impactantes, a Acic dá vazão a uma das características que a diferenciam ao longo dos seus quase 60 anos. A associação comercial sempre procurou estar na dianteira de novidades e mudanças que exigem novos direcionamentos por parte das empresas, de seus diretores e de seus colaboradores. Atenta a isso, a entidade lançou e estrutura há alguns meses o Acic Labs, uma aceleradora tecnológica que tem por missão ser aliada de seus asso34 REVISTA ACIC OUTUBRO 2017
ciados na busca por soluções que possam repensar, transformar e inserir conceitos de inovação nos negócios locais. O projeto do Acic Labs tem como líderes o diretor de Comunicação Social, Carlos Guedes, e o vice-presidente para Assuntos da Microempresa, Siro Canabarro. Eles contam com o auxílio especializado de Matheus Lazzari, dono de larga experiência nos campos da Tecnologia da Informação e da Economia. Em exposição a diretores da associação comercial, Siro apresentou aspectos de um novo mundo
e de como o Acic Labs pode contribuir para enfrentar um desafio mundial, que é de retroalimentar as economias locais em detrimento da forte concentração de renda que se percebe principalmente nos últimos anos. Com base em um estudo do professor-doutor Jandir Ferrera de Lima, do campus da Unioeste de Toledo, Siro informou que o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de parte dos municípios da região Oeste recuou nos últimos 17 anos. “Muitas cidades, diante de tudo o que
tem ocorrido, caminham para a insustentabilidade. Com novidades e tecnologias sedutoras que respondem pronta e convincentemente bem, o dinheiro sai daqui e segue em direção ao Vale do Silício, na Califórnia”. Se fosse um país, o estado mais próspero dos Estados Unidos seria a quarta principal economia do mundo. As pessoas, diante dos novos fenômenos inventivos e mercadológicos, estão empobrecendo e há forte concentração de renda em algumas poucas empresas. O desafio a que muitos se deparam, e aí entra o Acic Labs, está em resolver custos com mão de obra e outros
“Precisamos ter um banco de problemas, porque são eles que nos obrigam a encontrar saídas e soluções” insumos e gerar estímulos à produção local. “Temos que encontrar soluções para fomentar nossa indústria, gerar empregos e movimentar a economia daqui”, ressalta Siro Canabarro. Mesmo em uma situação de alerta, regiões do Paraná, inclusive o Oeste, estão melhores que outras. Exemplo é o que ocorreu no Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, que era uma potência econômica e definhou severamente nas décadas recentes. Siro emprega gráficos para mostrar os efeitos da concentração de renda em Cascavel. O número total de empresas cresceu em cerca de 30%
nos últimos anos, mas o avanço resulta da constituição de uma nova personalidade jurídica, o microempreendedor individual. Por outro lado, naquelas que geram empregos, de maior porte, houve recuou de 23%. A melhor estratégia para enfrentar a concentração está em investir em desenvolvimento, bem-estar, acesso a bens de consumo e serviços e fazer girar a roda da distribuição de renda. O problema, conforme Siro, não está na falta de recursos e sim de grandes somas de dinheiro estar na mão de poucos. “O desenvolvimento sustentável depende da reconstrução de negócios irracionais e da constituição de novos”, pontuou.
Inovação
O passaporte para uma cidade e uma região sustentável está na inovação, na introdução de novos métodos de negócios, em novidades em produtos e serviços, na abertura de novos mercados e na conquista de uma nova fonte de matérias-primas. O vice-presidente da Acic para Assuntos da Microempresa citou o caso da gigante Amazon, que hoje detém a metade de toda movimentação do
e-commerce dos Estados Unidos. “E ela vem ao Brasil com tudo a partir de dezembro e precisamos estar preparados, porque haverá mudanças sérias nos nossos negócios e economia”, alertou ele. Na tentativa de evitar o êxodo de divisas, muitas cidades no mundo criam moedas locais. Com a colaboração do Acic Labs, a hora é de monitorar e estudar tendências de mercado, monitorar a base de importação de Cascavel e seus preços relativos, manter e gerar um ambiente físico adequado à integração, estruturar e aprimorar a dinâmica do processo de amadurecimento da inovação, criar e gerir o clube de mentores, mobilizar empresas-âncoras e viabilizar fundos de investimentos. “Precisamos ter um banco de problemas, porque são eles que nos obrigam a encontrar saídas e soluções”, diz Siro. Por meio de uma aceleradora, a Acic fomentará um ambiente de ideias, protótipos, modelos, aceleração, incorporação de tecnologias e substituição de importações por produção local. O projeto do Acic Labs tem sido apresentado, e com excelente receptividade, em empresas, futuros e potenciais parceiros.
O vice-presidente da Acic para Assuntos da Microempresa, Siro Canabarro, fala de um mundo fascinante e ao mesmo tempo desafiador
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imóveis
Rede cria a maior força imobiliária de Cascavel Conceito antigo em muitos países, e que há uma década chegou ao Brasil, integra empresas de setor fundamental à economia
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ascavel passa a se integrar a um dos mais bem-sucedidos conceitos de vendas compartilhadas do mundo. Por meio de uma rede, imobiliárias somam forças para ampliar a oferta de imóveis, para acelerar o processo de vendas e para fortalecer um dos segmentos mais importantes da economia local. A Rede Imóveis Cascavel foi oficialmente lançada durante evento na Sala Paraná, na Acic. Mais de 150 pessoas participaram e conheceram um modelo de negócio que chegou há dez anos ao Brasil e que comprova a sua eficácia com números. Autoridades também prestigiaram o ato, como o prefeito Leonaldo Paranhos, secretários e presidentes de entidades. A coordenadora do Núcleo Rede Imóveis Cascavel, Morgana Marthiela Morais, informou que há anos donos de imobiliárias e corretores vinham amadurecendo a ideia de montar uma rede. O projeto começou a sair do papel no ano passado, no auge da maior crise econômica
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e política do País. A rede opera há quase dez meses e nesse período diversos ajustes foram feitos para chegar com o sistema pronto para o lançamento. “Empregamos ferramentas da tecnologia, como um site compartilhado, para oferecer imóveis e estimular as vendas conjuntas, e os resultados têm sido muito bons”, conforme Morgana. Nesse período, outro aspecto importante foi trabalhado entre diretores, corretores e colaboradores das oito imobiliárias ligadas ao projeto, o da exclusividade compartilhada. O presidente do Secovi Cascavel e vice-presidente do Sindicato da Habitação do Paraná, Luiz Langer, disse que a rede é uma estratégia usada há décadas por diversos países. Nos Estados Unidos, reforçou ele, essa lógica de trabalho criou uma única e imensa rede de negócios e as cifras que ela movimenta são impressionantes. “Teremos uma junção de forças que fará muito bem a todos que se aliarem ao projeto. Hoje somos em
oito, mas outras imobiliárias podem se somar à rede”, diz Langer.
Maior rede
O CEO da Rede Ingaia, de Campinas (São Paulo), José Eduardo de Andrade Júnior, apresentou números que mostram a força da composição que acaba de ser lançada. Ela começa com oito imobiliárias, 93 corretores e 2.092 imóveis em oferta. Em um ano os indicadores serão muito mais substanciais. A primeira rede do Brasil foi criada há uma década em Curitiba e atualmente é formada por 280 imobiliárias. No País são 48 redes e 44 delas estão na mesma plataforma. “Investimos R$ 4 milhões em tecnologias por ano. São cinco mil empresas integradas no Brasil que, juntas, movimentam 20% de tudo o que gira no segmento imobiliário todo ano”. O trunfo do projeto é a exclusividade compartilhada, todos trabalhando como parte de uma grande imobiliária conectada pelo melhor da tecnologia atualmente disponível, segundo José Eduardo. “Com essa dinâmica, cria-se um sistema que torna o processo de venda mais rápido com o contínuo fortalecimento do setor”. Estudos nas redes já ativas mostram que a comercialização de um imóvel ocorre duas vezes e meia mais cedo do que se ele fosse ofertado pelo método tradicional, por uma única imobiliária com uma equipe de corretores limitada. “A competição entre as empresas cai e os me-
lhores vendedores da área buscam se integrar à ferramenta porque percebem que ela é uma tendência irreversível”, diz o CEO da Ingaia.
Vantagens
José Eduardo listou as vantagens de pertencer a uma rede: valorização do imóvel, dedicação pela venda do bem, segurança do imóvel e agilidade na comercialização. “A cada três clientes que entram no sistema, um fecha negócio”, afirmou. A plataforma empregada conecta as imobiliárias das 44 redes, que contam com 30 mil corretores. “É uma grande parceria nacional. Se um cliente seu aqui em Cascavel quiser comprar um imóvel em São Paulo você então poderá ter como parceiras 1,8 mil imobi-
Lançamento da Rede Imóveis Cascavel ocorreu na Sala Paraná, na Acic
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imóveis
Membros do Núcleo Rede Imóveis, diretores da Acic, diretores de imobiliárias e autoridades durante o lançamento
liárias de lá que já atuam em rede. E todos ganham”. O site também conta com espaços para chats e conversas com troca de informações em tempo real. Em Cascavel, 49% das visitas às homepages das imobiliárias ocorre por dispositivos móveis e a tecnologia usada é semelhante à do Facebook, explicou o CEO. Um estudo da Ingaia aponta que em Cascavel há 20.653 clientes ativos e desses, 12,2 mil (59%) têm vontade de investir em imóveis. “Se são 12 mil interessados e dois mil imóveis na rede então onde está a recessão”, questionou José Eduardo. A crise mudou apenas uma lógica: em vez de o cliente procurar para comprar, agora é o corretor que precisa ter atitude
proativa para oferecer, mostrar as vantagens e comercializar o imóvel. O presidente da Acic, o engenheiro Edson José de Vasconcelos, entende a criação da rede como um gesto de coragem, criatividade e entusiasmo de um setor pulsante e fundamental para a economia não só de Cascavel, mas de todo o Brasil. O prefeito Leonaldo Paranhos se disse empolgado com a proposta. “Cascavel é uma cidade dinâmica, que não se acomoda. E esse projeto é mais um evidente exemplo disso”. Paranhos considera a união das empresas como uma ideia diferenciada, inteligente e que demonstra a apurada visão das pessoas que fazem o segmento imobiliário acontecer. O CEO da Ingaia, José Eduardo, falou das características de um modelo de parceria que chegou há dez anos ao Brasil
A coordenadora do núcleo é Morgana Marthiela Morais, que tem quase 20 anos de experiência no setor
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relações do trabalho
Modernização era aguardada há 70 anos Acic convidou especialistas para detalhar sobre principais pontos de alterações que renovam o ânimo da economia
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provada pelo Congresso em 11 julho e sancionada pelo presidente Michel Temer dois dias depois, a modernização nas regras e relações do trabalho vai vigor na prática a partir de 13 de novembro. As mudanças são profundas e, embora a expectativa seja de avanços, haverá um perío-
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do de incertezas e de acomodação para que todos os efeitos aprovados sejam de fato sentidos. O assunto foi apresentado em reunião empresarial da Acic pelos advogados Joaquim Pereira Alves Júnior e Pedro Furlan, dois dos mais renomados profissionais de suas áreas no Paraná e conhecedores profundos da le-
gislação trabalhista. A Sala Paraná foi tomada por cerca de 150 empresários interessados em conhecer mais sobre o teor da novidade. Joaquim e Pedro concordam que a aplicação ampla das mudanças vai levar tempo, principalmente pelo fato de a modernização ter ocorrido de forma rápida demais. Com isso, algumas questões constitucionais foram afetadas e há resistência de parte dos juízes do trabalho em seguir o que foi aprovado e sancionado. “Posso afirmar que a poeira vai levar perto de uma década para baixar”, disse Pedro Furlan. A proposta inicial era de alterar 12 artigos, no entanto 106 tiveram mudanças de um total de 922 dispositivos da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, em vigor no País há mais de 70 anos. “A modernização aprovada em julho e que passará a vigor em novembro precisa ser vista ainda com muita cautela”, afirmou o advogado Furlan. Devido a uma série de questões, criaram-se regras por meio de súmulas vinculantes e a Justiça do Trabalho, por conta própria, vinha anulando cláusulas de acordos e de convenções em detrimento de sindicatos patronais e de trabalhadores. Chegou-se então a um quadro praticamente insustentável e de séria insegurança jurídica às empresas, conforme Joaquim. O Brasil tem 48,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada e são 9,1 milhões de processos em andamento na Justiça do Trabalho. Ou seja, um processo a cada cinco trabalhadores legalmente formalizados. “Ocupamos um ranking do qual não há nada para comemorar”, diz o presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos. Conforme ele, a modernização não tira direitos, pelo contrário, garante mais segurança a todos e ela é caminho fértil à modernização e ao desenvolvimento pelo qual os próprios trabalhadores terão mais chances de melhorar suas escolhas. A expectativa, segundo Edson Vasconcelos, é saber como essas mudanças ocorrerão diante das súmulas vinculantes, que simplesmente deixarão de existir. “Entendemos, entretanto, que haverá acomodações nos próximos anos na interpretação jurídica. Todos precisamos olhar para o futuro e entender que a modernização é indispensável para o crescimento econômico e social do País. E ele é para todos,
absolutamente inclusivo para empresários, empreendedores e trabalhadores”. O que não se pode compactuar é com o tamanho do passivo trabalhista que o País criou, que gera insegurança, recuo em investimentos e limita a esperança dos empreendedores, que são fundamentais a qualquer economia.
Mudanças
Joaquim detalhou sobre algumas das mudanças mais importantes que virão. Sobre a terceirização em atividade fim, informou que o artigo 2º alterou parte da lei 6.019/74 que trata sobre o trabalho temporário e passou a versar também sobre o Contrato de Prestação de Serviços. Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. Ou seja, segundo o advogado, há facilidades às empresas que queiram terceirizar. Quanto à competência da Justiça do Trabalho para homologar acordo extrajudicial, Joaquim explicou que caso empregado e empregador entendam pela realização de um acordo para quitar eventual passivo trabalhista - na vigência do contrato ou após o seu término - a Justiça poderá homologá-lo dando quitação geral do contrato. Ele citou
Joaquim participa de encontro com empresários na associação comercial para esclarecer pontos de modernização das relações entre empresas e empregados
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relações do trabalho
meses por intermédio de acordo individual entre empresa e empregado. O banco de horas para compensação em período superior a seis meses, limitado a um ano, ainda deverá ser negociado a partir de acordo ou convenção coletiva de trabalho. Sobre a validade do acordo de compensação tácito, o advogado explicou quanto à possibilidade de instituição, via acordo individual escrito ou tácito, de qualquer outro regime no qual a compensação ocorra dentro do mesmo mês. O parágrafo único do artigo 59-B prevê que a prestação de horas-extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. Poderá ser declarada a ineficácia do acordo de compensação e banco de horas se houver prorrogação para além de 10 horas diárias. Cerca de 150 pessoas, de empresas dos mais diversos ramos e tamanhos, participaram da exposição sobre mudanças na lei trabalhista
também sobre o fim das horas in itinere e horas à disposição: o tempo despendido pelo empregado desde a sua residência, por qualquer meio de transporte, até a efetiva ocupação do seu posto de trabalho não será considerado como à disposição do empregador; o tempo à disposição do empregador é computado a partir do momento em que assume seu posto de trabalho. Sobre prêmios e gratificações contratuais ou espontâneas sem natureza salarial, as principais novidades são: as importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação (vedado pagamento em dinheiro), diárias para viagem, prêmios e abonos, não integram a remuneração do empregado; há necessidade de que a natureza jurídica dessas parcelas seja observada a fim de que não haja declaração de nulidade da forma e pagamento e, consequente, o reconhecimento da parcela como de natureza salarial, o prêmio é caracterizado pelo seu aspecto condicional (meta, por exemplo). É possível a adoção do regime 12 por 36 horas por meio de acordo individual entre empresa e empregador. Por meio dele, a remuneração mensal inclui o repouso semanal remunerado e os feriados, e considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno. Joaquim informou também da possibilidade de instituição do regime de compensação denominado banco de horas de até seis
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Férias
A modernização altera também o regime de férias, que em vez de 30 dias consecutivos, agora pode ser parcelado em até três vezes. Joaquim disse que se houver concordância do empregado ou acordo coletivo, as férias poderão ser parceladas. Uma delas terá de ter um mínimo de 14 dias e as outras duas um mínimo de cinco dias corridos cada uma. Para a tripartição há a necessidade de existir mútuo consentimento entre empregado e empregador, o que impõe a adoção de um novo documento para a concessão de férias, no qual conste a expressa concordância do empregado. O Congresso aprovou e o presidente Michel Temer sancionou alterações também sobre rescisão contratual de comum acordo. Em extinção do contrato por mútuo acordo entre empresa e empregado será devido ao empregado 50% do aviso prévio indenizado e multa de 20% do FGTS (na dispensa por iniciativa do empregador a multa é de 40%). As demais verbas rescisórias deverão ser pagas na integralidade. A extinção do contrato nessa modalidade permitirá ao empregado sacar o FGTS, mas não dará direito ao seguro-desemprego. Quanto à intrajornada há possibilidade de redução do intervalo de uma hora para até o limite de 30 minutos mediante negociação prévia. Será necessária, caso se opte por ela,
negociação coletiva. O parágrafo quarto do artigo 71 diz: A não concessão ou a concessão parcial do intervalo de intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanos e rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Houve revogação do artigo 384 da CLT que previa a concessão de 15 minutos de intervalo para a mulher antes da prorrogação da jornada de trabalho para realização de horas-extras.
Equiparação
Joaquim fez uma síntese também quanto à equiparação salarial, que só será possível se paragonado e paradigma laborarem no mesmo estabelecimento. Trabalho de igual valor
13 de novembro é a partir dessa data que a modernização trabalhista aprovada em julho passará a observar novas regras nas relações do trabalho no Brasil é aquele feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos. E ele reforçou: trabalhador formalizado com contrato autônomo não é empregado. O artigo 442 B diz: A contratação do autônomo, cumpridas por esse todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no artigo 3º dessa Consolidação. Somente o trabalho verdadeiro e efetivamente autônomo (não subordinado) não configura vínculo empregatício (princípio da primazia da realidade). Não exclui a possibilidade de reconhecimento de vínculo na contratação e um autônomo caso presen-
tes pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e subordinação. “Preposto não precisa ser empregado”, conforme Joaquim. O advogado informou aos empresários também sobre o conceito de trabalho intermitente e sua regulamentação: é a modalidade pela qual os trabalhadores são pagos por período de trabalho, conforme a necessidade do empregador. São alternados períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses. O teletrabalho, por sua vez, é dividido em domicílio, quando é realizado na casa do empregado (feito com uso de meios tecnológicos), e em teletrabalho, que é o trabalho remoto/home office. Eles não estão sujeitos ao capítulo que trata da jornada de trabalho, por isso não recebem horas-extras e adicional noturno. Sobre arbitragem em lide individual ou aos que ganham até duas vezes o teto da Previdência (cerca de R$ 11 mil) poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa.
Questões judiciais
A modernização altera também algumas questões judiciais nas relações do trabalho. Joaquim informou sobre algumas das características que serão observadas a partir de 13 de novembro: Petição Inicial – o pedido deve ter valor; Exceção de Incompetência em Razão do Lugar – pode apresentar a petição, sem necessidade de ir até a Vara do Trabalho da outra cidade e fazer prova com testemunhas por precatória; Benefício da Justiça Gratuita – para quem ganha até 40% do limite máximo do Benefício do INSS (R$ 5.031,31). Em caso de arquivamento, o reclamante será condenado a pagar custas, salvo se provar motivo relevante para a ausência; para o ajuizamento de nova ação, deverá recolher as custas antecipadamente; se a empresa faltar e o advogado comparecer, serão aceitos a contestação e os documentos; defesa deverá ser apresentada antes da audiência; Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica; Proteção do Sócio Retirante; apresentação e discussão sobre os cálculos antes do início da execução, e o depósito será feito em conta judicial e não mais em conta do FGTS.
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relações do trabalho
Bom às empresas e aos trabalhadores Especialistas dizem que impacto de todas as medidas aprovadas vá demorar até uma década para ser sentido
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demora em alterar pontos da CLT, que por mais de 70 anos media as relações entre trabalhadores e empresários, trouxe inúmeras consequências à economia brasileira. Uma das mais graves foi, por meio de jurisprudências criadas pela Justiça do Trabalho, a definição de direitos em excesso que fragilizaram as empresas e tornaram a abertura de novos empreendimentos em um exercício arriscado no Brasil. Com isso, o potencial do empreendedor e das empresas nacionais foi severamente limitado nas últimas décadas, tanto que o País chegou em pouco tempo ao topo do ranking mundial em reclamatórias trabalhistas. O advogado Pedro Furlan considera que a aplicação ampla da modernização aprovada e sancionada em julho poderá demorar muito mais do que a maioria prevê. Ele acredita que serão necessários dez anos para o impacto das mudanças, que são intensas, ser absorvido. As 106 mudanças na CLT são assim distribuídas: 54 alterações, 43 novidades e 9 renovações. Houve ainda cinco alterações na Lei 6.019 de 1974. Um dos principais motivos de insegurança principalmente às empresas foi, em determinado momento, o fato de os tribunais não reconhecer mais os acordos e as convenções coletivas de trabalho, o que passa a ser corrigido pela nova lei. Os artigos 611 A e B da CLT ficaram assim: veda a negociação de supressão e redução de temas específicos e de forma taxativa; cláusula compensatória anulada junto com a anu-
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lação de cláusula do instrumento; condições de trabalho estabelecidas em ACT (acordo) sempre prevalecerão sobre as estipuladas em CCT (convenção). Mas o que pode ser negociado? Pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; banco de horas anual; intervalo intrajornada (limite de 30 minutos); adesão ao Programa Seguro-Emprego; plano de cargos, salários e funções; regulamento empresarial; representante dos trabalhadores no local de trabalho. E mais: teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho intermitente; renumeração por produtividade; modalidade de registro de jornada de trabalho; troca de dia de feriado; enquadramento do grau de insalubridade; prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia; prêmios de incentivo em bens ou serviços, eventualmente concedidos em programas de incentivos; participação nos lucros ou resultados da empresa. E o que não pode ser explicado, observou o advogado Pedro Furlan: seguro-desemprego, FGTS, salário mínimo, remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; proteção de salário na forma da lei, constituindo crime sua intenção dolosa. E ainda: salário-família; repouso semanal remunerado; remuneração de serviço extraordinário superior, no mínimo, em 50% à do normal; número de dias de férias devidas ao empregado e seu gozo remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; licenças maternidade e paternidade,
e 13º salário. Há pontos importantes também quanto à negociação coletiva. Antes, segundo Pedro, a duração não podia ser superior a dois anos, as cláusulas incorporadas ao contrato de trabalho; liminar para suspender os efeitos da súmula 277 do TST (Tribunal Superior do Trabalho). E depois: duração não superior a dois anos e vedada a ultratividade. Quanto à negociação individual: antes - relações são objeto de livre estipulação se não foram contra as proteções ao trabalho, contra os instrumento coletivos e contra as decisões das autoridades competentes; depois – ainda há a livre estipulação, mas agora o empregado portador de diploma de nível superior e que perceba o salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo do RGPS também negocia com a mesma eficácia legal e preponderância relativamente às matérias cuja negociação coletiva é permitida. Nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada a eleição de um representante desses com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. A partir de novembro, nas empresas com mais de 200 empregados é assegurada a eleição de uma comissão, que ficará assim constituída: 3 membros nas empresas com mais de 200 até 3 mil funcionários: 5 membros nas empresas com mais de 3 mil até 5 mil funcionários e 7 nas empresas com mais de cinco mil empregados. O mandato será de um ano que não implica suspensão ou interrupção do contrato; estabilidade de candidatura até um ano depois do mandato, quando não poderá haver despedida arbitrária. Os objetivos disso, segundo Pedro Furlan, são: representar os empregados perante a administração da empresa; encaminhar reivindicações dos empregados; assegurar tratamento justo e imparcial e impedir discriminação; aprimorar relacionamento entre empresas e empregados, promover diálogo e evitar ou buscar solução para conflitos; acompanhar o cumprimento das leis trabalhistas e das negociações coletivas. O advogado convidado pela Acic também informou sobre Direitos do Trabalho segundo o que foi sancionado em julho pelo presidente Michel Temer. A nova lei estabelece requisitos para indenizações por danos morais e outros.
Passam a existir escalas segundo a gravidade do dano. Quanto mais grave, maior será a indenização: ofensa leve até três salários mínimos do ofendido ou do ofensor; média até cinco salários; grave até 20 salários e gravíssima até 50 salários. Não há mais homologação no TRCT pelo Sindicato; todas as verbas pagas de 10 dias contados do término do contrato; obrigações do empregado: anotar a CTPS, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas; cria a hipótese de quitação anual de verbas trabalhistas com a participação do sindicato. E quanto ao Plano de Demissões Voluntárias são novidades o seguinte: caso previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho dá quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação de emprego, exceto se estipulado diversamente pelas partes. Permite a homologação de acordos extrajudiciais na Justiça do Trabalho; criação de nova modalidade de rescisão contratual por acordo – será devido pagamento do aviso prévio se indenizado pela metade, 50% da multa sobre o FGTS e as demais verbas no valor integral. O trabalhador poderá levantar 80% do valor dos depósitos de FGTS; permite a homologação de acordos extrajudiciais na Justiça do Trabalho realizados fora de uma reclamação trabalhista; dispensa a autorização sindical em demissões coletivas e torna facultativa a contribuição sindical.
Pedro Furlan, advogado dos mais experientes também repassou informações sobre mudanças na CLT
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economia
Quando a esperança tenta vencer a incerteza Confirmação, no entanto, depende dos movimentos da política, que seguem intensos e mais uma vez ameaçam Temer
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s oscilações e incertezas da política nacional tornam mais difícil prever ou traçar perspectivas econômicas para o País no curto e médio prazos. Mesmo assim e com base em algumas questões estratégicas, alguns estudiosos dos cenários brasileiros arriscam traçar panoramas. Caso o presidente Michel Temer siga no cargo e consiga, o que poucos consideram provável hoje, fazer a reforma da Previdência ainda em seu mandato, há possibilidade de a taxa Selic (que define o patamar dos juros) chegar a 7,5% no curto prazo – em até um ano. Essa é uma das informações dadas durante reunião com empresários, agropecuaristas e líderes de setores organizados, em reunião semanal da Acic, pelo economista-chefe do Banco Pine, Marco Caruso. O Banco Pine, instituição financeira especializada em cenários econômicos, cultiva atualmente uma visão cautelosamente oti46 REVISTA ACIC OUTUBRO 2017
mista em relação ao futuro do Brasil, disse Caruso. “Estamos no purgatório e poderemos subir ao andar de cima caso as condições e as atitudes certas ocorram”. Apesar de Brasília, que atrapalha muito mais do que ajuda, afirmou, existem soluções para o País. Apesar do “evento JBS”, uma das maiores deleções de acordos espúrios entre iniciativa privada e poder público do mundo, os indicadores da economia brasileira não pioraram tanto. “A tragédia poderia ter sido muito maior”. As contas públicas inspiram cuidados especiais e estão em forte tendência de insustentabilidade. “Não há como ser diferente se os gastos são muito maiores do que a arrecadação”. Caruso informou que, ao contrário do que sucessivos governos fizeram, o que muda e conduz à correção são ajustes e cortes e não o aumento de impostos. A dívida pública está em 70% do PIB (Produto Interno Bruto) e tende a crescer ainda mais perigosamente
caso as atitudes certas não sejam adotadas. O grande nó hoje é a Previdência Social, que acumula déficits bilionários. O Brasil é um país jovem e tem uma previdência semelhante à do Japão, uma das nações mais idosas do mundo. “Tem que arrumar, senão os danos serão sérios e irreversíveis”, conforme o economista-chefe do Banco Pine. Caruso disse que na prática o Brasil já vive uma espécie de parlamentarismo. Exemplo disso é precisar de três quintos em votações no Congresso para aprovar certas matérias. E, para tanto, o governo tem que ter apoio de peso e forte articulação entre os parlamentares.
Base
Uma das grandes questões atuais é sobre o verdadeiro tamanho da base de Temer no Congresso. Se ele sobreviver às denúncias e aos movimentos que querem a cassação dele, qual será então seu fôlego junto aos deputados e senadores? Mesmo em uma eventual queda do peemedebista, que Caruso considera pouco
Existem válvulas de escape, como a expectativa de que o presidente eleito em 2018 saia do Centrão, de alguns dos partidos que são menos à esquerda provável, Rodrigo Maia, que ascenderia à presidência, manteria a princípio a mesma equipe econômica e seguiria com a aprovação de mudanças importantes para a reestruturação do País. Mas existem outras válvulas de escape, como a expectativa de que o presidente eleito em 2018 sairá do Centrão, de alguns dos partidos que são menos à esquerda. O cenário mais temerário seria o da eleição de algum candidato que não entenda a reforma previdenciária como prioritária. Se isso o ocorrer, então as previsões de otimismo se desintegram e a situação mudará radicalmente. Em uma interpretação do PIB dos partidos, segundo o quanto gerem de recursos públicos e de quanto dos eleitores governam, é possível perceber que a esquerda, e principalmente o PT, teve queda substancial de 2012 para cá. De 16%, atualmente governa apenas 3% dos eleitores. E Lula, embora o nome mais lembrado em função de ser candidato desde 1989 e ter sido presidente, vem
perdendo força gradualmente e sua rejeição, que já bate em 46%, cresce lenta e consistentemente. Um aspecto que ajuda é o fato de a equipe econômica ser bem vista aos olhos do mercado, que considera que ela é a melhor que se poderia ter atualmente. “Apesar do elevado déficit primário, com Temer o risco país tem caído nos últimos meses. Ou seja, há confiança do mercado no atual presidente”.
Inflação e PIB
As projeções para a queda da Selic, de sua sequência de recuo, acompanham outros indicadores macros de peso, como os índices da inflação, do Produto Interno Bruto, e da demanda/consumo. A inflação é menor que a meta do governo e o PIB está bem abaixo do potencial. “São condicionantes que indicam ao mercado que a taxa de juros seguirá caindo”, conforme Marco Caruso. A previsão de crescimento para o País em 2017 recuou de 0,5% para 0,3% e para o ano que vem também já é menor, de 2,5% para 2%. O desemprego, comentou o economista, é o último dos indicadores a ter recuperação. A aprovação da reforma trabalhista, que entrará em vigor a partir de novembro, traz ânimo, mas seus efeitos serão lentos. O câmbio mais baixo do que a previsão é outro indicativo positivo do mercado em relação ao futuro. Mas tudo muda e piora se Temer for cassado, observou Caruso. O economista-chefe do Banco Pine, Marco Caruso
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artigo
Da modernidade à modernidade líquida
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modernidade começou por volta do ano de 1.500 e cultivou crença na transformação do mundo por meio da ciência e da racionalidade. Os primeiros trabalhos vieram pelas obras de Nicolau Copérnico, Galileu e Francis Bacon, atingindo a modernidade e a maturidade no século XIX com reflexos no século XX. Alvin Toffler (1928-2016), escritor americano, chamou as ondas evolutivas de “ondas de mudanças”, definindo que “o futuro é construído pelas nossas decisões diárias, inconstantes e mutáveis, e cada evento influencia todos os outros”. A Modernidade Líquida é a época atual em que vivemos. É o momento segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês (1925-2017), em que o conjunto de relações e instituições cujas lógicas da vida cotidiana são baseadas nos pressupostos de liquidez – velocidade e facilidade; fluidez – sociedade em constante transformação; volatilidade – pouca duração e mudanças frequentes, incerteza e insegurança – tudo muda rapidamente. É nessa época em que toda a fixidez e todos os referenciais morais da época anterior, denominada por Bauman como modernidade sólida, são retirados de palco para dar espaço à lógica do agora, do consumo, do gozo e da artificialidade. Em seu livro Modernidade Líquida, o sociólogo descreve o conceito como uma nova forma de analisar as transformações sociais e humanas de maneira fluída e contínua pelas quais passa a sociedade contemporânea em todas as esferas: seja na vida pública, privada, relacionamentos humanos, mundo corporativo, estado e instituições sociais. Segundo Bauman, a solidez das instituições sociais, (das relações de trabalho, entre outras) perde espaço de maneira cada vez mais acelerada para o fenômeno de liquefação (da modernidade pesada à modernidade leve). De acordo com essa expressão, a concretude dos sólidos, firmes e inabaláveis, derrete-se irreversivelmente, tomando o estado líquido. Bauman traz a ideia de pensar aos vínculos sociais, às relações humanas, com uma metáfora, “tudo é efêmero, rápido, transitório”. E traz o questionamento de nos perguntarmos em algum
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momento “até que ponto EU vivo a liquidez”, o quanto minhas relações e meus valores são “líquidos e transitórios”. “Instantaneidade” significa realização imediata, “no ato” e desaparecimento do interesse. Vivemos em tempos líquidos. Tudo dura até a mudança seguinte, e essa mudança será permanente. Vivemos no tempo em que se acelera e no qual se perde a sua noção, e vivemos em uma espécie de aqui-agora permanente no espaço-tempo. Modernidade para outros é uma agregação como fluidez faz parte das relações, sem apego. As pessoas se aproximam pelos gostos, hobbys, redes sociais, e entre diversas outras formas de vínculo podem circular, estão num grupo aqui, e depois com outros grupos. É o momento em que estamos vivendo, e hoje, significa a era da instantaneidade (Orwell e Huxley, 1999). Ralph Waldo Emerson (Século XIX). “Vivemos como se estivéssemos sobre uma fina casca de gelo, se pararmos ela racha”. Comparando o gelo fino, você tem que correr e fazer rápido, senão a casca quebra. As organizações sentem cada vez mais a necessidade de contratar os melhores profissionais não apenas nas posições de liderança, mas também aqueles que desempenham treinamentos, consultorias e atividades operacionais. Na verdade, a era que vivemos já não é a da “informação e do conhecimento”. Estamos sim na era da “inteligência e do pensamento competitivo”. Torna-se urgente desenvolver nas escolas, nas universidades e nas empresas um novo tipo de pensamento prático. Por isso, a mudança é um processo desconfortável porque pode desestabilizar nosso centro de equilíbrio. Hoje, não existe estabilidade. Diga-me quando eu vou estar estável? Então vamos nos adaptar à instabilidade, aprender a reorganização dentro desse novo ambiente no qual as coisas estão constantemente se modificando. *CLARI PRASNIEWSKI É MEMBRO DO NÚCLEO DE CONSULTORES ORGANIZACIONAIS DA ACIC. MICROEMPRESÁRIO\ CONSULTOR EM TECNOLOGIA APLICADA A NEGÓCIOS EDUCACIONAIS. MASTER/TRAINER INTERNACIONAL EM NLP PELA IANLP. ANALISTA TRANSACIONAL ORGANIZACIONAL EM FORMAÇÃO PELA UNAT-BRASIL.
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natal sonho dourado
Campanha dará mais de R$ 1 milhão em prêmios Há nove opções de kits; empresário pode escolher condição que melhor atenda o perfil de suas empresas e de seus clientes
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elo quarto ano consecutivo, a Acic promove uma campanha especial de prêmios para incentivar vendas no período do ano aguardado com mais expectativa pelas empresas. A maior promoção de Natal da história de Cascavel chega com diversas novidades. Além de premiação local, os clientes das lojas participantes ainda terão a chance de concorrer a R$ 1 milhão em prêmios da Campanha Natal Sonho Dourado da Faciap, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná. Em vez de cupons, que eram recolhidos no fim da campanha para a realização do sorteio, agora serão disponibilizadas rasgadinhas. A cada R$ 50 em compras, o consumidor ganha uma rasgadinha que é cadastrada eletronicamente no site www. natalsonhodourado.com.br . O cadastro pode ser feito por computador ou dispositivos móveis, como tablets e celulares. A associação comercial, para facilitar o acesso dos lojistas à promoção, informa que contará com pontos de cadastramento das rasgadinhas na Acic e na região Central. 50 REVISTA ACIC OUTUBRO 2017
Premiação local
As empresas de Cascavel que aderirem à campanha da Acic, além dos oito carros, sete motos e centenas de vales-compra, ainda concorrerão a um Kwid Renault zero quilômetro e a 50 vales de R$ 300 cada, diz a diretora de Eventos, Margarida Domingues Carneiro. São oito opções de kits, com número diferente de rasgadinhas e de materiais de divulgação e de apoio. “Tudo para que empresas dos mais diversos portes e ramos possam participar e oferecer esse diferencial aos seus clientes”, diz o presidente da associação comercial, o empresário e engenheiro civil Edson José de Vasconcelos. O kit bronze oferece três opções de kits: 1 – com 600 rasgadinhas, 2 cartazes e 2 móbiles pelo valor de R$ 400; kit 2 – com 1,2 mil rasgadinhas, 2 cartazes e 3 móbiles por R$ 800; e kit 3 – com 2 mil rasgadinhas, 2 cartazes e 5 móbiles por R$ 1,3 mil (o cupom adicional custa R$ 1). O prata também tem três opções: 4 – 3,3 mil rasgadinhas, 2 cartazes e 8 móbiles por R$ 1,8 mil; 5 – com 6 mil rasgadinhas, 3 cartazes e 10 móbiles por R$ 2,7 mil; e 6 – com 12 mil rasgadinhas, 5 cartazes e 12 móbiles por R$ 4,7 mil (cupom adicional sai por R$ 0,80. O ouro tem duas variações de kit: 7 – com 25 mil rasgadinhas, 8 cartazes e 20 móbiles por R$ 7,7 mil, e o 8 com 50 mil rasgadinhas, 10 cartazes e 30 móbiles por R$ 12,3 mil (cupom adicional custa R$ 0,50). A Acic oferece parcelamento em três vezes na compra dos kits, com pagamento na mensalidade ou no boleto. O prazo final de adesão à campanha é o dia 15 de outubro. Outra novidade da campanha, diz o gerente ge-
ral da associação comercial, César Ióris, é que no fim da campanha os empresários vão receber relatórios completos com diversos dados dos consumidores cadastrados por bairros, faixa etária,
consumo e gênero. O sorteio será pela loteria federal em nove datas: 18 e 25 de novembro, 2, 9 e 16 de dezembro (um carro e uma moto em cada um), 13 e 20 de dezembro (sorteio de cen-
tenas de vales-compra de R$ 300 cada), 23 de dezembro (dois carros e duas motos) e no dia 10 de janeiro ocorrerá o sorteio de uma caminhonete. Nos dias dos sorteios dos vales da etapa estadual também serão sorteados os vales da fase local. Já no dia 23 de dezembro, além dos dois carros e motos da campanha da Faciap, será sorteado o Kwid da promoção com as empresas de Cascavel. Segundo o presidente da Faciap, Marco Tadeu Barbosa, uma das finalidades dessa ação, que envolve dezenas de Aces em todo o Paraná, é fidelizar clientes. O Sindilojas também é parceiro da campanha de Natal. Outras informações podem ser conseguidas pelo telefone 3321-1403 ou pelo endereço de e-mail
[email protected].
KIT BRONZE 01 600 RASGADINHAS, 2 CARTAZES E 2 MÓBILES
R$ 400
02 1,2 MIL RASGADINHAS, 2 CARTAZES E 3 MÓBILES
R$ 800
03 2 MIL RASGADINHAS, 2 CARTAZES E 5 MÓBILES
R$ 1,3 mil
(CUPOM ADICIONAL CUSTA R$ 1)
KIT PRATA 04 3,3 MIL RASGADINHAS, 2 CARTAZES E 8 MÓBILES
R$ 1,8 mil
05 6 MIL RASGADINHAS, 3 CARTAZES E 10 MÓBILES
R$ 2,7 mil
06 12 MIL RASGADINHAS, 5 CARTAZES E 12 MÓBILES
(CUPOM ADICIONAL SAI POR R$ 0,80)
R$ 4,7 mil
KIT OURO 07 25 MIL RASGADINHAS, 8 CARTAZES E 20 MÓBILES
R$ 7,7 mil
08 50 MIL RASGADINHAS, 10 CARTAZES E 30 MÓBILES
(CUPOM ADICIONAL CUSTA R$ 0,50)
R$ 12,3 mil
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CASCAVEL DO FUTURO
O sonho como indutor de grandes feitos Há mais de 80 anos esse é o combustível de um brasileiro que ascende ao status de herói nacional
A
Ozires afirmou fala é baixa, a respiração ofegante e os que o Aeroporto gestos lentos. Aos 86 anos, Ozires Silva Regional do Oeste é por fora o retrato de um homem que já é fundamental para fez muito e que, devido ao êxito dos seus o desenvolvimento feitos, poderia há muito estar em casa vendo a vida que a comunidade passar lentamente diante dos olhos. Mas esse não quer e merece ter é o perfil do sonhador que arquitetou a Embraer, a
terceira maior fabricante de aviões do mundo, atrás apenas das impressionantes Boeing e Air Bus. A idade avançada pode limitar a mecânica do corpo, mas não é páreo para a mente aguçada e para o espírito empreendedor de um dos heróis brasileiros. Desafios do futuro foi o tema de palestra de Ozires, no Teatro Municipal de Cascavel, para um público de cerca de 600 pessoas. Convidado para o 2º Fórum do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ozires falou de suas experiências, da importância de sonhar e de cultivar a liberdade de pensar e inovar. Ozires nasceu em 1931 em Bauru, no interior de São Paulo, e desde cedo, mesmo integrante de uma família humilde, chamava a atenção pelo pensamento apurado e pelas ideias que pareciam malucas. Seu encanto pela tecnologia desabrochou no ápice da 2ª Grande Guerra ao perceber que a vitória estaria ao
lado dos países com as soluções mais inteligentes para enfrentar o inimigo. A criação pela FAB (Força Aérea Brasileira) do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), em 1950, abriu a janela que o jovem tanto precisava para exteriorizar as suas paixões. Ozires se formou em 1962 e o desafio então era saber se um dia o Brasil, que nem bicicleta fabricava, teria condições de se tornar competitivo na produção de aviões em escala comercial. A partir daí o jovem engenheiro passou a cultivar ainda com mais determinação a máxima de que ideias e sonhos persistentes e dedicados um dia se tornam realidade. Com uma equipe de apenas 60 pessoas e com pouco dinheiro, a meta era construir um avião que não enfrentasse a concorrência das empresas já mundialmente consolidadas no segmento. A oportunidade cresceu com o advento do avião a jato, que somente nos Estados Unidos deixaria 2,4 mil pequenas e médias cidades desassistidas. “Se lá ocorreria isso, imagine no resto do mundo”, refletiu Ozires, que então percebeu a oportunidade de desenvolver uma aeronave que pudesse ocupar esse espaço. O destino conspirou para que a Embraer saísse do papel e colocasse o Brasil no mapa mundial da aviação comercial. O avião presidencial levando
Costa e Silva precisou descer no aeroporto onde um primeiro modelo estava em fabricação. Lá, às 7h de um domingo, Ozires pôde conversar por uma hora com o presidente e informar sobre os projetos que estavam ganhando forma naquela estrutura improvisada. Costa e Silva gostou do que ouviu e sentiu a energia e o entusiasmo do líder que estava à frente daquele projeto que parecia pouco provável para a realidade brasileira. Por meio de um decreto assinado pouco depois nasceria a Embraer, empresa que passaria a receber recursos públicos para a fabricação de aviões. No dia 22 de outubro de 1970 ocorreria o voo inaugural do Bandeirante, a resposta que a equipe chefiada por Ozires encontrou para enfrentar a nova realidade imposta ao mercado pelos aviões de grande porte. O voo foi um sucesso e a realidade da aviação nacional começava a alcançar a altitude de voo de cruzeiro. Desde o início um dos lemas centrais foi produzir aeronaves únicas e com marca própria, cuidado que contribuiu para pavimentar a rota que conduziria a empresa à condição de maior fabricante do mundo de aviões executivos. A lista de produtos da Embraer é ampla e diversificada. Suas aeronaves rasgam os céus de mais de cem países e o Tucano é um dos aviões para treinamento militar mais conceituados inclusive em países tecnológicos como Estados Unidos e França. Recentemente, a empresa, que foi privatizada em 1994, lançou o maior cargueiro a jato da Terra. O KC 390 recebeu, apenas no lançamento, 150 encomendas ao custo por exemplar de US$ 60 milhões. “Hoje, a empresa fatura US$ 17 milhões por dia e está entre as mais competitivas de um mercado onde conhecimento e tecnologia são imprescindíveis”, disse Ozires, perguntando se o Brasil tem condições de repetir esse case de sucesso. Ele mesmo afirmou que sim e citou alguns exemplos de empresas que têm a inovação e a excelência do que fabricam como referência.
Educação
Para uma plateia formada por pessoas que contribuem para refletir sobre a Cascavel do futuro, o engenheiro e ex-presidente da Embraer, da Petrobras e da Varig afirmou que um dos maiores riscos do Brasil é perder o bonde da história e se fechar nele mesmo. Um país desse tamanho e com tantos recursos responde por apenas 1% do mercado mundial. Seus desempenhos em rankings associados ao conhecimento são pífios e há décadas não consegue resolver problemas, como a burocracia, a corrupção e o patrimonialismo, que o deixam refém de um passado que precisa ser superado com urgência. A solução mágica é uma só, de acordo
com Ozires, investir em educação. “É tratar as crianças, que serão as próximas gerações, com respeito e responsabilidade”, ressaltou. O pai da economia moderna, o norte-americano Peter Drucker, foi convocado pelo presidente chinês Deng Xiaoping para elaborar um projeto que pudesse colocar o país do oriente entre as grandes potências mundiais. E a revolução, que transformou a China em poucos anos em referência econômica, tem a educação como base. A Coreia do Sul também é um bom exemplo, garantiu Ozires, citando a qualidade e a lógica de inserção mundial dos sul-coreanos como modelo. “Uma sociedade educada produz sábios e líderes”, destacou ele. Por sua vez, os países sem planejamento que não crescem condenam sua população à miséria, à ignorância e à violência crescente.
Inovação
Além de vencer a corrupção e os interesses de pequenos grupos, o Brasil precisa investir alto em tecnologia e em inovação. “Mandamos minério de ferro aos chineses a setenta centavos de dólar o quilo e recebemos produtos de consumo acabados a US$ 2 mil o quilo. Isso precisa mudar”, afirmou Ozires. “Devemos enfrentar a concorrência mundial com preparo, coragem e bons produtos. Temos por aqui mercadorias de vários países, mas nós temos itens brasileiros à venda pelas ruas do mundo”, perguntou ele. Ao citar a importância do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel, Ozires Silva fez menção à cidade de Austin, no Texas. Na década de 1980, os líderes daquela cidade perceberam que ela estava empobrecendo e então atacaram a raiz do problema, que estava no êxodo de jovens talentos. Com a adoção de uma política séria, atrativa e de longo prazo, Austin é agora o quarto centro norte-americano que mais recebe investimentos. A sociedade organizada pode ajudar o poder público a identificar vocações locais e obras que estimulem o empreendedorismo e a qualidade de vida. “Devemos incentivar boas ideias e projetos, criar parques tecnológicos e ampliar as mobilidades, a exemplo do Aeroporto Regional que há tanto tempo o Oeste do Paraná defende”. Ozires disse que os brasileiros são convocados a não desistir do Brasil e que com entusiasmo, união, esforço e paixão tudo é possível.
Bandeirante foi resposta a um novo momento da aviação mundial
CASCAVEL DO FUTURO
Pulso e coragem para pensar o futuro
Líderes, técnicos e autoridades refletem sobre futuro
C
erca de 600 pessoas participaram do 2º Fórum do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel. Autoridades, técnicos e líderes dos mais diversos setores organizados foram convidados a refletir sobre o presente e principalmente sobre o futuro que se quer para o município que está no centro de uma região formada por 50 municípios que juntos têm 1,3 milhão de habitantes e PIB (Produto Interno Bruto) de mais R$ 40 bilhões. Oficialmente constituído em 16 de fevereiro de 2016, o Conselho é resultado de vários projetos que o antecederam e que deram sua colaboração ao processo de contínuo amadurecimento da sociedade civil de Cascavel. “Planejar é ter um objetivo”, disse o presidente Edson José de Vasconcelos que afirmou que, diante de tantas rupturas, é preciso ter pulso e coragem para refletir sobre o futuro. “Quem participa ativamente das nove câmaras técnicas que integram o Conselho sabem como esse exercício é difícil, porém compreendem a fundamental importância dele”. Uma das maiores contribuições do Conselho, que é plural em tudo, é a aglutinação das mais diferentes forças que convergem pelo objetivo comum
de ajudar a construir uma Cascavel ainda melhor, mais desenvolvida social, econômica, cultural e estruturalmente, de oportunidades e de qualidade de vida a todos, indistintamente. “Temos por compromisso pensar temas estratégicos que façam com que o município seja melhor do que é hoje em 20, 30 anos”, afirmou Edson. A atual configuração política, com mandatos de quatro anos, traz algumas dificuldades para pensar projetos amplos e de longo prazo, por isso é a sociedade que deve abraçar esse papel, sem qualquer competição, unicamente movida pelo desejo de contribuir, conforme Edson, que apresentou a evolução dos trabalhos das câmaras técnicas no último um ano. No período foram realizadas 136 reuniões com 1.632 participações. “De pessoas que se doam e confiam em um futuro melhor a todos”. A fortaleza do Conselho é o diálogo e tentar, a partir disso e de análises técnicas sobre a realidade, obter uma fotografia do futuro. E ele passa por avanços em educação, saúde, tecnologia, inovação, segurança, meio ambiente mobilidade e bem-estar.
Conquistas
Edson citou algumas das conquistas já possíveis com a colaboração do Conselho de Desenvolvimento. Ele falou da criação do Instituto de Planejamento e de passos em direção ao tão sonhado Aeroporto Regional do Oeste. Estudos técnicos indicaram que a limitação do atual não tem relação com a posição da pista ou sentido dos ventos e sim pelo avanço do perímetro urbano e da relação disso com o Plano Diretor. Indicaram também a melhor localização, na região de Espigão Azul, entre Cascavel, Toledo e Tupãssi, para o futuro empreendimento. Recentemente, os prefeitos das três cidades (Leonaldo Paranhos, Lucio De Marchi e Ito Caeiro) assinaram decretos de utilidade pública reservando a área ao futuro empreendimento. “É uma obra de todos e uma fundamental ferramenta de desenvolvimento”, afirmou o presidente do Conselho. Edson citou uma frase do pensador Anatole France para sintetizar a atuação do Conselho de Desen-
Danilo disse que a união das entidades vai contribuir para construir a região do futuro
O presidente do Conselho de Desenvolvimento é o empresário e engenheiro Edson José de Vasconcelos
volvimento: “Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar”.
Bem-comum
O presidente do POD (Programa Oeste em Desenvolvimento), Danilo Vendruscolo, falou que as entidades e as comunidades do Oeste dão pulso a um movimento determinante ao futuro, que é unir, pensar e trabalhar conjuntamente pelas cidades e pela região que querem e merecem ter nas próximas décadas. “Esses são projetos do bem, do bem-comum e por isso precisamos abraçá-los de peito aberto, motivados e com otimismo”. Os prefeitos, disse Danilo, precisam contar com uma
sociedade desenvolvida para que ele possa focar na saúde, educação e segurança. As políticas de Estado de longo prazo devem brotar dos anseios da comunidade, de forma organizada como ensina o Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel, afirmou Danilo.
PATROCÍNIOS
O 2º Fórum do Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel contou com patrocínio da Itaipu, Fiep, Cotriguaçu e Unimed, e apoio da Prefeitura de Cascavel
pelt
Um estratégico projeto de Estado Foco de programa de obras é o ano de 2035, quando estimativas indicam que o Paraná terá 12 milhões de habitantes
U
m intenso ciclo de diálogos, que envolveu mais de 500 pessoas e 17 entidades, culminou em 2015 com o Pelt, o Plano Estadual de Logística em Transporte. De olho em 2035, o estudo considera a situação atual e obras necessárias para garantir competitividade econômica ao Paraná e aos seus 12 milhões de habitantes. As prioridades do Pelt e a participação do Oeste no contexto foram debatidas na Acic. Para o presidente da entidade, Edson José de Vasconcelos, o grande desafio é fazer desse estudo técnico de alto nível um projeto estratégico de Estado. O plano foi apresentado pelo secretário-executivo do Conselho de Infraestrutura da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), João Arthur Mohr. “Esse é um trabalho feito a muitas mãos, por pessoas que querem contribuir para um estado ainda melhor, mais desenvolvido e inclusivo”. Além de citar obras que devem ser incorporadas, o Pelt defende a importância e o fortalecimento de um amplo banco de projetos. Os principais modais considerados no estudo são portuário, ferroviário, rodoviário, aeroportuário, dutovias, hidrovias e infovias. O plano foi elaborado a partir de um projeto de 2005, o fórum
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permanente Futuro 10 Paraná. Para a elaboração do Pelt, técnicos conversaram com órgãos públicos e seus diretores. A finalidade foi conhecer o que havia de projetos e de expectativas em relação a avanços estruturais nos modais em estudo. O Porto de Paranaguá é a principal janela do Paraná para o mundo. Por isso, a modernização é fundamental em todo o processo estrutural do Estado, conforme João Arthur. A gestão atual é considerada das mais competentes e conduz o porto a dias melhores, já garantindo a ele o status de melhor estrutura semelhante no País. Em 2015, o porto movimentou 45 milhões de toneladas, mas a previsão é que alcance em poucas décadas mais de 60 milhões. Para que essa evolução ocorra, diversas obras são necessárias, como ampliar a profundidade do canal da galheta de 12 para 14 metros e a instalação de vários píeres e terminais. Armazéns do corredor de exportação e píeres em T e em F são considerados prioritários. Há outro ainda em estudo, em L, para a ampliação de terminais de granéis líquidos. João Arthur informou que já foram concluídas as ampliações do terminal de contêineres, alteração da poligonal para viabilizar a insta-
12 mil tolenadas
CAPACIDADE DE CARREGAMENTO NO TERMINAL DE GRANÉIS SALTARÁ DE 4 MIL PARA 12 MIL TONELADAS POR HORA
9 milhões de toneladas PORTO RECEBE 9 MILHÕES DE TONELADAS DE PRODUTOS DO INTERIOR, DESSAS 8,5 MILHÕES DE TONELADAS DO NORTE E APENAS 500 MIL DO OESTE, TRANSPORTADAS POR FERROVIA
lação de novos terminais, sequência de modernização dos atuais shiploaders, obras de dragagem e ampliação do pátio de triagem. O Oeste do Paraná responde por 5% da carne de frango exportada no mundo. O Estado por 10% e o Brasil por 35%. “O grande desafio nas obras do porto é de dar mais agilidade, reduzir custos e evitar multas, comuns em função de algumas limitações que a estrutura ainda tem”, afirma o secretário executivo do Conselho de Infraestrutura da Fiep. Com as obras em andamento e previstas, a capacidade de carregamento no terminal de granéis saltará de 4 mil para 12 mil toneladas por hora. Atualmente, o porto recebe 9 milhões de toneladas de produtos do interior, dessas 8,5 milhões de toneladas do Norte e apenas 500 mil do Oeste, transportadas por ferrovia. O Pelt aponta para a necessidade de construção de um novo traçado da região Oeste em direção ao litoral. Outro aspecto importante da ferrovia, segundo João Arthur, é que ela emite 12 vezes menos carbono do que o modal rodoviário, além de o frete ser consideravelmente menor. O Oeste estima ampliar o uso de ferrovias em seus transportes, em vez de meio milhão, para dez milhões de toneladas por ano.
do para que tudo ocorra conforme o previsto. Há a necessidade de começar já as articulações para levantar boas práticas que podem ser incorporadas aos novos contratos, contemplado segurança, capacidade de transportes, obras de ampliação e baixo custo da tarifa. “Todos, inclusive o governo e os órgãos reguladores, precisam participar ativamente desse processo”. A previsão para o Oeste em 20 anos é que a região seja contemplada com duplicações de Cascavel a Foz do Iguaçu, em direção a Guaíra, a Maringá, a Curitiba e a Francisco Beltrão. Ele citou novas concessões pelo País, que contam com o envolvimento médio de oito concessionárias por disputa e desconto médio da proposta vencedora de 55% sobre o teto da tarifa. Outro tema importante do Pelt e que une o Oeste é quanto à construção do Aeroporto Regional, na divisa de Cascavel, Toledo e Tupãssi. O atual precisa seguir recebendo investimentos, mas as articulações e o trabalho devem ser direcionados à futura estrutura, com previsão para ficar pronta em 15 anos. O programa ainda reflete sobre avanços, à região, nas áreas de gás natural e modal hidroviário segundo potenciais de transporte do rio Paraná e do lago de Itaipu.
O estudo foi apresentado pelo secretárioexecutivo do Conselho de Infraestrutura da Fiep, João Arthur Mohr
Rodovias
O Paraná conta atualmente com nove concessões de rodovias. Os contratos do Anel de Integração Rodoviário expiram em 27 de novembro de 2021 e para pensar nos próximos, adequados ao que o Paraná realmente quer, os trabalhos devem começar já, alertou João Arthur. “Temos, além de tudo o que ocorreu no Brasil nos últimos tempos, experiência de pedágio de 20 anos. E tudo isso deverá contar a favor da comunidade, das regiões e dos usuários nos novos contratos”, afirma ele. Mas para tanto, os trabalhos devem começar já e seguir um cronograma especialmente definiOUTUBRO 2017 REVISTA ACIC 59
pelt
Oeste merece uma
ferrovia eficiente Devido à falta de uma boa estrutura de transportes, custo para levar produtos da região ao litoral é expressivo
A
região precisa se unir e definir estratégias que possam, no menor tempo possível, levar à construção de um novo traçado ferroviário do Oeste em direção ao Porto de Paranaguá. “Temos esse direito e merecemos contar com uma estrutura viável, que torne nossos produtos destinados à exportação competitivos e atraentes”, disse durante encontro empresarial da Acic o diretor-presidente da Coopavel e vice da associação comercial para Assuntos do Agronegócio, Dilvo Grolli. Somando as produções do Oeste, Mato Grosso do Sul e também do Paraguai são mais de 15 milhões de toneladas destinados ao mercado externo que, com a estrutura certa, seguirão ao litoral de trem com frete mais barato. “Esse é um dos argumentos que os potenciais investidores precisam conhecer para destinar recursos a um novo traçado ferroviário, que se torna imprescindível à economia da região”, conforme Dilvo. O presidente da Coopavel citou a Ferrogrão, que prevê a construção de uma estrada de ferro com 1.142 quilômetros de extensão entre Lucas do Rio Verde (MT) e Miritituba (PA) como exemplo. “Lá, a concessão será de 45 anos. Um atrativo importantíssimo a 60 REVISTA ACIC OUTUBRO 2017
quem investirá bilhões de reais na execução do projeto”, conforme Dilvo. O Oeste precisa estar atento ao que ocorre em outras ações ferroviárias pelo Brasil, absorver e colocar em prática o que pode ser bom para a construção de uma ferrovia que seja verdadeiramente útil à produção da região.
Modais
Em um comparativo entre Brasil e Estados Unidos fica fácil entender a diferença competitiva entre os dois países. Lá, 61% da produção segue por hidrovia, 23% por ferrovia e cerca de 15% por rodovias. Aqui, 65% seguem por caminhões, 25% por ferrovia e apenas 10% por hidrovias. No Oeste, a situação é bem mais complicada. Apenas 5% do que ela produz vai ao Porto de Paranaguá por malha ferroviária e 95% por caminhão. O custo de transporte por hidrovia, por tonelada por trecho de mil quilômetros, é de US$ 20 (R$ 66, considerando o dólar a R$ 3,30); de US$ 40 por ferrovia (R$ 132) e de US$ 60 por rodovia (R$ 198). Devido aos gargalos estruturais da ferrovia que liga os Campos Gerais ao litoral, além de questões ligadas à concessão da malha, há séria limitação no transporte de grãos e de outros produtos do Oeste ao porto por fer-
rovia. Há trechos construídos em 1880, com curvas fechadas, aclives e declives acentuados, e outros em 1950, insuficientes diante das crescentes demandas atuais. Com essas limitações, o Oeste mandou em 2016 apenas 436 mil toneladas pela Ferroeste. O restante foi por caminhão, que, na diferença de preço de frete de um modal ao outro, trouxe ano passado prejuízo de R$ 300 milhões aos agricultores e à sociedade do Oeste. Esse custo por habitante, já que a região tem 1,3 milhão de moradores, chegou a R$ 250 por pessoa. Com alguns ajustes da malha da Ferroeste e construção de um novo traçado entre Guarapuava e o litoral se poderia criar um canal de escoamento para mais de dez milhões de toneladas por ano. O custo estimado da nova ferrovia ficaria entre R$ 10 bilhões e R$ 12 bilhões. “Essa obra é fundamental para o futuro da economia do Oeste e do próprio Paraná”, segundo Dilvo, que citou a receita líquida da Ecocataratas, concessionária do Lote 3 do Anel de Integração Rodoviário em 2016, de R$ 312 milhões e lucro de R$ 56 milhões. “Enquanto eles têm lucro de 18% ao ano, nossas empresas lutam com todas as suas forças e contra as adversidades para ter apenas en-
tre 3% e 5%. Precisamos estar unidos para corrigir essas sérias distorções”, afirmou. O presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, reforçou que o Oeste do Paraná, diante de tudo o que produz e representa à economia do Estado, quer, precisa e merece ter uma ferrovia à altura de sua produção e de seus potenciais. “Vamos trabalhar e nos unir para tornar essa grande necessidade em uma realidade em pouco tempo”, garantiu.
O presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, apresentou informações sobre a realidade do setor
garantioeste
Aval e acesso facilitado a dinheiro para empreender Prefeitura de Cascavel se torna a segunda no Brasil a aportar recursos a uma Sociedade de Garantia de Crédito; medida dá fôlego de R$ 3 milhões para cartas de aval a micros e a pequenas empresas
Paranhos, Khaled e João Alberto durante a assinatura de convênio de repasse de R$ 300 mil em lastro à Garantioeste
O
vice-presidente do BRDE, Orlando Pessuti, e o prefeito Leonaldo Paranhos, assinaram parceria que vai liberar até R$ 10 milhões para micros e pequenas empresas de Cascavel. No mesmo ato, Pessuti, Paranhos e o presidente da Garantioeste (Sociedade de Garantia de Crédito do Oeste do Paraná), Khaled Nakka, confirmaram a disponibilização de R$ 300 mil para ampliar o lastro de liberações da SGC.
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Com o termo, a Prefeitura de Cascavel se torna a segunda no Brasil – atrás apenas da de Toledo em 2015 – a repassar recursos para alavancar cartas de aval da SGC, documento que torna mais fácil o acesso ao crédito e reduz o custo do dinheiro a empresários que querem empreender, gerar novos empregos e oportunidades. Pessuti, que já ocupou diversos cargos públicos inclusive de vice e governador do Estado, falou de sua ligação com Cascavel e o Oeste do Paraná. “É uma relação antiga, estreita e de grandes realizações que contribuem para avanços a toda a comunidade regional”, ressaltou ele. Como vice-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul, Pessuti ressaltou que cumpre agenda de compromissos em todo o Estado em um amplo processo de reestruturação e de fortalecimento do BRDE. “São 56 anos de bons serviços prestados aos estados do Sul, com a liberação de recursos aos mais diversos setores empreendedores e que resultam em empregos, renda e desenvolvimento”. Nessa parceria assinada com o município e a SGC não há limite, porque quem vai determinar isso é a demanda,
afirmou Orlando Pessuti. O convênio vai garantir aos empresários, além de acesso a linhas de crédito com algumas das melhores taxas e prazos do mercado, disponibilidade de técnicos e de orientações para planejamento, para ajustes no projeto e, com o dinheiro em mãos, para mais segurança para fazer com que o êxito do empreendimento ocorra. O secretário de Desenvolvimento Econômico, João Alberto Andrade, disse que ofertar crédito é sempre bom, melhor ainda em uma época de dificuldades tão agudas como as de agora. “Com esse conjunto de ações e suporte, os empresários terão mais segurança para fazer o que sabem, que é empreender e criar oportunidades. Hoje é um dia especial, para agradecer”, afirmou o vice-prefeito Jorge Lange.
Valorizar o empresário
“Não consigo imaginar uma cidade de sucesso sem uma forte parceria com os empresários. Quem empreende, abre chances de emprego e renda, e gera impostos que mantêm as ações, os programas e a estrutura pública merece ser reconhecido, respeitado e valorizado”, ressaltou o prefeito Leonaldo Paranhos durante a cerimônia com o BRDE e a Garantioeste. Paranhos citou também medidas que seu governo adota desde janeiro para desburocratizar e facilitar o acesso das empresas aos mais diversos documentos, a exemplo do alvará de funcionamento e de outras autorizações e licenças. Dirigindo-se ao presidente da Garantioeste, Orlando Pessuti classificou a Sociedade de Garantia de Crédito como uma engenharia positiva, um elemento de uma engrenagem virtuosa focada no crescimento das suas comunidades. “Vinte e cinco por cento de todos os recursos que o BRDE libera em crédito vêm para o Oeste do Paraná”, disse o vice-presidente do banco. A solenidade, na prefeitura, contou com a participação de diversas entidades organizadas, entre elas da Acic, Amic e CDL.
Cartas de Aval
Os R$ 300 mil liberados pela prefeitura à Garantioeste vão garantir lastro para cerca de R$ 3 milhões em operações, segundo o presidente da SGC, Khaled Nakka. “É uma soma relevante que vai permitir acesso a dinheiro fácil e barato a micros e a pequenas empresas, que estão entre as que mais abrem opor-
tunidades de empregos no País”. Constituída há cerca de sete anos, a Garantioeste tem por missão oferecer cartas de aval a empresas que têm dificuldades de apresentar garantias aos bancos. Um comitê avalia as propostas e, se for necessário, até consultoria assegura em parceria com o Sebrae para que os recursos possam ser efetivamente liberados. O supervisor administrativo da SGC, Marco Rothe, informa que os valores autorizados por meio das cartas de garantia vão de R$ 5 mil a R$ 187,5 mil por contrato. O dinheiro é para capital de giro, investimento e misto – modalidade que alia capital de giro e investimento – e Cartão BNDES. A taxa média de juros para capital de giro, por exemplo, é de R$ 1,5% ao mês, bem abaixo do que é praticado pelo mercado convencional e por não parceiros da Garantioeste na recepção às cartas de aval. As instituições integradas à SGC são Sicoob, Sicredi, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Fomento Paraná e BRDE.
Pessuti é vicepresidente do BRDE, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul
R$ 300 mil
FORAM LIBERADOS PELA PREFEITURA DE CASCAVEL
R$ 3 milhões
SERÃO LIBERADOS EM NOVAS OPERAÇÕES
R$ 5 mil a R$ 187,5 mil SÃO OS LIMITES DAS CARTAS DE AVAL
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garantioeste
R$ 70 milhões em cartas de aval Dinheiro liberado em seis anos a empresas da região faz enorme diferença ao setor produtivo do Oeste do Paraná
M
icros e pequenas empresas de Cascavel e da região têm um aliado na busca por crédito para investimentos e aumento da produção e empregos. É a Garantioeste, uma Sociedade de Garantia de Crédito lançada há sete anos e que atualmente é a maior do Brasil. “Já conseguimos viabilizar R$ 70 milhões em operações a quem quer empreender e ajudar a desenvolver a região. Esse
Khaled informou sobre impacto positivo que a SGC traz à economia regional
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dinheiro faz uma diferença enorme ao setor produtivo do Oeste do Paraná”, disse o presidente da SGC, Khaled Nakka, durante encontro com empresários na Acic. A Sociedade de Garantia de Crédito do Oeste do Paraná nasceu por incentivo do Sebrae e parceria das associações comerciais de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu com a colaboração da Caciopar, Faciap e IDR-Oeste. “Percebemos o potencial de um proje-
to semelhante e na primeira oportunidade aberta pelo governo, buscamos a estruturação da SGC”, diz Khaled, ex-presidente da Caciopar e que atua no ramo de supermercados em Vera Cruz do Oeste. A Garantioeste buscou inspiração na Garantiserra, de Caxias do Sul, a primeira em atividade no País, e em viagens a diversos países onde esse formato de organização faz sucesso há muito tempo. Com a oferta de cartas de aval, que ocorre mediante solicitação, apresentação e análise do projeto por um comitê, a SGC traz outra vantagem às empresas, a redução substancial nas taxas de juros e acesso a prazos dos mais alongados do mercado. Acic, Acit e Acifi têm em suas sedes agentes da Garantioeste para informar e orientar sobre todos os passos para a obtenção de recursos, que são para três modalidades: capital de giro, investimento e misto – essa última opção é para giro e investimento agregados. Em
caso de a solicitação ser recusada por um motivo ou outro, então o Sebrae chega a oferecer consultoria à empresa para que ela se ajuste e então obtenha o dinheiro. Khaled informa que a SGC traz impacto altamente positivo na economia das cidades da região e que a liberação dos recursos, depois da aprovação do processo, ocorre em algumas semanas. Devido aos cuidados na seleção, a inadimplência é das mais baixas e quando ocorre a garantidora reembolsa grande parte do valor emprestado e não quitado à instituição financeira parceira. O representante da Acic no conselho da Garantioeste é o vice-presidente para Assuntos da Microempresa, Siro Canabarro, que destacou a característica da SGC de ser uma entidade sem fins lucrativos e que, além de valores cheios, pode oferecer garantia para somas complementares em determinados projetos. Para ter acesso à carta de aval, a empresa precisa ter tempo mínimo de constituição de seis meses. Ela paga uma taxa simbólica para se associar, a partir de R$ 50, que depende do seu porte e depois de aprovada a liberação do financiamento pela instituição escolhida a SGC recebe um pequeno percentual sobre a operação. São parceiros da Garantioeste Sicoob, Sicredi, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Fomento Paraná e BRDE. Na Acic, o agente da SGC é Érico Schulz, que atende pelo telefone 3321-1465.
FINAME Máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional credenciados pelo BNDES Prazo
Até 5 anos (incluído carência de até 6 meses)
Taxa de Juros
TJLP + 7,0% a.a ou 1,13% a.m
Participação
Até 80% para MPMEs
Limite
Até R$ 100 mil de financiamento
INOVACRED EXPRESSO Financia empresas inovadoras em itens relacionados à atividade de inovação, como equipamentos, software, prototipagem, consultoria tecnológica, patenteamento e certificação, entre outros Prazo
Até 4 anos (incluído carência de até 12 meses)
Taxa de Juros
TJLP + 3,0%a.a ou 0,84% a.m.
Participação
Até 100%
Limite
Até R$ 100 mil de financiamento
PROGEREN Capital de Giro Prazo
Até 5 anos (incluído carência de até 3 meses)
Taxa de Juros
TJLP + 8,5% a.a ou 1,21% a.m.
Participação
Até 100%
Limite
Até R$ 100 mil e limitado a 10% da ROL do último exercício
CARTÃO BNDES Prazo
Até 48 meses
Taxa de Juros
Divulgada mensalmente: 1,35% a.m em ago/17
Participação
Até 100%
Limite
Até R$ 100 mil e limitado a 20% da ROL do último exercício OUTUBRO 2017 REVISTA ACIC 65
diálogo
Empreender ganha
ainda mais força
Empresários de núcleos são informados sobre mudanças que começam a ser adotadas para tornar Acic ainda melhor
C
oordenadores e vices dos 27 núcleos do Empreender estiveram reunidos com o presidente Edson José de Vasconcelos e os diretores de Núcleos Setoriais e Multissetoriais, Carlos Roberto Alves e Rosemeri Petzold, para tratar de temas importantes do programa e de mudanças em processo de andamento e de assimilação na associação comercial. Edson informou sobre novidades no processo de governança da entidade, que busca reorganizar e dar mais dinâmica e eficiência à entidade para que a missão dela seja rigorosamente observada e para que os resultados sejam ainda melhores. Um dos caminhos para tornar a Acic, que o presidente considera uma das melhores entidades empresariais do Brasil, ainda mais eficiente está em aprimorar a interface em todos os setores ligados ao cotidiano da associação. “Vamos aprimorar a integração e indicar os caminhos para que as demandas e as expectativas possam ser atendi-
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das com mais assertividade e resolutividade”. Hoje, a Acic se move como se fosse uma estrutura única, uma espécie de pirâmide e que tem o presidente no topo e todos os demais em uma base enorme e homogênea. Todas as demandas acabam dirigidas ao presidente porque não se entende corretamente a função e as atribuições de cada um e de cada setor no processo organizacional da entidade. Há excesso de sombreamento, conforme Edson, e o desafio é fazer com que cada solicitação siga o percurso certo. “Agindo assim, a casa estará preparada para dar as respostas que os empresários querem e merecem ter”. Com um novo modelo de governança, a Acic agirá de forma mais organizada e suas missões ficarão devidamente claras. Os produtos e serviços oferecidos pelo Departamento Comercial, disse o presidente, têm por função melhorar a performance das empresas e os treinamentos, cursos e eventos organizados pela Uniacic (Universidade Corporativa
Empresarial) precisam estar atentos às reais necessidades de informação, aprendizado e aperfeiçoamento das pessoas que são a razão de a entidade existir. Edson falou também do sistema associativista, que sai da base, a associação comercial no município, e então vai para a Faciap, que representa 295 Aces no Paraná, e dessa em direção à CACB, confederação que representa federações estaduais e 2,3 mil associações de todo o País.
DIRETO NA FONTE Empresários que integram o Programa Empreender participaram dias atrás de uma das reuniões de diretoria da Acic. A proposta é, com participações pontuais nesses encontros (uma vez por mês), fazer com que a entidade trabalhe de forma ainda mais integrada, reflita sobre suas ações e busque, a partir do diálogo e do bom-senso, melhorias para a associação que representa 13 mil empresas dos mais variados segmentos. Segundo o presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, esse tipo de encontro é importante para melhorar o entendimento e a comunicação da entidade. “Com essa contínua integração, será possível colocar em prática um processo de governança que trará como resultados a melhoria da performance da entidade, com avanços nas questões empresariais”. Os participantes se apresentaram, falaram
Para melhorar os resultados da casa, segundo Edson, é fundamental que todos que dela fazem parte conheçam mais profundamente e de maneira objetiva como ela funciona. “Diante de tudo o que a Acic conquistou e das enormes contribuições que há quase 60 anos ela oferece às empresas, a Cascavel e à região, todos temos que nos orgulhar de participar dela. E os núcleos têm papel decisivo nesse processo”, conforme o presidente. Além de melhorar
das funções que ocupam e então debateram sobre alguns dos temas mais relevantes à associação comercial. Os coordenadores das câmaras técnicas Tributária, de Ação Social e de Meio Ambiente informaram sobre missão e desafios e da necessidade de que a Acic se una ainda mais para contribuir para o aprimoramento de sua comunidade. “Temos uma força incrível e precisamos usá-la, entre outras, para viabilizar obras como o Aeroporto Regional que, ao contrário do que alguns disseram no passado, não é para poucos. Ele é para muitos por ser uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social”, segundo o presidente Edson. Os coordenadores e vices de núcleos também foram informados sobre produtos e serviços da Acic. Um dos aspectos divulgados foi a Garantioeste, Sociedade de Garantia de Crédito do Oeste do Paraná que fornece cartas de aval que facilitam o acesso principalmente de micros e pequenas empresas ao crédito.
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diálogo
Todos os 27 núcleos da associação comercial estiveram representados em encontro com presidentes e diretores do Empreender
a conexão entre os mais diversos componentes da associação comercial, há novidades em andamento, como a estruturação de uma aceleradora tecnológica e da implantação de câmaras técnicas, voltadas à reflexão, a deliberações e a definições de ações práticas. As câmaras tributária e de ação social já estão constituídas. E as duas têm demandas enormes, que precisam ser adequadamente trabalhadas. “Por meio delas, além de questões pontuais, poderemos elaborar planejamentos para áreas estratégicas”, segundo Edson José de Vasconcelos. A Acic tem por papel também ajudar a transformar o ambiente de desenvolvimento, ter propostas de políticas de crescimento e fortalecimento dos mais diversos setores produtivos. “E, para tanto, é fundamental criar ambientes favoráveis ao estabelecimento desses debates”. O diretor de Núcleos Setoriais, Carlos Roberto Alves, considera elementar a oferta de cursos a empresários de olho na formação de líderes e empreendedores ainda mais preparados. Já a diretora de Núcleos Multissetoriais, Rosemeri Petzold, lembrou que a Acic conta com vários representantes na Caciopar e na Faciap e que, de forma articulada, trabalham com inúmeras demandas sempre com a intenção de garantir avanços aos segmentos produtivos. As mudanças são entendidas por Rose como importantes para dar mais respostas ao 68 REVISTA ACIC OUTUBRO 2017
tempo que nucleados, diretores e associados investem na associação comercial. “Estamos em um processo de constante evolução”. A coordenadora de núcleos, Dulce Cândida Ragazzon, reforçou a missão do Empreender de fortalecer redes de contatos, novas parcerias e negócios. Uma pesquisa de satisfação passa a ser empregada para monitorar resultados e possibilidades de melhorias.
EMPREENDER Por meio do Empreender, parceria com o Sebrae e a Faciap, empresas de um mesmo ramo ou região geográfica têm a chance de dialogar, de definir estratégias e de promover o crescimento conjunto de setores inteiros. A Acic foi a primeira associação comercial no Estado a aderir ao Empreender, em 1998. Na época, devido à proposta de colocar em torno da mesma mesa empresários de um mesmo segmento, a metodologia gerava mais dúvidas do que certezas. Mas aos poucos, com base em resultados expressivos na Europa e em Santa Catarina, primeiro estado brasileiro a empregar o conceito, os nucleados compreenderam a proposta e o alcance da ferramenta que têm em mãos. E os resultados são muito bons.
sucessão
Holding familiar e administradora de bens: planejamento eficaz
D
iariamente estamos focados no trabalho, com o desejo de garantir um futuro melhor de forma que o patrimônio acumulado se reverta em benefícios a favor de nossas famílias. A ordem natural da vida leva, inevitavelmente, à sucessão. Assim, temos duas opções: ignorar o futuro e contar com a sorte, aceitando o fato de que o patrimônio será atingido e que parcela dele poderá se perder, ou planejar de forma eficaz a sucessão e garantir que os bens permaneçam na esfera familiar. Já pensou em organizar tudo isso e ainda se beneficiar com a economia tributária? A constituição de pessoas jurídicas que centralizam a propriedade do patrimônio familiar possibilita a transmissão de bens até mesmo sem inventário. Isso significa que não é necessário aguardar uma decisão judicial, que pode se arrastar por anos e penalizar a todos os envolvidos, acarretando em custas e entraves até mesmo na gestão dos negócios. Pense nisso: os prejuízos podem ser severos, a ponto de comprometer a continuidade dos negócios familiares. O procedimento de constituição de “Holding” ou “Administradora de Bens” pode ocorrer sem custos tributários, inclusive com o ITBI – Imposto Sobre a Transferência de Bens Imóveis e IR - Imposto de Renda, pois a legislação disponibiliza mecanismos que afastam a cobrança. Com o patrimônio organizado e fundado em documentação consistente, os negócios podem ser conduzidos com maior tranquilidade no presente, sabendo que havendo a sucessão ela ocorrerá de forma rápida, planejada e com menor custo, garantindo assim o futuro almejado aos familiares. Tudo isso é possível, mas é preciso planejar respeitando os critérios legais e mediante análises profundas da estrutura familiar e dos negócios praticados, aliado à aplicação das ferramentas disponíveis, que lhe permitirão alcançar tais objetivos. Portanto, é indispensável que tenha ao seu lado uma equipe qualificada e com experiência, afinal o assunto é o seu patrimônio e a sua família. Além de planejar é preciso colocar em prática.
Você já deve ter ouvido a expressão “Holding Familiar” ou “Administradora de Bens”. Essas são ferramentas efetivas e de alta performance que representam a união dos planejamentos: sucessório, societário e tributário. PLANEJAMENTO SUCESSÓRIO Têm por objetivo organizar a transferência de bens na estrutura familiar, garantindo a continuidade dos negócios e a permanência do patrimônio na família, minimizando a interferência de terceiros, seja por fracassos amorosos, inventários ou disputas judiciais que recaiam sobre os negócios. Esse planejamento evita que possíveis conflitos familiares venham a ocorrer, uma vez que são antecipadamente identificados e tratados ainda na presença do patriarca. PLANEJAMENTO SOCIETÁRIO O patrimônio da família tende a ser distribuído em quotas empresariais, imóveis urbanos e rurais registrados em nome dos pais, filhos e até mesmo netos e demais pessoas ligadas. Organizar tal estrutura e formalizar por meio de contratos sociais ou particulares é essencial para garantir que as regras de sucessão definidas pela família sejam respeitadas. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO As transferências de bens via inventário são severamente penalizadas pela carga tributária. Nesse contexto, faz-se necessária a busca por uma opção tributária mais econômica que pode ser alcançada mediante planejamento tributário. Saiba que não há fórmulas prontas, o planejamento sucessório exige a identificação e estudo dos detalhes de cada estrutura familiar, ou seja, as ferramentas são personalizadas e somente mediante o estudo de cada situação é possível identificar o melhor caminho a ser tomado. * CLAUDIO BRUNETTO BRUNETTO CONSULTORIA, AUDITORIA E CONTABILIDADE
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acic e sicoob
Mais benefícios às empresas associadas Cooperativa nasceu há 16 anos em um dos núcleos setoriais da associação comercial; convênios garantem facilidades a filiados
U
m dos compromissos da Acic é oferecer um moderno e dinâmico portfólio de produtos e serviços às suas mais de 13 mil empresas associadas. Por isso, a associação comercial é parceira de instituições que, como ela, conduzem sua trajetória pela busca excelência e vanguarda. Diretores da Acic e do Sicoob Credicapital acabam de renovar convênio que garante benefícios a sócios da entidade empresarial. O diretor-presidente da cooperativa de crédito, Valdir Pacini, lembrou que o Sicoob Credicapital nasceu há 16 anos no Núcleo Setorial de Informática e Telecomunicações e que as parcerias com a Acic acontecem há muito tempo e são cada vez melhores. O diretor Waldemar Paetzold detalhou o acordo, que tem validade de um ano a partir da assinatura. A conta-corrente para associados novos segue com seis meses de isenção da taxa de manutenção. A parceria alcança também a cobrança bancária, com preços diferenciados às em-
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presas filiadas. Mesmo com o diferencial de ter migrado para a registrada, a entrega de boleto pelo associado tem tarifa de R$ 1,80; para a entrega do boleto pela cooperativa o valor é de R$ 2,90 e os custos de baixa de títulos e alterações da característica original tem tarifa de R$ 2,50. “São vantagens importantes e que estão ao alcance de empresas fundamentais para a geração de empregos e desenvolvimento”, segundo o presidente da associação comercial, Edson José de Vasconcelos.
Empréstimos
Há quatro modalidades de empréstimos, nas modalidades giro, investimento, cartão BNDES e eficiência energética. A Garantioeste é parceira na cessão da carta de aval – mediante análise prévia da solicitação da requerente. Para capital de giro, o valor máximo liberado é de R$ 100 mil com taxa de 1,60% ao mês fixo, e 36 parcelas. Para o investimento, o teto é de R$ 150 mil com prazo de
quitação de 60 meses. A taxa é de 0,60% mais CDI – fica em média em 1,26% ao mês. Para o cartão BNDES, com limite de R$ 49,5 mil e 48 meses de prazo, a taxa é mensalmente divulgada pela instituição federal. Outra linha oferecida é para investimento em equipamentos para eficiência energética, a exemplo de placas fotovoltaicas. A garantia é real, trava de cartões ou por meio de aval da Sociedade de Garantia de Crédito. O montante liberado é calculado sobre a capacidade de pagamento da empresa. Os prazos vão de 48 a 96 meses e a taxa é 0,70% mais CDI ou 1,60% ao mês fixo. Waldemar informou que a liberação, para todas essas modalidades, está sujeita à avaliação de crédito e análise cadastral. Há ainda outra situação possível, informou o diretor, de alterações no convênio, e a qualquer momento, em caso de alguma mudança significativa na taxa Selic.
Sipag
A nova parceria entre Acic e Sicoob traz novidades também quanto ao Sipag, máquina leitora de cartões para soluções integradas de pagamento. Waldemar disse que há taxas diferenciadas; isenção do pacote de manuten-
ção de conta-corrente para cooperados com Waldemar, Valdir Pacini e Edson faturamento médio mensal superior a R$ 5 Vasconcelos mil, através da máquina Sipag; juros de che- durante assinatura ques especiais de 3,65% ao mês para coopera- de parceria entre Sicoob e Acic dos com faturamento mensal maior que R$ 10 mil, através da máquina Sipag; além de linha de crédito. O parcelado, para trava de cartões, Visa e Mastercard, com valor máximo de cinco vezes o faturamento médio dos últimos três meses, tem prazo de 36 meses e taxa de 1,60% fixo ou 0,7% ao mês mais a variação do CDI.
mercado
Uma política que valoriza a carreira Programa adotado há cinco anos por cooperativa mostra que é possível começar nos primeiros degraus e chegar ao topo
U
ma política de carreira adotada há cinco anos pelo Sicoob Credicapital traz avanços e transformações no cotidiano da cooperativa criada há 16 anos. Trinta e cinco por cento das pessoas que ocupam posições de liderança no organograma dela tiveram o estágio como ponto de partida profissional. Diante de resultados tão bons, ela passou a investir em um outro programa incentivado pelo governo e que vira porta de entrada para o primeiro emprego a muitos jovens em todo o Brasil, o Menor Aprendiz. O Sicoob Credicapital recebeu dias atrás uma homenagem do Centro de Integração Empresa Escola, um dos mais tradicionais mecanismos de inserção profissional do País, por ter sido um dos primeiros parceiros em Cascavel a ter se integrado ao CIEE para cumprir a lei do menor aprendiz. Atualmente, a cooperativa conta com 192 colaboradores, desses 14 são estagiários e três menores aprendizes. Dois deles atuam na unidade administrativa
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e outro na agência Centro. Eles desenvolvem atividades básicas nas áreas de administração e recepção, sempre com a orientação de um colaborador mais experiente. O regime de trabalho dos menores aprendizes é de quatro horas diárias, de segunda a quinta-feira. Na sexta, eles participam de capacitações oferecidas pelo próprio CIEE. A entrega do reconhecimento ao Sicoob ocorreu durante confraternização no Hotel Bourbon. Lá estiveram a gerente administrativa Evellyn Zabotti e o diretor administrativo Leandro Khül. Os dois começaram suas vidas profissionais como estagiários, o que demonstra a importância que a instituição dá a esses regimes diferenciados de contratação, tanto o estágio quanto o Programa Menor Aprendiz, diz o presidente da cooperativa, Valdir Pacini. “Evellyn começou no Sicoob como estagiária e chegou a um cargo de gerência. Isso significa que um estagiário ou menor aprendiz tem, caso se dedique, estude e procure me-
lhorar sempre, plenas condições de chegar a cargos importantes dentro da instituição”, ressalta o presidente do Conselho de Administração, Guido Bresolin Júnior. A partir da politica de recrutamento empregada, outras mudanças ocorreram. Atualmente, 80% dos estagiários são efetivados pela cooperativa. “A porta de entrada é preferencialmente o estágio ou o programa jovem aprendiz”, diz Valdir. Outro diferencial é que quando há uma vaga nova ou uma substituição se dá oportunidade primeiro a quem já está na equipe de migrar para a outra função. Se não existir, então se utiliza o caminho convencional, buscando alguém no mercado.
Valorização
A política de valorização dos colaboradores do Sicoob Credicapital vai além. O estagiário que tiver notas no curso de graduação superior a 8 recebe um adicional no valor de sua bolsa-auxílio mensal. “Há estudos e pesquisas que comprovam que um dos fatores de retenção de talentos em uma corporação, dos mais diversos portes e ramos, é o reconhecimento profissional. E atitudes como as da
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Evellyn e Leandro recebem prêmio em reconhecimento à cooperativa entregue pelo CIEE
nossa cooperativa atendem exemplarmente a esse quesito”, diz Leandro Khül, que a 20 anos atrás foi estagiário do CIEE, instituição que agora é parceira da cooperativa e a premiou recentemente. “Histórias tão inspiradoras como essas que o Sicoob Credicapital produz são mais uma demonstração do alcance e da força dos pilares do cooperativismo”, diz Guido Bresolin Junior.
civismo
TRANSPARÊNCIA
E CIDADANIA Desde 2003, a Acic leva diretores, associados e colaboradores de empresas à avenida para o desfile de Sete de Setembro
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elo 14º ano consecutivo, a Acic participou ativamente do desfile cívico-militar de Sete de Setembro. A ação integra uma campanha de cidadania lançada em 2003 pelo então presidente do Conselho Superior, Geny Antonio Lago (in memorian). Desde aquele ano, a entidade leva diretores, associados e colaboradores à avenida Brasil para participar do auge da programação em comemoração à Semana da Pátria. Com esse gesto, a associação comercial demonstra e renova seu amor e respeito pelo Brasil, pela Constituição, pelas leis, pelo trabalho e pelo próximo. O tema deste ano foi Transparência e cidadania.
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uniacic
Agenda integrada de eventos
A
diretoria da Associação Comercial e Industrial de Cascavel, por meio de sua Universidade Corporativa Empresarial, acaba de criar uma agenda integrada para eventos. A finalidade é cadastrar todos os eventos organizados pela entidade, pela própria Uniacic, Departamento Comercial, diretoria ou núcleos do Programa Empreender, para fortalecer então a divulgação e, também, para evitar choques de data e possíveis sombreamentos – realizar dois eventos importantes muito próximos fazendo, assim, que ocorra divisão de um mesmo público-alvo. A coordenadora da Uniacic, Mariana Mendonça, informa que a Universidade Corporativa já conta com uma programação mensal de cursos e treinamentos. No entanto, devido ao crescimento que a Acic experimenta nos últimos anos, sentiu-se a necessidade também de criar uma agenda mais ampla, que possa informar sobre eventos internos, ex-
tras e até externos. “Tudo para compor uma programação que possa ter o planejamento de datas e de temas como o centro das atenções, evitando choques e frustrações ou prejuízos que poderiam ser evitados”. Com uma agenda ampla e bem organizada, segundo Mariana, será possível potencializar eventos, cursos, workshops e treinamentos e ainda melhor direcionar a locação dos vários espaços atualmente disponíveis na associação comercial. São auditório – um segundo entrará em funcionamento no futuro – salas para grandes reuniões e outras para treinamentos menores, destinados a públicos mais restritos. A entidade conta também com um espaço para eventos no Parque de Exposições. A agenda será divulgada pela Uniacic e também pelos meios eletrônicos de comunicação da entidade – site (www.acicvel.com. br ) e facebook (Acic Cascavel) e os jornais digitais Acic News e Acic online.
negócios
Dicas simples para vender mais Cuidados que podem parecer banais são os diferenciais que uma empresa procura para se destacar no mercado
C
uidados que podem parecer simples demais e que acabam ignorados ou desprezados têm o poder de fazer enorme diferença nas vendas de uma empresa. Esse foi um dos conselhos dados pelo consultor Robson Dutra durante reunião com empresários e colaboradores na Sala Paraná, na Acic. Dar atenção para o cliente e tratá-lo com respeito é fator determinante para fechar negócio, mesmo que às vezes ele não estivesse tão inclinado em comprar aquele determinado item. Robson emprega a própria história de vida para dar dicas para potencializar vendas, inclusive em datas comemorativas. “Tenho 43 anos, sou casado há 15 anos e pai de três filhos. Vender faz parte da minha vida desde criança. Vendi de salgadinhos a carros da Mercedes Benz zero quilômetro. O mais
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caro que comercializei saiu por US$ 525 mil, ou R$ 1,7 milhão”. Conhecer o produto, entender a necessidade do cliente e mostrar as diferenças de um e outro item são aspectos fundamentais para uma relação de venda bem-sucedida. A persistência e o cuidado com a imagem pessoal são aspectos que devem estar associados ao cotidiano de quem vive de vendas. “Sessenta e três em cem pessoas que vão para a universidade desistem do curso e não se formam em nada. Ser determinado, mesmo sabendo que a jornada terá percalços e não será fácil, é uma das marcas dos vencedores”, afirmou Robson. E o mesmo vale para a condução de uma empresa, já que 60% delas fecham antes de chegar aos cinco anos de existência. “Precisamos acreditar no simples, em cumprimentar o cliente, em deixar a fa-
chada, a vitrine e a loja bonitas e em manter tudo organizado, em seu devido lugar”. Atitudes que podem parecer banais para alguns são a fórmula do sucesso para outros. Mesmo que uma empresa não tenha o dinheiro que precisa para uma fachada imponente ou móveis modernos, ela pode despertar atenção e interesse do comprador com bom gosto e rigor na limpeza. “E o zelo deve ser de todos, do patrão ao mais humilde dos colaboradores. Eles trabalham juntos e precisam exercitar cotidianamente o espírito de equipe”, segundo o consultor. O cliente quer, além de ser bem atendido e respeitado, ser tratado com franqueza e honestidade. Quer entender o funcionamento de um produto e diferenças da qualidade e funções de um e de outro item. Robson apresentou sete questionamentos e convidou os presentes a refletir sobre eles e, a partir das respostas alcançadas, pediu para que fizessem mudanças em suas atitudes e em suas posturas profissionais. E o exercício vale para todos. Seguem os questionamentos que o consultor apresentou: Quanto a crise te transformou? Quais são os seus diferenciais?
O que o cliente enxerga quando olha para a sua empresa? Qual é o seu investimento mensal em treinamentos? Que experiências está entregando para o seu cliente, ele quer mesmo repeti-las? Sua empresa, seu colaborador, e você, ajudam ou atrapalham? O que você representa para o seu cliente?
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Robson durante palestra com empresários e colaboradores na Acic
atendimento
Aliado para vender e
encantar o cliente Cuidados simples fazem toda a diferença na relação da empresa com um consumidor cada vez mais atento e exigente
O Cerca de 160 pessoas participaram da palestra com Heládio Balerini
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atendimento como um aliado para fidelizar o cliente e vender mais. Essa foi a tônica de palestra com o consultor Heládio Balerini sobre Atendimento a clientes, melhorando sempre, promovida pelo Núcleo Setorial de Materiais Elétricos em parceria com o Sebrae. Conforme Heládio, a primeira e uma das mais importantes regras é entender que uma boa venda começa por um bom atendimento. O País enfrenta uma crise longa e difícil e a retração do PIB já é a mais extensa da história nacional, de cerca de três anos. “Mesmo com um panorama tão adverso, há empresários que entenderam essa nova dinâmica e estão ganhando dinheiro”. Há redução de consumo
e a concorrência está mais acirrada. No entanto, com o método certo de atendimento e com criatividade é possível crescer mesmo em um período que pode parecer perdido. Segundo Heládio, crise é sinônimo de aprendizado e de mudança no jeito de atender e vender. Uma das alterações é que, ao contrário do que ocorria no passado, não é mais possível aguardar o cliente dentro da loja. “A tecnologia está aí para oferecer novos caminhos para chegar ao consumidor. O lojista deve ter, além de vendedor externo, mecanismos de televendas e canais de internet”. O otimismo e a busca de novos conhecimentos criam um ambiente que entende crise como oportunidade, superação e vendas na ascendente, segundo Heládio. “O pior já passou, mas segundo os especialistas em economia e mercados a recuperação virá de forma consistente somente a partir de 2020”. Mas antes disso, muitos ainda vão quebrar e empregos vão deixar
“O pior já passou, mas segundo os especialistas em economia e mercados a recuperação virá de forma consistente somente a partir de 2020” de existir. Há muitas variáveis que precisam ser analisadas e é muito ruim ainda gerar obstáculos por cuidados simples e que devem ser compartilhados pela equipe da empresa. O consultor deu alguns exemplos da abordagem errada do cliente. Usar chavões é perigoso. Não se deve usar pois não?, o senhor quer nada não?, o que que era para você?, fala campeão?, fala querida? e manda chefe! Novos tempos exigem posturas diferentes e profissionalismo. A linguagem precisa ser formal e respeitosa. Heládio passou dicas de ir ao encontro do cliente, dizer bom dia, por favor e obrigado. É importante falar como se chama e saber o nome do consumidor. Oferecer café, água ou balas ajuda a quebrar o gelo para estabelecer uma relação que pode levar ao fechamento de um bom negócio. E mesmo que o cliente vá embora sem comprar nada, o vendedor precisa agradecer e se colocar à disposição enquanto o acompanha até a
saída. Cuidados com a aparência são diferenciais. Reduzem pontos usar camisa de time de futebol e da banda preferida. “São escolhas individuais que não podem se misturar com a atividade comercial”. O consultor Heládio Balerini também deu dicas sobre o uso do celular. Para evitar mal-entendidos, já que o cliente sempre vai pensar que a utilização é de interesse particular e não da empresa, o melhor é deixá-lo de lado enquanto atende o consumidor. Ele orientou também sobre a força de posturas como pontualidade, discrição, ambiente organizado e a importância de entregar o que promete. O coordenador do Núcleo de Materiais Elétricos, Célio Zys, entende que informações e dicas sobre atendimentos contribuem para melhorar o contato com os clientes, prospectar negócios e vender mais. Empresários e profissionais de outros núcleos participaram da palestra, como dos de encanadores, pintores, revendas de gás, gesso, mecânicas, moveleiro, atacados, imobiliárias e Conselho Jovem. O ingresso foi um quilo de alimento e a arrecadação será repassada à Uopeccan, a União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer.
Cento e sessenta quilos de alimentos não perecíveis foram entregues à Uopeccan, a União Oeste Paranaense de Estudos e Combate ao Câncer. O repasse foi feito por colaboradores da Acic e membros do Núcleo Setorial de Materiais Elétricos. O alimento foi arrecadado durante palestra que o núcleo promoveu com o consultor Heládio Balerini. O empresário Leopoldo Nestor Furlan, ex-presidente da Acic e integrante do núcleo, agradeceu em nome da Uopeccan. Leopoldo é atualmente o vice-presidente da instituição que é uma das mais importantes no tratamento e combate ao câncer do Brasil.
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conexão acic
João, o maestro
das multidões Pianista que levou cores do Brasil ao mundo é exemplo de superação e de como a música pode transformar vidas
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trajetória de vida de algumas pessoas é tão inspiradora que rende best-sellers e filmes com bilheterias fabulosas. Mas somente a um seleto grupo é reservado o dom de tocar fundo na alma de outros de sua espécie. Um desses seres banhados de luz é João Carlos Martins, dono de um percurso no qual transbordam talento, tragédias e uma inacreditável força de entendimento e superação. O pianista e regente virtuoso que por várias vezes foi desafiado pelo destino a abandonar os palcos abriu no Centro de Convenções e Eventos de Cascavel, a décima edição do Conexão Acic, um dos mais longevos e bem-sucedidos ciclos de palestras do Paraná. Para um público de cerca de 700 pessoas, o músico reconhecido como um dos mais brilhantes intérpretes de sua geração do alemão Johann Sebastian Bach revelou o sucesso, os percalços, as angústias e as vitórias de um enredo que parece ter brotado da genialidade de escritores do quilate do inglês William Shakespeare. “Minha história como músico começou antes mesmo de eu existir”, disse João, situando a data de 1898 como seu primeiro marco temporal. O pai dele alimentava o sonho de ser um músico clássico. De família humilde, não tinha recursos para pagar os estudos, mas recebeu a oferta de aprender a tocar piano. Três dias antes de começar as aulas perdeu uma das mãos em um acidente de trabalho, o que sepultou sua carreira antes mesmo de ela começar. Nascido em São Paulo em 1940, João teve seu primeiro contato com o instrumento que o consagraria oito anos mais tarde. Depois
de seis meses de conservatório ele decidiu se inscrever e ganhou seu primeiro concurso nacional. “Em alguns anos eu teria uma vida de sonhos, apresentando-me para públicos altamente exigentes em alguns dos mais cobiçados palcos do mundo, em Nova York, Paris e Londres”. Aos 26 anos, João se apresentava ao lado das mais conceituadas orquestras e era aclamado pela crítica especializada dos jornais e canais de música clássica. O primeiro grande revés veio em 1965, quando o pianista brasileiro morava em Nova York. Ele foi convidado a participar de um treino de seu time, a Portuguesa, no Central Park e acabou sofrendo uma queda. O acidente provocou uma perfuração no cotovelo que afetou o nervo ulnar, levando à atrofia de três dedos da mão direita. O recomeço veio quatro anos mais tarde, após diversas cirurgias e sessões de fisioterapia. Ele passou a usar dedeiras, e apesar do esforço foi duramente criticado em um artigo no The New York Times e então decidiu parar. “Vendi todos os pianos que tinha e me retirei dos palcos”. Um encontro com o campeão mundial de box, Eder Joffre, faria com que João Carlos Martins reavaliasse sua decisão. “Disse ao Eder que ele deveria reconquistar seu cinturão e recolocar o Brasil no alto do pódio da categoria”. Mesmo com 37 anos ele aceitou o desafio e um ano e meio depois venceria novamente. A atitude do boxeador fez com que o pianista se sentisse renovado para seguir com sua recuperação e retomar a carreira. A volta não poderia ter sido mais triunfal. Três mil e cem pessoas foram ao Carnegie Hall, o OUTUBRO 2017 REVISTA ACIC 81
conexão acic
O pianista João Carlos Martins abriu o décimo ciclo de palestras organizado pela Uniacic
templo sagrado da música erudita norte-americana, para ver o brasileiro. João foi então convidado a gravar um disco com músicas do repertório de Bach e no fim dos trabalhos, em Sofia, na Bulgária, foi vítima de um assalto. Ele levou um golpe tão forte na cabeça que precisou ficar hospitalizado por oito meses. “A situação era tão delicada que precisei de um procedimento conhecido por reprogramação cerebral. E, mesmo contra as probabilidades, voltei a tocar e a alcançar o auge da forma com a execução de 21 notas por segundo”. Mas o destino cobraria seu preço. O pianista sentia espasmos e convulsões ao falar e, para ter qualidade de vida, precisaria cortar um nervo que lhe tiraria todos os movimentos da mão direita. O show de despedida foi em Londres e mais uma vez ele era aclamado como um dos gênios de sua geração de músicos. Sem poder usar a direita, João desenvolveu um método para tocar com a mão esquerda que de tão avançado permitiu que ele voltasse aos concertos. Em razão de um tumor, acabou por perder a flexibilidade da esquerda também. Nessa altura, tinha 64 anos. Em um sonho encontrou a resposta para seguir nos palcos e então foi aprender regência. “Sempre em busca da excelência, passei a associar 82 REVISTA ACIC OUTUBRO 2017
a música à responsabilidade social”. Dai nasceram projetos que já alcançaram dez mil crianças e adolescentes, inclusive menores infratores que, anos mais tarde, chegariam a músicos de destaque em orquestras de todo o mundo. “A música tem um poder incrível, até de vencer o crime”, afirma João, que virou tema de vários documentários e filme em exibição em salas e cinemas de vários países.
Aventuras
Hoje aos 77 anos, João é um exemplo de superação e emprega sua história para motivar e incentivar outras pessoas. Ele lembra com bom humor de algumas aventuras da mocidade, como de na Colômbia preferir se hospedar em um bordel e de usar a batina de um parente religioso para poder ir a um baile de fantasia. Aclamado em palcos do mundo todo por mais de 15 milhões de espectadores, João Carlos Martins é uma inspiração pelo talento, pela perseverança e principalmente pela humildade. Durante sua palestra em Cascavel, ele citou a frase de outro gênio brasileiro da música, Villa Lobos, para expressar a força e a importância das artes em um país: “Não é um povo inculto que vai julgar as artes. São as artes que mostram a cultura de um povo”.
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O bê à bá para ser sucesso nos negócios De professor de inglês de um único aluno para dono de uma rede com um milhão de estudantes, Carlos Wizard mostra o caminho das pedras para vencer
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e um sonho de criança à criação da maior rede de escolas de idiomas do mundo. Essa seria uma das maneiras mais fáceis e práticas para explicar, em poucas palavras, a história de vida de Carlos Wizard, um dos maiores empreendedores da atualidade mundial. Cerca de 700 pessoas, que acompanharam a segunda das quatro palestras do Conexão Acic 2017, tiveram a chance de conhecer em detalhes o percurso vencedor de um brasileiro de família humilde, que sonhou, se preparou e alcançou muito mais do que poderia imaginar. Com a simplicidade comum aos grandes, Carlos Wizard falou do cotidiano de um empreendedor por excelência. Dos medos, inseguranças, dificuldades e desafios adicionais que um país como o Brasil impõem a quem decide, pelo talento, esforço e trabalho, vencer na vida. Com 12 anos e morando em Curitiba, o filho de um caminhoneiro e de uma costureira colocou na cabeça que queria aprender inglês. Com pouco dinheiro e sete filhos para criar, os pais não podiam ceder ao encanto das crianças para realizar nem o mais simples dos seus pedidos. Mas um dos rebentos, apesar da realidade sofrida, permitia-se sonhar. A sorte bateu à porta na forma de missionários mórmons norte-americanos, que percorrem vários países com a missão de levar e difundir a palavra de Deus. Um deles, percebendo o interesse do menino Carlos Wizard, pelo idioma, disse que um dia, se ele quisesse e os pais permitissem, iria estudar em uma
universidade nos Estados Unidos. Por mais sedutora que a proposta se mostrasse, nem nos mais belos devaneios o menino acreditava que aquilo daria certo. Porém, o que parecia improvável ocorreu e ele acabou matriculado em uma das inúmeras instituições de ensino do estado de Utah. Anos mais tarde, já formado e com inglês fluente, retornou e começou a trabalhar com carteira assinada. A renda era de um mínimo por mês. O primeiro emprego não durou muito. “De onde vim e com o histórico que tinha, muitos poderiam dizer que aquele menino nasceu para o fracasso”. Determinado e confiante, Wizard conseguiu outro trabalho e percebeu a oportunidade de ganhar um extra aceitando o desafio de um amigo, que queria aulas de inglês fora do horário de expediente. De apenas um aluno, em algum tempo ele teria sua primeira turma e sua primeira escola de idiomas. “Na maioria das vezes, uma grande chance aparece disfarçada de trabalho. E para agarrá-la, além de perseverança, deve-se estar preparado”. De um único, Wizard chegou ao auge do seu negócio com um milhão de alunos, três mil escolas, cinquenta mil empregados e atuação em dez países. No fim de 2013, a rede que o professor de inglês montou foi vendida para uma gigante inglesa por R$ 2 bilhões.
Escala
Durante boa parte da carreira como dono do próprio negócio, Wizard pensava como professor e não como empresário. Até que OUTUBRO 2017 REVISTA ACIC 85
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O bilionário Carlos Wizard durante palestra no Conexão Acic. “É preciso pensar grande, mas ter humildade para começar pequeno”
percebeu que o próximo estágio estava em dar escala ao que fazia. “Não se pode ter uma empresa que dependa inteiramente de você. Que em caso de doença, imprevisto ou compromisso o trabalho e o faturamento parem”. Como é comum, ele também foi chamado de doido e orientado a não fazer isso quando pediu conselho aos parentes e amigos sobre a intenção de abrir uma escola de línguas. O isso não vai dar certo e o isso não dá dinheiro foram alguns dos conselhos que mais ouviu, mesmo assim persistiu e decidiu ir em frente. “Geralmente quem não deu certo tenta te convencer de que você também não dará”, pontou Wizard na palestra do Conexão Acic. A exemplo de uma absoluta minoria de brasileiros, o empreendedor afirma que o patrimônio que o acumulou permitiria que ele, seus filhos, netos e até bisnetos não se preocupassem mais com dinheiro. “Porém, decidi pelo trabalho porque quando feito com amor trabalho vira realização e satisfação”. Hoje, Carlos Wizard se dedica ao empreendedorismo como contribuição. Há, conforme ele, sete chaves para o sucesso: oportunidade, vender produtos ou serviços em vez de horas trabalhadas, entender se o que ganha é o que merece, transformar talento em fonte de renda, compreender diferenças básicas e essenciais entre empresa e atividade geradora de renda, praticar a máxima de que é mais importante guardar do que saber ganhar e buscar sua origem divina – porque quem leva a vida
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com fé tem mais capacidade de organização, perseverança e resiliência, afirmou ele.
Venda direta
Depois de vender a rede de escolas de idiomas, Wizard comprou outras empresas que atuam nas áreas de cosméticos e alimentos. O objetivo dele é audacioso, e em dez anos tornar o negócio o maior do segmento de venda direta do País. O sistema, cita ele, tem como alicerces ser uma escola de empreendedores, ter equipe de apoio, oferecer treinamentos constantes, garantir flexibilidade de horários, além de renda estável e crescente. “É importante pensar grande, mas ter humildade de começar pequeno e aprender com o ofício”. Mais decisivo que ter velocidade é ter certeza de que seu negócio está no caminho certo e a primeira pergunta que se deve fazer é saber se a sua empresa atende a uma necessidade do mercado. Toda boa ideia ou projeto requer um primeiro passo, e ele só ocorrerá se existir decisão, vontade de trabalhar, planejamento e perseverança, orientou Carlos Wizard. “Só prospera quem sabe e poupa parte do que ganha”, aconselhou o empresário. Ele apresentou também cinco passos que considera pilares para o sucesso pessoal, familiar, profissional e empresarial: acreditar em você, acreditar em Deus, acreditar nos seus sonhos, acreditar no seu potencial e acreditar no seu potencial infinito de realização.
SEGURO DE VIDA EMPRESARIAL E A CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO VOCÊ SABE QUAL É A IMPORTÂNCIA DO SEGURO DE VIDA DEFINIDO NAS CONVENÇÕES COLETIVAS PARA O SEU NEGÓCIO? Esta é uma linha de seguros de vida e acidentes pessoais em grupo desenvolvida especialmente para atender as exigências mínimas das Convenções Coletivas de Trabalho dos sindicatos de suas categorias ou por Leis criadas com o objetivo de amparar as famílias de trabalhadores que estão expostos a riscos no exercício de sua profissão. Contratar um seguro de vida para sua empresa, vai além da simples oferta de benefício aos empregados e sócios. Representa a garantia de segurança para os familiares do empregado que dependem de seus ganhos e para a própria empresa que poderá arcar com sanções, multas ou indenizações pela omissão do acordado na CCT.
E EM QUAIS SITUAÇÕES DEVE CONTRATAR? São vários os ramos de atividade cujas empresas tem obrigatoriedade de contratar Seguro de Vida, Assistência Funeral ou Auxílio Funeral, para seus empregados, porém, muitos não contratam pela falta de produto, burocracia, rotatividade de empregados ou porte da empresa. CABE LEMBRAR O QUE SEGUE: “As convenções Coletivas de Trabalho são determinantes nas relações empregados e empregadores, no tocante aos benefícios negociados. O não cumprimento do acordado resulta em, sanções, multas ou indenizações, principalmente aos empregadores.” - CLT, Capitulo IV Artigos 611 a 625H “O descumprimento da norma convencional que assegura ao empregado a benesse do Seguro de Vida, obriga o empregador a ressarcir o lesado pela injustificada
omissão danosa” - Acordam por unanimidade os Juizes da 2ªTurma do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região. O Seguro de Vida Empresarial (Seguro de Vida em Grupo), é o de seguro de vida mais barato, visto que será contratado de forma coletiva, sendo assim o custo por vida será reduzido, portanto, a empresa conseguirá atender as exigências do sindicato pelo menor custo possível. O primeiro passo é procurar por uma corretora de seguros, que tenha experiência no mercado e possua parceria com todas as grandes seguradoras. Assim contará com a orientação de um profissional, que poderá te mostrar quais as opções que possui e qual o melhor plano de acordo com o que precisa e deseja. POR ISSO, CONSULTE UMA CORRETORA DE SEGUROS DO NÚCLEO DE CORRETORES DE SEGUROS DA ACIC.
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Tecnologia não pode sobrepor o diálogo e convívio familiar Mesmo diante de um mundo tão conectado e de tantas possibilidades, as pessoas não podem perder e abandonar a essência do que as fazem humanas
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jornalista e escritor Marcos Piangers é o típico sujeito descolado, bem-humorado e de sorriso fácil. Que está conectado às modas pós-modernas, que é campeão de audiência nas redes sociais e que acompanha dedicadamente as irreversíveis tendências de um mundo cada vez mais digital e instantâneo. Mesmo assim, o autor do best-seller O papai é pop não abandona condutas que para alguns é coisa do passado. Durante a terceira das quatro palestras do Conexão Acic 2017, na noite de segunda-feira no Anfiteatro Emir Sfair, a mensagem de Piangers foi clara: a tecnologia é sim algo muito bom e bem-vindo, mas que não pode se sobrepor ao diálogo e ao convívio familiar. Mesmo uma pessoa que sempre prezou pelo convívio com os pais e os parentes, o jornalista aprofundou ainda mais seus conceitos de valorização familiar depois que virou pai. Ele tem duas filhas pequenas e conta em livros de sucesso aspectos de uma relação que, segundo ele, só é capaz de sentir em toda a sua essência e plenitude quem dela tem a chance de experimentar. “Valorizar a família e tudo o que dela provém é e será sempre a coisa mais importante da vida. Muitos, devido ao trabalho ou por priorizar outras coisas que julgam importantes, percebem isso muitas vezes mais tarde do que gostariam e em casos extremos se atentam a essa realidade quando uma possível crise virou algo incon-
tornável”, afirmou. É da convivência com as duas filhas que Marcos Piangers extrai ideias que lhe possibilitam renovar conceitos sobre muitas coisas. “O olhar infantil é muito interessante e útil. E ele pode ser adaptado para os mais diferentes setores da vida, inclusive de uma empresa”, diz o jornalista. Nesse caso, basta que um departamento que esteja com um problema difícil o repasse para a análise de outro que, sem o mesmo conhecimento e ligação com o objeto, poderá oferecer como resultado uma solução simples e fácil que o anterior não havia sequer considerado. Piangers entende que todos somos criativos e que essa experiência é mais forte nos primeiros anos de vida. Com o tempo, os limites são impostos pelos pais, pela escola, pelos chefes e pela própria sociedade. “O sistema faz com que as pessoas deixem o exercício da criatividade de lado”. O jornalista dirigiu um questionamento às mais de 750 pessoas presentes à palestra: Qual é a importância de ser criativo? Problemas, impasses e a busca pela constante superação são combustíveis para a criatividade, que conduz a invenções, à formulação de hipóteses e a experimentações científicas que explicam fenômenos que tornam a vida e seus mistérios mais compreensíveis. A humanidade vive o auge dos avanços do conhecimento que produz, mas o limite é muito além, e talvez nunca se chegue ao fim do real OUTUBRO 2017 REVISTA ACIC 89
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potencial da capacidade inventiva das pessoas. Já existem lojas sem atendentes, supermercados sem caixas, carros sem motoristas e aeronaves sem tripulantes. “Isso só para citar alguns exemplos, mas as novidades são intensas e muitos dos empregos convencionais estão deixando de existir”. Com as tecnologias criam-se novas oportunidades e trabalhos jamais pensados, mas o processo de transição gera dúvidas, desequilíbrios e transtornos. “Somos a última geração que cresceu sem o contato direto com a internet”, diz Piangers, que citou seis passos para se manter criativo. São eles: encontrar inspiração para ter vontade de criar, organizar um ambiente ideal de produção e trabalho, cultivar o bom-humor, ter boas referências, ser ousado e aprender com as startups, novo modelo de empresas de onde brotam revoluções que moldam modos de viver e agir no mundo pós-moderno. As ideias e a criatividade, segundo o jornalista, têm campo fértil em conexões, interações e viagens. E citou os três cês da criatividade: carro, cama e chuveiro.
Diálogo
Mesmo atento ao que há de mais apurado em tecnologias de comunicação da atualidade, Marcos Piangers surpreendeu ao dizer que em casa, com a família, os equipamentos eletrônicos e a TV ficam desligados na hora das refeições. “Lá, o que temos é diálogo e interação. Esse é um hábito que nos faz humanos e que não pode ser perdido. É nesses encontros que nos integramos como famílias, que ficamos sabendo de problemas e de pequenas conquistas de cada um. Enfim, esses são momentos nos quais uma família tem a chance de ser verdadeiramente uma família”, ressaltou o jornalista. A tecnologia é fundamental para avanços em eficiência, à superação de limites e problemas, mas não é a mais indicada ferramenta para a interação humana, considera Piangers, dizendo que autonomia, desejo de aprender e saber que o que faz está conectado a algo maior são indutores de criatividade.
A. H. Morato da Silva - Calçados Academia Templo Corpo Acor Corretora de Seguros Ada Informática Adilo Rodrigues de Lima Alice Modas O jornalista Alta Pressão Lavagens Profissionais Marcos Piangers Arabille Cascavel é autor de livros Arte Espaço que narram seu Artvel Artefatos de Cimento cotidiano com Assistec Celulares as duas filhas Atelie Prime de Prótese Dentária Atlas Ferro Velho Auto Center Pneus & Cia Auto Elétrica Tropical Barbearia Montreal Barbearia Rockabilly Big Abacaxi Cascavel Bodega de Luxo Borracharia JP Bothy Brechó La Belle Cantina Tom Jobim Casa Nova Tratores Cascavel Tec Reformas Centro Automotivo Centro Kygaros de Inovação Cerealista Imperio Cervejaria Providência Chaveiro Pereira Chiapetti Hotel Clube do Pé Complementar Cursos Contabilidade Avenida Contasul Contabilidade
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Marcelo Ortega é conferencista e consultor de empresas no Brasil e no exterior
Vender é a arte do relacionamento Paciência, persistência, conhecimento e sensibilidade são as chaves para vencer em uma das mais antigas profissões da história
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ma das profissões mais antigas da história tenta resistir às investidas da tecnologia. E para enfrentar um adversário tão dinâmico e criativo o jeito é ter o aperfeiçoamento como um aliado permanente. Há um diferencial que a máquina e seus derivados jamais alcançarão, segundo o consultor Marcelo Ortega, que fechou a décima edição do Conexão Acic com palestra sobre Inteligência em vendas. “Criar intimidade e empatia, características tão humanas, é o eixo da arte do relacionamento, um aliado poderoso de qualquer bom vendedor”. No segmento de vendas há 26 anos, Ortega se especializou em entender as pessoas para que pudesse, por meio de dicas, sugestões e orientações, atendê-las da melhor forma possível. Não há uma escola específica que forme esse profissional. Ele aprende no dia a dia, nas dificuldades tão comuns a quem sobrevive dessa atividade. A paciência, a persistência, o bom-humor e um amplo leque de argumentos são alguns dos atributos que o vendedor aprende a desenvolver ao longo de sua trajetória. “É importante saber distinguir entre vender valor e preço”, disse o consultor, afirmando que a primeira cria laços intensos, verdadeiros e duradores. O entusiasmo, o planejamento e saber cultivar relacionamentos são chaves para o sucesso. Mas existem também atitudes que destroem prematuramente carreiras de pretensos vendedores. Entre elas estão ser mal-humorado, não saber de relacionar, ser preconceituoso, mau caráter, não cultivar bons hábitos de higiene, não saber ouvir, não ter jogo de cintura e demonstrar não trabalhar com empenho e vontade. A era do conhecimento exige mudanças e as pessoas precisam se
atrever a mudar, afirmou Marcelo Ortega, para fazer um alerta: “O cliente desinformado é o nosso maior concorrente”. Por isso, além de informar sobre o produto, quem vende precisa reconhecer logo quais são as necessidades do comprador e oferecer a ele a opção que melhor contemple essa carência. A crise traz lições importantes e pode ser indutora de bons negócios caso enfrentada da maneira certa. Segundo o consultor, é nos momentos difíceis que um profissional e uma empresa mostram o seu valor. Durante épocas de economia em alta é fácil, complicado é resistir, se reinventar e crescer em fases duras, como essa que o Brasil atravessa agora. O empresário e a sua equipe precisam perceber oportunidades de negócios, que estão em novo mercado (produto/serviço), introdução de conceito (região/segmento) e em brechas e imperfeições do próprio mercado ou da concorrência.
Sensibilidade
Além de paciência, persistência e conhecimento, a inteligência em vendas reside em outra palavra que Marcelo Ortega considera mágica, a sensibilidade. É compreender que cada pessoa é diferente e que, por isso, será convencionada com um argumento específico e próprio. “É a capacidade de pensar, sentir e agir que nos faz humanos. Se não for assim, então seremos totens”, afirma o consultor, que também é escritor de livros de sucesso. Para ser um bom vendedor é preciso ainda aliar visão, entendimento, necessidades, desejo, atendimento e satisfação. “Seja melhor a cada dia, porque essa capacidade está em você”, recomendou Ortega.
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defesa do consumidor
Compromisso com o diálogo e a orientação Sancionado há 27 anos, instrumento é considerado avanço para todos que, de uma forma ou outra, são alcançados por ele
O
diálogo e a orientação são as bases da atuação do Procon, a Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor, em Cascavel, garantiu em encontro na Acic a coordenadora do órgão Nadir Lovera. “Vamos com regularidade às lojas e empresas e, no caso de alguma falha na observação do que diz a lei, orientamos e damos prazo para que a mudança seja feita. Apenas em caso de descumprimento que gere reincidência é que será feito o auto de infração”, diz Nadir, reafirmando que a observação do Código, com a devida proteção
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do consumidor e da própria empresa, é a finalidade de o Procon existir. A coordenadora fez uma apresentação dos principais pontos da lei que foi sancionada pelo então presidente Fernando Collor de Mello em 11 de setembro de 1990. A lei de número 8.078 trouxe mudanças na relação entre consumidores e empresas que, além de assegurar direitos, permitiu avanços substanciais na indústria nacional, observando critérios ligados à qualidade principalmente. “Com a regulamentação e a clareza no que se buscava, criou-se uma relação ainda de mais
respeito e essa é uma grande conquista”, garantiu Nadir Lovera, que colocou o órgão e técnicos à disposição dos empresários para sanar qualquer dúvida. A estrutura do Procon em Cascavel, que atende nas proximidades da prefeitura (antigo prédio do Supermercado Lembrasul), recebe em média 70 pessoas por dia. São consumidores, mas também comerciantes que buscam orientações detalhadas de como se portar diante de uma determinada situação. “Atendemos a todos com a maior presteza e resolutividade possível”, afirmou Nadir, lembrando que a área de telefonia e as instituições bancárias e financeiras seguem como as campeãs de reclamações. Grande parte das demandas que chegam ao local, observou a coordenadora, é resolvida por meio do diálogo, entendimento e bom-senso. Os empresários e colaboradores presentes foram informados, entre outras coisas, sobre afixação de preços, devolução de mercadorias e prazos de entrega. Em caso de produto com defeito, o lojista tem 30 dias para providenciar o conserto ou trocar, ou ainda fazer a devolução
do valor desembolsado pelo cliente em espécie. Quanto ao prazo de entrega, o fornecedor deve combinar diretamente com o comprador, no ato de fechamento do negócio. Se não tiver o determinado produto em estoque, o consumidor deve ser informado para que então decida comprar ou não ou então aguardar pelo prazo de entrega previamente acordado.
Nadir Lovera é a coordenadora do Procon em Cascavel
AS DEZ DÚVIDAS MAIS COMUNS 1 - COMO AFIXAR PREÇOS CORRETAMENTE? A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. No comércio em geral, etiquetas ou similares devem ser afixados diretamente nos bens expostos à venda, e em vitrines, mediante divulgação do preço à vista em caracteres legíveis. Por meio de etiquetas ou similares afixados diretamente nos produtos expostos à venda no interior da loja, em araras ou manequins, por exemplo, e com sua face principal voltada ao consumidor. É considerado similar à etiqueta qualquer meio físico que esteja unido ao produto, tais como letreiros e rótulos, Etiquetas ou similares devem ser afixados diretamente nos produtos. Da mesma forma nos produtos expostos em vitrines nos quais o consumidor tenha acesso direto aos produtos, sem a necessidade de intervenção do comerciante. O preço à vista deve sempre
R$ 80,00
R$ 120,00
À VISTA 10% DE DESCONTO, OU 3X DE R$ 40,00 NO CARTÃO DE CRÉDITO
À VISTA 10% DE DESCONTO, OU 2X DE R$ 40,00 NO CARTÃO DE CRÉDITO
R$ 90,00
À VISTA 10% DE DESCONTO, OU 3X DE R$ 30,00 NO CARTÃO DE CRÉDITO
ser divulgado e se houver opção de parcelamento, informar o valor total, o número e o valor das parcelas, acréscimos, a taxa de juros e eventuais acréscimos. No caso de divergência de preços para o mesmo produto, o consumidor pagará o menor entre eles. O lojista não deve ofertar des-
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defesa do consumidor conto deixando de informar o preço à vista. Outra recomendação é não usar tamanhos diferentes de fontes, pois essa medida pode induzir o consumidor a erro.
2 - O CONSUMIDOR PODE DEVOLVER UM PRODUTO POR QUE NÃO GOSTOU? Muitas vezes acabamos comprando produtos que não são necessários e simplesmente nos arrependemos porque não gostamos. Nesses casos, como o produto não apresenta nenhum problema ou defeito, o fornecedor não é obrigado nem a trocar por outro nem a devolver o valor pago. É importante lembrar que direito de arrependimento, previsto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor, só é aplicável às compras feitas fora do estabelecimento comercial, como por Internet, por catálogo, por telefone, entre outros. Assim, o consumidor tem o prazo de sete dias contados do recebimento do produto para se arrepender e ter o dinheiro eventualmente pago, devolvido com correção monetária. Se o comprador exercitar o direito de arrependimento previsto nesse artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
3 - QUAIS SÃO OS PRAZOS PARA RECLAMAR? O consumidor tem 90 dias para reclamar de defeitos em produtos e serviços duráveis - móveis, sapato, conserto de automóvel etc. Para os produtos e serviços não duráveis – cabeleireiro, lavanderia, alimentos etc - o prazo cai para 30 dias. Esse é o prazo estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor para vícios ou defeitos de fácil constatação. É de cinco anos o prazo para pedir indenização por danos de acidentes causados por produtos ou que fazem mal à saúde e à segurança do consumidor. Nesses casos, assim como a fábrica, o vendedor também é responsável solidário pelo produto. As alterações decorrentes de mau uso são de responsabilidade do consumidor.
4 - E QUANTO ÀS COMPRAS PELA INTERNET? Tome alguns cuidados: desconfie de preços muito baixos. Prefira sites que tenham também uma loja física e não só virtual! Isso facilita a reclamação. Procure, se possível, realizar o pagamento com cartão de crédito, pois as administradoras costumam verificar as lojas parceiras e confira se o site tem certificado de segurança e se há aquele
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cadeado colorido no fim da tela. Informe-se também se a loja virtual possui telefone de atendimento ao consumidor – e não esqueça de fazer uma ligação teste para saber se funciona de fato. Antes de comprar leia as condições apresentadas pelo site e em caso de dúvida mande um e-mail para a empresa solicitando esclarecimentos, o que é uma ótima maneira de saber como é a qualidade e o tempo de resposta do site. Tenha um bom antivírus, e dê preferência àqueles que tenham antispam, antispyware ou firewall. Por fim, fique atento aos prazos de entrega, salve ou imprima todos os comprovantes e e-mails trocados com o fornecedor.
5 - CUIDADOS EXIGIDOS EM LIQUIDAÇÕES E PROMOÇÕES? O comércio, com o objetivo de acabar com estoques e itens de mostruário, promove inúmeras liquidações e promoções. Para orientar os consumidores que são atraídos por essas ofertas, valem algumas dicas para que a compra seja feita por preços justos e evitados problemas. É recomendável verificar as ofertas antecipadamente. Folhetos, material publicitário e encartes, por exemplo, são fontes de pesquisa para que o consumidor possa definir os produtos a serem adquiridos. Com esses dados, podem ser evitadas compras por impulso e se haverá economia na compra, pois é preciso saber se o preço do item está mesmo em promoção antes de enfrentar as filas que se formam diante das lojas. O Código de Defesa do Consumidor estabelece que toda a oferta de produtos obriga o fornecedor que a veiculou a cumpri-la. Se a empresa negar, é possível reclamar, apresentando o material publicitário. Além disso, as lojas têm a obrigação de afixar os preços dos produtos expostos em vitrine. Outra orientação é a de que a compra não seja feita de forma apressada, pois os produtos devem ser escolhidos com cuidado. Verificar o estado da mercadoria, seu funcionamento e se o conteúdo confere com os dados apresentados na embalagem. Se o manual está em língua portuguesa e o certificado de garantia preenchido. Se houver riscos ou amassados em móveis e eletrodomésticos; manchas ou outros defeitos nas peças de vestuário, o consumidor precisa ser informado e o dado deve constar da nota. O dano, porém, não pode prejudicar o desempenho do produto. Mesmo nas promoções, é preciso exigir a nota fiscal, que é o documento essencial para a garantia do produto, realização de troca (em caso de problema) ou reclamação.
6 - CARTÃO OU DINHEIRO? Foi sancionada em junho lei que permite a cobrança diferenciada de valores, de acordo com a forma de pagamento escolhida pelo consumidor. Na prática, caso o cliente opte por pagar em dinheiro, poderá ter um desconto, já que não existem as despesas administrativas que são cobradas quando os pagamentos são efetuados com cartões de crédito, débito, boleto ou cheque, por exemplo. A lei estabelece ainda que é dever do fornecedor que optar por dar desconto, informar o consumidor, com a colocação de cartazes e avisos em local visível e de fácil acesso, quais são os percentuais oferecidos pelo estabelecimento, de acordo com a forma de pagamento e os prazos escolhidos pelo cliente. Entretanto, é preciso que o consumidor fique atento, pois os descontos – de acordo com a lei – não são obrigatórios, logo, o cliente deve pechinchar e procurar estabelecimentos que adotem a concessão de descontos como prática.
7 - QUAIS SÃO OS DIREITOS DO CONSUMIDOR NO COMÉRCIO ELETRÔNICO? - Proteção contra as práticas abusivas ou que se prevaleçam da sua fraqueza ou ignorância, bem como contra toda publicidade enganosa ou abusiva - Proteção na publicidade ou comercialização de produtos, tendo em vista fatores que elevam a sua vulnerabilidade, tais como sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, entre outros - Acesso, durante toda relação de consumo, a informações corretas, claras, precisas e ostensivas e em língua portuguesa quando a oferta e publicidade forem assim realizadas - Acesso prévio às condições gerais de contratação, sem as quais ele não se vincula - Exercício efetivo do direito de arrependimento nos contratos de comércio eletrônico, possibilitando-lhe desistir do contrato firmado no prazo de sete dias sem necessidade de justificar o motivo e sem qualquer ônus, nos termos do artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor - Acesso facilitado a informações sobre seus direitos e como exercê-los, em especial no que se refere ao direito de arrependimento - Facilitação e celeridade do cancelamento de cobrança pela Administradora e/ou Emissor do Cartão, nas hipóteses de descumprimento contratual pelo fornecedor ou não reconhecimento da transação pelo consumidor, com base nas cláusulas contratuais entre fornecedores e na boa-fé das partes
- Cancelamento da cobrança referente à compra em ambiente virtual, junto à Administradora e/ou Emissor do Cartão, na hipótese de o fornecedor descumprir o contrato ou o consumidor não reconhecer a respectiva transação - Proteção da sua privacidade, intimidade e dos seus dados pessoais.
8 - O QUE É GARANTIA LEGAL? É o prazo que o consumidor dispõe para reclamar dos vícios (defeitos) constatados em produtos adquiridos ou na contratação/realização de serviços. O direito de reclamar independe do certificado de garantia, bastando a apresentação de um documento que comprove a compra. Previstos no artigo 26 do Código de Defesa do Consumidor nos seguintes termos: “O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - 30 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não-duráveis; II – 90 dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis”.
9 - E QUANTO À GARANTIA CONTRATUAL? A garantia contratual é aquela concedida ao consumidor por meio de uma mera liberalidade do fornecedor. É apenas um plus em favor do consumidor, concedido pelo fornecedor. Porém, não pode ser substituída pela legal. a garantia contratual só é válida mediante termo escrito. Isso porque o CDC não permite que a garantia contratual seja concedida verbalmente. Exige que venha expresso no termo: o objeto da garantia; forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercida; os ônus a cargo do consumidor. O prazo da garantia contratual fica a cargo do fornecedor.
10 - QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS CUIDADOS PARA EVITAR MULTAS? Mantenha o consumidor informado das normas da empresa como troca, limitação quantitativa, recebimento de cheque, prazo de ofertas etc; Mantenha os produtos bem embalados, com as identificações, datas de produção/manipulação e vencimento; Produtos destinados ao consumo humano ou animal devem ter a data de validade divulgada juntamente com o preço; deve ser mantido exemplar do Código de Defesa do Consumidor em local visível e de fácil acesso ao público em geral. Não deve-se atribuir preços distintos para o mesmo item. (Fonte: Procon Paraná/Procon Cascavel)
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associativismo
Reconhecimento O
ex-presidente da Acic, Alci Rotta Júnior, foi homenageado pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná. O presidente da Faciap, Marco Tadeu Barbosa, entregou uma placa em reconhecimento aos trabalhos de Alci em favor da causa associativista. “O Alci, nas duas gestões em que esteve à frente da Acic, foi modelo de trabalho, serenidade e perseverança. Temos muito a agradecer e o associativismo ganha com a contribuição de pessoas tão especiais e preparadas”, disse Marco Tadeu. Na imagem, o atual presidente da Acic, Edson José de Vasconcelos, Alci e o presidente da Federação, que representa 295 associações comerciais.
acic itinerante
Mais perto dos bairros
A
terceira e quarta edições do ano do Acic Itinerante foram desenvolvidas no fim dos meses de julho e setembro. Organizado pelo Departamento Comercial, o projeto descentraliza atendimentos da entidade e de seus parceiros. Os eventos ocorreram nos estacionamentos do Beal Supermercados dos bairros Universitário, Maria Luiza e Alto Alegre. Entre as novidades apresentadas, maquia-
gem, massagem e orientações jurídicas disponibilizadas por acadêmicos de cursos de graduação do campus de Cascavel da Unipar (Universidade Paranaense). O projeto também oferece exames de saúde e informações empresariais. “O Acic Itinerante é um grande sucesso. Estamos todos muito animados com os resultados”, diz a diretora de Eventos da associação comercial, Margarida Domingues Carneiro.
Em busca da excelência Aumente a rentabilidade de sua empresa com os produtos e os serviços da Acic, uma das mais atuantes do Sistema Faciap EMPREENDER
A Associação Comercial e Industrial de Cascavel foi a primeira no Paraná a aderir ao Programa Empreender. A partir de uma metodologia que é sucesso, empresários de um mesmo ramo se tornam parceiros e trabalham pelo crescimento conjunto do segmento. O objetivo dos núcleos setoriais e multissetoriais é elevar a competitividade de micros e de pequenas empresas, incentivar a busca de novos mercados e tecnologias, sensibilizar empresários para a adoção de novas posturas frente aos desafios e desenvolver líderes empresariais. Telefones: (45) 3321-1425, 3321-1440 e 3321-1456. E-mails: nucleos01@ acicvel.com.br,
[email protected],
[email protected].
UNIMED
A Acic mantém há mais de 13 anos parceria com a Unimed Cascavel, a maior cooperativa de médicos em atividade no País. Esse é o melhor plano de saúde à disposição na atualidade: são 476 médicos cooperados, 19 hospitais, 127 clínicas e 28 laboratórios conveniados. A entidade, com essa parceria, proporciona valores diferenciados a associados no Plano Empresarial Unimed, a partir de duas vidas. A empresa pode optar por cobertura do plano regional, estadual, nacional e Plano Personal nas modalidades de coparticipação de 30% e 50%. Telefones: (45) 3321-1438 e 3321-1433. E-mail:
[email protected] .
SPC
O Serviço de Proteção ao Crédito da Acic é um dos mais antigos em operação no Paraná. Essa é uma poderosa ferramenta à disposição dos associados na concessão de crédito. Ele integra a base centralizadora do Paraná e tem acesso também ao banco de dados do SCP Brasil e da Serasa. Telefones: 3321-1409 e 3321-1417. E-mail:
[email protected].
NUTRICARD
Acic e Nutricard mantêm convênio ao fornecimento de cartões-alimentação e refeição com facilidades para o empresário e seus colaboradores. O acesso é rápido e facilitado por meio de ambiente on-line para consultas, recargas, pedido de cartões e outras funcionalidades. Os cartões Nutricard possuem uma ampla rede em Cascavel e em mais de cem cidades do Paraná. O produto está de acordo com as convenções coletivas de trabalho e também com o PAT, Programa de Alimentação do Trabalhador. Telefone: (45) 3321-1433. E-mail:
[email protected] .
DENTALUNI
Empresas associadas à Acic têm a oportunidade de integrar seus diretores e funcionários a um dos mais eficientes e reconhecidos serviços de odontologia do País. O convênio Acic/DentalUni coloca à disposição dos filiados um produto especial com valor diferenciado. A DentalUni possui ampla rede de atendimento em todo o Brasil e cobre diversos procedimentos odontológicos. Além da cobertura já inclusa no valor da mensalidade, o usuário tem ainda o benefício de usufruir de outros procedimentos com preço tabelado e a facilidade de parcelar esses procedimentos. Telefone: (45) 3321-1433. E-mail:
[email protected].
SISTEMAS DE GESTÃO
Acic e Rhede Sistemas oferecem aos empresários três opções seguras para a geração de informações ao fisco e para o controle da empresa. Tratam-se das soluções i9 Emissor, i9 Fisco e i9 Controle. O i9 Emissor é um pacote formatado para empresas que pretendem atender ao fisco com as emissões de NF-e, NFS-e, NFC-e, CT-e e Cupom Fiscal. O i9 Fisco contempla as emissões das notas e rotinas de faturamento, como controle de estoque, orçamento, pedido de venda, além da geração de arquivos do Sped. Já o i9 Controle vai além da geração de notas, contemplando também rotinas financeiras. Por isso ele é indicado para quem quer dar um passo à frente no controle dos processos. A parceria oferece condições especiais para associados. Telefone: 3321-1400 e-mail:
[email protected].
SICOOB
Em parceria com a Acic, o Sicoob garante acesso a taxas reduzidas a empresas associadas para empréstimos, para a emissão de boletos de cobrança e maquineta de cartão (SIPAG). Telefones: agência Centro (45) 3321-3241, agência Migrante (45) 3321-3301 e agência Itália (45) 3222-7000. E-mail:
[email protected] .
CERTIFICADO DIGITAL
A associação comercial conta com um ponto de atendimento de Certificação Digital por meio de parceria com a Faciap e Certisign S.A. As pessoas físicas e jurídicas, que por determinação do governo necessitam desse documento digital, podem procurar a Acic, por intermédio do agente de registro destinado pela Faciap, para emitir o seu certificado. Telefone: (45) 3321-1469. E-mail:
[email protected] .
COMÉRCIO EXTERIOR
A Acic em parceria com o Instituto de Planejamento e Promoção de Comércio Exterior facilita a emissão do Certificado de Origem a partir do site do Ippex, ferramenta de fácil utilização e em tempo real. Após a aprovação, a validação é realizada pela Acic. A associação comercial também promove treinamentos ligados ao comércio exterior por meio de seus parceiros, entre eles Banco do Brasil e Instituto Mercosul. Telefone: (45) 3321-1433. E-mail:
[email protected] .
SAÚDE DA MULHER
Acic e Ceonc disponibilizam exames de mamografia gratuitamente para mulheres com 35 anos ou mais. Para agendar horário no Ceonc, basta identificar-se como filiada da associação comercial. Telefones: (45) 3321-1438 e 3321-1403. E-mail:
[email protected] .
MARCAS E PATENTES
Parceria da Acic e Global Soluções Empresariais contempla empresas filiadas à associação comercial. Ela é voltada à prestação de serviços nas áreas de propriedades industrial e intelectual e no campo de registro de marcas e patentes. Há desconto de 5% a 10% a associados e valor especial para pesquisa da marca. Telefone: (45) 3321-1403 e 3321-1439. E-mail:
[email protected] .
GARANTIOESTE
A Garantioeste, Sociedade Garantidora de Crédito do Oeste do Paraná, desenvolve suas atividades também na Acic em Cascavel. Ela facilita o processo entre empresários e instituições financeiras, agilizando o acesso a recursos para capital de giro e investimento. Microempreendedores individuais, micros, pequenas e até médias empresas têm acesso a cartas de garantia de aval para as operações. Telefone: (45) 3321-1465. E-mail:
[email protected] .
DIVULGAÇÃO
A Acic conta com opções para a empresa divulgar sua marca, produtos e serviços. São ferramentas diferenciadas e que possuem boa cobertura. São elas: Revista Acic, jornais eletrônicos Acic on-line e Acic news, mala-direta eletrônica com mais de 15 mil e-mails cadastrados, patrocínio do café da reunião empresarial, listas de associados, de etiquetas e mural do associado. Consulte-nos. Telefone: (45) 3321-1403. E-mail:
[email protected] .
SINDILOJAS SAÚDE
Acic e Sindilojas são parceiros no convênio Sindilojas Saúde, que beneficia associados, colaboradores e dependentes com valores acessíveis para consultas e exames médico-hospitalares e odontológicos. Os filiados podem utilizar o sistema de autorização no balcão e também a liberação on-line. Telefone: (45)3321-1403. E-mail:
[email protected].
UNIACIC
Universidade Corporativa da Acic oferece cursos de capacitação e treinamentos a empresários e colaboradores. A entidade contrata treinamentos de qualidade com o intuito de proporcionar ferramentas de capacitação que visem ao aprimoramento do desempenho da empresa e de seus colaboradores. As capacitações oferecidas abordam variados temas, todos em consonância com as necessidades do mercado. Além de cursos próprios, a Uniacic também faz parcerias com entidades como Sescap, Sebrae e Banco do Brasil. Telefone: (45) 3321-1436, email:
[email protected] .
LOCAÇÃO DE ESPAÇOS
Acic disponibiliza para locação sete salas com capacidades para 35 a 95 pessoas, um auditório com 208 lugares e um local para coffe break. Todos os ambientes são climatizados e dotados de projetor, internet, wireless, caixas de som e outros equipamentos. Telefone: (45) 3321-1436. E-mail:
[email protected].
JUNTA COMERCIAL
A associação comercial abriga desde 1994 uma das agências da Jucepar, a Junta Comercial do Paraná. A unidade de Cascavel atua na abertura de empresas, registro de livros contábeis e emissão de certidões simplificadas. Telefone: (45) 3321-1423. E-mail:
[email protected] .
FOMENTO PARANÁ
Associadas à Acic contam com agente de crédito da Fomento Paraná para orientar sobre apoio financeiro (empréstimo) à modernização e ampliação das atividades empresariais. Telefone: (45) 3321-1435.
ATENDIMENTO SEBRAE
Essa parceria busca estimular o empreendedorismo, preparar empreendedores para a formalização de negócios e aumentar a longevidade, competitividade e inovação das micros e empresas de pequeno porte por meio de consultorias, assessorias e capacitações com métodos desenvolvidos pelo Sebrae. Mais no (45) 3321-1456.
RODADAS DE NEGÓCIOS
Ação que busca gerar novos negócios às empresas participantes. Por meio de uma metodologia inovadora, empresários podem vender, prospectar e ampliar vendas e redes de contatos. As rodadas ocorrem bimestralmente e são focadas em cadeias produtivas. Mais informações pelo telefone (45) 3321-1456.
ENSINO
A Acic é parceira de instituições de ensino superior de Cascavel. Com ela, empresários e colaboradores têm acesso a descontos especiais para frequentar cursos de graduação e pós-graduação. Eles variam de 7% a 51%. Para mais informações entre no site e consulte descontos de acordo com as faculdades e universidades conveniadas (Univel, Famipar, Anhanguera, Unisselvi, Alfa Tech, Fundação Iguaçu e Alfa Brasil). Mais pelo (45) 3321-1436.
BRDE
A Associação Comercial e Industrial de Cascavel oportuniza acesso ao BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul) para apoiar projetos de investimento de uma grande gama de atividades com o objetivo de promover o desenvolvimento do seu negócio e da região. Mais no (45) 3321-1425.
esportes
Ajustes por uma
agenda única
Depois de audiência ficou acertado que outros encontros vão lapidar projeto que fará bem para todo o setor
Encontro na Câmara abriu debates sobre um tema reivindicado há anos
A
Comissão Permanente de Cultura e Desporto da Câmara de Vereadores promoveu audiência pública para ouvir ideias, sugestões e ponderações sobre a viabilidade de elaborar um calendário conjunto anual de esportes em Cascavel. O encontrou contou com a parti102 REVISTA ACIC OUTUBRO 2017
cipação de esportistas e representantes de entidades organizadas e do poder público. Diversas sugestões foram apresentadas de como a organização desses eventos em uma agenda única poderia funcionar. A partir de agora, uma comissão vai avaliar as ideias e convocará novos encontros para aprimorar o projeto. O Núcleo de Academias da Acic participou da audiência e também fez considerações sobre o calendário. O empresário Rogério Stulp falou em nome do grupo. O núcleo considera importante a formação de uma agenda única e apontou passos que podem guiar o processo de construção dela. Uma das sugestões, conforme Rogério, é a criação de uma coordenadoria para apurar e receber informações sobre os mais diversos eventos da área esportiva do município. E então, com base em critérios técnicos, organizar e evitar possíveis conflitos de datas. Os integrantes do Núcleo de Academias também consideram relevante que essa mesma coordenadoria faça uma espécie de acompanhamento dos eventos. A finalidade é o cumprimento de normas que possam garantir a devida regularização da promoção, a segurança de quem participa e a própria qualidade da competição. A Comissão Permanente de Cultura e Desporto da Câmara é formada pelos vereadores Carlinhos de Oliveira, Sérgio Ribeiro e Pedro Sampaio.