Dora.docx

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Dificuldade em direcionar a tenção de Dora para o senhor K com argumentando que ela já não tinha relação com o mesmo. Segundo o autor, essa é a camada mais superficial das associações que ela apresenta nas sessões. Ela sempre lembrava com mais facilidade da “véspera” e sempre relacionava com o pai. Segundo Freud ela não o perdoava o pai, pois o mesmo ainda mantinha relação com o senhor K e a senhora K. Ela encarava essas relações de uma forma diferente, já o pai tentava transparecer os fatos de outra forma. O autor expõe que ela não tinha duvida que o pai estivesse em um relacionamento amoroso corriqueiro. Não tinha nada que a fizesse mudar de concepção sobre o caso do pai e a sra K. Ela não possuía duvidas ou lacunas sobre acontecido. Eles já possuíam relações com os K, mas essa relação so aumentou quando o pai ficou doente e a sra K assumiu a posição de enfermeira, a mãe de Dora mantinha afastamento do leito do marido doente. Nas férias de verão após a melhora do pai, eles (a família de Dora e os K) alugaram aposentos em um hotel. depois de algum tempo a senhora K mudou de quarto e em seguida a pai de Dora mudou também para outro quarto. (os quartos da extremidade separados por um corredor). sempre que Dora repreendia o pai por causa da Sra. K., ele falava que não podia entender sua hostilidade e ques tinham todos tinham que ser gratos a ela. A mãe, disse-lhe que o pai estava triste e que quisera suicidar-se nos bosques; E fala que a Sra. K. foi impedir que o pai de Dora se matasse no bosque . Dora não acreditava nisso; para ela o pai inventou essa historia para abafar que estava tendo um caso amoroso. Após o retorno das ferias, o pai visitava todos os dias a Sra. K. em horários que o marido dela estava no trabalho. pessoas interrogavam Dora a esse respeito. O Sr. K. muitas vezes se queixara amargamente à mãe de Dora, embora poupasse a filha de qualquer alusão ao assunto – o que ela parecia atribuir a uma delicadeza da parte dele. Nos passeios, seu pai e a Sra. K. sempre davam um jeito de ficarem a sós. Ela aceitava dinheiro do pai de Dora e a mesma via que os gastos da sra K eram altos e não batia com a renda dela e do Sr K. opai dava presentes caros a sra k e para amenizar esse fato ele era muito generoso com a mãe e com Dora. A sra K passou meses internada em um sanatório para doentes nervosos por não conseguir andar. Mas no momento ela se encontrava bem saudável e cheia de vida. Ele se mudaram para a cidade onde estava a fábrica,o relacionamento que já durava anos mesmo assim prosseguiu , o pai reclamava do clima ruim da cidade; começava a tossir e a se queixar, Ele voltava para a B e escrevia cartas alegres. Segundo ela pretextos para poder rever a “amiga”. Um dia decidiu que eles se mudariam para Viena, e Dora começou a suspeitar. aviam passado três semanas em Viena, ela soube que também os K. se tinham transferido para lá. Ela contou que ainda estava em Viena no momento e que era freqüente ela topar com o pai e a Sra. K pela rua. Também encontrava Sr. K. ele a observava, certa feita, um dia a seguiu para ver se estaria indo a um encontro. O pai era um pouco falso de caráter, só pensava arranjar as coisas da maneira que mais lhe conviesse: as críticas mais freqüentes de Dora, o pai tornou a sentir doente e viajou para B por várias semanas, ao que a arguta Dora prontamente se inteirou de que também a Sra. K. fizera uma viagem para a mesma cidade para visitar os parentes. O autor fala que não pôde contestar de maneira geral a caracterização do pai; era fácil ver por qual recriminação particular Dora estava justificada. Ela afirmava ter sido entregue ao Sr. K. como prêmio pela tolerância dele para com a sra Ke o pai de Dora; Segundo ele dava para pressentir sua fúria por ser usada dessa maneira. Em outros momentos ela sabia que estava exagerando em relação as afirmações anteriores. Já que ninguém teria feito tal acordo e o pai dela ate se assustou ao escutar tal afirmação de Dora. Ele fala que o pai dela sabia como fugir de uma discussão, e evitava facilmente as afirmações. Segundo o autor tanto o pai como o Sr K estavam somente agindo com coveniencia por motivo da situação, ele não se importava que ele enviasse flores a filha dele e o Sr K não se importava com a “traição” da esposa. Ele passava muito tempo com a Dora e dava flores a ela todos os dias. Segundo o autor ela fazia perguntas para afirmar alguns pensamentos e negar outros. Ele cita sobre um “rosário de censuras” e que para lidar com isso use o questionamento para cada “censura” desse “rosario” cita sobre as características infantis em questão à respostas verbais, e que um adulto não o faria dessa forma. ele explica que quando essas censuras é dedicada aos outros ela deveria ser modificada pela realidade. Ele expões que sem o apoio da realidade torna-se manifesta o processo de formação de delírio.

Afirma que seu pai não queria esclarecer o comportamento do Sr. K. em relação a ela para não afetar o relacionamento com a Sra. K. Mas Dora fizera precisamente a mesma coisa. Tornara-se cúmplice desse relacionamento e repudiara todos os sinais que pudessem mostrar sua verdadeira natureza. ela fazia o possível para favorecer a relação do pai com a Sra. K. Nunca ia vê-la quando suspeitava de que seu pai estivesse lá. Sabia que, nesse caso, as crianças seriam afastadas, e rumava pelo caminho em que estava certa de encontrá-las, indo passear com elas. Uma governanta tentou fazer ela abri os olhos perante o caso do pai. Elas se davam bem mas um dia Dora se desentendeu com ela e ela foi demitida. Enquanto a governanta tentou explicar à mãe de Dora que o relacionamento entre o marido e a senhora k não era correto. Mas seus esforços foram em vão, Dora não aceitava para si que o pai poderia estar tendo um caso amoroso. Segundo ele expõe Dora entendia as afirmações da governanta porem acreditava que ela estava interessada no pai dela. Quando pai viajava ela não dava tenção para a Dora já quando o pai voltava ela mudava. A pobre mulher elucidara com clareza indesejada uma parte do comportamento de Dora. O que a governanta às vezes era para Dora, esta fora para os filhos do Sr. K. Fora uma mãe para eles, instruindo-os, passeando com eles e lhes oferecendo um substituto completo para o escasso interesse que a verdadeira mãe lhes demonstrava. O Sr. e a Sra. K. freqüentemente falavam em divórcio, que nunca se concretizou porque o Sr. K., que era um pai afetuoso, não queria abrir mão de nenhum dos dois filhos. O interesse comum pelos filhos fora desde o início um elo entre o Sr. K. e Dora. Evidentemente, ocupar-se de crianças era para Dora um disfarce destinado a ocultar dela mesma e dos outros alguma outra coisa. De seu comportamento para com as crianças, considerado à luz da conduta da governanta com ela própria, extraía-se a mesma conclusão que de sua tácita aquiescência às relações do pai com a Sra. K., a saber, que em todos aqueles anos ela estivera apaixonada pelo Sr. K. Quando formulei essa conclusão, não obtive dela nenhum assentimento. É verdade que me disse de imediato que também outras pessoas (por exemplo, uma prima que passara algum tempo com eles em B ) lhe tinham dito: “Ora, você é simplesmente louca por este homem!” Mas ela própria não queria lembrar-se de nenhum sentimento dessa ordem. Mais tarde, quando a abundância do material surgido tornou-lhe difícil persistir na negativa, ela admitiu que poderia ter estado enamorada do Sr. K. em B , mas declarou que desde a cena do lago isso havia acabado. De qualquer forma, era certo que a censura, por fazer ouvidos de mercador aos chamados imperativos do dever e por arranjar as coisas da maneira mais conveniente do ponto de vista do próprio enamoramento, ou seja, a censura que ela fazia contra o pai recaía sobre sua própria pessoa. A outra censura, de que as doenças do pai eram criadas como um pretexto e exploradas em proveito próprio, coincide também com todo um fragmento de sua própria história secreta. Um dia, Dora queixou-se de um sintoma supostamente novo, que consistia em dores de estômago dilacerantes, e acertei em cheio ao perguntar: “A quem você está copiando nisso?” No dia anterior ela fora visitar as primas, filhas da tia que morrera. A mais jovem ficara noiva e com isso a mais velha adoecera com umas dores de estômago,sendo mandada para Semering. Dora achava que era apenas inveja por parte da mais velha, pois ela sempre adoecia quando queria alguma coisa, e o que queria agora era afastar-se de casa para não ter de assistir à felicidade da irmã. Mas suas próprias dores de estômago diziam que Dora se identificara com a prima, assim declarada simuladora, fosse porque ela também invejava o amor da moça mais afortunada, fosse porque via sua própria história refletida na da irmã mais velha, que tivera recentemente um caso amoroso de final infeliz. Mas Dora também aprendera, observando a Sra. K., quanto proveito se podia tirar das doenças. O Sr. K. passava parte do ano viajando; sempre que voltava, encontrava sua mulher adoentada, embora, como Dora sabia, ela tivesse gozado de boa saúde até o dia anterior. Dora compreendeu que era a presença do marido que fazia a mulher adoecer, e que esta considerava a doença bem-vinda para escapar aos deveres conjugais que tanto detestava. Nesse ponto inseriuse uma observação repentina de Dora sobre suas próprias alternações entre doença e saúde nos primeiros anos de sua infância em

B , e assim fui levado a suspeitar de que seus próprios estados de saúde dependiam de alguma outra coisa, tal como os da Sra. K. É que na técnica da psicanálise existe uma regra de que uma conexão interna ainda não revelada se anuncia pela contigüidade, pela proximidade temporal entre as associações, exatamente como, na escrita, um a e um b postos lado a lado significam que se pretendeu formar com eles a sílaba ab. Dora tivera um grande número de acessos de tosse acompanhados de perda da voz. Teria a presença ou ausência do homem amado exercido alguma influência sobre o aparecimento e desaparecimento dos sintomas patológicos? Se assim fosse, em algum ponto se deveria revelar uma coincidência denunciadora. Perguntei-lhe qual tinha sido a duração média desses ataques. “Três a seis semanas, talvez.” Quanto tempo duravam as ausências do Sr. K.? “Três a seis semanas, também”, teve ela de admitir. Com suas doenças, portanto, ela demonstrava seu amor por K., tal como a mulher dele demonstrava sua aversão. Bastava supor que seu comportamento fora o oposto do da Sra. K.: enferma quando ele estava ausente e sadia quando ele voltava. Isso realmente parece ter acontecido pelo menos durante o primeiro período dos ataques. Em épocas posteriores, sem dúvida, tornou-se necessário obscurecer a coincidência entre seus ataques de doença e a ausência do homem secretamente amado, para que a constância dessa coincidência não traísse seu segredo. A duração dos acessos permaneceria, depois, como uma marca de seu sentido originário.

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