Em um dia muito importante, em que os homens estavam prestando culto aos ancestrais, com Xang� a frente, as Iy�mi Aj� fizeram roupas iguais as de Egungun, vestiram-na e tentaram assustar os homens que participavam do culto, todos correram mas Xang� n�o o fez, ficou e as enfrentou desafiando os supostos esp�ritos. As Iy�mis ficaram furiosas com Xang� e juraram vingan�a, em um certo momento em que Xang� estava distra�do atendendo seus s�ditos, sua filha brincava alegremente, subiu em um p� de Obi, e foi a� que as Iy�mis Aj� atacaram, derrubaram a Adubaiyani filha de Xang� que ele mais adorava. Xang� ficou desesperado, n�o conseguia mais governar seu reino que at� ent�o era muito pr�spero, foi at� Orunmil�, que lhe disse que Iyami � quem havia matado sua filha, Xang� quis saber o que poderia fazer para ver sua filha s� mais uma vez, e Orunmil� lhe disse para fazer oferendas ao Orix� Iku (Oniborun), o guardi�o da entrada do mundo dos mortos, assim Xang� fez, seguindo a risca os preceitos de Orunmil�. Xang� conseguiu rever sua filha e pegou para s� o controle absoluto dos mist�rios de Egungun (ancestrais), estando agora sob dom�nio dos homens este culto e as vestimentas dos Eguns, e se tornando estritamente proibida a participa��o de mulheres neste culto, caso essa regra seja desrespeitada provocar� a ira de Olorun. Xang� , Iku e dos pr�prios Eguns, este foi o pre�o que as mulheres tiveram que pagar pela maldade de suas ancestrais. � Brasil Xang� por Caryb�. Xang� foi o quarto (ou o terceiro)[2] rei lend�rio de Oyo, na Nig�ria, tornado orix� de car�ter violento e vingativo, cuja manifesta��o s�o o fogo, o Sol, os raios, as tempestades e os trov�es. Filho de Oranian, teve v�rias esposas, sendo as mais conhecidas: Oi�, Oxum e Ob�. Xang� � viril e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladr�es e os malfeitores. Sua ferramenta � o Ox�: machado de dois gumes. Enquanto Ox�ssi � considerado o rei da na��o de Queto, Xang� � considerado o rei de todo o povo iorub�. Orix� do fogo, dos raios e das tempestades, Xang� foi um grande rei que unificou todo um povo. Foi ele quem criou o culto de Egungun. Muitos orix�s possuem rela��o com os Egunguns mas ele � o �nico que, verdadeiramente, exerce poder sobre os mortos, Egungun. Xang� � a roupa da morte, Ax� Iku: por este motivo, n�o deve faltar nos Egb�s de Ik� e Egun, o vermelho lhe pertencendo. Ao se manifestar nos candombl�s, n�o deve faltar, em sua vestimenta, uma esp�cie de saieta de tiras chamada bant�, com cores variadas e fortes, que representam as vestes dos eguns. Xang� era forte, valente, destemido e justo. Era temido, e ao mesmo tempo adorado. Comportou-se em algumas vezes como tirano, devido a sua �nsia de poder, chegando at� mesmo a destronar seu pr�prio irm�o, para satisfazer seu desejo. Filho de Yamasse (Torosi) e de Orani�, foi o regente mais poderoso do povo yorub�. Ele tamb�m tem uma liga��o muito forte com as �rvores e a natureza, vindo da� os objetos que ele mais aprecia, o pil�o e a gamela; o pil�o de Xang� deve ter duas bocas, que representam a livre passagem entre os mundos, sendo Xang� um ancestral (Egungun). Da natureza, ele conseguiu profundos conhecimentos e poderes de feiti�aria, que somente eram usados quando necess�rio. Tem tamb�m uma forte liga��o com Oxumar�, considerado por ele como seu fiel escudeiro. Assentamentos de Xang� e Ob� no candombl� Xang� � cultuado no Brasil sob 12 qualidades. Vale salientar que muitos seguem cegamente as ditas qualidades de Xang� da Bahia, e n�o � bem assim: por exemplo, Air� � um outro orix� que n�o se d� com Xang�. Reza a lenda que Air� era muito pr�ximo de Xang�, e quando Oxaluf�, em visita ao reino de Xang�, foi erroneamente confundido com um ladr�o, teve suas pernas quebradas e foi preso. Uma vez Xang�
percebendo o engano, mandou que o tirassem da pris�o, o limpassem e dessem a ele vestimentas condizentes com a grandiosidade de Oxaluf�, por�m Oxaluf� estava viajando e teria ainda outros lugares para ir. Por ser muito velho e agora com as pernas tendo sido quebradas, a locomo��o havia sido afetada, fazendo que Oxaluf� andasse curvado e muito vagarosamente. Xang�, ent�o, mandou que Ayr� levasse Oxaluf� nas costas at� a pr�xima cidade. Ayr�, percebendo ali a sua grande oportunidade, durante o caminho se voltou contra Xang�, falando a Oxaluf� que Xang� sabia que ele estava preso, acabando por ganhar a confian�a de Oxaluf�, que o tomou para si; raz�o pela qual Ayr� usa branco, mas n�o � um fum-fum. Xang�, que n�o