Deposito Da Fe Volume

  • June 2020
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  • Words: 107,594
  • Pages: 341
Depósito da Fé

Volume I

Mt 26,26Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Tomai, comei: Isto é o meu corpo.” 27Em seguida, tomou um cálice, deu graças e entregou-lho, dizendo: “Bebei dele todos. 28Porque este é o meu sangue, sangue da Aliança, que vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados. Mc 14,22Enquanto comiam, tomou um pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e entregou-o aos discípulos dizendo: “Tomai: isto é o meu corpo.” 23 Depois, tomou o cálice, deu graças e entregou-lho. Todos beberam dele. 24E Ele disse-lhes: “Isto é o meu sangue da aliança, que vai ser derramado por todos. 25Em verdade vos digo: não voltarei a beber do fruto da videira até ao dia em que o beba, novo, no Reino de Deus.” Lc 22,14Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele. 15 Disse-lhes: “Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, 16pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.” 17Tomando uma taça, deu graças e disse: “Tomai e reparti entre vós, 18pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus.” 19Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: “Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vós; fazei isto em minha memória.” 20Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.” 1Cor 11,23Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão 24e, tendo dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.” 26Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.

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Introdução 20

1Tm 6, Ó Timóteo, guarda o depósito da fé, evita as vãs conversas profanas e as contradições da falsa ciência, 21que alguns professam e desviaram-se da fé. A graça esteja convosco!

Tendo por objetivo primário esclarecer algumas questões levantadas por amigos católicos e protestantes a respeito de questões de Fé, iniciamos uma compilação de Artigos, Estudos Apologéticos a e Teológicos. Esta compilação foi dividida em vários fascículos para facilitar o manuseio, é um incentivo ao estudo sério da Bíblia, do Catecismo da Igreja Católica, da Patrística, e dos Documentos da Igreja. Antes de começarmos devemos rezar para que Deus o Pai da Luz nos ilumineb. V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio. † R. Socorrei-me sem demora. Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. * Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Vinde, Espírito de Deus, com o Filho e com o Pai, inundai a nossa mente, nossa vida iluminai. Boca, olhos, mãos, sentidos, tudo possa irradiar o amor que em nós pusestes para aos outros inflamar. A Deus Pai e ao seu Filho por vós dai-nos conhecer. Que de ambos procedeis dai-nos sempre firmes crer. [a] A Apologética é o ramo da teologia católica que trata de contestar a toda e qualquer crítica que se opõe a revelação de Deus e a Bíblia. Por conseguinte, pode incluir estudos como manuscritos da Bíblia, filosofia, biologia, matemática, evolução e lógica. Mas também pode consistir em dar uma simples resposta a uma pergunta sobre Jesus ou uma passagem da Bíblia para pessoas de outro credo. [b] Liturgia das Horas. Livro III Primeira a Décima Sétima Semana do Tempo Comum. II Semana, Quarta-feira Laudes. Pág. 824.

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Oração Deus, nosso Salvador, que nos gerastes filhos da luz, ajudai-nos a viver como seguidores da justiça e praticantes da verdade, para sermos vossas testemunhas diante dos homens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Quem quiser corrigir ou sugerir algum tema entre em contato por email: [email protected]

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Sumário 1 Símbolo Niceno-Constantinopolitano..............................................1 2 A Igreja............................................................................................3 2.1 “Fora da Igreja nenhuma salvação”..................................................3 2.1.1 É chamada a “Igreja do Deus Vivo” ..................................................4 2.1.2 A Igreja comprada pelo Sangue de Jesus.........................................4 2.1.3 Jesus Cristo amou a Igreja e deu a Sua vida por Ela........................5 2.1.4 Jesus é a Cabeça da Igreja que é seu Corpo...................................7 2.1.5 A Igreja é o Corpo de Jesus Cristo....................................................7 2.1.6 Jesus Cristo é a pedra angular da Igreja...........................................8 2.1.7 Jesus Cristo protege a Igreja............................................................9 2.1.8 A Igreja é responsável pela Doutrina e Rito Sagrado......................11 2.1.9 A Igreja é infalível, Católica e Perpétua...........................................11 2.1.10 A Igreja é visível, e edificada sobre os Apóstolos............................12 2.1.11 A Igreja é prevista no Antigo Testamento........................................14 2.1.12 Seus membros são chamados à santidade....................................15 2.1.13 Sucessão apostólica.......................................................................16 2.1.14 A Igreja Católica tem autoridade ....................................................17 2.1.15 A Igreja Católica tem bons e maus membros..................................18 2.1.16 Escândalo na Igreja.........................................................................20 2.1.16.1 Dever de evitar o escândalo.......................................................20

3 Papado e a Infalibilidade...............................................................21 3.1 A cátedra de Moisés como autoridade de ensino..........................22 3.2 A igreja edificada sobre os apóstolos e profetas............................22 3.3 As chaves são símbolos de autoridade..........................................23 3.4 Chamamento dos primeiros discípulos..........................................23 3.5 Pedro é sempre mencionado em primeiro lugar............................25 3.6 Pedro fala pelos apóstolos.............................................................27 3.7 Pedro foi o primeiro a pregar..........................................................28 3.8 Pedro realizou a primeira cura.......................................................29 3.9 Pedro recebeu a revelação da Catolicidade...................................30 3.10 Vigário de Jesus Cristo...................................................................33 3.11 “Apascenta as minhas ovelhas”.....................................................34 3.12 “Simão, confirma os teus irmãos”...................................................36 3.13 Lista dos Papas..............................................................................37 3.13.1 A história dos Papas em números...................................................44 3.13.2 Porque o nome do Papa é Bento e não Benedito!..........................46

4 Símbolo (Credo) de Santo Atanásio..............................................48 4.1 Historia do Credo de Santo Atanásio.............................................50 5 A Comunhão dos Santos..............................................................51 5.1 Uma nuvem de testemunhas..........................................................51 v

5.2 Intercessão dos Santos..................................................................53 5.3 O aviso é para não evocar os mortos.............................................53 5.4 Mas os santos podem ser invocados pois estão vivos para Deus:54 5.5 Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos.............................54 5.5.1 Moisés e Elias na Transfiguração....................................................55 5.5.2 Intercessão de Abraão....................................................................56 5.5.3 Intercessão de Moisés....................................................................56 5.5.4 Intercessão de Jó............................................................................56 5.5.5 Intercessão de Samuel....................................................................56 5.5.6 As orações dos santos....................................................................57 5.5.7 Oração de intercessão de Abraão...................................................57 5.5.8 Jeremias intercede..........................................................................58 5.5.9 Amós intercede...............................................................................59 5.5.10 A Igreja Intercede............................................................................59 5.5.11 Os santos estão unidos com Deus..................................................61 5.5.12 Os santos são reerguido.................................................................62 5.5.13 Os Anjos levam nossas orações a Deus.........................................62 5.5.14 Os santos estão vivos nos céus......................................................63 5.5.15 Somos rodeados pelos Santos:......................................................66 5.5.16 Todos chamados a santidade..........................................................69 5.5.17 Unidade de todos os cristãos..........................................................69 6 O Batismo.....................................................................................75 6.1 O batismo de João X o Batismo de Jesus......................................75 6.1.1 Abrange todo gênero humano.........................................................76 6.1.2 Batizado para uma nova vida..........................................................79 6.1.3 Com água e o Espírito Santo..........................................................79 6.1.4 É Administrado pelos discípulos......................................................79 6.1.5 Prefiguração do Batismo no Antigo Testamento..............................79 6.2 Batismo de Crianças.......................................................................80 6.2.1 A circuncisão, na verdade, era o selo da fé que Abraão tinha.........82 6.3 Deus fez justiça com toda a família................................................83 6.3.1 Os cristãos são chamados de “filhos de Abraão”............................84 6.3.2 E a Igreja de “o Israel de Deus”......................................................84 6.3.3 Paulo chama o batismo de a circuncisão de Cristo.........................84 6.4 A promessa é para toda a família...................................................85 6.4.1 A Bíblia sugere o batismo de toda uma casa, o que inclui as crianças....................................................................................................... 85 6.4.2 Jesus manda para que não obstaculizem a união dEle com as crianças....................................................................................................... 86 6.5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo......................................86 6.6 O Batismo no Catecismo da Igreja Católica...................................86 7 Matrimônio....................................................................................89 7.1 A união é sagrada...........................................................................89

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7.1.1 7.1.2 7.1.3

Ordenado por Deus.........................................................................90 Duas pessoas em uma só carne.....................................................90 Os filhos são uma bênção de Deus.................................................91

7.2 O divórcio não é permitido..............................................................91 7.2.1 Lei sobre o divórcio no Antigo Testamento......................................91 7.2.2 Adultério e escândalo......................................................................92 7.2.3 Jesus e o divórcio............................................................................92 7.2.4 Reconcilie-se com seu marido (sua esposa)!..................................93 7.2.5 A morte dissolve o matrimônio........................................................93 7.3 Divórcio no Catecismo da Igreja Católica.......................................93 7.3.1 Divórcio civil....................................................................................93 7.3.2 Consequências do divórcio entre cônjuges católicos......................94 7.3.3 Definição de divórcio.......................................................................95 7.3.4 Indissolubilidade do Matrimônio e divórcio......................................95 7.3.5 Inocência do cônjuge injustamente abandonado............................95 7.3.6 Obra de caridade para com os divorciados.....................................95 7.4 A Recepção da Sagrada Comunhão por Divorciados....................97 8 Celibato.......................................................................................103 8.1 Continência voluntária..................................................................103 8.2 Castidade......................................................................................104 8.3 Padres da Igreja sobre a Castidade:............................................108 9 Maria Santíssima........................................................................110 9.1 Mãe de Cristo pelo Espírito Santo................................................110 9.2 Maria foi-nos dada por Jesus como nossa Mãe...........................115 9.3 Nossa Senhora Guardava as palavras do Evangelho..................116 9.4 Maria Mãe de Deus.......................................................................116 9.4.1 Théotokos = Mãe de Deus............................................................116 9.4.2 Maria é Mãe de Deus....................................................................116 9.4.3 Provas da Sagrada Escritura.........................................................118 9.4.4 A Doutrina dos Santos Padres.......................................................119 9.4.5 Testemunho dos pais da Reforma.................................................120 9.4.6 O Concílio Ecumênico de Éfeso....................................................121 9.5 Maria permaneceu sempre Virgem..............................................125 9.6 Nossa Senhora Assunta aos céus................................................127 9.6.1 Nossa Senhora foi assunta aos céus como Henoc e Elias...........127 9.7 Intercessora junto a Jesus............................................................130 9.8 Irmãos de Jesus?.........................................................................131 9.8.1 As outras Marias...........................................................................131 9.8.2 A outra Maria é a mãe de Tiago e José?.......................................131 9.8.3 Tiago e José quem são?...............................................................131 10 Objetos Santos...........................................................................134 10.1 Bastão (Vara) de Moisés:.............................................................134

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10.2 Madeiro, tronco, planta, árvore.....................................................134 10.3 Vara de Aarão...............................................................................135 10.4 Vara (cajado, bastão) de Deus.....................................................135 10.5 Corpo de Eliseu............................................................................135 10.6 Ossos de Eliseu............................................................................136 10.7 Arca da Aliança.............................................................................136 10.8 Pedra............................................................................................137 10.8.1 Pedra como testemunhas de Deus...............................................137 10.8.2 Pedra de Jacó...............................................................................137 10.8.3 As Pedras falarão..........................................................................138 10.8.4 Das Pedras - filhos de Abraão.......................................................138 10.9 Manto de Elias..............................................................................138 10.10 A sombra de Pedro.......................................................................139 10.11 Lenços e aventais de Paulo.........................................................139 11 Imagens......................................................................................140 11.1 Deus fez imagem..........................................................................140 11.1.1 Deus manda fazer a imagem da serpente....................................140 11.1.2 Deus manda fazer as imagens de Querubins...............................141 11.1.3 Imagens dos Querubins mais de 60 vezes...................................142 11.1.4 Deus manda fazer imagem de touros, leões.................................143 11.1.5 Imagens Sacras no Catecismo.....................................................143 11.2 Diferença entre Imagem e Ídolo...................................................145 11.3 Deus proíbe idolatria e não o uso de imagens.............................146 11.4 Ícone(s).........................................................................................147 11.4.1 Contemplação do ícone................................................................148 11.4.2 Culto dos ícones............................................................................148 11.4.3 Significação do ícone....................................................................149 11.4.4 Utilidade dos ícones......................................................................149 11.5 Idolatria no Catecismo da Igreja Católica.....................................150 11.5.1 Definição e significação de idolatria..............................................150 11.5.2 Fama e riquezas como idolatria....................................................150 11.5.3 Idolatria do corpo humano.............................................................151 11.5.4 Idolatria do dinheiro.......................................................................151 11.5.5 Idolatria e pecado..........................................................................152 11.5.6 Idolatria e perversão......................................................................152 11.5.7 Idolatria e superstição...................................................................152 11.5.8 Libertação da idolatria do mundo..................................................152 11.5.9 Proibição de construir ídolos.........................................................152 12 Falsas Doutrinas.........................................................................154 12.1 Espiritismos, necromantes (evocação dos mortos), cartomante, videntes, horóscopo, astrologia, taró, numerologia, esotérico,

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esoterismo, cristais, búzios, adivinhos, magias, feitiçaria, formas de adivinhação do futuro, e quaisquer outras falsa doutrina.................155 12.2 Renuncia ao Mal...........................................................................158 12.3 Renovação das Promessas do Batismo.......................................163 13 A Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo........................................166 13.1 A Cruz...........................................................................................166 13.2 Prefiguração da Cruz....................................................................166 13.3 A Glória da Cruz...........................................................................167 13.4 Poder de Deus..............................................................................167 13.5 A Cruz é a Plenitude da Justiça....................................................168 13.6 Gloriar-se só na Cruz de Cristo....................................................169 13.7 A Cruz opera a Redenção............................................................169 13.8 A Cruz, elo de Paz com Deus.......................................................169 13.9 Na Cruz nasce o Novo Adão........................................................169 13.10 A Cruz a Árvore da Vida...............................................................170 13.11 Jesus é este fruto da árvore da Vida a Cruz................................170 13.12 O sinal da Cruz.............................................................................171 13.13 Temos outros textos que são ordens de Deus:............................171 13.14 Este é o símbolo de nossa vitória, a Cruz é nossa esperança.. . .172 13.15 Conclusão sobre a Santa Cruz.....................................................172 14 Velas, Lâmpadas, Candelabro....................................................174 14.1 Definições.....................................................................................174 14.1.1 Candelabro no tempo Pré-Exílio:..................................................176 14.1.2 Dois castiçais do Segundo Templo, e do Tabernáculo:.................176 14.1.3 Simbolismo do Candelabro...........................................................177 14.2 Luz sinal de Bondade e Esplendor de Deus................................178 14.2.1 A vela (lâmpada, luz) é símbolo da presença Divina.....................179 14.2.2 A vela (luz, lâmpada) simboliza o bem e a vida............................180 14.3 Lâmpada.......................................................................................180 14.4 Luz – todas as figuras e imagens da luz......................................183 14.5 Candelabro – todas as passagens...............................................192 15 Promessas: podemos fazer?......................................................196 15.1 Promessa feita a Deus ou voto....................................................197 15.2 Promessa matrimonial..................................................................197 15.3 Promessa solene e juramento......................................................198 15.4 Promessa, voto, juramento e compromisso.................................198 16 Aborto.........................................................................................215 16.1 Que proíbe o quinto mandamento?..............................................217 17 Pecados......................................................................................220 17.1 Pecados Mortais...........................................................................220

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17.1.1 Condições: matéria grave, pleno conhecimento, pleno consentimento........................................................................................... 221 17.1.2 Consequências do Pecado Mortal.................................................221 17.1.3 Ato sexual fora do Matrimônio.......................................................221 17.1.4 Blasfêmia contra o Espírito Santo.................................................222 17.1.5 Perdão dos pecados mortais pela contrição perfeita.....................222 17.1.6 Penas eternas reservadas a quem morre em pecado mortal........223 17.1.7 O pecado venial deixa subsistir a caridade...................................223 17.1.8 Imputabilidade da culpa................................................................224

17.2 Pecados Venais............................................................................224 17.2.1 Distinção entre pecado mortal e pecado venial.............................224 17.2.2 Confissão dos pecados veniais.....................................................224 17.3 Lista de Pecados..........................................................................225 17.3.1 Blasfêmia......................................................................................231 17.3.2 Homicídio......................................................................................231 17.3.3 Inveja............................................................................................. 232 17.3.4 Ira.................................................................................................. 235 17.3.5 Maldade........................................................................................235 17.3.6 Mentira.......................................................................................... 235 17.3.7 Ódio...............................................................................................235 17.3.8 Pecados contra a esperança.........................................................236 17.3.9 Pecados contra a fé......................................................................236 17.3.10Sacrilégio......................................................................................236 17.3.11 Transgressão da obrigação de participar da Eucaristia nos dias de preceito...................................................................................................... 237 17.4 “Pecados que clamam ao céu”.....................................................237 17.5 Pecados capitais geradores de outros pecados..........................238 17.6 Pecados contra a Igreja e contra Comunhão...............................238 18 Mundo Bíblico.............................................................................240 19 Inferno, Hades, Sheol.................................................................241 19.1 Definição do inferno......................................................................241 19.2 Doutrina da Igreja sobre o inferno................................................241 19.3 Inferno = aversão livre e voluntária a Deus..................................242 19.4 Inferno = consequência da rejeição eterna de Deus....................242 19.5 Descida de Jesus Cristo aos infernos..........................................242 19.6 As Portas dos infernos X Igreja Católica......................................245 19.7 Purgatório.....................................................................................245 20 Reconciliação ou Penitência.......................................................252 20.1 Remissão sacramental dos pecados............................................252 20.2 Autoridade, poder de absolver os pecados..................................252 21 Indulgências................................................................................255 21.1 Que é a Indulgência?....................................................................255

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21.2 Efeitos das indulgências...............................................................257 21.3 Indulgências em favor dos defuntos.............................................257 21.4 Noção da Indulgências.................................................................258 21.5 História das Indulgências.............................................................258 21.6 Normas Gerais das Indulgências.................................................259 21.7 Quatro concessões gerais das Indulgências................................260 21.8 Inquiridion Indulgentiarum............................................................260 22 Símbolo.......................................................................................263 22.1 São símbolos de Jesus Cristo:.....................................................264 22.2 Gestos simbólicos de Jesus.........................................................264 22.2.1 Homem necessita de sinais..........................................................265 22.2.2 Símbolos do Antigo Testamento....................................................265 22.2.3 Símbolos litúrgicos........................................................................266 22.2.4 Simbolismo das Cores..................................................................266 22.2.5 Branco...........................................................................................267 22.2.6 Vermelho.......................................................................................269 22.2.7 Púrpura......................................................................................... 269 22.2.8 Azul............................................................................................... 270 22.2.9 Verde............................................................................................. 270 22.2.10Preto..............................................................................................271 22.2.11 Violeta...........................................................................................271 22.2.12Marrom.......................................................................................... 272 22.2.13O Simbolismo do Ouro..................................................................272 22.3 Sinais (nos Sacramentos)............................................................273 22.3.1 Sacramentos como sinais.............................................................273 22.3.2 Sinais da Confirmação..................................................................274 22.3.3 Sinais da Ordem............................................................................277 22.3.4 Sinais do Batismo..........................................................................278 22.3.5 Canto e música sinais na liturgia...................................................279 22.4 Igreja como Sinal..........................................................................280 22.5 Imposição das mãos.....................................................................280 22.6 Interpretar os sinais dos tempos..................................................280 22.7 Pão e vinho...................................................................................281 22.8 A Pomba.......................................................................................282 22.9 O Sangue......................................................................................282 22.10 Sinais assumidos por Cristo.........................................................283 22.11 Sinais na Antiga Aliança...............................................................283 22.12 Sinais da contradição de Jesus....................................................283 22.13 Sinais litúrgicos.............................................................................284 22.14 Sinais nos sacramentais...............................................................285 22.15 Sinais para entender e expressar as realidades espirituais.........286 22.16 Sinal da Santa Cruz......................................................................286

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22.17 Símbolos da fé..............................................................................287 23 Sangue.......................................................................................288 23.1 Do ponto de vista hebraico, o sangue é a sede da vida:.............289 23.2 Beber o sangue seria destruir a vida............................................290 23.2.1 A custo, os cristãos conseguiram libertar-se deste modo de conceber o sangue....................................................................................291 23.2.2 Porque o sangue é a vida, e esta pertence a Deus, Ele “vinga” o sangue inocente:.......................................................................................293 23.2.3 Os prodígios com intervenção de sangue anunciam a “vingança” divina 294 23.2.4 O sangue e a gordura desempenhavam um papel importante nos sacrifícios.................................................................................................. 295 23.2.5 O sangue de Cristo, que é vida, transmite a vida..........................299 23.2.6 Jesus o Pão da Vida.....................................................................301 23.2.7 Ceia Pascal...................................................................................302 23.2.8 O sangue é reparador e expiatório................................................302 23.2.9 Cristo, mediador da criação e da redenção...................................303 23.2.10O sacrifício de Cristo é definitivo...................................................304 23.2.11 “Isto é o meu sangue”...................................................................305 23.3 Batismo de sangue.......................................................................305 23.4 Sangue dos mártires semente de cristãos...................................305 23.5 Sangue e água símbolos da Igreja de Cristo...............................306 23.6 Ladainha do Preciosíssimo Sangue.............................................306 24 O perigo das riquezas.................................................................309 24.1 Amor aos pobres X amor as riquezas..........................................310 24.2 Felicidade X riquezas...................................................................310 24.3 Liberdade do coração diante das riquezas necessária para entrar no Reino.............................................................................................311 24.4 Paixão desordenada pelas riquezas.............................................311 24.5 Explicação da parábola do semeador...........................................311 24.6 O jovem rico..................................................................................312 24.7 O homem rico...............................................................................313 24.8 Como é difícil se salvar os apegados às riquezas.......................314 24.9 Recompensa do desprendimento.................................................314 24.10 Explicação da parábola do semeador..........................................314 24.11 Cuidado com a ganância..............................................................315 24.12 Parábola do rico insensato...........................................................315 24.13 Confiança na Providência.............................................................315 24.14 O tesouro do Céu.........................................................................316 24.15 Reflexões sobre o dinheiro...........................................................316 24.16 Parábola do rico e de Lázaro.......................................................317 24.17 Recompensa do desprendimento.................................................318

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24.18 Jesus era pobre das riquezas mundanas.....................................318 24.19 Apelo a conversão, pelo exemplo................................................319 25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................324 25.1 Sites para aprofundamento:.........................................................325

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Mt 16,18Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas dos Infernos nada poderão contra ela. 19Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.

Campina Grande – PB 1ª Edição 29 de janeiro de 2008. 2ª Edição Ampliada 25 de novembro de 2008. 3ª Edição Ampliada e Corrigida 12 de setembro de 2009. 4ª Edição Corrigida, nova formatação 18 de agosto de 2011.

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Siglas e Abreviaturas Os títulos dos livros bíblicos são abreviados da seguinte maneira: Em ordem alfabética: Ab Abdias Js Josué Ag Ageu Jt Judite Am Amós Jz Juízes Ap Apocalipse Lc Lucas At Atos dos Apóstolos Lm Lamentações Br Baruc Lv Levítico Cl Colossenses Mc Marcos 1Cor 1ª Coríntios 1Mc 1º Macabeus 2Cor 2ª Coríntios 2Mc 2° Macabeus 1Cr 1° Crônicas Ml Malaquias 2Cr 2° Crônicas Mq Miquéias Ct Cântico dos Cânticos Mt Mateus Dn Daniel Na Naum Dt Deuteronômio Ne Neemias Ecl Eclesiastes Nm Números Eclo Eclesiástico Os Oséias Ef Efésios 1Pd 1ª Pedro Esd Esdras 2Pd 2ª Pedro Est Ester Pr Provérbios Ex Êxodo Rm Romanos Ez Ezequiel 1Rs 1º Reis Fl Filipenses 2Rs 2º Reis Fm Filemon Rt Rute Gl Gálatas Sb Sabedoria Gn Gênesis Sf Sofonias Hab Habacuc Sl Salmos Hb Hebreus 1Sm 1º Samuel Is Isaías 2Sm 2º Samuel Jd Judas Tb Tobias Jl Joel Tg Tiago Jn Jonas 1Tm 1ª Timóteo Jó Jó 2Tm 2ª Timóteo Jo João 1Ts 1ª Tessalonicenses 1Jo 1ª João 2Ts 2ª Tessalonicenses 2Jo 2ª João Tt Tito 3Jo 3ª João Zc Zacarias Jr Jeremias xv

As citações são feitas do seguinte modo: [ , ] A vírgula separa capítulo de versículo. Ex.: Gn 3,1 (Livro do Gênesis, cap. 3, v. 1); [ ; ] o ponto e vírgula separa capítulos e livros. Ex.: Gn 5,1-7; 6,8; Ex 2,3 (Livro do Gênesis, cap. 5, vv. de 1 a 7; cap. 6, v. 8; Livro do Êxodo, cap. 2, v. 3); [ . ] o ponto separa versículo de versículo, quando não seguidos. Ex.: 2Mc 3,2.5.7-9 (2º livro dos Macabeus cap. 3, vv. 2 e 5 e dos versículos 7 a 9); [ – ] o hífen indica sequência de capítulos ou de versículos. Ex.: Jo 3-5; 2Tm 2,1-6; Mt 1,5-12,9 (Evangelho segundo São João, capítulos de 3 a 5, 2ª carta a Timóteo, cap. 2, vv. de 1 a 6; Evangelho segundo São Mateus, do cap 1, v. 5 ao cap. 12, v. 9).

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Jo 10,11Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas. 12O mercenário, que não é pastor a quem pertencem, e as ovelhas não são suas, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e sai correndo. Então o lobo ataca e dispersa as ovelhas. 13O mercenário foge porque trabalha só por dinheiro, e não se importa com as ovelhas.

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1 Símbolo Niceno-Constantinopolitano Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra; de todas as coisas visíveis e invisíveis.a Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém. §195 O Símbolo denominado Niceno-Constantinopolitano tem sua grande autoridade no fato de ter resultado dos dois primeiros Concílios ecumênicos (325 e 381). Ainda hoje ele é comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente.” §242 Na esteira deles, seguindo a Tradição apostólica, a Igreja, no ano de 325, no primeiro Concílio Ecumênico de Niceia, confessou que o Filho é “consubstancial” ao Pai, isto é, um só Deus com Ele. O segundo Concílio Ecumênico, reunido em Constantinopla em 381, [a] O Símbolo denominado Niceno-Constantinopolitano tem a sua grande autoridade pelo fato de ser resultado dos dois primeiros Concílios ecumênicos no ano de 325 e no ano de 381.

2 conservou esta expressão em sua formulação do Credo de Niceia e confessou “o Filho Único de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai”. §245 A fé apostólica no tocante ao Espírito foi confessada pelo segundo Concílio Ecumênico, em 381, em Constantinopla: “Cremos no Espírito Santo, que é Senhor e que dá a vida; ele procede do Pai”. Com isso a Igreja reconhece o Pai como “a fonte e a origem de toda a divindade”. Mas a origem eterna do Espírito Santo não deixa de estar vinculada à do Filho: "O Espírito Santo que é a Terceira Pessoa da Trindade, é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho, da mesma substância e também da mesma natureza... Contudo, não se diz que Ele é somente o Espírito do Pai, mas ao mesmo tempo o Espírito do Pai e do Filho”. O Credo da Igreja do Concilio de Constantinopla, confessa: “Com o Pai e o Filho ele recebe a mesma adoração e a mesma glória”. §465 As primeiras heresias, mais do que a divindade de Cristo, negaram sua humanidade verdadeira (docetismo gnóstico). Desde os tempos apostólicos a fé cristã insistiu na verdadeira Encarnação do Filho de Deus, “que veio na carne”. Mas desde o século III a Igreja teve de afirmar, contra Paulo de Samósata, em um concílio reunido em Antioquia, que Jesus Cristo é Filho de Deus por natureza e não por adoção. O I Concílio Ecumênico de Niceia, em 325, confessou em seu Credo que o Filho de Deus é “gerado, não criado, consubstancial (homousios) ao Pai” e condenou Ário, que afirmava que “o Filho de Deus veio do nada” e que ele seria “de uma substância diferente da do Pai”.

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2 A Igreja Igreja (grego εκκλησια [ekklesia] e latim ecclesia: “Eclésia”). Esta palavra de origem grega foi a escolhida pelos autores da Septuaginta LXX (a tradução grega foi feita a partir da Bíblia Hebraica por judeus durante o período de 275 a 100 a.C em Alexandria), para traduzir o termo hebraico [ ‫ ] קהל יהוה‬q(e)hal Yahveh, usado entre os judeus para designar a assembleia geral do “povo do deserto”, reunida ao apelo de Moisés.

2.1 “Fora da Igreja nenhuma salvação” §846a Como entender esta afirmação, com frequência repetida pelos Padres da Igrejab? Formulada de maneira positiva, ela significa que toda salvação vem de Cristo-Cabeça por meio da Igreja, que é seu Corpo: Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, [o Concílio] ensina que esta Igreja peregrina é necessária para a salvação. O único mediador e caminho da salvação é Cristo, que se nos torna presente em seu Corpo, que é a Igreja. Ele, porém, inculcando com palavras expressas a necessidade da fé e do batismo, ao mesmo tempo confirmou a necessidade da Igreja, na qual os homens entram pelo Batismo, como que por uma porta. Por isso não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus por meio de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar. §847 Esta afirmação não visa desconhecem Cristo e sua Igreja:

àqueles

que,

sem

culpa,

[a] Numeração dos parágrafos (§) do Catecismo da Igreja Católica [b] Chamamos de “Padres da Igreja” (Patrística) aqueles grandes homens da Igreja, aproximadamente do século II (100) ao século VII (700), que foram no oriente e no ocidente como que “Pai” da Igreja, no sentido de que foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentaram muitas heresias e, de certa forma foram responsáveis pelo que chamamos hoje de Tradição da Igreja; sem dúvida, são a sua fonte mais rica.

4 “Aqueles, portanto, que sem culpa ignoram o Evangelho de Cristo e sua Igreja, mas buscam a Deus com coração sincero e tentam, sob o influxo da graça, cumprir por obras a sua vontade conhecida por meio do ditame da consciência podem conseguir a salvação eterna”. §848 “Deus pode, por caminhos dele conhecidos, levar à fé todos os homens que sem culpa própria ignoram o Evangelho. Pois 'sem a fé é impossível agradar-lhe' Mesmo assim, cabe à Igreja o dever e também o direito sagrado de evangelizar” todos os homens.

2.1.1 É chamada a “Igreja do Deus Vivo” 1Tm 3,15Porém, eu quero que saibas como deves proceder na casa de Deus, esta Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade. 16Grande é todos o confessam o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado no Espírito, apresentado aos anjos, anunciado às nações, acreditado no mundo, exaltado na glória.a

2.1.2 A Igreja comprada pelo Sangue de Jesus At 20,28 Tomai cuidado convosco e com todo o rebanho, de que o Espírito Santo vos constituiu administradores para apascentardes a Igreja de Deus, adquirida por Ele com o seu próprio sangue.b [a] A Igreja é do Deus vivo (Dt 5, 23; Rm 9,26; 2Cor 3,1-3), porque os seus membros são da família de Deus; é também casa de Deus (Nm 12, 7; 1Cor 3,16; 2Cor 6,14-17; Ef 2,21-22; Hb 3,6; 1Pd 4,17). [b] O rebanho, metáfora que designa, no AT, o povo de Deus e nos Evangelhos, os discípulos (Lc 12,32). Aqui é aplicada a uma igreja local, ou mesmo à Igreja, da qual Cristo é o Pastor supremo (1Cor 11, 3; Ef 1,22-23; Cl 1,16.18s; Hb 13,20; 1Pd 2,25; 5,4). Em confronto com Cristo, o autor evita dar esse título aos anciãos, preferindo chamar-lhes vigilantes ou administradores (grego epískopoi). A imagem define aqui a responsabilidade coletiva dos anciãos a respeito da Igreja (1Pd 5,2): à semelhança do pastor, também eles devem cuidar da unidade e da salvaguarda da comunidade eclesial, mediante o anúncio do Evangelho, a exemplo de Paulo. O termo “bispo” andou ligado bem cedo a uma função comunitária estável (Fl 1,1-2; 1Tm 3,2-6; Tt 1,5.7s), designando mais tarde o responsável por uma igreja local. É frequente o termo igreja (At 5, 11; 11,26; Mt 16,18; Mc 3,16), mas a expressão Igreja de Deus aparece só aqui. Trata-se da Igreja enquanto povo de Deus no seu conjunto (At 9, 31; 15,14). A expressão é frequente em Paulo, no singular (1Cor 1, 2; 2Cor 1,1; Ef 5,21-33) e no plural (1Ts

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Hb 9,11 Mas, Cristo veio como Sumo Sacerdote dos bens futuros, através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é feita por mão humana, isto é, não pertence a este mundo criado. 12 Entrou uma só vez no Santuário, não com o sangue de carneiros ou de vitelos, mas com o seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eterna. 13 Se, de fato, o sangue dos carneiros e dos touros e a cinza da vitela com que se aspergem os impuros, os santifica, purificando-os no corpo, 14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo a Deus, sem mácula, purificará a nossa consciência das obras mortas, para que prestemos culto ao Deus vivo!

2.1.3 Jesus Cristo amou a Igreja e deu a Sua vida por Ela Ef 5,21 Submetei-vos uns aos outros, no respeito que tendes a Cristo: 22 as mulheres, aos seus maridos como ao Senhor, 23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja – Ele, o salvador do Corpo. 24 Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim as mulheres, aos maridos, em tudo. 25 Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26 para a santificar, purificandoa, no banho da água, pela palavra. 27 Ele quis apresentá-la esplêndida, como Igreja sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada. 28 Assim devem também os maridos amar as suas mulheres, como o seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29 De fato, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo; pelo contrário, alimenta-o e cuida dele, como Cristo faz à Igreja; 30 porque nós somos membros do seu Corpo.a 31 Por isso, o homem deixará o pai e a mãe, unir-se-á à sua mulher e serão os dois uma só carne. 32 Grande é este mistério; mas eu interpreto-o em relação a Cristo e à Igreja. 33 De qualquer modo, também vós: 2,14; 2Ts 1,4) [a] Paulo desenvolve aqui a imagem do Esposo-Esposa que vem do AT; aqui era Israel e Deus; agora é a Igreja, Novo Israel, e Cristo. No AT: Is 5, 1-7; Jr 2,2.20; 31,3.22; 51,5-18; Ez 16,2.9-14; Os 1,2-9; 2,4-25; Ct; no NT: Mt 9,15; Mc 2,18-20; Jo 3,29; 2Cor 11,1-3; Ap 19,7; 21,2; 22,17. Paulo aplica a imagem primeiramente aos membros da Igreja, para que se amem; só posteriormente à família (da mulher para o marido; do marido para a mulher).

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cada um ame a sua mulher como a si mesmo; e a mulher respeite o seu marido.

2.1.4 Jesus é a Cabeça da Igreja que é seu Corpo Ef 1,22 Sim, Ele tudo submeteu a seus pés e deu-o, como cabeça que tudo domina, à Igreja, 23 que é o seu Corpo, a plenitude daquele que tudo preenche em todos.a Ef 5,23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja – Ele, o salvador do Corpo. Cl 1,18 É Ele [Jesus Cristo] a cabeça do Corpo, que é a Igreja. É Ele o princípio, o primogênito de entre os mortos. Rm 12,4 É que, como num só corpo, temos muitos membros, mas os membros não têm todos a mesma função, 5 assim acontece conosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros. 1Cor 12,12 Pois, como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo. 13 De fato, num só Espírito, fomos todos batizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito.

2.1.5 A Igreja é o Corpo de Jesus Cristo 1Cor 12,25 para não haver divisão no corpo e os membros terem a mesma solicitude uns para com os outros. 26 Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria.

[a] A Igreja, Corpo de Cristo, é uma comparação típica de Paulo (1Cor 12,12.14-26.27). Em Cristo, Cabeça da Igreja, todos os crentes são um Corpo, o seu Corpo (Sl 8,7; Rm 12,3-8; Cl 1,18; 2,19).

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Vós sois o corpo de Cristob e cada um, pela sua parte, é um membro. Rm 12,4 É que, como num só corpo, temos muitos membros, mas os membros não têm todos a mesma função, 5 assim acontece conosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros.

2.1.6 Jesus Cristo é a pedra angular da Igreja Sl 118(117),22 A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angulara. Mt 21,42 Jesus disse-lhes: “Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram transformou-se em pedra angular? Isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? Mc 12,10 Não lestes esta passagem da Escritura: A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular. 11 Tudo isto é obra do Senhor e é admirável aos nossos olhos? Lc 20,17 Fitando-os, Jesus disse-lhes: “Que significa, então, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram veio a tornar-se pedra angular? 18 Todo aquele que cair sobre esta pedra ficará despedaçado, e aquele sobre quem ela cair ficará esmagado.” At 4,10 ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se apresenta curado diante de vós. 11 Ele é a pedra que vós, os [b] Corpo Místico de Jesus Cristo – A Igreja Católica é também o Corpo Místico de Cristo, porque, como em um corpo humano, Jesus Cristo é a Cabeça, os batizados somos os membros deste corpo e o Espírito Santo é a alma que nos une com sua graça e nos santifica. Por isto a Igreja é também Templo do Espírito Santo. A Igreja é composta de três partes: No Céu (na Igreja Triunfante) há alegria, as almas do Purgatório (Igreja Padecente) e os homens na terra (Igreja Militante). [a] Pedra angular é a pedra principal do edifício, a pedra base ou a que segura dois muros (Jr 51,26). Ver Is 28,16; Dn 2,34; Zc 4,7. O NT aplica este versículo a Jesus com sentido messiânico: Mt 21, 42-44; Mc 12,10; Lc 20,17-18; At 4,11; 1Pd 2,4-7.

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construtores, desprezastes e que se transformou em pedra angular. 12 E não há salvação em nenhum outro, pois não há debaixo do céu qualquer outro nome, dado aos homens, que nos possa salvar. Ef 2,19 Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, 20 edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. 21 É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. 22 É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito. 1Pd 2,4 Aproximando-vos dele, pedra viva, rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus, 5 também vós – como pedras vivas – entrais na construção de um edifício espiritual, em função de um sacerdócio santo, cujo fim é oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus, por Jesus Cristo. 6 Por isso se diz na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida, preciosa; quem crer nela não será confundido. 7 A honra é, então, para vós, os crentes; mas, para os incrédulos, a pedra que os construtores rejeitaram, esta mesma tornou-se a pedra angular, 8 e também uma pedra que faz tropeçar, uma pedra de escândalo. Tropeçam nela porque não creram na palavra; para isso estavam destinados. 9 Vós, porém, sois linhagem escolhida, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido em propriedade, a fim de proclamardes as maravilhas daquele que vos chamou das trevas para a sua luz admirável; 10 a vós que outrora não éreis um povo, mas sois agora povo de Deus, vós que não tínheis alcançado misericórdia e agora alcançastes misericórdia.

2.1.7 Jesus Cristo protege a Igreja Mt 16,18 Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno nada poderão contra ela.a [a] Pedro é tradução grega do nome aramaico Kepha (pedra, rocha); a palavra grega não era utilizada como nome próprio (Mc 3, 16; Jo 1,42). Igreja (Gr.

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Mt 28,18 Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: “Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. 19 Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.” Jo 17,9 É por eles que Eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me confiaste, porque são teus. 10 Tudo o que é meu é teu e o que é teu é meu; e neles se manifesta a minha glória. 11 Doravante já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu vou para ti. Pai santo, Tu que a mim te deste, guarda-os em ti, para serem um só, como Nós somos! 12 Enquanto estava com eles, Eu guardava-os em ti, em ti que a mim te deste. Guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o homem da perdição, cumprindo-se desse modo a Escritura. 13 Mas agora vou para ti e, ainda no mundo, digo isto para que eles tenham em si a plenitude da minha alegria. 14 Entreguei-lhes a tua palavra, e o mundo odiou-os, porque eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo. 15 Não te peço que os retires do mundo, mas que os livres do Malignoa. 16 De fato, eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo. 17 Faz que eles sejam teus inteiramente, por meio da Verdade; a Verdade é a tua palavra. 18 Assim como Tu me enviaste ao mundo, também Eu os enviei ao mundo, 19 e por eles totalmente me entrego, para que também eles fiquem a ser ekklesia) traduz a palavra hebraica qahal, que significa assembleia. Aqui designa a comunidade nova que Jesus vai edificar, na qual Pedro ocupa um lugar eminente (Mt 4,18; 17,1; At 1,13.15; 3,1; 10,5). A promessa de Jesus inclui a vitória sobre o poder das portas do inferno (Gr. Hades, heb. Cheol), garantindo à comunidade dos discípulos a vitória sobre as forças do mal e a certeza de viver para sempre com Ele (Gn 37,25; Nm 16,33; 1Sm 28,13; Sl 7,6; Sb 16,13; Ez 26,20; Am 9,1-4; Jo 6,67-69; 21,15-23; Gl 2,7). [a] Espírito maligno, é expressão frequente na literatura judaica, bíblica e extra-bíblica; com ele é indicado o demônio, porque se opõe a Deus. Dragão de fogo é uma personificação das forças satânicas: Ap 12,3 Apareceu ainda outro sinal no céu: era um grande dragão de fogo com sete cabeças e dez chifres. [...] 9 o grande Dragão, a Serpente antiga – a que chamam também Diabo e Satanás – o sedutor de toda a humanidade, foi lançado à terra; e, com ele, foram lançados também os seus anjos.

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teus inteiramente, por meio da Verdade. 20 Não rogo só por eles, mas também por aqueles que hão-de crer em mim, por meio da sua palavra, 21 para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em mim e Eu em ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu me enviaste. 22 Eu dei-lhes a glória que Tu me deste, de modo que sejam um, como Nós somos Um. 23 Eu neles e Tu em mim, para que eles cheguem à perfeição da unidade e assim o mundo reconheça que Tu me enviaste e que os amaste a eles como a mim. 24 Pai, quero que onde Eu estiver estejam também comigo aqueles que Tu me confiaste, para que contemplem a minha glória, a glória que me deste, por me teres amado antes da criação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não te conheceu, mas Eu conheci-te e estes reconheceram que Tu me enviaste. 26 Eu dei-lhes a conhecer quem Tu és e continuarei a dar-te a conhecer, a fim de que o amor que me tiveste esteja neles e Eu esteja neles também.”

2.1.8 A Igreja é responsável pela Doutrina e Rito Sagrado At 2,42 Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às orações. 43 Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. 44 Todos os crentes viviam unidos e possuíam tudo em comum. 45 Vendiam terras e outros bens e distribuíam o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um. 46 Como se tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração. 47 Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava, todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.

2.1.9 A Igreja é infalível, Católica e Perpétua Mt 28,18 Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes (aos Apóstolos): “Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. 19 Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a

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cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.”a Mc 16,15 E [Jesus Cristo] disse-lhes [aos Apóstolos]: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. 16 Quem acreditar e for batizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado. 17 Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demônios, falarão línguas novas, 18 apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.” Lc 10,16 Quem vos ouve é a mim que ouve, e quem vos rejeita é a mim que rejeita; mas, quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.”

2.1.10 A Igreja é visível, e edificada sobre os Apóstolos Mt 5,13 “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há-de salgar? Não serve para mais nada, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; 15 nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. 16 Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu.” Mc 4,30 Dizia também: “Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? 31 É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; 32 mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do [a] Com as últimas palavras deste Evangelho, Jesus assegura o cumprimento da promessa do AT sobre a presença divina na comunidade (Ex 3, 12; Is 41,10; 43,5; Jr 1,8). A missão dos discípulos será objeto da presença do Mestre, eficaz e duradoura, todos os dias, até ao fim dos tempos. Pelos dons particulares que a acompanham, essa presença é análoga à do Espírito Paráclito (Jo 14, 16; 16,7-11; At 1,8). Sinais e instrumentos de mediação dessa presença salvífica são a palavra do Evangelho e os gestos sacramentais, de que os discípulos, congregados em Igreja, são portadores.

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horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.” Ef 2,19 Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, 20 edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. 21 É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. 22 É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito. 1Cor 3,5 Pois, quem é Apolo? Quem é Paulo? Simples servos, por cujo intermédio abraçastes a fé, e cada um atuou segundo a medida que o Senhor lhe concedeu. 6 Eu plantei, Apolo regou, mas foi Deus quem deu o crescimento. 7 Assim, nem o que planta nem o que rega é alguma coisa, mas só Deus, que faz crescer. 8 Tanto o que planta como o que rega formam um só, e cada um receberá a recompensa, conforme o seu próprio trabalho. 9 Pois, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois o seu terreno de cultivo, o edifício de Deus.a 10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, eu, como sábio arquiteto, assentei o alicerce, mas outro edifica sobre ele. Mas veja cada um como edifica, 11 pois ninguém pode pôr um alicerce diferente do que já foi posto: Jesus Cristo. 12 Se alguém, sobre este alicerce, edifica com ouro, prata, pedras preciosas, madeiras, feno ou palha, 13 a sua obra ficará em evidência; o Dia do Senhor a tornará conhecida, pois ele manifesta-se pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um. 14 Se a obra construída resistir, o construtor receberá a recompensa; 15 mas, se a obra de alguém se queimar, perdê-la-á; ele, porém, será salvo, como se atravessasse o fogo. Ap 21,14 A muralha da cidade tinha doze alicerces, nos quais estavam gravados doze nomes, os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro.b [a] As divisões por causa dos pregadores não têm sentido, porque estes são meros instrumentos nas mãos de Deus (Ef 2,20-22; 1Pd 2,5). [b] Doze alicerces, que são os 12 Apóstolos, fundamento do edifício da Igreja (Ef 2,20; Ez 48,30-35).

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2.1.11 A Igreja é prevista no Antigo Testamento Tb 13,11 Bendiz o Senhor, como convém, e louva o Rei dos séculos. Pois o seu tabernáculo será reconstruído com júbilo. 12 Que Ele te dê alegria e, em ti, a todos os cativos, e mostre o seu amor para com todos os aflitos, por todas as gerações, sem fim! 13 Qual luz brilhante, hás-de refulgir até às extremidades da terra. Numerosos povos virão de longe, e os habitantes dos confins da terra adorarão o nome do teu santo Deus, trazendo nas mãos oferendas para o Rei do céu. As gerações das gerações exultarão em ti, o nome da escolhida permanecerá para sempre.a 14 Malditos sejam todos os que dizem mal de ti; malditos, os que te derrubam os muros, abatem as torres e incendeiam as casas. Benditos sejam eternamente todos os que te respeitam. 15 Alegra-te, porque os filhos dos justos serão congregados e louvarão o Senhor dos séculos. Ditosos aqueles que te amam, e ditosos os que se alegram pela tua prosperidade. 16 Ditosos os que se entristecem a teu respeito, por causa dos teus castigos, pois alegrar-se-ão em ti; contemplarão a tua glória e regozijar-se-ão para sempre. A minha alma bendiz o Senhor, o grande Rei!b 17 Pois Jerusalém será reconstruída e na cidade, a sua casa permanecerá para sempre. Feliz serei, se os descendentes da minha gente virem a tua glória e louvarem o rei do céu. As portas de Jerusalém serão reedificadas com safira e com esmeralda, e os seus muros com pedras preciosas. Com ouro serão construídas as suas torres, com ouro puro, as suas ameias. 18 As portas de Jerusalém cantarão de alegria e todas as casas dirão: 'Aleluia! Bendito o Senhor, Deus de Israel!' E os abençoados bendirão o nome santo, para sempre.” Is 2,2 No fim dos tempos o monte do templo do Senhor estará firme, será o mais alto de todos, e dominará sobre as colinas. Acorrerão a ele todas as gentes, 3 virão muitos povos e dirão: “Vinde, subamos à montanha do Senhor, à casa do Deus de [a] Lc 1,48 Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. [b] Lc 1,46 Maria disse, então: “A minha alma glorifica o Senhor 47 e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.”

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Jacó. Ele nos ensinará os seus caminhos, e nós andaremos pelas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém, a palavra do Senhor.a Br 5,1 Jerusalém, tira as vestes de luto e de aflição; reveste-te para sempre dos adornos da glória que te vem de Deus. 2 Cobrete com o manto da justiça que vem de Deus, e põe sobre a tua cabeça o diadema da glória do Eterno, 3 porque Deus vai mostrar o teu esplendor a todos os que vivem debaixo do céu. 4Eis o nome que Deus te dará para sempre: “Paz da Justiça e Glória da Piedade!” 5 Levanta-te, ó Jerusalém, põe-te no alto e olha para o Oriente! Contempla os teus filhos reunidos desde o nascente ao poente pela voz do Santo, invocando alegremente a Deus. Mq 4,1 Acontecerá no fim dos tempos: o monte da casa do Senhor será estabelecido no cimo dos montes, e se elevará sobre as colinas. Os povos acorrerão a ele. 2 E numerosas nações ali afluirão, dizendo: “Vinde, subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó. Ele nos ensinará os seus caminhos, e andaremos pelas suas veredas.” Pois de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor. 3 Ele será juiz de numerosas nações e árbitro de povos longínquos e poderosos. Eles converterão as suas espadas em relhas de arados, e as suas lanças em foices; um povo não levantará mais a espada contra outro, e não aprenderão mais a fazer guerra.

2.1.12 Seus membros são chamados à santidade 1Cor 1,2 à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos, com todos os que em qualquer lugar invocam o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: 3 graça e paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.b [a] Os v.2-5 encontram-se também em Mq 4,1-3. Trata-se de uma visão profética sobre um futuro ideal de Jerusalém, em que Deus, pela mediação de Jerusalém, estabelecerá um reinado de paz: as espadas serão substituídas pelos arados e os ódios pelas leis justas (Sl 46,10). O reino escatológico fundamenta-se no reino terrestre-teocrático. [b] Igreja de Deus designava, no AT, a assembleia cultual do povo de Deus; a expressão foi depois aplicada à comunidade cristã de Jerusalém (At 5, 11; 9,31; 20,28) e, no plural, às da Judeia (1Ts 2,13-16); aqui refere-se à igreja local de

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Cl 3,5 Crucificai os vossos membros no que toca à prática de coisas da terra: fornicação, impureza, paixão, mau desejo e a ganância, que é uma idolatria. 6 Estas coisas provocam a ira de Deus sobre os que lhe resistem. 7 Entre eles também vós caminhastes outrora, quando vivíeis nessas coisas. 8 Mas agora rejeitai também vós tudo isso: ira, raiva, maldade, injúria, palavras grosseiras saídas da vossa boca. 9 Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas ações, 10 e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador. 11 Aí não há grego nem judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo, que é tudo e está em todos. 12 Como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos, pois, de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, 13 suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, fazei-o vós também. 14 E, acima de tudo isto, revesti-vos do amor, que é o laço da perfeição. 15 Reine nos vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados num só corpo. E sede agradecidos.

2.1.13 Sucessão apostólica At 1,15 Por aqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – encontravam-se reunidas cerca de cento e vinte pessoas – e disse: 16 “Irmãos, era necessário que se cumprisse o que o Espírito Santo anunciou na Escritura pela boca de Davi a respeito de Judas, que foi o guia dos que prenderam Jesus. 17 Ele, efetivamente, era um dos nossos e tinha recebido uma parte do nosso ministério. 18 Esse homem, depois de ter adquirido um terreno com o salário do seu crime, precipitou-se de cabeça para baixo, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se espalharam. 19 O fato chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, a tal ponto que esse terreno foi Corinto. Santificados em Cristo Jesus, isto é, consagrados a Deus pela sua incorporação em Cristo, no batismo. Por isso, chamados a ser santos, expressão que poderá corresponder à assembleia santa do povo hebreu convocado por Deus (Ex 12,16; Lv 23,1-3; Nm 28,25)

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chamado na língua deles 'Haqueldamá', que quer dizer Campo de Sangue. 20 Está realmente escrito no Livro dos Salmos: 'Fique deserta a sua habitação e não haja quem nela resida'. E ainda: 'Receba outro o seu encargo.' 21 Portanto, de entre os homens que nos acompanharam durante todo o tempo em que o Senhor Jesus viveu no meio de nós, 22 a partir do batismo de João até ao dia em que nos foi arrebatado para o Alto, é indispensável que um deles se torne, conosco, testemunha da sua ressurreição.” 23 Designaram dois: José, de apelido Barsabas, chamado Justo, e Matias. 24 Fizeram, então, a seguinte oração: “Senhor, Tu que conheces o coração de todos, indica-nos qual destes dois escolheste 25 para ocupar, no ministério apostólico, o lugar abandonado por Judas, que foi para o lugar que merecia.” 26 Depois, tiraram à sorte, e a sorte caiu em Matias, que foi incluído entre os onze Apóstolos. Tt 1,5 Deixei-te em Creta, para acabares de organizar o que ainda falta e para colocares presbíteros em cada cidade, de acordo com as minhas instruções.

2.1.14 A Igreja Católica tem autoridade Mt 16,18 Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela. 19 Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.”a Mt 18,15 “Se o teu irmão pecar, vai ter com ele e repreende-o a sós. Se te der ouvidos, terás ganho o teu irmão. 16 Se não te der ouvidos, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão fique resolvida pela palavra de duas ou três testemunhas. 17 Se ele se recusar a ouvi-las, comunica-o à [a] O poder de ligar e desligar conferido a Pedro é também comunicado aos outros ministros da Igreja, aos quais se dirige o discurso do cap. 18. Jesus promete a Pedro o poder de ligar e desligar, ou seja, de proibir ou permitir o acesso à comunhão com a comunidade cristã. Essa autoridade vem reforçada com a imagem das chaves do Reino do Céu, e o seu exercício pressupõe uma certa estrutura. No discurso eclesial, o poder de perdoar os pecados e de introduzir no Reino vem conferido a todos os Apóstolos (Mt 9, 8; 18,18; Is 22,22; Jo 20,23).

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Igreja; e, se ele se recusar a atender à própria Igreja, seja para ti como um pagão ou um cobrador de impostos. 18 Em verdade vos digo: Tudo o que ligardes na Terra será ligado no Céu, e tudo o que desligardes na Terra será desligado no Céu.”a Jo 20,20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor. 21 E Ele voltou a dizer-lhes: “A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.” 22 Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.”b

2.1.15 A Igreja Católica tem bons e maus membros Mt 13,41 o Filho do Homem enviará os seus anjos, que hão-de tirar do seu Reino todos os escandalosos e todos quantos praticam a iniquidade, 42 e lançá-los na fornalha ardente; ali haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os justos resplandecerão como o Sol, no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça!” 44 “O Reino do Céu é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem encontra. Volta a escondê-lo e, cheio de alegria, vai, vende tudo o que possui e compra o campo. 45 O Reino do Céu é também semelhante a um negociante que busca boas pérolas. 46 Tendo encontrado uma pérola de grande valor, vende tudo quanto possui e compra a [a] Estes versículos destinavam-se a moderar o rigor dos que exigiam a expulsão imediata dos pecadores da comunidade. Daí o apelo a ganhar para a comunidade o irmão, que estava prestes a ser excluído (Lc 17, 3 Tende cuidado convosco! Se o teu irmão te ofender, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe.). O corte da comunidade com os impenitentes vem do costume judaico de não contatar com gentios nem cobradores de impostos, considerados pessoas impuras. [b] A quem perdoardes. A Igreja viu nestas palavras a instituição do sacramento da reconciliação, que é fonte de paz e alegria, e definiu o seu sentido literal; de fato, Jesus diz: A quem perdoardes os pecados, e não simplesmente: “A quem pregardes o perdão dos pecados”. Pois dizer ficarão perdoados corresponde a “Deus perdoará”; e ficarão retidos equivale a “Deus reterá”, isto é, não perdoará.

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pérola.” 47 “O Reino do Céu é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, apanha toda a espécie de peixes. 48 Logo que ela se enche, os pescadores puxam-na para a praia, sentam-se e escolhem os bons para as cestas, e os ruins, deitam-nos fora.a Mt 22,2 “O Reino do Céu é comparável a um rei que preparou um banquete nupcial para o seu filho. 3 Mandou os servos chamar os convidados para as bodas, mas eles não quiseram comparecer. 4 De novo mandou outros servos, ordenando-lhes: 'Dizei aos convidados: O meu banquete está pronto; abateram-se os meus bois e as minhas reses gordas; tudo está preparado. Vinde às bodas.' 5 Mas eles, sem se importarem, foram um para o seu campo, outro para o seu negócio. 6 Os restantes, apoderando-se dos servos, maltrataram-nos e mataram-nos. 7 O rei ficou irado e enviou as suas tropas, que exterminaram aqueles assassinos e incendiaram a sua cidade. 8 Disse, depois, aos servos: 'O banquete das núpcias está pronto, mas os convidados não eram dignos. 9 Ide, pois, às saídas dos caminhos e convidai para as bodas todos quantos encontrardes.' 10 Os servos, saindo pelos caminhos, reuniram todos aqueles que encontraram, maus e bons, e a sala do banquete encheu-se de convidados.b 11 Quando o rei entrou para ver os convidados, viu um homem que não trazia o traje nupcial. 12 E disse-lhe: 'Amigo, como entraste aqui sem o traje nupcial?' Mas ele emudeceu. 13 O rei disse, então, aos servos: 'Amarrailhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes.' 14 Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.”

[a] Como a parábola do joio, a da rede sublinha a coexistência de maus e bons até ao fim dos tempos dentro da comunidade cristã; ao contrário daquela, que insistia na paciência, esta sublinha o juízo de Deus sobre as exigências de pertencer ao Reino (Mt 4,18-20; Lc 5,10). [b] Saídas dos caminhos ou cruzamentos, fora da cidade; maus e bons: referência à universalidade do último convite e à totalidade das pessoas para terem parte na alegria do Reino (Mt 4,23; 5,43.45-48; Sl 22,27).

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2.1.16 Escândalo na Igreja §2284 O escândalo é a atitude ou o comportamento que leva outrem a praticar o mal. Aquele que escandaliza torna-se o tentador do próximo. Atenta contra a virtude e a retidão; pode arrastar seu irmão à morte espiritual. O escândalo constitui uma falta grave se, por ação ou omissão, conduzir deliberadamente o outro a uma falta grave. Mt 18,6“Mas, se alguém escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, seria preferível que lhe suspendessem do pescoço a mó de um moinho e o lançassem nas profundezas do mar. 7 Ai do mundo, por causa dos escândalos! São inevitáveis, decerto, os escândalos; mas ai do homem por quem vem o escândalo! 8 Se a tua mão ou o teu pé são para ti ocasião de queda, corta-os e lança-os para longe de ti: é melhor para ti entrares na Vida mutilado ou coxo, do que, tendo as duas mãos ou os dois pés, seres lançado no fogo eterno. 9 Se a tua vista é para ti ocasião de queda, arranca-a e lança-a para longe de ti: é melhor para ti entrares com uma só vista na Vida, do que, tendo os dois olhos, seres lançado na Geena do fogo.”

2.1.16.1 Dever de evitar o escândalo §2489 A caridade e o respeito à verdade devem ditar a resposta a todo pedido de informação ou de comunicação. O bem e a segurança do outro, o respeito à vida privada, o bem comum são razões suficientes para se calar aquilo que não deve ser conhecido ou para se usar uma linguagem discreta. O dever de evitar o escândalo impõe muitas vezes uma estrita discrição. Ninguém é obrigado a revelar a verdade a quem não tem o direito de conhecê-la.

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3 Papado e a Infalibilidade §889 Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. Pelo “sentido sobrenatural da fé”, o Povo de Deus “se atém indefectivelmente à fé”, sob a guia do Magistério vivo da Igreja. §890 A missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste carisma pode assumir várias modalidades. §891 “Goza desta infalibilidade o Pontífice Romano, chefe do colégio dos Bispos, por força de seu cargo quando, na qualidade de pastor e doutor supremo de todos os fiéis e encarregado de confirmar seus irmãos na fé, proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina que concerne à fé ou aos costumes... A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico. Quando, por seu Magistério supremo, a Igreja propõe alguma coisa “a crer como sendo revelada por Deus” como ensinamento de Cristo, “é preciso aderir na obediência da fé a tais definições. Esta infalibilidade tem a mesma extensão que o próprio depósito da Revelação divina. §2035 O grau supremo da participação na autoridade de Cristo é assegurado pelo carisma da infalibilidade. Esta tem a mesma extensão que o depósito da revelação divina; estende-se ainda a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podem ser preservadas, expostas ou observadas.

21 §2051 A infalibilidade do magistério dos pastores se estende a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral. Sem esses elementos, as verdades salutares da fé não podem ser guardadas, expostas ou observadas.

3.1 A cátedra de Moisés como autoridade de ensino Mt 23,1 Então, Jesus falou assim à multidão e aos seus discípulos: 2“Os doutores da Lei e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. 3 Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem, mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem.a Mt 5, 20 Porque Eu vos digo: Se a vossa justiça não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, não entrareis no Reino do Céu.

3.2 A igreja edificada sobre os apóstolos e profetas Mt 16,18 Também Eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas dos Infernos nada poderão contra ela.b Ef 2,19Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, 20 edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. 21 É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. 22 É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito.

[a] A cátedra de Moisés, símbolo da autoridade oficial, exercida pelos doutores da Lei, os quais pertenciam geralmente ao partido dos fariseus (Mt 3,7). [b] Pedro é tradução grega do nome aramaico Kepha (pedra, rocha); a palavra grega não era utilizada como nome próprio. Igreja ( Gr. ekklesia) traduz a palavra hebraica qahal, que significa assembleia. Aqui designa a comunidade nova que Jesus vai edificar, na qual Pedro ocupa um lugar eminente (Mt 4, 18; 17,1; At 1,13.15; 3,1; 10,5). A promessa de Jesus inclui a vitória sobre o poder das portas do inferno (Gr. Hades; Heb. Cheol), garantindo à comunidade dos discípulos a vitória sobre as forças do mal e a certeza de viver para sempre com Ele (Gn 37, 25; Nm 16,33; 1Sm 28,13; Sl 7,6; Sb 16,13; Ez 26,20; Am 9,1-4; Jo 6,67-69; 21,15-23; Gl 2,7).

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3.3 As chaves são símbolos de autoridade Is 22,22 Porei sobre os seus ombros a chave do palácio de Davi: o que ele abrir ninguém fechará, o que ele fechar ninguém abrirá. Mt 16,19 Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu; tudo o que ligares na terra ficará ligado no Céu e tudo o que desligares na terra será desligado no Céu.a Ap 1,18 Aquele que vive. Estive morto; mas, como vês, estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da Morte e do Abismo!b Ap 3,7 Ao anjo da igreja de Filadélfia escreve: “Isto diz o Santo, o Verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre e ninguém fecha e fecha e ninguém abre: 8'Conheço as tuas obras. Vê, coloquei diante de ti uma porta aberta, que ninguém pode fechar. Tens pouca força, mas guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome.”

3.4 Chamamento dos primeiros discípulos Mt 4,18 Caminhando ao longo do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores.19 Disse-lhes: “Vinde comigo e Eu farei de vós pescadores de homens.” 20 E eles deixaram as redes imediatamente e seguiram-no. 21 Um pouco mais adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão [a] Jesus promete a Pedro o poder de ligar e desligar, ou seja, de proibir ou permitir o acesso à comunhão com a comunidade cristã. Essa autoridade vem reforçada com a imagem das chaves do Reino do Céu, e o seu exercício pressupõe uma certa estrutura. No discurso eclesial, o poder de perdoar os pecados e de introduzir no Reino vem conferido a todos os Apóstolos (Mt 9, 8; Mt 18,18; Is 22,22; Jo 20,23). [b] É Jesus Cristo ressuscitado que aparece a João e está presente ao longo de todo o livro do Apocalipse. Chave da Morte e do Abismo, isto é, o poder sobre as forças negativas que se opõem a Deus e a afirmação da Ressurreição.

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João, os quais, com seu pai, Zebedeu, consertavam as redes, dentro do barco. Chamou-os, e 22 eles, deixando no mesmo instante o barco e o pai, seguiram-no. Mc 1,16[Jesus] Passando ao longo do mar da Galileia, viu Simão e André, seu irmão, que lançavam as redes ao mar, pois eram pescadores. 17 E disse-lhes Jesus: “Vinde comigo e farei de vós pescadores de homens.” 18 Deixando logo as redes, seguiram-no. 19 Um pouco adiante, viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco a consertar as redes, e logo os chamou. 20 E eles deixaram no barco seu pai Zebedeu com os assalariados e partiram com Ele. Lc 5,1 Encontrando-se junto do lago de Genesaré, e comprimindo-se à volta dele a multidão para escutar a palavra de Deus, 2 Jesus viu dois barcos que se encontravam junto do lago. Os pescadores tinham descido deles e lavavam as redes. 3 Entrou num dos barcos, que era de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra e, sentando-se, dali se pôs a ensinar a multidão. 4 Quando acabou de falar, disse a Simão: “Faz-te ao largo; e vós, lançai as redes para a pesca.” 5 Simão respondeu: “Mestre, trabalhamos durante toda a noite e nada apanhamos; mas, porque Tu o dizes, lançarei as redes.” 6 Assim fizeram e apanharam uma grande quantidade de peixe. As redes estavam a romper-se, 7 e eles fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram os dois barcos, a ponto de se irem afundando. 8 Ao ver isto, Simão caiu aos pés de Jesus, dizendo: “Afasta-te de mim, Senhor, porque sou um homem pecador.” 9 Ele e todos os que com ele estavam encheram-se de espanto por causa da pesca que tinham feito; o mesmo acontecera 10 a Tiago e a João, filhos de Zebedeu e companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: “Não tenhas receio; de futuro, serás pescador de

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homens.” 11 E, depois de terem reconduzido os barcos para terra, deixaram tudo e seguiram Jesus.a Jo 1,42 E levou-o até Jesus. Fixando nele o olhar, Jesus disselhe: “Tu és Simão, o filho de João. Hás de chamar-te Cefas” – que significa Pedrab.

3.5 Pedro é sempre mencionado em primeiro lugar Mt 10,1Jesus chamou doze discípulos e deu-lhes poder de expulsar os espíritos malignos e de curar todas as enfermidades e doenças. 2São estes os nomes dos doze Apóstolosc: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3Filipe e Bartolomeu; Tomé e

[a] Pescador de homens. As palavras de Jesus dirigem-se só a Pedro, apesar de os outros discípulos serem solidários nos mesmos sentimentos. Lc dá relevo à figura de Pedro. Pregando o Evangelho, os discípulos congregarão as pessoas no Reino de Deus. Aqui, e nas narrações da vocação, Lc é o único a explicitar que o discípulo deve deixar tudo, para seguir Jesus, (Lc, 5, 28; 12,33; 14,33; 18,22). Ver Mt 4,19-20; Mc 1,16-20. Termo técnico do discipulado. [b] Cefas não era um nome, mas um apelativo original (kepha, pedra, em aramaico), para indicar, não uma característica pessoal, mas a missão a que Deus o destinava de ser “a pedra” em que Jesus assentaria a sua Igreja (Jo 21, 1518 ; Mt 16,18.19; Mc 3,16; Lc 22,32-34) Em português a diferença entre Pedro e pedra não permite acentuar a força do original aramaico e grego, em que a mesma palavra designa a materialidade da rocha e o novo nome daquele que é o cabeça do Colégio Apostólico. [c] Os doze Apóstolos. (cf. Mc 3,14+ e Lc 1,3+) chegou a nós sob quatro formas diferentes, a saber: de Mt, Mc Lc e At. Divide-se sempre em três grupos de quatro nomes, sendo o primeiro de cada lista sempre o mesmo em todas elas: Pedro Nesta expressão, rara no NT, confluem os outros dois modos de designar os primeiros discípulos: os Doze, os Apóstolos. Apóstolo significa “enviado”, representante plenipotenciário. O número 12 Corresponde ao número das tribos de Israel, pondo em relevo a continuidade e a diversidade do novo com o antigo Povo de Deus (Gn 29,31-36; Gn 49,3-27). São quatro as listas dos nomes dos Apóstolos, com algumas divergências na ordem de sucessão e na identificação de um ou outro nome: v.2-4; Mt 14,20; Mc 3,13-19; Lc 6,13-16; At 1,13.

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Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4 Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que o traiu. Mc 3,16Estabeleceu estes doze: Simão, ao qual pôs o nome de Pedroa; 17Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais deu o nome de Boanerges, isto é, filhos do trovão; 18 André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o 19 Cananeu, e Judas Iscariotes, que o entregou. Lc 6,14Simão, a quem chamou Pedrob, e André, seu irmão; Tiago, João, Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado o Zelotec; 16Judas, filho de Tiagod, e Judas Iscariotes, que veio a ser o traidor. [a] Doze será, daqui por diante, termo técnico com o qual Mc designa o “Colégio apostólico.” Simão passa a chamar-se Pedro; na Bíblia, mudar o nome a alguém significa que se lhe vai confiar uma missão especial. Simão tornou-se Pedro porque sobre ele Jesus Cristo havia de construir a sua Igreja (Mt 16,17-19). O nome que Jesus lhe terá dado, em aramaico, é “Kepha, Cefas” (rocha), a que corresponde, na língua grega dos Evangelhos, Petros (Pedro). [b] Na Bíblia, receber um nome novo significa uma nova missão. A atribuição do nome de Pedro a Simão é referida por todos os Evangelhos, mas em momentos diferentes: Mt coloca-a bastante tarde (Mt 16, 18); Jo refere o fato logo no primeiro encontro do discípulo com Jesus (Jo 1,42); Mc e Lc referem a mudança de nome na eleição dos Doze (Lc 4, 38; Lc 5,1-10; Lc 22,31; Lc 24,34; Mc 3,16). [c] O zelote. Lc traduz o nome aramaico (zeloso) de Mt 10, 4, com que se designavam os zelotes, cujo nacionalismo religioso os opunha, de modo violento, à ocupação dos romanos. Simão deve ter pertencido a um desses grupos, antes de encontrar Jesus.

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At 1,13Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima, no lugar onde se encontravam habitualmente. Estavam lá: Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelota, e Judas, filho de Tiago. Lc 9,32Pedro e os companheiros estavam a cair de sono; mas, despertando, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com Ele. Mt 10 1

Mc 3

Lc 6 4

At 1

Simão, e André, Tiago, e João,

16

Simão Pedro; Simão Pedro, Tiago, e João, e André, 18 André, Tiago,João,

13

3

Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus,

Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé,

Filipe e Bartolomeu; 15 Mateus e Tomé;

Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus,

Tiago, e Tadeu; 4 Simão, e Judas Iscariotes,

Tiago, Tadeu, Simão,19e Judas Iscariotes,

Tiago, e Simão, 16 Judas, e Judas Iscariotes,

Tiago, Simão, e Judas, filho de Tiago.

17

Pedro, João, Tiago, André,

3.6 Pedro fala pelos apóstolos Mt 18,21 Então, Pedro aproximou-se e perguntou-lhe: “Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?” Mc 8,29“E vós, quem dizeis que Eu sou?” – perguntou-lhes. Pedro tomou a palavra, e disse: “Tu és o Messias.” Lc 12,41Pedro disse-lhe: “Senhor, é para nós que dizes essa parábola, ou é para todos igualmente?” Jo 6,67Então, Jesus disse aos Doze: “Também vós quereis ir embora?” 68Respondeu-lhe Simão Pedro: “A quem iremos nós, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna! 69Por isso nós cremos e [d] Judas, filho de Tiago. Este nome corresponde ao de Tadeu (Mt 10, 3; Mc 3,18).

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sabemos que Tu é que és o Santo de Deus.” 70Disse-lhes Jesus: “Não vos escolhi Eu a vós, os Doze? Contudo, um de vós é um diabo.” 71Referia-se a Judas, filho de Simão Iscariotes, pois esse é que viria a entregá-lo, sendo embora um dos Doze.

3.7 Pedro foi o primeiro a pregar At 2,14De pé, com os Onze, Pedro ergueu a voz e dirigiu-lhes então estas palavras: “Homens da Judeia e todos vós que residis em Jerusalém, ficai sabendo isto e prestai atenção às minhas palavras. 15Não, estes homens não estão embriagados como imaginais, pois apenas vamos na terceira hora do dia. 16 Mas tudo isto é a realização do que disse o profeta Joel: 17'Nos últimos dias, diz o Senhor, derramarei o meu Espírito sobre toda a criatura. Os vossos filhos e as vossas filhas hão-de profetizar; os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos terão sonhos. 18 Certamente, sobre os meus servos e as minhas servas derramarei o meu Espírito, nesses dias, e eles hão-de profetizar. 19 Farei ver prodígios, em cima, no céu, e sinais, em baixo na terra: sangue, fogo e uma coluna de fumo. 20O Sol será transformado em trevas e a Lua em sangue, antes de vir o Dia do Senhor, grande e glorioso. 21E então, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.' 22Homens de Israel, escutai estas palavras: Jesus de Nazaré, Homem acreditado por Deus junto de vós, com milagres, prodígios e sinais que Deus realizou no meio de vós por seu intermédio, como vós próprios sabeis, 23este, depois de entregue, conforme o desígnio imutável e a previsão de Deus, vós o matastes, cravando-o na cruz pela mão de gente perversa. 24Mas Deus ressuscitou-o, libertando-o dos grilhões da morte, pois não era possível que ficasse sob o domínio da morte. 25 Davi diz a seu respeito: 'Eu via constantemente o Senhor diante de mim, porque Ele está à minha direita, a fim de eu não vacilar. 26 Por isso o meu coração se alegrou e a minha língua exultou; e até a minha carne repousará na esperança, 27porque Tu não abandonarás a minha vida na habitação dos mortos, nem permitirás que o teu Santo conheça a decomposição. 28Deste-me a conhecer os caminhos da Vida, hás-de encher-me de alegria com a tua presença.' 29Irmãos, seja-me permitido falar-vos sem rodeios: o patriarca Davi morreu e foi sepultado, e o seu túmulo

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encontra-se, ainda hoje, entre nós. 30Mas, como era profeta e sabia que Deus lhe prometera, sob juramento, que um dos descendentes do seu sangue havia de sentar-se no seu trono, 31 viu e proclamou antecipadamente a ressurreição de Cristo por estas palavras: 'Não foi abandonado na habitação dos mortos e a sua carne não conheceu a decomposição.' 32Foi este Jesus que Deus ressuscitou, e disto nós somos testemunhas. 33Tendo sido elevado pelo poder de Deus, recebeu do Pai o Espírito Santo prometido e derramou-o como vedes e ouvis. 34Davi não subiu aos Céus, mas ele próprio diz: 'O Senhor disse ao meu Senhor: Senta-te à minha direita, 35até Eu pôr os teus inimigos por estrado dos teus pés.' 36Saiba toda a casa de Israel, com absoluta certeza, que Deus estabeleceu como Senhor e Messias a esse Jesus por vós crucificado.” 37Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: “Que havemos de fazer, irmãos?” 38 Pedro respondeu-lhes: “Convertei-vos e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo. 39Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.” 40Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: “Afastai-vos desta geração perversa.” 41Os que aceitaram a sua palavra receberam o batismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas.

3.8 Pedro realizou a primeira cura At 3,1Pedro e João subiam ao templo, para a oração das três horas da tardea. 2Era para ali levado um homem, coxo desde o ventre materno, que todos os dias colocavam à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola àqueles que entravam. 3 Ao ver Pedro e João entrarem no templo, pediu-lhes esmola. 4 Pedro, juntamente com João, olhando-o fixamente, disse-lhe: “Olha para nós.” 5O coxo tinha os olhos nos dois, esperando receber alguma coisa deles. 6Mas Pedro disse-lhe: “Não tenho ouro nem prata, mas o que tenho, isto te dou: Em nome de Jesus [a] Três horas da tarde, hora canônica, lit., “hora nona” (At 10,3.30).

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Cristo Nazareno, levanta-te e anda!” 7E, segurando-o pela mão direita, ergueu-o. No mesmo instante, os pés e os artelhos se lhe tornaram firmes. 8De um salto, pôs-se de pé, começou a andar e entrou com eles no templo, caminhando, saltando e louvando a Deus. 9Todo o povo o viu caminhar e louvar a Deus. 10Bem o conheciam, como sendo aquele que costumava sentar-se à Porta Formosa do templo a mendigar; ficaram cheios de assombro e estupefatos com o que lhe acabava de suceder. 11E, como ele não deixasse Pedro e João, todo o povo, cheio de assombro, se juntou a eles sob o chamado pórtico de Salomão.a

3.9 Pedro recebeu a revelação da Catolicidade At 10,1Havia em Cesareia um homem de nome Cornélio, centurião da coorte itálica. 2Piedoso e temente a Deus, como aliás toda a sua casa, dava largas esmolas ao povo e orava continuamente a Deus. 3Teve uma visão, cerca das três horas da tarde, e viu distintamente o Anjo de Deus entrar, aproximar-se dele e dizer-lhe: “Cornélio!” 4Fixando nele os olhos, cheio de medo, respondeu: “Que é, Senhor?” Respondeu o Anjo: “As tuas orações e as tuas esmolas subiram à presença de Deus, e Ele recordou-se de ti. 5E agora, envia homens a Jope e manda chamar um certo Simão, conhecido por Pedro. 6Está hospedado em casa de um curtidor chamado Simão, cuja casa fica à beira-mar.” 7Quando o Anjo se retirou, depois de lhe falar, Cornélio chamou dois dos seus servos e um soldado piedoso, dos que lhe eram pessoalmente dedicados, 8explicou-lhes tudo e mandou-os a Jope. 9No dia seguinte, enquanto eles iam a caminho e se aproximavam da cidade, Pedro subiu ao terraço para a oração do meio-dia. 10Então, sentiu fome e quis comer alguma coisa. Enquanto lhe preparavam de comer, foi arrebatado em êxtase. 11Viu o Céu aberto e um objeto, como uma grande toalha atada pelas quatro pontas, a descer para a terra. 12Estava [a] Inicia aqui uma unidade literária constituída por diversas cenas-tipo: narração de um milagre (v.1-10), discurso missionário sobre o sentido do mesmo (v.11-26), prisão de Apóstolos seguida de processo (At 4, 1-23), oração da comunidade (v.24-30) seguida da efusão do Espírito Santo e da pregação (v. 31). Pedro e João: os dois primeiros discípulos dos Doze (At 1, 13; Lc 8,51) aparecem nos Atos como um “dueto”, onde João nunca toma a palavra (v.4.12; At 4,7-8.13.19).

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cheia de todos os quadrúpedes e répteis da terra e de todas as aves do céu. 13E uma voz dizia-lhe: “Vamos, Pedro, mata e come.” 14Mas Pedro retorquiu: “De modo algum, Senhor! Nunca comi nada de profano nem de impuro.” 15E a voz falou-lhe novamente, pela segunda vez: “O que foi purificado por Deus não o consideres tu impuro.” 16Isto repetiu-se por três vezes e, imediatamente, o objeto foi levado para o Céu. 17Atónito, Pedro perguntava a si próprio o que poderia significar a visão que acabara de ter, quando os homens enviados por Cornélio, tendo perguntado pela casa de Simão, se apresentaram à porta. 18 Chamaram e indagaram se era ali que se encontrava hospedado Simão, cujo sobrenome era Pedro. 19E, como Pedro estava ainda a refletir sobre a visão, o Espírito disse-lhe: “Estão aí três homens a procurar-te. 20Ergue-te, desce e parte com eles sem qualquer hesitação, porque fui Eu que os mandei cá.” 21Pedro desceu, foi ter com os homens e disse: “Sou eu quem procurais. Qual o motivo da vossa vinda?” 22Responderam: “O centurião Cornélio, homem justo e temente a Deus, do qual todo o povo judeu dá bom testemunho, foi avisado por um anjo para te mandar chamar a sua casa e para ouvir as palavras que tens a dizer-lhe.” 23Então Pedro mandou-os entrar e deu-lhes hospedagem. No dia seguinte, levantando-se, partiu com eles, e alguns irmãos de Jope acompanharam-no. 24Chegou a Cesareia, um dia depois. Cornélio estava à espera deles com os seus parentes e amigos íntimos, que tinha reunido. 25Na altura em que Pedro entrava, Cornélio foi ao seu encontro e, caindolhe aos pés, prostrou-se. 26Mas Pedro levantou-o, dizendo: “Levanta-te, que eu também sou apenas um homem.” 27E, a conversar com ele, foi para dentro, encontrando muitas pessoas reunidas. 28Pedro disse-lhes: “Vós sabeis que não é permitido a um judeu ter contato com um estrangeiro, ou entrar em sua casa. Mas Deus mostrou-me que não se deve chamar profano ou impuro a homem algum. 29Por isso, não opus qualquer dificuldade ao vosso convite. Peço-vos apenas que me digais o motivo por que me mandastes chamar.” 30 Cornélio respondeu: “Faz hoje três dias, a esta mesma hora, estava eu em minha casa a fazer a oração das três horas da tarde, quando surgiu de repente um homem com uns trajes

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resplandecentes, diante de mim, 31e me disse: 'Cornélio, a tua oração foi atendida e as tuas esmolas foram recordadas diante de Deus. 32Envia, pois, emissários a Jope e manda chamar Simão, cujo sobrenome é Pedro. Está hospedado em casa de Simão, curtidor, junto ao mar.' 33Mandei-te imediatamente chamar e agradeço-te teres vindo. E, agora, estamos todos na tua presença para ouvirmos o que Deus te ordenou.” 34Então, Pedro tomou a palavra e disse: “Reconheço, na verdade, que Deus não faz acepção de pessoas, 35mas que, em qualquer povo, quem o teme e põe em prática a justiça, lhe é agradável. 36 Enviou a sua palavra aos filhos de Israel, anunciando-lhes a Boa-Nova da paz, por Jesus Cristo, Ele que é o Senhor de todos. 37 Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou: 38como Deus ungiu com o Espírito Santo e com o poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar, fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo diabo, porque Deus estava com Ele. 39E nós somos testemunhas do que Ele fez no país dos judeus e em Jerusalém. A Ele, que mataram, suspendendo-o de um madeiro, 40 Deus ressuscitou-o, ao terceiro dia, e permitiu-lhe manifestarse, 41não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com Ele, depois da sua ressurreição dos mortos. 42E mandou-nos pregar ao povo e confirmar que Ele é que foi constituído, por Deus, juiz dos vivos e dos mortos. 43É dele que todos os profetas dão testemunho: quem acredita nele recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados.” 44Pedro estava ainda a falar, quando o Espírito Santo desceu sobre quantos ouviam a palavra. 45E todos os fiéis circuncisos que tinham vindo com Pedro ficaram estupefatos, ao verem que o dom do Espírito Santo fora derramado também sobre os pagãos, 46pois ouviam-nos falar línguas e glorificar a Deus. Pedro, então, declarou: 47“Poderá alguém recusar a água do batismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?” 48E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então eles pediram-lhe que ficasse alguns dias com eles.a [a] Catolicidade: mesmo que universalidade; a Igreja católica, suas doutrinas e usos; qualidade de quem professa o catolicismo; conformidade com o

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3.10 Vigário de Jesus Cristo Lc 10,1Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulosa e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. 2Disse-lhes: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe. [...] 16 Quem vos ouve é a mim que ouve, e quem vos rejeita é a mim que rejeita; mas, quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou.” Jo 13,19Desde já vo-lo digo, antes que isso aconteça, para que, quando acontecer, acrediteis que Eu soub. 20Em verdade, em verdade vos digo: quem receber aquele que Eu enviar é a mim que recebe, e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.” At 5,1Um certo homem, chamado Ananias, com sua mulher, Safira, vendeu uma propriedade; 2mas desviou parte do preço, de acordo com a mulher e, trazendo o restante, depositou-o aos pés dos Apóstolos. 3Então Pedro perguntou-lhe: “Ananias, porque é que Satanás invadiu o teu catolicismo; conjunto dos povos ou dos países que professam o catolicismo [a] Setenta e dois. Em muitos códices lê-se LXX “setenta” (v.17). Uma e outra leitura indica o número de nações pagãs, tal como o judaísmo o via em Gn 10 (segundo o texto hebreu, 70, ou o texto grego, 72). A missão aos gentios começará após a Páscoa e Pentecostes (Lc 24,47; At 1,8), mas Lc procura mostrar já uma prefiguração dessa missão. É o único a referir esta missão, para mostrar que a missão não é reservada aos Doze e ela simboliza, na Palestina, a missão aos pagãos. Sobre a missão dos Setenta, ver Ex 18,13-27; Nm 11,6. [b] Esta expressão Eu Sou, Yahweh em hebraico é o nome de Deus Ex 3, 14-15 Javé, o nome do Deus nacional de Israel. Aqui, radica no imperfeito do verbo ser, que implica duração no passado, no presente e no futuro. Ver Ap 1,4; Ap 4,8: Aquele que é, que era e que há-de vir.

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coração, a ponto de te levar a mentir ao Espírito Santo e subtraíres uma parte do preço do terreno? 4Não podias tu conservá-lo sem o vender? E, depois de o teres vendido, não podias dispor livremente do valor em teu poder? Como pudeste conceber semelhante plano no teu coração? Não foi aos homens que tu mentiste, mas a Deus.” 5Ao ouvir tais palavras, Ananias caiu e expirou, e um grande terror se apoderou de todos os assistentes. 6Os mais novos aproximaram-se para amortalhar o corpo e levaram-no a enterrar. 7Cerca de três horas depois, entrou sua mulher, ignorando o que se passara. 8Pedro perguntou-lhe: “Foi por tanto que vendestes o terreno?” Ela respondeu: “Sim, foi por esse preço.” 9Pedro insistiu: “Porque combinaste pôr à prova o Espírito do Senhor? Aí estão à porta os pés daqueles que sepultaram o teu marido, e te hão-de levar a ti.” 10No mesmo instante, caiu aos pés do Apóstolo e expirou. Os jovens, entrando, encontraram-na morta e, levando-a, sepultaram-na ao lado do marido. 11Então, um grande temor se apoderou de toda a Igreja e de todos quantos ouviram contar estes acontecimentos. 12Entretanto, pela intervenção dos Apóstolos, faziam-se muitos milagres e prodígios no meio do povo. Reuniam-se todos no Pórtico de Salomão 13e, dos restantes, ninguém se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo não cessava de os enaltecer. 14Sempre em maior número, juntavamse, em massa, homens e mulheres, acreditando no Senhor, 15a tal ponto que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos em enxergas e catres, a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. 16A multidão vinha também das cidades próximas de Jerusalém, transportando enfermos e atormentados por espíritos malignos, e todos eram curados.

3.11 “Apascenta as minhas ovelhas” Jo 21,15Depois de terem comido, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu amas-me mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.”

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Jesus disse-lhe: “Apascenta os meus cordeiros.” 16Voltou a perguntar-lhe uma segunda vez: “Simão, filho de João, tu amasme?” Ele respondeu: “Sim, Senhor, Tu sabes que eu sou deveras teu amigo.” Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas.” 17E perguntou-lhe, pela terceira vez: “Simão, filho de João, tu és deveras meu amigo?” Pedro ficou triste por Jesus lhe ter perguntado, à terceira vez: 'Tu és deveras meu amigo?' Mas respondeu-lhe: “Senhor, Tu sabes tudo; Tu bem sabes que eu sou deveras teu amigo!” E Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais novo, tu mesmo atavas o cinto e ias para onde querias; mas, quando fores velho, estenderás as mãos e outro te há-de atar o cinto e levar para onde não queres.” 19E disse isto para indicar o gênero de morte com que ele havia de dar glória a Deus. Depois destas palavras, acrescentou: “Segue-me!” 20Pedro voltou-se e viu que o seguia o discípulo que Jesus amava, o mesmo que na ceia se tinha apoiado sobre o seu peito e lhe tinha perguntado: 'Senhor, quem é que te vai entregar?' 21Ao vêlo, Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, e que vai ser deste?” 22 Jesus respondeu-lhe: “E se Eu quiser que ele fique até Eu voltar, que tens tu com isso? Tu, segue-me!”a 1Pd 5,1Aos presbíteros que há entre vós, eu – presbítero como eles e que fui testemunha dos padecimentos de Cristo e também participante da glória que se há-de manifestar – dirijo -vos esta exortação: 2Apascentai o rebanho de Deus que vos foi confiado, governando-o não à força, mas de boa vontade, tal como Deus quer; não por um mesquinho espírito de lucro, mas com zelo; 3 não com um poder autoritário sobre a herança do Senhor, mas [a] É fácil ver na tríplice confissão de amor de Pedro uma reparação da sua tríplice negação (Jo 18,17.25-27); mas, na redação do texto grego, pode ver-se também um jogo de palavras muito expressivo, pois na 1ª. e 2ª. perguntas Jesus interroga Pedro com um verbo de amor mais divino, profundo e intelectual (agapâs me = amas-me?), ao passo que Pedro responde com um verbo de simples afeição e amizade (filô se = gosto de ti); à 3ª. vez, Jesus condescende com Pedro, usando este segundo verbo, e Pedro ficou triste por se lembrar que esta mudança de Jesus se devia à imperfeição do seu amor. A Tradição católica viu neste encargo de pastorear todo o rebanho de Cristo (cordeiros e ovelhas) o cumprimento da promessa do primado (Mt 16,18.19; Lc 22,32-34; 1Pd 5,2.4).

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como modelos do rebanho. 4E, quando o supremo Pastor se manifestar, então recebereis a coroa imperecível da glória.

3.12 “Simão, confirma os teus irmãos” Lc 22,24Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles devia ser considerado o maior. 25 Jesus disse-lhes: “Os reis das nações imperam sobre elas e os que nelas exercem a autoridade são chamados benfeitores. 26 Convosco, não deve ser assim; o que fôr maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve. 27Pois, quem é maior: o que está sentado à mesa, ou o que serve? Não é o que está sentado à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve. 28Vós sois os que permaneceram sempre junto de mim nas minhas provações, 29e Eu disponho do Reino a vosso favor, como meu Pai dispõe dele a meu favor, 30a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu Reino. E haveis de sentar-vos, em tronos, para julgar as doze tribos de Israel.” 31E o Senhor disse: “Simão, Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. 32 Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.”

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3.13 Lista dos Papas Há uma continuidade desde São Pedro até o Papa atual (Sua Santidade Bento XVI): 1º. São Pedro (32-67) 35 anos 2º. São Lino (67-76) 9 anos 3º. Santo Anacleto (76-88) 12 anos 4º. São Clemente I (88-97) 9 anos 5º. Santo Evaristo (97-105) 8 anos 6º. Santo Alexandre I (105-115) 10 anos 7º. São Sisto I (115-125) 10 anos 8º. Santo Telésforo (125-136) 11 anos 9º. Santo Higino (136-140) 4 anos 10º. São Pio I (140-155) 15 anos 11º. Santo Aniceto (155-166) 11 anos 12º. São Sotero (166-175) 9 anos 13º. Santo Eleutério (175-189) 14 anos 14º. São Víctor I (189-199) 10 anos 15º. São Zeferino (199-217) 18 anos 16º. São Calisto I (217-222) 5 anos 17º. Santo Urbano I (222-230) 8 anos 18º. São Ponciano (230-235) 5 anos 19º. Santo Antero (235-236) 1 ano 20º. São Fabiano (236-250) 14 anos 21º. São Cornélio (251-253) 2 anos 22º. São Lúcio I (253-254) 1 ano 23º. Santo Estêvão I (254-257) 3 anos 24º. São Sisto II (257-258) 1 ano 25º. São Dionísio (260-268) 8 anos 26º. São Félix I (269-274) 5 anos 27º. Santo Eutiquiano (275-283) 8 anos 28º. São Caio (283-296) 13 anos 29º. São Marcelino (296-304) 8 anos 30º. São Marcelo I (308-309) 1 ano 31º. Santo Eusébio (309-310) 1 ano 32º. São Milcíades (311-314) 3 anos 33º. São Silvestre I (314-335) 1 ano 34º. São Marcos (jan/out 336) 10 meses

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35º. São Júlio I (337-352) 15 anos 36º. Libério (352-366) 14 anos 37º. São Dâmaso I (366-383) 17 anos 38º. São Sirício (384-399) 15 anos 39º. Santo Anastásio I (399-401) 2 anos 40º. Santo Inocêncio I (401-17) 16 anos 41º. São Zózimo (417-418) 1 ano 42º. São Bonifácio I (418-422) 4 anos 43º. São Celestino I (422-432) 10 anos 44º. São Sisto III (432-440) 8 anos 45º. São Leão I Magno (440-461) 21 anos 46º. Santo Hilário (461-468) 7 anos 47º. São Simplício (468-483) 15 anos 48º. São Felix III (II) (483-492) 9 anos 49º. São Gelásio I (492-496) 4 anos 50º. Anastásio II (496-498) 2 anos 51º. São Símaco (498-514) 16 anos 52º. Santo Hormisdas (514-523) 9 anos 53º. São João I (523-526) 3 anos 54º. São Félix IV (III) (526-530) 4 anos 55º. Bonifácio II (530-532)2 anos 56º. João II (533-535) 2 anos 57º. Santo Agapito I (535-536) 1 ano 58º. São Silvério (536-537) 1 ano 59º. Vigílio (537-555) 18 anos 60º. Pelágio I (556-561) 5 anos 61º. João III (561-574)13 anos 62º. Bento I (575-579) 4 anos 63º. Pelágio II (579-590) 11 anos 64º. São Gregório I (590-604) 14 anos 65º. Sabiniano (604-606) 2 anos 66º. Bonifácio III (fev-nov 607) ≈ 10 meses 67º. São Bonifácio IV (608-15) 7 anos 68º. São Deusdedit3 (615-618) 3 anos 69º. Bonifácio V (619-625) 6 anos 70º. Honório I (625-638) 13 anos 71º. Severino (Mai-ago 640) ≈ 4 meses 72º. João IV (640-642) 2 anos

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73º. Teodoro I (642-649) 7 anos 74º. São Martinho I (649-655) 6 anos 75º. Santo Eugênio I (655-657) 2 anos 76º. São Vitaliano (657-672) 15 anos 77º. Adeodato (II) (672-676) 4 anos 78º. Dono (676-678) 2 anos 79º. Santo Agatão (678-681) 3 anos 80º. São Leão II (682-683) 1 anos 81º. São Bento II (684-685) 1 anos 82º. João V (685-686) 1 anos 83º. Cónon (686-87) 1 ano 84º. São Sérgio I (687-701) 14 anos 85º. João VI (701-705) 4 anos 86º. João VII (705-707) 2 anos 87º. Sísino (jan-fev 708) ≈ 2 meses 88º. Constantino (708-715) 7 anos 89º. São Gregório II (715-731) 16 anos 90º. São Gregório III (731-741) 10 anos 91º. São Zacarias (741-752) 11 anos 92º. Estêvão II (mar 752) ≈ 1 mês 93º. Estêvão III (752-757) 5 anos 94º. São Paulo I (757-767) 10 anos 95º. Estêvão IV (767-772) 5 anos 96º. Adriano I (772-795) 23 anos 97º. Santo Leão III (795-816) 21 anos 98º. Estêvão V (816-817) 1 anos 99º. São Pascoal I (817-824) 7 anos 100º. Eugênio II (824-827) 3 anos 101º. Valentim (ago-set 827) ≈ 2 meses 102º. Gregório IV (827-844) 17 anos 103º. Sérgio II (844-847) 3 anos 104º. São Leão IV (847-855) 8 anos 105º. Bento III (855-858) 3 anos 106º. São Nicolau I (858-867) 9 anos 107º. Adriano II (867-872) 5 anos 108º. João VIII (872-882) 10 anos 109º. Marino I (882-884) 2 anos 110º. Santo Adriano III (884-885) 1 ano

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111º. Estêvão VI (885-891) 6 anos 112º. Formoso (891-896) 5 anos 113º. Bonifácio VI (abr 896) ≈ 1 mês 114º. Estêvão VII (896-897) 1 ano 115º. Romano (ago-nov 897) ≈ 3 meses 116º. Teodoro II (nov-dez 897) ≈ 2 meses 117º. João IX (898-900) 2 anos 118º. Bento IV (900-903) 3 anos 119º. Leão V (jul-dez 903) ≈ 5 meses 120º. Sérgio III (904-911) 7 anos 121º. Anastásio III (911-913) 2 anos 122º. Lando (913-914) 1 ano 123º. João X (914-928) 14 anos 124º. Leão VI (mai-dez 928) ≈ 7 meses 125º. Estêvão VIII (929-931) 2 anos 126º. João XI (931-935) 4 anos 127º. Leão VII (936-939) 3 anos 128º. Estêvão IX (939-942) 3 anos 129º. Marino II (942-946) 4 anos 130º. Agapito II (946-955) 9 anos 131º. João XII (955-963) 8 anos 132º. Leão VIII (963-964) 1 ano 133º. Bento V (mai-jun 964) ≈ 1 mês 134º. João XIII (965-972) 7 anos 135º. Bento VI (973-974) 1 ano 136º. Bento VII (974-983) 9 anos 137º. João XIV (983-984) 1 ano 138º. João XV (985-996) 11 anos 139º. Gregório V (996-999) 3 anos 140º. Silvestre II (999-1003) 4 anos 141º. João XVII (jun-dez 1003) ≈ 6 meses 142º. João XVIII (1003-1009) 6 anos 143º. Sérgio IV (1009-1012) 3 anos 144º. Bento VIII (1012-1024) 12 anos 145º. João XIX (1024-1032) 8 anos 146º. Bento IX (1032-1045) 13 anos 147º. Silvestre III (jan-mar 1045) ≈ 2 meses 146º. Bento IX (abr-mai 1045) ≈ 1 mês

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148º. Gregório VI (1045-1046) 1 ano 149º. Clemente II (1046-1047) 1 ano 150º. Bento IX (1047-1048) 1 ano 151º. Dâmaso II (jul-ago 1048) ≈ 1 mês 152º. São Leão IX (1049-1054) 5 anos 153º. Víctor II (1055-1057) 2 anos 154º. Estêvão X (1057-1058) 1 ano 155º. Nicolau II (1058-1061) 3 anos 156º. Alexandre II (1061-1073) 12 anos 157º. São Gregório VII (1073-1085) 12 anos 158º. B. Víctor III (1086-1087) 1 ano 159º. B. Urbano II (1088-1099) 11 anos 160º. Pascoal II (1099-1118) 19 anos 161º. Gelásio II (1118-1119) 1 ano 162º. Calisto II (1119-1124) 5 anos 163º. Honório II (1124-1130) 6 anos 164º. Inocêncio II (1130-1143) 13 anos 165º. Celestino II (1143-1144) 1 ano 166º. Lúcio II (1144-1145) 1 ano 167º. B. Eugênio III (1145-1153) 8 anos 168º. Anastásio IV (1153-1154) 1 ano 169º. Adriano IV (1154-1159) 5 anos 170º. Alexandre III (1159-1181) 22 anos 171º. Lúcio III (1181-1185) 4 anos 172º. Urbano III (1185-1187) 2 anos 173º. Gregório VIII (1187) ≈ 1 ano 174º. Clemente III (1187-1191) 4 anos 175º. Celestino III (1191-1198) 7 anos 176º. Inocêncio III (1198-1216) 18 anos 177º. Honório III (1216-1227) 11 anos 178º. Gregório IX (1227-1241) 14 anos 179º. Celestino IV (out-nov 1241) ≈ 1 mês 180º. Inocêncio IV (1243-1254) 11 anos 181º. Alexandre IV (1254-1261) 7 anos 182º. Urbano IV (1261-1264) 3 anos 183º. Clemente IV (1265-1268) 3 anos 184º. B. Gregório X (1271-1276) 5 anos 185º. B. Inocêncio V (jan-jun 1276) ≈ 6 meses

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186º. Adriano V (jul-ago 1276) ≈ 1 meses 187º. João XXI (1276-1277) 1 ano 188º. Nicolau III (1277-1280) 3 anos 189º. Martinho IV (1281-1285) 4 anos 190º. Honório IV (1285-1287) 2 anos 191º. Nicolau IV (1288-1292) 4 anos 192º. São Celestino V (jul-dez 1294) ≈ 5 meses 193º. Bonifácio VIII (1294-1303) 9 anos 194º. B. Bento XI (1303-1304) 1 ano 195º. Clemente V (1305-1314) 11 anos 196º. João XXII (1316-1334) 18 anos 197º. Bento XII (1334-1342) 8 anos 198º. Clemente VI (1342-1352) 10 anos 199º. Inocêncio VI (1352-1362) 10 anos 200º. B. Urbano V (1362-1370) 8 anos 201º. Gregório XI (1370-1378) 8 anos 202º. Urbano VI (1378-1389) 11 anos 203º. Bonifácio IX (1389-1404) 15 anos 204º. Inocêncio VII (1406-1406) 205º. Gregório XII (1406-15) 9 anos 206º. Martinho V (1417-1431) 14 anos 207º. Eugênio IV (1431-1447) 16 anos 208º. Nicolau V (1447-1455) 8 anos 209º. Calisto III (1445-1458) 13 anos 210º. Pio II (1458-1464) 6 anos 211º. Paulo II (1464-1471) 7 anos 212º. Sisto IV (1471-1484) 13 anos 213º. Inocêncio VIII (1484-1492) 8 anos 214º. Alexandre VI (1492-1503) 11 anos 215º. Pio III (set-out 1503) ≈ 1 mês 216º. Júlio II (1503-1513) 9 anos 217º. Leão X (1513-1521) 8 anos 218º. Adriano VI (1522-1523) 1 ano 219º. Clemente VII (1523-1534) 11 anos 220º. Paulo III (1534-1549) 15 anos 221º. Júlio III (1550-1555) 5 anos 222º. Marcelo II (abr 1555) 21 dias 223º. Paulo IV (1555-1559) 4 anos

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224º. Pio IV (1559-1565) 5 anos 225º. São Pio V (1566-1572) 8 anos 226º. Gregório XIII (1572-1585) 12 anos 227º. Sisto V (1585-1590) 5 anos 228º. Urbano VII (set 1590) 12 dias 229º. Gregório XIV (1590-1591) ≈ 10 meses 230º. Inocêncio IX (out-nov 1591) ≈ 1 mês 231º. Clemente VIII (1592-1605) 13 anos 232º. Leão XI (abr 1605) ≈ 26 dias 233º. Paulo V (1605-1621) 15 anos 234º. Gregório XV (1621-1623) 2 anos 235º. Urbano VIII (1623-1644) 20 anos 236º. Inocêncio X (1644-1655) 10 anos 237º. Alexandre VII (1655-1667) 12 anos 238º. Clemente IX (1667-1669) 2 anos 239º. Clemente X (1670-1676) 6 anos 240º. B. Inocêncio XI (1676-1689) 12 anos 241º. Alexandre VIII (1689-1691) 1 ano 242º. Inocêncio XII (1691-1700) 9 anos 243º. Clemente XI (1700-1721) 20 anos 244º. Inocêncio XIII (1721-1724) 2 anos 245º. Bento XIII (1724-1730) 5 anos 246º. Clemente XII (1730-1740) 9 anos 247º. Bento XIV (1740-1758) 17 anos 248º. Clemente XIII (1758-1769) 10 anos 249º. Clemente XIV (1769-1774) 5 anos 250º. Pio VI (1775-1799) 24 anos 251º. Pio VII (1800-1823) 23 anos 252º. Leão XII (1823-1829) 5 anos 253º. Pio VIII (1829-1830) 1 ano 254º. Gregório XVI (1831-1846) 15 anos 255º. B. Pio IX (1846-1878) 31 anos 256º. Leão XIII (1878-1903) 25 anos 257º. São Pio X (1903-1914) 11 anos 258º. Bento XV (1914-1922) 7 anos 259º. Pio XI (1922-1939) 17 anos 260º. Pio XII (1939-1958) 19 anos

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261º. B. João XXIII (1958-1963) 4 anosa 262º. Paulo VI (1963-1978) 15 anos 263º. João Paulo I (ago-set 1978) ≈ 1 mês 264º. João Paulo II (1978-2005) ≈ 26 anos, 265º. Bento XVI (2005) atual.

3.13.1 A história dos Papas em números O Anuário Pontifício do Vaticano publica regularmente a lista dos 265 papas que reinaram na história da Igreja Católica desde o primeiro, o galileu Simão Pedro, que morreu como mártir no ano 64 depois de Cristo, até o Alemão Sua Santidade Bento XVI.b Na lista, aparecem apenas 263 nomes, já que um deles, Bento IX, reinou três vezes. Eleito em 1032, foi deposto em 1044. Recuperou o trono de Pedro em 1045, ano em que abdicou, para depois voltar em 1047 e ser deposto definitivamente um ano depois. Se Bento IX foi o último Papa a ser destituído, não foi o único. Sete tiveram o mesmo destino antes dele. O Papa Silvério (536537) foi o primeiro. Cinco abdicaram. No total, 21 Papas morreram como mártires e outros nove sob o martírio. Quatro faleceram no exílio e um na prisão. A esta lista, somam-se nove pontífices que desapareceram em circunstâncias violentas: seis assassinados, dois mortos devido a ferimentos durante revoltas e um pelo desabamento do teto do local onde estava. Oitenta e cinco papas foram santificados: os primeiros 50 pontífices, exceto dois: Libério e Anastácio II. Sete papas foram beatificados. O anuário pontifício reconhece também 37 antipapas. O nome de Estevão não aparece no anuário porque morreu poucas horas depois da eleição. O pontificado de Urbano VII foi o mais curto da história da Igreja, durou 13 dias. [a] Convocou o Consílio Vaticano II [b] Adaptado de Patrick Crampont CIDADE DO VATICANO, 2 abr (AFP) site: http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2005/04/02/ult34u122122.jhtm acesso em: 30/12/07 11h12min

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O reinado mais longo, 34 anos, foi o de São Pedro, o príncipe dos apóstolos. Depois, somente Pio IX reinou mais de 30 anos (de junho de 1846 a fevereiro de 1878). Treze papas reinaram mais de 20 anos, mas a média dos pontificados é de 8 anos. Desde Simão Pedro, o período mais longo sem um papa foi de três anos, sete meses e um dia (de 26 de outubro de 304 a 27 de maio de 308), entre Marcelino e Marcelo I. A criação do conclave, em 1274, deve-se justamente à demora para escolher o sucessor de Clementino IV. Já tinham se passado dois anos e nove meses de deliberações, quando os habitantes de Viterbo, cidade onde os eclesiásticos estavam reunidos, resolveram trancá-los e mantê-los a pão e água para acelerar a decisão. Gregório X regulamentou a prática, que foi submetida a 53 reformas. No início dos anos 70, Paulo VI fixou em 120 o número máximo de cardeais eleitores, cuja idade não pode superar os 80 anos. A regra de eleição por maioria de dois terços foi imposta por Alexandre III em 1180. Este mesmo pontífice, criou o Sacro Colégio dos Cardeais, cujo número mudou de dez para vinte no curso de três séculos. Em 1585, Sisto V aumentou o número para 70, em honra aos 70 anciões que assistiram Moisés. O número foi modificado outra vez séculos depois, por João XXIII. Ao deixar seu nome de batismo, para chamar-se João Paulo II, Karol Wojtyla relançou um antigo hábito iniciado por Gregório V em 996 e seguido por 131 de seus 133 sucessores. Antes do século X, somente seis papas mudaram o próprio nome por diferentes motivos, como João II (532). Depois de Simão da Galileia, nenhum Papa adotou o nome de Pedro. Paulo XIV (983), que foi batizado assim, não quis quebrar o que muitos consideravam um tabu. O nome mais empregado é João (23 vezes), seguido por Gregório (16 x), Bento (16 x), Clementino (14 x), Leão e Inocêncio (13 x) e Pio (12 x). Dos 265 papas, 210 nasceram na Itália, 99 deles em Roma. Dos 52 restantes, 16 franceses (segundo as fronteiras atuais), 12 do antigo mundo grego, seis da Síria e três da Palestina, seis da atual Alemanha, três da Espanha e a mesma quantidade da África e um da Inglaterra, Portugal, Holanda e Polônia.

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3.13.2 Porque o nome do Papa é Bento e não Benedito! O Emmo. Sr. Cardeal Joseph Ratzinger, sendo eleito 265º sucessor do Apóstolo São Pedro escolheu, seguindo uma multissecular tradição, ser chamado por um novo nome, Bento, cuja grafia na língua oficial da Igreja, que o latim, é Benedictus.a Como nome próprio, Benedictus, do latim, tem uma só forma em algumas línguas latinas – Benoît (fr), Benedetto (it). Na língua portuguesa o nome Bento já veio com os colonizadores, referindo-se a um Santo: “Houve um homem de vida venerável, Bento tanto pela graça quanto pelo nome” que viveu entre os anos 480 e 547, escrevendo para os seus monges uma Regra, sendo considerado o patriarca dos monges do Ocidente, que em sua maioria, hoje, por viverem a sua Regra são chamados de beneditinos. Em 24 de outubro de 1964 o Papa Paulo VI o proclamou Patrono da Europa. A memória litúrgica de São Bento por causa da quaresma, antes celebrada no dia 21 de março em toda a Igreja, data provável de sua morte, foi transferida para o dia 11 de julho, data em que desde a Idade Média, se fazia também sua memória. Nos mais de dois mil anos de história do cristianismo tivemos os seguintes Papas com esse nome: O Papa Bento I, romano, governou a Igreja de 02 de junho de 575 a 30 de julho de 579; O Papa Bento II, romano, governou a Igreja de 26 de junho de 684 a 08 de maio de 685; O Papa Bento III, romano, governou a Igreja de 29 de setembro de 855 a 17 de abril de 858; O Papa Bento IV, romano, governou a Igreja de 1º de fevereiro de 900 a ... julho de 935; O Papa Bento V, romano, governou a Igreja de 22 de maio de 964 a 04 de julho de 966; O Papa Bento VI, romano, governou a Igreja de 19 de janeiro de 973 a junho de 974; [a] CNBB, Boletim Notícias - Nº13 (1818) de 28/04/2005, por D. Hugo Cavalcante, OSB

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O Papa Bento VII, romano governou a Igreja de ... outubro de 974 a 10 de julho de 983; O Papa Bento VIII, tuscolano, governou a Igreja de 18 de maio de 1012 a 09 de abril de 1024; O Papa Bento IX, tuscolano, governou a Igreja de 1032 a 1044; 10 de abril a 1º de maio de 1045 e de 08 de novembro de 1047 a 17 de julho de 1058; O Papa Bento X, romano, governou a Igreja de 05 de abril de 1058 a 24 de janeiro de 1059; O Papa Bento XI, trevisano, governou a Igreja de 27 de outubro de 1303 a 07 de julho de 1304, foi beatificado; O Papa Bento XII, francês, governou a Igreja de 20 de dezembro de 1334 a 25 de abril de 1342; O Papa Bento XIII, gravinense, governou a Igreja de 04 de junho de 1724 a 21 de fevereiro de 1730; O Papa Bento XIV, bolonhense, governou a Igreja de 21 de agosto de 1740 a 03 de maio de 1758; O Papa Bento XV, genovês, governou a Igreja de 06 de novembro de 1914 a 22 de janeiro de 1922. Sua Santidade Bento XVI, Alemão, governa atualmente a Santa Igreja Católica.

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4 Símbolo (Credo) de Santo Atanásio Todoa o que se quiser salvar, deve mais do que tudo ter a fé católica.b Aquele que não a guardar pura e inteira, de certo perecerá eternamente. A fé católica, pois, é esta: Adoramos um Deus em Trindade e a Trindade em Unidade. Sem confundirmos as Pessoas ou dividir a substância. Porque uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. Mas o Pai, o Filho e o Espírito Santo têm uma só divindade, Glória igual e coeterna Majestade. O que o Pai é, tal é o Filho e tal o Espírito Santo. O Pai é incriado, o Filho é incriado e o Espírito Santo é incriado. O Pai é imenso, o Filho é imenso e o Espírito Santo é imenso. O Pai é eterno, o Filho é eterno e o Espírito Santo é eterno. No entanto não são três eternos, mas Um. Bem como não há três imensos, nem três incriado, mas Um incriado e Um Imenso. Semelhantemente o Pai é Onipotente, o Filho Onipotente e o Espírito Santo Onipotente. E contudo não são três Onipotentes, mas um Onipotente. Assim também o Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. [a] Quicumque: é o nome deste símbolo em latim [b] Símbolo: formulário de fé nas Igrejas cristãs, para uso dos fiéis. Etimologia da Palavra: [latim] symbòlum,í 'sinal, marca distintiva, insígnia', [adaptado do grego] súmbolon, ou 'sinal, signo de reconhecimento', [originalmente] 'um objeto partido em dois, em que dois hospedeiros conservam cada um uma metade, transmitida a seus filhos; essas duas partes comparadas serviam para fazer reconhecer os portadores e para comprovar as relações da hospitalidade contraída anteriormente', donde 'signo, sinal, convenção'.

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Do mesmo modo o Pai é Senhor, o Filho é Senhor e o Espírito Santo é Senhor. E apesar disso, não são três Senhores, mas Um só Senhor. Porque, como a verdade cristã nos obriga a confessar que cada uma das Pessoas por si só é Deus e Senhor, assim a religião católica proíbe-nos dizer que há três Deuses ou três Senhores. O Pai não foi feito por ninguém, nem foi criado, nem gerado. O Filho é do Pai somente; não foi feito, nem foi criado, mas gerado. O Espírito Santo é do Pai e do Filho; não foi criado, nem gerado, mas, deles procede. Há, pois, um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos. E nesta Trindade não há primeiro nem último; nem um é maior ou menor do que o outro; mas as três pessoas são justamente de uma mesma eternidade e igualdade. De sorte que no todo como já se disse, cumpre adorar a Unidade na Trindade e a Trindade na Unidade. Aquele, pois, que quiser salvar-se, deve assim pensar e crer na Trindade. Além disto é necessário, para alcançar a salvação eterna, crer fielmente na Incarnação de nosso Senhor Jesus Cristo. A verdadeira fé, pois, consiste em crermos e confessarmos que nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, é Deus e Homem: Deus, gerado do Pai antes do tempo ser tempo; nascido em seu tempo da substância de sua Mãe. Deus perfeito, e Homem perfeito: com alma racional e carne humana. Ele é igual ao Pai segundo a sua Divindade e inferior ao Pai segundo a sua Humanidade. O qual, apesar de ser Deus e Homem, não é dois, mas um só Cristo. Um, não pela conversão da Divindade em carne, mas pela Assunção da sua Humanidade em Deus.

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Ele é inteiramente um, não por mistura de Substâncias, mas porque é uma só Pessoa. Porque assim como a alma racional e a carne é um homem: assim Deus e Homem é um Cristo. O qual padeceu para nossa salvação, desceu ao Hadesa, ao terceiro dia ressurgiu dos mortos. Subiu ao Céu e está sentado à mão direita de Deus, Pai Onipotente; de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. A cuja vinda todos os homens ressuscitarão com os seus corpos e darão contas das suas próprias obras. E os que tiverem trabalhado bem, irão para a vida eterna; e os que mal, para o fogo eterno. Esta é a fé católica, na qual o que não crer fielmente, não poderá salvar-se. Amém! 4.1 Historia do Credo de Santo Atanásio O Credo de Santo Atanásio, também conhecido como o “Quicumque vult”, era anteriormente recitados na Missa dos Primeiros domingos. É um dos quatro Credos canônicos da Igreja Católica. A Igreja Anglicana e algumas igrejas protestantes também o têm como canônico. Embora o credo tem sido sempre atribuído a Santo Atanásio (373 dC), ele era desconhecida nas Igrejas do Oriente até o século 12 e, portanto, é improvável que ele seja o autor. Santo Ambrósio tinha sugerido Santo Atanásio como autor, mas muitos outros autores têm sidos propostos, sem acordos conclusivos. A atual teoria sugere que foi composto no sul da França no século 5º. Em 1940, foi descoberto, e esta obra contém grande parte do Credo na língua francesa, onde encontrou o "Excerpta" de São Vicente de Lerins (floresceu no ano 440: “quod ubique, quod semper, quod ab omnibus creditum est”). Assim, quer de São Vicente, ou de um seguidor foi sugeridos como o autor. O exemplar mais antigo conhecido do credo foi encontrado em um prefácio de uma coleção de homilias por Caesarius de Arles (†542).

[a] Hades: inferno, Sheol (Xeol).

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5 A Comunhão dos Santos § 946 Depois de ter confessado “a santa Igreja católica”, o Símbolo dos Apóstolos acrescenta “a comunhão dos santos”. Este artigo é, de certo modo, uma explicitação do anterior: “Que é a Igreja, se não a assembleia de todos os santos?”a comunhão dos santos é precisamente a Igreja. §947 “Uma vez que todos os crentes formam um só corpo, o bem de uns é comunicado aos outros... Assim, é preciso crer que existe uma comunhão dos bens na Igreja. Mas o membro mais importante é Cristo, por ser a Cabeça... Assim, o bem de Cristo é comunicado a todos os membros, e essa comunicação se faz por meio dos sacramentos da Igreja b.” Como esta Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bem que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum.c §948 O termo “comunhão dos santos” tem, pois, dois significados intimamente interligados: “comunhão nas coisas santas (sancta)” e “comunhão entre as pessoas santas (sancti)”. “Sancta sanctis!” (o que é santo para os que são santos): assim proclama o celebrante na maioria das liturgias orientais no momento da elevação dos santos dons, antes do serviço da comunhão. Os fiéis (sancti) são alimentados pelo Corpo e pelo Sangue de Cristo (sancta), a fim de crescerem na comunhão do Espírito Santo (Koinonia) comunicá-la ao mundo.

5.1 Uma nuvem de testemunhas §2683 As testemunhas que nos precederam no Reino d, especialmente as que a Igreja reconhece como “santos”, participam da tradição viva da oração pelo exemplo modelar [a] [b] [c] [d]

Nicetas, Expl. Symb. 10: PL 52,871B S. Tomás de Aquino, Symb. 13 Catecismo Romano 1.10,24. Cf Hb 11 – 12,1.

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de sua vida, pela transmissão de seus escritos e por sua oração hoje. Contemplam a Deus, louvam-no e não deixam de velar por aqueles que deixaram na terra. Entrando “na alegria” do Mestre, eles foram “postos sobre o muito”.a Sua intercessão é o mais alto serviço que prestam ao plano de Deus. Podemos e devemos pedir-lhes que intercedam por nós e pelo mundo inteiro. §2684 Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história das Igrejas, diversas espiritualidades. O carisma pessoal de uma testemunha do Amor de Deus aos homens pôde ser transmitido, como “o espírito” de Elias a Eliseu” b e a João Batistac, para que alguns discípulos tenham parte nesse espirito.d Há uma espiritualidade igualmente na confluência de outras correntes, litúrgicas e teológicas, atestando a inculturação da fé num meio humano e em sua história. As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração e são guias indispensáveis para os fiéis, refletindo, em sua rica diversidade, a pura e única Luz do Espírito Santo. O Espírito é de fato o lugar dos santos, e o santo é para o Espírito um lugar próprio, pois se oferece para habitar com Deus e é chamado seu templo.e Hb 12,1Deste modo, também nós, circundados como estamos de tal nuvem de testemunhas, deixando de lado todo o impedimento e todo o pecado, corramos com perseverança a prova que nos é proposta, 2tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia, e sentou-se à direita do trono de Deus. 3Considerai, pois, aquele que sofreu tal oposição por parte dos pecadores, para que [a] Cf Mt 25,21 [b] Cf 2Rs 2,9. [c] Cf Lc 1,17. [d] Cf Concilio Vaticano II, Decreto Perfectae caritatis, 2: AAS 58 (1966) 703. [e] São Basílio Magno, Livro de Espírito Santo, 26, 62: SC 17bis, 472 (PG 32, 184).

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não desfaleçais, perdendo o ânimo. 4Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado.

5.2 Intercessão dos Santos §955 A união dos que estão na terra com os irmãos que descansam na paz de Cristo de maneira alguma se interrompe; pelo contrário, segundo a fé perene da Igreja, vêse fortalecida pela comunicação dos bens espirituais.”a §956 A intercessão dos santos. “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio”: Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte e ajudarvos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida.b Passarei meu céu fazendo bem na terra.c

5.3 O aviso é para não evocar os mortos Dt 18,10Ninguém no teu meio faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha; ou se dê a encantamentos, aos augúrios, à adivinhação, à magia, 11ao feiticismo, ao espiritismo, aos sortilégios, à evocação dos mortos, 12porque o Senhor abomina todos os que fazem tais coisas. Por causa dessas abominações é que o Senhor, teu Deus, desaloja da tua frente essas gentes. 13 Entrega-te inteiramente ao Senhor, teu Deus!

[a] Lumen gentium; Constituição; Vaticano II; 21/11/64; item 49 [b] São Domingos moribundo a seus irmãos, cf. Jordão da Saxônia, Lib. 93 [c] Santa Terezinha do Menino Jesus , Verba

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5.4 Mas os santos podem ser invocados pois estão vivos para Deus: Dt 33,3Ele ama as suas tribos; todos os seus santos estão na sua mão; eles deitam-se a seus pés, levantam-se à sua palavra. Zc 14,5[...] E o Senhor, teu Deus, virá acompanhado de todos os santos.

5.5 Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos Mt 22,29 Jesus respondeu: “Vocês estão enganados, porque não conhecem as Escrituras, nem o poder de Deus. 30 De fato, na ressurreição, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. 31 E, quanto à ressurreição, será que não leram o que Deus disse a vocês: 32 ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? Ora, ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos.” 33 Ouvindo isso, as multidões ficaram impressionadas com o ensinamento de Jesus. Mc 12,26E acerca de os mortos ressuscitarem, não lestes no livro de Moisés, no episódio da sarça, como Deus lhe falou, dizendo: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó?a 27Não é um Deus de mortos, mas de vivos. Andais muito enganados. Lc 20,34 Jesus respondeu: “Nesta vida, os homens e as mulheres se casam, 35 mas os que Deus julgar dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, não se casarão mais, 36 porque não podem mais morrer, pois serão como os anjos. E serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. 37 E que os mortos ressuscitam, já Moisés indica na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38 Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele.” 39 Alguns doutores da Lei

[a] Ex 3, 5Ele disse: “Não te aproximes daqui; tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa.” 6E continuou: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó.” Moisés escondeu o seu rosto, porque tinha medo de olhar para Deus.

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disseram a Jesus: “Foi uma boa resposta, Mestre.” 40 E ninguém mais tinha coragem de perguntar coisa nenhuma a Jesus.

5.5.1 Moisés e Elias na Transfiguração Mt 17,1Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha. 2Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura. 3E eis que apareceram Moisés e Eliasa conversando com ele. 4 Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: Senhor, é bom estarmos aqui. Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias. 5Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu. E daquela nuvem fezse ouvir uma voz que dizia: Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o. 6Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo. 7Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: Levantai-vos e não temais. 8Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus. 9E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos.b Mc 9,1Disse-lhes também: “Em verdade vos digo que alguns dos aqui presentes não experimentarão a morte sem terem visto o Reino de Deus chegar em todo o seu poder.” 2Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e levou-os, só a eles, [a] Js 1,1Após a morte de Moisés, servo do Senhor, o Senhor disse a Josué, filho de Nun, assistente de Moisés: 2Meu servo Moisés morreu. Vamos, agora! Passa o Jordão, tu e todo o povo, e entra na terra que dou aos filhos de Israel. [b] Moisés e Elias (v.3) aparecem como personagens centrais do AT (entre o monte Horeb e o Sinai), que transmitem o testemunho da revelação de Deus a Jesus Cristo. Aliás, Elias é identificado, a seguir, com João Batista (v.12). As duas figuras representam, respectivamente, a Lei e a Profecia, nas quais assentava a Antiga Aliança. A nuvem é sinal de teofania: no Sinai (Ex 19, 16-18; 1Rs 8,10), na Tenda da reunião (Ex 27,21; 40,34-35; Nm 1,1-54), no templo (1Rs 8,1012 ). Escutai-o. Quando do batismo, a voz do Céu designava Jesus como Filho e como Servo e a Ele se dirigia (Mc 3, 17); agora, dirige-se a todos os discípulos. Com a sua ordem (v.9), Jesus pretende que não interpretem a sua missão como a de um Messias terreno.

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a um monte elevado. E transfigurou-se diante deles. 3As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que lavadeira alguma da terra as poderia branquear assim. 4 Apareceu-lhes Elias, juntamente com Moisés, e ambos falavam com Ele. 5Tomando a palavra, Pedro disse a Jesus: “Mestre, bom é estarmos aqui; façamos três tendas: uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias.” 6Não sabia que dizer, pois estavam assombrados. 7Formou-se, então, uma nuvem que os cobriu com a sua sombra, e da nuvem fez-se ouvir uma voz: “Este é o meu Filho muito amado. Escutai-o.” 8De repente, olhando em redor, já não viram ninguém, a não ser só Jesus, com eles.

5.5.2 Intercessão de Abraão Gn 20,17Abraão intercedeu junto a Deus, e Deus curou Abimelec, sua mulher e seus servos, a fim de que pudessem ter filhos. 18Isso porque Javé tornara estéreis todas as mulheres na casa de Abimelec, por causa de Sara, mulher de Abraão.”

5.5.3 Intercessão de Moisés Nm 11,2O povo gritou a Moisés. Este intercedeu junto a Javé em favor deles, e o incêndio se apagou. 3Esse local se chamou Lugar do Incêndio, porque aí o fogo de Javé ardeu contra eles.” Sl 106 (105),23Então ele decidiu exterminá-los, não fosse por Moisés, seu escolhido, que intercedeu diante dEle para desviar seu furor em destruí-los.

5.5.4 Intercessão de Jó Jó 42,10Quando Jó intercedeu por seus companheiros, Javé lhe mudou a sorte e duplicou todas as posses. 11Seus irmãos e irmãs e os antigos conhecidos foram visitá-lo. Almoçaram em sua casa e o consolaram e confortaram pela desgraça que Javé lhe tinha enviado. Cada um ofereceu a Jó uma soma de dinheiro e um anel de ouro.

5.5.5 Intercessão de Samuel 1Sm 12,18Então Samuel invocou a Javé, e Javé mandou trovões e chuva nesse dia. O povo temeu muito a Javé e a

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Samuel. 19E todo o povo disse a Samuel: “Interceda por seus servos junto a Javé seu Deus, para que não morramos, porque aos nossos pecados acrescentamos o mal de pedir um rei para nós”.

5.5.6 As orações dos santos Ap 8,2Depois vi os sete anjos que estão de pé diante de Deus. Foram-lhes entregues sete trombetas. 3Veio, então, outro anjo com um turíbulo de ouro e deteve-se junto do altar. Deram-lhe muitos perfumes para oferecer com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está diante do trono. 4E, da mão do anjo, o fumo dos perfumes subiu diante de Deus, juntamente com as orações dos santos.

5.5.7 Oração de intercessão de Abraão Gn 18,23Abraão aproximou-se e disse: “E será que vais exterminar, ao mesmo tempo, o justo com o culpado? 24Talvez haja cinquenta justos na cidade; matá-los-ás a todos? Não perdoarás à cidade, por causa dos cinquenta justos que nela podem existir? 25Longe de ti proceder assim e matar o justo com o culpado, tratando-os da mesma maneira! Longe de ti! O juiz de toda a Terra não fará justiça?” 26O Senhor disse: “Se encontrar em Sodoma cinquenta justos perdoarei a toda a cidade, por causa deles.” 27Abraão prosseguiu: “Pois que me atrevi a falar ao meu Senhor, eu que sou apenas cinza e pó, continuarei. 28Se, por acaso, para cinquenta justos faltarem cinco, destruirás toda a cidade, por causa desses cinco homens?” O Senhor respondeu: “Não a destruirei, se lá encontrar quarenta e cinco justos.” 29 Abraão insistiu ainda e disse: “Talvez não se encontrem nela mais de quarenta.” O Senhor disse: “Não destruirei a cidade, em atenção a esses quarenta.” 30Abraão voltou a dizer: “Que o Senhor não se irrite, por eu continuar a insistir. Talvez lá se encontrem trinta justos.” O Senhor respondeu: “Se lá encontrar trinta justos, não o farei.” 31Abraão prosseguiu: “Perdoa, meu Senhor, a ousadia que tenho de te falar. Talvez não se encontrem lá mais de vinte justos.” O Senhor disse: “Em atenção a esses vinte justos, não a destruirei.” 32Abraão insistiu novamente: “Que o meu Senhor não se irrite; não falarei, porém, mais do que esta

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vez. Talvez lá não se encontrem senão dez.” E Deus respondeu: “Em atenção a esses dez justos, não a destruirei.” 33Terminada esta conversa com Abraão, o Senhor afastou-se, e Abraão voltou para a sua morada.a Gn 20,7Manda novamente a mulher para esse homem, que é um profeta, e ele rezará por ti, e conservarás a vida. Se não a mandares entregar, fica sabendo que morrerás com certeza, tu e todos os teus.b

5.5.8 Jeremias intercede Jr 15,1O Senhor disse-me: “Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, o meu coração não se comoveria por este povo. Afasta-o para longe da minha presença! Que se retire.” 2Mc 15,11Assim, armou cada um deles não com a proteção das lanças e dos escudos, mas com a confiança das suas alentadoras palavras. E sobretudo, alegrou-os, contando-lhes uma visão digna de toda a fé. 12Eis a visão que tivera: Onias, que tinha sido Sumo Sacerdote, homem nobre e bom, modesto no seu aspecto, de caráter ameno, distinto na sua linguagem e exercitado desde menino na prática de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por toda a comunidade dos judeus. 13 Apareceu-lhe também outro varão com os cabelos todos brancos, de aparência muito venerável e aureolado de admirável e magnífica majestade. 14Dirigindo-lhe a palavra, Onias disse: “Eis o amigo dos seus irmãos, aquele que reza muito pelo povo e pela cidade santa, Jeremias, profeta de Deus.” 15E Jeremias, estendendo a mão, entregou a Judas uma espada de ouro e, ao [a] Nesse corajoso e típico diálogo entre Abraão e Deus, Abraão pergunta ao juiz divino se ainda é possível que o justo pereça por causa do pecador. Este é um episódio elucidativo do poder de intercessão dos bons diante de Deus; mas também da justiça de Deus, que consiste, essencialmente, no perdão. Segundo a teologia cristã, a intercessão de Abraão pela cidade culpada desenvolve o tema do justo que salva o pecador. Tal conceito encontrou a sua realização plena no sacrifício de Cristo na cruz (Nm 16,22; Jr 5,1; Ez 22,30; Rm 3,5-6). [b] É um profeta. Abraão é chamado “profeta” por ser porta-voz e confidente de Deus. Por isso, a sua oração é mais eficaz (Tg 5,16).

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dar-lha, disse: 16“Toma esta santa espada, dom de Deus, com a qual triunfarás dos inimigos.”a

5.5.9 Amós intercede Am 7,1Isto me mostrou o Senhor DEUS: apareceu uma nuvem de gafanhotos, no tempo em que a forragem começava a crescer. Era a forragem depois da ceifa, reservada ao rei. 2 Quando os gafanhotos acabaram de comer a erva da terra, eu disse: “Senhor meu DEUS, tem misericórdia! Como poderá resistir Jacó, sendo ele tão fraco?” 3O Senhor arrependeu-se. “Isto não acontecerá”, disse o Senhor. 4O Senhor meu DEUS mostrou-me ainda isto: o Senhor DEUS chamou o fogo para exercer a sua justiça. O fogo, tendo devorado o grande abismo, consumiu também os campos. 5Então, eu disse: “Senhor DEUS, aplaca-te! Como poderá resistir Jacó, sendo ele tão fraco?” 6O Senhor arrependeu-se. “Pois também isto não há-de acontecer” disse o Senhor DEUS.b

5.5.10 A Igreja Intercede At 12,5Enquanto Pedro estava encerrado na prisão, a Igreja orava a Deus, instantemente, por ele. Rm 15,30Exorto-vos, irmãos, por Nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, a que luteis comigo, pelas orações que fazeis a Deus por mim, 31para que escape dos incrédulos da Judeia e para que este meu serviço a Jerusalém seja bem acolhido pelos santos. 2Cor 13,7Pedimos a Deus que não façais nada de mal, não para parecermos aprovados, mas para que pratiqueis o bem, mesmo se tivermos de passar por reprovados. 8Não temos qualquer poder contra a verdade, mas só a favor da verdade. [a] A visão de Judas Macabeu, em que aparece Onias e Jeremias, é um sinal da fé no poder da oração dos justos falecidos e a expressão de que a morte não consegue destruir os laços da comunhão que reina no povo de Deus. [b] A intercessão é uma das principais funções do profeta (Gn 20,7; Ex 32,30-33; Is 37,4; Jr 14,7-12; 15,11; 18,20; Ez 9,8). Aquele que, em outras ocasiões, denuncia em nome de Deus é o mesmo que intercede junto de Deus em favor do povo.

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Alegramo-nos quando somos fracos e vós sois fortes. E isto pedimos nas nossas orações: o vosso aperfeiçoamento. Ef 6,18Servindo-vos de toda a espécie de orações e preces, orai em todo o tempo no Espírito; e, para isso, vigiai com toda a perseverança e com preces por todos os santos, 19e também por mim; que, quando abrir a minha boca, me seja dada a palavra, para que, corajosamente, dê a conhecer o mistério do Evangelho, 20de que sou embaixador em cadeias; que, nele, eu possa falar aberta e corajosamente, tal como é meu dever. Cl 4,2Perseverai na oração e mantende-vos, por ela, em vigilante ação de graças. 3Ao mesmo tempo, orai também por nós, para que Deus abra uma porta à nossa pregação, a fim de que eu anuncie o mistério de Cristo – é por Ele que estou preso – 4para que o dê a conhecer, falando como devo. 1Ts 1,9De fato, são eles próprios que contam o acolhimento que vós nos fizestes e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro 10e para aguardardes do Céu o seu Filho, que Ele ressuscitou de entre os mortos, Jesus, que nos livra da ira que está para vir. 11Que o próprio Deus, nosso Pai, e Nosso Senhor Jesus nos encaminhem até vós. 12O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos, tal como nós para convosco; 13 que Ele confirme os vossos corações irrepreensíveis na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de Nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. 1Ts 5,23Que o Deus da paz vos santifique totalmente, e todo o vosso ser – espírito, alma e corpo – se conserve irrepreensível para a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. 24Fiel é aquele que vos chama: Ele há-de realizá-lo. 25Irmãos, orai também por nós. 2Ts 3,1Quanto ao resto, irmãos, orai por nós para que a palavra do Senhor avance e seja glorificada como o é entre vós, 2e para que sejamos libertados dos homens perversos e malvados, pois nem todos têm fé. 3Mas fiel é o Senhor que vos confirmará e vos protegerá do mal. 4A respeito de vós, temos confiança no Senhor em que já fazeis e continuareis a fazer o que vos ordenamos. 5O Senhor dirija os vossos corações para o amor de Deus e para a constância de Cristo.

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Hb 13,16Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com os outros, pois são esses os sacrifícios que agradam a Deus. 17 Sede submissos e obedecei aos que vos guiam, pois eles velam pelas vossas almas, das quais terão de prestar contas; que eles o façam com alegria e não com gemidos, o que não seria vantajoso para vós. 18Rezai por nós, pois estamos convencidos de ter uma boa consciência e desejamos comportar-nos bem em tudo. 19Exorto-vos com maior insistência a que o façais, para que eu vos seja restituído mais depressa. Tg 5,13Está alguém, entre vós, aflito? Recorra à oração. Está alguém contente? Cante salmos. 14Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da Igreja e que estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. 15A oração da fé salvará o doente e o Senhor o aliviará; e, se tiver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. 16Confessai, pois, os pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados. A oração fervorosa do justo tem muito poder. 17Elias, que era um homem da mesma condição que nós, rezou com fervor para que não chovesse, e durante três anos e seis meses não choveu sobre a terra. 18Depois voltou a rezar, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto. 19Meus irmãos, se algum de vós se extravia da verdade e alguém o converte, 20saiba que aquele que converte um pecador do seu erro salvará da morte a sua alma e obterá o perdão de muitos pecados.

5.5.11 Os santos estão unidos com Deus 1Ts 3,11Que o próprio Deus, nosso Pai, e Nosso Senhor Jesus nos encaminhem até vós. 12O Senhor vos faça crescer e superabundar de caridade uns para com os outros e para com todos, tal como nós para convosco; 13que Ele confirme os vossos corações irrepreensíveis na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de Nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. 1Jo 3,2Caríssimos, agora já somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. O que sabemos é que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque o veremos tal como Ele é.

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5.5.12 Os santos são reerguido Mt 27,50E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou. Então, o véu do templo rasgou-se em dois, de alto a baixo. A terra tremeu e as rochas fenderam-se. 52Abriram-se os túmulos e muitos corpos de santos, que estavam mortos, ressuscitaram; 53e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. 54O centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram apavorados e disseram: “Este era verdadeiramente o Filho de Deus!” Ef 2,13Mas em Cristo Jesus, vós, que outrora estáveis longe, agora, estais perto, pelo sangue de Cristo. 14Com efeito, Ele é a nossa paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne, 15anulou a lei, que contém os mandamentos em forma de prescrições, para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só homem novo, fazendo a paz, 16e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando assim a inimizade. 17E, na sua vinda, anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto. 18Porque, é por Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai. 19Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, 20edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. 21É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. 51

5.5.13 Os Anjos levam nossas orações a Deus Tb 12,12Por isso, sabei que enquanto oravas, tu e a tua nora Sara, eu apresentava as vossas orações diante da glória do Senhor. [...] 15Eu sou Rafael, um dos sete anjos que apresentam as orações dos justos e têm lugar diante da majestade do Senhor.” Dn 8,13Vi um santo que falava, a quem um outro santo perguntou: “Quanto tempo durará o que anuncia a visão, a propósito do holocausto perpétuo, da abominação devastadora,

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do abandono do santuário e do exército dos fiéis calcado aos pés?” 14Aquele respondeu: “Duas mil e trezentas tardes e manhãs. Depois disso, o santuário será restaurado.”15Ora, enquanto eu contemplava esta visão e procurava compreendê-la, notei que estava de pé, diante de mim, um ser de forma humana. 16Ouvi uma voz de homem que vinha do meio do rio Ulai: “Gabriel – gritava ela – explica-lhe a visão.” 17 Dirigiu-se, nesse momento, para o lugar onde eu me encontrava. Ao aproximar-se, fui acometido de terror e caí de face por terra. Gabriel disse-me: “Filho de homem, fica sabendo que esta visão se refere ao tempo final.” 18Enquanto me falava, desfalecia eu, de rosto por terra. Mt 18,10“Livrai-vos de desprezar um só destes pequeninos, pois digo-vos que os seus anjos, no Céu, veem constantemente a face de meu Pai que está no Céu. 11Porque o Filho do Homem veio salvar o que se tinha perdido. Ap 5,8E, quando Ele recebeu o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma cítara e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. Ap 8,3Veio, então, outro anjo com um turíbulo de ouro e detevese junto do altar. Deram-lhe muitos perfumes para oferecer com as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que está diante do trono. 4E, da mão do anjo, o fumo dos perfumes subiu diante de Deus, juntamente com as orações dos santos.

5.5.14 Os santos estão vivos nos céus Mt 22,32“Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’? Ora, ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos.”; Mc 12,24Jesus respondeu: “Vocês estão enganados, porque não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus. 25Com efeito, quando os mortos ressuscitarem, os homens e as mulheres não se casarão, pois serão como os anjos do céu. 26 E, quanto ao fato de que os mortos vão ressuscitar, vocês não leram, no livro de Moisés, a passagem da sarça ardente? Deus falou a Moisés: ‘Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e

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o Deus de Jacó’. 27Ora, ele não é Deus de mortos, mas de vivos! Vocês estão muito enganados.”; Lc 1,70conforme tinha anunciado desde outrora pela boca de seus santos profetas. Lc 20,34Jesus respondeu: “Nesta vida, os homens e as mulheres se casam, 35mas os que Deus julgar dignos da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura, não se casarão mais, 36porque não podem mais morrer, pois serão como os anjos. E serão filhos de Deus, porque ressuscitaram. 37E que os mortos ressuscitam, já Moisés indica na passagem da sarça, quando chama o Senhor de ‘o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó’. 38Deus não é Deus de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele.”; At 3,21No entanto, é necessário que o céu o receba, até que se cumpra o tempo da restauração de todas as coisas, conforme disse Deus nos tempos passados pela boca de seus santos profetas. Rm 8,26Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. 27E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus. Ef 1,17Rogo ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê um espírito de sabedoria que vos revele o conhecimento dele; 18que ilumine os olhos do vosso coração, para que compreendais a que esperança fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança que ele reserva aos santos. 1Ts 3,13a fim de que o coração de vocês permaneça firme e irrepreensível na santidade diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda de nosso Senhor Jesus com todos os seus santos. 2Ts 1,10Nesse dia, o Senhor virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado em todos aqueles que acreditaram.

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Hb 12,22Entretanto, vocês se aproximaram do monte Sião e da Jerusalém celeste, a cidade do Deus vivo. Vocês se aproximaram de milhares de anjos reunidos em festa, 23e da assembleia dos primogênitos, que têm o nome inscrito no céu. Vocês se aproximaram de Deus, que é juiz de todos. Vocês se aproximaram dos espíritos justos que chegaram à meta final, 24e de Jesus, o mediador de uma nova aliança. Vocês se aproximaram do sangue da aspersão, que fala muito mais alto que o sangue de Abel. 2Pd 3,1Caríssimos, esta é a segunda carta que vos escrevo. Tanto numa como noutra, apelo às vossas recordações para despertar em vós uma sã compreensão, 2e para vos lembrar as predições dos santos profetas, bem como o mandamento de nosso Senhor e Salvador, ensinado por vossos apóstolos. Ap 5,8Quando recebeu o livro, os quatro Animais e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um uma cítara e taças de ouro cheias de perfume (que são as orações dos santos). Ap 6,9Quando o Cordeiro abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as vidas daqueles que tinham sido imolados por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que dela tinham dado. 10Eles gritaram em alta voz: “Senhor santo e verdadeiro, até quando tardarás em fazer justiça, vingando o nosso sangue contra os habitantes da terra?” 11Então foi dada a cada um deles uma veste branca. Também foi dito a eles que descansassem mais um pouco de tempo, até que ficasse completo o número de seus companheiros e irmãos, que iriam ser mortos como eles. Ap 7,13Um dos Anciãos tomou a palavra e me perguntou: “Você sabe quem são e de onde vieram esses que estão vestidos com roupas brancas?” 14Eu respondi: “Não sei não, Senhor! O Senhor é quem sabe!” Ele então me explicou: “São os que vêm chegando da grande tribulação. Eles lavaram e alvejaram suas roupas no sangue do Cordeiro. 15É por isso que ficam diante do trono de Deus, servindo a ele dia e noite em seu Templo. Aquele que está sentado no trono estenderá sua tenda sobre eles. 16Nunca mais terão fome, nem sede; nunca mais

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serão queimados pelo sol, nem pelo calor ardente. 17Pois o Cordeiro que está no meio do trono será o pastor deles; vai conduzi-los até às fontes de água da vida. E Deus lhes enxugará toda lágrima dos olhos.” Ap 8,3Adiantou-se outro anjo e pôs-se junto ao altar, com um turíbulo de ouro na mão. Foram-lhe dados muitos perfumes, para que os oferecesse com as orações de todos os santos no altar de ouro, que está adiante do trono. 4A fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus. 5Depois disso, o anjo tomou o turíbulo, encheu-o de brasas do altar e lançou-o por terra; e houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos. Ap 11,17“Nós te damos graças, Senhor Deus Todo-poderoso, Aquele-que-é e Aquele-que-era. Porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar. 18As nações tinham se enfurecido, mas chegou a tua ira e o tempo de julgar os mortos, de dar recompensa aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, pequenos e grandes, e o tempo de destruir os que destroem a terra.” Ap 19,7Vamos ficar alegres e contentes, vamos dar glória a Deus, porque chegou o tempo do casamento do Cordeiro, e sua esposa já está pronta: 8concederam que ela se vestisse de linho puro e brilhante,- pois o linho representa o comportamento justo dos santos.

5.5.15 Somos rodeados pelos Santos: Hb 11,1 A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se veem. 2Foi por causa da fé que os antigos foram aprovados por Deus. 3Pela fé, sabemos que a Palavra de Deus formou os mundos; foi assim que aquilo que vemos originou-se de coisas invisíveis. 4Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor que o de Caim. E por causa da fé, ele foi declarado justo, e o próprio Deus afirmou que aceitava os seus dons. Embora estando morto, Abel continua falando pela sua fé. 5Pela fé, Henoc foi levado embora, para que não experimentasse a morte. E não foi mais encontrado, porque Deus o levou; e antes de ser levado, foi dito que ele agradava a

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Deus. 6Mas é impossível agradar a Deus sem a fé. De fato, quem se aproxima de Deus, deve acreditar que ele existe e que recompensa aqueles que o procuram. 7Pela fé, ao ser avisado divinamente sobre coisas que ainda não via, Noé levou isso a sério, e construiu uma arca para salvar a sua família. Por essa fé, ele condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que provém da fé. 8Pela fé, Abraão, chamado por Deus, obedeceu e partiu para um lugar que deveria receber como herança. E partiu sem saber para onde. 9Pela fé, ele foi residir como estrangeiro na terra prometida. Morou em tendas juntamente com Isaac e Jacó, que também eram herdeiros da mesma promessa. 10Abraão esperava a cidade bem alicerçada, cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus. 11Foi pela fé que também Sara, embora sendo velha, se tornou capaz de ter uma descendência, pois ela acreditou em Deus, que lhe havia prometido isso. 12Assim, de um só homem, que estava praticamente morto, nasceu uma descendência tão numerosa como as estrelas do céu e tão numerosa como os grãos de areia da praia do mar. 13Todos eles morreram na fé. Não conseguiram a realização das promessas, mas só as viram e saudaram de longe; e confessaram que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. 14Falando assim, eles demonstraram que estavam em busca de uma pátria. 15Se eles estivessem pensando que essa pátria era aquela de onde tinham saído, teriam a possibilidade de voltar para lá. 16Mas não; eles aspiravam por uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado de Deus deles; na verdade, Deus preparou uma cidade para eles. 17Pela fé, Abraão, submetido à prova, ofereceu Isaac; e justamente ele, que havia recebido as promessas, ofereceu seu único filho, 18do qual fora dito: “Em Isaac você terá uma descendência que levará o nome de você mesmo.” 19De fato, Abraão pensava que Deus é capaz de ressuscitar os mortos. Por isso, Abraão recuperou o seu filho. E isso se tornou um símbolo. 20Pela fé, Isaac abençoou Jacó e Esaú, também a respeito de coisas futuras. 21Pela fé, Jacó, agonizante, abençoou cada um dos filhos de José, e se prostrou, apoiando-se na extremidade do bastão. 22Pela fé, José mencionou, já no fim da vida, o êxodo dos filhos de Israel, e deu ordens sobre o que deveria ser feito com o seu cadáver. 23Pela

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fé, Moisés recém-nascido foi escondido pelos seus pais durante três meses, porque viram que o menino era bonito. Eles não temeram o decreto do rei. 24Pela fé, quando já era adulto, Moisés recusou ser chamado filho da filha do faraó; 25preferiu ser maltratado com o povo de Deus, a gozar por pouco tempo os prazeres do pecado. 26Fez isso porque considerava a humilhação de Cristo uma riqueza maior do que os tesouros do Egito; de fato, ele olhava para a recompensa. 27Pela fé, Moisés deixou o Egito, sem temer a ira do rei; permaneceu firme, como se visse o invisível. 28Pela fé, ele celebrou a Páscoa e marcou as portas com sangue, para que o exterminador não matasse os primogênitos de Israel. 29Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como se fosse terra seca, enquanto os egípcios, tentando fazer o mesmo, se afogaram. 30Pela fé, caíram os muros de Jericó, após as voltas ao seu redor durante sete dias. 31Pela fé, a prostituta Raab não morreu com os incrédulos, porque ela acolheu bem os espiões israelitas. 32O que mais posso dizer? Eu não teria tempo, se quisesse falar de Gedeão, de Barac, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas. 33Graças à fé, eles conquistaram reinos, implantaram a justiça, alcançaram as promessas, taparam a goela dos leões, 34apagaram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, extraíram força da sua própria fraqueza, mostraram-se valentes na guerra e expulsaram invasores estrangeiros. 35E algumas mulheres recuperaram seus mortos, por meio da ressurreição. Outros foram esquartejados, recusando a libertação que lhes era oferecida, a fim de alcançarem uma ressurreição mais valiosa. 36Outros, enfim, foram humilhados e surrados, amarrados e jogados na prisão. 37 Foram apedrejados, serrados ao meio, mortos a fio de espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelha e de cabra, necessitados, atribulados, maltratados. 38Esses homens tinham que vagar por desertos e montanhas, e refugiar-se em grutas e buracos. O mundo não era digno deles! 39Todos eles foram aprovados por Deus por causa da fé que tinham. Mas nenhum deles alcançou a promessa. 40Deus preparou para nós algo melhor, a fim de que, sem nós, eles não obtivessem a perfeição.

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Hb 12,1Deste modo, também nós, circundados como estamos de tal nuvem de testemunhas, deixando de lado todo o impedimento e todo o pecado, corramos com perseverança a prova que nos é proposta, 2tendo os olhos postos em Jesus, autor e consumador da fé. Ele, renunciando à alegria que lhe fora proposta, sofreu a cruz, desprezando a ignomínia, e sentou-se à direita do trono de Deus. 3Considerai, pois, aquele que sofreu tal oposição por parte dos pecadores, para que não desfaleçais, perdendo o ânimo. 4Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado.

5.5.16 Todos chamados a santidade Ef 1,4Foi assim que Ele nos escolheu em Cristo antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis na sua presença, no amor. 5Predestinou-nos para sermos adaptados como seus filhos por meio de Jesus Cristo, de acordo com o beneplácito da sua vontade, 6para que seja prestado louvor à glória da sua graça, que gratuitamente derramou sobre nós, no seu Filho bem amado. [...] 12para que nos entreguemos ao louvor da sua glória, nós, que previamente pusemos a nossa esperança em Cristo. [...] 14o qual é garantia da nossa herança, para que dela tomemos posse, na redenção, para louvor da sua glória.

5.5.17 Unidade de todos os cristãos Jo 15,5Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Rm 12,3Assim, em virtude da graça que me foi dada, digo a todos e a cada um de vós que não se sinta acima do que deve sentir-se; mas sinta-se preocupado em ser sensato, de acordo com a medida de fé que Deus distribuiu a cada um. 4É que, como num só corpo, temos muitos membros, mas os membros não têm todos a mesma função, 5assim acontece conosco: os muitos que somos

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formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros. 1Cor 6,12 “Tudo me é permitido”, mas nem tudo é conveniente. “Tudo me é permitido”, mas eu não me farei escravo de nada. 13 Os alimentos são para o ventre, e o ventre para os alimentos, e Deus destruirá tanto aquele como estes. Mas o corpo não é para a impureza, mas para o Senhor, e o Senhor é para o corpo. 14E Deus, que ressuscitou o Senhor, há-de ressuscitar-nos também a nós, pelo seu poder. 15Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? Iria eu, então, tomar os membros de Cristo para fazer deles membros de uma prostituta? Por certo que não! 16 Ou não sabeis que aquele que se junta a uma prostituta, tornase com ela um só corpo? Pois, como diz a Escritura: Serão os dois uma só carne. 17Mas quem se une ao Senhor, forma com Ele um só espírito. 18Fugi da impureza. Qualquer outro pecado que o homem cometa é exterior ao seu corpo, mas quem se entrega à impureza, peca contra o próprio corpo. 19Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis? 20Fostes comprados por um alto preço! Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo. 1Cor 10,17Uma vez que há um único pão, nós, embora muitos, somos um só corpo, porque todos participamos desse único pão. 1Cor 12,4Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; 5 há diversidade de serviços, mas o Senhor é o mesmo; 6há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. 7A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum. 8A um é dada, pela ação do Espírito, uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de ciência, segundo o mesmo Espírito; 9a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o dom das curas, no único Espírito; 10a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a outro, por fim, a interpretação das línguas. 11Tudo isto, porém, o realiza o único e o mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz. 12Pois, como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, constituem um só corpo, assim também Cristo. 13De fato, num só Espírito, fomos

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todos batizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito. 14O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. 15Se o pé dissesse: “Uma vez que não sou mão, não faço parte do corpo”, nem por isso deixaria de pertencer ao corpo. 16E se o ouvido dissesse: “Uma vez que não sou olho, não faço parte do corpo”, nem por isso deixaria de pertencer ao corpo. 17Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo ele fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18Deus, porém, dispôs os membros no corpo, cada um conforme lhe pareceu melhor. 19Se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20Há, pois, muitos membros, mas um só corpo. 21Não pode o olho dizer à mão: “Não tenho necessidade de ti”, nem tão pouco a cabeça dizer aos pés: “Não tenho necessidade de vós.” 22Pelo contrário, quanto mais fracos parecem ser os membros do corpo, tanto mais são necessários, 23e aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra, e aqueles que são menos decentes, nós os tratamos com mais decoro; 24os que são decentes, não têm necessidade disso. Mas Deus dispôs o corpo, de modo a dar maior honra ao que dela carecia, 25para não haver divisão no corpo e os membros terem a mesma solicitude uns para com os outros. 26Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria. 27Vós sois o corpo de Cristo e cada um, pela sua parte, é um membro. Ef 2,11Lembrai-vos, portanto, de que vós outrora – os gentios na carne, os chamados incircuncisos por aqueles que se chamavam circuncisos, com uma circuncisão praticada na carne – 12lembraivos de que nesse tempo estáveis sem Cristo, excluídos da cidadania de Israel e estranhos às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. 13Mas em Cristo Jesus, vós, que outrora estáveis longe, agora, estais perto, pelo sangue de Cristo. 14Com efeito, Ele é a nossa paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne, 15anulou a lei, que contém os mandamentos em forma de prescrições, para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só homem novo, fazendo a paz, 16e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando

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assim a inimizade. 17E, na sua vinda, anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto. 18Porque, é por Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai. 19 Portanto, já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus, 20 edificados sobre o alicerce dos Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. 21É nele que toda a construção, bem ajustada, cresce para formar um templo santo, no Senhor. 22É nele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de Deus, pelo Espírito. Ef 5,1Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos bem amados, 2 e procedei com amor, como também Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós como oferta e sacrifício de agradável odor. 3Mas de prostituição e qualquer espécie de impureza ou ganância nem sequer se fale entre vós, como é próprio de santos; 4nem haja palavras obscenas, insensatas ou grosseiras; são coisas que não convêm; haja, sim, ação de graças. 5Porque, disto deveis ter a certeza: nenhum fornicador, impuro ou ganancioso – o que equivale a idólatra – tem herança no Reino de Cristo e de Deus. 6Ninguém vos engane com palavras ocas; pois são estas coisas que provocam a ira de Deus contra os rebeldes. 7Não sejais, pois, cúmplices deles. 8É que outrora éreis trevas, mas agora sois luz, no Senhor. Procedei como filhos da luz – 9pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade – 10procurando discernir o que é agradável ao Senhor. 11E não tomeis parte nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, denunciai-as. 12Porque o que por eles é feito às escondidas, até dizê-lo é vergonhoso. 13Mas tudo isso, se denunciado, é posto às claras pela luz; 14pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: “Desperta, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo brilhará sobre ti”. 15 Portanto, vede bem como procedeis: não como insensatos, mas como sensatos, 16aproveitando o tempo, pois os dias são maus. 17Por isso mesmo, não vos torneis néscios, mas tratai de compreender qual é a vontade do Senhor. 18E não vos embriagueis com vinho, que leva à vida desregrada, mas deixaivos encher do Espírito; 19entre vós, cantai salmos, hinos e

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cânticos espirituais; cantai e louvai o Senhor com todo o vosso coração; 20sem cessar, dai graças por tudo a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. 21Submetei-vos uns aos outros, no respeito que tendes a Cristo: 22as mulheres, aos seus maridos como ao Senhor, 23porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da Igreja – Ele, o salvador do Corpo. 24 Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim as mulheres, aos maridos, em tudo. 25Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26para a santificar, purificando-a, no banho da água, pela palavra. 27Ele quis apresentá-la esplêndida, como Igreja sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada. 28 Assim devem também os maridos amar as suas mulheres, como o seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29De fato, ninguém jamais odiou o seu próprio corpo; pelo contrário, alimenta-o e cuida dele, como Cristo faz à Igreja; 30 porque nós somos membros do seu Corpo. 31Por isso, o homem deixará o pai e a mãe, unir-se-á à sua mulher e serão os dois uma só carne. 32Grande é este mistério; mas eu interpreto-o em relação a Cristo e à Igreja. 33De qualquer modo, também vós: cada um ame a sua mulher como a si mesmo; e a mulher respeite o seu marido. Cl 1,8É Ele a cabeça do Corpo, que é a Igreja. É Ele o princípio, o primogénito de entre os mortos, para ser Ele o primeiro em tudo; 19porque foi nele que aprouve a Deus fazer habitar toda a plenitude 20e, por Ele e para Ele, reconciliar todas as coisas, pacificando pelo sangue da sua cruz, tanto as que estão na terra como as que estão no céu.21Também a vós, que outrora andáveis afastados e éreis inimigos, com sentimentos expressos em ações perversas, 22agora Cristo reconciliou-vos no seu corpo carnal, pela sua morte, para vos apresentar santos, imaculados e irrepreensíveis diante dele, 23desde que permaneçais sólidos e firmes na fé, sem vos deixardes afastar da esperança do Evangelho que ouvistes; ele foi anunciado a toda a criatura que há debaixo do céu e foi dele que eu, Paulo, me tornei servidor. 24 Agora, alegro-me nos sofrimentos que suporto por vós e completo na minha carne o que falta às tribulações de Cristo, pelo seu Corpo, que é a Igreja.

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Cl 2,19e não se apoia naquele que é a Cabeça [Jesus Cristo]; é a partir dele que todo o Corpo, abastecido e mantido pelas junturas e articulações, recebe o seu crescimento de Deus. Cl 3,1Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. 2 Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra. [...] 14E, acima de tudo isto, revesti-vos do amor, que é o laço da perfeição. 15 Reine nos vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados num só corpo. E sede agradecidos. 16A palavra de Cristo habite em vós com toda a sua riqueza: ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria; cantai a Deus, nos vossos corações, o vosso reconhecimento, com salmos, hinos e cânticos inspirados. 17E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando graças por Ele a Deus Pai.

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6 O Batismo § 1223 Todas as prefigurações da antiga aliança encontram sua realização em Cristo Jesus. Ele começa sua vida pública depois de ter-se feito batizar por São João Batista no Jordão, e após sua ressurreição confere esta missão aos apóstolos: “Ide, pois, fazei que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei” (Mt 28,19-20).

6.1 O batismo de João X o Batismo de Jesus Mc 1,4João Batista apareceu no deserto, a pregar um batismo de arrependimento para a remissão dos pecados. 8Eu batizei-vos em água, mas Ele há-de batizar-vos no Espírito Santo.a At 1,4No decurso de uma refeição que partilhava com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem lá o Prometido do Pai, “do qual – disse Ele – me ouvistes falar. 5João batizava em água, mas, dentro de pouco tempo, vós sereis batizados no Espírito Santo.” [...] 8Mas ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria e até aos confins do mundo.”b [a] O batismo é dado em nome de Jesus Cristo ou recebido, invocando o nome do Senhor Jesus (At 8, 16; 10,48; 19,5; 22,16). As fórmulas indicam uma intimidade do batizado com o Nome, isto é, com a pessoa do próprio Jesus ressuscitado. O Nome era um modo de designar o próprio Deus, para evitar pronunciar o seu nome (At 3, 16). A remissão dos pecados é o sinal da vida nova em Cristo (At 1,5; 5,31; 13,38; Lc 24,47). [b] O batismo no Espírito Santo é apresentado nos Atos como dom que se recebe, como elemento essencial do cumprimento das profecias (At 8; 2, 33). O

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At 2,38Pedro respondeu-lhes: “Convertei-vos e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo.” At 11,16Recordei-me, então, da palavra do Senhor, quando Ele dizia: 'João batizou em água; vós, porém, sereis batizados no Espírito Santo.' At 19,1Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, depois de atravessar as regiões do interior, chegou a Éfeso. Encontrou alguns discípulos 2e perguntou-lhes: “Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?” Responderam: “Mas nós nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo.” 3E indagou: “Então, que batismo recebestes?” Responderam eles: “O batismo de João.” 4“João – disse Paulo – ministrou apenas um batismo de penitência e dizia ao povo que acreditasse naquele que ia chegar depois dele, isto é, Jesus.” 5Quando isto ouviram, batizaram-se em nome do Senhor Jesus. 6E, tendo-lhes Paulo imposto as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles e começaram a falar línguas e a profetizar. 7Eram, ao todo, uns doze homens.

6.1.1 Abrange todo gênero humano Mt 28,18Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: “Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. 19Ide, pois, fazei discípulos de todos os povosa, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.”b batismo de água é próprio do rito de João (At 11,16), mas irá designar o batismo cristão, pela invocação do nome de Jesus e do dom do Espírito (At 2, 38; 8,1517.17; 9,17; 19,5-6; Mt 3,11; Lc 3,16; 1Pd 1,13-2,10; Jo 9,1-41). [a] Todos os povos. A expressão designa não só os pagãos, mas também os judeus. Ao contrário da sua atitude durante a vida terrestre, relativamente às fronteiras da missão (Mt 10,5-6.23; 15,24), Jesus realiza agora as profecias de Isaías na linha da universalidade (Is 19,16-25; 42,6; 49,6). A designação “trinitária” era conhecida na Igreja primitiva (1Cor 12, 3-5; 2Cor 13,13) e a expressão em nome de significa o estabelecimento de uma relação pessoal do batizado com o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

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Mc 16,14Apareceu, finalmente, aos próprios Onze quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração em não acreditarem naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a toda a criatura. 16Quem acreditar e for batizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado. 17Estes sinais acompanharão aqueles que acreditarem: em meu nome expulsarão demônios, falarão línguas novas, 18apanharão serpentes com as mãos e, se beberem algum veneno mortal, não sofrerão nenhum mal; hão-de impor as mãos aos doentes e eles ficarão curados.” Lc 24,46e disse-lhes: “Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e ressuscitar dentre os mortos, ao terceiro dia; 47que havia de ser anunciada, em seu nome, a conversão para o perdão dos pecados a todos os povos, começando por Jerusalém. 48Vós sois as testemunhas destas coisas. 49E Eu vou mandar sobre vós o que meu Pai prometeu. Entretanto, permanecei na cidade até serdes revestidos com a força do Alto.” At 2,37Ouvindo estas palavras, ficaram emocionados até ao fundo do coração e perguntaram a Pedro e aos outros Apóstolos: “Que havemos de fazer, irmãos?” 38Pedro respondeu-lhes: “Convertei-vos e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo. 39Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.” 40Com estas e muitas outras palavras, Pedro exortava-os e dizia-lhes: “Afastai-vos desta geração perversa.” 41 Os que aceitaram a sua palavra receberam o batismo e, naquele dia, juntaram-se a eles cerca de três mil pessoas. [b] Com as últimas palavras deste Evangelho, Jesus assegura o cumprimento da promessa do AT sobre a presença divina na comunidade (Ex 3, 12; Is 41,10; 43,5; Jr 1,8). A missão dos discípulos será objeto da presença do Mestre, eficaz e duradoura, todos os dias, até ao fim dos tempos. Pelos dons particulares que a acompanham, essa presença é análoga à do Espírito Paráclito (Jo 14, 16; 16,7-11; At 1,8). Sinais e instrumentos de mediação dessa presença salvífica são a palavra do Evangelho e os gestos sacramentais, de que os discípulos, congregados em Igreja, são portadores.

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At 8,14Quando os Apóstolos, que estavam em Jerusalém, tiveram conhecimento de que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. 15Estes desceram até lá e oraram pelos samaritanos para eles receberem o Espírito Santo. 16 Na verdade, não descera ainda sobre nenhum deles, pois tinham apenas recebido o batismo em nome do Senhor Jesus. 17 Pedro e João iam, então, impondo as mãos sobre eles, e recebiam o Espírito Santo. At 10,44Pedro estava ainda a falar, quando o Espírito Santo desceu sobre quantos ouviam a palavra. 45E todos os fiéis circuncisos que tinham vindo com Pedro ficaram estupefatos, ao verem que o dom do Espírito Santo fora derramado também sobre os pagãos, 46pois ouviam-nos falar línguas e glorificar a Deus. Pedro, então, declarou: 47“Poderá alguém recusar a água do batismo aos que receberam o Espírito Santo, como nós?” 48E ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Então eles pediram-lhe que ficasse alguns dias com eles. Ap 14,1Na visão apareceu o Cordeiro [Jesus]; estava sobre o Monte Sião e, com Ele, estavam cento e quarenta e quatro mil pessoas que tinham o seu nome e o nome de seu Pai escrito nas frontes. Ap 22,1Mostrou-me, depois, um rio de água viva, resplendente como cristal, que saía do trono de Deus e do Cordeiro. 2No meio da praça da cidade e nas margens do rio está a árvore da Vida que produz doze colheitas de frutos; em cada mês o seu fruto, e as folhas da árvore servem de medicamento para as nações. 3E ali nunca mais haverá nada maldito. O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade e os seus servos hão-de adorá-lo 4e vê-lo face a face, e hão-de trazer gravado nas suas frontes o nome do Cordeiro [Jesus]. 5Não mais haverá noite, nem terão necessidade da luz da lâmpada, nem da luz do Sol, porque o Senhor Deus irradiará sobre eles a sua luz e serão reis pelos séculos dos séculos. 1Cor 12,13De fato, num só Espírito, fomos todos batizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escravos ou livres, e todos bebemos de um só Espírito.

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6.1.2 Batizado para uma nova vida Gl 3,27pois todos os que fostes batizados em Cristo, revestistesvos de Cristo mediante a fé. Rm 6,3Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? 4Pelo Batismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova. 5De facto, se estamos integrados nele por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição.

6.1.3 Com água e o Espírito Santo Jo 3,5Jesus respondeu-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.”

6.1.4 É Administrado pelos discípulos Jo 4,1Quando Jesus soube que chegara aos ouvidos dos fariseus que Ele conseguia mais discípulos e batizava mais do que João – 2embora não fosse o próprio Jesus a batizar, mas sim os seus discípulos – 3deixou a Judeia e voltou para a Galileia.

6.1.5 Prefiguração do Batismo no Antigo Testamento Ez 36,25Derramarei sobre vós uma água pura e sereis purificados; Eu vos purificarei de todas as manchas e de todos os pecados. 26Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo: arrancarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. 27Dentro de vós porei o meu espírito, fazendo com que sigais as minhas leis e obedeçais e pratiqueis os meus preceitos. 1Pd 3,20outrora incrédulos, no tempo em que, nos dias de Noé, Deus os esperava pacientemente enquanto se construía a Arca; nela poucas pessoas – oito apenas – se salvaram por meio da água. 21Isto era uma figura do batismo, que agora vos salva, não por limpar impurezas do corpo, mas pelo compromisso com

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Deus de uma consciência honrada, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo.

6.2 Batismo de Crianças § 403 Na linha de São Paulo, a Igreja sempre ensinou que a imensa miséria que oprime os homens e sua inclinação para o mal e para a morte são incompreensíveis, a não ser referindose ao pecado de Adão e sem o fato de que este nos transmitiu um pecado que por nascença nos afeta a todos e é "morte da alma". Em razão desta certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados mesmo às crianças que não cometeram pecado pessoal. § 1231 Quando o Batismo das crianças se tornou amplamente a forma habitual da celebração deste sacramento, esta passou a ser um único ato que integra de maneira muito resumida as etapas prévias à iniciação cristã. Por sua própria natureza, o Batismo das crianças exige um catecumenato pós-batismal. Não se trata somente da necessidade de uma instrução posterior ao Batismo, mas do desabrochar necessário da graça batismal no crescimento da pessoa. E o lugar próprio do catecismo. § 1233 Hoje em dia, portanto, em todos os ritos latinos e orientais, a iniciação cristã dos adultos começa desde a entrada deles no catecumenato, para atingir seu ponto culminante em uma única celebração dos três sacramentos: Batismo, Confirmação e Eucaristia. Nos ritos orientais a iniciação cristã das crianças começa no Batismo, seguido imediatamente pela Confirmação e pela Eucaristia, ao passo que no rito romano ela prossegue durante os anos de catequese, para terminar mais tarde com a Confirmação e a Eucaristia, ápice de sua iniciação cristã. § 1250 Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deus, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é

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particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de tomar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento. § 1251 Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também à sua função de alimentar a vida que Deus confiou a eles. § 1252 A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando "casas" inteiras receberam o Batismo, também se tenha batizado as crianças. § 1282 Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, pois é uma graça e um dom de Deus que não supõe méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade. § 1290 Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui em geral uma só celebração com o Batismo, formando com este, segundo a expressão de São Cipriano, um "sacramento duplo". Entre outros motivos, a multiplicação dos batizados de crianças e isto ao longo do ano todo e a multiplicação das paróquias (rurais), (multiplicação) que amplia as dioceses, não permitem mais a presença do Bispo em todas as celebrações batismais. No Ocidente, visto que se deseja reservar ao Bispo a complementação do Batismo, se instaura a separação dos dois sacramentos em dois momentos distintos. O Oriente manteve juntos os dois sacramentos, tanto que a Confirmação é ministrada pelo presbítero que batiza. Todavia, este não o pode fazer senão com o "mýron" consagrado por um Bispo O batismo é um ato pelo qual consagramos os nossos filhos ao Senhor, com votos solenes de educá-los nos caminhos de Deus até, a idade da razão. Através desse rito iniciatório, eles passaram a fazer parte da Igreja visível de Cristo aqui na terra. Quando Deus fez um pacto com Abraão, incluiu seus filhos na aliança, e determinou que fossem todos circuncidados.

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Gn 17, 9Deus disse a Abraão: “Da tua parte, cumprirás a minha aliança, tu e a tua descendência, nas futuras gerações. 10Eis a aliança estabelecida entre mim e vós, que tereis de respeitar: todo o homem, entre vós, será circuncidado. 11Circuncidareis a pele do vosso prepúcio, e este será o sinal de aliança entre mim e vós. 12Oito dias depois de nascer, toda a criança do sexo masculino, das vossas gerações futuras, será circuncidada por vós; os servos, nascidos em casa ou estrangeiros adquiridos a dinheiro, serão também circuncidados, ainda que não pertençam à tua raça.

6.2.1 A circuncisão, na verdade, era o selo da fé que Abraão tinha Rm 4,3Que diz, de fato, a Escritura? Que Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe atribuído à conta de justiça. 4Ora bem, àquele que realiza obras, o salário não lhe é atribuído como oferta, mas como dívida. 5Aquele, porém, que não realiza qualquer obra, mas acredita naquele que justifica o ímpio, a esse a sua fé é-lhe atribuída como justiça. 6Aliás é assim que Davi celebra a felicidade do homem a quem Deus atribui a justiça independentemente das obras: 7Felizes aqueles a quem foram perdoados os delitos e a quem foram cobertos os pecados! 8Feliz o homem a quem o Senhor não tem em conta o pecado! 9Ora esta felicidade, será proclamada só em relação aos circuncidados ou também em relação aos não-circuncidados? Sim, porque nós dizemos: A fé de Abraão foi-lhe atribuída à conta de justiça. 10Afinal, como é que foi atribuída? Depois de se ter circuncidado ou antes? Não, não foi depois, mas antes de se ter circuncidado. 11E recebeu o sinal da circuncisão como selo da justiça, obtida pela fé que tinha, antes de se ter circuncidado. Foi assim que ele se tornou pai de todos os crentes nãocircuncidados, para que também a eles seja atribuída a justiça, 12 e pai dos circuncidados, daqueles que não somente pertencem ao povo dos circuncisos, mas também seguem as pegadas da fé do nosso pai Abraão antes de ser circuncidado. Deus determinou-lhe que circuncidasse Ismael e, mais tarde, Isaac, antes de completar duas semanas

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Gn 21,4Abraão circuncidou seu filho Isaac oito dias após o nascimento, como Deus lhe ordenara. Abraão creu e o sinal da sua fé foi aplicado à Isaac, mesmo quando este ainda não podia crer como seu pai. Mais tarde, quando Moisés aspergiu com o sangue da aliança as tábuas da Lei dada por Deus, aspergiu também todo o povo presente no monte Sinai, incluindo obviamente as mães e seus filhos de colo: Ex 24, 6Moisés tomou metade do sangue e colocou-o em bacias, e metade do sangue espalhou-o sobre o altar. 7Tomou o Livro da Aliança e leu-o na presença do povo, que disse: “Tudo o que o Senhor disse, nós o faremos e obedeceremos.” 8Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: “Eis o sangue da aliança que o Senhor concluiu convosco, mediante todas estas palavras.” Hb 9,19De fato, tendo Moisés proclamado a todo o povo cada prescrição, segundo a Lei, tomou o sangue dos vitelos e dos bodes com água, lã escarlate e um hissope e aspergiu o próprio livro e todo o povo, 20dizendo: Este é o sangue da aliança que Deus estabelece convosco. Dt 29, 9Todos vós estais hoje na presença do Senhor, vosso Deus - os vossos chefes, as vossas tribos, os vossos anciãos, os vossos oficiais, todos os cidadãos de Israel, 10os vossos filhos, as vossas mulheres e o estrangeiro, que está no meio do vosso acampamento, desde o vosso rachador de lenha até ao vosso carregador de água – 11a fim de entrardes na Aliança do Senhor, vosso Deus, feita com juramento, Aliança que o Senhor, vosso Deus, estabelece hoje convosco, 12para vos constituir hoje como seu povo e ser Ele próprio, o Senhor, o vosso Deus, como vos prometeu e como jurou a vossos pais, Abraão, Isaac e Jacó. 13E não é só convosco que eu firmo esta aliança e este juramento; 14 é também com todos aqueles que hoje estão aqui junto de nós, na presença do Senhor, nosso Deus, e ainda com todos aqueles que hoje não estão aqui conosco.

6.3 Deus fez justiça com toda a família Nm 16, 23E o Senhor disse a Moisés: 24”Fala à assembleia, dizendo: 'Afastai-vos da beira da habitação de Coré, de Datã e

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de Abiram.'” 25Levantou-se, pois, Moisés e foi ter com Datã e Abiram, seguindo atrás dele os anciãos de Israel. 26Disse à assembleia: “Afastai-vos das tendas destes homens maus e não toqueis em nada que lhes pertença, para não perecerdes por causa de todos os seus pecados.” 27Retiraram-se, então, da beira da habitação de Coré, de Datã e de Abiram, enquanto Datã e Abiram se colocavam à entrada das tendas com suas mulheres, seus filhos e suas crianças.a

6.3.1 Os cristãos são chamados de “filhos de Abraão” Gl 3, 7Ficai, por isso, a saber: os que dependem da fé é que são filhos de Abraão. [...] 29E se sois de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.

6.3.2 E a Igreja de “o Israel de Deus” Gl 6,16Paz e misericórdia para todos quantos seguirem esta regra, bem como para o Israel de Deus.b 1Cor 10,1Não quero que ignoreis, irmãos, que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, todos passaram através do mar 2e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar.c

6.3.3 Paulo chama o batismo de a circuncisão de Cristo Cl 2,11Foi nele [Jesus Cristo] que fostes circuncidados com uma circuncisão que não é feita por mão humana: fostes despojados do corpo carnal, pela circuncisão de Cristo.d

[a] Se para o castigo Deus não poupou as crianças, como muito mais razão, por sua infinita misericórdia, Ele dará a sua bênção (batismo = “filhos de Deus”) às crianças que forem batizadas. [b] O Israel de Deus é constituído por todos os discípulos de Jesus, judeus e não judeus (Rm 9,1-11,10). [c] Paulo lembra-nos o que aconteceu no deserto aos nossos pais; é que os cristãos são os descendentes espirituais dos israelitas. Em Cristo, tornaram-se o “Israel de Deus” (Gl 6,16), herdeiros das promessas feitas a Abraão (Rm 4, 11-25). Batizados em Moisés (como nós somos “batizados em Jesus Cristo”: Rm 6, 3-4) indica a pertença a Moisés. A nuvem (Ex 13, 21; Ex 19,16-18; 40,34-38) e a passagem do Mar Vermelho (Ex 14,22) são figuras do batismo.

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Lc 2, 21Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno. 22Quando se cumpriu o tempo da sua purificação, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, 23conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo o primogênito varão será consagrado ao Senhor” 24e para oferecerem em sacrifício, como se diz na Lei do Senhor, duas rolas ou duas pombas. 25Ora, vivia em Jerusalém um homem chamado Simeão; era justo e piedoso e esperava a consolação de Israel. O Espírito Santo estava nele. 26 Tinha-lhe sido revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ter visto o Messias do Senhor. 27Impelido pelo Espírito, veio ao templo, quando os pais trouxeram o menino Jesus, a fim de cumprirem o que ordenava a Lei a seu respeito.a

6.4 A promessa é para toda a família At 2, 38Pedro respondeu-lhes: “Convertei-vos e peça cada um o batismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo. 39Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar.”

6.4.1 A Bíblia sugere o batismo de toda uma casa, o que inclui as crianças At 16,15Depois de ter sido batizada, bem como os de sua casa, fez este pedido: “Se me considerais fiel ao Senhor, vinde ficar a minha casa.” E obrigou-nos a isso. [...] 33O carcereiro, tomandoos consigo, àquela hora da noite, lavou-lhes as feridas e imediatamente se batizou, ele e todos os seus. 1Cor 1,16Batizei também a família de Estéfanes, mas, além destes, não sei se batizei mais alguém. [d] A circuncisão (normalmente feita em crianças) foi substituída pelo batismo. [a] A apresentação do Menino no templo não era requerida pela Lei, que apenas prescrevia a purificação da mãe (Lv 12,1-8).

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6.4.2 Jesus manda para que não obstaculizem a união dEle com as crianças Mc 10,13Apresentaram-lhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido. 14Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. 15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.” 16Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos.

6.5 Um só Senhor, uma só fé, um só batismo Ef 4, 1Eu, o prisioneiro no Senhor, exorto-vos, pois, a que procedais de um modo digno do chamamento que recebestes; 2 com toda a humildade e mansidão, com paciência: suportandovos uns aos outros no amor, 3esforçando-vos por manter a unidade do Espírito, mediante o vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, assim como a vossa vocação vos chamou a uma só esperança; 5um só Senhor, uma só fé, um só batismo; 6 um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por todos e permanece em todos. 7Mas, a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo.

6.6 O Batismo no Catecismo da Igreja Católica § 403 Na linha de São Paulo, a Igreja sempre ensinou que a imensa miséria que oprime os homens e sua inclinação para o mal e para a morte são incompreensíveis, a não ser referindose ao pecado de Adão e sem o fato de que este nos transmitiu um pecado que por nascença nos afeta a todos e é “morte da alma”. Em razão desta certeza de fé, a Igreja ministra o batismo para a remissão dos pecados mesmo às crianças que não cometeram pecado pessoal. § 628 O Batismo, cujo sinal original e pleno é a imersão, significa eficazmente a descida ao túmulo do cristão que morre para o pecado com Cristo em vista de uma vida nova: “Pelo Batismo nós fomos sepultados com Cristo na morte, a

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fim de que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova” (Rm 6,4). § 950 A comunhão dos sacramentos. “O fruto de todos os sacramentos pertence a todos os fiéis. Com efeito, os sacramentos, e sobretudo o Batismo, que é a porta pela qual se entra na Igreja, são igualmente vínculos sagrados que os unem a todos e os incorporam a Jesus Cristo. A comunhão dos santos é a comunhão operada pelos sacramentos... O nome comunhão pode ser aplicado a cada sacramento, pois todos eles nos unem a Deus... Contudo, mais do que a qualquer outro, este nome convém à Eucaristia, porque é principalmente ela que consuma esta comunhão.” § 1213 O santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito (“vitae spiritualis janua”) e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos. Pelo Batismo somos libertados do pecado e regenerados como filhos de Deus, tornamo-os membros de Cristo, somos incorporados à Igreja e feitos participantes de sua missão: “Baptismus está sacramentum regenerationis per aquam in verbo O Batismo é o sacramento da regeneração pela água na Palavra” § 1214 I. Como é chamado este sacramento? Ele é denominado Batismo com base no rito central pelo qual é realizado: batizar (“baptizem”, em grego) significa “mergulhar”, “imergir”; o “mergulho” na água simboliza o sepultamento do catecúmeno na morte de Cristo, da qual com Ele ressuscita como “nova criatura” (2Cor 5,17; Gl 6,15). § 1250 Por nascerem com uma natureza humana decaída e manchada pelo pecado original, também as crianças precisam do novo nascimento no Batismo, a fim de serem libertadas do poder das trevas e serem transferidas para o domínio da liberdade dos filhos de Deusa, para a qual todos os homens são chamados. A gratuidade pura da graça da salvação é particularmente manifesta no Batismo das crianças. A Igreja e os pais privariam então a criança da graça inestimável de [a] Cf Cl 1,12-14

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tomar-se filho de Deus se não lhe conferissem o Batismo pouco depois do nascimento. § 1251 Os pais cristãos hão de reconhecer que esta prática corresponde também à sua função de alimentar a vida que Deus confiou a eles. § 1252 A prática de batizar as crianças é uma tradição imemorial da Igreja. É atestada explicitamente desde o século II. Mas é bem possível que desde o início da pregação apostólica, quando “casas” inteiras receberam o Batismoa, também se tenha batizado as crianças. § 1282 Desde os tempos mais antigos, o Batismo é administrado às crianças, pois é uma graça e um dom de Deus que não supõe méritos humanos; as crianças são batizadas na fé da Igreja. A entrada na vida cristã dá acesso à verdadeira liberdade. § 1290 Nos primeiros séculos, a Confirmação constitui em geral uma só celebração com o Batismo, formando com este, segundo a expressão de São Cipriano, um “sacramento duplo”. Entre outros motivos, a multiplicação dos batizados de crianças e isto ao longo do ano todo e a multiplicação das paróquias (rurais), (multiplicação) que amplia as dioceses, não permitem mais a presença do Bispo em todas as celebrações batismais. No Ocidente, visto que se deseja reservar ao Bispo a complementação do Batismo, se instaura a separação dos dois sacramentos em dois momentos distintos. O Oriente manteve juntos os dois sacramentos, tanto que a Confirmação é ministrada pelo presbítero que batiza. Todavia, este não o pode fazer senão com o “mýron” consagrado por um Bispo.b

[a] Cf At 16,15.33; 18,8; 1Cor 1,16 [b] Cf São Cipriano de Cartago, Epístola 73, 21: CSEL 32, 795 (PL 3, 1169).

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7 Matrimônio §1603 O MATRIMÔNIO NA ORDEM DA CRIAÇÃO “A íntima comunhão de vida e de amor conjugal que o Criador fundou e dotou com suas leis [...] O próprio [...] Deus é o autor do matrimônio. “A vocação para o Matrimônio está inscrita na própria natureza do homem e da mulher, conforme saíram da mão do Criador. O casamento não é uma instituição simplesmente humana, apesar das inúmeras variações que sofreu no curso dos séculos, nas diferentes culturas, estruturas sociais e atitudes espirituais. Essas diversidades não devem fazer esquecer os traços comuns e permanentes. Ainda que a dignidade desta instituição não transpareça em toda parte com a mesma clareza, existe, contudo, em todas as culturas, um certo sentido da grandeza da união matrimonial. “A salvação da pessoa e da sociedade humana está estreitamente ligada ao bem-estar da comunidade conjugal e familiar.” §1605 Que o homem e a mulher tenham sido criados um para o outro, a sagrada Escritura o afirma: “Não é bom que O homem esteja só” (Gn 2,18). A mulher, “carne de sua carne”, é, igual a ele, bem próxima dele, lhe foi dada por Deus como um “auxilio”, representando, assim, “Deus, em quem está o nosso socorro”. “Por isso um homem deixa seu pai e sua mãe, se une à sua mulher, e eles se tornam uma só carne” (Gn 2, 24). Que isto significa uma unidade indefectível de suas duas vidas, o próprio Senhor no-lo mostra lembrando qual foi, 'na origem”, o desígnio do Criador (Cf Mt 19,4): “De modo que já não são dois, mas uma só carne” (Mt 19,6).

7.1 A união é sagrada Ef 5,25Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, 26para a santificar, purificando-a, no banho da água, pela palavra. [...] 33De qualquer modo, também vós: cada um ame a sua mulher como a si mesmo; e a mulher respeite o seu marido.

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7.1.1 Ordenado por Deus Gn 1,27Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. 28Abençoandoos, Deus disse-lhes: “Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na terra.” Gn 2,18O Senhor Deus disse: “Não é conveniente que o homem esteja só; vou dar-lhe uma auxiliar semelhante a ele.” [...] 22Da costela que retirara do homem, o Senhor Deus fez a mulher e conduziu-a até ao homem. 23Então, o homem exclamou: “Esta é, realmente, osso dos meus ossos e carne da minha carne. Chamar-se-á mulher, visto ter sido tirada do homem!” 24Por esse motivo, o homem deixará o pai e a mãe, para se unir à sua mulher; e os dois serão uma só carne. Tb 8,5Levantaram-se ambos e puseram-se a orar e a implorar que lhes fosse enviada a salvação, dizendo: “Bendito sejas, Deus dos nossos pais, e bendito seja o teu nome, por todas as gerações; louvem-te os céus e todas as tuas criaturas, por todos os séculos. 6Tu criaste Adão e deste-lhe Eva, sua esposa, como amparo valioso, e de ambos procedeu a linhagem dos homens. Com efeito, disseste: Não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe uma auxiliar semelhante a ele. 7Agora, Senhor, Tu bem sabes que não é com paixão depravada que agora tomo por esposa a minha irmã, mas é com intenção pura. Permite, pois, que eu e ela encontremos misericórdia, e cheguemos juntos à velhice.”

7.1.2 Duas pessoas em uma só carne Mt 19,3Alguns fariseus, para o experimentarem, aproximaramse dele e disseram-lhe: “É permitido a um homem divorciar-se da sua mulher por qualquer motivo?” 4Ele respondeu: “Não lestes que o Criador, desde o princípio, fê-los homem e mulher, 5e disse: Por isso, o homem deixará o pai e a mãe e se unirá à sua mulher, e serão os dois um só? 6Portanto, já não são dois, mas um só. Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.”

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Ef 5,31Por isso, o homem deixará o pai e a mãe, unir-se-á à sua mulher e serão os dois uma só carne.

7.1.3 Os filhos são uma bênção de Deus Sl 127(126),3Olhai: os filhos são uma bênção do Senhor; o fruto das entranhas, uma verdadeira dádiva. Sl 128(127),3A tua esposa será como videira fecunda na intimidade do teu lar; os teus filhos serão como rebentos de oliveira ao redor da tua mesa. 4 Assim vai ser abençoado o homem que obedece ao Senhor. 1Sm 1,6Além disso, a sua rival afligia-a duramente, humilhando-a, por o Senhor a ter feito estéril.a [...] 10Ana, profundamente amargurada, orou ao Senhor e chorou copiosas lágrimas. 11E fez um voto, dizendo: “Senhor do universo, se te dignares olhar para a aflição da tua serva e te lembrares de mim, se não te esqueceres da tua serva e lhe deres um filho varão, eu o consagrarei ao Senhor, por todos os dias da sua vida, e a navalha não passará sobre a sua cabeça.”

7.2 O divórcio não é permitido 7.2.1 Lei sobre o divórcio no Antigo Testamento Dt 24,1“Quando um homem tomar uma mulher e a desposar, se depois ela deixar de lhe agradar, por ter descoberto nela algo de vergonhoso, escrever-lhe-á um documento de divórcio, entregarlho-á em mão e despedi-la-á de sua casa. 2Se ela, tendo saído da casa dele, for desposar outro homem 3e este último também a desprezar, escrever-lhe-á um documento de divórcio, entregarlho-á na mão e despedi-la-á da sua casa; ou se o segundo marido vier a falecer, 4o primeiro que a tinha repudiado já não [a] A importância da mulher residia sobretudo na maternidade. Por isso, a esterilidade causava complexo de inferioridade, era motivo de vergonha e sinal de um castigo de Deus (Gn 18,1-15).

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poderá desposá-la, voltando a recebê-la como mulher, porque é considerada impura. Isso seria uma abominação aos olhos do Senhor, e não deves fazer pecar a terra que o Senhor, teu Deus, te há-de dar em herança.”

7.2.2 Adultério e escândalo Mt 5,27“Ouvistes o que foi dito: Não cometerás adultério. 28Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração.

7.2.3 Jesus e o divórcio Mt 5,31“Também foi dito: Aquele que se divorciar da sua mulher, dê-lhe documento de divórcio. Eu, porém, digo-vos: Aquele que se divorciar da sua mulher – exceto em caso de união ilegal – expõe-na a adultério, e quem casar com a divorciada comete adultério. Mt 19,9Ora Eu digo-vos: Se alguém se divorciar da sua mulher – exceto em caso de união ilegal – e casar com outra, comete adultério. Mc 10,2Aproximaram-se uns fariseus e perguntaram-lhe, para o experimentar, se era lícito ao marido divorciar-se da mulher. 3Ele respondeu-lhes: “Que vos ordenou Moisés?” 4Disseram: “Moisés mandou escrever um documento de repúdio e divorciar-se dela.” 5 Jesus retorquiu: “Devido à dureza do vosso coração é que ele vos deixou esse preceito. 6Mas, desde o princípio da criação, Deus fê-los homem e mulher. 7Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe para se unir à sua mulher, 8e serão os dois um só. Portanto, já não são dois, mas um só. 9Pois bem, o que Deus uniu não o separe o homem.” 10De regresso a casa, de novo os discípulos o interrogaram acerca disto. 11Jesus disse: “Quem se divorciar da sua mulher e casar com outra, comete adultério contra a primeira. 12E se a mulher se divorciar do seu marido e casar com outro, comete adultério.” Lc 16,14Os fariseus, como eram avarentos, ouviam as suas palavras e troçavam dele. 15Jesus disse-lhes: “Vós pretendeis passar por justos aos olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações. Porque o que os homens têm por muito

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elevado é abominável aos olhos de Deus. 16A Lei e os Profetas subsistiram até João; a partir de então, é anunciada a Boa-Nova do Reino de Deus, e cada qual esforça-se por entrar nele. 17Ora, é mais fácil que o céu e a terra passem do que cair um só acento da Lei. 18Todo aquele que se divorcia da sua mulher e casa com outra comete adultério; e quem casa com uma mulher divorciada comete adultério.”

7.2.4 Reconcilie-se com seu marido (sua esposa)! 1Cor 7,10Aos que já estão casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não se separe do marido; 11se, porém, está separada, não se case de novo, ou, então, reconcilie-se com o marido; e o marido não repudie a sua mulher.

7.2.5 A morte dissolve o matrimônio Rm 7,2Assim, a mulher casada só está vinculada por lei a um homem, enquanto ele for vivo. Mas, se o marido morrer, fica liberta da lei que a liga ao marido. 3Por conseguinte, enquanto o marido for vivo, será declarada adúltera, se vier a dar-se a outro homem. Mas, se o marido morrer, fica livre da lei e não comete adultério, ao dar-se a outro homem. 1Cor 7,39A mulher permanece ligada ao seu marido enquanto ele viver. Se, porém, o marido vier a falecer, fica livre para se casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor.

7.3 Divórcio no Catecismo da Igreja Católica 7.3.1 Divórcio civil §2383 A separação dos esposos com a manutenção do vínculo matrimonial pode ser legítima em certos casos previstos pelo Direito canônico (cf. CIC, cânones 1151-1155). Se o divórcio civil for a única maneira possível de garantir certos direitos legítimos, o cuidado dos

93 filhos ou a defesa do patrimônio, pode ser tolerado sem constituir uma falta moral.

7.3.2 Consequências do divórcio entre cônjuges católicos §1650 São numerosos hoje, em muitos países, os católicos que recorrem ao divórcio segundo as leis civis e que contraem civicamente uma nova união. A Igreja, por fidelidade à palavra de Jesus Cristo (“Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério contra a primeira; e se essa repudiar seu marido e desposar outro comete adultério”: Mc 10, 11-12), afirma que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro casamento foi válido. Se os divorciados tornam a casar-se no civil, ficam numa situação que contraria objetivamente a lei de Deus. Portanto, não podem ter acesso à comunhão eucarística enquanto perdurar esta situação. Pela mesma razão não podem exercer certas responsabilidades eclesiais. A reconciliação pelo sacramento da Penitência só pode ser concedida aos que se mostram arrependidos por haver violado o sinal da aliança e da fidelidade a Cristo e se comprometem a viver numa continência completa. §1664 A unidade, a indissolubilidade e a abertura à fecundidade essenciais ao Matrimônio. A poligamia é incompatível com unidade do matrimônio; o divórcio separa o que Deus uniu; a recusa da fecundidade desvia a vida conjugal de seu mais excelente": a prole. §2384 O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. Pretende romper o contrato livremente consentido pelos esposos de viver um com o outro até a morte. O divórcio lesa a Aliança de salvação da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente: Se o marido, depois de se separar de sua mulher, se aproximar de outra mulher, se torna adúltero, porque faz essa mulher cometer adultério; e a mulher que habita com ele é adúltera, porque atraiu a si o marido de outra. §2385 O caráter imoral do divórcio deriva também da desordem que introduz na célula familiar e na sociedade. Esta desordem acarreta graves danos: para o cônjuge que fica abandonado; para os filhos, traumatizados pela separação dos pais, e muitas vezes disputados entre eles (cada um dos cônjuges querendo os filhos para si); e seu efeito de contágio, que faz dele urna verdadeira praga social.

94 §2400 O adultério e o divórcio, a poligamia e a união livre são ofensas graves à dignidade do casamento.

7.3.3 Definição de divórcio §2384 O divórcio é uma ofensa grave à lei natural. Pretende romper o contrato livremente consentido pelos esposos de viver um com o outro até a morte. O divórcio lesa a Aliança de salvação da qual o matrimônio sacramental é o sinal. O fato de contrair nova união, mesmo que reconhecida pela lei civil, aumenta a gravidade da ruptura; o cônjuge recasado passa a encontrar-se em situação de adultério público e permanente: Se o marido, depois de se separar de sua mulher, se aproximar de outra mulher, se torna adúltero, porque faz essa mulher cometer adultério; e a mulher que habita com ele é adúltera, porque atraiu a si o marido de outra.

7.3.4 Indissolubilidade do Matrimônio e divórcio §2382 O Senhor Jesus insistiu na intenção original do Criador, que queria um casamento indissolúvel. Ab-roga as tolerâncias que se tinham introduzido na Lei antiga. Entre batizados, o matrimonio ratificado e consumado não pode ser dissolvido por nenhum poder humano nem por nenhuma causa, exceto a morte.

7.3.5 Inocência do cônjuge injustamente abandonado §2386 Pode acontecer que um dos cônjuges seja a vítima inocente do divórcio decidido pela lei civil; neste caso, ele não viola o preceito moral. Existe uma diferença considerável entre o cônjuge que se esforçou sinceramente por ser fiel ao sacramento do Matrimônio e se vê injustamente abandonado e aquele que, por uma falta grave de sua parte, destrói um casamento canonicamente válido.

7.3.6 Obra de caridade para com os divorciados §1651 A respeito dos cristãos que vivem nesta situação e geralmente conservam a fé e desejam educar cristãmente seus filhos, os sacerdotes e toda a comunidade devem dar prova de uma solicitude atenta, a fim de não se considerarem separados da Igreja, pois, como batizados, podem e devem participar da vida da Igreja: Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o sacrifício da missa, a perseverar na oração, a dar sua contribuição às obras de caridade e às iniciativas da comunidade em favor da justiça, a

95 educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorar, dia a dia, a graça de Deus.

A mulher adúltera Jo 8, 1 […] Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar. 3Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio 4e disseram-lhe: “Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. 5Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?” 6Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra. 7Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: “Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!” 8E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra. 9 Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles. 10Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11 Ela respondeu: “Ninguém, Senhor.” Disse-lhe Jesus: “Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.”

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7.4 A Recepção da Sagrada Comunhão por Divorciados CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ CARTA AOS BISPOS DA IGREJA CATÓLICA A RESPEITO DA RECEPÇÃO DA COMUNHÃO EUCARÍSTICA POR FIÉIS DIVORCIADOS NOVAMENTE CASADOS Excelência Reverendíssima, 1. O Ano Internacional da Família é uma ocasião particularmente importante para redescobrir os testemunhos do amor e da solicitude da Igreja pela famíliaa e, ao mesmo tempo, propor novamente as riquezas inestimáveis do matrimônio cristão que constitui o fundamento da família. 2. Neste contexto, merecem uma especial atenção as dificuldades e os sofrimentos dos fiéis que se encontram em situações matrimoniais irregularesb. De fato, os pastores são chamados a fazer sentir a caridade de Cristo e a materna solicitude da Igreja, acolhendo-os com amor, exortando-os a confiar na misericórdia de Deus e, com prudência e respeito, sugerindo-lhes caminhos concretos de conversão e participação na vida da comunidade eclesialc. 3. Cientes, porém, de que a compreensão autêntica e a genuína misericórdia nunca andam separadas da verdade d, os pastores têm o dever de recordar a estes fiéis a doutrina da Igreja a propósito da celebração dos sacramentos e em particular da recepção da Eucaristia. Sobre este ponto, nos últimos anos em várias regiões foram propostas diversas soluções pastorais segundo as quais certamente não seria possível uma admissão geral dos divorciados novamente casados à comunhão eucarística, mas poderiam aproximar-se desta em determinados casos, quando segundo a sua consciência a tal se considerassem autorizados. Assim, por exemplo, quando tivessem sido abandonados de modo totalmente injusto, embora se tivessem esforçado sinceramente para salvar o matrimônio precedente ou quando estivessem convencidos da nulidade do matrimônio anterior, mesmo não [a] Cfr JOÃO PAULO II, Carta às Famílias (2 de Fevereiro de 1994), n. 3. [b] Cfr JOÃO PAULO II, Exort. ap. Familiaris consortio, nn. 79-84: AAS 74 (1982) 180-186. [c] Cfr Ibid., n. 84: AAS 74 (1982) 185; Carta às Famílias, n. 5; Catecismo da Igreja Católica, n. 1651. [d] Cfr PAULO VI, Carta enc. Humanae vitae, n. 29: AAS 60 (1968) 501; JOÃO PAULO II, Exort. ap. Reconciliatio et paenitentia, n. 34: AAS 77 (1985) 272; Carta enc. Veritatis splendor, n. 95: AAS 85 (1993) 1208.

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podendo demonstrá-la no foro externo, ou então quando tivessem já transcorrido um longo período de reflexão e de penitência ou mesmo quando não pudessem, por motivos moralmente válidos, satisfazer a obrigação da separação. Em alguns lugares também se propôs que, para examinar objetivamente a sua efetiva situação, os divorciados novamente casados deveriam encetar um colóquio com um sacerdote criterioso e entendido. Mas este sacerdote teria de respeitar a eventual decisão de consciência deles de se abeirarem da Eucaristia, sem que isso implicasse uma autorização oficial. Nestes e em semelhantes casos tratar-se-ia de uma solução pastoral tolerante e benévola para poder fazer justiça às diversas situações dos divorciados novamente casados. 4. Mesmo sabendo-se que soluções pastorais análogas foram propostas por alguns Padres da Igreja e entrarem em alguma medida também na prática, contudo elas jamais obtiveram o consenso dos Padres e de nenhum modo vieram a constituir a doutrina comum da Igreja nem a determinar a sua disciplina. Compete ao Magistério universal da Igreja, na fidelidade à Escritura e à Tradição, ensinar e interpretar autenticamente o depositum fidei. Face às novas propostas pastorais acima mencionadas, esta Congregação considera pois sue dever reafirmar a doutrina e a disciplina da Igreja nesta matéria. Por fidelidade à palavra de Jesus Cristo a, a Igreja sustenta que não pode reconhecer como válida uma nova união, se o primeiro Matrimônio foi válido. Se os divorciados se casam civilmente, ficam numa situação objetivamente contrária à lei de Deus. Por isso, não podem aproximar-se da comunhão eucarística, enquanto persiste tal situaçãob. Esta norma não tem, de forma alguma, um carácter punitivo ou então discriminatório para com os divorciados novamente casados, mas exprime antes uma situação objectiva que por si torna impossível o acesso à comunhão eucarística: “Não podem ser admitidos, já que o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro [a] Mc 10,11Quem repudia sua mulher e casa com outra comete adultério em relação à primeira; 12 e se uma mulher repudia seu marido e casa com outro, comete adultério. [b] Cfr Catecismo da Igreja Católica, n. 1650; cfr também n. 1640 e CONCÍLIO DE TRENTO, sess. XXIV: DSch. 1797-1812.

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peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio”a. Para os fiéis que permanecem em tal situação matrimonial, o acesso à comunhão eucarística é aberto unicamente pela absolvição sacramental, que pode ser dada “só àqueles que, arrependidos de ter violado o sinal da Aliança e da fidelidade a Cristo, estão sinceramente dispostos a uma forma de vida não mais em contradição com a indissolubilidade do matrimônio. Isto tem como consequência, concretamente, que, quando o homem e a mulher, por motivos sérios - como, por exemplo, a educação dos filhos - não se podem separar, "assumem a obrigação de viver em plena continência, isto é, de abster-se dos atos próprios dos cônjuges"” b. Neste caso podem aproximar-se da comunhão eucarística, permanecendo firme todavia a obrigação de evitar o escândalo. 5. A doutrina e a disciplina da Igreja sobre esta matéria foram expostas amplamente no período pós-conciliar pela Exortação Apostólica Familiaris consortio. Entre outras coisas, a Exortação recorda aos pastores que, por amor da verdade, são obrigados a um cuidadoso discernimento das diversas situações e anima-os a encorajarem a participação dos divorciados novamente casados em diversos momentos da vida da Igreja. Ao mesmo tempo, reafirma a prática constante e universal, “fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união” c, indicando os motivos da mesma. A estrutura da Exortação e o teor das suas palavras deixam entender claramente que tal prática, apresentada como vinculante, não pode ser modificada com base nas diferentes situações. 6. O fiel que convive habitualmente more uxorio com uma pessoa que não é a legítima esposa ou o legítimo marido, não pode receber a comunhão eucarística. Caso aquele o considerasse possível, os pastores e os confessores - dada a gravidade da matéria e as exigências do bem espiritual da pessoad e do bem comum da Igreja - têm o grave dever de adverti-lo que tal juízo de consciência está em evidente contraste com a doutrina da Igrejae. Devem também recordar esta doutrina no ensinamento a todos os fiéis que lhes estão confiados. [a] Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185-186. [b] Ibid., n. 84: AAS 74 (1982) 186; cfr JOÃO PAULO II, Homilia no encerramento do VI Sínodo dos Bispos, n. 7: AAS 72 (1980) 1082. [c] Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185. [d] Cfr 1Cor 11,27-29. [e] Cfr Código de Direito Canônico, cân. 978 §2.

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Isto não significa que a Igreja não tenha a peito a situação destes fieis que, aliás, de fato não estão excluídas da comunhão eclesial. Preocupase por acompanhá-las pastoralmente e convidá-las a participar na vida eclesial na medida em que isso seja compatível com as disposições do direito divino, sobre as quais a Igreja não possui qualquer poder de dispensaa. Por outro lado, é necessário esclarecer os fiéis interessados para que não considerem a sua participação na vida da Igreja reduzida exclusivamente à questão da recepção da Eucaristia. Os fiéis hão-de ser ajudados a aprofundar a sua compreensão do valor da participação no sacrifício de Cristo na Missa, da comunhão espiritual b, da oração, da meditação da palavra de Deus, das obras de caridade e de justiça c. 7. A convicção errada de poder um divorciado novamente casado receber a comunhão eucarística pressupõe normalmente que se atribui à consciência pessoal o poder de decidir, em última instância, com base na própria convicçãod, sobre a existência ou não do matrimônio anterior e do valor da nova união. Mas tal atribuição é inadmissível e. Efetivamente o matrimonio, enquanto imagem da união esponsal entro Cristo e a sua Igreja, e núcleo de base e fator importante na vida da sociedade civil, constitui essencialmente uma realidade pública. 8. Certamente é verdade que o juízo sobre as próprias disposições para o acesso à Eucaristia deve ser formulado pela consciência moral adequadamente formada. Mas, é igualmente verdade que o consentimento, pelo qual é constituído o matrimônio, não é uma simples decisão privada, visto que cria para cada um dos esposos e para o casal uma situação especificamente eclesial e social. Portanto o juízo da consciência sobre a própria situação matrimonial não diz respeito apenas a uma relação imediata entre o homem e Deus, como se se pudesse prescindir daquela mediação eclesial, que inclui também as leis canônicas que obrigam em consciência. Não reconhecer este aspecto essencial significaria negar, de facto, que o matrimônio existe como realidade da Igreja, quer dizer, como sacramento.

[a] Cfr Catecismo da Igreja Católica, n. 1640. [b] Cfr CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ, Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre algumas questões respeitantes ao Ministro da Eucaristia, III/4: AAS 75 (1983) 1007; SANTA TERESA DE ÁVILA, Caminho de perfeição, 35,1; SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO, Visitas ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima. [c] Cfr Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185. [d] Cfr Carta enc. Veritatis splendor, n. 55: AAS 85 (1993) 1178. [e] Cfr Código de Direito Canônico, cân. 1085 §2.

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9. De outra parte, a Exortação Apostólica Familiaris Consortio, quando convida os pastores a distinguir bem as várias situações dos divorciados novamente casados, recorda também o caso daqueles que estão subjetivamente certos em consciência que o matrimônio anterior, irremediavelmente destruido, jamais fora válido a. Deve-se certamente discernir, através da via de foro externo estabelecida pela Igreja, se objetivamente existe tal nulidade do matrimonio. A disciplina da Igreja, enquanto confirma a competência exclusiva dos tribunais eclesiásticos no exame da validade do matrimônio dos católicos, oferece agora novos caminhos para demonstrar a nulidade do matrimônio precedente, procurando assim excluir, quanto possível, qualquer distância entre a verdade verificável no processo e a verdade objectiva conhecida pela reta consciênciab. Ater-se ao juízo da Igreja e observar a disciplina vigente acerca da obrigatoriedade da forma canônica como condição necessária para a validade dos matrimônios dos católicos, é o que verdadeiramente aproveita ao bem espiritual dos fiéis interessados. Com efeito, a Igreja é o Corpo de Cristo, e viver a comunhão eclesial é viver no Corpo de Cristo e nutrir-se do Corpo de Cristo. Ao receber o sacramento da Eucaristia, a comunhão com Cristo Cabeça não pode jamais ser separada da comunhão com seus membros, isto é, com sua Igreja. Por isso, o sacramento da nossa união com Cristo é também o sacramento da unidade da Igreja. Receber a comunhão eucarística em contraste com a comunhão eclesial é, pois, algo de contraditório em si mesmo. A comunhão sacramental com Cristo inclui e pressupõe a observância, mesmo se às vezes pode ser difícil, das exigências da comunhão eclesial, e não pode ser justa e frutífera se o fiel, mesmo querendo aproximar-se diretamente de Cristo, não observa estas exigências. 10. Em harmonia com o que ficou dito até agora, há que realizar plenamente o desejo expresso pelo Sínodo dos Bispos, assumido pelo Santo Padre João Paulo II e atuado com empenhamento e com louváveis iniciativas por parte de bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis leigos: com solícita caridade, fazer tudo quanto possa fortificar no amor de Cristo e da Igreja os fiéis que se encontram em situação matrimonial irregular. Só assim será possível para eles acolherem plenamente a mensagem do matrimônio cristão e suportarem na fé [a] Cfr Exort. ap. Familiaris consortio, n. 84: AAS 74 (1982) 185. [b] Cfr os câns. 1536 §2 e 1679 do Código de Direito Canônico, e os câns. 1217 §2 e 1365 do Código dos Cânones das Igrejas Orientais acerca da força probatória das declarações das partes em tais processos.

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o sofrimento da sua situação. Na ação pastoral, dever-se-á realizar todo o esforço para que seja bem compreendido que não se trata de nenhuma discriminação, mas apenas de fidelidade absoluta à vontade de Cristo que restabeleceu e de novo nos confiou a indissolubilidade do matrimônio como dom do Criador. Será necessário que os pastores e a comunidade dos fiéis sofram e amem unidos às pessoas interessadas, para que possam reconhecer também no seu fardo o jugo suave e o fardo leve de Jesusa. O seu fardo não é suave e leve enquanto pequeno ou insignificante, mas torna-se leve porque o Senhor - e juntamente com Ele toda a Igreja - o compartilha. É dever da ação pastoral, que há-de ser desempenhada com total dedicação, oferecer esta ajuda fundada conjuntamente na verdade e no amor. Unidos no compromisso colegial de fazer resplandecer a verdade de Jesus Cristo na vida e na prática da Igreja, tenho o prazer de me professar de Vossa Excelência Reverendíssima devotíssimo em Cristo. b Josef Card. Ratzinger Prefeito + Alberto Bovone Arcebispo tit. de Cecaréia de Numídia Secretário

[a] Cfr. Mt 11, 30. [b] O Sumo Pontífice João Paulo II, no decorrer da Audiência concedida ao Cardeal Prefeito, aprovou a presente carta, decidida na reunião ordinária desta Congregação e ordenou a sua publicação. Roma, da Sede da Congregação para a Doutrina da Fé, 14 de setembro de 1994, na Festa da Exaltação da Santa Cruz.

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8 Celibato Celibato: estado ou condição de celibatário, de pessoa solteira; isolado, solitário; etim lat. caelibátus ou coelibátus, 'estado de solteiro'. Celibatário: que ou aquele que ainda não se casou, apesar de haver ultrapassado a meia-idade, que não faz tenção de se casar.

8.1 Continência voluntária Jr 3,15“Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração”. Jesus convida à continência perpétua aqueles que querem consagrar-se exclusivamente ao Reino dos Céus. Mt 19,10“Seus discípulos disseram-lhe: Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar! 11 Respondeu ele: Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. 12Porque há eunucosa que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda. Ap 14, 1Eu vi ainda: o Cordeiro estava de pé no monte Sião, e perto dele cento e quarenta e quatro mil pessoas que traziam escritos na fronte o nome dele e o nome de seu Pai. 2Ouvia, entretanto, um coro celeste semelhante ao ruído de muitas águas e ao ribombar de potente trovão. Esse coro que eu ouvia era ainda semelhante a músicos tocando as suas cítaras. 3Cantavam como que um cântico novo diante do trono, diante dos quatro Animais e dos Anciãos. Ninguém podia aprender este cântico, a não ser aqueles cento e quarenta e quatro mil que foram resgatados da terra. 4Estes são os que [a]

Eunuco: substantivo masculino; no Oriente, homem castrado que tinha a função de guardar as mulheres do harém; ETIM gr. eunoûkhos,ou 'guardião da cama, guardião de mulheres', de eunê "leito, cama" e o v. ékhó "levar, ter; conduzir, guiar; manter; reprimir, prender; conter, encerrar; governar, administrar", pelo lat. eunúchus,í

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não se contaminaram com mulheres, pois são virgens. São eles que acompanham o Cordeiro por onde quer que vá; foram resgatados dentre os homens, como primícias oferecidas a Deus e ao Cordeiro. 5Em sua boca não se achou mentira, pois são irrepreensíveis.

8.2 Castidade Castidade: abstinência completa dos prazeres do amor; abstenção de prazeres carnais e de tudo que a eles se refere; característica de uma coisa casta; pureza etimologia latina castìtas, átis “castidade, pureza de costumes, integridade”; sinônimo candidez, candideza, candor, candura, honestidade, honra, inocência, pureza, puridade, respeitabilidade, temperança, virginalidade, virgindade, virtude; continência. Jt 15,11Deste prova de alma viril e coração valente. Amaste a castidade, e não quiseste, depois da morte do teu marido, conhecer outro homem; então o Senhor te fortaleceu e por isso serás eternamente bendita. Jt 16,22À coragem juntava a castidade, de tal sorte que nunca em toda a sua vida conheceu outro homem, desde que morreu Manassés, seu marido. Sb 4,1Mais vale uma vida sem filhos, mas rica de virtudes: sua memória será imortal, porque será conhecida de Deus e dos homens. 2Quando está presente, imitam-na; quando passada, desejam-na; ela leva na glória uma coroa eterna, por ter triunfado sem mancha nos combates. Eclo 26,16A graça de uma mulher cuidadosa rejubila seu marido, 17e seu bom comportamento revigora os ossos. 18É um dom de Deus uma mulher sensata e silenciosa, e nada se compara a uma mulher bem-educada. 19A mulher santa e honesta é uma graça inestimável; 20não há peso para pesar o valor de uma alma casta. 21Assim como o sol que se levanta nas alturas de Deus, assim é a beleza de uma mulher honrada, ornamento de sua casa. At 24,24 Passados que foram alguns dias, veio Félix com sua mulher Drusila, que era judia. Chamou Paulo e ouvia-o falar da fé em Jesus Cristo. 25 Mas, como Paulo lhe falasse sobre a justiça,

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a castidade e o juízo futuro, Félix, todo atemorizado, disse-lhe: Por ora, podes retirar-te. Na primeira ocasião, chamar-te-ei. Rm 8,5Os que vivem segundo a carne gostam do que é carnal; os que vivem segundo o espírito apreciam as coisas que são do espírito. 6Ora, a aspiração da carne é a morte, enquanto a aspiração do espírito é a vida e a paz. 7Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode. 8Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. 9Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele. 10Ora, se Cristo está em vós, o corpo, em verdade, está morto pelo pecado, mas o Espírito vive pela justificação. [...] 26 Outrossim, o Espírito vem em auxílio à nossa fraqueza; porque não sabemos o que devemos pedir, nem orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inefáveis. 27E aquele que perscruta os corações sabe o que deseja o Espírito, o qual intercede pelos santos, segundo Deus. Rm 12, 1Eu vos exorto, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, a oferecerdes vossos corpos em sacrifício vivo, santo, agradável a Deus: é este o vosso culto espiritual. 2Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito. 3Em virtude da graça que me foi dada, recomendo a todos e a cada um: não façam de si próprios uma opinião maior do que convém, mas um conceito razoavelmente modesto, de acordo com o grau de fé que Deus lhes distribuiu. 1Cor 7,1“Agora, a respeito das coisas que me escrevestes. Penso que seria bom ao homem não tocar mulher alguma. [...] 7 Pois quereria que todos fossem como eu; mas cada um tem de Deus um dom particular: uns este, outros aquele. 8Aos solteiros e às viúvas, digo que lhes é bom se permanecerem assim, como eu. [...] 32Quisera ver-vos livres de toda preocupação. O solteiro cuida das coisas que são do Senhor, de como agradar ao Senhor. 33O casado preocupa-se com as coisas do mundo, procurando agradar à sua esposa. 34A mesma diferença existe com a mulher solteira ou a virgem. Aquela que não é casada

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cuida das coisas do Senhor, para ser santa no corpo e no espírito; mas a casada cuida das coisas do mundo, procurando agradar ao marido. 35Digo isto para vosso proveito, não para vos estender um laço, mas para vos ensinar o que melhor convém, o que vos poderá unir ao Senhor sem partilha.” Gl 5,19Ora, as obras da carne são estas: fornicaçãoa, impurezab, libertinagemc, 20idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, 21invejas, bebedeiras, orgiasd e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! 22Ao contrário, o fruto do Espírito é caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, 23brandura, temperança. Contra estas coisas não há lei. 24Pois os que são de Jesus Cristo crucificaram a carne, com as paixões e concupiscências. 25Se vivemos pelo Espírito, andemos também de acordo com o Espírito. Ef 4,1Exorto-vos, pois, – prisioneiro que sou pela causa do Senhor – , que leveis uma vida digna da vocação à qual fostes chamados, 2com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma, suportando-vos mutuamente com caridade. 3Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. 4Sede um só corpo e um só espírito, assim como fostes chamados pela vossa vocação a uma só esperança. 5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo. [...] 7Mas a cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo, [...] 11A uns ele constituiu apóstolos; a outros, profetas; a outros, evangelistas, pastores, doutores, 12para o [a] Fornicação: ato de fornicar; prática sexual, coito, especialmente com prostitutas; Rubrica: religião. ato sexual que não é entre cônjuges; o pecado da luxúria; pecado da carne [b] Impureza: falta de pudor, de castidade; imoralidade, impudicícia, impuridade; falta de pureza, de limpidez [c] Libertinagem: licenciosidade de costume, conduta de pessoa que se entrega imoderadamente a prazeres sexuais; a prática do libertino. [d] Orgias: na Antiguidade, ritual festivo geralmente realizado à noite em honra do deus chamado Dioniso (entre os gregos) ou Baco (entre os romanos); bacanal; qualquer reunião que se caracterize pela lubricidade, pela orgia sexual entre mais de duas pessoas; bacanal, esbórnia, pândega, suruba

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aperfeiçoamento dos cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do corpo de Cristo, 13até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo. 14Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e de seus artifícios enganadores. 15Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo. 16É por ele que todo o corpo – coordenado e unido por conexões que estão ao seu dispor, trabalhando cada um conforme a atividade que lhe é própria – efetua esse crescimento, visando a sua plena edificação na caridade. 17 Portanto, eis o que digo e conjuro no Senhor: não persistais em viver como os pagãos, que andam à mercê de suas ideias frívolas. 18Têm o entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração mantêm-nos afastados da vida de Deus. 19Indolentes, entregaram-se à dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza. 20Vós, porém, não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo, 21se é que o ouvistes e dele aprendestes, como convém à verdade em Jesus. 22 Renunciai à vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras. 23Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, 24e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. 25Por isso, renunciai à mentira. Fale cada um a seu próximo a verdade, pois somos membros uns dos outros. 26 Mesmo em cólera, não pequeis. Não se ponha o sol sobre o vosso ressentimento. 27Não deis lugar ao demônio. 28Quem era ladrão não torne a roubar, antes trabalhe seriamente por realizar o bem com as suas próprias mãos, para ter com que socorrer os necessitados. 29Nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem. 30Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da Redenção. 31Toda amargura, ira, indignação, gritaria e calúnia sejam desterradas do meio de vós, bem como toda malícia. 32Antes, sede uns com

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os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou, em Cristo. 1Tm 3,4deve saber governar bem a sua casa, educar os seus filhos na obediência e na castidade. 5Pois quem não sabe governar a sua própria casa, como terá cuidado da Igreja de Deus? 1Tm 4,12Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na (pureza) castidade.

8.3 Padres da Igreja sobre a Castidade: Sê tu sacrifício e sacerdote de Deus a: [...] Ouçamos, porém, a insistência do Apóstolo: “Eu vos exorto a vos oferecerdes em sacrifício vivo” (Rm 12,1). Pedindo deste modo, o Apóstolo ergueu todos os seres humanos à dignidade sacerdotal: a vos oferecerdes em sacrifício vivo. Ó inaudito mistério do sacerdócio cristão, em que o ser humano é para si mesmo vítima e sacerdote! O ser humano não precisa ir buscar fora de si a vítima que deve oferecer a Deus; traz consigo e em si o que irá sacrificar a Deus. Permanecem intactos tanto a vítima como o sacerdote; a vítima é imolada mas continua viva, e o sacerdote que oferece o sacrifício não pode matar a vítima. Admirável sacrifício em que o corpo é oferecido sem imolação e o sangue sem derramamento! “Pela misericórdia de Deus eu vos exorto a vos oferecerdes em sacrifício vivo”. Irmãos, este sacrifício é imagem do sacrifício de Cristo que, para dar a vida ao mundo, imolou o seu corpo, permanecendo vivo; na verdade, ele fez de seu corpo um sacrifício vivo, porque tendo morrido, continua vivo. Num sacrifício como [a] Dos Sermões de São Pedro Crisólogo, bispo (Sermo 108: PL 52,499-500) (Séc. V)

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este, a morte teve a sua parte, mas a vítima permanece; a vítima vive, enquanto a morte é castigada. Pela misericórdia de Deus, eu vos exorto, irmãos, a vos oferecerdes em sacrifício vivo, santo. É o que também cantava o Profeta: “Tu não quiseste nem vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo” (cf. Sl 39, 7; Hb 10,5). Ó homem, sê tu sacrifício e sacerdote de Deus; não percas aquilo que te foi dado pelo poder do Senhor. Reveste-te com a túnica da santidade, cinge-te com o cíngulo da castidade; seja Cristo o véu de proteção da tua cabeça; que a cruz permaneça em tua fronte como defesa. Grava em teu peito o sinal da divina ciência; eleva continuamente a tua oração como perfume de incenso; empunha a espada do Espírito; faze de teu coração um altar. E assim, com toda confiança, oferece teu corpo como vítima a Deus. [...] a

[a] Liturgia das Horas, Vol. II - Tempo da Quaresma, Tríduo Pascal, Tempo da Páscoa. Págs. 694-696.

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9 Maria Santíssima Lc 1,28Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheiaa de graça, o Senhor é contigo. Lc 1,41Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. 43Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor? 44Pois assim que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria no meu seio. 45Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas! 9.1 Mãe de Cristo pelo Espírito Santo §437 O anjo anunciou aos pastores o nascimento de Jesus como o do Messias prometido a Israel: “Hoje, na cidade de Davi, nasceu-vos um Salvador que é o Cristo Senhor” (Lc 2,11). Desde o inicio Ele é “aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo” (Jo 10,36), concebido como “Santo”b no seio virginal de Maria. José foi chamado por Deus “a receber Maria, sua mulher”, grávida “daquele que foi gerado nela pelo Espírito Santo” (Mt 1,21), para que Jesus, “que se chama Cristo”, nascesse da esposa de José na descendência messiânica de Davi (Mt 1,16)c. §456 Com o Credo Niceno-Constantinopolitano, respondemos, confessando: “E por nós, homens, e para

[a] Cheia: que está com a capacidade ou a lotação completa; repleta; isso quer dizer que não tem espaço para o pecado. [b] Lc 1,35Respondeu-lhe o anjo: O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus. [c] Cf Rm 1,3 ; 2Tm 2,8 ; Ap 22,16

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nossa salvação, desceu dos céus e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem”.d §484 A Anunciação a Maria inaugura a "plenitude dos tempos" (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará “corporalmente a plenitude da divindade" (Cl 2, 9). A resposta divina à sua pergunta “Como se fará isto, se não conheço homem algum?” (Lc 1,34) é dada pelo poder do Espírito: “O Espírito Santo virá sobre ti” (Lc 1,35). §485 A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho. O Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é “o Senhor que da a Vida”, fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua. §486 Ao ser concebido como homem no seio da Virgem Maria, o Filho Único do Pai é "Cristo", isto e, ungido pelo Espírito Santo desde o início de sua existência humana, ainda que sua manifestação só se realize progressivamente: aos pastores, aos magos, a João Batista, aos discípulos. Toda a Vida de Jesus Cristo manifestará, portanto, “como Deus o ungiu com o Espírito e com poder” (At 10,38). §723 Em Maria, o Espírito Santo realiza o desígnio benevolente do Pai. É pelo Espírito Santo que a Virgem concebe e dá à luz o Filho de Deus. Sua virgindade transforma-se em fecundidade única pelo poder do Espírito e da fé. §724 Em Maria, o Espírito Santo manifesta o Filho do Pai tornado Filho da Virgem. Ela é a Sarça ardente da Teofania definitiva: repleta do Espírito Santo, ela mostra o Verbo na humildade de sua carne, e é aos Pobres e às primícias das nações que ela o dá a conhecer. §725 Finalmente, por Maria o Espírito Santo começa a pôr em Comunhão com Cristo os homens, “objetos do amor [d] DS 150

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benevolente de Deus”, e os humildes são sempre os primeiros a recebê-lo: os pastores, os magos, Simeão e Ana, os esposos de Caná e os primeiros discípulos. §726 Ao final desta missão do Espírito, Maria torna-se a “Mulher”, nova Eva, “mãe dos viventes”, Mãe do “Cristo total”. É nesta qualidade que ela está presente com os Doze, “com um só coração, assíduos à oração” (At 1, 14), na aurora dos “últimos tempos” que o Espírito vai inaugurar na manhã de Pentecostes, com a manifestação da Igreja. Mt 1,16Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo. 17Assim, o número total das gerações é, desde Abraão até Davi, catorze; de Davi até ao exílio da Babilônia, catorze; e, desde o exílio da Babilônia até Cristo, catorze. 18Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. 19 José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamentea. 20Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santob. 21 Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesusc, porque [a] Em virtude dos esponsais, os noivos hebreus eram considerados como esposos, mesmo antes de viverem em comum, podendo o vínculo contraído ser desligado só pelo repúdio legal. Isso explica o conflito de consciência de José perante a maternidade de Maria. O seu sentido de "justiça" está sobretudo em ultrapassar a letra da Lei, que mandava apedrejar a mulher adúltera (Dt 22, 20-21), respeitando Maria e o mistério de que era portadora. Tendo em conta o carácter oficial do repúdio legal, não se compreende bem o sentido do abandono de Maria em segredo por parte de José; talvez se refira à decisão deste em seu coração, não à sua pública projeção. [b] Nos textos antigos (Gn 16,7+), o “Anjo do Senhor”, designa a intervenção do próprio Deus (Gn 22,16; 32,1-33; 48,16; Ex 3,2; 2Sm 14,17; Jz 2,1; Sl 8,6-7; 34,8; Dn 13,59; Zc 1,11; At 8,26). Indicando o sonho como meio de comunicação com os seres humanos, Mt acentua a iniciativa e a transcendência de Deus (Mt 2,13.19.22; Gn 20,3; Jz 7,13; 1 Rs 3,5-14; Eclo 34,1-8; Dn 2,1). [c] Etimologicamente, Jesus; HIehoshu'a; ihwhy Iahweh [Javé] salva. A mensagem evangélica pode significar para José a revelação da concepção

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Ele salvará o povo dos seus pecados.” 22Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta a: 23Eis que a virgemb conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus conosco. 24Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. 25E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus. Lc 1,26Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, 27a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. 28Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.” 29 Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. 30Disse-lhe o anjo: “Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. 31 Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. 32 Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai Davi, 33reinará eternamente sobre a casa de Jacó e o seu reinado não terá fim.” 34Maria disse ao anjo: “Como será isso, se eu não conheço homem?” 35O anjo respondeu-lhe: “O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. virginal de Maria, com o encargo de dar ao menino o nome de Jesus. Perante esse fato, a José é atribuída a função capital de conferir a filiação davídica pela imposição do nome. [a] Is 7,14Por isso, o Senhor, por sua conta e risco, vos dará um sinal. Olhai: a jovem está grávida e vai dar à luz um filho, e há-de pôr-lhe o nome de Emanuel. [b] Jovem grávida. O hebr. 'almá tanto designa uma “jovem não casada” como uma “Senhora jovem já casada.” Mas o tom solene da ação e a profundidade simbólica do nome (Is 9,1-6 e Is 11,1-9) projetam a semântica do texto para uma intervenção de Deus, em que o Emanuel será o rei messiânico definitivo. A versão grega dos Setenta já traduz H'almá por virgem, e a tradição cristã vê nesta "virgem" a mãe de Jesus (Mt 4,15-16, ao citar Is 8,23-9,1).

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Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, 37 porque nada é impossível a Deus.” 38Maria disse, então: “Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” E o anjo retirou-se de junto dela. 39 Por aqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade da Judeia. 40Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. 41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino saltoulhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santoa. 42

Então, erguendo a voz, exclamou:

“Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. 43E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhorb? 44Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. 45Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.” Lc 1,46Maria disse, então: “A minha alma glorifica o Senhor 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. 48Porque pôs os olhos na humildade da sua serva. De hoje em diante, me chamarão bem-aventurada todas as gerações. 49O Todopoderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome. 50A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. 51Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. 52Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. 53Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. 54Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, 55como tinha prometido a nossos pais, a Abraão e à sua descendência, para sempre.” 56Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a sua casa.

[a] João é batizado no Espírito Santo. Ainda no seio de sua mãe, João Batista recebe o Espírito prometido (Lc 1,15). Reconhece o Messias e o aponta através da exclamação de sua mãe Isabel. [b] Mãe de Meu Senhor = Mãe de Deus, pois Jesus é um com o Pai (Jo 10, 30) e Jesus é Deus nosso Senhor. Ver o Credo pág. 1.

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Ex 3,1Moisés estava a apascentar o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Madiã. Conduziu o rebanho para além do deserto, e chegou à montanha de Deus, ao Horeb. 2O anjo do Senhor apareceu-lhe numa chama de fogo, no meio da sarça. Ele olhou e viu, e eis que a sarça ardia no fogo mas não era devorada. 3Moisés disse: “Vou adentrar-me para ver esta grande visão: por que razão não se consome a sarça?” 4O Senhor viu que ele se adentrava para ver; e Deus chamou-o do meio da sarça: “Moisés! Moisés!” Ele disse: “Eis-me aqui!” 5Ele disse: “Não te aproximes daqui; tira as tuas sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa.”a Js 5,13Encontrando-se Josué nas proximidades de Jericó, levantou os olhos e viu diante de si um homem de pé, segurando na mão uma espada desembainhada. Josué foi ter com ele e perguntou: “És um dos nossos ou dos nossos inimigos?” 14Ele respondeu: “Não, sou um príncipe dos exércitos do Senhor, e aqui estou.” Josué prostrou-se com o rosto por terra e disse-lhe: “Que ordens tem o meu Senhor para o seu servo?” 15E o príncipe dos exércitos do Senhor respondeu: “Descalça as sandálias dos teus pés, porque o lugar onde estás é santo.” Josué assim fez. Lc 1,28Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.”

9.2 Maria foi-nos dada por Jesus como nossa Mãe Jo 19,25Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Cléofas, e Maria Madalena. 26 Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27Depois, disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.b [a] Se a presença do Anjo do Senhor torna o chão santo, muito mais Maria Santíssima, pois Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, que moraram nove meses no ventre de Maria. Jo 10,30[Disse Jesus:] Eu e o Pai somos Um. [b] Este relato é uma cena central entre as cinco passadas no Calvário. Sua Mãe é mencionada seis vezes em três versículos; há o recurso a uma fórmula solene de revelação (ao ver… disse… eis…). Chegada a hora de Jesus, é a hora

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9.3 Nossa Senhora Guardava as palavras do Evangelho Lc 2,19Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, e os meditava em seu coração. Lc 2, 50Mas eles não compreenderam as palavras que lhes disse. 51Depois desceu com eles, voltou para Nazaré e era-lhes submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.

9.4 Maria Mãe de Deus Lc 1,43Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me? 44Pois, logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. 45Feliz de ti que acreditaste, porque se vai cumprir tudo o que te foi dito da parte do Senhor.

9.4.1 Théotokos = Mãe de Deus O título “Théotokos” (Mãe de Deus) foi dado à Maria durante o Concílio de Éfeso (431), na Ásia Menor. A heresia de negar a maternidade divina de Nossa Senhora é muito anterior aos protestantes. Ela nasceu com Nestório, então Bispo de Constantinopla. Os protestantes retomaram esta heresia já sepultada pela Igreja de Cristo. Este é um problema de Cristologia e não de Mariologia. Vamos demonstrar através dos exemplos abaixo a autenticidade da doutrina católica.

9.4.2 Maria é Mãe de Deus Maria é Mãe de Deus, porque é Mãe de Jesus que é Deus.

de sua mãe assumir (2,4) o seu papel de mãe do Messias, nova Eva (Gn 3, 15.20) na obra redentora. Por outro lado, Ela é a mulher que simboliza a Igreja (Ap 12,1-18), a mãe dos discípulos de Jesus representados no discípulo que Ele amava (v.26), e que a acolheu como sua (v.27) ou "em sua casa". As mulheres junto à cruz são quatro ou apenas três, conforme se contar por duas ou por uma pessoa a irmã de sua Mãe, Maria, a mulher de Cléofas (v. 25). Os Sinópticos falam de muitas mulheres no Calvário, a observar à distância (Mt 27, 55-56; Mc 15,40-41; Lc 23,49).

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Se perguntarmos a alguém se ele e filho de sua mãe, se esta verdadeiramente for a mãe dele, de certo nos lançará um olhar de espanto. E teria razão. O homem como sabemos é composto de corpo, alma e espírito. A minha mãe me deu meu corpo, a parte material deste conjunto trinitário que eu sou; sendo minha alma e espírito dados por Deus. E minha mãe que me deu à luz não é verdadeiramente minha mãe? Apliquemos, agora, estas noções de bom senso ao caso da Maternidade divina de Nossa Senhora. Há em Nosso Senhor Jesus Cristo duas naturezas: a humana e a divina, constituindo uma só pessoa, a pessoa de Jesus. Nossa Santa Mãe é mãe desta pessoa, dando a ela somente a parte material, como nosso mãe também o faz. O Espírito e Alma de Cristo também vieram de Deus. Nossa mãe não é mãe do nosso corpo, mas mãe de nossa pessoa. Assim também Maria é Mãe de Cristo. Ela não é a Mãe da Divindade ou da Trindade, mas é mãe de Cristo a segunda pessoa da Santíssima Trindade, que também é Deus. Sendo Jesus Deus, Maria é Mãe de Deus. Jesus antes de se encarnar em Maria não era Filho de Deus, pois Jesus não foi Criado por Deus. Jesus sempre existiu com o Pai e o Espírito Santo (Jo 1,1). Mas ao se encarnar adotou para Si, nossa natureza humana e a fez redimir. Por isso Ele também é chamado de Filho de Deus. Basta um pequeno raciocínio para reconhecer como necessária a maternidade Divina da Santíssima Virgem. Nosso Senhor morreu como homem na Cruz (pois Deus não morre), mas nos redimiu como Deus, pelos seus méritos infinitos. Ora, a natureza humana de Nosso Senhor e a natureza divina não podem ser separadas, pois a Redenção não existiria se Nosso Senhor tivesse morrido apenas como homem. Logo, Nossa Santa Mãe, Mãe de Nosso Senhor, mesmo não sendo mãe da divindade é Mãe de Deus, pois Nosso

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Senhor é Deus. Se negarmos a maternidade de Nossa Senhora, negaremos a redenção do gênero humano. A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, uma negação ao ensino dos Apóstolos de Cristo.

9.4.3 Provas da Sagrada Escritura A Igreja Católica sendo a única Igreja Fundada por Cristo, confirmada pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores; sendo Ela a escritora, legitimadora e guardiã da Bíblia, jamais poderia ensinar algo que estivesse contra o Ensino da Bíblia. Vejamos o que a Sagrada Escritura ensina sobre a Maternidade Divina de Nossa Senhora: O profeta Isaías escreveu: Is 7, 14Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel [Deus conosco] .a Is 9,5Porquanto um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros, e o seu nome é: ConselheiroAdmirável, Deus-Forte, Pai-Eterno, Príncipe da paz. Mt 1,23Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus conosco.b [a] Jovem grávida. O hebr. 'almá tanto designa uma “jovem não casada” como uma “Senhora jovem já casada.” Historicamente, esta jovem deve ser a “mulher” ainda jovem do rei Acaz, de quem vai nascer Ezequias, o “Emanuel.” Mas o tom solene da ação e a profundidade simbólica do nome (Is 9, 1-6 e Is 11,19 ) projetam a semântica do texto para uma intervenção de Deus, em que o Emanuel será o rei messiânico definitivo. A versão grega dos Setenta LXX já traduz 'almá por virgem, e a tradição cristã vê nesta “virgem” a mãe de Jesus (Mt 1,23; 4,15-16, ao citar Is 8,23-9,1). [b] Primeira das “citações de cumprimento” com que Mt interpreta os acontecimentos mais importantes da vida de Jesus (Mt 1, 22; 2,15.17.23; 4,14; 8,17; 13,35; 21,4; 27,9), mostrando em Jesus a realização dos desígnios de Deus. A citação é feita segundo o texto grego de Is 7, 14, excepto a expressão tu lhe darás o nome, que Mt traduz por hão-de chamá-lo Emanuel; a adaptação era

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Lc 2,11Hoje, na cidade de Davi, nasceu-vos um Salvadora, que é o Messias Senhor. Gl 4,4Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulherb, nascido sob o domínio da Lei, 5para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. O Arcanjo Gabriel disse: “O Santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus” (Lc 1,35). Se ele é filho de Deus, ele também é Deus e Maria é sua Mãe, portanto Mãe de Deus. Isaías também escreveu o mesmo em Is 7,14. Cheia do Espírito Santo, Santa Izabel saudou Maria dizendo: “Donde a mim esta dita de que a mãe do meu Senhor venha ter comigo?” (Lc 1,43) E Mãe de meu Senhor quer dizer Mãe do meu Deus, portanto Mãe de Deus. São Paulo ainda escreveu: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei.” (Gl 4,4). São Paulo claramente afirma que uma mulher foi a Mãe do filho de Deus, portanto Mãe de Deus. Tendo a Sagrada Escritura seu berço na Igreja – portanto sendo menor que Ela –, vemos como está de acordo com o ensino da Igreja.

justificada pelo contexto, uma vez que Jesus não foi chamado Emanuel por José, mas pela comunidade cristã (Is 8,8.10). Sobre o sentido do nome, ver Ex 3,14-15; Lv 24,11; 1Sm 1,20; Pr 18,10; Is 1,26; At 1,5; 9,14. [a] No AT, o título de Salvador é atribuído a Deus e algumas vezes aos "juízes de Israel". Nos Evangelhos, só aqui e em Jo 4,42 Jesus é dito Salvador; no entanto, afirmam que Jesus salva os doentes (Mc 3, 4; 5,23.28.34; 6,56). Nos outros livros do NT Jesus é muitas vezes designado Salvador (At 4, 12; 5,31; 13,23; Ef 5,23; Fl 3,20; 2Pd 1,1.11; 2,20). Messias Senhor é o título com que Lc indica que Jesus é o Cristo esperado, e sugere o caráter divino da sua realeza. [b] Filho de uma mulher, expressão que insiste na humanidade verdadeira de Cristo (Fl 2,7; Hb 2,17; 5,8), que veio libertar-nos da Lei.

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9.4.4 A Doutrina dos Santos Padres Será que os Apóstolos de Cristo concordavam com a Maternidade Divina de Nossa Senhora? Pois segundo os protestantes, a Igreja Católica inventou a maternidade divina de Maria no séc V durante o Concílio de Éfeso. Vejamos o que diz o Apóstolo Santo André: “Maria é Mãe de Deus, resplandecente de tanta pureza, e radiante de tanta beleza, que, abaixo de Deus, é impossível imaginar maior, na terra ou no céu”. (Sto Andreas Apost. in trasitu B. V., apud Amad.) Veja agora o testemunho de São João Apóstolo: “Maria, é verdadeiramente Mãe de Deus, pois concebeu e gerou um verdadeiro Deus, deu a luz, não um simples homem como as outras mães, mas Deus unido a carne humana.” (S. João Apost. Ibid) São Tiago: “Maria é Santíssima, a Imaculada, a gloriosíssima Mãe de Deus” (S. Jac. in Liturgia) São Dionísio Areopagita: “Maria é feita Mãe de Deus, para a salvação dos infelizes.” (S. Dion. in revel. S. Brigit.) Orígenes escreveu: “Maria é Mãe de Deus, unigênito do Rei e criador de tudo o que existe” (Orig. Hom I, in divers. - Sec. II ) Santo Atanásio diz: “Maria é Mãe de Deus, completamente intacta e impoluta.” (Sto. Ath. Or. in pur. B.V.) Santo Efrém: “Maria é Mãe de Deus sem culpa” (S. Ephre. in Thren. B.V.). São Jerônimo: “Maria é verdadeiramente Mãe de Deus”. (S. Jerôn. in Serm. Ass. B.V.). Santo Agostinho: “Maria é Mãe de Deus, feita pela mão de Deus”. (S. Agost. in orat. ad heres.). Todos os Santos Padres afirmaram em amor e veneração a maternidade divina por Nossa Senhora. Me cansaria em citar todos os testemunhos primitivos.

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9.4.5 Testemunho dos pais da Reforma Agora uma surpresa para os protestantes. Lutero e Calvino sempre veneraram a Santíssima Virgem. Veja abaixo a testemunho dos pais da Reforma: “Quem são todas as mulheres, servos, Senhores, príncipes, reis monarcas da Terra, comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente, a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.” (Martinho Lutero no comentário do Magnificat).a “Não há honra, nem beatitude, que se aproxime sequer, por sua elevação, da incomparável prerrogativa, superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um Filho em comum com o Pai Celeste” (Martinho Lutero – Deutsche Schriften, 14,250). “Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus.” (Calvino – Comm. Sur I'Harm. Evang., 20) A negação da Maternidade divina de Nossa Senhora é uma negação à Verdade, é negar a Divindade de Cristo, é negar o ensino dos Apóstolos de Cristo.

9.4.6 O Concílio Ecumênico de Éfeso Quando o heresiarca Ario divulgou o seu erro, negando a divindade da pessoa de Jesus Cristo, a Providência Divina fez aparecer o intrépido Santo Atanásio para confundí-lo, assim como fez surgir Santo Agostinho para suplantar o herege Pelágio, e São Cirilo de Alexandria para refutar os erros de Nestório, que haviam semeado a pertubação e a indignação no Oriente. [a] cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, Revista Jesus vive e é o Senhor.

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Em 430, o Papa São Celestino I, num concílio de Roma, examinou a doutrina de Nestório que lhe fora apresentada por São Cirilo e condenou-a anticatólica, herética. São Cirilo formulou a condenação em doze proposições, chamadas os doze anátemas, em que resumia toda a doutrina católica a este respeito. Pode-se resumí-la em três pontos: 1. Em Jesus Cristo, o Filho do homem não é pessoalmente distinto do Filho de Deus; 2. A Virgem Santíssima é verdadeiramente a Mãe de Deus, por ser a Mãe de Jesus Cristo, que é Deus; 3. Em virtude da união hipostática, há comunicações de idiomas, isto é; denominações, propriedades e ações das duas naturezas em Jesus Cristo, que podem ser atribuídas à sua pessoa, de modo que se pode dizer: Deus morreu por nós, Deus salvou o mundo, Deus ressuscitou. Para exterminar completamente o erro, e restringir a unidade de doutrina ao mundo, o Papa resolveu reunir o Concílio de Éfeso (na Ásia Menor), em 431, convidando todos os bispos do mundo. Perto de 200 bispos, vindos de todas as partes do orbe, reuniram-se em Éfeso. São Cirilo presidiu a assembleia em nome do Papa. Nestório recusou comparecer perante aos bispos unidos. Desde a primeira sessão a heresia foi condenada. Sobre um trono, no centro da assembleia, os bispos colocaram o Santo Evangelho, para representar a assistência de Jesus Cristo, que prometera estar com a sua Igreja até a consumação dos séculos, espetáculo santo e imponente que desde então foi adotado em todos os concílios. Os bispos cercando o Evangelho e o representante do Papa, pronunciaram unânime e simultaneamente a definição proclamando que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. Nestório deixou de ser, desde então, bispo de Constantinopla. Quando a multidão ansiosa que rodeava a Igreja de Santa Maria Maior, onde se reunia o concílio, soube da definição que

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proclamava Maria Mãe de Deus, num imenso brado ecoou a exclamação: “Viva Maria, Mãe de Deus! Foi vencido o inimigo da Virgem! Viva a grande, a augusta, a gloriosa Mãe de Deus!” Em memória desta solene definição, o concílio juntou à saudação angélica estas palavras simples e expressivas: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte”.a §493 Os Padres da tradição oriental chamam a Mãe de Deus “a toda santa” (“Pan-hagia”; pronuncie “pan-haguía”), celebram-na como “imune de toda mancha de pecado, tendo sido plasmada pelo Espírito Santo, e formada como uma nova criatura”.b Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida. Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte.c § 466 A heresia nestoriana via em Cristo uma pessoa humana unida à pessoa divina do Filho de Deus. Diante dela, São Cirilo de Alexandria e o III Concílio Ecumênico, reunido em Éfeso em 431, confessaram que “o Verbo, unindo a si em sua pessoa uma carne animada por uma alma racional, se tornou homem”. A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde sua concepção. Por isso o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou de verdade Mãe de Deus pela concepção humana do Filho de Deus em seu seio: “Mãe de Deus não porque o Verbo de Deus tirou dela sua natureza divina, mas porque é dela que ele tem o corpo sagrado dotado de uma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne”.

[a] Autor: Prof. Alessandro Lima Fonte: Veritatis Splendor [b] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II “Lumen gentium” item 56 [c] Liturgia Bizantina, Tropário da Festa da Dormição (15 de agosto)

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§509 Maria é verdadeiramente “Mãe de Deus”, visto ser a Mãe do Filho Eterno de Deus feito homem, que é ele mesmo Deus. §721 Maria, a Mãe de Deus toda santa, sempre Virgem, é a obra prima da missão do Filho e do Espírito na plenitude do tempo pela primeira vez no plano da salvação e porque o seu Espírito a preparou, o Pai encontra a Morada em, que seu Filho e seu Espírito podem habitar entre os homens. E neste sentido que a Tradição da Igreja muitas vezes leu, com relação a Maria, os mais belos textos sobre a Sabedoria: Maria é decantada e representada na Liturgia como o “trono da Sabedoria”. Nela começam a manifestar-se as “maravilhas de Deus” que o Espírito vai realizar em Cristo e na Igreja. §963 Depois de termos falado do papel da Virgem Maria no mistério de Cristo e do Espírito, convém agora considerar lugar dela no mistério da Igreja. “Com efeito, a Virgem Maria (...) é reconhecida e honrada como a verdadeira Mãe de Deus e do Redentor. (...). Ela é também verdadeiramente 'Mãe dos membros [de Cristo] (...), porque cooperou pela caridade para que na Igreja nascessem os fiéis que são os membros desta Cabeça'a.” (...) Maria, Mãe de Cristo, Mãe da Igrejab. §972 Depois de termos falado da Igreja, de sua origem, de sua missão e de seu destino, a melhor maneira de concluir é voltar o olhar para Maria, a fim de contemplar nela (Maria) o que é a Igreja em seu mistério, em sua “peregrinação da fé”, e o que ela (Igreja) será na pátria ao termo final de sua caminhada, onde a espera, “na glória da Santíssima e indivisível Trindade”, “na comunhão de todos os santos”,c aquela que a Igreja venera como a Mãe de seu Senhor e como sua própria Mãe: [a] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II “Lumen gentium” item 53, citando Santo Agostinho, virg. 6 : PL 40,399 [b] Paulo VI discurso de 21/11/64. [c] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II “Lumen gentium” item 69

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Assim como no céu, onde já está glorificada em corpo e alma, a Mãe de Deus representa e inaugura a Igreja em sua consumação no século futuro, da mesma forma nesta terra, enquanto aguardamos a vinda do Dia do Senhor, ela brilha como sinal da esperança segura e consolação para o Povo de Deus em peregrinação

9.5 Maria permaneceu sempre Virgem Gn 3,15Farei reinar a inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta esmagar-te-á a cabeça e tu tentarás mordê-la no calcanhar.”a Is 7,14Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco. Ez 44,1Ele reconduziu-me ao pórtico exterior do santuário, que fica fronteiro ao oriente, o qual se achava fechado. 2O Senhor disse-me: Este pórtico ficará fechado. Ninguém o abrirá, ninguém aí passará, porque o Senhor, Deus de Israel, aí passou; ele permanecerá fechado. 3O príncipe, entretanto, enquanto tal, poderá aí assentar-se para tomar sua refeição diante do Senhor. Ele entrará pelo vestíbulo do pórtico e sairá pelo mesmo caminho. 4Ele conduziu-me em seguida pelo pórtico norte, diante do templo. Lá, pude contemplar a glória do [a] Inimizade entre a serpente e a mulher. Temos aqui um proto-evangelho, a primeira boa-nova sobre o Messias: a luta entre a descendência da serpente e a descendência de Eva terminará com a vitória desta última. É o triunfo do bem sobre o mal. Este autor, apesar de contemplar a humanidade dilacerada pelo mal, mantém um profundo otimismo: o triunfo é do bem. A verdadeira “descendência” da mulher-Eva é Cristo que, com a sua morte e ressurreição, esmagou a cabeça da serpente, a própria morte. Estreitamente associada a Ele, encontra-se Maria, a Mulher, a nova Eva (Lc 1, 26-38; Jo 8,44; Ap 12,1-17; 20,1-3; 21,4).

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Senhor que enchia o templo do Senhor; a essa vista, caí com a face em terra. Is 66,5Ouvi a palavra do Senhor, vós que a temeis! eis o que dizem vossos irmãos que vos odeiam, que vos renegam por causa de meu nome: Que o Senhor manifeste sua glória para que vejamos vossa alegria! Mas eles serão confundidos. 6 Escutai esse tumulto que se levanta da cidade, esse barulho que vem do templo. Escutai, é o Senhor que trata seus inimigos como o merecem. 7Antes da hora ela deu à luz, antes de sentir as dores, deu à luz um filho. 8Quem jamais ouviu tal coisa, quem jamais viu coisa semelhante? É possível um país nascer num dia? Pode uma nação ser criada repentinamente? Desde as primeiras dores Sião deu à luz seus filhos. 9Para que não desse à luz abriria eu o seio materno?, diz o Senhor. Eu que dou a fecundidade, o fecharia?, diz teu Deus. 10Regozijai-vos com Jerusalém e encontrai aí a vossa alegria, vós todos que a amais; com ela ficai cheios de alegria, vós todos que estais de luto. Mt 1,18Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notouse que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. 19José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. 20Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. 21Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.” 22Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: 23Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus conosco. 24Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. 25E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus. Mq 5,1Mas tu, Beléma-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos, aos [a] Belém (~x,l'(

tyBeî

lê-se bayt Le-khem) “casa

do Pão”

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dias do longínquo passado. 2Por isso, (Deus) os deixará, até o tempo em que der à luz aquela que há de dar à Luz. Então o resto de seus irmãos voltará para junto dos filhos de Israel. 3Ele se levantará para (os) apascentar, com o poder do Senhor, com a majestade do nome do Senhor, seu Deus. Os seus viverão em segurança, porque ele será exaltado até os confins da terra

9.6 Nossa Senhora Assunta aos céus §966 “Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos Senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo a.” A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos: Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte...b

9.6.1 Nossa Senhora foi assunta aos céus como Henoc e Elias. Gn 5,21Henoc, com sessenta e cinco anos, gerou Matusalém. Após o nascimento de Matusalém, Henoc andou na presença de Deus durante trezentos anos, e gerou filhos e filhas. 23Ao todo, a vida de Henoc foi de trezentos e sessenta e cinco anos. 24 Henoc andou na presença de Deus, e desapareceu, pois Deus arrebatou-o. 22

[a] Conforme Constituição Dogmática Concílio Vaticano II “Lumen gentium” item 59, Conforme proclamação do dogma da Assunção da bemaventurada Virgem Maria pelo Papa Pio XII em 1950 : DS 3903. [b] Liturgia Bizantina, Tropário da Festa da Dormição (15 de agosto)

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Hb 11,5Pela fé, Henoc foi arrebatado, para não ver a morte, e não foi encontrado porque Deus o tinha levado. Porém, antes de ser levado, obtivera o testemunho de que tinha agradado a Deus. 2Rs 2,1Aconteceu que, quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Guilgal. 2Elias disse a Eliseu: “Fica aqui porque o Senhor envia-me a Betel.” Mas Eliseu respondeu-lhe: “Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.” E desceram ambos a Betel. 3Os filhos dos profetas que estavam em Betel saíram ao encontro de Eliseu e disseram-lhe: “Não sabes que o Senhor vai levar hoje o teu amo por sobre a tua cabeça?” Ele respondeu: “Sim, eu sei. Calai-vos!” 4Elias disse a Eliseu: “Fica aqui porque o Senhor envia-me a Jericó.” Ele respondeu: “Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.” E, assim, chegaram a Jericó. 5Os filhos dos profetas que estavam em Jericó saíram ao encontro de Eliseu e disseram-lhe: “Não sabes que o Senhor vai levar hoje o teu amo por sobre a tua cabeça?” Respondeu: “Sim, eu sei. Calai-vos!” 6 Elias disse a Eliseu: “Fica aqui porque o Senhor envia-me ao Jordão.” Mas Eliseu respondeu: “Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.” E partiram juntos. 7Seguiram-nos cinquenta filhos dos profetas, que pararam ao longe, voltados para eles, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão. 8Elias tomou o seu manto, dobrou-o e bateu com ele nas águas, que se separaram de um e de outro lado, de modo que passaram os dois a pé enxuto. 9Tendo passado, Elias disse a Eliseu: “Pede o que quiseres, antes que eu seja separado de ti. Que posso fazer por ti?” Eliseu respondeu: “Seja-me concedida uma porção dupla do teu espírito.” 10Elias replicou: “Pedes uma coisa difícil. No entanto, se me vires quando estiver a ser arrebatado de junto de ti, terás aquilo que pedes; mas, se não me vires, não o terás.” 11Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que, de repente, um carro de fogo e uns cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho. 12Eliseu viu tudo isto e exclamou: “Meu pai, meu

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pai! Carro e condutor de Israel!” E não o voltou a ver mais. Tomando, então, as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Ap 11,19Depois, abriu-se no céu o santuário de Deus e apareceu a Arca da aliançaa. E houve relâmpagos, estrondos, trovões, um tremor de terra e uma tempestade de granizo. Ap 12,1Depois, apareceu no céu um grande sinal: uma Mulherb vestida de Sol, com a Lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça. 2Estava grávida e gritava com as dores de parto e o tormento de dar à luz. 3Apareceu ainda outro sinal no céu: era um grande dragãoc de fogo com sete cabeças e dez chifres. Sobre as cabeças tinha sete [a] Arca da aliança = Maria Santíssima. Ambientação nos céus. A Arca da aliança - que foi guardada no Santo dos Santos do templo de Salomão (2Cr 5, 7) - parece ter desaparecido quando Nabucodonosor destruiu o templo (2Rs 25, 9). No Santo, só podia entrar o Sumo Sacerdote uma vez ao ano, na festa da Expiação (Ex 25,17-22; Lv 16,6; Pr 16,6; At 27,9-44; Rm 3,25-26; Hb 9,5.11-14; 1Pd 2,2425 ). A julgar por Ex 25,9-22 e pela tradição judaica, a Arca da aliança, teria sido construída segundo o modelo da Arca celeste (Gn 35, 21; Ex 25,10; 1Sm 4,3-4; 2Sm 6,1-2.7). O Apocalipse, ao apresentar o Santuário de Deus no céu, ensina que, na Nova Aliança Deus tornou-se mais acessível à Humanidade (Ap 8, 5; Ap 16,18; Ex 31,6-7; Jr 31,31-34; Ez 16,59-60; Mt 22,2; Lc 22,20; Jo 13,34-35; 1Cor 11,23-25; 2Cor 3,6; Gl 4,21-31; Ef 5,21-33d; 1Pd 1,1-2). Sobre os relâmpagos, estrondos, trovões e tremor de terra, como sinais de teofania, ver Ap 8,4-5. [b] || Gn 3,14-16; O primeiro sinal: a Mulher e o Menino. Esta Mulher aparece rodeada de símbolos celestiais, porque é a Mãe do Messias anunciado no Génesis. De qualquer modo, esta Mulher representa, em primeiro lugar, Sião com as dores de parto, nas tribulações escatológicas que acompanhariam o aparecimento do Messias (2Rs 19, 3; Sl 48,7; Is 13,8; 26,17-18; 37,3; 66,7-9; Os 2,2125 ; 13,10-14; Mq 4,9-10; Rm 8,18-30). O NT e a tradição da Igreja vêem nesta "Mulher" a Mãe histórica do Messias, Maria, a Mãe de Jesus (Is 7, 14; Mt 1,1-16.18; Lc 1,26.27). O Apocalipse refere ainda a Serpente antiga de Gn 3,1-5, que agora se transformou em Dragão (Gn 3, 1; Sb 15,15; Am 9,1-4). Doze estrelas. O número 12, tal como o 7, simbolizam a perfeição (3x4, ou 3+4). Aparece frequentemente no Ap: doze portas, doze anjos, doze tribos, doze alicerces, doze nomes, doze Apóstolos (Ap 21,12-14), além do número dos eleitos, cento e quarenta e quatro mil, isto é, 12x12000 (Ap 14, 1.3; 21,14; Gn 29,31-30,24; 49,3-28; Js 4,2-9; Eclo 49,10; Ez 48,30-35; Mt 10,2; Mc 3,13-19 Lc 9,1-4; At 1,2; 6,2).

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coroas e, 4com a sua cauda, varreu a terça parte das estrelas do céu e lançou-as à terra. Depois colocou-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando ele nascesse. 5Ela deu à luz um filho varão. Ele é que há-de governar todas as nações com ceptro de ferro. Mas o filho foi-lhe arrebatado para junto de Deus e do seu trono. 6E a Mulher fugiu para o deserto onde Deus lhe preparou um lugar, de modo a não lhe faltar aí o alimento durante mil duzentos e sessenta dias.

9.7 Intercessora junto a Jesus Jo 2,1Ao terceiro dia, celebravase uma boda em Caná da Galileia e a mãe de Jesus estava lá. 2Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda. 3 Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Não têm 4 vinho!” Jesus respondeu-lhe: “Mulher, que tem isso a ver contigo e comigo? Ainda não chegou a minha hora.” 5Sua mãe disse aos serventes: “Fazei o que Ele vos disser!” 6Ora, havia ali seis vasilhas de pedra preparadas para os ritos de purificação dos judeus, com capacidade de duas ou três medidas cada uma. 7Disse-lhes Jesus: “Enchei as vasilhas de água.” 8Eles encheram-nas até cima. Então ordenou-lhes: “Tirai agora e levai ao chefe de mesa.” 9E eles assim fizeram. O chefe de mesa provou a água transformada em vinho, sem saber de onde era – se bem que o soubessem os serventes que tinham tirado a água; chamou o noivo 10e disse-lhe: “Toda a gente serve primeiro o vinho melhor e, depois de terem bebido bem, é que serve o pior. Tu, porém, guardaste o melhor vinho até agora!” 11 Assim, em Caná da Galileia, Jesus realizou o primeiro dos seus sinais miraculosos, com o qual manifestou a sua glória, e os discípulos creram nele. 12Depois disto, desceu a Cafarnaúm com [c] Este dragão de fogo é uma personificação das forças satânicas (Ap 12, 1-7; Ap 13,1). As sete cabeças simbolizam a resistência à morte: os chifres e as coroas, o poder (Ap 5,6). A narração do monstro está inspirada em Dn 7, 7; Dn 8,9-10; ver Jó 40,25-41; Sl 104,25-26; Is 27,1; 51,9; Ez 29,3.

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sua mãe, os irmãos e os seus discípulos, e ficaram ali apenas alguns dias.

9.8 Irmãos de Jesus? O Cristianismo tradicional afirma que Jesus é o único filho de Maria. As citações aos “irmãos do Senhor” se referem a outros membros da família e, em alguns casos, aos seus próprios discípulos.

9.8.1 As outras Marias Jo 19,25Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Cléofas, e Maria Madalena.a

9.8.2 A outra Maria é a mãe de Tiago e José? Mc 15,47Maria de Magdala e Maria, mãe de José, observavam onde o depositaram. Mt 27,56Entre elas, estavam Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu.

9.8.3 Tiago e José quem são? Mc 6,3Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós? E isto parecia-lhes escandaloso.b [a] Sua Mãe... Maria. Este relato é uma cena central entre as cinco passadas no Calvário. Sua Mãe é mencionada seis vezes em três versículos; há o recurso a uma fórmula solene de revelação (ao ver… disse… eis…). Chegada a hora de Jesus, é a hora de sua mãe assumir (2, 4) o seu papel de mãe do Messias, nova Eva (Gn 3,15.20) na obra redentora. Por outro lado, Ela é a mulher que simboliza a Igreja (Ap 12,1-18), a mãe dos discípulos de Jesus representados no discípulo que Ele amava (v.26), e que a acolheu como sua (v. 27) ou “em sua casa”. As mulheres junto à cruz são quatro ou apenas três, conforme se contar por duas ou por uma pessoa a irmã de sua Mãe, Maria, a mulher de Cléofas (v. 25). Os Sinópticos falam de muitas mulheres no Calvário, a observar à distância (Mt 27,55-56; Mc 15,40-41; Lc 23,49). [b] O filho de Maria. Marcos é o evangelista mais discreto relativamente a Maria; além desta, tem apenas a referência de 3, 31; mas é o único a apresentar Maria como referência de Jesus: Jesus é o filho de Maria. Os israelitas não

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At 1,12Desceram, então, do monte chamado das Oliveiras, situado perto de Jerusalém, à distância de uma caminhada de sábado, e foram para Jerusalém. 13Quando chegaram à cidade, subiram para a sala de cima, no lugar onde se encontravam habitualmente. Estavam lá: Pedro, João, Tiago, André, Filipe, Tomé, Bartolomeu, Mateus, Tiago, filho de Alfeu, Simão, o Zelota, e Judas, filho de Tiago. 14E todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, com algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus. 15 Por aqueles dias, Pedro levantou-se no meio dos irmãos – encontravam-se reunidas cerca de cento e vinte pessoas - e disse:a Gn 11,26Tera, de setenta anos, gerou Abrão, Naor e Harã. 27Esta é a descendência de Tera: Tera gerou Abrão, Naor e Harã. 28Harã gerou Ló. E Harã morreu, vivendo ainda Tera, seu pai, na terra da sua naturalidade, em Ur, na Caldeia. Gn 13,8Abrão disse a Ló: “Peço-te que entre nós e entre os nossos pastores não haja conflitos, pois somos irmãos.”b designavam um filho com o nome da mãe, nem mesmo após a morte do pai. Assim sendo, o identificativo o filho de Maria, na boca daquela gente, conhecedora talvez do problema de José (Mt 1, 18-25), pode ser calúnia. Em Marcos, e na tradição evangélica em geral, a expressão tem sentido teológico: aponta para a conceição virginal. Irmãos de Jesus. Ainda hoje, como na antiguidade, o termo “irmão” significa, não só aquele que o é no sentido corrente, mas também qualquer outro parente mais ou menos próximo (Gn 13,8; 14,16; 29,4; Lv 10,4; Dt 1,16; 1Cr 23,22; Mt 12,46). Jesus é "O Filho" (o artigo figura no texto original), o filho único de Maria. Estes "irmãos e irmãs" de Jesus (delas se fala apenas aqui) são, portanto, seus parentes, da parte de Maria e/ou José. A fé em Jesus Cristo, pela qual se entra em comunhão de vida com a SS. Trindade, dará ao termo “irmão/irmã” o seu sentido mais genuíno: irmãos são os cristãos, os discípulos de Cristo (Mc 3, 31-35; Mt 12,47-50; Lc 11,27-28; Jo 2,4; 19,25-27; At 1,15). [a] vemos que os Apóstolos, Maria, algumas mulheres e os irmãos de Jesus totalizam aproximadamente cento e vinte pessoas, o que é um número muito alto de irmãos. [b] Somos irmãos. Esta expressão, na linguagem bíblica, inclui todos os consanguíneos. A família patriarcal era muito numerosa e incluía não só os parentes em linha direta, mas também colateral. É neste sentido que temos de compreender os "irmãos de Jesus" (Gn 27, 43; Gn 29,4; Mt 12,46-50; 13,55-56; Mc

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Gn 14,12Apoderaram-se também de Ló, filho do irmão de Abrão, que habitava em Sodoma, e de todos os seus bens. [...] 14Ao saber que o seu parente ficara prisioneiro, Abrão armou [...] dos seus servos mais valentes, nascidos na sua casa, e perseguiu os inimigos até Dã. Gn 29,4Jacó perguntou aos pastores: “De onde sois, meus irmãosa?” Responderam: “Somos de Harã.” 5Ele disse-lhes: “Conheceis Labão, filho de Naor?” Responderam: “Conhecemos.” [...] 15Depois disso, Labão disse a Jacó: “Acaso estás a servir-me sem qualquer recompensa, apenas por seres meu parente? Diz que salário deverá ser o teu.”

Jo 19,26Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: “Mulher, eis o teu filho!” 27Depois, disse ao discípulo: “Eis a tua mãe!” E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua.b 3,31-35; 6,3; Lc 8,19-21; Jo 2,12; 7,3-5; 20,17; At 1,14; 1Cor 9,5; Gl 1,19). [a] Meus irmãos. Expressão, ainda hoje muito em voga no Oriente, para saudar de maneira cortês as pessoas desconhecidas (Gn 13,8)

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10 Objetos Santos A ação de Deus sobre objetos, corpos, água, pó, vara, pedras, imagens, manto, corpo, ossos e etc...

10.1 Bastão (Vara) de Moisés: Ex 4,17Pegue esta vara na mão: é com ela que você fará os sinais. Ex 7,17Portanto, assim diz Javé: Com isto, você ficará sabendo que eu sou Javé: com esta vara que tenho na mão, vou tocar as águas do rio e elas se transformarão em sangue: 18os peixes do rio morrerão, o rio vai ficar cheirando mal, e os egípcios não poderão mais beber a água do rio’. [...] 20Moisés e Aarão fizeram como Javé tinha mandado. Aarão ergueu a vara, tocou a água do rio diante do Faraó e de sua corte; e toda a água do Nilo se transformou em sangue. Ex 9,22Javé disse a Moisés: “Estenda a mão para o céu, e cairá chuva de pedras em todo o território egípcio: sobre homens e animais e sobre toda a vegetação”. 23Então Moisés estendeu a vara para o céu, e Javé mandou trovões e chuva de pedras, e caíram raios sobre a terra. E Javé fez cair chuva de pedras no território egípcio. 24Caiu chuva de pedras acompanhada de raios; era uma chuva tão forte como nunca houve em toda a terra do Egito, desde que começou a ser nação. Ex 10,13Moisés estendeu a vara sobre a terra do Egito. E Javé fez soprar sobre o país um vento oriental, durante todo o dia e toda a noite. Quando amanheceu, o vento oriental já havia trazido os gafanhotos. Ex 14,15Javé disse a Moisés: “Por que você está clamando por mim? Diga aos filhos de Israel que avancem. 16Quanto a você, erga a vara, estenda a mão sobre o mar e divida-o pelo meio para que os filhos de Israel possam atravessá-lo a pé enxuto. [b] Jesus confia sua mãe à proteção do discípulo amado Jo 13, 23. Diversas interpretações foram propostas: Jesus institui Maria mãe dos fiéis; as tradições ortodoxa e católica falam da maternidade espiritual de Maria para com os fiéis representados aqui pelo discípulo bem-amado. Se Jesus tivesse irmãos não seria necessário entregar sua mãe ao discípulo João.

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10.2 Madeiro, tronco, planta, árvore Ex 15,25Moisés clamou a Javé, e Javé lhe mostrou um tipo de planta. Então Moisés atirou-a na água, e a água se tornou doce. Ex 17,5Javé respondeu a Moisés: “Passe à frente do povo e tome com você alguns anciãos de Israel; leve com você a vara com que feriu o rio Nilo; e caminhe. 6Eu vou esperar você junto à rocha de Horeb. Você baterá na rocha, e dela sairá água para o povo beber”. [...] 9Então Moisés disse a Josué: “Escolha certo número de homens e saia amanhã para combater os amalecitas. Eu ficarei no alto da colina com a vara de Deus na mão”.

10.3 Vara de Aarão Nm 17,20A vara daquele que eu escolher, florescerá. Desse modo eu acabarei com os protestos dos filhos de Israel contra vocês. [...] 22Moisés colocou as varas diante de Javé, na tenda da aliança. 23No dia seguinte, Moisés entrou na tenda da aliança, e viu que havia florescido a vara de Aarão, representante da tribo de Levi: estava cheia de brotos, tinha dado flores e produzido amêndoas. 24Moisés tirou as varas da presença de Javé e as levou aos filhos de Israel. Eles verificaram o fato e cada um recolheu a sua vara. [...] 25Javé disse a Moisés: “Coloque de novo a vara de Aarão diante do documento da aliança, para que seja conservada como advertência contra os rebeldes. Desse modo eles não murmurarão contra mim, e não morrerão”.

10.4 Vara (cajado, bastão) de Deus Sl 22(23),4Embora eu caminhe por um vale tenebroso, nenhum mal temerei, pois junto a mim estás; teu bastão e teu cajado me deixam tranquilo.

10.5 Corpo de Eliseu 2Rs 4,32Eliseu entrou na casa e encontrou o menino morto, estendido sobre sua própria cama. 33Entrou, fechou a porta e rezou a Javé. 34Depois subiu na cama, deitou-se sobre o menino, colocou a boca sobre a dele, os olhos sobre os dele, as mãos sobre as dele, e estendeu-se sobre o menino. E o menino foi se

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aquecendo. 35Então Eliseu começou a andar pelo quarto, de cá para lá. Depois subiu de novo na cama e se estendeu sobre o menino. Fez isso sete vezes. Então o menino espirrou e abriu os olhos. 36Eliseu chamou Giezi e lhe disse: “Chame a sunamita”. Giezi a chamou. Quando ela chegou perto de Eliseu, este lhe disse: “Pegue seu filho”. 37A mulher entrou, jogou-se aos pés de Eliseu e prostrou-se no chão. Depois pegou o filho e saiu.

10.6 Ossos de Eliseu 2Rs 13,20Eliseu morreu e foi enterrado. Todos os anos, bandos moabitas faziam incursões no país. 21Certa vez, alguns homens que estavam enterrando um morto avistaram um desses bandos. Jogaram o corpo dentro do túmulo de Eliseu e foram embora. Aconteceu que o corpo, tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se colocou de pé. Eclo 48,12Quando Elias foi envolvido pelo turbilhão, Eliseu ficou repleto do espírito dele. Durante a vida, Eliseu não tremeu diante dos poderosos, e ninguém conseguiu dominá-lo. 13Nada era difícil demais para ele e, mesmo morto, ainda profetizou. 14 Durante a vida realizou prodígios e, depois de morto, suas obras foram maravilhosas.

10.7 Arca da Aliança 2Sm 6,11A arca de Javé permaneceu três meses na casa de Obed-Edom de Gat. Por isso é que Javé abençoou ObedEdom e toda a sua família. 12Então informaram ao rei Davi: “Javé abençoou a família de Obed-Edom e todos os seus por causa da arca de Deus”. Contente, Davi foi e transportou a arca de Deus da casa de Obed-Edom para a cidade de Davi. Hb 9,3Atrás do segundo véu havia outra tenda, chamada “Santo dos Santos”. 4Estavam aí o altar de ouro para o incenso, e a arca da aliança toda recoberta de ouro, na qual se encontrava uma urna de ouro que continha o maná, o bastão de Aarão, que tinha brotado, e as tábuas da aliança. 5Sobre a arca estavam os querubins da Glória, que com sua sombra cobriam o lugar do perdão.

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Ap 11,19Abriu-se então o Templo de Deus que está no céu, e apareceu no Templo a arca da aliançaa. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e uma grande tempestade de pedra. 2Sm 6,1Davi reuniu de novo os melhores homens de Israel, cerca de trinta mil. 2Junto com seu exército, partiu para Baala de Judá, a fim de transportar a arca de Deus que aí estava e que levava o nome de Javé dos exércitos, assentado sobre os querubins. 1Sm 4,21Deu a seu filho o nome de Icabod, dizendo: “A glória de Israel foi exilada”. Falou assim, referindo-se à tomada da arca de Deus e também por causa do sogro e do marido. 22E repetia: “A glória de Israel foi exilada, porque tomaram a arca de Deus”.

10.8 Pedra 10.8.1 Pedra como testemunhas de Deus Js 24,25Nesse dia, Josué fez uma aliança com o povo e, em Siquém, estabeleceu para eles um estatuto e um direito. 26Josué escreveu essas palavras no livro da Lei de Deus. Depois, pegou uma grande pedra e a ergueu aí, debaixo do carvalho que está no santuário de Javé. 27Em seguida, disse ao povo: “Esta pedra será um testemunho contra nós, porque ela ouviu todas as palavras que Javé nos disse. Será um testemunho contra vocês, para que não reneguem o seu Deus”.

10.8.2 Pedra de Jacó Gn 28,16Ao despertar, Jacó disse: “De fato, Javé está neste lugar e eu não sabia disso”. 17Ficou com medo, e disse: “Este lugar é terrível. Não é nada menos que a Casa de Deus e a Porta do Céu”. 18Levantou-se de madrugada, pegou a pedra que lhe havia servido de travesseiro, ergueu-a como estelab e derramou óleo por cima. 19E chamou esse lugar de Betel. Mas [a]

A arca é o sinal da aliança e indica a presença de Deus no meio do povo.

[b] Estela: coluna ou placa de pedra em que os antigos faziam inscrições, ger. funerárias; monumento monolítico feito em pedra vertical; ETIM lat. stéla,ae 'padrão, coluna, pedra quadrada com letreiro', do gr. stêlé 'id.'

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antes a cidade se chamava Luza. 20Jacó fez, então, este voto: “Se Deus estiver comigo e me proteger no caminho por onde eu for, se me der pão para comer e roupas para vestir, 21se eu voltar são e salvo para a casa do meu pai, então Javé será o meu Deus. 22E esta pedra que ergui como estela será uma casa de Deus, e eu te darei a décima parte de tudo o que me deres”. Gn 35,14Jacó ergueu uma estela de pedra no lugar em que havia falado com Deus. Depois fez sobre ela uma libação e a ungiu com óleo. 15E Jacó deu o nome de Betel ao lugar onde Deus lhe havia falado.

10.8.3 As Pedras falarão Lc 19,39No meio da multidão, alguns fariseus disseram a Jesus: “Mestre, manda que teus discípulos se calem.” 40Jesus respondeu: “Eu digo a vocês: se eles se calarem, as pedras gritarão.”

10.8.4 Das Pedras - filhos de Abraão Lc 3,8Façam coisas para provar que vocês se converteram, e não comecem a pensar: ‘Abraão é nosso pai’. Porque eu lhes digo: até destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão. Mt 3,9Não pensem que basta dizer: ‘Abraão é nosso pai’. Porque eu lhes digo: até destas pedras Deus pode fazer nascer filhos de Abraão.

10.9 Manto de Elias 1Rs 19,19Elias partiu daí e encontrou Eliseu, filho de Safat, trabalhando com doze juntas de bois. Ele próprio dirigia a última junta. Elias passou perto de Eliseu e jogou o manto sobre ele. 20Eliseu deixou os bois, correu atrás de Elias, e disse: “Deixe-me dizer adeus a meus pais. Depois eu seguirei você”. Elias respondeu: “Vá, mas volte logo. Quem o está impedindo de ir?” 2Rs, 2,8Então Elias pegou o manto, o enrolou e bateu com ele na água. A água se dividiu em duas partes, de tal modo que os dois passaram o rio sem molhar os pés. [...] 13Pegou o manto

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de Elias, que havia caído, e voltou para a margem do Jordão. 14 Segurando o manto de Elias, bateu com ele na água, dizendo: “Onde está Javé, o Deus de Elias?” Bateu na água, que se dividiu em duas partes. E ele atravessou o rio.

10.10 A sombra de Pedro At 5,12Entretanto, pela intervenção dos Apóstolos, faziamse muitos milagres e prodígios no meio do povo. Reuniam-se todos no Pórtico de Salomão 13e, dos restantes, ninguém se atrevia a juntar-se a eles, mas o povo não cessava de os enaltecer. 14Sempre em maior número, juntavam-se, em massa, homens e mulheres, acreditando no Senhor, 15a tal ponto que traziam os doentes para as ruas e colocavam-nos sobre leitos e em macas, a fim de que, à passagem de Pedro, ao menos a sua sombra cobrisse alguns deles. 16A multidão vinha também das cidades próximas de Jerusalém, transportando enfermos e atormentados por espíritos malignos, e todos eram curados.a

10.11 Lenços e aventais de Paulo At 19,11Deus fazia milagres extraordinários por intermédio de Paulo, 12a tal ponto que bastava aplicar aos doentes os lenços e as roupas que tinham estado em contato com o seu corpo, para que as doenças e os espíritos malignos os deixassem.

[a]

Relíquia: o que resta do corpo dos santos; p.ext. nome dado aos objetos que pertenceram a um santo ou que tiveram contato com seu corpo.

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11 Imagens Do latim imágo, imagìnis 'semelhança, representação, retrato', pelo genitivo, cp. Imago. Imag- elemento de composição antepositivo, do lat. imágo,ìnis 'semelhança, parecença, representação, retrato (pictórico, escultórico, plástico, imagem, conexo com o gr. eikôn - icon(i/o)-; imaginális,e 'que é em imagem', imaginarìus,a,um 'que faz retratos (em pintura ou escultura);

11.1 Deus fez imagem Gn 1,26Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele domine os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra”. 27E Deus criou o homem à sua imagem; à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher. 28E Deus os abençoou ... Gn 5,3Quando Adão completou cento e trinta anos, gerou um filho à sua semelhança e imagem, e lhe deu o nome de Set. Gn 9,6Porque o homem foi feito à imagem de Deus.

11.1.1 Deus manda fazer a imagem da serpente Nm 21,8E Javé lhe respondeu: “Faça uma serpente venenosa e coloque-a sobre um poste: quem for mordido e olhar para ela, ficará curado”. 9Então Moisés fez uma serpente de bronze e a colocou no alto de um poste. Quando alguém era mordido por uma serpente, olhava para a serpente de bronze e ficava curado.a Jo 3,14Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, do mesmo modo é preciso que o Filho do Homem seja levantado. 15 Assim, todo aquele que nele acreditar, nele terá a vida eterna.b

[a] A serpente é a prefiguração da Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo [b] A Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.

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11.1.2 Deus manda fazer as imagens de Querubins Ex 25,17Faça também uma placa de ouro puro, com cento e vinte e cinco centímetros de comprimento, por setenta e cinco de largura. 18Nas duas extremidades da placa, faça dois querubinsa de ouro batido: 19cada um sairá de um extremo da placa e 20a cobrirão com as asas estendidas para cima. Estarão diante um do outro, olhando para o centro da placa. 21Cubra a arca com a placa, e dentro guarde o documento da aliança que darei a você. 22Aí me encontrarei com você; e, de cima da placa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, direi a você tudo o que deve ordenar aos filhos de Israel. Nm 7,89Quando Moisés entrou na tenda da reunião para falar com Deus, ouviu a voz que lhe falava da placa de ouro que cobre a arca da aliança, entre os dois querubins. E Deus falava com Moisés. Ex 26,1Faça o santuário com dez cortinas de linho fino retorcido, de púrpura violeta, vermelha e escarlate. E as faça com querubins bordados. Ex 36,35Fizeram ainda um véu de púrpura violeta, vermelha e escarlate, e de linho fino retorcido. Fizeram nele um bordado com figuras de querubins, 36e o colocaram sobre quatro colunas de madeira de acácia cobertas de ouro e providas de ganchos de ouro, assentadas sobre quatro bases de prata. 1Rs 6,23Para o Santíssimo, Salomão fez dois querubins de oliveira selvagem, cada um com cinco metros de altura. 24Cada asa do querubim media dois metros e meio, de modo que a distância era de cinco metros de uma ponta à outra das asas. 25O segundo querubim também media cinco metros. Os dois tinham o mesmo tamanho e o mesmo formato. 26Os dois querubins [a] Querubins anjo da primeira hierarquia, entre os serafins e os tronos; ETIM lat. cherùbim ou cherùbin, pl. de chèrub, do heb. kerúbim, pl. de kerúb ‫ כרוב‬, do grego χερουβιμ .

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mediam cinco metros de altura cada um. 27Os querubins foram colocados no meio da sala interior. Eles tinham as asas estendidas, de modo que a asa de um tocava uma parede, e a asa do outro tocava a outra parede, e as asas de ambos tocavam uma na outra, no meio da sala. 28Os querubins foram revestidos de ouro. 29Salomão mandou esculpir figuras de querubins, palmeiras e flores ao redor de todas as paredes do Templo, tanto por fora como por dentro, 30e mandou cobrir de ouro o piso interior e exterior do Templo. 1Sm 4,4Mandaram então trazer de Silo a arca da aliança de Javé dos exércitos, entronizado entre os querubins. Ez 9,3Então a glória do Deus de Israel se elevou de cima do querubim, onde repousava, até a soleira do templo. Chamou o Senhor o homem vestido de linho, que trazia à cintura os instrumentos de escriba, 4e lhe disse: Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a tantas abominações que na cidade se cometem.

11.1.3 Imagens dos Querubins mais de 60 vezes Gn 3,24; Ex 25,18.22; Ex 26,1.31; Ex 36,8.35; Ex 37,7;a Nm 7,89; 1Sm 4,4; 2Sm 6,2; 1Rs 6,23.26. 27.28.29.32.35;1Rs 7,29.36;1Rs 8,6.7; 2Rs 19,15; 1Cr 13,6; 28,18; 2Cr 3,7.10.11 .13.14; 5,7.8; Sl 80,2; 99,1; Eclo 49,8; Is 37,16; Ez 10,1.2.3.4.5.6.8.9.12.14.15.16.18.19.20.22; Ez 41,18.20.25; Dn 3,55; Hb 9,5

[a] Incluídos os acima mencionados

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11.1.4 Deus manda fazer imagem de touros, leões 1Rs 7,23 Hiram fez ainda o Mar, todo de metal fundido, com cinco metros de diâmetro. Era redondo, tinha dois metros e meio de altura, e sua circunferência tinha quinze metros. 24Por baixo da borda, em todo o redor, havia duas séries de motivos vegetais, com vinte frutas em cada metro, fundidas numa só peça com o Mar. 25Este ficava apoiado sobre doze touros, que olhavam três para o norte, três para o oeste, três para o sul e três para o leste. O Mar se apoiava sobre esses touros, que estavam com os traseiros voltados para dentro. ... 29Sobre essas molduras havia leões, touros e querubins, e sobre as travessas havia um suporte; abaixo dos leões e dos touros, havia grinaldas em forma de festões.a 1Rs 7,36Sobre os painéis de cada travessa e sobre as molduras, mandou gravar querubins, leões e palmeiras dentro dos espaços livres, com grinaldas ao redor. ... 48Salomão colocou no Templo de Javé todos os objetos que tinha mandado fazer.

11.1.5 Imagens Sacras no Catecismo §1159 A imagem sacra, o ícone litúrgico, representa principalmente Jesus Cristo. Ela não pode representar o Deus invisível e incompreensível; é a encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova “economia” das imagens: Antigamente Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens posso fazer uma imagem

Mar de Bronze

[a] Jewish Encyclopedia: verbete, BRAZEN SEA (mar de bronze) pág. 357 e 358; On-line:<> Enciclopédia Judaica

143 daquilo que vi de Deus. (...) Com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor. §1160 A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra iluminam-se mutuamente: Para proferir sucintamente nossa profissão de fé, conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não-escritas, que nos têm sido transmitidas sem alteração. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que concorda com a pregação da história evangélica, crendo que, de verdade e não na aparência, o Verbo de Deus se fez homem, o que é também útil e proveitoso, pois as coisas que se iluminam mutuamente têm sem dúvida um significado recíproco. §1161 Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam “a nuvem de testemunhas” (Hb 12,1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado “à imagem de Deus” e transfigurado “à sua semelhança”, assim como os anjos, também recapitulados em Cristo: Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos. §1162 “A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus.” A contemplação dos ícones santos, associada à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis.

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11.2 Diferença entre Imagem e Ídolo Imagem não é o mesmo que ídolo. Chama-se ídolo: uma imagem falsa, um simulacro a que se atribui vida própria, conforme explica o profeta Habacuc (Hab 2, 18). Eis o que claramente indica Habacuc, dizendo: “Ai daquele que diz ao pau: Acorda, e a pedra muda: Desperta” (Hab 2, 19) A Bíblia mostra no livro de Josué: “Josué prostrou-se com o rosto em terra diante da arca do Senhor, e assim permaneceu até à tarde, imitando-o todos anciãos de Israel” (Js 7, 6). Terão sido idólatras Josué e os anciãos de Israel? Foi Deus ainda que ordenou a Moisés levantar uma “serpente” de metal (Nm 21, 8) e todos os que olhassem para ela seriam curados. Ora, que “olhar” é esse que confere uma cura milagrosa diante de uma estátua de metal? Temos as provas de como esse culto era já uma pré-figura do culto à Deus nas palavras de S. João, que diz que tal “serpente” era o símbolo do Cristo crucificado: “Bem como ergueu Moisés a serpente no deserto, assim cumpre que seja levantado o Filho do Homem” (Jo 3, 14). Por acaso caíram também Moisés e S. João, e até o Espírito Santo (autor da Sagrada Escritura) em crime de idolatria? É claro que não. A idolatria consistiria em achar que a divindade está em uma estátua, por exemplo. Ou seja, teríamos que colocar alimentos para as imagens, como faziam os romanos, os egípcios e os demais povos idólatras. Teríamos que achar que Deus e o santo são a mesma pessoa. No fundo, seria dizer que S. Benedito não é e nem foi S. Benedito, mas foi Deus, etc. Nunca se ouviu algum católico defendendo que o Santo era Deus! Mesmo porque isso seria cair em um panteísmo (defendido por Calvino e Lutero em algumas de suas obras). Para se dizer que os católicos adoram os santos, eles teriam que dizer que S. Benedito, por exemplo, não é S. Benedito, mas Deus. E, ainda mais difícil, os católicos teriam que afirmar que S. Benedito é a estátua, uma espécie de amuleto mágico...

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Nenhum católico acredita que o santo seja Deus ou que ele seja a madeira da estátua (como uma divindade). Logo, não há idolatria possível, visto que esta consiste em adorar um falso deus. (Ver a diferença entre os cultos de "latria", "hiperdulia" e "dulia"). Alguns protestantes argumentam que só é possível fazer imagens quando Deus expressamente permite. Pergunta-se: onde está essa norma na Bíblia? É uma contradição dos protestantes, pois tudo para eles está na Bíblia, todavia, para condenar os católicos, não é necessária a Bíblia...

11.3 Deus proíbe idolatria e não o uso de imagens O mesmo Deus, no mesmo livro do Êxodo em que proíbe que sejam feitas imagens, manda Moisés fazer dois querubins de ouro e colocá-los por cima da Arca da Aliança (Ex 25, 18-20). Manda-lhe, também, fazer uma serpente de bronze e colocá-la por cima duma haste, para curar os mordidos pelas serpentes venenosas (Nm 21, 8-9). Manda, ainda, a Salomão enfeitar o templo de Jerusalém com imagens de querubins, palmas, flores, bois e leões (1Rs 6, 23-35 e 7, 29). Ora, se Deus manda fazer imagens em várias passagens das Sagradas Escrituras (Ex 25, 17-22; 1Rs 6, 23-28; 1Rs 6, 29s; Nm 21, 49 ; 1Rs 7, 23-26; 1Rs 7, 28s; etc) e proíbe que se façam imagens em outra, de duas uma, ou Deus é contraditório ou fazer imagens não é idolatria! Portanto, fica claro que o erro não está nas imagens, mas no tipo de culto que se presta à elas. Os Judeus, saindo da dominação egípcia, um povo idólatra, tinham muita tendência à idolatria. Basta ver o que aconteceu quando Moisés desceu do Monte Sinai com as Tábuas da Lei e encontrou o povo adorando o “Bezerro de Ouro” como se ele fosse uma divindade, um amuleto. É claro, como permitir que um povo tendente à idolatria fosse fazer imagens. Nas imagens católicas se representam os santos, que são pessoas que possuem virtudes que os tornam “semelhantes” a Deus, como afirmou S. Paulo: “já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”.

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Nas catacumbas encontram-se, em toda parte, imagens e estátuas da Virgem Maria; prova de que tal culto existia no tempo dos apóstolos e foi por eles praticado, ensinado e transmitido à posteridade. Uma das imagens de Nossa Senhora, segundo a tradição, foi pintada pelo próprio S. Lucas e está na catedral de Loreto, exposto à veneração dos fiéis. As imagens católicas representam pessoas virtuosas. Virtude essa que provém da graça de Deus. O mesmo não se dava na idolatria, pois os povos idólatras representavam as virtudes e os vícios em seus ídolos. O Concílio de Trento formalmente legitimou o uso das imagens: As imagens de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, e dos outros santos, podem ser adquiridas e conservadas, sobretudo nas Igrejas, e se lhes pode prestar honra e veneração; não porque há nelas qualquer virtude ou qualquer coisa de divino, ou para delas alcançar qualquer auxílio, ou porque se tenha nelas confiança, como os pagãos de outrora, que colocavam a sua esperança nos ídolos, mas, sim, porque o culto que lhes é prestado dirige-se ao original que representam, de modo que nas imagens que possuímos, diante das quais nos descobrimos ou inclinamos a cabeça, nós adoramos Cristo, e veneramos os santos que elas representam (Sess XXV). O Concílio de Niceia, o primeiro celebrado na Igreja, no ano de 325, sob o Papa S. Silvestre I e o imperador Constantino, defende o culto das imagens contra os iconoclastas, com um vigor admirável. Lê-se nos atos deste concílio: Nós recebemos o culto das imagens, e ferimos de anátema os que procedem de modo contrário. Anátema a todo aquele que aplica às santas imagens os textos da escritura contra os ídolos. Anátema a todo aquele que as chama ídolos. Anátema àqueles que ousam dizer que a Igreja presta culto a ídolos.

11.4 Ícone(s) Ícone s.m. 1 nas igrejas orientais, representação de uma personagem ou cena sagrada em pintura sobre madeira, não raro recoberta de um metal precioso e pedrarias, ela própria

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considerada sagrada e objeto de culto. 4 na informática elemento gráfico que, em sistemas operacionais ou em programas com interfaces gráficas, representa determinado objeto, operação ou link, sendo geralmente acionável por um clique de mouse 5 na semiologia, signo que apresenta uma relação de semelhança ou analogia com o objeto que representa (como uma fotografia, uma estátua ou um desenho figurativo); etim fr. icône 'imagem sacra das igrejas do Oriente', do russo ikona 'imagem' e este do gr.biz. eikóna 'imagem sacra', der. do gr. eikôn,ónos 'imagem, retrato, imagem refletida em espelho.

11.4.1 Contemplação do ícone §1162 “A beleza e a cor das imagens estimulam minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus.” A contemplação dos ícones santos, associada à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração para que o mistério celebrado se grave na memória do coração e se exprima em seguida na vida nova dos fiéis.

11.4.2 Culto dos ícones §1159 AS SANTAS IMAGENS A imagem sacra, o litúrgico, representa principalmente Cristo. Ela não representar o Deus invisível e incompreensível; encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma “economia” das imagens:

ícone pode é a nova

Antigamente Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora que se mostrou na carne e viveu com os homens posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus. (...) Com o rosto descoberto, contemplamos a glória do Senhor. §1192 As santas imagens, presentes em nossas igrejas e em nossas casas, destinam-se a despertar e a alimentar nossa fé no mistério de Cristo. Por meio do ícone de Cristo e de suas obras salvíficas, é a ele que adoramos. Mediante as santas

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imagens da santa mãe de Deus, dos anjos e dos santos, veneramos as pessoas nelas representadas. §2131 Foi fundamentando-se no mistério do Verbo encarnado que (sétimo Concílio ecumênico, em Niceia em 787), justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: os de Cristo, mas também os da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Ao se encarnar, o Filho de Deus inaugurou uma nova “economia” das imagens.

11.4.3 Significação do ícone §1161 Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da santa mãe de Deus e dos santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam “a nuvem de testemunhas” (Hb 12,1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado “à imagem de Deus” e transfigurado “à sua semelhança”, assim como os anjos, também recapitulados em Cristo: Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.

11.4.4 Utilidade dos ícones §2705 A meditação é sobretudo uma procura. O espírito procura compreender o porquê e o como da vida cristã, a fim de aderir e responder ao que o Senhor pede. Para tanto, é indispensável uma atenção difícil de ser disciplinada.

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Geralmente, utiliza-se um livro, e os cristãos dispõem de muitos: as Sagradas Escrituras, especialmente o Evangelho, as imagens sacras, os textos litúrgicos do dia ou do tempo, os escritos dos Padres espirituais, as obras de espiritualidade, o grande livro da criação e o da história, a página do “Hoje” de Deus.

11.5 Idolatria no Catecismo da Igreja Católica 11.5.1 Definição e significação de idolatria §2112 O primeiro mandamento condena o politeísmo. Exige que o homem não acredite em outros deuses afora Deus, que não venere outras divindades afora a única. A escritura lembra constantemente esta rejeição de “ídolos, ouro e prata, obras das mãos dos homens”, os quais “têm boca e não falam, têm olhos e não veem...” Esses ídolos vãos tornam as pessoas vãs: “Como eles serão os que o fabricaram e quem quer que ponha neles a sua fé” (Sl 115,4-5.8). Deus, pelo contrário, é o “Deus vivo” (Jo 3, 10) que faz viver e intervém na história. §2113 A idolatria não diz respeito somente aos falsos cultos do paganismo. Ela é uma tentação constante da fé. Consiste em divinizar o que não é Deus. Existe idolatria quando o homem presta honra e veneração a uma criatura em lugar de Deus, quer se trate de deuses ou de demônios (por exemplo, o satanismo), do poder, do prazer, da raça, dos antepassados, do Estado, do dinheiro etc. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, diz Jesus (Mt 6, 24). Numerosos mártires morreram por não adorar “a Besta”, recusando-se até a simular seu culto. A idolatria nega o Senhorio exclusivo de Deus; é, portanto, incompatível com a comunhão divina. §2114 A vida humana unifica-se na adoração do Único. O mandamento de adorar o único Senhor simplifica o homem e o livra de uma dispersão infinita. A idolatria é uma perversão do sentimento religioso inato do homem. O idólatra é aquele que “refere a qualquer coisa que não seja Deus a sua indestrutível noção de Deus“.

11.5.2 Fama e riquezas como idolatria §1723 A prometida bem-aventurança nos coloca diante de escolhas morais decisivas. Convida-nos a purificar nosso coração de seus

150 maus instintos e a procurar o amor de Deus acima de tudo. Ensina que a verdadeira felicidade não está nas riquezas ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder, nem em qualquer obra humana, por mais útil que seja, como as ciências, a técnica e as artes, nem em outra criatura qualquer, mas apenas em Deus, fonte de todo bem e de todo amor. A riqueza é o grande deus atual; a ela prestam homenagem instintiva a multidão e toda a massa dos homens. Medem a felicidade pelo tamanho da fortuna e, segundo a fortuna, medem também a honradez... Tudo isto provém da convicção de que, tendo riqueza, tudo se consegue. A riqueza é, pois, um dos ídolos atuais, da mesma forma que a fama... A fama, o fato de alguém ser conhecido e fazer estardalhaço na sociedade (o que poderíamos chamar de notoriedade da imprensa), chegou a ser considerada um bem em si mesma, um sumo bem, um objeto, também ela, de verdadeira veneração.

11.5.3 Idolatria do corpo humano §2289 Se a moral apela para o respeito à vida corporal, não faz desta um valor absoluto, insurgindo-se contra uma concepção neopagã que tende a promover o culto do corpo, a tudo sacrificarlhe, a idolatrar a perfeição física e o êxito esportivo. Em razão da escolha seletiva que faz entre os fortes e os fracos, tal concepção pode conduzir à perversão das relações humanas.

11.5.4 Idolatria do dinheiro §2424 Uma teoria que faz do lucro a regra exclusiva e o fim último da atividade econômica é moralmente inaceitável. O apetite desordenado pelo dinheiro não deixa de produzir seus efeitos perversos. Ele é uma das causas dos numerosos conflitos que perturbam a ordem social. Um sistema que “sacrifica os direitos fundamentais das pessoas e dos grupos à organização coletiva da produção” é contrário à dignidade do homem. Toda prática que reduz as pessoas a não serem mais que meros meios que têm em vista o lucro escraviza o homem, conduz a idolatria do dinheiro e contribui para difundir o ateísmo. “Não podeis servir ao mesmo tempo a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24; Lc 16,13).

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11.5.5 Idolatria e pecado §1852 A diversidade dos pecados A variedade dos pecados é grande. As Escrituras nos fornecem várias listas. A Carta aos gálatas opõe as obras da carne ao fruto do Espírito: “As obras da carne são manifestas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, rixas, ciúmes, ira, discussões, discórdia, divisões, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos previno, como já vos preveni: os que tais coisas praticam não herdarão o Reino de Deus” (Gl 5,19-21)”.

11.5.6 Idolatria e perversão §2114 A vida humana unifica-se na adoração do Único. O mandamento de adorar o único Senhor simplifica o homem e o livra de uma dispersão infinita. A idolatria é uma perversão do sentimento religioso inato do homem. O idólatra é aquele que “refere a qualquer coisa que não seja Deus a sua indestrutível noção de Deus“.

11.5.7 Idolatria e superstição §2138 A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.

11.5.8 Libertação da idolatria do mundo §2097 Adorar a Deus é, no respeito e na submissão absoluta, reconhecer “o nada da criatura”, que não existe a não ser por Deus. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-lo, exaltá-lo e humilhar-se a si mesmo, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que seu nome é santo. A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar em si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo.

11.5.9 Proibição de construir ídolos §2129 “Não farás para ti imagem esculpida de nada...” O mandamento divino incluía a proibição de toda representação de Deus por mão do homem. O Deuteronômio explica: “Uma vez que nenhuma forma vistes no dia em que Senhor vos falou no Horeb, do meio do fogo, não vos pervertais, fazendo para vós uma imagem esculpida em forma de ídolo...” (Dt 4,15-16). Eis aí o Deus absolutamente transcendente que se revelou a Israel. “Ele é tudo”,

152 mas, ao mesmo tempo, ele está “acima de todas as suas obras” (Eclo 43,27-28). Ele é “a própria fonte de toda beleza criada” (Sb 13, 3).

“A natureza tem perfeições para demonstrar que é a imagem de Deus, e imperfeições para provar que é só uma imagem”. Blaise Pascala

[a] Blaise Pascal (Clermont-Ferrand, Puy-de-Dôme, 1623, Paris †1662) foi um filósofo Católico, físico e matemático francês, que como filósofo criou uma das afirmações mais pronunciadas pela humanidade nos séculos posteriores: “O coração tem razões que a própria razão desconhece.”

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12 Falsas Doutrinas

Oração de São Bento (pedidos de proteção contra o inimigo) A Cruz sagrada seja minha Luz Não seja o Dragão meu guia Retira-te Satanás Nunca me aconse-lhes coisas vãs É mal o que tu me ofereces Bebe tu mesmo do teu veneno

Crux Sacra Sit Mihi Lux Non Draco Sit Mihi Dux Vade Retro Sátana Nunquam Suade Mihi Vana Sunt Mala Quae Libas Ipse Venena Bibas

Rogai por nós bem aventurado São Bento. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

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12.1 Espiritismos, necromantes (evocação dos mortos), cartomante, videntes, horóscopo, astrologia, taró, numerologia, esotérico, esoterismo, cristais, búzios, adivinhos, magias, feitiçaria, formas de adivinhação do futuro, e quaisquer outras falsa doutrina. Lv 19,31Não vos volteis para os espíritos dos mortos nem consulteis os adivinhos. Não vos contamineis com isso. Eu sou o Senhor, vosso Deus. Lv 20,6Se alguém se voltar para os espíritos dos mortos e adivinhos, entregando-se a essas práticas, voltarei o meu rosto contra esse homem e suprimi-lo-ei do meio do seu povo. 7 Santificai-vos e sede santos, porque Eu sou o Senhor, vosso Deus. Dt 18,10Ninguém no teu meio faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha; ou se dê a encantamentos, aos augúrios, à adivinhação, à magia, 11ao feiticismo, ao espiritismo, aos sortilégios, à evocação dos mortos, 12porque o Senhor abomina todos os que fazem tais coisas. Por causa dessas abominações é que o Senhor, teu Deus, desaloja da tua frente essas gentes. 13 Entrega-te inteiramente ao Senhor, teu Deus! 14De fato, essas gentes que tu vais desalojar acreditam em agoureiros e adivinhos, mas a ti o Senhor, teu Deus, não o permite. 1Sm 28,3Samuel falecera e todo o Israel chorava a sua morte. Sepultaram-no em Ramá, sua cidade. Saul havia expulsado do país os que praticavam a adivinhação e a invocação dos mortos. 2Rs 21,6Fez passar pelo fogo o seu próprio filho; entregou-se à magia, à astrologia, à necromanciaa e à adivinhação. Fez muito mal diante do Senhor, provocando assim a sua ira. 2Rs 23,24Josias acabou também com os necromantes, os adivinhos, os terafinsb, os ídolos e as abominações, que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, pois queria obedecer às [a] Necromancia: ocultismo. suposta arte de adivinhar o futuro por meio de contato com os mortos; magia voltada para o mal; bruxaria. [b] Os terafins eram objetos religiosos, estátuas de deuses ou outros, utilizados sobretudo no culto familiar

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prescrições da lei, escritas no livro que o sacerdote Hilquias descobriu no templo do Senhor. Is 8,19Hão-de dizer-vos: “Consultai os espíritos dos mortos e os adivinhos que murmuram e predizem o futuro. Porventura não deve o povo consultar os seus deuses e consultar os mortos em benefício dos vivos?” 20Quando vos falarem assim, respondei: “Só devemos dar ouvidos às instruções do Senhor.” Quem não atuar assim não verá a aurora. Rm 1,26Foi por isso que Deus os entregou a paixões degradantes. Assim, as suas mulheres trocaram as relações naturais por outras que são contra a natureza. 27E o mesmo acontece com os homens: deixando as relações naturais com a mulher, inflamaram-se em desejos de uns pelos outros, praticando, homens com homens, o que é vergonhoso, e recebendo em si mesmos a paga devida ao seu desregramento. 28 E como não julgaram por bem manter o conhecimento de Deus, entregou-os Deus a uma inteligência sem discernimento. E é assim que fazem o que não devem: 29estão repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, 30 maldizentes, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, engenhosos para o mal, rebeldes para com os pais, 31 estúpidos, desleais, inclementes, impiedosos. 32Esses, muito embora conheçam o veredito de Deus de que são dignos de morte os que tais coisas praticam não só as fazem, como até aprovam os que as praticam. Gl 5,19Mas as obras da carne estão à vista. São estas: 20 fornicação, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, contenda, ciúme, fúrias, ambições, discórdias, partidarismos, 21invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já preveni: os que praticarem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Cl 3,1Portanto, já que fostes ressuscitados com Cristo, procurai as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus. 2 Aspirai às coisas do alto e não às coisas da terra. 3Vós morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. 4 Quando Cristo, a vossa vida, se manifestar, então também vós

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vos manifestareis com Ele em glória. 5Crucificai os vossos membros no que toca à prática de coisas da terra: fornicação, impureza, paixão, mau desejo e a ganância, que é uma idolatria. 6 Estas coisas provocam a ira de Deus sobre os que lhe resistem. 7 Entre eles também vós caminhastes outrora, quando vivíeis nessas coisas. 8Mas agora rejeitai também vós tudo isso: ira, raiva, maldade, injúria, palavras grosseiras saídas da vossa boca. 9Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas ações, 10e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador. 11Aí não há grego nem judeu, circunciso e incircunciso, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo, que é tudo e está em todos. 12Como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos, pois, de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, 13suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém tiver razão de queixa contra outro. Tal como o Senhor vos perdoou, fazei-o vós também. 14E, acima de tudo isto, revesti-vos do amor, que é o laço da perfeição. 15Reine nos vossos corações a paz de Cristo, à qual fostes chamados num só corpo. E sede agradecidos. 16A palavra de Cristo habite em vós com toda a sua riqueza: ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria; cantai a Deus, nos vossos corações, o vosso reconhecimento, com salmos, hinos e cânticos inspirados. Ef 6,12Porque não é contra os seres humanos que temos de lutar, mas contra os Principados, as Autoridades, os Dominadores deste mundo de trevas, e contra os espíritos do mal que estão nos céus. 1Pd 2,1Portanto, ponde de parte toda a malícia, falsidades, hipocrisias, invejas e toda a espécie de maledicências; 1Pd 5,8Sede sóbrios e vigiai, pois o vosso adversário, o diabo, como um leão a rugir, anda a rondar-vos, procurando a quem devorar. 9Resisti-lhe, firmes na fé, sabendo que a vossa comunidade de irmãos, espalhada pelo mundo, suporta os mesmos padecimentos.

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Tg 1,21Rejeitai, pois, toda a imundície e todo o vestígio de malícia e recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas. Tg 4,7Submetei-vos, portanto, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. 12.2 Renuncia ao Mal Senhor Jesus, por este sinal-da-cruz, envolva todos nós, nossos familiares e bens no Seu amor, no Seu poder e no Seu Sangue, para que o inimigo não nos possa prejudicar. Pelo sinal da Santa Cruz +, Livrai-nos Deus, nosso Senhor +, dos nossos inimigos +. Em nome do Pai , do Filho e do Espírito Santo. Amém. 1 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. Eu renuncio a satanás, autor de todo o mal, de todo pecado e mal de toda mentira! 2 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de impaciência e de raiva; de ressentimento e magoa; de tensão nervosa e agressividade; de juízo temerário e presunção; de ira e ódio; de fofoca, mentira e calunia! 3 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de desanimo e tristeza; de melancolia e solidão; de fracasso e frustração; de desconfiança do amor de Deus e do próximo; de auto-rejeição e autocondenação!

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4 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo e qualquer espírito de medo: medo de Deus e de satanás; medo das pessoas, dos animais e das coisas; medo do futuro, da doença e da morte; medo de altura e do escuro; medo de acidente e de assalto; medo de perder minha imagem e prestígio; medo de falar em público a testemunhar o Teu Evangelho; medo da perda de um familiar e da condenação eterna! 5 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de complexo e autopiedade; de ansiedade, angustia e preocupação; de traumas e doenças! 6 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de desequilíbrio emocional e psíquico; de autodestruição! 7 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de vingança; a todo desejo de fracasso e morte de meu irmão; a todo espírito de injustiça e exploração da pessoa humana! 8 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de revolta contra Deus, contra meu irmão e contra mim mesmo, não aceitando as minhas fraquezas!

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9 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito do avareza; de apego ao dinheiro, coisas, pessoas ou cargos! 10 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de gula, droga e fumo; a todo espírito de alcoolismo, blasfêmia e sacrilégio! 11 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de ciúme e inveja; de preguiça e hipocrisia; de fingimento, falsidade e adulação! 12 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de palavrão e piada; de sexo e luxuria; de masturbação e fornicação; de prostituição e adultério; de homossexualismo e lesbianismo; de orgia e de farra! 13 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de auto-suficiência e egoísmo; de vaidade, orgulho e status; de materialismo e consumismo; de ambição e poder; de furto e roubo! 14 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de superstição e descrença; de

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duvida e confusão religiosa; de horóscopo, sortista, cartomante, controle da mente, pirâmide, meditação transcendental! 15 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de idolatria e falsas religiões; de seicho-no-iê e igreja messiânica; de esoterismo, maçonaria e rosa-cruz! 16 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito de magia negra e bruxaria; de espiritismo e umbanda; de macumba e sarava; do xangô e mesa branca de candomblé e conga; de curandeiro e benzedeira! 17 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todos os espíritos e espíritos guias, que invocaram sobre mim; a toda a herança de falsas religiões que trago dos meus antepassados! 18 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito do aos espíritos de Iansão, Exu, Iansã, Iemanjá, Nanã, Oba, Obaluayê, Ogum, Oxalá, Omulu, Oxossi, Oxum, Oxumaré, Xangô; ao espírito do caboclo e do preto velho; ao espírito do índio, sete flechas, pomba-gira; ao espírito de tranca-rua e a todos os outros! 19 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio, do todo o coração, a todo efeito de batismo,

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consagração ou cruzamento, relacionando minha pessoa ao espiritismo, a magia negra ou a outra falsa religião e sincretismo religioso! 20 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todos os remédios, passes espíritas, cirurgias e tratamentos feitos em centros espíritas; a todos os trabalhos e despachos, maldições ou pragas e maus-olhados que lançaram sobre mim ou minha família 21 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todos os objetos supersticiosos que trago comigo ou tenho em casa! 22 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a toda revista e filme pornográfico e a toda literatura, filmes e musicas contrários a sã doutrina da salvação! 23 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu renuncio a todo espírito do mundo e a todo modo de viver não cristão. 24 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu ordeno a todo espírito mau do qual tenha sido libertado, que vá aos pés de Jesus, para que Ele disponha dele! 25 Em nome de Jesus Cristo, pelo Sangue derramado na Cruz, pelas Suas cinco chagas, pela intercessão da Virgem Maria, a

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Imaculada, que esmagou a cabeça da serpente infernal, pela intercessão de São Miguel Arcanjo e todas as milicias celestes. eu proíbo a todo espírito mau que me tenha deixado, que torne a mim para me prejudicar! Obrigado, Jesus, porque Você me libertou! Jesus Cristo e meu único Dono e Senhor! Deus e meu Pai! Maria e minha Mãe!

12.3 Renovação das Promessas do Batismo Crês em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra? Creio. Crês que Jesus Cristo e o Filho do Pai e morreu para to salvar? - Creio. Crês que o Espírito Santo, amor do Pai e do Filho, habita em teu coração? - Creio. Crês que a Igreja Católica e a única e verdadeira? - Creio. Crês que és membro vivo desta Igreja? - Creio. Crês que és responsável por seu nome e pela expansão do seu reino? - Creio. Crês que devemos ajudar preferencialmente os mais pobres? Creio. Crês que a Bíblia e a Palavra viva do Deus Vivo? - Creio. Crês que a Palavra de Deus liberta, cura, alimenta e perdoa os pecados? - Creio. Crês que Deus, sendo amor infinito, não criou o inferno? Creio. Crês que cada um cria o seu inferno quando, livre e conscientemente, se afasta de Deus? - Creio. Crês que Jesus Cristo condena o amor livre, as relações prématrimoniais, o aborto, o meretrício e o divórcio? – Creio. Crês que todos os males – mortes, doenças, guerras – não provem de Deus, mas do abuso da nossa liberdade? – Creio. Crês que de todos os males, ate do pecado, quando arrependido e confessado, Deus tem poder de tirar um bem major? - Creio.

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Reza-se o Símbolo Niceno-Constantinopolitanoa Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra; de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus: e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim. Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas. Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo que há de vir. Amém.

Venha a nós o vosso Reino! [a] O Símbolo denominado Niceno-Constantinopolitano tem a sua grande autoridade pelo fato de ser resultado dos dois primeiros Concílios ecumênicos no ano de 325 e no ano de 381.

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13 A Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo Ó Deus, que para salvar a todos dispusestes que Vosso o Filho morresse na Cruz, a nós, que conhecemos na terra este mistério, dai-nos colher no Céu os frutos da redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

13.1 A Cruz A CRUZ é símbolo do cristão, “segundo a fé cristã, este mundo foi criado e conservado pelo Amor do Criador; este mundo na verdade foi reduzido à servidão do pecado, mas Cristo crucificado e Ressuscitado quebrou o poder do maligno e libertou o mundo” pela Cruz, (§421), logo a Cruz é a chave da Libertação do homem, chave esta que nos abre o Céu. “Porque é bendito o madeiro pelo qual se opera a justiça” (Sb 14,7); a Cruz é bendita por que por ela nós nos tornamos justos pela Morte e Ressurreição de Jesus o JUSTO. Ele tomou a Cruz Santa para também salvar todos os que pela Cruz tinham morrido antes e depois Dele.

13.2 Prefiguração da Cruz Quando o povo se afastou de Deus através de seus atos e murmurações. Deus deu a solução através de um símbolo que prefigurou a Cruz. “No caminho o povo perdeu a paciência, falou contra Deus e contra Moisés... Então Deus enviou serpentes abrasadoras cuja mordedura fez perecer muita gente de Israel. Veio o povo dizer a Moisés ‘Pecamos ao falarmos contra Javé (Deus) e contra ti. Intercede junto de Javé para que afaste de nós estas serpentes’. Moisés intercedeu pelo povo e Javé respondeu-lhe: ‘Faze uma serpente abrasadora e coloca-a em uma haste. Todo aquele que for mordido e a contemplar viverá’. Moisés portanto, fez uma serpente de bronze e colocou em uma haste; se

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alguém era mordido por uma serpente, contemplava a serpente de bronze e vivia.” (Nm 21, 4-9) Jesus no Evangelho nos diz que “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem, afim de que todo aquele que crer tenha a vida eterna.” (Jo 3, 14) Para ser salvo, será preciso “olhar” o Cristo “elevado” na Cruz, como foi profetizado por Zacarias “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre todo habitante de Jerusalém um espírito de graça e de súplica, e eles olharão para mim. Quanto àquele que eles traspassaram, eles o lamentarão como se fosse a lamentação de um filho único; eles o chorarão como se chora sobre o primogênito” (Zc 12 // Jo 9, 37).

13.3 A Glória da Cruz Jesus, fazendo referência à Cruz em que seria glorificado e que seria utilizada por Ele para congregar a todos, diz no Evangelho. “Havia alguns gregos entre os que tinham subido para adorar, durante a festa. Estes aproximaram-se de Felipe, que era de Betsaida da Galileia e lhe pediram: 'Senhor queremos ver Jesus!’ Felipe vem a André e lho diz; André e Felipe o dizem a Jesus. Jesus lhes responde: ‘É chegada a hora em que será glorificado o Filho do Homem. Em verdade, em verdade, vos digo: ... Se alguém quer servir-me, siga-me; e onde estou Eu, ai também estarão os meus servos. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. Minha alma está agora conturbada. Que direi? Pai, salva-me desta hora? Mas foi precisamente para esta hora que Eu vim. Pai, glorifica o Teu Nome’. Veio, então, uma voz do Céu: ‘Eu o glorifico e o glorificarei novamente!’ A multidão, que estava e ouvira, dizia ter sido um trovão. Outro diziam: ‘um anjo falou-lhe’, Jesus respondeu: ‘Essa Voz não ressoou para mim, mas para vós. É agora o julgamento desse mundo, agora o príncipe deste mundo será lançado fora; e, quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a mim’. Assim falava, indicando de que morte deveria morrer.” (Jo 12, 20-24a. 26-33).

13.4 Poder de Deus A Sabedoria de Deus, Destrói a sabedoria dos homens, o que é

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loucura para os homens, é Sabedoria de Deus, é Poder de Deus. São Paulo nos fala deste Poder de Deus que é a Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Pois não foi para batizar que Cristo me enviou, mas para anunciar o Evangelho, sem recorrer à sabedoria da linguagem, a fim de que não seja inútil a Cruz de Cristo. Com efeito a linguagem da Cruz é loucura para aqueles que se perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós é Poder de Deus. Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e rejeitareis a inteligência dos inteligentes. Onde está o culto? Onde está o argumentador deste século? Com efeito, visto que o mundo por meio da sabedoria não reconheceu a Deus, na sabedoria de Deus, aprouve a Deus pela loucura da pregação salvar aqueles que crêem. Os judeus pedem sinais e os gregos andam em busca de sabedoria; nós porém anunciamos Cristo crucificado, que para os judeus é escândalo, para os gentios é loucura, mas para aqueles que são chamados, tanto judeus como gregos, é Cristo, Poder de Deus e Sabedoria de Deus. Pois o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”. (1Cor 1,17-25) “Pois não quis saber outra coisa entre vós a não ser Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado” (1Cor 2, 2) Para que a morte de Jesus não seja em vão, temos que nos conscientizar do valor da Santa Cruz. “De fato, pela Lei eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus fui crucificado junto com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, eu vivo pela fé no Filho de Deus que mim amou e se entregou a Si mesmo por mim. Não invalido a graça de Deus; porque, se é pela Lei que vem a justiça, então Cristo morreu em vão.” (Gl 2, 19-21).

13.5 A Cruz é a Plenitude da Justiça Pois toda a justiça chega a plenitude na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. E como São Paulo escreve, ainda hoje ressoa esta pergunta:

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“Ó [...] insensatos, quem vos fascinou, a vós ante cujo olhos foi desenhado a imagem de Jesus Cristo crucificado?” (Gl 3, 1) e São Paulo ainda afirma: “Pois os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com suas paixões e seus desejos.” (Gl 5, 24) e continua: “Vede com que letras grandes eu vos escrevo, de próprio punho. Os que querem fazer boa figura na carne ... só para não sofrerem perseguição por causa da Cruz de Cristo”. (Gl 6, 12)

13.6 Gloriar-se só na Cruz de Cristo “Quanto a mim, não aconteça gloriar-me senão na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo”. (Gl 6,14)

13.7 A Cruz opera a Redenção A obra histórica de nossa redenção foi concretizada pelo sangue na Cruz. “E é pelo Sangue Deste (Jesus Cristo) que temos a redenção, a remissão dos pecados, segundo a riqueza de Sua Graça.” (Ef 1,7) São Paulo nos recorda: “Lembrai-vos de que naquele tempo estáveis sem Cristo, excluídos da cidadania em Israel e estranhos às alianças da Promessa, sem esperança e sem Deus no mundo! Mas agora, em Cristo Jesus, vós que outrora estáveis longe, foste trazidos para perto, pelo Sangue de Cristo”. (Ef 2, 12-13).

13.8 A Cruz, elo de Paz com Deus Foi a Cruz de Jesus Cristo que operou essa aproximação: primeiro dos gentios e dos judeus e, depois, de todos com o Pai. “Ele é nossa Paz: de ambos os povos fez um só, tendo derrubado o muro de separação e suprimindo em sua carne a inimizade – a Lei dos mandamentos expressa em preceitos – a fim de criar em Si mesmo um só Homem Novo, estabelecendo a Paz, e de reconciliar a ambos com Deus em um só Corpo, por meio da Cruz, na qual matou a inimizade.” (Ef 2, 14-17)

13.9 Na Cruz nasce o Novo Adão Esse “Homem Novo”, o protótipo da nova humanidade que Deus recriou na pessoa de Jesus Cristo Ressuscitado, como

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num “segundo Adão, depois de Nele ter aniquilado, sobre a Cruz, a raça do primeiro Adão, corrompida pelo pecado, de sua desobediência e orgulho. Ele, Jesus Cristo, “Humilho-se e foi obediente até a morte e morte de Cruz!” (Fl 2, 8).

13.10 A Cruz a Árvore da Vida Como por uma árvore veio a morte: Deus afirma a Adão “...Comeste, então, da árvore que te proibi de comer!” (Gn 3, 11b) e Deus sentencia Adão “ [...] ‘que agora ele (o homem) não estenda a mão e colha também da árvore da vida, e coma e viva para sempre!’ E Javé Deus o expulsou do Jardim do Éden ...” (Gn 3, 22c – 23a) Também por uma árvore vem a vida como cantamos no Hino na sexta-feira Santa “Cruz fiel, árvore nobre, que flor e fruto nos dais! Árvore alguma se cobre das mesmas pompas reais, lenho que o sangue recobre, ao Homem Deus sustentais!” [...] “O Criador, apiedado da maldição que ocorreu quando, do lenho vetado, Adão o fruto mordeu, para curar o pecado um outro lenho escolheu ...”a e no hino da Vigília Pascal “... Foi Ele quem pagou do outro a culpa, quando por nós à morte se entregou: para apagar o antigo documento na Cruz todo o seu sangue derramou. ...”b

13.11 Jesus é este fruto da árvore da Vida a Cruz Esse Homem criado “na Justiça e santidade da Verdade” Ele é “Único”, pois Nele desaparece todas as divisões entre os homens. Esse Corpo Único é primeiro o Corpo individual e físico de Jesus Cristo, sacrificado sobre a Cruz, mas é também o seu Corpo “místico” no qual se reúne todos os membros enfim reconciliados que é a Igreja. Jesus é a cabeça deste Corpo Místico como fala São Paulo em Colossenses, “Ele é a cabeça da Igreja que é seu Corpo, Ele é o Princípio, o Primogênito dos mortos, tendo em tudo a primazia, pois Nele aprove a Deus fazer habitar toda plenitude e reconciliar por Ele e para Ele todos os seres, os da terra e os dos céus, realizando a paz pelo [a] Missal Dominical pág. 317 [b] Missal Dominical pág. 324

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sangue da sua cruz.” (Cl 1, 18-20). Com isso Deus Pai nos deu a redenção. “Ele nos arrancou do poder das trevas e nos transportou para o reino de seu Filho amado no qual temos redenção – a remissão dos pecados.” (Cl 1, 13-14). “Ele nos perdoou todas as nossas faltas: apagou, em detrimento das ordens legais, a dívida que existia contra nós; e o suprimiu, pregando-o na cruz, na qual Ele despojou os Principados e as Autoridades, expondo-os em espetáculo em face do mundo, levando-os em cortejo triunfal”. (Cl 2, 13b-15).

13.12 O sinal da Cruz Nós católicos temos o costume muito antigo de persignar-nos, pois é uma ordem do próprio Deus que no Profeta Ezequiel nos fala: “A glória de Deus de Israel se ergueu de sobre o Querubim sobre o qual se encontrava, veio para o linear do Templo e chamou o homem vestido de linho, que trazia na cintura o estojo de escrita, e Javé lhe disse: ‘Percorre a cidade, a saber, Jerusalém, e assinala com uma cruz (ou Tau τ essa letra tinha exatamente a forma de Cruz) a testa dos homens que estão gemendo e chorando por causa de todas as abominações que se fazem no meio dela.’” (Ez 9, 4).

13.13 Temos outros textos que são ordens de Deus: 1º – Para o povo no Egito “Tomarão do seu sangue (do Cordeiro) e pô-lo-ão sobre os dos marcos e a travessa da porta, nas casas em que comerem ... O sangue, porém, será para vós um sinal nas casas em que estiverdes: quando Eu vir o sangue, passarei adiante e não haverá entre vós o flagelo destruidor, quando Eu ferir a terra do Egito.” (Ex 12, 7-13). 2º – Para os Anjos do Livro do Apocalipse, “Vi também outro Anjo que subia do Oriente com o selo de Deus Vivo (τ). Esse gritou em alta voz aos quatro Anjos ... ‘Não danifiqueis a terra, o mar e as árvores, até que tenhamos marcados a fronte dos servos de Nosso Deus’” (Ap 7, 2-3 ).

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13.14 Este é o símbolo de nossa vitória, a Cruz é nossa esperança. “A esperança, com efeito, é para nós qual âncora da alma, segura e firme, penetrando para além do véu, onde Jesus entrou por nós, como precursor, feito Sumo Sacerdote para a eternidade, segundo a ordem de Melquisedec.” (Hb 6, 19-20). A âncora símbolo clássico da estabilidade, tornarse-á na iconografia cristã, durante o século II, a imagem privilegiada da esperança.

13.15 Conclusão sobre a Santa Cruz Concluímos que a Cruz do Nosso Senhor Jesus Cristo é o nosso Sinal de Vitória contra a Morte e o Pecado, logo devemos fazer uso constante deste símbolo de nossa Redenção, contra as forças do inimigo de Deus.a Is 53,1Quem acreditou no nosso anúncio? A quem foi revelado o braço do Senhor? 2O servo cresceu diante do Senhor como um rebento, como raiz em terra árida, sem figura nem beleza. Vimo-lo sem aspecto atraente, 3desprezado e abandonado pelos homens, como alguém cheio de dores, habituado ao sofrimento, diante do qual se tapa o rosto, menosprezado e desconsiderado. 4Na verdade, ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos [a] Ao fiel que usar piedosamente a Cruz, Crucifixo ou Medalha, benta por Sacerdote ou Diácono, é concedida Indulgência parcial, conforme o n.º 35, p 58, do Manual das Indulgências. Ed. Paulinas, 1990.

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como um leproso, ferido por Deus e humilhado. 5Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniquidades. O castigo que nos salva caiu sobre ele, fomos curados pelas suas chagas. 6Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas perdidas, cada um seguindo o seu caminho. Mas o Senhor carregou sobre ele todos os nossos crimes. 7Foi maltratado, mas humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro que é levado ao matadouro, ou como uma ovelha emudecida nas mãos do tosquiador. 8Sem defesa, nem justiça, levaram-no à força. Quem é que se preocupou com o seu destino? Foi suprimido da terra dos vivos, mas por causa dos pecados do meu povo é que foi ferido. 9Foi-lhe dada sepultura entre os ímpios, e uma tumba entre os malfeitores, embora não tenha cometido crime algum, nem praticado qualquer fraude. 10 Mas aprouve ao Senhor esmagá-lo com sofrimento, para que a sua vida fosse um sacrifício de reparação. Terá uma posteridade duradoura e viverá longos dias, e o desígnio do Senhor realizarse-á por meio dele. 11Por causa dos trabalhos da sua vida verá a luz. O meu servo ficará satisfeito com a experiência que teve. Ele, o justo, justificará a muitos, porque carregou com o crime deles. 12Por isso, ser-lhe-á dada uma multidão como herança, háde receber muita gente como despojos, porque ele próprio entregou a sua vida à morte, e foi contado entre os pecadores, tomando sobre si os pecados de muitos, e sofreu pelos culpados. 1Pd 2,22Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se encontrou engano; 23ao ser insultado, não respondia com insultos; ao ser maltratado, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga com justiça; 24subindo ao madeiro, Ele levou os nossos pecados no seu corpo, para que, mortos para o pecado, vivamos para a justiça: pelas suas chagas fostes curados. 25Na verdade, éreis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes ao Pastor e Guarda das vossas almas.

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14 Velas, Lâmpadas, Candelabro 14.1 Definições Vela: 1ato de velar, de permanecer em vigília; velada, vigília; 2a pessoa que vela ou vigia; sentinela; 3peça de cera ou outra substância gordurosa, de forma geralmente cilíndrica, tendo no centro um pavio, cuja chama serve para alumiar. Lâmpada: recipiente com líquido combustível (azeite, gasolina, petróleo, querosene etc.) e um pavio por onde é alimentada a chama que serve para ilumina. Etimologia: [do latim] lampàda,ae, 'tocha, fogo para iluminação, luz, clarão', [do grego] lampás, lampádos 'tocha, archote'; [do hebraico] (‫לפיד‬H lapid) = lâmpada, tocha, chama). Lâmpada perpétuaa: Uma luz perpétua é mantida nas sinagogas em uma lâmpada que consiste geralmente de um recipiente de vidro contendo um pavio queima de óleo de azeitona, ou petróleo, a queima é realizada em um recipiente metálico ornamentais suspenso a partir do teto na frente da “Santa Arca”, ou “Aron ha-Ḳodesh”, tal como o castiçal (“menorah”), no Tabernáculo e o Templo teve seu lugar antes da Arca da Aliança (ver The Jewish Encyclopedia p. 109, ilustrações). A instituição da luz perpétua no Templo (Ex. 27,20; Lv 24,2) à Sinagoga como o “pequeno Templo” (miḳdash me'aṭ). A luz perpétua no templob, que é mencionado por escritores clássicos (pseudo-Hecatæus, em Josefoc, Contra Ápion I. 22; Diodoro da Sicília, 34, 1), é normalmente a que se refere o Talmud como a [a] Artigo da Por: Cyrus Adler; I. M. Casanowicz, na Enciclopédia “The Jewish Encyclopedia p. 599”) online no endereço: <> [b] Megillah (Talmud) No Mishnah: Megillah é também o nome do décimo Tratato da Mishnah na Ordem Moed. Lida com as leis de Purim e oferece exegetical entendimentos para o Livro de Esther. Também inclui disposições legislativas relativas à leitura pública da Torá e de outras práticas comuns na sinagoga.

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“luz ocidental” (“Ner-ha ma'arabi”), sendo a luz sobre o eixo central do castiçal. A tradição geral é que esta luz nunca foi autorizado a ir para fora, enquanto os outros seis lâmpadas queimadas apenas durante a noite (Tamid 6,1; Menaḥot (Talmud) 86b, 98b; compare “(Yad) ha-Ḥazaḳah” Bet ha-Beḥirah, 3,1-11, E Temidin, 3,10.18), de acordo com Josefo, “Ant.” 3,8, § 3, três luzes queimadas de dia e de noite no templo, e, novamente, Tamid 3,9 implicaria uma tradição de duas luzes queima perpetuamente. O acendimento da lâmpada perpétua e à colocação dos pergaminhos da Lei na arca são as principais cerimônias na dedicação de uma sinagoga. (ver imagem) Perpétuo lâmpada. (A partir da sinagoga em Ramsgate, Inglaterra.) Os Rabinos interpretar a luz perpétua como o símbolo da presença de Deus em Israel (Shabbat (Talmud) 22b); ou como representando a luz espiritual que passou diante do santuário (Ex R. 36,1), ou como o símbolo da Lei de Deus, que Israel é o de manter viva no mundo (Ex. R. 36,2; Lv R. 31,4). Segundo a concepção bíblica, a luz é uma figura de felicidade e da prosperidade, até mesmo da própria vida (1Rs 11,36; Sl 18,29 [BKJAV 28]; Pr 20,27; 24,20; Jó 18,6).a Candelabro: 1 espécie de grande castiçal com várias ramificações providas de focos luminosos nas extremidades. (Hebraico, HMenorah ‫ )מנורה‬Mencionado como um objeto em 2Rs 6,10. O castiçal no templo, no entanto, é frequentemente referida, embora não haja informações confiáveis de outros tempos definitivo relativo à sua utilização ou da sua forma. [c] Flávio Josefo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fl%C3%A1vio_Josefo e http://www.airtonjo.com/flavio_jose fo.htm [a] Bibliografia: Iken, Tractatus Talmudis de Cultu Quotidiano Templi, 1736, pp. 73-76, 107 et seq.; Kruger, in Theologische Quartalschrift, 1851, pp. 248 et seq.

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14.1.1 Candelabro no tempo Pré-Exílio: No templo de Shiloh um “ner” (luz) é mencionado, mas não uma “menorah” (castiçal), de acordo com a 1Sm 52,3, a luz parece ser queimada apenas à noite. Em 1Rs 7,49 dez candelabros de ouro são referidas, que era de cinco para a direita e cinco à esquerda do “debir” (oráculo), e em Jr 3,19 menorah também são encontrados, apesar de não estar na passagem paralelo, 2Rs 25,14. Até os críticos modernos, porém, tanto 1Rs 7, 48-50 e Jr 52,19, foram detidos a ser interpolações. Pode ser meramente acidental que não temos mais fortes referências ao uso de castiçais no Templo de Salomão, para dez o é número, sem dúvida, baseadas em antigas tradições, e se não teve Salomão candelabros de ouro, ele provavelmente eles tinham de bronze, expressos a ele pela Huram (compare Stade's “Zeitschrift”, 3,173ss).

14.1.2 Dois castiçais do Segundo Templo, e do Tabernáculo: Os castiçais com sete ramificações no tabernáculo, descrito em Ex 25,31ss e Ex 37,17ss, É atribuído pelos críticos para o tempo pósexílio, para a descrição do que é o castiçal do Segundo Templo. Foi feito de ouro puro, e chamou, por isso, “menorah ṭehorah” (Ex 31,8, Ex 39,37; Lv 24,4). A partir de um pedestal (“yarek”), o que não é descrito, subia da base, e deste ponto de espalhar os ramos (“ḳaneh”), curva ascendente a partir do tronco em três pontos em uma linha vertical; do tronco, surgia quatro ramos, e em cada um dos três ramos, cálices em forma flores de amêndoa, ou seja, as lâmpadas com abertura gomos. Sobre os ramos foram sete luzes (“nerot”), que foram removidos todos os dias para a limpeza e recarga, e, consequentemente, eram chamados de “nerot hama'arakah” (Ex 39,37). Como as luzes aparentemente tinha refletores a partir do qual o pavio, direcionando assim a luz principalmente para um lado, as luzes tinham de ser transformado em um modo que permita fazer borbota para o norte, para o castiçal foi fixado ao longo do sul em frente ao muro, a fim de estar à esquerda de qualquer um que entrem no santuário.

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14.1.3 Simbolismo do Candelabro Conhecido antigas representações do Candelabro de ouro. o castiçal corresponde, no seu conjunto, a um descrito no Zc 4, 1ss, Exceto que o último tem sete ramos, enquanto que a referida na Ex 25,31ss, tem apenas seis ramos, a sétima a ser fixada em função do centro. Ambos, no entanto, representam uma árvore com seis ou sete ramos, respectivamente, como é evidente, o fato do castiçal em Ex 25, 31ss, é ornamentado com flores de amêndoa. A suposição de que este castiçal de sete ramificações tem um significado simbólico é confirmado por Zc 4,1ss. As sete luzes pode representar os sete planetas, os quais são considerados os olhos de Deus. A luz no centro, que é especialmente distinguidos, marcaria o sol, como o chefe dos planetas. É possível que este também foi combinado com o místico concepção de uma árvore celeste, com folhas chegar ao céu, e fruto a exemplo dos planetas. Como a conexão com uma árvore amendoeira surgiu não é conhecido, mas pode ter sido através da ideia de estrelas representam as amêndoas. Esse simbolismo foi provavelmente devido à influência estrangeira, para a religião na Babilônia os sete planetas são as sete principais deuses (compare Gunkel, “Schöpfung und Chaos”, pp. 124ss). O templo de Zerubbabel continha apenas um castiçal, como Eclo (Sirach) 26,17(22) afirma expressamente; Antíoco Epifanes tinha quebrado e retirá-lo (1Mc 1,22), ao passo que Judas Maccabæus restaurado (1Mc 4,49ss). Pompeu viu o castiçal no santuário (Josefo, “Ant.” 14,4 § 4), e que também era o santuário do templo de Herodes (“BJ” 5,5 § 5 a). Ilustrações das sete ramificações do castiçal são encontrados no arco triunfal de Tito e judaica em moedas (ver Madden, “judeu cunhagem”, p. 231). Compare Tito, de Arch. Foi proibido de fazer cópias de castiçal de ouro para fins ritual, e para outros usos, apenas cinco, de seis, ou oito ramificações, em vez de sete, castiçais poderia ser feita. É duvidoso que esta restrição tinha nada a ver com o fato de Onias pendurados até um lustre de ouro no templo de Leontopolis (compare Josefo, “BJ” 7,10, § 3). [a] BJ A Guerra dos judeus, daqui para frente apenas BJ junto com Josefo.

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O simbolismo da árvore de amêndoa, é provavelmente explicado por Jr 1,11. As tradições do Rabinos pode ser encontrado em Menaḥot (Talmud) 28B e Maimonides, “Yad,” Bet ha-Beḥirah, 3,15. De acordo com essa autoridade o pedestal assentava em três pés; outros metais poderia ser utilizado além do que o ouro, e apenas quando o ouro era usado era exigido insistino no peso (“kikkar”). Caso contrário, o castiçal poderia até mesmo ser oco, mas sob nenhuma circunstância que foi permitida a utilização para o seu fabrico quebrado recados de metal. Josefo diz que três das luzes foram mantidos queima durante o dia, à noite, enquanto toda a sete foram iluminados, mas sua declaração conflitos com a explicação da tardia dos comentadores Rabínicos, que sustentam que a lâmpada era iluminada apenas durante a noite (Ibn Ezra e Rashi a Ex I,c). A proibição se aplica a todas as imitações do templo ou tabernáculo utensílios (Menaḥot (Talmud) 28B). De interesse como influir sobre a distinção entre “ner” e “menorah” pode ser Midrashic a história de uma mulher casada com um homem de posição social mais baixa, comparada a uma “castiçal ouro” com uma lâmpada no topo terra” (Gn R. 20). Compare Menorah, Ḥanukkah.a

14.2 Luz sinal de Bondade e Esplendor de Deus Gn 1,3Deus disse: “Faça-se a luzb.” E a luz foi feita. 4Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5Deus chamou dia à luz, e às trevas, noite. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia. Ex 10, 21O Iahweh disse a Moisés: “Estende a tua mão para os céus, e que haja trevas sobre a terra do Egito, trevas onde se ande às apalpadelas!” 22Moisés estendeu a sua mão para os céus, e houve trevas densas em toda a terra do Egito durante três dias. 23Um homem não via o seu irmão, e ninguém se

[a] Reland, De Spoliis Templi Hierosolymitani em Arcu Titiano, 1775, pp. 82 et seq.E. G. H. W. N. [b] Antes de criar os astros luminosos, Deus criou a luz. Na Bíblia, a luz está associada a tudo o que é positivo, divino; ela é um resplendor do próprio Deus. Por isso, é a primeira criatura.

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levantou do seu lugar durante três dias; mas para todos os filhos de Israel havia luz onde residiam. Jó 29,3Quando a sua luz brilhava sobre a minha cabeça, e o seu resplendor me guiava nas trevas! 4Tal como era nos dias da minha mocidade, quando Deus protegia a minha tenda! Is 45, 1Eis o que diz o Iahweh [...] 7Formo a luz e crio as trevasa, dou a felicidade e mando a infelicidade. Eu sou o Iahweh, que faço todas estas coisas. Is 60,1Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória de Iahweh amanhece sobre ti! 2Olha: as trevas cobrem a terra, e a escuridão, os povos, mas sobre ti amanhecerá o Iahweh. A sua glória vai aparecer sobre ti. 3As nações caminharão à tua luz, e os reis ao esplendor da tua aurora. [...] 19Já não será o Sol que te iluminará durante o dia, nem a Lua, durante a noite. O Iahweh será a tua luz eterna, o teu Deus será o teu esplendor. Jo 1,19O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Jo 8,12Jesus falou-lhes novamente: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.”b 2Cor 4,6Porque o Deus que disse: das trevas brilhe a luz, foi quem brilhou nos nossos corações, para irradiar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo. Ap 22,5Não mais haverá noite, nem terão necessidade da luz da lâmpada, nem da luz do Sol, porque o Senhor Deus irradiará sobre eles a sua luz e serão reis pelos séculos dos séculos.

14.2.1 A vela (lâmpada, luz) é símbolo da presença Divina 2Sm 22,29Tu és a minha lâmpada, Iahweh; o Iahweh ilumina as minhas trevas.

[a] Luz-trevas; felicidade-infelicidade. Estes opostos não se devem entender em sentido de criação dualista, mas como uma expressão de totalidade. Segundo a mentalidade semita, nada pode escapar ao poder de Deus. [b] A luz verdadeira. O adjetivo sugere que Ele é a única luz para a humanidade.

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Ex 22,20“Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam para o candelabro azeite puro de azeitonas pisadas, a fim de manter as lâmpadas sempre acesas. 21Na tenda de reunião, da parte de fora do véu que encobre o testemunho, Aarão e os seus filhos colocarão este óleo para arder, desde a tarde até de manhã, na presença de Iahweh. E é esta uma lei perpétua a observar pelos filhos de Israel e pelas suas gerações futuras.” 1Sm 3,3A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel repousava no templo de Iahweh, onde se encontrava a Arca de Deus. Zc 4,1O anjo que falava comigo voltou a despertar-me como a um homem que é tirado do seu sono. 2E disse-me: “Que vês tu?” Eu respondi: “Vejo um candelabro de ouro. No alto tem um reservatório, e sete lâmpadas em cima com sete bicos para as lâmpadas. 3Junto dele há duas oliveiras, uma à sua direita e outra à sua esquerda.” 4Então eu perguntei ao anjo que falava comigo: “Que significam estas coisas, meu Senhor?” 5O anjo que me falava respondeu: “Não sabes o que significam estas coisas?” E eu respondi: “Não, meu Senhor.” 6aEntão ele respondeu-me nestes termos: 7b“Estas sete lâmpadas são os olhos de Iahweh que percorrem toda a Terra.” 8Perguntei-lhe ainda: “Que significam estas duas oliveiras, à direita e à esquerda do candelabro?” 9E perguntei de novo: “Que significam estes dois ramos de oliveira que deixam correr o azeite por dois tubos de ouro?” Ele respondeu-me: “Não sabes o que significam estas coisas?” Eu disse: “Não, meu Senhor.” 10Ele disse: “São os dois ungidos que assistem o Senhor de toda a terra.”

14.2.2 A vela (luz, lâmpada) simboliza o bem e a vida Jó 18,5Sim, a luz do perverso apagar-se-á e a chama do seu fogo deixará de alumiar. 6Apagar-se-á a luz na sua tenda, e extinguir-se-á a sua lâmpada.

14.3 Lâmpada Lv 24,2Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite puro, de azeitonas trituradas, para o candelabro, a fim de que a lâmpada esteja permanentemente acesa.

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1Sm 3,3A lâmpada de Deus ainda não se tinha apagado e Samuel repousava no templo de Iahweh, onde se encontrava a Arca de Deus. 2Sm 21,17Mas Abisai, filho de Seruia, foi em socorro de Davi, feriu o filisteu e matou-o. Então, os homens de Davi fizeram este juramento: “Não virás mais combater conosco, para que não se apague a lâmpadaa de Israel.” 2Sm 22,29Tu és a minha lâmpada, Iahweh; o Iahweh ilumina as minhas trevas. 1Rs 11,36Darei a seu filho uma tribo, a fim de que o meu servo Davi tenha sempre uma lâmpadab diante de mim na cidade de Jerusalém que escolhi para mim, a fim de lá estabelecer o meu nome. 1Rs 15,4Foi por causa de seu pai Davi que o Iahweh Deus lhe concedeu uma lâmpadak em Jerusalém, suscitando-lhe um filho para conservar Jerusalém. 2Rs 4,10Preparemos-lhe um pequeno quarto sobre o terraço, com uma cama, uma mesa, uma cadeira e uma lâmpada c, para que ele ali se possa recolher, quando vier a nossa casa. 2Rs 8,19Apesar disso, o Iahweh não quis destruir a casa de Judá, por causa de Davi, seu servo, a quem prometera conservar sempre uma lâmpada na sua descendência. 1Cr 28,15os candelabros de ouro e suas lâmpadas, com a indicação do peso de cada candeeiro e de cada lâmpada; do mesmo modo para os candelabros e lâmpadas de prata, com a indicação do peso de cada candeeiro; Tb 8,13Mandaram a serva diante deles, acenderam a lâmpadal e abriram a porta. Ela entrou e viu que ambos dormiam juntos um sono profundo. Jó 18,6Apagar-se-á a luz na sua tenda, e extinguir-se-á a sua lâmpadad. [a] [b] [c] [d]

Davi como lâmpada de Javé. Descendência de Davi como lâmpada Ponto de luz Vida

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Jó 21,17Quantas vezes se apaga a lâmpadaa dos ímpios e cai sobre eles a desgraça? Que sofrimentos lhes infligiu a ira de Deus? Sl 18(17),29 Iahweh, Tu manténs acesa a minha lâmpada b; Tu, ó meu Deus, iluminas as minhas trevas. Pr 6,23Na verdade, o preceito é uma lâmpadac, o ensinamento é uma luz e a correção é o caminho da vida. Pr 13,9A luz do justo brilha alegremente; mas a lâmpada dos ímpios extinguir-se-á. Pr 20,20Àquele que amaldiçoa o seu pai ou a sua mãe apagarse-á a sua lâmpada no meio das trevas. Pr 20,27O espírito do homem é lâmpadad de Iahweh, que penetra todos os recônditos do ser. Pr 21,4Olhares altivos, coração soberbo: a lâmpadae dos ímpios é o pecado. Pr 24,20Porque para os maus não há futuro e a lâmpada dos ímpios se apagará. Pr 31,18Ela sente que o seu negócio prospera, a sua lâmpada não se apaga durante a noite. Eclo 26,17(22)Lâmpada que brilha no candelabro sagradof, assim é a beleza do rosto num corpo bem feito. Jr 25,10Farei cessar, entre eles, os seus gritos de alegria e de júbilo, a voz do noivo e a voz da noiva, amortecerei o ruído da mó e a luz da lâmpada. Mt 6,22A lâmpada do corpo são os olhos; se os teus olhos estiverem sãos, todo o teu corpo andará iluminado. Jo 5,35João era uma lâmpada ardente e luminosa, e vós, por um instante, quisestes alegrar-vos com a sua luz. [a] A graça e a benção [b] Alma, vida e inteligência [c] Sabedoria, ensinamento e luz [d] O “espírito”, princípio de vida que Deus insufla no homem depois de ter formado seu corpo (cf. Gn 2,7). [e] Lit.: “a lâmpada (H ‫ ניר‬ner) dos ímpios é pecado” [f] Provável alusão ao candelabro de sete braços 1Mc 3,49-50

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2Pd 1,19E temos assim mais confirmada a palavra dos profetas, à qual fazeis bem em prestar atenção como a uma lâmpada que brilha num lugar escuro, até que o dia desponte e a estrela da manhã nasça nos vossos corações. Ap 18,23A luz da lâmpada nunca mais brilhará dentro de ti. E as vozes do noivo e da noiva nunca mais se ouvirão dentro de ti. Porque os teus comerciantes eram os magnates da terra e com os teus feitiços ludibriaste todas as nações. Ap 21,23E a cidade tão-pouco necessita de Sol nem de Lua para a iluminar; pois a glória de Deus a ilumina e a sua lâmpada é o Cordeiro. Ap 22,5Não mais haverá noite, nem terão necessidade da luz da lâmpada, nem da luz do Sol, porque o Senhor Deus irradiará sobre eles a sua luz e serão reis pelos séculos dos séculos.

14.4 Luz – todas as figuras e imagens da luz Gn 1,3Deus disse: “Faça-se a luz.” E a luz foi feita. 4Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas. 5Deus chamou dia à luz, e às trevas, noite. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o primeiro dia. Gn 1,18para presidirem ao dia e à noite, e para separarem a luz das trevas. E Deus viu que isto era bom. Esd 9,8Entretanto, o Iahweh, nosso Deus, testemunhou-nos a sua misericórdia, deixando subsistir um resto do nosso povo e concedeu-nos refúgio no seu lugar santo. O nosso Deus quis, assim, fazer brilhar aos nossos olhos a sua luz e dar-nos um pouco de vida no meio da nossa servidão. Tb 3,17Por isso, foi enviado Rafael para os curar: tirar as escamas brancas dos olhos de Tobite, a fim de que com os seus próprios olhos pudesse ver a luz de Deus; e dar Sara, filha de Raguel, como esposa a Tobias, filho de Tobite, expulsando dela Asmodeu, o demônio maligno, pois a Tobias, de preferência aos demais pretendentes, competia tomá-la para si. No mesmo instante, Tobite voltou para sua casa e Sara, filha de Raguel, desceu do quarto.

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Tb 5,10Saiu, então, Tobias e chamou o anjo, dizendo: “Jovem, o meu pai chama-te.” Quando Rafael entrou, Tobite saudou-o em primeiro lugar. O anjo respondeu-lhe: “A alegria esteja sempre contigo!” Replicou Tobite: “Que alegria poderá ainda haver para mim? Sou um homem que não pode fazer uso dos olhos, não vejo a luz do céu. Pelo contrário, moro nas trevas como os mortos, que não distinguem a luz. Em plena vida, encontro-me entre os mortos; ouço a voz dos homens, mas não os vejo.” Disse-lhe o anjo: “Coragem! Deus não tardará em te curar; tem coragem!” Disse então Tobite: “Meu filho Tobias quer viajar para a Média; poderás partir com ele e guiá-lo? Pagar-te-ei o teu salário, irmão.” Respondeu o anjo: “Eu posso acompanhá-lo. Conheço todos os caminhos; já fui muitas vezes à Média e percorri todas as suas planícies e montanhas; conheço bem todos os seus caminhos.” Est 1,10A luz e o sol brilharam e os que estavam na humilhação foram exaltados e devoraram os grandes. Est 12,16Houve para os judeus felicidade, alegria, luz e cantos de triunfo. Jó 18 5Sim, a luz do perverso apagar-se-á e a chama do seu fogo deixará de alumiar. 6Apagar-se-á a luz na sua tenda, e extinguir-se-á a sua lâmpada. Sl 4,7Muitos dizem: “Quem nos dará a felicidade?” Resplandeça sobre nós, Iahweh, a luz da tua face! Sl 27(26),1De Davi. O Iahweh é minha luz e salvação: de quem terei medo? O Iahweh é o baluarte da minha vida: quem me assustará? Sl 31(30),17Brilhe sobre o teu servo a luz da tua face; salva-me pela tua misericórdia. Sl 36(37),10Em ti está a fonte da vidaa e é na tua luz que vemos a luz.

[a] A “vida” implica a prosperidade, a paz e a felicidade (cf. Sl 133(134), 3). a expressão “fonte de vida” designa nos Provérbios a sabedoria (Pr 13, 14; 16,22; 18,4) e o temor de Deus (14,27), a passagem é aplicada a Cristo, vida e luz dos homens (cf. Jo, passim)

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Sl 37(38),6Fará brilhar, como luz, a tua justiça, e, como sol do meio-dia, os teus direitos. Sl 38(39),11O meu coração palpita, faltam-me as forças, e até já me falta a luz dos olhos. Sl 43(42),3Envia a tua luz e a tua verdade, para que elas me guiem e conduzam à tua montanha santa, à tua morada. Sl 44(43),4Não foi com a espada que conquistaram a terra, não foi o seu braço que lhes trouxe a vitória; mas foi a tua direita, a força do teu braço, foi a luz da tua presença, porque lhes tinhas amor. Pr 13,9A luz do justo brilha alegremente; mas a lâmpada dos ímpios extinguir-se-á. Sb 7,24A sabedoria é mais ágil que todo o movimento e por sua pureza tudo atravessa e penetra. 25Ela é um sopro do poder de Deus, uma irradiação pura da glória do Onipotente, pelo que nada de impuro entra nela. 26Ela é um reflexo da luz eterna, um espelho imaculado da atividade de Deus e uma imagem da sua bondade. Sb 17,20Pois o mundo inteiro estava iluminado por uma luz esplendorosa e cada um prosseguia, sem obstáculos, os seus trabalhos. 18,1Para os teus santos, pelo contrário, havia uma luz brilhantíssima. Os outros, que ouviam a sua voz mas não viam a sua figura, felicitavam-nos por não terem sofrido como eles, 2 agradeciam-lhes por não se terem vingado dos maus tratos recebidos e pediam-lhes perdão pela sua hostilidade. 3Ora, em lugar de trevas, deste aos teus uma coluna de fogo para os guiar por um caminho desconhecido, como sol inofensivo, na sua gloriosa peregrinação. 4Mas os outros bem mereciam ser privados de luz e encerrados em trevas, por terem mantido presos os teus filhos, pelos quais se devia comunicar ao mundo a luz incorruptível da tua Lei. Eclo 1,4A sabedoria foi criada antes de todas as coisas, e a luz da inteligência, desde a eternidade.

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Eclo 32,16(20)Aqueles que temem ao Senhor, encontrarão a justiça, e farão brilhar como uma luz as suas boas açõesa. Is 2,5Vinde, Casa de Jacó! Caminhemos à luz de Iahweh. Is 5, 20Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal, que têm as trevas por luz e a luz por trevas, que têm o amargo por doce e o doce por amargo! Is 9,1Opovo que andava nas trevas viu uma grande luz; habitavam numa terra de sombras, mas uma luz brilhou sobre eles. Is 10,17A luz de Israel será como um fogo, e o Deus santo, como uma chama que abrasará e devorará os seus abrolhos e os seus espinhos, num só dia. Is 26,19Os teus mortos reviverão, os seus cadáveres ressuscitarão. Despertai e rejubilai vós que jazeis no sepulcro! Pois o teu orvalho é um orvalho de luz, que fará renascer os que não passavam de sombras. Is 42,6Eu, o Iahweh, chamei-te por causa da justiça, segurei-te pela mão; formei-te e designei-te como aliança de um povo e luz das nações; Is 42,16Vou levar os cegos por um caminho que não conhecem, e guiá-los por carreiros que ignoram. Mudarei diante deles as trevas em luz, e os caminhos pedregosos, em planos. É isto o que penso fazer, e não deixarei de o fazer. Is 49,6Disse-me: “Não basta que sejas meu servo, só para restaurares as tribos de Jacó, e reunires os sobreviventes de Israel. Vou fazer de ti luz das nações, para que a minha salvação chegue até aos confins da terra.” Is 51,4Prestai-me atenção, ó meu povo, dai-me ouvidos, minha nação. É de mim que vem a lei, os meus mandamentos são a luz dos povos. Is 58,8Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória de Iahweh atrás de ti. [a] “encontram ... boas ações”; Heb.: “Compreendem a justiça e fazem sair da obscuridade seu pensamento”.

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Is 58,10se repartires o teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na tua escuridão, e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio dia. Is 60,1Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória de Iahweh amanhece sobre ti! Is 60,3As nações caminharão à tua luz, e os reis ao esplendor da tua aurora. Is 60,19Já não será o Sol que te iluminará durante o dia, nem a Lua, durante a noite. O Iahweh será a tua luz eterna, o teu Deus será o teu esplendor. 20Não se porá mais o teu Sol, e a tua Lua não mais se esconderá, porque o Iahweh será a tua luz eterna e terão fim os dias do teu luto. Br 3,14Aprende onde está a prudência, a força e a inteligência, a fim de que saibas, ao mesmo tempo, onde se encontram a vida e a felicidade, a luz dos olhos e a paz. Dn 2,20[...] “Louvado seja o nome de Deus, bendito seja de eternidade em eternidade, porque a Ele pertencem a sabedoria e o poder.[...] 22é Ele quem revela o que é profundo e escondido, quem conhece o que se esconde nas trevas, e a luz mora junto dele. Dn 5,11Há no teu reino um homem em quem reside o espírito do Deus santo. Em vida de teu pai, havia nele uma luz, uma inteligência e uma sabedoria semelhantes à sabedoria dos deuses. Por isso, o rei Nabucodonosor, teu pai, o constituíra chefe dos escribas, dos magos, dos caldeus e dos astrólogos. [...] 14Ouvi dizer a teu respeito que o espírito de Deus está em ti e que em ti se encontram uma luz, uma inteligência e uma sabedoria superiores. Mq 7,8Não te alegres, inimiga minha, a meu respeito: se caí, levanto-me; se estou sentado nas trevas, o Iahweh é minha luz. Hab 3,4O seu esplendor é como a luz, das suas mãos saem raios, está aí o segredo da sua força. Mt 4,16O povo que jazia nas trevas viu uma grande luz; e aos que jaziam na sombria região da morte surgiu uma luz. Mt 5,14Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte;

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Mt 5,16Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu. Mt 17,2Transfigurou-se diante deles: o seu rosto resplandeceu como o Sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz. Lc 2,32Luz para se revelar às nações e glória de Israel, teu povo. Lc 8,16Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Lc 8,17Porque não há coisa oculta que não venha a manifestarse, nem escondida que não se saiba e venha à luz. Lc 11,33Ninguém acende uma candeia, para a colocar num lugar escondido ou debaixo do alqueire; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Lc 11,35Examina, pois, se a luz que há em ti não é escuridão. Lc 12,3Porque tudo quanto tiverdes dito nas trevas há-de ouvirse em plena luz, e o que tiverdes dito ao ouvido, em lugares retirados, será proclamado sobre os terraços. Lc 16,8O Senhor elogiou o administrador desonesto, por ter procedido com esperteza. É que os filhos deste mundo são mais sagazes que os filhos da luz, no trato com os seus semelhantes. Jo 1,4Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. Jo 1,5A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Jo 1,7Este vinha como testemunha, para dar testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Jo 1,8Ele não era a Luz, mas vinha para dar testemunho da Luz. Jo 1,9O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Jo 3,19E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à Luz, porque as suas obras eram más.

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Jo 3,20De fato, quem pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz para que as suas ações não sejam desmascaradas. Jo 3,21Mas quem pratica a verdade aproxima-se da Luz, de modo a tornar-se claro que os seus atos são feitos segundo Deus. Jo 5,35João era uma lâmpada ardente e luminosa, e vós, por um instante, quisestes alegrar-vos com a sua luz. Jo 8,12Jesus falou-lhes novamente: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” Jo 9,5Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Jo 11,9Jesus respondeu: “Não tem doze horas o dia? Se alguém anda de dia, não tropeça, porque tem a luz deste mundo. 10 Mas, se andar de noite, tropeça, porque não tem a luz com ele. Jo 12,35Jesus respondeu-lhes: Por um pouco de tempo ainda, a Luz está no meio de vós. Caminhai enquanto tendes a Luz, de modo que as trevas não vos apanhem, pois quem caminha nas trevas não sabe para onde vai. Jo 12,36Enquanto tendes a Luz, crede na Luz, para vos tornardes filhos da Luz. Jesus disse estas coisas, foi-se embora e ocultou-se deles. Jo 12,46Eu vim ao mundo como luz, para que todo o que crê em mim não fique nas trevas. Jo 16,21A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque chegou a sua hora; mas, quando deu à luz o menino, já não se lembra da sua aflição, com a alegria de ter vindo um homem ao mundo. At 9,3Estava a caminho e já próximo de Damasco, quando se viu subitamente envolvido por uma intensa luz vinda do Céu. At 12,7De repente, apareceu o Anjo do Senhor e a masmorra foi inundada de luz. O anjo despertou Pedro, tocando-lhe no lado e disse-lhe: “Ergue-te depressa!” E as correntes caíram-lhe das mãos. At 13,47pois assim nos ordenou o Senhor: Estabeleci-te como luz dos povos, para levares a salvação até aos confins da Terra .

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At 16,29O carcereiro pediu luz, correu para dentro da masmorra e lançou-se a tremer, aos pés de Paulo e de Silas. At 22,6Ia a caminho, e já próximo de Damasco, quando, por volta do meio dia, uma intensa luz, vinda do Céu, me rodeou com a sua claridade. At 22,9Os meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz de quem me falava. At 22,11Mas, como eu não via, devido ao brilho daquela luz, fui levado pela mão dos meus companheiros e cheguei a Damasco. At 26,13vi no caminho, ó rei, uma luz vinda do céu, mais brilhante do que o Sol, que refulgia em volta de mim e dos que me acompanhavam. At 26,18para lhes abrires os olhos e fazê-los passar das trevas à luz, e da sujeição de Satanás para Deus. Alcançarão, assim, o perdão dos seus pecados e a parte que lhes cabe na herança, juntamente com os santificados pela fé em mim.' At 26,23que o Messias tinha de sofrer e que, sendo o primeiro a ressuscitar de entre os mortos, anunciaria a luz ao povo e aos pagãos. Rm 13,12A noite adiantou-se e o dia está próximo. Despojemonos, por isso, das obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 2Cor 4,4para os incrédulos, cuja inteligência o deus deste mundo cegou, a fim de não verem brilhar a luz do Evangelho da glória de Cristo, que é imagem de Deus. 2Cor 4,6Porque o Deus que disse: das trevas brilhe a luz , foi quem brilhou nos nossos corações, para irradiar o conhecimento da glória de Deus, que resplandece na face de Cristo. 2Cor 6,14Não vos prendais ao mesmo jugo com os infiéis. Que união pode haver entre a justiça e a impiedade ou que há de comum entre a luz e as trevas? 2Cor 11,14E não é de estranhar! Também Satanás se disfarça em anjo de luz!

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Gl 4,27pois está escrito: Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz a; rejubila e grita, tu que não sentes as dores de parto; pois são muitos os filhos da abandonada, mais do que os daquela que tem marido! Ef 5,8É que outrora éreis trevas, mas agora sois luz, no Senhor. Procedei como filhos da luz – 9pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade. Ef 5,13Mas tudo isso, se denunciado, é posto às claras pela luz; 14 pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: “Desperta, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo brilhará sobre ti”. Cl 1,12dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de tomar parte na herança dos santos na luz. 1Ts 5,5Na verdade, todos vós sois filhos da luz e filhos do dia. Não somos nem da noite nem das trevas. 1Tm 6,16o único que possui a imortalidade, que habita numa luz inacessível, que nenhum homem viu nem pode ver. A Ele, honra e poder eterno! Amém! Tg 1,15E a concupiscência, depois de ter concebido, dá à luz b o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 1Pd 2,9Vós, porém, sois linhagem escolhida, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido em propriedade, a fim de proclamardes as maravilhas daquele que vos chamou das trevas para a sua luz admirável; 1Jo 1,5Eis a mensagem que ouvimos de Jesus e vos anunciamos: Deus é luz e nele não há nenhuma espécie de trevas. 1Jo 1,7Pelo contrário, se caminhamos na luz, como Ele, que está na luz, então temos comunhão uns com os outros e o sangue do seu Filho Jesus purifica-nos de todo o pecado. 1Jo 2,8É, contudo, um mandamento novo o que vos escrevo - o que é verdade nele e em vós - pois as trevas passaram e a luz verdadeira já brilha. 9Quem diz que está na luz, mas tem ódio a [a] Dar a vida, gerar. [b] Gerar

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seu irmão, ainda está nas trevas. 10Quem ama o seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar. Ap 12,2Estava grávida e gritava com as dores de parto e o tormento de dar à luzv. […] 4com a sua cauda, varreu a terça parte das estrelas do céu e lançou-as à terra. Depois colocou-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando ele nascesse. 5 Ela deu à luz um filho varão. Ele é que há-de governar todas as nações com cetro de ferro. Mas o filho foi-lhe arrebatado para junto de Deus e do seu trono. […] 13 Quando o Dragão se viu precipitado na terra, lançou-se na perseguição da Mulher que tinha dado à luz um Menino. Ap 18,23A luz da lâmpada nunca mais brilhará dentro de ti. E as vozes do noivo e da noiva nunca mais se ouvirão dentro de ti. Porque os teus comerciantes eram os magnates da terra e com os teus feitiços ludibriaste todas as nações. Ap 21,24As nações caminharão à luz da cidade e os reis da terra hão-de trazer-lhe a sua glória; Ap 22,5 Não mais haverá noite, nem terão necessidade da luz da lâmpada, nem da luz do Sol, porque o Senhor Deus irradiará sobre eles a sua luz e serão reis pelos séculos dos séculos.

14.5 Candelabro – todas as passagens Ex 25,31“Farás também um candelabro de ouro puro. Fá-lo-ás de ouro martelado; a sua base e a sua haste serão feitas de uma só peça; os cálices, os botões e as flores formarão uma única peça com ele. [...] 33Num braço haverá três cálices, em forma de flor de amendoeira, com botão e flor, e três cálices, em forma de flor de amendoeira, com botão e flor, no outro braço; e assim hão-de ser os restantes braços que saiam do candelabro. 34Na haste central do candelabro, haverá quatro taças em forma de flor de amendoeira, com os seus botões e flores; 35haverá um botão sob os dois primeiros braços que saírem do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes, e um botão sob os dois últimos: será assim para os seis braços do candelabro. 36Estes botões e estes braços formarão uma única peça com o candelabro, e todo o conjunto será feito de uma só barra de ouro

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puro. [...] 39Empregar-se-á um talento de ouro puro na execução do candelabro e de todos estes acessórios. Ex 26,35Colocarás a mesa da parte de fora do véu, e o candelabro em frente da mesa, do lado sul do santuário, ficando a mesa do lado norte. Ex 27,20Ordenarás aos filhos de Israel que te tragam para o candelabro azeite puro de azeitonas pisadas, a fim de manter as lâmpadas sempre acesas. Ex 30,27a mesa e todos os acessórios, o candelabro e os acessórios, o altar dos perfumes, Ex 31,8a mesa com os acessórios, o candelabro de ouro puro e todos os acessórios e o altar do perfume; Ex 35,8azeite para o candelabro, aroma para óleo de unção e para o incenso odorífero; […] 14o candelabro e os acessórios, as lâmpadas e o azeite para o candelabro; […] 28 aromas e óleo para o candelabro, para o óleo de unção e para o incenso aromático. Ex 37,17Fez o candelabro de ouro puro, de uma só peça, com a base, a haste, os cálices, os botões e as flores, formando uma única peça com ele. [...], 19Num braço, havia três cálices em forma de flor de amendoeira, com botão e flor; e assim eram os restantes seis braços, que saíam do candelabro. 20Na haste central do candelabro, havia quatro cálices em forma de flor de amendoeira, com os seus botões e as suas flores. 21Havia um botão sob os dois primeiros braços que saíam do candelabro, um botão sob os dois braços seguintes. Era assim para os seis braços do candelabro. 22Estes botões, estes braços e o candelabro formavam uma única peça, e todo o conjunto era de ouro puro, feito de uma só barra. [...]. 24Utilizou um talento de ouro puro na execução do candelabro e de todos os acessórios. Ex 39,37o candelabro de ouro puro, com todas as lâmpadas preparadas, todos os acessórios e o azeite para o candelabro; Ex 40,4Introduzirás a mesa e colocarás nela o que a deve guarnecer; introduzirás o candelabro e acenderás as suas lâmpadas. […] 24Colocou o candelabro na tenda da reunião, em frente da mesa, do lado sul do santuário,

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Lv 24,2Ordena aos filhos de Israel que te tragam azeite puro, de azeitonas trituradas, para o candelabro, a fim de que a lâmpada esteja permanentemente acesa. […] 4É sobre o candelabro de ouro puro que ele colocará as lâmpadas que ardem continuamente diante de Iahweh. Nm 3,31Competia-lhes guardar a Arca, a mesa, o candelabro, os altares e os utensílios sagrados que neles serviam, o véu e tudo o que estava ao seu serviço. Nm 4,9Tomarão um pano cor de jacinto e cobrirão com ele o candelabro da iluminação e as suas lâmpadas, os espevitadores, as tenazes, os cinzeiros e todos os vasos de azeite, que servem nele. […] 16Ao cuidado de Eleázar, filho do sacerdote Aarão, está o azeite do candelabro, o incenso, a oblação perpétua, o óleo da unção e a guarda de todo o tabernáculo e de tudo o que está no santuário e dos seus utensílios. Nm 8,2“Fala a Aarão e diz-lhe: 'Quando levantares as lâmpadas, é para diante do candelabro que as Candelabro numa praça em Israel, sete lâmpadas devem projetar 11/07/2008 luz'.” 3Assim fez Aarão; diante do candelabro levantou as lâmpadas, como Iahweh tinha ordenado a Moisés. 4Esta foi a obra do candelabro: uma peça de ouro batido desde a base até aos ramos, uma peça única. Conforme o modelo que Iahweh mostrara a Moisés, assim fez ele o candelabro. 2Cr 13,11Cada manhã e cada tarde, queimam os holocaustos e o incenso aromático em honra de Iahweh. Os pães da oferenda são dispostos sobre a mesa pura, e cada tarde são acendidas as lâmpadas do candelabro de ouro. Porque nós observamos a Lei Iahweh, nosso Deus, enquanto vós o abandonastes.

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1Mc 1,21Penetrou com arrogância no santuário, tomou o altar de ouro, o candelabro das luzes com todos os seus utensílios, 1Mc 4,49Fizeram novos vasos sagrados e transportaram para o santuário o candelabro, o altar dos perfumes e a mesa. 50 Queimaram incenso sobre o altar, acenderam as lâmpadas do candelabro, para iluminar o templo, Eclo 26,17Lâmpada que brilha no candelabro sagrado, assim é a beleza do rosto num corpo bem feito. Dn 5,5Neste momento, apareceram dedos de mão humana que escreviam defronte do candelabro, sobre o reboco da parede do palácio real. O rei, à vista da mão que escrevia, Zc 4,2E disse-me: “Que vês tu?” Eu respondi: “Vejo um candelabro de ouro. No alto tem um reservatório, e sete lâmpadas em cima com sete bicos para as lâmpadas. [...]” 8 Perguntei-lhe ainda: “Que significam estas duas oliveiras, à direita e à esquerda do candelabro?” Mt 5,15nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa. Mc 4,21Disse-lhes ainda: “Põe-se, porventura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro? Lc 8,16“Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Lc 11,33“Ninguém acende uma candeia, para a colocar num lugar escondido ou debaixo do alqueire; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. Hb 9,2Foi construída uma tenda, a primeira, chamada o Santo, na qual se encontrava o candelabro e a mesa dos pães da oferenda. Ap 2,5Lembra-te, pois, donde caíste, arrepende-te e torna a proceder como ao princípio. Se não procederes assim e não te arrependeres, Eu virei ter contigo e retirarei o teu candelabro do seu lugar.

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15 Promessas: podemos fazer? Para entender porque a Bíblia nos fala de Votos, Promessa, Consagração, Compromisso, cumprimento da Palavra, Juramento e etc. Temos que conhecer o significado destas palavras: Consagrar: v. 1investir(-se) de caráter ou funções sagradas, dedicando(-se), por meio de um rito, a uma ou mais de uma divindade; sagrar. 2entre os católicos e em certas seitas protestantes, operar a transubstanciação pelo rito da eucaristia 3 oferecer(-se) a Deus, a um santo etc., por meio de voto ou promessa 4dedicar, destinar (algo) a (certo fim) 5ocupar(-se) intensamente, prioritariamente com; devotar(-se), dedicar(-se) 6 aclamar, eleger, promover, elevar 7reconhecer como legítimo; acolher, sancionar. Compromisso: s.m. 1obrigação mais ou menos solene assumida por uma ou diversas pessoas; comprometimento 2 qualquer combinação, ajuste, acordo, convenção, tratado; obrigação, promessa formal, pacto. etim lat. compromissus,a,um. Juramento: s.m. ato de jurar; jura 1afirmação ou promessa solene que se faz invocando como penhor de sua boa-fé um valor moral reconhecido 2compromisso solene (pessoal ou recíproco). etim lat. juramentum,i 'juramento'. Promessa: s.f. 1ato ou efeito de prometer 2afirmativa de que se dará ou fará alguma coisa 3compromisso oral ou escrito de realizar um ato ou de contrair uma obrigação 4p.ext. a coisa prometida 5oferta de pagamento futuro (em orações, sacrifícios, penitências, dinheiro, ex-votos etc.) feito a Deus, à virgem Maria ou aos santos, para obter alguma graça ou benefício; voto. etim lat. promìssa. Voto: s.m. 1promessa solene feita à divindade, aos santos etc. 2 oferenda que visa pagar essa promessa 3obrigação a que um indivíduo se compromete voluntariamente, em acréscimo aos deveres que lhe são impostos pelas leis maiores da religião. etim lat. votum,i 'voto, promessa, objeto de desejos, coisa desejada, desejo, desejo manifestado pelos esposos no ato do casamento; núpcias, casamento.

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15.1 Promessa feita a Deus ou voto §2101 PROMESSAS E VOTOS Em várias circunstâncias, o cristão é convidado a fazer promessas a Deus. O Batismo e a Confirmação, o Matrimônio e a Ordenação sempre as contêm. Por devoção pessoal, o cristão pode também prometer a Deus este ou aquele ato, oração, esmola, peregrinação etc. A fidelidade às promessas feitas a Deus é uma manifestação do respeito devido à majestade divina e do amor para com o Deus fiel. §2102 “O voto, isto é, a promessa deliberada e livre de um bem possível e melhor feita a Deus, deve ser cumprido a título da virtude de religião.” O voto é um ato de devoção no qual o cristão se consagra a Deus ou lhe promete uma obra boa. Pelo cumprimento de seus votos, o homem dá a Deus o que lhe prometeu e consagrou. Os Atos dos Apóstolos nos mostram S. Paulo preocupado em cumprir os votos que fizera. §2103 A Igreja atribui um valor exemplar aos votos de praticar os conselhos evangélicos: A Mãe Igreja alegra-se ao encontrar em seu seio muitos homens e mulheres que seguem mais estreitamente a exinanição do Salvador e mais claramente a demonstram, aceitando a pobreza na liberdade dos filhos de Deus e renunciando às próprias vontades; submetemse eles aos homens por causa de Deus, em matéria de perfeição, além da medida do preceito, para que mais plenamente se conformem a Cristo obediente. Em certos casos a Igreja pode, por motivos adequados, dispensar dos votos e das promessas.

15.2 Promessa matrimonial §1644 A UNIDADE E A INDISSOLUBILIDADE DO MATRIMÔNIO O amor dos esposos exige, por sua própria natureza, a unidade e a indissolubilidade da comunidade de pessoas que engloba toda a sua vida: “De modo que já não são dois, mas uma só carne” (Mt 19, 6). “Eles são chamados a crescer continuamente nesta comunhão por meio da fidelidade cotidiana à promessa matrimonial do dom total recíproco.” Esta comunhão humana é confirmada, purificada e aperfeiçoada pela comunhão em Jesus Cristo, concedida pelo sacramento do Matrimônio. E aprofundada pela vida da fé comum e pela Eucaristia recebida pelos dois.

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15.3 Promessa solene e juramento §2147 As promessas feitas a outrem em nome de Deus empenham a honra, a fidelidade, a veracidade e a autoridade divinas. Devem, pois, em justiça, ser respeitadas. Ser-lhes infiel é abusar do nome de Deus e, de certo modo, fazer de Deus um mentiroso. §2150 O nome do Senhor pronunciado em vão O segundo mandamento proíbe o juramento falso. Fazer juramento ou jurar é invocar a Deus como testemunha do que se afirma. E invocar a veracidade divina como garantia de nossa própria veracidade. O juramento empenha o nome do Senhor. “E ao Senhor teu Deus que temerás, a Ele servirás e pelo seu nome jurarás” (Dt 6,13). §2152 E perjuro aquele que, sob juramento, faz uma promessa que não tem intenção de manter ou que, depois de ter prometido algo sob juramento, não o cumpre. O perjúrio constitui uma grave falta de respeito para com o Senhor de toda palavra. Comprometer-se por juramento a praticar uma obra má contrário à santidade do nome divino.

15.4 Promessa, voto, juramento e compromisso Gn 26,3Vive aí durante algum tempo; Eu estou contigo e abençoar-te-ei, pois é a ti e à tua descendência que Eu darei toda esta terra e cumprirei o juramento que fiz a Abraão, teu pai. [...] 28Eles responderam: “Porque é evidente que Iahweh está contigo, e dissemos: É indispensável um juramento entre nós e ti. Queremos, portanto, fazer uma aliança contigo. [...] 31No dia seguinte, de manhã, ficaram unidos, por juramento, um ao outro; depois, Isaac despediu-os, e eles afastaram-se em paz, da sua presença. Gn 28,20Jacó fez, então, o seguinte voto: “Se Deus estiver comigo, se me proteger durante esta viagem, se me der pão para comer e roupa para vestir, 21e se eu regressar em paz à casa do meu pai, Iahweh será o meu Deus. 22E esta pedra, que eu erigi à maneira de monumento, será para mim casa de Deus, e pagarei o dizimo de tudo quanto Ele me conceder.” Gn 31,13Eu sou o Deus de Betel, onde ergueste e consagraste um monumento, onde pronunciaste um voto em minha honra.

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Agora levanta-te, sai deste país e regressa à terra em que nasceste. Gn 50,24José disse aos seus irmãos: “Vou morrer! Mas Deus visitar-vos-á, fazendo-vos regressar deste país ao país que prometeu por juramento a Abraão, a Isaac e a Jacó.” Lv 7,16Se alguém oferecer uma vítima, em cumprimento de um voto ou como oferta voluntária, comerá dela no dia em que for oferecida, e o resto poderá ser comido no dia imediato. Lv 22,17 Iahweh disse a Moisés: 18“Fala a Aarão, aos seus filhos e a todos os filhos de Israel, e diz-lhes: 'Qualquer israelita ou qualquer estrangeiro que habite em Israel, que quiser apresentar a sua oferenda, em cumprimento de um voto ou como dom voluntário, se a oferecer a Iahweh em holocausto, 19deverá, para ser aceite, apresentar um macho sem defeito, escolhido entre os bois, as ovelhas, ou as cabras. 20Não oferecereis nenhum animal que tenha um defeito, porque não será aceite em vosso favor. 21 Quando alguém quiser oferecer a Iahweh um sacrifício de comunhão, quer em cumprimento de um voto, quer como dom voluntário, a vítima, tomada do gado graúdo ou miúdo, para ser aceite, deve ser perfeita, e não ter qualquer defeito. 22Não oferecereis a Iahweh um animal cego, aleijado, mutilado, que tenha verrugas, sarna ou gangrena e não o queimareis sobre o altar, como oferta queimada, em honra de Iahweh. 23Poderás apresentar, como dom voluntário, um boi ou um cordeiro com um membro comprido ou curto demais; mas essa vítima não será aceite para o cumprimento do voto. Ex 22,10haverá um juramento em nome de Iahweh entre as duas partes. Se este não estendeu a sua mão sobre os bens do seu próximo, o seu dono aceitará, e o outro nada pagará. Lv 5,4Ou ainda, se alguém, falando irreflectidamente, se comprometer com juramento a fazer algo, seja penoso ou agradável - entre tudo o que se pode jurar irreflectidamente quando se der conta, tornar-se-á responsável por essas coisas. Lv 27 Votos – 1 Iahweh falou a Moisés, nestes termos: 2“Fala aos filhos de Israel, e diz-lhes: 'Se alguém prometer a Iahweh, por voto, o valor equivalente a uma pessoa, 3o seu valor

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estimativo será o seguinte: por um homem de vinte a sessenta anos de idade, o valor será de cinquenta siclos de prata, conforme o peso do santuário. 4E tratando-se de uma mulher, o valor será de trinta siclos. [...] 8Se o que fez o voto é tão pobre que não pode pagar a avaliação, apresentará a pessoa diante do sacerdote e este calculará a avaliação; o valor será fixado pelo sacerdote de acordo com as posses daquele que fez voto. 9Se for um animal, com o qual se possa fazer uma oferta a Iahweh, todo o animal oferecido a Iahweh tornar-se-á uma coisa sagrada. 10 Não se pode trocar, nem substituir, um bom por um defeituoso, ou um defeituoso por um melhor; se, apesar disso, tiverem substituído o animal por um outro, tanto o animal substituído como o substituto serão igualmente coisa sagrada. 11Se se tratar de um animal impuro, que não é apto para ser oferecido a Iahweh, apresentar-se-á o animal ao sacerdote; 12este o avaliará segundo as suas boas ou más qualidades; e a avaliação do sacerdote será respeitada. 13Se a pessoa, em seguida, o quiser resgatar, acrescentará um quinto ao valor da avaliação. 14Se um homem consagrar a sua casa a Iahweh, como coisa sagrada, o sacerdote procederá à sua avaliação, segundo o seu alto ou baixo preço; o seu preço será o da apreciação feita pelo sacerdote. 15Mas, se aquele que consagrou quiser resgatar a sua casa, acrescentará um quinto ao preço da avaliação, e ela pertencer-lhe-á. 16Se um homem consagrar a Iahweh um campo da sua propriedade, proceder-se-á à avaliação, segundo a semente nele semeada: um hómer de cevada valerá cinquenta siclos de prata. 17Se consagrou um campo, durante o ano do Jubileu, é pelo valor desse ano que ela será avaliada; 18se a consagrou, depois do ano do Jubileu, o sacerdote calculará o preço, de acordo com os anos que faltam até ao Jubileu, e fará uma redução sobre o valor da avaliação. 19Se aquele que consagrou a terra quiser resgatá-la, acrescentará um quinto ao preço da avaliação, e ela pertencer-lhe-á. 20Mas, se não resgatar o campo ou se este campo tiver sido vendido a qualquer outro, não poderá mais ser resgatado. 21Este campo, no fim do Jubileu, será consagrado a Iahweh como campo interdito e tornar-se-á propriedade do sacerdote. 22Se aquilo que consagrou a Iahweh for um campo adquirido por ele, que não faça parte do seu

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patrimônio, 23o sacerdote o avaliará de acordo com os anos que faltem até ao Jubileu, e esse valor será pago nesse mesmo dia, como coisa consagrada a Iahweh. 24No ano do Jubileu, a terra voltará à posse daquele a quem tinha sido comprada e que a possuía como patrimônio. 25E todas as avaliações serão feitas segundo o siclo do santuário; o siclo corresponde a vinte gueras. 26 Não se poderá consagrar a Iahweh o primogênito de um animal, o qual, ao nascer, pertence já a Iahweh; quer seja boi ou ovelha é de Iahweh. 27Se se tratar de um animal impuro, poderse-á resgatá-lo pelo preço da avaliação, acrescentando-lhe um quinto; se não for resgatado, será vendido a outro pelo preço da avaliação. 28Qualquer coisa que alguém consagrar em honra de Iahweh por voto, de entre as suas propriedades, quer seja uma pessoa, animal ou um campo do seu patrimônio, não poderá ser vendida ou resgatada; tudo o que assim for consagrado converte-se numa coisa sagrada para Iahweh. 29 Mesmo que se trate de um ser humano, este voto é irrevogável: ele terá de morrer.'” Nm 5,19O sacerdote a mandará prestar juramento e dirá à mulher: 'Se nenhum homem teve relações contigo, se não te desviaste do teu marido, manchando-te, serás declarada inocente por estas águas amargas da maldição. [...], 21o sacerdote mandará a mulher prestar juramento, o juramento de imprecação, e o sacerdote dirá à mulher: 'Iahweh realize em ti a maldição e o juramento no meio do teu povo; faça Iahweh murchar o teu sexo e secar o teu ventre. Nm 6 A consagração dos nazireus – 1 Iahweh falou a Moisés: “Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: 'O homem ou mulher, que cumprir um voto de nazirato para se consagrar a Iahaweh Deus, 3 há-de abster-se de vinho e de bebida inebriante; não beberá vinagre de vinho nem vinagre de bebida inebriante; não beberá qualquer suco de uvas; não comerá uvas verdes nem secas. 4Em todos os dias da sua consagração, não comerá nada do que fabricar da vinha, desde a pele das uvas até à grainhaa. 5Em todos os dias da sua consagração, a navalha não passará pela sua cabeça até que se completem os dias pelos quais se 2

[a] Grainha = /a-í/ s.f. pequena semente, como a de uva, de tomate etc.

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consagrou a Iahweh. Será santo, deixará crescer livremente os cabelos da sua cabeça. 6Em todos os dias da sua consagração a Iahweh, não se aproximará de cadáver algum, 7nem de seu pai, nem de sua mãe, nem de seu irmão, nem de sua irmã; não se manchará com a morte deles, porque a consagração do seu Deus está sobre a sua cabeça. 8Em todos os dias da sua consagração, ele será santo para Iahweh. 9Se, de repente, alguém morrer junto dele, isso manchará a sua cabeça consagrada e ele rapará a cabeça no dia da sua purificação; tornará a rapá-la no sétimo dia. 10No oitavo dia, levará ao sacerdote, à entrada da tenda da reunião, duas rolas ou dois pombinhos. 11Então o sacerdote oferecerá um sacrifício pelo pecado e um em holocausto; expiará por ele o que tiver pecado e santificará a sua cabeça naquele dia. 12Consagrará a Iahweh os dias do seu voto e apresentará um cordeiro de um ano em expiação e ficarão nulos os dias anteriores, porque a sua consagração foi manchada. 13É esta a lei referente ao nazirato: quando terminarem os dias da sua consagração, conduzi-lo-ão à entrada da tenda da reunião, 14e apresentará a sua oferenda a Iahweh: um cordeiro de um ano, sem defeito, em holocausto, uma ovelha de um ano, sem defeito, pelo pecado e um carneiro, sem defeito, como sacrifício de comunhão. 15Ainda um cesto de pão ázimo, bolos de flor de farinha amassados com azeite e tortas de ázimos untadas com azeite, além das suas oblações e libações. 16 O sacerdote apresentar-se-á diante de Iahweh e oferecerá o seu sacrifício pelo pecado e o holocausto. 17Quanto ao carneiro, o sacerdote oferecê-lo-á a Iahweh como sacrifício de comunhão, juntamente com o cesto de pão ázimo; e fará igualmente a sua oblação e libação. 18Então, à entrada da tenda da reunião, o nazireu rapará a sua cabeça consagrada, tomará os cabelos da sua cabeça consagrada e os deitará ao fogo que está sob a vítima do sacrifício de comunhão. 19O sacerdote tomará a costela cozida do carneiro, um bolo sem fermento tirado da cesta e uma torta sem fermento e os porá nas mãos do nazireu depois de ele ter deixado rapar o cabelo de consagrado. 20O sacerdote os elevará, balanceando-os diante de Iahweh. Isto é coisa santa do sacerdote, para além do peito balanceado e da coxa elevada como tributo; depois disto, o nazireu poderá beber vinho. 21Esta é

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a lei do nazireu que consagrar a sua oferta a Iahweh por voto, para além do que puder oferecer livremente. Conforme o voto que fez, assim cumprirá segundo a lei do seu voto'.” 22 Iahweh disse a Moisés: 23“Fala a Aarão e a seus filhos: Assim abençoareis os filhos de Israel. Dizei-lhes: 24'O Senhor te abençoe e te guarde! 25O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te favoreça! 26O Senhor volte para ti a sua face e te dê a paz!' 27 Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei!” Nm 14,23nenhum verá a terra que Eu prometi com juramento a seus pais; nenhum dos que me desprezaram a verá. Nm 15,1 Iahweh disse a Moisés: 2“Fala aos filhos de Israel e dizlhes: 'Quando chegardes à terra em que haveis de morar, a qual Eu vos hei-de dar, 3e fizerdes oferta a Iahweh de um holocausto ou de um sacrifício para cumprimento de um voto, ou em oferta voluntária, e quando nas vossas festas fizerdes do gado ou do rebanho um dom de odor agradável a Iahweh, 4quem apresentar a sua oferenda a Iahweh apresentará a oferta de um décimo de flor de farinha, amassada num quarto de hin de azeite 5 e um quarto de hin de vinho em libação. Juntareis isso ao holocausto ou ao sacrifício por cada cordeiro. 6Por carneiro farás uma oferta de dois décimos de flor de farinha amassada num terço de hin de azeite 7e um terço de hin de vinho em libação, que apresentarás como odor agradável a Iahweh. 8Quando ofereceres um novilho em holocausto ou em sacrifício, em cumprimento de um voto ou em sacrifício de comunhão, a Iahweh, 9apresentarás pelo novilho uma oferta de três décimos de flor de farinha amassada em meio hin de azeite 10e apresentarás em libação meio hin de vinho. É oferta de odor agradável a Iahweh. 11Assim se fará por cada boi ou por cada carneiro ou por cada cordeiro ou cabrito. 12Conforme o número que oferecerdes, assim fareis por cada um segundo o número deles. Nm 21,2Então Israel fez a Iahweh esta promessa: “Se entregares este povo nas minhas mãos, destruirei, em tributo, as suas cidades.” Nm 30,Votos e promessas – 1Moisés disse aos filhos de Israel tudo o que Iahweh lhe ordenara. 2Moisés disse, pois, aos chefes

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das tribos dos filhos de Israel: “Foi isto que Iahweh ordenou: 3 Quando um homem fizer um voto a Iahweh ou fizer um juramento, impondo a si mesmo um compromisso, não faltará à sua palavra; faça tudo aquilo que disse. 4Quando uma mulher fizer um voto a Iahweh e tomar um compromisso na casa de seu pai, durante a sua juventude, 5e seu pai tiver conhecimento do voto e do compromisso que ela se impôs e não se opuser, serão válidos todos os votos e compromissos que ela se impôs. 6Mas se o pai dela a desaprovar no dia em que tiver conhecimento disso, todos os votos e compromissos que ela se impôs serão inválidos e Iahweh lhe perdoará, porque o pai a desaprovou. 7Se ela casar, estando obrigada a um voto ou a um compromisso que ela se impôs irrefletidamentea saído dos seus lábios, 8quando o marido tiver conhecimento disso e não se opuser, serão válidos os votos e compromissos que ela se impôs. 9Mas se o marido dela, no dia em que tiver conhecimento disso, a desaprovar, quebrará o voto que ela se impôs e o compromisso irrefletido saído de seus lábios, que ela se impôs, e Iahweh lhe perdoará. 10O voto de uma viúva ou de uma repudiada, qualquer compromisso que ela se impôs será válido para ela. 11Se já na casa do seu marido se impuser um voto ou um compromisso, sob juramento, 12e o marido tiver conhecimento disso e não se opuser, não a desaprovará e serão válidos todos os seus votos e todos os compromissos que se impôs. 13Mas se o marido os quebrar no dia em que disso tiver conhecimento, todos os votos saídos de seus lábios e todos os compromissos que se impôs serão inválidos; o marido dela os quebrou e Iahweh lhe perdoará. 14Todos os votos e todos os juramentos que ela se tiver imposto para servir de penitência, o marido os poderá confirmar ou anular. 15Se o seu marido não se opuser de um dia até ao outro, serão válidos todos os seus votos ou todos os compromissos que ela se impôs, porque ele não se lhe opôs no dia em que disso teve conhecimento. 16E se os quebrar, depois que disso teve conhecimento, carregará a culpa dela.” 17Estas foram as normas que Iahweh ordenou a Moisés para marido e sua mulher, para pai e sua filha, enquanto for solteira em casa de seu pai. [a] Jz 11,29-40

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Dt 12,17Não poderás comer dentro das portas das cidades o dizimo do teu trigo, nem do teu vinho, nem do teu azeite, nem os primogénitos do teu gado graúdo ou miúdo, nem as ofertas que tiveres prometido, por voto ou espontaneamente, nem as tuas primícias. Dt 12,26As ofertas sagradas que te são impostas ou as que fizeres em virtude de um voto, apresentá-las-ás no santuário que o Iahweh tiver escolhido. Dt 23, 22Quando fizeres um voto ao Iahweh, teu Deus, não tardes em cumpri-lo, porque o Iahweh, teu Deus, te pedirá contas disso; seria um pecado da tua parte. 23Mas, se não fizeres voto, não haverá pecado da tua parte.,24Mas deves observar e cumprir o que prometeste a Iahweh, teu Deus, a promessa espontânea saída dos teus lábios, proferida pela tua própria boca.

Jz 11, Voto de Jeftéa – 29Então, o espírito de Iahweh desceu sobre Jefté; Jefté atravessou Guilead e Manassés; depois, Mispá de Guilead; de Mispá de Guilead atravessou a fronteira dos amonitas. 30Jefté fez um voto a Iahweh, dizendo: “Se realmente entregas nas minhas mãos os amonitas, 31pertencerá a Iahweh quem quer que saia das portas da minha casa para me vitoriar pelo meu regresso a salvo da terra dos amonitas; eu oferecê-loei em holocausto.” 32Então, Jefté marchou contra os amonitas e travou combate contra eles; Iahweh entregou-os nas suas mãos. 33 Derrotou-os desde Aroer até às proximidades de Minit, [a] História do voto de Jafté tem por finalidade explicar uma festa anual que se celebrava em Galaad (v. 40) e cuja verdadeira significação é desconhecida. Não se deve atenuar o seu sentido: Jafté imola a própria filha (v. 39) para não faltar ao voto que fizera (v. 31). Os sacrifícios humanos sempre foram reprovados em Israel (cf. Gn 22), mas o narrador relata a história sem nenhum censura, e a ênfase parece mesmo estar posta na fidelidade ao voto pronunciado. nota BJ

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tomando-lhes vinte cidades, e até Abel-Queramim; foi uma derrota muito grande; deste modo, os amonitas foram humilhados pelos filhos de Israel. 34Quando Jefté regressou a sua casa em Mispá, eis que sua filha saiu para o vitoriar, dançando e tocando tamborim; ela era filha única; não tinha mais filhos nem filhas. 35Ao vê-la, rasgou as suas vestes e disse: “Ai, minha filha! Tu fazes-me lançar no desespero! Tu és a minha desgraça! Eu falei demais na presença de Iahweh; agora não posso tornar atrás.” 36Ela disse-lhe: “Meu pai, tu falaste demais na presença de Iahweh; faz comigo segundo o que saiu da tua boca, pois Iahweh deu-te a vingança contra os teus inimigos, os amonitas.” 37Depois, disse a seu pai: “Concede-me o seguinte: deixa-me sozinha durante dois meses para que eu vá vaguear pelas montanhas, chorando a minha virgindade, eu e as minhas companheiras.” 38Ele disse: “Vai.” E deixou-a partir durante dois meses; ela foi com as suas companheiras e chorou sobre as montanhas a sua virgindade. 39Ao fim de dois meses, voltou para junto de seu pai; este cumpriu nela o voto que havia feito. Ora ela não conhecera homem e foi assim que nasceu em Israel 40o costume de, todos os anos, as filhas de Israel irem celebrar a filha de Jefté de Guilead, quatro dias por ano. 1Sm 1,11E fez um voto, dizendo: “ Iahweh do universo, se te dignares olhar para a aflição da tua serva e te lembrares de mim, se não te esqueceres da tua serva e lhe deres um filho varão, eu o consagrarei ao Iahweh, por todos os dias da sua vida, e a navalha não passará sobre a sua cabeça.” 1Sm 1,21Elcana, seu marido, foi, com toda a sua casa, oferecer ao Iahweh o sacrifício anual e cumprir o seu voto. 2Sm 7,25Agora, pois, Iahweh Deus, cumpre para sempre a promessa que fizeste ao teu servo e à sua casa e faz como disseste. 2Sm 15,7Ao fim de quatro anos, Absalão disse ao rei: “Deixame ir a Hebron cumprir um voto que fiz a Iahweh, 8pois, quando o teu servo estava em Guechur, fez este voto: 'Se Iahweh me reconduzir a Jerusalém, irei oferecer um sacrifício a Iahweh.'” 1Rs 8,15 E disse: “Bendito seja Iahweh Deus de Israel que por sua boca falou a meu pai Davi, e por sua mão acaba de cumprir

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a promessa que lhe fez quando disse: 16'Desde o dia em que fiz sair Israel, meu povo, do Egito, não escolhi cidade alguma de entre as tribos de Israel, onde fosse edificada uma casa para que ali estivesse o meu nome; mas escolhi Davi para reinar sobre o meu povo de Israel.' 17Davi, meu pai, teve o desejo de edificar um templo ao nome de Iahweh, Deus de Israel. 1Rs 8,26Que agora se cumpra, ó Deus de Israel, a promessa que fizeste ao teu servo Davi, meu pai. 2Rs 20,9Isaías respondeu-lhe: “Eis o sinal que Iahweh te dará, para saberes que se cumprirá a sua promessa: ou a sombra adianta dez graus ou recua dez graus.” 1Cr 16,15Recordai sempre a sua aliança, e a promessa que jurou manter por mil gerações, 2Cr 1,9 Iahweh Deus, ratifica, portanto, a promessa que fizeste a meu pai Davi, porque me fizeste rei de um povo numeroso como o pó da terra. 2Cr 6,4E disse: “Bendito seja Iahweh, Deus de Israel, que falou em pessoa a Davi, meu pai, e cumpriu, com o seu poder, a promessa que lhe fizera, dizendo: 2Cr 6,16Agora, Iahweh, Deus de Israel, digna-te cumprir também a promessa que fizeste a meu pai Davi, dizendo: 'Jamais faltará diante de mim um dos teus descendentes que ocupe o trono de Israel, desde que os teus filhos se comportem retamente e observem a minha Lei, como tu próprio a tens observado.' 2Cr 6,17Agora, pois, Iahweh, Deus de Israel, digna-te ratificar a promessa feita ao teu servo Davi! 2Cr 10,15Assim, pois, o rei não escutou o povo, porque isso era uma disposição divina para a realização da promessa que Deus fizera a Jeroboão, filho de Nabat, por meio de Aías de Silo. 2Cr 15,13E todos aqueles que faltassem a este compromisso com o Iahweh, Deus de Israel, pequeno ou grande, homem ou mulher, seria morto. 2Cr 21,7Contudo, o Iahweh não quis destruir a casa de Davi, por causa da aliança feita com ele e da promessa que lhe fizera de manter perpetuamente no trono um dos seus descendentes.

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2Cr 36,22No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a promessa de Iahweh, pronunciada pela boca de Jeremias, o Iahweh agiu sobre o espírito de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: Ne 5,13E sacudi o pó do meu manto, dizendo: “Que Deus sacuda assim, da sua casa e dos seus bens, todo aquele que não cumprir com a sua palavra. Que seja expulso e espoliado!” E toda a assembleia respondeu: “Amém”; e louvaram o Iahweh. E o povo cumpriu a promessa. 1Mc 2,54Foi pelo zelo, que o abrasava, que Fineias, nosso antepassado, recebeu a promessa de um perpétuo sacerdócio. 2Mc 10,26e, prostrados aos pés do altar, rogaram a Deus que tivesse piedade deles, mostrando-se inimigo dos seus inimigos e adversário dos seus adversários, conforme a promessa da lei. Sl 77(76),9(8)Acaso se esgotou por completo o seu amor e revogou a sua promessa às gerações? Sl 89(88),34(33)Mas não lhes retirarei o meu favor nem faltarei à minha promessa(fidelidade). Sl 105(104),8Ele recordará sempre a sua aliança, a promessa a que jurou manter por mil gerações, Sl 119(118),38 Confirma ao teu servo a tua promessa destinada aos que te obedecem. Sl 119(118),41Desça sobre mim, Iahweh, a tua bondade; salvame, segundo a tua promessa! Sl 119(118),58De todo o coração imploro: tem piedade de mim, segundo a tua promessab! Sl 119(118),82Os meus olhos suspiram pelo cumprimento da tua promessa: “Quando virás consolar-me?” Sl 119(118),107 Iahweh, sinto-me angustiado; dá-me a vida, segundo a tua promessab. Sl 119(118),116Ampara-me, segundo a tua promessa, e viverei; não desiludas a minha esperança. [a] Promessa = Palavra que empenhou [b] Promessa = Palavra

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Sl 119(118),133Dá firmeza aos meus passos, segundo a tua promessa; não permitas que me domine qualquer maldade. Sl 119(118),148Meus olhos antecipam-se às vigílias da noite para meditar na tua promessab. Sl 119(118),154Defende a minha causa e salva-me; dá-me vida, segundo a tua promessa. Sl 119(118),162Sinto-me feliz com a tua promessa, como quem encontra um grande tesouro. Sl 119(118),170Suba à tua presença a minha súplica; livra-me, conforme a tua promessaa. Sl 132(131),11O Iahweh fez um juramento a Davi, uma promessa a que não faltará: Hei-de colocar no teu trono um descendente da tua família. Ecl 5,3Se fizeste um voto a Deus, trata de o cumprir sem demora, porque aos insensatos Deus não é favorável. Cumpre, pois, tudo o que tiveres prometido. Is 38,7Isaías disse-lhe: “É este o sinal, da parte de Iahweh, para que saibas que Ele cumprirá a promessab: 8No relógio de sol de Acaz farei retroceder a sombra dez graus, tantos quantos tinha avançado.” E o sol retrocedeu os dez graus que já tinha avançado. Eclo 18,22Nada te impeça de cumprir a seu tempo o teu voto, e não esperes até à morte para te desobrigares. 23Antes de fazer um voto, prepara-te, e não sejas como um homem que tenta o Senhor. Is 38,7Isaías disse-lhe: “É este o sinal, da parte de Iahweh, para que saibas que Ele cumprirá a promessa: ,8No relógio de sol de Acaz farei retroceder a sombra dez graus, tantos quantos tinha avançado.” E o sol retrocedeu os dez graus que já tinha avançado. Is 55,3Prestai-me atenção e vinde a mim. Escutai-me e vivereis. Farei convosco uma aliança eterna, e a promessa a Davi será mantida. [a] Promessa = Palavra [b] Promessa = Palavra que falou

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Jr 29,10Isto diz o Iahweh: 'Quando se cumprirem os setenta anos na Babilônia, Eu vos visitarei, a fim de realizar a promessac que fiz de vos trazer de novo a este lugar. Jr 33,14“Eis que virão dias em que cumprirei a promessa favorável que fiz à casa de Israel e à casa de Judá - oráculo de Iahweh. Ml 1,14Maldito seja o homem fraudulento, que tem no seu rebanho um macho prometido por voto e me sacrifica um animal defeituoso. Pois Eu sou um grande rei diz o Iahweh e o meu nome é temível entre as nações. At 2,39Na verdade, a promessa de Deus é para vós, para os vossos filhos, assim como para todos os que estão longe: para todos os que o Senhor nosso Deus quiser chamar. At 7,17Enquanto se aproximava o tempo em que deveria realizar-se a promessa feita por Deus a Abraão, o povo cresceu e multiplicou-se no Egito, At 13,23Da sua descendência, segundo a sua promessa, Deus proporcionou a Israel um Salvador, que é Jesus. At 13,32E nós estamos aqui para vos anunciar a Boa-Nova de que a promessa feita a nossos pais, At 21,23Faz, pois, o que te vamos sugerir: temos aqui quatro homens que têm um voto a cumprir. 24Leva-os contigo, submete-te, com eles, aos ritos da purificação e paga-lhes as despesas para raparem a cabeça. Toda a gente ficará, assim, a saber que nada há de verdadeiro nos rumores postos a circular a teu respeito, mas que, pelo contrário, te mantens fiel cumpridor da Lei. 25Quanto aos pagãos que abraçaram a fé, já lhes demos a conhecer por escrito a nossa decisão: que se abstenham de carnes imoladas a ídolos, do sangue das carnes sufocadas e da imoralidade.” 26No dia seguinte, Paulo levou consigo esses homens, purificou-se com eles e entrou no templo, onde anunciou a data em que terminavam os dias da purificação, ao fim dos quais devia ser oferecido o sacrifício por cada um deles. At 26,6E, agora, encontro-me aqui a ser julgado por causa da minha esperança na promessa feita por Deus a nossos pais, [c] Promessa = e cumprirei a minha Boa Palavra

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promessa que as nossas doze tribos esperam ver realizada, servindo a Deus, noite e dia, continuamente. É a respeito dessa esperança, ó rei, que os judeus me acusam. Rm 4,13Não foi em virtude da Lei, mas da justiça obtida pela fé que a Abraão, ou à sua descendência, foi feita a promessa de que havia de receber o mundo em herança. 14De fato, se os herdeiros o são em virtude da lei, nesse caso tornou-se inútil a fé e ficou sem efeito a promessa. [...],16Por isso, é da fé que depende a herança. Só assim é que esta é gratuita, de tal modo que a promessa se mantém válida para todos os descendentes: não apenas para aqueles que o são em virtude da Lei, mas também para os que o são em virtude da fé de Abraão, pai de todos nós, [...] 20Diante da promessa de Deus, não duvidou por falta de fé. Pelo contrário, tornou-se mais forte na fé e deu glória a Deus, Rm 9,8O que significa que não são os filhos por via carnal que são filhos de Deus, mas só os filhos devido à promessa é que são tidos em conta como descendentes. 9É uma promessa, de fato, o que diz esta palavra: Voltarei por esta altura, e já Sara terá um filho. Gl 3,14Isto, para que a bênção de Abraão chegasse até aos gentios, em Cristo Jesus, para recebermos a promessa do Espírito, por meio da fé. [...] 17Ora, é exatamente isto que quero dizer: um testamento que antes tinha sido posto em vigor por Deus, não é a Lei, aparecida quatrocentos e trinta anos depois, que o vai invalidar e assim anular a promessa. 18É que, se é da Lei que vem a herança, então não é da promessa. Mas foi pela promessa que Deus concedeu a sua graça a Abraão. 19Porquê, então, a Lei? Por causa das transgressões é que ela foi acrescentada, até chegar a descendência a quem a promessa foi feita; foi estabelecida através de anjos pela mão de um mediador. [...] 22Só que a Escritura tudo fechou sob o pecado, para que a promessa fosse dada aos crentes pela fé em Jesus Cristo. [...] 29E se sois de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa. Gl 4,23Mas, enquanto o da escrava foi gerado segundo a carne, o da mulher livre foi gerado por causa da promessa.

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Gl 4,28E vós, irmãos, à semelhança de Isaac, sois filhos da promessa. Ef 2,12lembrai-vos de que nesse tempo estáveis sem Cristo, excluídos da cidadania de Israel e estranhos às alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Ef 3,6os gentios são admitidos à mesma herança, membros do mesmo Corpo e participantes da mesma promessa, em Cristo Jesus, por meio do Evangelho. Ef 6,2Honra teu pai e tua mãe - tal é o primeiro mandamento, com uma promessa: 1Tm 4,8O exercício físico de pouco serve, mas a piedade é útil para tudo, pois tem a promessa da vida presente e da futura. 1Tm 5, 12incorrendo na condenação de terem rompido o primeiro compromisso. 2Tm 1,1Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, por desígnio de Deus, segundo a promessa de vida que há em Cristo Jesus, Hb 4,1 Temamos, pois, que, permanecendo a promessa de entrar no seu repouso, algum de vós seja considerado excluído. Hb 6,13Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo, Hb 6,15E assim, Abraão, tendo esperado com paciência, alcançou a promessa. Hb 6,17Por isso, querendo Deus mostrar mais claramente aos herdeiros da promessa que a sua decisão era imutável, interveio com um juramento, Hb 10,23Conservemos firmemente a profissão da nossa esperança, pois aquele que fez a promessa é fiel. Hb 10,36Na realidade, tendes necessidade de perseverança, para que, tendo cumprido a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Hb 11,9Pela fé, estabeleceu-se como estrangeiro na Terra Prometida, habitando em tendas, tal como Isaac e Jacó, coherdeiros da mesma promessa,

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Hb 11,39E todos estes, apesar de terem recebido um bom testemunho, graças à sua fé, não alcançaram a realização da promessa, Hb 12,26cuja voz outrora abalou a terra e agora faz esta promessa: Mais uma vez abalarei não só a terra, mas também o céu. 1Pd 3,21Isto era uma figura do batismo, que agora vos salva, não por limpar impurezas do corpo, mas pelo compromisso com Deus de uma consciência honrada, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo, 2Pd 3,4vos perguntarão: “Em que fica a promessa da sua vinda? Desde que os pais morreram, tudo continua na mesma, como desde o princípio do mundo!” 2Pd 3,9Não é que o Senhor tarde em cumprir a sua promessa, como alguns pensam, mas simplesmente usa de paciência para convosco, pois não quer que ninguém pereça, mas que todos se convertam. 2Pd 3,13Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos uns novos céus e uma nova terra , onde habite a justiça. 1Jo 2,25E esta é a promessa que Ele nos fez: a vida eterna. Jo 6, 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram. 50Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. 51Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.” 52Então, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: “Como pode Ele dar-nos a sua carne a comer?!” 53Disse-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem realmente

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come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia, 55porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, uma verdadeira bebida. 56Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. 57Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim. 58Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.”

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16 Aborto Aborto: 1Termo jurídico. descontinuação dolosa da prenhez, com ou sem expulsão do feto, da qual resulta a morte do nascituro; 2medicina: interrupção prematura de um processo mórbido ou natural. “Vossos olhos contemplaram-me ainda em embrião”. Sl 139(138),16. “Vindo as conclusões práticas e mais urgentes, o Concílio recomenda a reverência para com o homem, de maneira que cada um deve considerar o próximo, sem exceção, como um “outro eu”, tendo em conta, antes de mais, a sua vida e os meios necessários para a levar dignamente (Tg 2,15-16), não imitando aquele homem rico que não fez caso algum do pobre Lázaro (Lc 16,19-31). Sobretudo em nossos dias, urge a obrigação de nos tornarmos o próximo de todo e qualquer homem, e de o servir efetivamente quando vem ao nosso. encontro - quer seja o ancião, abandonado de todos, ou o operário estrangeiro injustamente desprezado, ou o exilado, ou o filho duma união ilegítima que sofre injustamente por causa dum pecado que não cometeu, ou o indigente que interpela a nossa consciência, recordando a palavra do Senhor: “todas as vezes que o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40). Além disso, são infames as seguintes coisas: tudo quanto se opõe à vida, como seja toda a espécie de homicídio, genocídio, aborto, eutanásia e suicídio voluntário; tudo o que viola a integridade da pessoa humana, como as mutilações, os tormentos corporais e mentais e as tentativas para violentar as próprias consciências; tudo quanto ofende a dignidade da pessoa humana, como as condições de vida infra-humanas, as prisões arbitrárias, as deportações, a escravidão, a prostituição, o comércio de mulheres e jovens; e também as condições degradantes de trabalho; em que os operários são

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tratados como meros instrumentos de lucro e não como pessoas livres e responsáveis. Todas estas coisas e outras semelhantes são infamantes; ao mesmo tempo que corrompem a civilização humana, desonram mais aqueles que assim procedem, do que os que padecem injustamente; e ofendem gravemente a honra devida ao Criador.” GS 27

Martírio dos Inocentes Ex 1,8Subiu então ao trono do Egito um novo rei que não conhecera José. 9E ele disse ao seu povo: “Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e poderoso do que nós. […] 15O rei do Egito disse às parteiras dos hebreus, das quais uma se chamava Chifra e outra Pua: 16 “Quando assistirdes aos partos das mulheres dos hebreus, reparai na criança: se for um menino, matai-o; se for uma menina, deixai-a viver.” 17Mas as parteiras temeram a Deus: não fizeram como lhes tinha falado o rei do Egito, e deixaram viver os meninos. 18Então, o rei do Egito chamou-as e disse-lhes: “Porque fizestes dessa maneira e deixastes viver os meninos?” 19As parteiras disseram ao faraó: “As mulheres dos hebreus não são como as egípcias; elas são fortes: antes de chegar a parteira, já elas deram à luz.” 20 Deus retribuiu o bem às parteiras, e o povo multiplicouse e tornou-se muito poderoso. 21Como as parteiras temeram a Deus, e Ele lhes concedeu uma descendência, 22 o faraó ordenou a todo o seu povo: “Atirai ao rio os meninos recém-nascidos; as meninas, porém, deixai-as viver todas.”

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Martírio dos Inocentes Mt 2,16Então Herodes, ao ver que tinha sido enganado pelos magos, ficou muito irado e mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o seu território, da idade de dois anos para baixo, conforme o tempo que, diligentemente, tinha inquirido dos magos. 17 Cumpriu-se, então, o que o profeta Jeremias dissera: 18 Ouviu-se uma voz em Ramá, uma lamentação e um grande pranto: É Raquel que chora os seus filhos e não quer ser consolada, porque já não existem.

16.1 Que proíbe o quinto mandamento? Não matarás (Ex 20,13). Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal (Mt 5,21-22). §2258 “A vida humana é sagrada porque desde sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente O quinto mandamento proíbe como gravemente contrários à lei morala: O homicídio direto e voluntário e a cooperação nele; O aborto direto, querido como fim ou como meio, e também a cooperação nele, crime que leva consigo a pena de excomunhão, porque o ser humano, desde a sua concepção, deve ser, em modo absoluto, respeitado e protegido totalmente; A eutanásia direta, que consiste em pôr fim à vida de pessoas com deficiências, doentes ou moribundas, mediante um ato ou omissão duma ação devida; [a] CIC §§ 2268-2283; 2321-2326

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O suicídio e a cooperação voluntária nele, enquanto ofensa grave ao justo amor de Deus, de si e do próximo: a responsabilidade pode ser ainda agravada por causa do escândalo ou atenuada por especiais perturbações psíquicas ou temores graves.a Mc 10,13 Apresentaramlhe uns pequeninos para que Ele os tocasse; mas os discípulos repreenderam os que os haviam trazido. 14Vendo isto, Jesus indignou-se e disse-lhes: “Deixai vir a mim os pequeninos e não os afasteis, porque o Reino de Deus pertence aos que são como eles. 15Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele.” 16Depois, tomou-os nos braços e abençoou-os, impondo-lhes as mãos. Resumindo §2318 “Deus tem em seu poder a alma de todo ser vivo e o espírito de todo homem carnal” (Jó 12,10). §2319 Toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada, porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e à semelhança do Deus vivo e santo. §2320 O assassinato de um ser humano é gravemente contrário à dignidade da pessoa e à santidade do Criador. §2321 A proibição de matar não ab-roga o direito de tirar a um opressor injusto a possibilidade de prejudicar. A legítima defesa é um dever grave para quem é responsável pela vida alheia ou pelo bem comum. §2322 Desde a concepção, a criança tem o direito à vida. O aborto direto, isto é, o que se quer como um fim ou como um meio, é uma [a] Compêndio Catecismo da Igreja Católica n. 470.

217 pratica infame”, gravemente contrária à lei moral. A Igreja condena com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. §2323 Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a sua concepção, o embrião deve ser defendido em sua integridade, cuidado e curado como qualquer outro ser humano. §2324 A eutanásia voluntária, sejam quais forem as formas e os motivos, constitui um assassinato. E gravemente contrária à dignidade da pessoa humana e ao respeito do Deus vivo, seu Criador. §2325 O suicídio é gravemente contrario a Justiça, à esperança e à caridade. É proibido pelo quinto mandamento. §2326 O escândalo constitui uma falta grave quando, por ação ou por omissão, leva deliberadamente o outro a pecar gravemente. §2327 Por causa dos males e injustiças que toda guerra acarreta, devemos fazer tudo o que for razoavelmente possível para evitá-la. A Igreja ora: “Da fome, da peste e da guerra livrai-nos, Senhor”. §2328 A Igreja e a razão humana declaram a validade permanente da lei moral durante os conflitos armados. As práticas deliberadamente contrárias ao direito dos povos e a seus princípios universais constituem crimes. §2329 “A corrida armamentista é uma praga extremamente grave da humanidade e lesa os pobres de maneira intolerável. §2330 “Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5,9).

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17 Pecados §1849 O pecado é uma falta contra a razão, a verdade, a consciência reta; é uma falta ao amor verdadeiro para com Deus e para com o próximo, por causa de um apego perverso a certos bens. Fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana. Foi definido como “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna”. §1850 O pecado é ofensa a Deus: “Pequei contra ti, contra ti somente; pratiquei o que é mau aos teus olhos” (Sl 51,6). O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. Como o primeiro pecado, é uma desobediência, uma revolta contra Deus, por vontade de tornar-se “como deuses”, conhecendo e determinando o bem e o mal (Gn 3,5). O pecado é, portanto, “amor de si mesmo até o desprezo de Deus”. Por essa exaltação orgulhosa de si, o pecado é diametralmente contrário à obediência de Jesus, que realiza a salvação.

17.1 Pecados Mortais “Quem não ama permanece na morte” §1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: “Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”.

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17.1.1 Condições: matéria grave, pleno conhecimento, pleno consentimento §1858 A matéria grave é precisada pelos Dez mandamentos, segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: “Não mates, não come-tas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não dó fraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe” (Mc 10,19). A gravidade dos pecados é maior ou menor: um assassinato é mais grave que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas é levada também em consideração. A Violência exercida contra os pais é em mais grave que contra um estranho. §1859 O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno consentimento. Pressupõe o conhecimento do caráter pecaminoso do ato, de sua oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afetada e o endurecimento do coração não diminuem, antes aumentam, o caráter voluntário do pecado.

17.1.2 Consequências do Pecado Mortal §1855 O pecado mortal destrói a caridade no coração do homem por uma infração grave da lei de Deus; desvia o homem de Deus, que é seu fim último e sua bemaventurança, preferindo um bem inferior.

17.1.3 Ato sexual fora do Matrimônio §2390 Existe união livre quando o homem e a mulher se recusam a dar uma forma jurídica e pública a uma ligação que implica intimidade sexual. A expressão é enganosa: com efeito, que significado pode ter uma união na qual as pessoas não se comprometem mutuamente e revelam, assim, uma falta de confiança na outra, em si mesma ou no futuro? A expressão abrange situações diferentes: concubinato, recusa do casamento enquanto tal, incapacidade de assumir compromissos a longo prazo. Todas essas situações ofendem a dignidade do matrimônio, destroem a própria idéia da

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família, enfraquecem o sentido da fidelidade. São contrárias à lei moral. O ato sexual deve ocorrer exclusivamente no casamento; fora dele, é sempre um pecado grave e exclui da comunhão sacramental.

17.1.4 Blasfêmia contra o Espírito Santo §1864 “Todo pecado, toda blasfêmia será perdoada aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada” (Mt 12,31). Pelo contrário, quem a profere é culpado de um pecado eterno. A misericórdia de Deus não tem limites, mas quem se recusa deliberadamente a acolher a misericórdia de Deus pelo arrependimento rejeita o perdão de seus pecados e a salvação oferecida pelo Espírito Santo. Semelhante endurecimento pode levar à impenitência final e à perdição eterna.

17.1.5 Perdão dos pecados mortais pela contrição perfeita §1452 Quando rota do amor de Deus, amado acima de tudo, contrição é “perfeita” (contrição de caridade). Esta contrição perdoa as faltas veniais e obtém também o perdão dos pecado mortais, se incluir a firme resolução de recorrer, quando possível, à confissão sacramental. §1856 O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital, que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da Reconciliação: Quando a vontade se volta para uma coisa contrária à caridade pela qual estamos ordenados ao fim último, há no pecado, por seu próprio objeto, matéria para ser mortal... quer seja contra o amor a Deus, como a blasfêmia, o perjúrio etc., quer seja contra o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério etc. Por outro lado, quando a vontade do pecador se dirige às vezes a um objeto que contém em si uma desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como por exemplo palavra ociosa, riso supérfluo etc., tais pecados são veniais'

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17.1.6 Penas eternas reservadas a quem morre em pecado mortal §1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: “Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3,14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”. §1035 O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, “o fogo eterno”. A pena principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.

17.1.7 O pecado venial deixa subsistir a caridade §1861 O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de graça. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso. No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.

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17.1.8 Imputabilidade da culpa §1860 A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.

17.2 Pecados Venais Condições da matéria do conhecimento e do consentimento §1862 Comete-se um pecado venial quando não se observa, em matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno consentimento.

17.2.1 Distinção entre pecado mortal e pecado venial §1854 A gravidade do pecado: pecado mortal e venial Convém avaliar os pecados segundo sua gravidade. Perceptível já na Escritura, a distinção entre pecado mortal e pecado venial se impôs na tradição da Igreja. A experiência humana a corrobora.

17.2.2 Confissão dos pecados veniais §1458 Apesar e não ser estritamente necessária, a confissão das faltas cotidianas (pecados veniais) é vivamente recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão regular de nossos pecados veniais nos ajuda a formar a consciência, a lutar contra nossas más tendências, a deixar-nos curar por Cristo, a progredir na vida do Espírito. Recebendo mais frequentemente, por meio deste sacramento, o dom da misericórdia do Pai, somos levados a ser misericordiosos como ele; Quem confessa os próprios pecados já está agindo em harmonia com Deus. Deus acusa teus pecados; se tu também os acusas, tu te associas a Deus. O homem e o pecador são,

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por assim dizer, duas realidades: quando ouves falar do homem, foi Deus quem o fez; quando ouves falar do pecador, é o próprio homem quem o fez. Destrói o que fizeste para que Deus salve o que Ele fez... Quando começas a detestar o que fizeste, é então que tuas boas obras começam, porque acusas tuas más obras. A confissão das más obras é o começo das boas obras. Contribui para a verdade e consegues chegar à luz. §1863 O pecado venial enfraquece a caridade; traduz uma afeição desordenada pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e a prática do bem moral; merece penas temporais. O pecado venial deliberado e que fica sem arrependimento dispõe-nos pouco a pouco a cometer o pecado mortal. Mas o pecado venial não quebra a aliança com Deus. É humanamente reparável com a graça de Deus. “Não priva da graça santificante, da amizade com Deus, da caridade nem, por conseguinte, da bem-aventurança eterna.” O homem não pode, enquanto está na carne, evitar todos os pecados, pelo menos os pecados leves. Mas esses pecados que chamamos leves, não os consideras insignificantes: se os consideras insignificantes ao pesá-los, treme ao contá-los. Um grande número de objetos leves faz uma grande massa; um grande número de gotas enche um rio; um grande número de grãos faz um montão. Qual é então nossa esperança? Antes de tudo, a confissão.

17.3 Lista de Pecados Mt 15,19Do coração procedem as más intenções, os assassínios, os adultérios, as prostituições, os roubos, os falsos testemunhos e as blasfêmias. 20É isto que torna o homem impuro. Mas comer com as mãos por lavar não torna o homem impuro. Mc 7,21Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos, as prostituições, roubos, assassínios, 22 adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. 23Todas estas maldades saem de dentro e tornam o homem impuro.

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Lc 11,39O Senhor disse-lhe: “Vós, os fariseus, limpais o exterior do copo e do prato, mas o vosso interior está cheio de rapina e de maldade. 40Insensatos! Aquele que fez o exterior não fez também o interior? 41Antes, dai esmola do que possuís, e para vós tudo ficará limpo. Rm 1,28E como não julgaram por bem manter o conhecimento de Deus, entregou-os Deus a uma inteligência sem discernimento. E é assim que fazem o que não devem: 29estão repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, 30maldizentes, inimigos de Deus, insolentes, orgulhosos, arrogantes, engenhosos para o mal, rebeldes para com os pais, 31estúpidos, desleais, inclementes, impiedosos. 32Esses, muito embora conheçam o veredito de Deus de que são dignos de morte os que tais coisas praticam não só as fazem, como até aprovam os que as praticam. Rm 13,13Como quem vive em pleno dia, comportemo-nos honestamente: nada de orgiasa e bebedeiras, nada de devassidão e libertinagens, nada de discórdias e invejas. 14Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não vos entregueis às coisas da carne, satisfazendo os seus desejos. 1Cor 5,11Não. Escrevi que não devíeis associar-vos com quem, dizendo-se irmão, fosse devasso, avarento, idólatra, caluniador, beberrão ou ladrão. Com estes, nem sequer deveis comer. 12 Porventura, compete-me, a mim, julgar os de fora? Não são os de dentro que tendes de julgar? 13Os de fora, Deus os julgará. Afastai o mau do meio de vós. 1Cor 6,9Ou não sabeis que os injustos não herdarão o Reino de Deus? Não vos iludais: nem os devassos, nem os idólatras, nem

[a] Orgias: s.f.1[história da religião] na Antiguidade, ritual festivo geralemnte realizado à noite em honra do deus chamado Dioniso (entre os gregos) ou Baco (entre os romanos); bacanal 2festividade na qual se sobressaem atos de euforia, excesso de bebidas, desregramento e libertinagem; bacanal 3qualquer reunião que se caracterize pela lubricidade, pela orgia sexual entre mais de duas pessoas; bacanal, esbórnia, pândega, suruba.

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os adúlteros, nem os efeminadosa, nem os pedófilosb, 10nem os ladrões, nem os avarentosc, nem os beberrões, nem os caluniadores, nem os salteadores herdarão o Reino de Deus. 11E alguns de vós eram assim. Mas vós cuidastes de vos purificar; fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus. 2Cor 12,20De fato, temo que à minha chegada, possa não vos encontrar como desejaria e que vós não me encontreis como desejaríeis. Temo que haja entre vós contendas, invejas, rixas, dissensões, calúnias, murmurações, arrogâncias e desordens. Gl 5,19Mas as obras da carne estão à vista. São estas: fornicaçãod, impurezae, devassidãof, 20idolatriag, feitiçariah

[a] Efeminado: m.q. Afeminado: adj. s.m. 1que ou aquele que não tem ou perdeu os modos viris 2diz-se de ou homossexual masculino 3que é exageradamente delicado. [b] Pedófilo: adj.s.m. que ou quem sente a impulsão da pedofilia e/ou a pratica. Pedofilia: s.f. Psicopatologia 1perversão que leva um indivíduo adulto a se sentir sexualmente atraído por crianças 2prática efetiva de atos sexuais com crianças. [c] Avarento: adj.s.m. 1que ou aquele que é obcecado por adquirir e acumular dinheiro 2que ou quem não é generoso, 3agiota, avaro, cobiçoso, fominha, mão-de-vaca, mão-fechada, mesquinho, miserável, mísero, mofino, morrinha, morto-a-fome, muquirana, pão-duro, pelintra, sórdido, sovina, usurário, usureiro, vilão. [d] Fornicação: s.f. 1ato de fornicar; prática sexual, coito, especialmente com prostitutas 1.1religião ato sexual que não é entre cônjuges [fora do casamento]; o pecado da luxúria; pecado da carne. [e] Impureza: /ê/ s.f. 1falta de pureza, de limpidez 2qualidade, estado ou condição de impuro; poluição falta de pudor, de castidade; imoralidade, impudicícia, impuridade 3ausência de asseio, de limpeza; imundícia 4m.q. impiedade ('desprezo') contrário à castidade, pureza. [f] Devassidão: s.f. 1qualidade, caráter ou procedimento de devasso 2 depravação de costumes; libertinagem, licenciosidade. [g] Idolatria: s.f. 1culto que se presta a ídolos 2fig. amor excessivo, admiração exagerada [a coisas e pessoas: dinheiro, bens, status, etc]. [h] Feitiçaria: s.f. 1Ocutismo, obra de feiticeiro 2m.q. Bruxaria.

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[feitiçoa], inimizadesb, contendac, ciúmed, fúriase, ambições, discórdias, partidarismos, 21invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já preveni: os que praticarem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Ef 4,30E não ofendais o Espírito Santo de Deus, selo com o qual fostes marcados para o dia da redenção. 31Toda a espécie de azedume, raiva, ira, gritaria e injúria desapareça de vós, juntamente com toda a maldade. 32Sede, antes, bondosos uns para com os outros, compassivos; perdoai-vos mutuamente, como também Deus vos perdoou em Cristo. Ef 5, 3Mas de prostituição e qualquer espécie de impureza ou ganância nem sequer se fale entre vós, como é próprio de santos; 4nem haja palavras obscenas, insensatas ou grosseiras; são coisas que não convêm; haja, sim, ação de graças. 5Porque, disto deveis ter a certeza: nenhum fornicador, impuro ou ganancioso - o que equivale a idólatra - tem herança no Reino de Cristo e de Deus. 6Ninguém vos engane com palavras ocas; pois são estas coisas que provocam a ira de Deus contra os rebeldes. 7 Não sejais, pois, cúmplices deles. 8É que outrora éreis trevas, mas agora sois luz, no Senhor. Procedei como filhos da luz 9pois o fruto da luz está em toda a espécie de bondade, justiça e verdade - 10procurando discernir o que é agradável ao Senhor. 11 E não tomeis parte nas obras infrutíferas das trevas; pelo [a] Feitiço: s.m. 1ação ou prática própria de feiticeira ou feiticeiro; sortilégio, bruxaria, enfeitiçamento 2utilização de hipotéticas forças mágicas, com finalidade divinatória e intenções malfazejas. [b] Inimizades: s.f. falta de amizade; ódio, indisposição, malquerença, divisão. [c] Contenda: s.f. ato de contender 1luta, combate, guerra, 2altercação, rixa, discussão; discórdia 3litígio, disputa ou controvérsia judicial. [d] Ciúme: s.m. 1estado emocional complexo que envolve um sentimento penoso provocado em relação a uma pessoa de que se pretende o amor exclusivo; receio de que o ente amado dedique seu afeto a outrem 2medo de perder alguma coisa 3m.q. inveja [e] Fúrias: s.f. 1exaltação de ânimo; delírio que se manifesta por ações violentas; ira, raiva, cólera 2estado de arrebatamento, paixão; delírio, sanha 3 4 desejo extremado; entusiasmo, fervor procedimento precipitado, sem consideração por consequências, 5pessoa fora de si, cheia de raiva, furiosa 6 mulher desgrenhada, de aspecto malcuidado, cólera, danação, indignação, intensidade, ira, ódio, raiva, rancor, selvageria, violência, zanga.

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contrário, denunciai-as. 12Porque o que por eles é feito às escondidas, até dizê-lo é vergonhoso. 13Mas tudo isso, se denunciado, é posto às claras pela luz; 14pois tudo o que é posto às claras é luz. Por isso se diz: “Desperta, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo brilhará sobre ti”. 15 Portanto, vede bem como procedeis: não como insensatos, mas como sensatos, 16aproveitando o tempo, pois os dias são maus. 17Por isso mesmo, não vos torneis néscios, mas tratai de compreender qual é a vontade do Senhor. 18E não vos embriagueis com vinho, que leva à vida desregrada, mas deixaivos encher do Espírito; 19entre vós, cantai salmos, hinos e cânticos espirituais; cantai e louvai o Senhor com todo o vosso coração; 20sem cessar, dai graças por tudo a Deus Pai, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. Cl 3,5Crucificai os vossos membros no que toca à prática de coisas da terra: fornicação, impureza, paixão, mau desejo e a ganância, que é uma idolatria. 6Estas coisas provocam a ira de Deus sobre os que lhe resistem. 7Entre eles também vós caminhastes outrora, quando vivíeis nessas coisas. 8Mas agora rejeitai também vós tudo isso: ira, raiva, maldade, injúria, palavras grosseiras saídas da vossa boca. 9Não mintais uns aos outros, já que vos despistes do homem velho, com as suas ações, 10e vos revestistes do homem novo, aquele que, para chegar ao conhecimento, não cessa de ser renovado à imagem do seu Criador. 1Tm 1,8Mas nós sabemos que a lei é boa, contanto que dela se faça um uso legítimo 9e tendo em conta que a lei não foi feita para o justo, mas para os maus e rebeldes, para os ímpios a e pecadores, para os sacrílegosb e profanadores, para os

[a] Ímpio: adj. s.m. 1que ou aquele que não tem fé ou que tem desprezo pela religião 2que ou aquele que não respeita os valores comumente admitidos. 3que denota ou revela impiedade. [b] Sacrílego: adj. 1que tem o caráter de sacrilégio; em que há sacrilégio 2 relativo àquele que é sacrílego ou aos seus atos adj.s.m. 3que ou aquele que comete sacrilégio 4ladrão de objetos sagrados; daí, profanador.

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parricidasa e matricidasb, homicidas, 10impudicosc, pederastasd, traficantes de escravos, mentirosos, perjurose, e tudo aquilo que está em contradição com a sã doutrina, 11segundo o Evangelho da glória do Deus bem-aventurado, que me foi confiado. 1Tm 6,2fIsto é o que deves ensinar e recomendar. 3Se alguém ensinar outra doutrina e não aderir às sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo e ao ensinamento conforme à piedade, 4é um obcecado pelo orgulho, um ignorante, um espírito doentio dado a querelas e contendas de palavras. Daí nascem invejas, rixas, injúrias, suspeitas maldosas, 5altercações entre homens de espírito corrompido e desprovidos de verdade, que julgam ser a piedade uma fonte de lucro. 6A piedade é, realmente, uma grande fonte de lucro para quem se contenta com o que tem. 7 Pois nada trouxemos ao mundo e nada podemos levar dele. 8 Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isso. 9Mas os que querem enriquecer caem na tentação, na armadilha e em múltiplos desejos insensatos e nocivos que precipitam os homens na ruína e na perdição. 10Porque a raiz de todos os males é a ganância do dinheiro. Arrastados por ele, muitos se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições. 2Tm 3,1Fica sabendo que, nos últimos dias, surgirão tempos difíceis. 2As pessoas tornar-se-ão egoístas, interesseiras, arrogantes, soberbas, blasfemas, desrespeitadoras dos pais, ingratas, ímpias, 3sem coração, implacáveis, caluniadoras, descontroladas, desumanas e inimigas do bem, 4traidoras, insolentes, orgulhosas e mais amigas dos prazeres do que de Deus. 5Conservarão uma aparência de piedade, mas negarão a sua essência. Procura evitar essa gente. [a] Parricida: adj.2g.s.2g. que ou aquele que matou o pai, a mãe, ou qualquer outro ascendente. [b] Matricida: s.2g. pessoa que comete matricídio. Matricídio: s.m. crime cometido pelo indivíduo que mata a própria mãe. [c] Impudico: /dí/ adj.s.m. 1que ou quem não tem pudor 2que ou o que é impudente, lascivo, luxurioso, sensual. [d] Pederasta: s.m. (1877 cf. MS7) indivíduo que pratica a pederastia. Pederastia: s.f. 1prática sexual entre um homem e um rapaz mais jovem 2 homossexualidade masculina. [e] Perjuro: adj.s.m. que ou aquele que perjura, que falta a seu juramento

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Tt 3,3Pois também nós éramos outrora insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda a espécie de paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, odiados e odiando-nos uns aos outros. 1Pd 4,3Já basta que, no tempo passado, tenhais procedido à maneira dos pagãos, vivendo em devassidão, paixões desonestas, embriaguez, excessos no comer e no beber e em nefandos cultos de falsos deuses.

17.3.1 Blasfêmia §2148 A blasfêmia opõe-se diretamente ao segundo mandamento. Ela consiste em proferir contra Deus interior ou exteriormente - palavras de ódio, de ofensa, de desafio, em falar mal de Deus, faltar-lhe deliberadamente com o respeito ao abusar do nome de Deus. São Tiago reprova “os que blasfemam contra o nome sublime (de Jesus) que foi invocado sobre eles” (Tg 2,7). A proibição da blasfêmia se estende às palavras contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas. É também blasfemo recorrer ao nome de Deus para encobrir práticas criminosas, reduzir povos à servidão, torturar ou matar. O abuso do nome de Deus para cometer um crime provoca a rejeição da religião. A blasfêmia é contrária ao respeito devido a Deus e a seu santo nome. E em si um pecado grave.

17.3.2 Homicídio §2268 O HOMICÍDIO VOLUNTÁRIO O quinto mandamento proscreve como gravemente pecaminoso o homicídio direto e voluntário. O assassino e os que cooperam voluntariamente com o assassinato cometem um pecado que clama ao céu por vingança.

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O infanticídioa, o fratricídiob, o parricídioc e o assassinato do cônjuged são crimes particularmente graves, devido aos laços naturais que rompem. Preocupações de eugenismoe ou de higiene pública não podem justificar nenhum assassinato, mesmo a mando dos poderes públicos.

17.3.3 Inveja Inveja: substantivo feminino - sentimento em que se misturam o ódio e o desgosto, e que é provocado pela felicidade, prosperidade de outrem; desejo irrefreável de possuir ou gozar, em caráter exclusivo, o que é possuído ou gozado por outrem. Sinônimos > ciúme, invídia, zelotipia §2539 A inveja é um vício capital. Designa a tristeza sentida diante do bem do outro e do desejo imoderado de sua apropriação, mesmo indevida. Quando deseja um grave mal ao próximo, é um pecado mortal: Santo Agostinho via na inveja “o pecado diabólico por excelência”. “Da inveja nascem o ódio, a maledicência, a calúnia, a alegria causada pela desgraça do próximo e o desprazer causado por sua prosperidade.”

[a] Infanticídio: s.m. 1 assassínio de uma criança, esp. de um recém-nascido 2 [termo juridico] morte do filho provocada pela mãe por ocasião do parto ou durante o estado puerperal. [b] Fratricídio: s.m. 1delito de homicídio cometido contra o próprio irmão ou irmã 2matança entre povos da mesma raça, cidadãos do mesmo país etc. [c] Parricídio: s.m. crime cometido por um parricida ¤ etim lat. parricidìum,ìi 'assassinato de um parente; atentado contra a pátria'; [d] Conjugicídio: é o assassinato do cônjuge. Uxoricídio: /cs/ s.m. assassínio de mulher cometido por quem era seu marido. Mariticídio: s.m. assassínio do marido pela esposa. [e] Eugenismo: s.m. Ciência que estuda as condições favoráveis à manutenção e preservação da qualidade da espécie humana. / Teoria social baseada nesta ciência. Eugenia: s.f. medicina teoria que busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis genéticas ¤ etim lat.cien. eugenia 'aperfeiçoamento da espécie via seleção genética e controle da reprodução.

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Gn 26,14 Possuía rebanhos de toda a espécie, de gado miúdo e graúdo, e numerosos servos. Por isso, os filisteus tiveram inveja de Isaac. Gn 30, 1 Vendo que não dava à luz filhos a Jacob, Raquel começou a ter inveja da irmã e disse a Jacob: “Dá-me filhos ou, então, morro!” 1 Sm 2, 32 Verás com inveja o bem que Eu farei a Israel, enquanto na tua casa jamais haverá um ancião. 1 Sm 2, 33 Entretanto, nem todos os teus descendentes afastarei do meu altar, para que os teus olhos chorem de inveja e a tua alma desfaleça; todos os outros morrerão na flor da idade. 1 Mc 8, 16 Cada ano, confiavam a autoridade suprema a um só homem, que dominava em todo o território e todos obedeciam a este homem único, sem que houvesse, entre eles, inveja nem ciúme. Jó 5, 2 A ira mata o insensato, e a inveja mata o imbecil. Sl 73, 3 ao sentir inveja dos ímpios, ao ver a prosperidade dos maus. Sl 106, 16 No acampamento, tiveram inveja de Moisés e de Aarão, o ungido do Senhor. Pr 14, 30 Um coração tranquilo é a vida do corpo, mas a inveja é doença para os ossos. Ecl 4, 4 Vi também que todo o esforço e todo o êxito de uma obra não passam de inveja de uns para com os outros. Também isto é ilusão e correr atrás do vento. Ecl 9, 6 O seu amor, ódio e inveja pereceram juntamente com eles; e nunca mais terão parte em tudo quanto se faz debaixo do céu. Sb 2, 24 Por inveja do diabo é que a morte entrou no mundo, e hão-de prová-la os que pertencem ao diabo. Sb 6, 23 Não caminharei com aquele que se consome de inveja, pois esta nada tem a ver com a sabedoria. Eclo 30, 3 Aquele que instrui o filho, causará inveja ao seu inimigo, e, entre os amigos, exultará por causa dele.

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Eclo 30, 24 A inveja e a ira abreviam os dias, e a inquietação faz chegar à velhice antes do tempo. Is 11, 13 Cessará a inveja de Efraim e terminarão os rancores de Judá: Efraim não mais invejará Judá, nem Judá terá rancor contra Efraim. Mt 20, 15 Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?' Mt 27, 18 Ele sabia que o tinham entregado por inveja. Mc 7, 22 adultérios, ambições, perversidade, má fé, devassidão, inveja, maledicência, orgulho, desvarios. Mc 15, 10 Porque sabia que era por inveja que os sumos sacerdotes o tinham entregado. At 5, 17 Surgiu, então, o Sumo Sacerdote com todos os seus sequazes, isto é, o partido dos saduceus; encheram-se de inveja At 13, 45 A presença da multidão encheu os judeus de inveja, e responderam com blasfêmias ao que Paulo dizia. At 17, 5 Mas os judeus, cheios de inveja, aliciaram alguns indivíduos da escória do povo, provocaram ajuntamentos e espalharam a agitação pela cidade. Assaltaram a casa de Jasão, à procura de Paulo e Silas, para os levarem à assembleia do povo. Rm 1, 29 estão repletos de toda a espécie de injustiça, perversidade, ambição, maldade; cheios de inveja, homicídios, discórdia, falsidade, malícia; são difamadores, Fl 1, 15 É certo que alguns é por inveja e rivalidade, mas outros é mesmo com boa intenção que pregam a Cristo: Tt 3, 3 Pois também nós éramos outrora insensatos, rebeldes, extraviados, escravos de toda a espécie de paixões e prazeres, vivendo na maldade e na inveja, odiados e odiando-nos uns aos outros. Tg 3, 14 Mas, se tendes no vosso coração uma inveja amarga e um espírito dado a contendas, não vos vanglorieis nem falseeis a verdade. Tg 3, 16 Pois, onde há inveja e espírito faccioso também há perturbação e todo o género de obras más.

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Tg 4, 2 Cobiçais, e nada tendes? Então, matais! Roeis-vos de inveja, e nada podeis conseguir? Então, lutais e guerreais-vos! Não tendes, porque não pedis.

17.3.4 Ira §2302 A PAZ Ao lembrar o preceito “Tu não matarás” (Mt 5,21), Nosso Senhor pede a paz do coração e denuncia a imoralidade da cólera assassina e do ódio. A cólera é um desejo de vingança. “Desejar a vingança para o mal daquele que é preciso punir é ilícito, mas é louvável impor uma reparação para a correção dos vícios e a conservação da justiça”. Se a cólera chega ao desejo deliberado de matar o próximo ou de feri-lo com gravidade, atenta gravemente contra a caridade, constituindo pecado mortal. O Senhor disse: “Todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal” (Mt 5,22).

17.3.5 Maldade §1860 A ignorância involuntária pode diminuir ou até escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignora os princípios da lei moral inscritos na consciência de todo ser humano. Os impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o caráter voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.

17.3.6 Mentira §2484 A gravidade da mentira se mede segundo a natureza da verdade que ela deforma, de acordo com as circunstâncias, as intenções daquele que a comete, os prejuízos sofridos por aqueles que são suas vítimas. Embora a mentira, em si, não constitua senão um pecado venial, torna-se mortal quando fere gravemente as virtudes da justiça e da caridade.

17.3.7 Ódio §2303 O ódio voluntário é contrário à caridade. O ódio ao próximo é um pecado quando o homem quer deliberadamente seu mal. O ódio ao próximo é um pecado grave quando se lhe deseja deliberadamente um grave dano. “Eu, porém, vos digo: amai

234 VOSSOS inimigos e orai pelos que vos perseguem; desse modo vos tornareis filhos de vosso Pai que esta nos céus...” (Mt 5 ,44-45).

17.3.8 Pecados contra a esperança §2091 O primeiro mandamento visa também aos pecados contra a esperança, que são o desespero e a presunção. Pelo desespero, o homem deixa de esperar de Deus sua salvação pessoal, os auxílios para alcançá-la ou o perdão de seus pecados. O desespero opõe-se à bondade de Deus, à sua justiça porque o Senhor é fiel a suas promessas e à sua misericórdia.

17.3.9 Pecados contra a fé §2088 O primeiro mandamento manda-nos alimentar e guardar com prudência e vigilância nossa fé e rejeitar tudo o que se lhe opõe. Há diversas maneiras de pecar contra a fé. A dúvida voluntária sobre a fé negligencia ou recusa ter como verdadeiro o que Deus revelou e que a Igreja propõe para crer. A dúvida involuntária designa a hesitação em crer, a dificuldade de superar as objeções ligadas à fé ou, ainda, a ansiedade suscitada pela obscuridade da fé. Se for deliberadamente cultivada, a dúvida pode levar à cegueira do espírito. §2089 A incredulidade é a negligência da verdade revelada ou a recusa voluntária de lhe dar o próprio assentimento. “Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do Batismo, de qualquer verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dessa verdade; apostasia, o repúdio total da fé cristã; cisma, a recusa de sujeição ao Sumo Pontífice ou da comunhão com os membros da Igreja a ele sujeitos.”

17.3.10 Sacrilégio §2120 O sacrilégio consiste em profanar ou tratar indignamente os sacramentos e as outras ações litúrgicas, bem como as pessoas, as coisas e os lugares consagrados a Deus. O sacrilégio é um pecado grave, sobretudo quando cometido contra a Eucaristia, pois neste sacramento o próprio Corpo de Cristo se nos torna substancialmente presente.

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17.3.11 Transgressão da obrigação Eucaristia nos dias de preceito

de

participar

da

§2181 A Eucaristia do domingo fundamenta e sanciona toda a prática cristã. Por isso os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito, a não ser por motivos muito sérios (por exemplo, uma doença, cuidado com bebês) ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave.

17.4 “Pecados que clamam ao céu” §1867 A tradição catequética lembra também que existem “pecados que bradam ao céu”. Bradam ao céu o sangue de Abela, o pecado dos sodomitasb; o clamor do povo oprimido no Egitoc; a queixa do estrangeiro, da viúva e do órfãod; a injustiça contra o assalariadoe. [a] Gn 4,10 Iahweh disse: “Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra até mim.” O QUINTO MANDAMENTO: Não matarás (Ex 20,13). Ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás. Aquele que matar terá de responder ao tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encolerizar contra seu irmão terá de responder no tribunal (Mt 5,21-22). 2258 “A vida humana é sagrada porque desde sua origem ela encerra a ação criadora de Deus e permanece para sempre numa relação especial com o Criador, seu único fim. Só Deus é o dono da vida, do começo ao fim; ninguém, em nenhuma circunstância, pode reivindicar para si o direito de destruir diretamente um ser humano inocente.” I. O respeito à vida humana – O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA SAGRADA 2259 A Escritura, no relato do assassinato de Abel por seu irmão Caim, revela, desde o começo da história humana, a presença da cólera e da cobiça no homem, consequências do pecado original. O homem se tornou inimigo de seu semelhante. Deus expressa a atrocidade deste fratricídio: “Que fizeste? Ouço o sangue de teu irmão, do solo, clamar por mim. Agora, és maldito e expulso do solo fértil que abriu a boca para receber de tua mão o sangue de teu irmão” (Gn 4,10-11). 2260 A aliança entre Deus e a humanidade está cheia de lembranças do dom divino da vida humana e da violência assassina do homem: Pedirei contas do sangue de cada um de vós ... Quem derramar o sangue do homem, pelo homem terá seu sangue derramado. Pois à imagem de Deus o homem foi feito (Gn 9,5-6).

[b]

Gn 18,20Disse então Iahweh: “O clamor contra Sodoma e Gomorra é muito grande! Seu pecado é muito grave!” (Sodomia: s.f. coito anal entre indivíduos do sexo masculino ou entre um homem e uma mulher.); Gn 19,13Pois vamos destruir todas estas terras, porque o clamor que se eleva contra os seus habitantes é enorme diante de Iahweh, e Ele enviou-nos para os aniquilar.”

[c]

Ex 3,7 Iahweh disse: “Eu bem vi a opressão do meu povo que está no Egito, e ouvi o seu clamor diante dos seus inspetores; conheço, na verdade, os seus sofrimentos. 8Desci a fim de o libertar da mão dos egípcios e de o fazer subir desta terra para uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel, terra do cananeu, do hitita, do amorreu, do perizeu, do heveu e do jebuseu. 9E agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e vi também a tirania que os egípcios exercem sobre eles. 10E agora, vai; Eu te envio ao faraó, e faz sair do Egito o meu povo, os filhos de Israel.”

[d]

Ex 22,20Não usarás de violência contra o estrangeiro residente nem o oprimirás, porque foste estrangeiro residente na terra do Egito. 21Não maltratarás nenhuma viúva nem nenhum órfão. 22Se tu o maltratares, e se ele clamar a mim, hei-de ouvir o seu clamor; 23a minha ira inflamar-se-á e matar-vos-ei à espada, e as vossas mulheres ficarão viúvas e os vossos filhos ficarão órfãos.

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17.5 Pecados capitais geradores de outros pecados §1866 Os vícios podem ser classificados segundo as virtudes que contrariam, ou ainda ligados aos pecados capitais que a experiência cristã distinguiu seguindo São João Cassiano e São Gregório Magno. São chamados capitais porque geram outros pecados, outros vícios. São o orgulho, a avareza, inveja, a ira, a impureza, a gula, a preguiça ou acídia.

17.6 Pecados contra a Igreja e contra Comunhão Não cumprir os mandamentos da Igreja que são: §2042 O primeiro mandamento da Igreja (“Participar da missa inteira nos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”) ordena aos fiéis que santifiquem o dia em que se comemora a ressurreição do Senhor e as festas litúrgicas em honra dos mistérios do Senhor, da santíssima Virgem Maria e dos santos, em primeiro lugar participando da celebração eucarística, em que se reúne a comunidade cristã, e se abstendo de trabalhos e negócios que possam impedir tal santificação desses dias. O segundo mandamento (“Confessar-se ao menos uma vez por ano”) assegura a preparação para a Eucaristia pela recepção do sacramento da Reconciliação, que continua a obra de conversão e perdão do Batismo. O terceiro mandamento (“Receber o sacramento da Eucaristia ao menos pela Páscoa da ressurreição”) garante um mínimo na recepção do Corpo e do Sangue do Senhor em ligação com as festas pascais, origem e centro da Liturgia Cristã. 2043 O quarto mandamento ("Jejuar e abster-se de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja") determina os tempos de ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de coração.

[e]

Dt 24,14Não explorarás o trabalhador pobre e necessitado, seja um dos teus irmãos ou um dos estrangeiros que estão na tua terra, nas tuas cidades. 15Dá-lhe o seu salário no próprio dia, antes do pôr-do-sol, porque ele é pobre e espera-o com ansiedade. Assim, ele não clamará contra ti ao Senhor, e não serás acusado desse pecado. Tg 5,4Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!

237 O quinto mandamento ("Ajudar a Igreja em suas necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades.

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18 Mundo Bíblico

O Mundo dos Hebreus – Representação gráfica da concepção hebraica do mundo. A morada celeste de Deus fica acima das águas superiores. Abaixo destas águas está o firmamento ou céu, que se assemelha a uma tigela emborcada, sustentada por colunas. Através das Aberturas (comportas) na abóbada as águas superiores caem sobre a terra, como chuva ou neve. A terra é uma plataforma sustentada por colunas e rodeada de água, os mares. Por baixo e ao redor das colunas, estão as águas inferiores. Nas profundezas da terra está o Sheol, a morada dos mortos (chamada também “infernos”). Esta mesma concepção pré-científica do universo existia também entre os povos pagãos vizinhos. Fonte: Bíblia Sagrada, Editora Vozes, 50ª Edição, Petrópolis, 2005, pág. 24.

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19 Inferno, Hades, Sheol 19.1 Definição do inferno §1033 Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos: “Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia seu irmão é homicida; e sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” (1Jo 3, 14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados dele se deixarmos de ir ao encontro das necessidades graves dos pobres e dos pequenos que são seus irmãos morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”. §1034 Jesus fala muitas vezes da “Geena”, do “fogo que não se apaga”, reservado aos que recusam até o fim de sua vida crer e converter-se, e no qual se pode perder ao mesmo tempo a alma e o corpo. Jesus anuncia em termos graves que “enviar seus anjos, e eles erradicarão de seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade, e os lançarão na fornalha ardente” (Mt 13, 4142 ), e que pronunciar a condenação: “Afastai-vos de mim malditos, para o fogo eterno!” (Mt 25,41).

19.2 Doutrina da Igreja sobre o inferno §1036 As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja acerca do Inferno são um chamado à responsabilidade com a qual o homem deve usar de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Constituem também um apelo insistente à conversão: “Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à vida. E poucos são os que o encontram” (Mt 7,13-14): Como desconhecemos o dia e a hora, conforme a advertência do Senhor, vigiemos constantemente para que, terminado o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com ele para as bodas e mereçamos ser contados entre os benditos, e não sejamos, como servos maus e preguiçosos,

240 obrigados a ir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.

19.3 Inferno = aversão livre e voluntária a Deus §1037 Deus não predestina ninguém para o Inferno; para isso é preciso uma aversão voluntária a Deus (um pecado mortal) e persistir nela até o fim. Na Liturgia Eucarística e nas orações cotidianas de seus fiéis, a Igreja implora a misericórdia de Deus, que quer “que ninguém se perca, mas que todos venham a converter-se” (2Pd 3,9): Recebei, ó Pai, com bondade, a oferenda de vossos servos e de toda a vossa família; dai-nos sempre a vossa paz, livrainos da condenação e acolhei-nos entre os vossos eleitos.

19.4 Inferno = consequência da rejeição eterna de Deus §1861 O pecado mortal é uma possibilidade radical da liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a privação da graça santificante, isto é, do estado de graça. Se este estado não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que nossa liberdade tem o poder de fazer opções para sempre, sem regresso. No entanto, mesmo podendo julgar que um ato é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.

19.5 Descida de Jesus Cristo aos infernos §624 “Pela graça de Deus, Ele provou a morte em favor de todos os homens” (Hb 2,9). Em seu projeto de salvação, Deus dispôs que seu Filho não somente “morresse por nossos pecados” (1Cor 15, 3), mas também que “provasse a morte”, isto é, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado do Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida aos Infernos. É o mistério do Sábado Santo, que o Cristo depositado no túmulo manifesta o grande descanso sabático de Deus depois da realização da salvação dos homens, que confere paz ao universo inteiro. §631 “Jesus desceu às profundezas da terra. Aquele que desceu é também aquele que subiu” (Ef 4,9-10). O Símbolo dos Apóstolos confessa em um mesmo artigo de fé a descida de Cristo aos

241 Infernos e sua Ressurreição dos mortos no terceiro dia, porque em sua Páscoa é do fundo da morte que ele fez jorrar a vida: Cristo, teu Filho/ que, retomado dos Infernos,/ brilhou sereno para o gênero humano,/ e vive e reina pelos séculos dos séculos. Amem. §632 As frequentes afirmações do Novo Testamento segundo as quais Jesus “ressuscitou dentre os mortos” (1Cor 15, 20) pressupõem, anteriormente à ressurreição, que este tenha ficado na Morada dos Mortos. Este é o sentido primeiro que a pregação apostólica deu à descida de Jesus aos Infernos: Jesus conheceu a morte como todos os seres humanos e com sua alma esteve com eles na Morada dos Mortos. Mas para lá foi como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali estavam aprisionados. §633 A Escritura denomina a Morada dos Mortos, para a qual Cristo morto desceu, de os Infernos, o sheol ou o Hades, Visto que os que lá se encontram estão privados da visão de Deus. Este é, com efeito, o estado de todos os mortos, maus ou justos, à espera do Redentor que não significa que a sorte deles seja idêntica, como mostra Jesus na parábola do pobre Lázaro recebido no “seio de Abraão”. “São precisamente essas almas santas, que esperavam seu Libertador no seio de Abraão, que Jesus libertou ao descer aos Infernos”. Jesus não desceu aos Infernos para ali libertar os condenados nem para destruir o Inferno da condenação, mas para libertar os justos que o haviam precedido. §634 “A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos...” (1Pd 4, 6). A descida aos Infernos é o cumprimento, até sua plenitude, do anúncio evangélico da salvação. É a fase última da missão messiânica de Jesus, fase condensada no tempo, mas imensamente vasta em sua significação real de extensão da obra redentora a todos os homens de todos os tempos e de todos os lugares, pois todos os que são salvos se tomaram participantes da Redenção. §635 Cristo desceu, portanto, no seio da terra, a fim de que “os mortos ouçam a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem vivam” (Jo 5,25). Jesus, “o Príncipe da vida”, “destruiu pela morte o dominador da morte, isto é, O Diabo, e libertou os que passaram toda a vida em estado de servidão, pelo temor da morte” (Hb 2, 5). A partir de agora, Cristo ressuscitado “detém a chave da morte e do Hades” (Ap 1, 18), e “ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos” (Fl 2,10). Um grande silêncio reina hoje na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se porque Deus adormeceu na carne e foi

242 acordar os que dormiam desde séculos... Ele vai procurar Adão, nosso primeiro Pai, a ovelha perdida. Quer ir visitar todos os que se assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles dos quais é filho e para os quais é Deus: Adão acorrentado e Eva com ele cativa. “Eu sou teu Deus, e por causa de ti me tornei teu filho. Levanta-te, tu que dormes, pois não te criei para que fiques prisioneiro do Inferno: Levanta-te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos.” §1035 O ensinamento da Igreja afirma a existência e a eternidade do inferno. As almas dos que morrem em estado de pecado mortal descem imediatamente após a morte aos infernos, onde sofrem as penas do Inferno, “o fogo eterno”. A pena principal do Inferno consiste na separação eterna de Deus, o Único em quem o homem pode ter a vida e a felicidade para as quais foi criado e às quais aspira.

Inferno c.1520, óleo sobre madeira 119 x 217,5 cm Museu Nacional de Arte Antiga Lisboa Portugal

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19.6 As Portas dos infernos X Igreja Católica §552 No colégio dos Doze, Simão Pedro ocupa o primeiro lugar. Jesus confiou-lhe uma missão única. Graças a uma revelação vinda do Pai, Pedro havia confessado: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16,16). Nosso Senhor lhe declara na ocasião: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as Portas do Inferno nunca prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Cristo, “Pedra viva”; garante a sua Igreja construída sobre Pedro a vitória sobre as potências de morte. Pedro, em razão da fé por ele confessada, permanecerá como a rocha inabalável da Igreja. Terá por missão defender esta fé de todo desfalecimento e confirmar nela seus irmãos. §834 As Igrejas particulares são plenamente católicas pela comunhão com uma delas: a Igreja de Roma, “que preside à caridade”. “Pois com esta Igreja, em razão de sua origem mais excelente, deve necessariamente concordar cada Igreja, isto é, os fiéis de toda parte.” “Com efeito, desde a descida a nós do Verbo Encarnado, todas as Igrejas cristãs de toda parte consideraram e continuam considerando a grande Igreja que está aqui [em Roma] como única base e fundamento, visto que, segundo as próprias promessas do Salvador, as portas do inferno nunca prevaleceram sobre ela.”

19.7 Purgatório Purgatório: [adjetivo] 1 que purga, limpa, purifica; purificatório, expiatório; [substantivo masculino] 2 [Rubrica: teologia.] estado onde as almas dos que cometeram pecados leves acabam de purgar suas faltas, antes de ir para o paraíso; 3 qualquer lugar onde se sofre; 4 sofrimento para purificação de crimes ou faltas cometidas; expiação.

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§1030 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do Céu. §1031 A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador: No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo, que, se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada nem presente século nem no século futuro (Mt 12,32). Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro. §1032 Este ensinamento apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: “Eis por que ele [Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado” (2Mc 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos: Levemo-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai que deveríamos duvidar de que nossas oferendas em favor dos

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mortos lhes levem alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles. §1472 AS PENAS DO PECADO Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla consequência. O pecado grave privanos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama “pena eterna” do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado “purgatório”. Esta purificação liberta da chamada “pena temporal” do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma consequência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena. Nada impuros entrar céu. Propensão para o pecado deve ser limpa. Indicação de um temporário estado em que há uma purificação do pecado. Purgatório nos deixa perfeitos e prontos para uma relação com Deus por toda eternidade. 2Mc 12, 43E mandou fazer uma coleta, recolhendo cerca de duas mil dracmas, que enviou a Jerusalém, para que se oferecesse um sacrifício pelo pecado, agindo digna e santamente ao pensar na ressurreição; 44porque, se não esperasse que os mortos ressuscitariam, teria sido vão e supérfluo rezar por eles. 45E acreditava que uma bela recompensa aguarda os que morrem piedosamente. Era este um pensamento santo e piedoso. Por isso pediu um sacrifício expiatório, para que os mortos fossem livres das suas faltas. Zc 13,8E acontecerá em todo este território – oráculo de Iahweh – que duas partes deles serão exterminadas, e perecerão, e somente um terço será poupado! 9Farei passar esta terça parte

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pelo fogo; purificá-los-ei, como se purifica a prata, e os provarei, como se prova o ouro. Invocarão o meu nome e os atenderei; e direi: “Este é o meu povo” e ele dirá: “Iahweh é o meu Deus.” Ml 3,2Quem suportará o dia da sua chegada? Quem poderá resistir, quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do fundidor e como a barrela das lavadeiras. 3Ele sentar-se-á como fundidor e purificador. Purificará os filhos de Levi e os refinará, como se refinam o ouro e a prata. E assim eles serão para Iahweh os que apresentam a oferta legítima. Mt 5,23“Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24 deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta. 25 Com o teu adversário mostra-te conciliador, enquanto caminhardes juntos, para não acontecer que ele te entregue ao juiz e este à guarda e te mandem para a prisão. 26Em verdade te digo: Não sairás de lá até que pagues o último centavo.” Mt 5,48Nós não podem ser perfeitas na nossa própria. Só Deus é eterno amor ardente pode trazer-nos a perfeição Mt 12,32E, se alguém disser alguma palavra contra o Filho do Homem, há-de ser-lhe perdoado; mas, se falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no futuroa. Mt 18,34E o Senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia. Lc 12,47O servo que, conhecendo a vontade do seu Senhor, não se preparou e não agiu conforme os seus desejos, será castigado com muitos açoitesb. 48Aquele, porém, que, sem a conhecer, fez coisas dignas de açoites, apenas receberá alguns. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito será pedido. Lc 12,57Porque não julgais por vós mesmos, o que é justo? 58Por isso, quando fores com o teu adversário ao magistrado, procura resolver o assunto no caminho, não vá ele entregar-te ao juiz, o [a] Mostra que tem pecado que podem ser perdoados no mundo futuro. [b] Açoites no sentido de penas futuras pelos pecados.

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juiz entregar-te ao oficial de justiça e o oficial de justiça meter-te na prisão. 59Digo-te que não sairás de lá, antes de pagares até ao último centavoa. 1Cor 3,13a sua obra ficará em evidência; o Dia do Senhor a tornará conhecida, pois ele manifesta-se pelo fogo e o fogo provará o que vale a obra de cada um b. 14Se a obra construída resistir, o construtor receberá a recompensa; 15mas, se a obra de alguém se queimar, perdê-la-á; ele, porém, será salvo, como se atravessasse o fogoc. 2Cor 5,10Com efeito, todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba conforme aquilo que fez de bem ou de mal, enquanto estava no corpo. Gl 6,8quem semear na própria carne, da carne colherá a corrupção; quem semear no Espírito, do Espírito colherá a vida eterna. 2Tm 1,16Que Deus mostre a sua misericórdia para com a família de Onesíforo, que tantas vezes me confortou e não se envergonhou das minhas cadeias. 17Pelo contrário, quando chegou a Roma, procurou-me afanosamente até me encontrar. 18 Que o Senhor o faça encontrar misericórdia diante de si, naquele diad. Além disso, conheces melhor do que ninguém os serviços que ele prestou em Éfeso. Hb 12,14Temos ainda o pecado como crentes, mas temos de ser perfeita para ser santo diante de Deus. [a] No sentido de purgação. [b] O Dia do Senhor (como traduz a Vulgata, interpretando o original, que só fala de o “Dia”: 1Ts 5,4-6; Hb 10,25); manifesta-se pelo fogo, expressão simbólica clássica que indica a eliminação das escórias e a purificação dos metais preciosos. Segundo a escatologia judaica e cristã (2Ts 1, 8; 2Pd 3,5-7), o fogo porá à prova as obras humanas, julgando do valor do trabalho apostólico. [c] Como através do fogo, isto é, com dificuldade. Sugere a ideia de uma purificação, que não é propriamente o fogo do Purgatório, embora este seja um dos textos que serviu de base à doutrina católica sobre o Purgatório. [d] Onesiforo já está morto, mas Paulo procura clemência para ele. Não há necessidade de misericórdia no céu, e nenhuma dada aos inferno.

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Hb 12,29porque o nosso Deus é um fogo devorador. 1Pd 1,6É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; 7deste modo, a qualidade genuína da vossa fé - muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo - será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristoa. 1Pd 3,18Também Cristo padeceu pelos pecados, de uma vez para sempre - o Justo pelos injustos - para nos conduzir a Deus. Morto na carne, mas vivificado no espírito. 19Foi então que foi pregar também aos espíritos cativos, 20outrora incrédulos, no tempo em que, nos dias de Noé, Deus os esperava pacientemente enquanto se construía a Arca; nela poucas pessoas - oito apenas - se salvaram por meio da água. 21Isto era uma figura do batismo, que agora vos salva, não por limpar impurezas do corpo, mas pelo compromisso com Deus de uma consciência honrada, em virtude da ressurreição de Jesus Cristo, 22 que, tendo subido ao Céu, está sentado à direita de Deus, e a Ele se submeteram Anjos, Dominações e Potestades.b 1Pd 4,6Pois para isto foi o Evangelho também pregado aos mortos; a fim de que, muito embora condenados na sua vida corporal segundo o juízo dos homens, vivam, contudo, em espírito segundo o juízo de Deus.

[a] Referência a fogo para testar os frutos da nossa fé. [b] Temos aqui a referência bíblica mais clara à verdade do credo acerca de Jesus que “desceu à mansão dos mortos” (1Pd 4,6; Mt 12,38-42; Lc 23,43; At 2,25.31; Rm 10,6-7; Ef 4,8-9; Ap 1,18), a anunciar-lhes a mensagem da salvação, segundo uns com a sua alma separada do corpo, segundo outros, na sua nova condição de glória alcançada com a sua morte (v.18). O texto, ao dizer que Jesus também pregou aos maiores pecadores, os rebeldes do tempo de Noé (Gn 7, 2.7.17; Mt 24,37; 2Pd 2,5), põe em evidência o alcance universal da Redenção para todos os pecadores arrependidos. “Mansão dos mortos” (o Sheol hebraico, o Hades ou Tártaro grego, os Infernos, em latim) representa a residência dos que tinham morrido, que se pensava ser num espaço interior da Terra (Nm 16, 33; 1Sm 28,13; Sl 7,6; Ez 26,20; Lc 16,23; 2Pe 2,4). Oito pessoas. Ver 2Pd 2,5.

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Ap 21,27Mas não entrará nela nada de impuro, nem os idólatras, nem os impostores. Só entrarão os que estiverem inscritos no livro da Vida, que está na posse do Cordeiro.

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20 Reconciliação ou Penitência

20.1 Remissão sacramental dos pecados Amor de Deus causa da remissão dos pecados §734 Pelo fato de estarmos mortos, ou, pelo menos, feridos pelo pecado, o primeiro efeito do dom do Amor é a remissão de nossos pecados. É a comunhão do Espírito Santo (2Cor 13,13) que, na Igreja, restitui aos batizados a semelhança divina perdida pelo pecado.

20.2 Autoridade, poder de absolver os pecados §976 O Símbolo dos Apóstolos correlaciona a fé no perdão dos pecados com a fé no Espírito Santo, mas também com a fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi dando o Espírito Santo a seus apóstolos que Cristo ressuscitado lhes conferiu seu próprio poder divino de perdoar os pecados: “Recebei o Espírito Santo aqueles a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Jo 20,22-23). §1441 Só Deus perdoa os pecados. Por ser o Filho de Deus, Jesus diz de si mesmo: “O Filho do homem tem poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2,10) e exerce esse poder divino: “Teus pecados estão perdoados!” (Mc 2,5). Mais ainda: em virtude de sua autoridade divina, transmite esse poder aos homens para que o exerçam em seu nome.

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§1442 A vontade de Cristo é que toda a sua Igreja seja, na oração, em sua vida e em sua ação, o sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que “ele nos conquistou ao preço de seu sangue”. Mas confiou o exercício do poder de absolvição ao ministério apostólico, encarregado do “ministério da reconciliação” (2Cor 5,18). O apóstolo é enviado “em nome de Cristo”, e “é o próprio Deus” que, por meio dele, exorta e suplica: “Reconciliai-vos com Deus” (2Cor 5,20). §1443 Durante sua vida pública, Jesus não só perdoou os pecados, mas também manifestou o efeito desse perdão: reintegrou os pecadores perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os havia afastado ou até excluído. Um sinal evidente disso é o fato de Jesus admitir os pecadores à sua mesa e, mais ainda, de Ele mesmo sentar-se à sua mesa, gesto que exprime de modo estupendo ao mesmo tempo o perdão de Deus e o retomo ao seio do Povo de Deus. §1444 Conferindo os apóstolos seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor também lhes dá a autoridade de reconciliar os pecadores com a Igreja. Esta dimensão eclesial de sua tarefa exprime-se principalmente na solene palavra de Cristo a Simão Pedro: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que ligares na terra ser ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19). “O múnus de ligar e desligar, que foi dado a Pedro, consta que também foi dado ao colégio do apóstolos, unido a seu chefe (cf. Mt 18,18; 28,16-20).” §1445 As palavras ligar e desligar significam: aquele que excluirdes da vossa comunhão, será excluído da comunhão com Deus; aquele que receberdes de novo na vossa comunhão, Deus o acolherá também na sua. A reconciliação com a Igreja é inseparável da reconciliação com Deus.

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§1461 O ministro deste sacramento Como Cristo confiou a seus apóstolos o ministério da Reconciliação, os Bispos, seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos Bispos, continuam a exercer esse ministério. De fato, são os Bispos e os presbíteros que têm, em virtude do sacramento da Ordem, o poder de perdoar todos os pecados “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

Jo 20, 21 E Ele [Jesus] voltou a dizer-lhes: “A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.” 22 Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoadosa; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.”

[a] A quem perdoardes. A Igreja viu nestas palavras a instituição do sacramento da reconciliação, que é fonte de paz e alegria, e definiu o seu sentido literal; de facto, Jesus diz: A quem perdoardes os pecados, e não simplesmente: "A quem pregardes o perdão dos pecados". Pois dizer ficarão perdoados corresponde a "Deus perdoará"; e ficarão retidos equivale a "Deus reterá", isto é, não perdoará. Ex 34,6-7 nota; Jr 31,31-34 nota; Ez 36,25 nota; Mt 9,8 nota; 16,19 nota; 18,17-18 nota; Mc 2,5 nota; Act 2,38 nota; 2 Cor 5,1821 nota; Tg 5,14-15 nota.

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21 Indulgências Definição e significação das indulgências e Obtenção da indulgência de Deus pela Igreja §1471 As indulgências A doutrina e a prática das indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do sacramento da Penitência.

21.1 Que é a Indulgência? “A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, (remissão) que o fiel bem-disposto obtém, em condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações (isto é, dos méritos) de Cristo e dos santos.” “A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial totalmente da pena devida pelos pecados.” Todos os fiéis podem adquirir indulgências (...) para si mesmos ou aplicá-las aos defuntos. §1472 As penas do pecado – Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla consequência. O pecado grave privanos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama “pena eterna” do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado “purgatório”. Esta purificação liberta da chamada “pena temporal” do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma consequência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena. §1473 O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a remissão das penas eternas do pecado.

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Mas permanecem as penas temporais do pecado. Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como urna graça, essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por inicio de obras de misericórdia e de caridade, como também pela oração e por diversas práticas de penitência, a despojar-se completamente do “velho homem” para revestir-se do “homem novo”. §1474 O cristão que procura purificar-se de seu pecado e santificar-se com o auxílio da graça de Deus não está só. “A vida de cada um dos filhos de Deus se acha unida, por um admirável laço, em Cristo e por Cristo, com a vida de todos os outros irmãos cristãos na unidade sobrenatural do corpo místico de Cristo, como numa única pessoa mística.” §1475 Na comunhão dos santos, “existe certamente entre os fiéis já admitidos na posse da pátria celeste, os que expiam as faltas no purgatório e os que ainda peregrinam na terra, um laço de caridade e um amplo intercâmbio de todos os bens”. Neste admirável intercâmbio, cada um se beneficia da santidade dos outros, bem para além do prejuízo que o pecado de um possa ter causado aos outros. Assim, o recurso à comunhão dos santos permite ao pecador contrito se purificado, mais cedo e mais eficazmente, das penas do pecado. §1476 Esses bens espirituais da comunhão dos santos também são chamados o tesouro da Igreja, “que não é uma soma de bens comparáveis às riquezas materiais acumuladas no decorrer dos séculos, mas é o valor infinito e inesgotável que têm junto a Deus as expiações e os méritos de Cristo, nosso Senhor, oferecidos para que a humanidade toda seja libertada do pecado e chegue à comunhão com o Pai. E em Cristo, nosso redentor, que se encontram em abundância as satisfações e os méritos de sua redenção”. §1477 “Pertence, além disso, a esse tesouro o valor verdadeiramente imenso, incomensurável e sempre novo que têm junto a Deus as preces e as boas obras da Bemaventurada Virgem Maria e de todos os santos que, seguindo as pegadas de Cristo Senhor, por sua graça se santificaram e

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totalmente acabaram a obra que o Pai lhes confiara, de sorte que, operando a própria salvação, também contribuíram para a salvação de seus irmãos na unidade do corpo místico.” §1478 A indulgencia se obtém de Deus mediante a Igreja, que, em virtude do poder de ligar e desligar que Cristo Jesus lhe concedeu, intervém em favor do cristão, abrindo-lhe o tesouro dos méritos de Cristo e dos santos para obter do Pai das misericórdias a remissão das penas temporais devidas a seus pecados. Assim, a Igreja não só vem em auxílio do cristão, mas também o incita a obras de piedade, de penitência e de caridade. §1479 Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los entre outros modos, obtendo em favor deles indulgências para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.

21.2 Efeitos das indulgências §1498 Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório a remissão das penas temporais, consequências dos pecados.

21.3 Indulgências em favor dos defuntos §1032 Este ensinamento apoia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: “Eis por que ele [Judas Macabeu] mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado” (2Mc 12,46). Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos: Levemo-lhes socorro e celebremos sua memória. Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai que deveríamos duvidar de que nossas oferendas em favor dos

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mortos lhes levem alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer nossas orações por eles. §1479 Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los entre outros modos, obtendo em favor deles indulgências para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.

21.4 Noção da Indulgências Sintetizando o renovado ensinamento da Constituição Apostólica Indulgentiarum Dotrina, de Paulo VI (1/1/1967), o Código do Direito Canônico (cân. 992) dá a seguinte definição: “Indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa; remissão que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica por força da sua autoridade o tesouro de satisfações de Cristo e dos Santos.” No pecado há a distinguir a “culpa” resultante da ofensa que feriu ou cortou a amizade com Deus, e a “pena” devida pelos danos (pela injúria) causados à ordem estabelecida por Deus e aos direitos alheios. O perdão da culpa obtém-se por um ato de contrição perfeita ou pela válida recepção do sacramento da Penitência. O perdão da pena obtém-se, neste mundo, por atos de reparação proporcionados, e depois da morte, pela expiação no Purgatório. As indulgencias são precioso auxílio que a Igreja está em condições de dispensar, sob certas condições, para fazer avançar ou completar o perdão da pena temporal devida pelos pecados, auxílio que pode ser aplicado, à maneira de sufrágio, às almas do Purgatório.

21.5 História das Indulgências A prática da oração pela remissão dos pecados de vivos e defuntos já vem do AT (ex.: 2Mac 12,43-45) e aparece viva nos tempos apostólicos, nomeadamente pelo recurso dos penitentes à oração das comunidades e à intercessão dos mártires e

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confessores da fé. No entanto, uma doutrina sobre as Indulgências só aparece no séc. XI, quando os atos de penitência praticados pelos pecadores arrependidos puderam ser comutados por certas boas obras (esmolas, peregrinações…). A primeira “indulgência plenária” terá sido concedida pelo Papa Urbano II, em 1095, aos que tomassem parte na primeira Cruzada. Tendo-se difundido a ideia de atuação automática das Indulgências, multiplicaram-se os abusos sobretudo nas pregações que propunham esmolas indulgenciadas (para as cruzadas, para a construção de basílicas…). Tais abusos, que deram pretexto ao cisma protestante, foram condenados pelo Concilio de Trento, tendo o Papa São Pio V (1569) ameaçado de excomunhão quem se desse ao comércio das Indulgências Após o Concilio Vaticano II, a doutrina das Indulgências foi reelaborada e encontra-se proposta na Constituição Apostólica de Paulo VI referida acima. Nela, as Indulgências aparecem como estímulo forte aos atos de penitência, de piedade e de caridade da parte dos fiéis.

21.6 Normas Gerais das Indulgências A indulgência é total ou parcial, consoante liberta total ou parcialmente da pena temporal devida pelo pecado. A indulgência parcial concede uma remissão da pena temporal igual à que o fiel recebe pela prática da obra indulgenciada. Tanto uma como outra se pode aplicar, a modo de sufrágio, aos defuntos. Para alcançar uma Indulgência plenária requere-se, além da exclusão de qualquer afeto ao pecado, mesmo venial, o cumprimento da obra prescrita, a confissão sacramental, a comunhão eucarística e a oração pelas intenções do Papa (um Pai-Nosso e uma Ave-Maria). Se faltar alguma desta condições, a indulgência passa a parcial. Com uma única confissão podemse alcançar várias indulgências plenárias; mas para cada Indulgência plenária requere-se uma comunhão e a oração pelo Papa, de preferência no próprio dia, pelo que só se pode alcançar uma destas Indulgência em cada dia (salvo em caso de artigo de morte). Na impossibilidade do fiel cumprir a obra prescrita (visita a igreja por um doente acamado), o confessor

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pode comutá-la noutra. Só o Papa e quem dele tiver indulto pode conceder Indulgência

21.7 Quatro concessões gerais das Indulgências São concessões de Indulgências parciais, que refletem bem a intenção de que as Indulgências contribuam para afervorar a vida espiritual dos fiéis. 1.ª concessão: Concede-se Indulgência parcial ao fiel que, ao cumprir os seus deveres ou suportar as dificuldades da vida, eleva o espírito a Deus, com humilde confiança, acrescentando, mesmo mentalmente, alguma invocação piedosa. 2.ª concessão: Concede-se Indulgência parcial ao fiel que, com espírito de fé, se entrega a si mesmo ou dá dos seus bens com ânimo misericordioso, ao serviço dos irmãos necessitados (necessidade de corpo, de alma ou de inteligência). 3.ª concessão: Concede-se Indulgência parcial ao fiel que espontaneamente, com espírito de penitência, se priva de alguma coisa que lhe é agradável. 4.ª concessão: Concede-se Indulgência parcial ao fiel que dá testemunho público da sua fé, em determinadas circunstâncias da vida diária (participação frequente nos sacramentos, inserção em associações e movimentos de apostolado, entrega a atividades de evangelização junto dos afastados da fé...).

21.8 Inquiridion Indulgentiarum Por mandato expresso na Constituição Apostólica Indulgentiarum doutrina (norma 13) foi elaborado este elenco das obras indulgenciadasa. Além das normas e das concessões gerais, inclui 33 concessões e, em apêndice, uma série de invocações que ajudam a criar as disposições interiores para alcançar as Indulgências. De forma muito sintética, estão indulgenciadas com Indulgência plenária ou Indulgência parcial as seguintes obras: 1) consagração das famílias; 2) consagração do gênero humano a Cristo-Rei; [a] 1.ª edição tem a data de 1968 e, a 4.ª, de 1999

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3) ato de reparação na solenidade do Coração de Jesus; 4) bênção papal; 5) celebração dos “dias” dedicados universalmente a fins religiososa; 6) dar e receber lições de catequese; 7) adoração e procissão eucarísticas; 8) comunhão eucarística em determinados dias; 9) exame de consciência e ato de contrição; 10) retiro espiritual; 11) celebração da Semana de Oração pela Unidade; 12) indulgência plenária em artigo de morte com a bênção apostólica dada por um sacerdote, ou mesmo na ausência deste, desde que o moribundo tenha rezado ao longo da vidab; 13) participação na celebração da Paixão e Morte de Jesus Cristo ou exercício de Via-Sacra; 14) uso de objetos piedosos benzidos (crucifixo, terço, medalhas…); 15) oração mental; 16) ouvir pregação sacra (especialmente nas missões); 17) orações a Nossa Senhorac; 18) oração ao Anjo da Guarda; 19) a São José; 20) a São Pedro e São Paulo; 21) a outro Santo ou Beato; 22) novena, ladainha e ofício menor; 23) hino Akathistos ou ofício Paraclisis; 24) oração pelos benfeitores; 25) oração pelos pastores sagrados; [a] missões, vocações, doentes… [b] suprindo a Igreja, neste caso, as normais condições da Indulgência plenária [c] especialmente o terço em grupo ou com o Papa, através da rádio ou tv, Angelus, Regina Coeli, Lembrai-vos…

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26) orações de súplica ou de ação de graças; 27) missa nova e missas jubilares de sacerdotes; 28) profissão de fé e atos de virtudes teologais; 29) oração pelos fiéis defuntos; 30) leitura da Escritura; 31) por ocasião de Sínodo diocesano; 32) por ocasião de visita pastoral; 33) visita de lugares santos.

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22 Símbolo 1

aquilo que, por um princípio de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo 1.1 aquilo que, num contexto cultural, possui valor evocativo, mágico ou místico 1.2 elemento descritivo ou narrativo ao qual se pode atribuir mais de um significado, do qual se pode fazer mais de uma leitura 1.3 pessoa ou personagem que se torna representativa de determinado comportamento ou atividade 1.4 sinal indicativo; signo 2 aquilo que, por pura convenção, representa ou substitui outra coisa 2.1 objeto, som, ato que, por convenção arbitrária, representa uma realidade complexa 2.2 representação convencional de algo; emblema, insígnia 3 palavra ou imagem que designa outro objeto ou qualidade por ter com estes uma relação de semelhança; alegoria, comparação, metáfora 5 REL formulário de fé nas Igrejas cristãs, para uso dos fiéis ¤ ETIM lat. symbòlum,í 'sinal, marca distintiva, insígnia', adp. do gr. súmbolon,ou 'sinal, signo de reconhecimento', orign., 'um objeto partido em dois, em que dois hospedeiros conservam cada um uma metade, transmitida a seus filhos; essas duas partes comparadas serviam para fazer reconhecer os portadores e para comprovar as relações da hospitalidade contraída anteriormente', donde 'signo, sinal, convenção', der. do v. sumbálló 'lançar, jogar conjuntamente, comparar'. Sendo o homem ao mesmo tempo corporal e espiritual, necessita de exprimir as realidades espirituais através de sinais e de símbolos perceptíveis pelos sentidos. Tal necessidade ampliase quando se trata de relacionar o homem com Deus e ter acesso aos seus mistérios e desígnios. O Cat. (§§1145-1152) refere os sinais e símbolos cósmicos que elevam até ao Criador (a luz, a noite, o vento, o fogo, a água, as árvores...), os da vida social capazes de exprimir a presença santificadora de Deus e a gratidão humana (lavar, ungir, repartir o pão...), os da Antiga Aliança (a circuncisão, a sagração dos reis, os sacrifícios...) e os da Nova Aliança, estes propostos ou assumidos por Cristo e que tecem as celebrações litúrgicas (em boa parte retomados dos anteriores). Faz parte da iniciação e da formação cristãs o conhecimento destes sinais e símbolos, entre os quais assumem

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especial importância os sacramentos, que são sinais eficazes da graça revestidos de fortes simbolismos, que a palavra de Deus ilumina.

22.1 São símbolos de Jesus Cristo: a Santa Cruz; o peixe derivado do pentagrama grego: ΙΧΘΥΣ Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador, o “Α - Ω” Alfa e Ômega; Os Ícones de Jesus sempre figurará as letras IC XC que é Jesus Cristo. No icone “Pantocrátor” inclui ainda as letras gregas όώΝ que são as iniciais da frase “Eu Sou o que Sou”. Quando se trata da figura da Virgem se colocam as letras MP ΘΥ, a abreviatura de “Mãe de Deus”, a rosa mística, a torre de marfim, a estrela da manhã...; Símbolos do Espírito Santo: a água, o fogo, a mão, a pomba, a unção...; Na iconografia dos Santos: a palma do martírio, o lírio da pureza virginal, as Chaves do Reino dos céus, São Pedro; o gládioa da palavra São Paulo, a caveira aos pés dos santos simboliza penitência, mortificação.

22.2 Gestos simbólicos de Jesus §1151 Sinais assumidos por Cristo. Em sua pregação, o Senhor Jesus serve-se muitas vezes dos sinais da criação para dar a conhecer os mistérios do Reino de Deus. Realiza suas curas ou sublinha sua pregação com sinais materiais ou gestos simbólicos. Dá um sentido novo aos fatos e aos sinais [a] espada

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da Antiga Aliança, particularmente ao Êxodo e à Páscoa, por ser ele mesmo o sentido de todos esses sinais.

22.2.1 Homem necessita de sinais §1146 Sinais o mundo dos homens. Na vida humana, sinais e símbolos ocupam um lugar importante. Sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais por meio de sinais e de símbolos materiais. Como ser social, o homem precisa de sinais e de símbolos para comunicar-se com os outros, pela linguagem, por gestos, por ações. Vale o mesmo para sua relação com Deus. §1148 Enquanto criaturas, essas realidades sensíveis podem tornar-se o lugar de expressão da ação de Deus que santifica os homens, e da ação dos homens que prestam seu culto a Deus. Acontece o mesmo com os sinais e os símbolos da vida social dos homens: lavar e ungir, partir o pão e partilhar o cálice podem exprimir a presença santificante de Deus e a gratidão do homem diante de seu criador. §1152 Sinais sacramentais. Desde Pentecostes, é por meio dos sinais sacramentais de sua Igreja que o Espírito Santo realiza a santificação. Os sacramentos da Igreja não abolem, antes purificam e integram toda a riqueza dos sinais e dos símbolos do cosmos e da vida social. Além disso, realizam os tipos e as figuras da antiga aliança, significam e realizam a salvação operada por Cristo, e prefiguram e antecipam a glória do céu.

22.2.2 Símbolos do Antigo Testamento §522 A vinda do Filho de Deus à terra é um acontecimento de tal imensidão que Deus quis prepará-lo durante séculos. Ritos e sacrifícios, figuras e símbolos da “Primeira Aliança”, tudo ele faz convergir para Cristo; anuncia-o pela boca dos profetas que se sucedem em Israel. Desperta, além disso, no coração dos pagãos a obscura expectativa desta vinda.

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§697 A nuvem e a luz. Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo Desde as teofanias do Antigo Testamento, a Nuvem, ora escura, ora luminosa, revela o Deus vivo e salvador, escondendo a transcendência de sua Glória: com Moisés sobre a montanha do Sinai, na Tenda de Reunião e durante a caminhada no deserto; com Salomão por ocasião da dedicação do Templo. Ora, estas figuras são cumpridas por Cristo no Santo Espírito Santo. É este que paira sobre a Virgem Maria e a cobre “com sua sombra”, para que ela conceba e dê à luz Jesus. No monte da Transfiguração, é ele que “sobrevêm na nuvem que toma” Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João “debaixo de sua sombra”; da Nuvem sai uma voz que diz: “Este é meu Filho, o Eleito, ouvi-o sempre” (Lc 9,34-35). É finalmente essa Nuvem que “subtrai Jesus aos olhos” dos discípulos no dia da Ascensão e que o revelará Filho do Homem em sua glória no Dia de sua Vinda.

22.2.3 Símbolos litúrgicos § 1145 Como celebrar? Sinais Símbolos. Uma celebração sacramental é tecida de sinais e de símbolos. Segundo a pedagogia divina da salvação, o significado dos sinais e símbolos deita raízes na obra da criação e na cultura humana, adquire precisão nos eventos da antiga aliança e se revela plenamente na pessoa e na obra de Cristo. §1189 A celebração litúrgica comporta sinais e símbolos que se referem à criação (luz, água, fogo), à vida humana (lavar, ungir, partir o pão) e à história da salvação (os ritos da Páscoa). Inseridos no mundo da fé e assumidos pela força do Espírito Santo, esses elementos cósmicos, esses ritos humanos, esses gestos memoriais de Deus se tornam portadores da ação salvadora e santificadora de Cristo.

22.2.4 Simbolismo das Cores Na iconografia, as cores têm um papel fundamental. Sua função não é apenas estética, mas de levar um simbolismo atrelado à imagem que se está representando. Assim sendo, o

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iconógrafo tem uma liberdade muito limitada para escolher as cores, devendo sempre ser fiel aos cânones estabelecidos e à Tradição.a Por exemplo, a Theotokos (Mãe de Deus) deve estar vestida com as cores azul e púrpura e o Cristo, antes da crucificação, também, apenas invertendo a posição: A túnica interna (chiton) do Cristo é púrpura, assim como o manto externo (maphorion) da Virgem, enquanto que o manto externo (himation) do Cristo e a túnica interna da Virgem serão da mesma cor, azul. Isso porque o púrpura era o símbolo da realeza, a cor utilizada pelos imperadores bizantinos e o azul, a cor do céu, é a cor de tudo que vem do mundo espiritual. Como o Cristo se fez homem, sua vestimenta interna será púrpura, mas revestida do divino, que é o azul, por fora. E quanto à Virgem, ela era humana e abrigou dentro de si o divino, gerando-o em seu ventre. Então, o azul está no interior e o púrpura por fora. Quando vemos as Nossas Senhoras todas de azul, aos nossos olhos ocidentais tão belas, famosas desde a Renascença, devemos entender que houve nesse caso uma perda do simbolismo. Na verdade, o azul passou a ser cada vez mais usado para demonstrar poder, pois era pintado com o pigmento mais caro da época – o lápis lazuli – e aquele que o usava mostrava assim seu poder econômico. Toda a arte ocidental, ainda que sacra, preocupa-se muito mais com o externo, com a estética, perdendo o simbolismo da arte iconográfica. Vale a pena ressaltar também que, infelizmente, muitos restauradores alteraram as cores originais de alguns ícones antigos, e por isso encontramos algumas Virgens antigas de azul.

22.2.5 Branco No mundo pagão, o branco já era visto como uma cor consagrada ao divino. Pitágoras ordenava aos discípulos que se vestissem de branco para cantar os hinos sagrados. Mesmo para nós, o branco, por seu efeito óptico, sua ausência de coloração, nos parece próximo da própria luz. Sua irradiação transmite pureza e calma. [a] Fonte: http://iconografiabrasil.com/Simbolismo.htm

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É a cor do reino dos céus, da luz divina de Deus, da santidade e da simplicidade. As pessoas justas – aquelas que eram boas, honestas e viveram pela Verdade - são representadas nos ícones com vestes brancas. Mas o branco também é a cor dos lençóis da morte, do Cristo na deposição na tumba e de Lázaro. Segundo Dionísio Aeropagita, o branco é cor da glória e da potência do divino, mas também da destruição do mundo terrestre. Após a ressurreição, o Cristo é sempre representado de branco. Diz Salomão: “A Sabedoria é mais móvel que qualquer movimento e, por sua pureza, tudo atravessa e penetra. Ela é um eflúvio do poder de Deus, uma emanação puríssima da glória do Onipotente, pelo que nada de impuro nela se introduz. Pois ela é um reflexo da luz eterna, um espelho nítido da atividade de Deus e uma imagem de sua bondade.” (Sb 7,24-26). O Profeta Daniel assim vê a Divindade: “Eu continuava contemplando, quando foram preparados alguns tronos e um Ancião sentou-se. Suas vestes eram brancas como a neve; e os cabelos de sua cabeça, alvos como a lã. Seu trono eram chamas de fogo com rodas de fogo ardente.” (Dn 7,9). Como o branco é a unidade de todas as cores, consequentemente, torna-se, simbolicamente, o emblema da Divindade, da Onipotência de Deus, que encerra em si mesma todas as virtudes. O branco, atribuído a Deus Pai, é o símbolo da Verdade absoluta de Deus, unidade de tudo que procede, verdade por essência, verdade imutável. Na Transfiguração no Monte Tabor, os apóstolos vêem que o rosto de Jesus “resplandeceu como o sol e as suas vestes tornaram-se alvas como a luz.” (Mt 17,2). No Ícone da Paternidade, o Pai é representado vestido de branco. Os anjos que anunciam a ressurreição do Cristo também são representados com vestes brancas, fulgurantes. (Mt 28,3; Mc 16,5, Lc 24,4, Jo 20,12) assim como o anjo da Ascensão (At 1,20). De seu principal significado, como Verdade absoluta, derivam outros significados não menos importantes, como a fé e a pureza. O Papa veste-se de branco para indicar que suas

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virtudes devem ser a fé e a pureza de coração, uma vez que representa o Cristo sobre a terra e é o depositário da verdade. No plano profano, o branco representa a virgindade, a inocência, a pureza e a candura.

22.2.6 Vermelho O Aeropagita caracteriza a cor vermelha com as palavras “incandescência” e “atividade”. De todas as cores, o vermelho é a mais ativa: ela avança na direção do espectador, se impõe, tem movimento. O vermelho e o branco, cores que traduzem o Amor e a Sabedoria de Deus, são aquelas que encontramos no Cristo após a ressurreição. O vermelho simboliza também a realidade celeste, a Ressurreição e a segunda vinda de Cristo. Os serafins, que ficam ao lado do trono de Deus, também são representados em vermelho. O vermelho indica o Espírito Santo intenso como Amor, como Fogo que purifica. Ele se manifesta como sob a forma de uma chama na testa dos apóstolos: “Apareceram-lhes, então, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles. E todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia se exprimissem.” (At 2,2-4). O vermelho é uma das cores mais usadas nos ícones. É a cor do calor, paixão, amor, e da energia doadora de vida, e por isso tornou-se o símbolo da ressurreição – da vitória sobre a morte. Mas ao mesmo tempo é a cor da tormenta, do sangue, do martírio, do sacrifício de Cristo. Os mártires costumam ser representados com vestes vermelhas. Alguns ícones, sobretudo nos russos entre os séculos 14 e 16, tem o fundo vermelho, como símbolo da celebração eterna da vida.

22.2.7 Púrpura A cor púrpura exprime, sobretudo, a ideia da riqueza, pois era um produto de alto custo. Mas essa ideia de riqueza se mistura com elementos de poder e religiosos: é essencialmente potência

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e, como tal, instrumento e testemunha de consagração. Os sacerdotes e reis vestiam vestes de cor púrpura sendo, portanto, a cor das mais altas dignidades. Em Bizâncio, a cor era de uso exclusivo dos imperadores. É a cor do manto da Theotokos (Mãe de Deus). Entretanto, na iconografia, raramente se usa a tonalidade púrpura pura, mas uma cor que se aproxima mais do vermelho, ficando mais luminosa.

22.2.8 Azul Na cosmogonia, o Deus Criador é cor azul. O Cristo durante os três anos de seu ministério da verdade e da sabedoria, também é representado com o manto externo (himation) azul. De azul ele inicia os homens nas verdades da vida eterna. Com sua profundidade infinita, o azul é símbolo do caminho na fé. O azul é o infinito do céu e o símbolo de outro mundo eterno. O azul escuro é a cor da túnica de Nossa Senhora. Muitos afrescos dedicados à Theotokos têm o fundo pintado de azul.

22.2.9 Verde No Cristianismo o verde é o símbolo da regeneração da consciência. Assim o azul da Virgem e do Cristo muitas vezes é substituído pelo verde. São João Batista, o Precursor, é quase sempre representado de verde, simbolizando sua qualidade de apóstolo da caridade e realização espiritual, e da nova vida que anuncia através do batismo. É a cor dos profetas. Na Bíblia se diz que de Deus emanaram três esferas concêntricas (Ez 1, 26; Ex 24,9-10): uma vermelha (do amor), uma azul (da sabedoria) e outra verde (da criação). O verde também é símbolo da juventude. Na infância, Jesus é representado muitas vezes de verde, como símbolo da esperança de regeneração da humanidade, de uma nova vida. E a Mãe de Deus, nas cenas da anunciação e do nascimento de Cristo às vezes também usa o verde ao invés do azul, como símbolo da nova vida que se inicia. Nas escrituras o verde serve como atributo da natureza, exprimindo a vida dada vegetação, simbolizando também o

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crescimento e a fertilidade. Daí ser também o símbolo da esperança. Para o Aeropagita, o verde é a “a juventude e a vitalidade”. A irradiação do verde é calma e neutra, pois fica entre o movimento profundo do azul e o movimento de avanço do vermelho. Em composições com outras cores, o verde as harmoniza. Perto do vermelho gera um efeito complementar.

22.2.10 Preto Tradicionalmente, o preto se opõe ao branco, assim como as trevas se opõem à luz, o mal ao bem e a noite se opõe ao dia. Mas o preto também é o símbolo da luta contra o mal. Em muitas pinturas da Idade Média Jesus é representado de preto quando luta contra o demônio, nas tentações do deserto. O preto também é usado nas vestes dos monges como símbolo da mais alta ascese, de sua morte para este mundo material. O inferno no ícone da ressurreição é preto, assim como a tumba de onde Lázaro é ressuscitado e a gruta embaixo da cruz de Cristo, com a caveira, símbolo da entrada da morte pelo pecado, da qual Cristo nos livra. Também a gruta da natividade de Cristo é preta, para recordar que o Cristo aparece “para iluminar com cores aqueles que estão nas trevas e na sombra da morte, e dirigir nossos passos pelo caminho da paz.” (Lc 1,79) Mas o preto também significa que o menino, como todos os homens, passará pela morte para nos doar a vida eterna. O preto nunca é usado puro em iconografia, mas sempre misturado com algum outro pigmento.

22.2.11 Violeta O violeta, mistura de azul e vermelho, é desde tempos muito antigos o símbolo do luto. Se pensarmos que o vermelho é o símbolo do fogo espiritual, do amor divino, e o azul é a verdade terna, o violeta será o símbolo da ressurreição eterna. Durante a semana santa, a cor da igreja é ao violeta, para simbolizar não apenas o luto pela morte do Cristo, mas também a preparação para a sua ressurreição.

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22.2.12 Marrom Essa cor é uma composição de vermelho, azul, verde e contém preto. Quando comparado com o preto, parece uma cor viva, mas com as outras cores, mostra-se uma cor morta. É o reflexo da densidade da matéria: falta o dinamismo e irradiação de outras cores. Assim encontramos o marrom em tudo que é terreno. Também é a cor símbolo da humildade. Nos monges e ascetas, é símbolo da renúncia às alegrias da vida terrena e da pobreza. O marrom também é usado em combinação com o tom púrpura nas vestes da Theotokos, para lembrar de sua natureza humana, mortal.

22.2.13 O Simbolismo do Ouro O amarelo, o ouro e o sol simbolizam a união da alma a Deus, a luz revelada aos profanos, sendo o amarelo, o ouro e o sol os três graus dessa revelação. O ouro, sendo um metal, uma substância que não faz parte da pintura, é difícil de harmonizar com o sistema de cores do ícone. Não obstante, está firmemente estabelecido na prática iconográfica. Se as cores expressam-se como a luz refletida, o ouro é própria luz, pura e genuína. Visualmente, diz Florensky, a pintura e o ouro pertencem a esferas diferentes de existência e é exatamente dessa diferença que o iconógrafo faz uso. As linhas de ouro (assist) aplicadas às vestes, não correspondem a quaisquer linhas visíveis, como pregas ou no caso de tronos, às diferenças de planos. Florensky está convencido de que elas representam o sistema de linhas potenciais da estrutura energética do objeto, semelhantemente às linhas de força de um campo magnético. Assim, elas nunca podem ser aplicadas a todos os objetos representados no ícone. São em número limitado e, na maior parte dos casos, aplicadas às vestes do Salvador (seja criança ou adulto), à Bíblia, ao Trono do Salvador, ao assento dos anjos no ícone da Trindade e aos próprios anjos. De um modo geral, o ouro num ícone representa a luz divina.

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22.3 Sinais (nos Sacramentos) 22.3.1 Sacramentos como sinais §1084 CRISTO GLORIFICADO... “Sentado à direita do Pai” e derramando o Espírito Santo em seu Corpo que é a Igreja, Cristo age agora pelos sacramentos, instituídos por Ele para comunicar sua graça. Os sacramentos são sinais sensíveis (palavras e ações), acessíveis à nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a graça que significam em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito Santo. §1123 “Os sacramentos destinam-se à santificação dos homens, à edificação do Corpo de Cristo e ainda ao culto a ser prestado a Deus. Sendo sinais, destinam-se também à instrução. Não só supõem a fé, mas por palavras e coisas também a alimentam, a fortalecem e a exprimem. Por esta razão são chamados sacramentos da fé.” §1130 Os sacramentos da Vida Eterna A Igreja celebra o mistério de seu Senhor “até que Ele venha” e até que “Deus seja tudo em todos” (1Cor 11,26; 15,28). Desde a era apostólica a liturgia é atraída para seu termo (meta final) pelo gemido do Espírito na Igreja: “Maran athá!” (Palavras aramaicas que significam: “O Senhor vem”) (1Cor 16,22). A liturgia participa assim do desejo de Jesus: “Desejei ardentemente comer esta páscoa convosco (...) até que ela se cumpra no Reino de Deus” (Lc 22,15-16). Nos sacramentos de Cristo, a Igreja já recebe o penhor da herança dele, já participa da Vida Eterna, embora ainda “aguarde a bendita esperança, a manifestação da glória de nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus” (Tt 2,13). “O Espírito e a esposa dizem: Vem! (...) Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,17.20). Santo Tomás resume assim as diversas dimensões do sinal sacramental: “Daí que o sacramento é um sinal rememorativo daquilo que antecedeu, isto é, a Paixão de Cristo; e demonstrativo daquilo que em nós é realizado pela Paixão de Cristo, a saber, a graça; e prenunciador, isto é, que prenuncia a glória futura”.

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§1131 Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, por meio dos quais nos é dispensada a vida divina. Os ritos visíveis sob os quais os sacramentos são celebrados significam e realizam as graças próprias de cada sacramento. Produzem fruto naqueles que os recebem com as disposições exigidas. §1152 Sinais sacramentais. Desde Pentecostes, é por meio dos sinais sacramentais de sua Igreja que o Espírito Santo realiza a santificação. Os sacramentos da Igreja não abolem, antes purificam e integram toda a riqueza dos sinais e dos símbolos do cosmos e da vida social. Além disso, realizam os tipos e as figuras da antiga aliança, significam e realizam a salvação operada por Cristo, e prefiguram e antecipam a glória do céu.

22.3.2 Sinais da Confirmação §695 A unção. O simbolismo da unção com óleo também é significativo do Espírito Santo, a ponto de tomar-se sinônimo dele. Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da confirmação, chamada com acerto nas Igrejas do Oriente de “crismação”. Mas, para perceber toda a força deste simbolismo, há que retomar à unção primeira realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo (“Messias” a partir do hebraico) significa “Ungido” do Espírito de Deus. Houve “ungidos” do Senhor na Antiga Aliança de modo eminente o rei Davi. Mas Jesus é o Ungido de Deus de uma forma única: a humanidade que o Filho assume é totalmente “ungida do Espírito Santo”. Jesus é constituído “Cristo” pelo Espírito Santo A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo o anuncia como Cristo por ocasião do nascimento dele e leva Simeão a vir ao Templo para ver o Cristo do Senhor; é Ele que plenifica o Cristo é o poder dele que sai de Cristo em seus atos de cura e de salvação. É finalmente Ele que ressuscita Jesus dentre os mortos. Então, constituído plenamente “Cristo” em sua Humanidade vitoriosa da morte, Jesus difunde em profusão o Espírito Santo até “os santos” constituírem, em sua união com a Humanidade do Filho de

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Deus, “esse Homem perfeito... que realiza a plenitude de Cristo” (Ef 4,13): “o Cristo total”, segundo a expressão de Santo Agostinho. §1293 Os sinais e o rito da Confirmação No rito deste sacramento convém considerar o sinal da unção e aquilo que a unção designa e imprime: o selo espiritual. A unção, no simbolismo bíblico e antigo, é rica de significados: o óleo é sinal de abundância e de alegria, ele purifica (unção antes e depois do banho) e torna ágil (unção dos atletas e dos lutadores), é sinal de cura, pois ameniza as contusões e as feridas, e faz irradiar beleza, saúde e força. §1294 Todos esses significados da unção com óleo voltam a encontrar-se na vida sacramental. A unção, antes do Batismo, com o óleo dos catecúmenos significa purificação e fortalecimento; a unção dos enfermos exprime a cura e o reconforto. A unção com o santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na Ordenação, é o sinal de uma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, isto é, os que são ungidos, participam mais intensamente da missão de Jesus e da plenitude do Espírito Santo, de que Jesus é cumulado, a fim de que toda a vida deles exale “o bom odor de Cristo” §1295 Por esta unção, o confirmando recebe “a marca”, o seio do Espírito Santo O selo é o símbolo da pessoa, sinal de sua autoridade, de sua propriedade sobre um objeto - assim, os soldados eram marcados com o selo de seu chefe, e os escravos, com o de seu proprietário; o selo autentica um ato jurídico ou um documento e o torna eventualmente secreto. §1296 Cristo esmo se declara marcado com o selo de seu Pai. Também o cristão está marcado por um selo: “Aquele que nos fortalece convosco em Cristo e nos dá a unção é Deus, o qual nos marcou com um selo e colocou em nossos corações o penhor do Espírito” (2Cor 1,21-22; Ef 1,13; 4,30). Este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, o colocar-se a

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seu serviço, para sempre, mas também a promessa da proteção divina na grande provação escatológicaa. §1297 A Celebração da Confirmação Um momento importante que antecede a celebração da Confirmação, mas que, de certo modo, faz parte dela, é a consagração do santo crisma. É o Bispo que, na Quinta-feira Santa, durante a missa do crisma, consagra o santo crisma para toda a sua diocese. Nas Igrejas do Oriente, esta consagração é até reservada ao patriarca: A liturgia de Antioquia exprime assim a epiclese da consagração do santo crisma (μύρον mýron): Pai... enviai o vosso Espírito Santo sobre nós e sobre este óleo que está diante de nós e consagrai-o, a fim de que seja para todos os que forem ungidos e marcados por ele: mýron santo, mýron sacerdotal, mýron régio, unção de alegria, a veste da luz, o manto da salvação, o dom espiritual, a santificação das almas e dos corpos, a felicidade imperecível, o selo indelével, o escudo da fé e o capacete terrível contra todas as obras do adversário. §1298 Quando a Confirmação é celebrada em separado do Batismo, como ocorre no rito romano, a liturgia do sacramento começa com a renovação das promessas do Batismo e com a profissão de fé dos confirmandos. Assim aparece com clareza que a Confirmação se situa na sequência do Batismo. Quando um adulto é batizado, recebe imediatamente a Confirmação e participa da Eucaristia [Cf CIC cânone 866]. §1299 No rito romano, o Bispo estende as mãos sobre o conjunto dos confirmandos, gesto que, desde o tempo dos Apóstolos, é o sinal do dom do Espírito. Cabe ao Bispo invocar a efusão do Espírito: Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que pela água e pelo Espírito Santo fizestes renascer estes [a]

Escatológica: 1doutrina das coisas que devem acontecer no fim dos tempos, no fim do mundo 1.1teol doutrina que trata do destino final do homem e do mundo; pode apresentar-se em discurso profético ou em contexto apocalíptico ¤ etim escato- (gr. éskhatos,é,on 'extremo, último') + -logia.

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vossos servos, libertando-os do pecado, enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e inteligência, o espírito de conselho e fortaleza, o espírito da ciência e piedade - e enchei-os do espírito de vosso temor. Por Cristo Nosso Senhor. §1300 Segue-se o rito essencial do sacramento. No rito latino, “o sacramento da Confirmação é conferido pela unção do santo crisma na fronte, feita com a imposição da mão, e por estas palavras: 'Accipe signaculun doni Spitus Sancti, 'N, recebe, por este sinal, o selo do Espírito Santo, o dom de Deus. Nas Igrejas orientais de rito bizantino, a unção do μύρον (Miron) faz-se depois de uma oração de epiclese sobre as partes mais significativas do corpo: a fronte, os olhos, o nariz, os ouvidos, os lábios, o peito, as costas, as mãos e os pés, sendo cada unção acompanhada da fórmula: “Σφραγίς δωρεάς Пνεύματσς `Αγίου”, “Selo do dom do Espírito Santo”. §1301 O ósculo da paz, que encerra o rito do sacramento, significa e manifesta a comunhão eclesial com o Bispo e com todos os fiéis.

22.3.3 Sinais da Ordem §1574 Como todos os sacramentos, ritos anexos cercam a celebração. Variando consideravelmente nas diferentes tradições litúrgicas, o que têm em comum é exprimir os múltiplos aspectos da graça sacramental. Assim, os ritos iniciais no rito latino - a apresentação e a eleição do ordinando, a alocução do Bispo, o interrogatório do ordinando, a ladainha de todos os santos - atestam que a escolha do candidato foi feita de conformidade com a prática da Igreja e preparam o ato solene da consagração, depois da qual diversos ritos vêm exprimir e concluir, de maneira simbólica, o mistério que acaba de consumar-se: para o Bispo e para o presbítero, a unção do santo crisma, sinal da unção especial do Espirito Santo que torna fecundo seu ministério; entrega do livro dos Evangelhos, do anel, da mitra e do báculo ao bispo, em sinal de sua missão apostólica de anúncio da Palavra de Deus, de sua fidelidade à Igreja, esposa de Cristo, de seu

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cargo de pastor do rebanho do Senhor; entrega da patena e do cálice ao presbítero, “a oferenda do povo santo” que ele deve apresentar a Deus; entrega do livro dos Evangelhos ao diácono, que acaba de receber a missão de anunciar o Evangelho de Cristo.

22.3.4 Sinais do Batismo §628 O Batismo, cujo sinal original e pleno é a imersão, significa eficazmente a descida ao túmulo do cristão que morre para o pecado com Cristo em vista de uma vida nova: “Pelo Batismo nós fomos sepultados com Cristo na morte, a fim de que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós vivamos vida nova” (Rm 6,4). §694 A água. O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois após a invocação do Espírito Santo ela se torna a sinal sacramental eficaz do novo nascimento: assim como a gestação de nosso primeiro nascimento se operou na água, da mesma forma também a água batismal significa realmente que nosso nascimento para, a vida divina nos é dado no Espírito Santo Mas “batizados em um só Espírito” também “bebemos de um só Espírito” (1Cor 12,13): o Espírito é, pois também pessoalmente a água viva que jorra de Cristo crucificado como de sua fonte e que em nós jorra em Vida Eterna. §1235 O sinal-da-cruz no limiar da celebração, assinala a marca de Cristo naquele que vai pertencer-lhe e significa a graça da redenção que Cristo nos proporcionou por sua cruz. §1238 A água batismal é então consagrada por uma oração de epiclese (seja no próprio momento, seja na noite pascal). A Igreja pede a Deus que, por seu Filho, o poder do Espírito Santo desça sobre esta água, para que os que forem batizados nela “nasçam da água e do Espírito” (Jo 3,5). §1241 A unção com o santo crisma, óleo perfumado consagrado pelo Bispo, significa o dom do Espírito Santo ao novo batizado. Este tornou-se um cristão, isto é, “ungido” do

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Espírito Santo, incorporado a Cristo, que é ungido sacerdote, profeta e rei. §1243 A este branca simboliza que o batizado “vestiu-se de Cristo”: ressuscitou com Cristo. A vela, acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o neófito. Em Cristo, os batizados são “a luz do mundo” (Mt 5, 14). O novo batizado é agora filho de Deus no Filho único. Pode rezar a oração dos filhos de Deus: o Pai-Nosso.

22.3.5 Canto e música sinais na liturgia §1157 O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por “estarem intimamente ligados à ação litúrgica”, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unânime da assembleia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis: Quanto chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causavam! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de piedade me elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me faziam bem. §1158 A harmonia dos sinais (canto, música, palavras e ações) é aqui mais expressiva e fecunda por exprimir-se na riqueza cultural própria do povo de Deus que celebra? Por isso, o “canto religioso popular ser inteligentemente incentivado a fim de que as vozes dos fiéis possam ressoar nos pios e sagrados exercícios e nas próprias ações litúrgicas, de acordo com as normas e prescrições das rubricas. Todavia, “os textos destinados ao canto sacro hão de ser conformes à doutrina católica, sendo até tirados de preferência das Sagradas Escrituras e das fontes litúrgicas.

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22.4 Igreja como Sinal §775 “A Igreja é, em Cristo, como que o sacramento ou o sinal e instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano.” Ser o sacramento da união íntima dos homens com Deus é o primeiro objetivo da Igreja. Visto que a comunhão entre os homens está enraizada na união com Deus, a Igreja é também o sacramento da unidade do gênero humano. Nela, esta unidade já começou, pois ela congrega homens “de toda nação, raça, povo e língua” (Ap 7, 9); ao mesmo tempo, a Igreja é “sinal e instrumento” da plena realização desta unidade que ainda deve vir.

22.5 Imposição das mãos §699 A mão. E impondo as mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as criancinhas. Em nome dele, os apóstolos farão o mesmo. Melhor ainda: é pela imposição das mãos dos apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus inclui a imposição das mãos entre os “artigos fundamentais” de seu ensinamento. A Igreja conservou este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo em suas epicleses sacramentais. §1507 O Senhor ressuscitado renova este envio “Em meu nome... eles imporão as mãos sobre os enfermos e estes ficarão curados”. Mc 16,17-18 e o confirma por meio dos sinais realizados pela Igreja ao invocar seu nome. Esses sinais manifestam de um modo especial que Jesus é verdadeiramente “Deus que salva”.

22.6 Interpretar os sinais dos tempos §1788 Para tanto, o homem deve se esforçar por interpretar os dados da experiência e os sinais dos tempos graças à virtude da prudência, aos conselhos de pessoas avisadas e à ajuda do Espírito Santo e de seus dons.

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22.7 Pão e vinho §1333 A Eucaristia na economia da salvação os sinais do Pão e do Vinho Encontram-se no cerne da celebração da Eucaristia o pão e o vinho, os quais, pelas palavras de Cristo e pela invocação do Espírito Santo, se tornam o Corpo e o Sangue de Cristo. Fiel à ordem do Senhor, a Igreja continua fazendo, em sua memória, até a sua volta gloriosa, o que ele fez na véspera de sua paixão: “Tomou o pão...” “Tomou o cálice cheio de vinho...” Ao se tomarem misteriosamente o Corpo e o Sangue de Cristo, os sinais do pão e do vinho continuam a significar também a bondade da criação. Assim, no ofertório damos graças ao Criador pelo pão e pelo vinho, fruto “do trabalho do homem”, mas antes “fruto da terra” e “da videira”, dons do Criador. A Igreja vê neste gesto de Melquisedec, rei e sacerdote, que “trouxe pão e vinho” (Gn 14,18), uma prefiguração de sua própria oferta. §1334 Na antiga aliança, o pão e o vinho são oferecidos em sacrifício entre as primícias da terra, em sinal de reconhecimento ao Criador. Mas eles recebem também um novo significado no contexto do êxodo: os pães ázimos que Israel come cada ano na Páscoa comemoram a pressa da partida libertadora do Egito; a recordação do maná do deserto há de lembrar sempre a Israel que ele vive do pão da Palavra de Deus. Finalmente, o pão de todos os dias é o fruto da Terra Prometida, penhor da fidelidade de Deus às suas promessas. O “cálice de bênção” (1Cor 10,16), no fim da refeição pascal dos judeus, acrescenta à alegria festiva do vinho uma dimensão escatológica: da espera messiânica do restabelecimento de Jerusalém. Jesus instituiu sua Eucaristia dando um sentido novo e definitivo à bênção do Pão e do Cálice. §1335 O milagre da multiplicação dos pães, quando o Senhor proferiu a bênção, partiu e distribuiu os pães a seus discípulos para alimentar a multidão, prefigura a superabundância deste único pão de sua Eucaristia. O sinal da água transformada em vinho em Caná já anuncia a hora da glorificação de Jesus. Manifesta a realização da ceia das bodas no Reino do Pai,

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onde os fiéis beberão o vinho novo, transformado no Sangue de Cristo. §1336 O primeiro anúncio da Eucaristia dividiu os discípulos, assim como o anúncio da paixão os escandalizou: “Essa palavra é dura! Quem pode escutá-la?” (Jo 6,60). A Eucaristia e a cruz são pedras de tropeço. É o mesmo mistério, e ele não cessa de ser ocasião de divisão. “Vós também quereis ir embora?” (Jo 6,67). Esta pergunta do Senhor ressoa através dos séculos como convite de seu amor a descobrir que só Ele tem “as palavras da vida eterna” (Jo 6,68) e que acolher na fé o dom de sua Eucaristia é acolher a Ele mesmo. §1412 Os sinais essenciais do Sacramento Eucarístico são o pão de trigo e o vinho de uva, sobre os quais é invocada a bênção da Espírito Santo, e o sacerdote pronuncia as palavras da consagração ditas por Jesus durante a ultima ceia: “Isto é o meu Corpo entregue por vós. (...) Este é o cálice do meu Sangue (...)”

22.8 A Pomba §701 No fim do dilúvio (cujo simbolismo está ligado ao batismo), a pomba solta por Noé volta com um ramo novo de oliveira no bico, sinal de que a terra é de novo habitável. Quando Cristo volta a subir da água de seu batismo, o Espírito Santo, em forma de uma pomba, desce sobre Ele e sobre Ele permanece. O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a santa Reserva eucarística é conservada em um recipiente metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso acima do altar. O símbolo da pomba para sugerir o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã.

22.9 O Sangue §2260 A aliança entre Deus e a humanidade está cheia de lembranças do dom divino da vida humana e da violência assassina do homem:

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Pedirei contas do sangue de cada um de vós...Quem derramar o sangue do homem, pelo homem terá seu sangue derramado. Pois à imagem de Deus o homem foi feito (Gn 9, 56 ). O Antigo Testamento sempre considerou o sangue como um sinal sagrado da vida. A necessidade deste ensinamento é para todos os tempos. (Ver também Cap. 2)

22.10 Sinais assumidos por Cristo §1151 Em sua pregação, o Senhor Jesus serve-se muitas vezes dos sinais da criação para dar a conhecer os mistérios do Reino de Deus. Realiza suas curas ou sublinha sua pregação com sinais materiais ou gestos simbólicos. Dá um sentido novo aos fatos e aos sinais da Antiga Aliança, particularmente ao Êxodo e à Páscoa, por ser ele mesmo o sentido de todos esses sinais.

22.11 Sinais na Antiga Aliança §1150 O povo eleito recebe de Deus sinais e símbolos distintivos que marcam sua vida litúrgica: estes não mais são apenas celebrações de ciclos cósmicos e gestos sociais, mas sinais da aliança, símbolos das grandes obras realizadas por Deus em favor de seu povo. Entre tais sinais litúrgicos da antiga aliança podemos mencionar a circuncisão, a unção e a consagração dos reis e dos sacerdotes, a imposição das mãos, os sacrifícios, e sobretudo a Páscoa. A Igreja vê nesses sinais uma prefiguração dos sacramentos da Nova Aliança.

22.12 Sinais da contradição de Jesus §575 Muitos atos e palavras de Jesus constituíram, portanto, um “sinal de contradição” para as autoridades religiosas de Jerusalém - que o Evangelho de São João com frequência denomina “os judeus” - mas ainda do que para o comum do povo de Deus. Sem dúvida, suas relações com os fariseus não foram exclusivamente polêmicas. São os fariseus que o

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previnem do perigo que corre. Jesus elogia alguns deles, como o escriba de Mc 12,34, e repetidas vezes come com fariseus. Jesus confirma doutrinas compartilhadas por essa elite religiosa do povo de Deus: a ressurreição dos mortos, as formas de piedade (esmola, jejum e oração) e o hábito de dirigir-se a Deus como Pai, a centralidade do mandamento do amor a Deus e ao próximo.

22.13 Sinais litúrgicos §1149 As grandes religiões da humanidade atestam, muitas vezes de maneira impressionante, este sentido cósmico e simbólico dos ritos religiosos. A liturgia da Igreja pressupõe, integra e santifica elementos da criação e da cultura humana conferindo-lhes a dignidade de sinais da graça, da nova criação em Jesus Cristo. §1161 Todos os sinais da celebração litúrgica são relativos a Cristo: são-no também as imagens sacras da Santa Mãe de Deus e dos Santos. Significam o Cristo que é glorificado neles. Manifestam “a nuvem de testemunhas” (Hb 12,1) que continuam a participar da salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Por meio de seus ícones, revela-se à nossa fé o homem criado “à imagem de Deus” e transfigurado “à sua semelhança”, assim como os anjos, também recapitulados em Cristo: Na trilha da doutrina divinamente inspirada de nossos santos Padres e da tradição da Igreja católica, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto a imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos.

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§1189 A celebração litúrgica comporta sinais e símbolos que se referem à criação (luz, água, fogo), à vida humana (lavar, ungir, partir o pão) e à história da salvação (os ritos da Páscoa). Inseridos no mundo da fé e assumidos pela força do Espírito Santo, esses elementos cósmicos, esses ritos humanos, esses gestos memoriais de Deus se tornam portadores da ação salvadora e santificadora de Cristo.

22.14 Sinais nos sacramentais §1167 O domingo é o dia por excelência da assembleia litúrgica, em que os fiéis se reúnem “para, ouvindo a Palavra de Deus e participando da Eucaristia, lembrarem-se da paixão, ressurreição e glória do Senhor Jesus, e darem graças a Deus que os 'regenerou para a viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos” Quando meditamos, ó Cristo, as maravilhas que foram operadas neste dia de domingo de vossa santa ressurreição, dizemos: Bendito é o dia do domingo, pois foi nele que se deu o começo da criação (...) a salvação do mundo (...) a renovação do gênero humano.(...) E nele que o céu e a terra rejubilaram e que o universo inteiro foi repleto de luz. Bendito é o dia do domingo, pois nele foram abertas as portas do paraíso para que Adão e todos os banidos entrem nele sem medo. §1168 O ano Litúrgico: Partindo o tríduo pascal, como de sua fonte de luz, o tempo novo da Ressurreição enche todo o ano litúrgico com sua claridade. Aproximando-se progressivamente de ambas as vertentes desta fonte, o ano é transfigurado pela liturgia. É realmente “ano de graça do Senhor”. A economia da salvação está em ação moldura do tempo, mas desde a sua realização na Páscoa de Jesus e a efusão do Espírito Santo o fim da história é antecipado, “em antegozo”, e o Reino de Deus penetra nosso tempo.

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22.15 Sinais para entender e expressar as realidades espirituais §1146 Sinais o mundo dos homens. Na vida humana, sinais e símbolos ocupam um lugar importante. Sendo o homem um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual, exprime e percebe as realidades espirituais por meio de sinais e de símbolos materiais. Como ser social, o homem precisa de sinais e de símbolos para comunicar-se com os outros, pela linguagem, por gestos, por ações. Vale o mesmo para sua relação com Deus. §1147 Deus fala ao homem por intermédio da criação visível. O cosmos material apresenta-se à inteligência do homem para que este leia nele os vestígios de seu criador. A luz e a noite, o vento e o fogo, a água e a terra, a árvore e os frutos falam de Deus, simbolizam ao mesmo tempo a grandeza e a proximidade dele. §1148 Enquanto criaturas, essas realidades sensíveis podem tornar-se o lugar de expressão da ação de Deus que santifica os homens, e da ação dos homens que prestam seu culto a Deus. Acontece o mesmo com os sinais e os símbolos da vida social dos homens: lavar e ungir, partir o pão e partilhar o cálice podem exprimir a presença santificante de Deus e a gratidão do homem diante de seu criador.

22.16 Sinal da Santa Cruz §2157 O cristão começa seu dia, suas orações e suas ações com o sinal-da-cruz, “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”. O batizado dedica a jornada à glória de Deus e invoca a graça do Salvador, que lhe possibilita agir no Espírito

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como filho do Pai. O sinal-da-cruz nos fortifica nas tentações e nas dificuldades.

22.17 Símbolos da fé São fórmulas, sancionadas pela autoridade eclesiástica, sintetizando as principais verdades da fé cristã. Etimologicamente, a palavra símbolo, do grego, designa um sinal de identificação. Desde os primórdios cristãos, foi exigido para o Batismo a profissão de fé, como sinal de identificação com os discípulos de Cristo. Mais tarde, quando surgiram as grandes heresias, os Concílios elaboraram símbolos da fé (ou credos). O mais antigo chegado até nós (do séc. II) parece ser o “Símbolo dos Apóstolos”; o mais conhecido, até por ser proclamado nas missas dominicais e nas solenidades litúrgicas, é o “Símbolo de Niceia-Constantinopla” (saído dos Concílios de 325 e 381); mas, até aos nossos dias, têm sido vários os propostos, de entre os quais se cita o “Credo do Povo de Deus” de Paulo VI (30/6/1968). (Cf. Cat. 185ss).

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23 Sangue Pedimos ao Espírito Santo a sua luz para nos entendermos melhor neste dia. De fato, no Evangelho que acabamos de ouvir, encontra-se um mandamento explícito que Cristo deu aos seus discípulos: “Curai os enfermos”; depois, quando chegarmos ao centro da Missa, ouviremos as palavras misteriosas: “Tomai e comei todos, este é o cálice do meu sangue, derramado por vós e por todos em remissão dos pecados. Fazei isto em memória de Mim”. [...] No pensamento da cultura semítica e dos povos circunstantes na época da presença histórica de Cristo na terra, o sangue valia a vida. Na compreensão do tempo pensava-se precisamente que a vida residisse no sangue, a ponto que dar a vida significava dar o sangue; tirar a vida significava derramar o sangue. Quem matava chamava-se sanguinário. [...] Considerar de modo particular que a finalidade deste derramamento de sangue é o perdão dos pecados, leva-nos a compreender que efetivamente a origem da morte e das doenças está precisamente na maldade introduzida por nós, humanidade; por conseguinte, a origem encontra-se no ódio, na destruição, na soberba egoísta, no culto de si mesmos, no pretender ser o centro de tudo, o critério último de qualquer comportamento, o dominador absoluto ao qual qualquer outro deve submeter-se; esta maldade chama-se cultura da morte. Desarraigar esta cultura da morte, antípoda de qualquer saúde, é impossível com os nossos meios humanos. A história e a realidade que hoje vivemos, a nossa experiência quotidiana, são testemunhos vivos e eloquentes. [...] Vivemos num mundo de símbolos: ações práticas que enquanto se esclarecem, escondem ao mesmo tempo a sua riqueza. A doação de sangue que fazemos inscreve-se dentro deste mundo simbólico: esclarece a nossa solidariedade, a

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nossa compaixão, a nossa responsabilidade, a nossa dedicação ao próximo e escondem o mistério profundo da existência, sobre o qual entrevemos algo na Eucaristia; mergulhamos no oceano imenso de Cristo Redentor; participamos de certa forma da sua efusão saudável de sangue. E a nossa doação de sangue faz com que a saúde física se possa voltar a dar a muitos irmãos nossos; mas a nossa ação transcende também a saúde temporal e prolongase além dos seus limites, até penetrar a própria importância do mistério. A nossa doação de sangue converte-se assim num hino à vida, num hino de vitória e de ressurreição, numa participação que prolonga a entrega do sangue de Cristo [...]. A doação de sangue encontra-se exatamente no ponto oposto desta cultura moribunda. Aliás, para os cristãos significa doar-se a si mesmo a Deus e ao próximo, mesmo até à morte: são estes os verdadeiros vencedores; neste caminho de solidariedade autêntica, e só assim, se realiza a vitória luminosa e a única possível, que é a ressurreição.a

23.1 Do ponto de vista hebraico, o sangue é a sede da vida: Gn 9,4Porém, não comereis a carne com a sua vida, o sangue. 5Ficai também a saber que pedirei contas do vosso sangue a todos os animais, por causa das vossas vidas; e ao homem, igualmente, pedirei contas da vida do homem, seu irmão. 6A quem derramar o sangue do homem, pela mão do homem será derramado o seu, porque Deus fez o homem à sua imagem.

[a] PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PASTORAL NO CAMPO DA SAÚDE. Homilia do Cardeal Javier Lozano Barragán, durante a Santa Missa por ocasião da Jornada Mundial dos doadores de sangue. Domingo, 12 de Junho de 2005.

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Lv 17,10 “Se qualquer homem da casa de Israel, ou qualquer estrangeiro residente no meio deles, comer qualquer espécie de sanguea, voltar-me-ei contra esse que come sangue e eliminá-lo-ei do seu povo. 11Porque o sangue é a vida do corpo, Eu vo-lo concedo, a fim de vos servir de purificação sobre o altar, pois o sangue é que faz expiação porque é vida. 12 Por isso, disse aos filhos de Israel: Nenhum de vós comerá sangue, e o estrangeiro residente no meio de vós também não comerá sangue. 13Qualquer dos filhos de Israel, ou dos estrangeiros residentes no meio de vós, que caçar um animal selvagem ou uma ave própria para comer, derramará o seu sangue e cobri-lo-á com terra. 14Porque a vida do corpo está no seu sangue, no seu espírito vital, por isso, Eu disse aos filhos de Israel: Não comereis o sangue de nenhuma criatura, porque a sua vida é o seu sangue; quem o comer, será eliminado. Dt 12,23Mas guarda-te de comer o sangue, porque o sangue é a vida, e não deves comer a vida com a carne. 24Portanto, não o comas; mas derrama-o na terra como se fosse água. 25Não o comas, a fim de seres feliz, tu e os teus filhos depois de ti, porque assim farás o que é reto aos olhos do Senhor.

23.2 Beber o sangue seria destruir a vida Beber o sangue seria destruir a vida, que só a Deus pertence: Derrama-se junto do altar para significar o regresso da vida a Deus: [a] O sangue é a vida do corpo. Outra tradução: “Porque a alma da carne está no sangue.” O termo hebr. néfech (= vida) é também traduzido por “alma, espírito”; a palavra hebraica deriva de uma raiz que significa “soprar, respirar”, e designa o princípio da força vital corpórea animal. Para a mentalidade de quase todos os povos do Antigo Médio Oriente, o sangue era o princípio da vida, conceito elementar derivado talvez da experiência: quem perde sangue morre. O sangue do animal, símbolo da vida, somente pode ser oferecido a Deus como expiação dos pecados das pessoas (Hb 9, 22). Deus é o Senhor da vida; portanto, o sangue-vida não pode ser comido (v.10.12.14; Dt 12,16.23-25; 1Sm 14,32-35). Isso significaria apropriar-se de uma vida que só a Deus pertence. Derramar o sangue é um ato religioso. Portanto, só pode ser oferecido em sacrifício a Deus (v.5-7) ou respeitosamente coberto com terra (v.13).

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Lv 19,26Não comereis nada que contenha sangue. Não praticareis a adivinhação nem a magia. Ez 39,17“E tu, filho de homem - assim fala o Senhor DEUS diz às aves de todas as espécies e a todos os animais selvagensa: Reuni-vos, vinde, juntai-vos de todas as partes, para tomardes parte no sacrifício que Eu vos preparo, um grande sacrifício sobre a montanha de Israel; e vós comereis carne e bebereis sangue. 18Ides comer a carne de heróis e beber sangue de príncipes da terra: carneiros, cordeiros, cabritos, touros robustos de Basan. 19Comereis gordura até vos fartardes, e bebereis sangue até vos embriagardes, no sacrifício que Eu vos preparo.

23.2.1 A custo, os cristãos conseguiram libertar-se deste modo de conceber o sangue At 15,19Por isso, julgo que não se devem inquietar os que dentre os gentios se convertem a Deus. 20Mas que se lhes escreva somente que se abstenham das carnes oferecidas aos ídolos, da impureza, das carnes sufocadas e do sangue. [...] 28Com efeito, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor outro peso além do seguinte indispensável: 29que vos abstenhais das carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da impureza. Dessas coisas fareis bem de vos guardar conscienciosamente. Adeus! At 21,24Toma-os contigo, faze com eles os ritos da purificação e paga por eles (a oferta obrigatória) para que rapem a cabeça. Então todos saberão que é falso quanto de ti ouviram, mas que também tu guardas a lei. 25Mas a respeito dos que creram dentre os gentios, já escrevemos, ordenando que se abstenham do que for sacrificado aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação.

[a] O grande banquete sacrificial aqui descrito constitui um espetáculo horrível: as aves do céu e os animais selvagens vêm devorar os cadáveres dos inimigos de Israel (Jr 46,10; 48,15; 50,27). Ap 19,17-18.21 tirou de Ezequiel a mesma imagem.

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Rm 14,14 Sei, estou convencido no Senhor Jesus de que nenhuma coisa é impura em si mesma; somente o é para quem a considera impura. 15 Ora, se por uma questão de comida entristeces o teu irmão, já não vives segundo a caridade. Pela comida não causes a perdição daquele por quem Cristo morreu! 16 Não venha a tornar-se objeto de calúnia a tua vantagem. 17 O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo. 18 Quem deste modo serve a Cristo, agrada a Deus e goza de estima dos homens. 19 Portanto, apliquemo-nos ao que contribui para a paz e para a mútua edificação. 20 Não destruas a obra de Deus por questão de comida. Todas as coisas, em verdade, são puras, mas o que é mau para um homem é o fato de comer provocando um escândalo. 21 Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem outra coisa que para teu irmão possa ser uma ocasião de queda. 22 Tens uma convicção; guarda-a para ti mesmo, diante de Deus. Feliz é aquele que não se condena a si mesmo no ato a que se decide. 1Cor 10, 23 Tudo é permitido, mas nem tudo é oportuno. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica. 24 Ninguém busque o seu interesse, mas o do próximo. 25 Comei de tudo o que se vende no açougue, sem indagar de coisa alguma por motivo de consciência. 26 Do Senhor é a terra e tudo que ela encerra. 27 Se algum infiel vos convidar e quiserdes ir, comei de tudo o que se vos puser diante sem indagar de coisa alguma por motivo de consciência. 28 Mas se alguém disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não o comais, em atenção àquele que o advertiu e por motivo de consciência. 29 Dizendo consciência, refiro-me não à tua, mas à do outro. Com efeito, por que razão seria regulada a minha liberdade pela consciência alheia? 30 Se eu como com ações de graças, por que serei eu censurado por causa do alimento pelo qual rendo graças? 31 Portanto, quer comais quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus. 32 Não vos torneis causa de escândalo, nem para os judeus, nem para os gentios, nem para a Igreja de Deus. 33 Fazei como eu: em todas as circunstâncias procuro agradar a todos. Não

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busco os meus interesses próprios, mas os interesses dos outros, para que todos sejam salvos.

23.2.2 Porque o sangue é a vida, e esta pertence a Deus, Ele “vinga” o sangue inocente: Dt 32,43Aclamai, ó nações, o seu povo, porque Ele vinga o sangue dos seus servos; tira vingança dos seus inimigos e perdoa à sua terra e ao seu povo!; Ez 14,19Ou ainda, se Eu enviasse a peste sobre o país e espalhasse sobre ele a minha cólera com sangue, exterminando pessoas e animais,; Ez 33,6Se a sentinela, pelo contrário, vir chegar a espada e não tocar a trombeta; se o povo não foi advertido e a espada vem tirar a vida a alguém, este morrerá por causa da sua iniquidade; e Eu pedirei contas do seu sangue à sentinela. 7A ti, filho de homem, Eu constituí-te sentinela da casa de Israel. Deves ouvir a palavra que sai da minha boca e adverti-los, da minha parte. 8Se Eu digo ao ímpio que vai morrer e tu não lhe falas para o pôr de sobreaviso contra a sua má conduta, ele perecerá em razão do próprio pecado; mas é a ti que Eu pedirei contas do seu sangue. Lc 11,50a fim de que se peça contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo, 51desde o sangue de Abel até ao sangue de Zacarias, que pereceu entre o altar e o santuário.' Sim, Eu vo-lo digo, serão pedidas contas a esta geração.a Ap 16,3Quando o segundo anjo derramou a sua taça sobre o mar, este converteu-se em sangue semelhante ao sangue de um morto e morreram todos os seres vivos do mar. 4Quando o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas nascentes das águas, eles transformaram-se em sangue. 5Então, ouvi o anjo das águas que dizia: “Tu és justo, Tu que és, que eras, o Santo; tens razão em dar esta sentença; 6porque eles [a] As mortes de Abel e de Zacarias são a primeira e a última da Bíblia hebraica (Gn 4,8-10; 2Cr 24,20-22; Mt 23,34-35), isto é, a totalidade dos crimes da História santa.

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derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também lhes deste a beber sangue. É o que eles merecem!”

23.2.3 Os prodígios com intervenção de sangue anunciam a “vingança” divina Ex 4,9E se suceder que não acreditem nestes dois sinais nem escutem a tua voz, tomarás da água do rio e derramá-la-ás sobre a terra seca; e a água que tiveres tirado do rio transformar-se-á em sangue sobre a terra seca.a Ex 7,17Assim diz o Senhor: Nisto reconhecerás que Eu sou o Senhor: eis que, com a vara que tenho na mão, ferirei as águas que estão no rio, e elas transformar-se-ão em sangue. 18 Os peixes que estão no rio morrerão, o rio cheirará mal e os egípcios não poderão beber a água do rio.'” 19O Senhor disse a Moisés: “Diz a Aarão: 'Toma a tua vara e estende a tua mão sobre as águas do Egito, sobre os seus rios, sobre os seus canais, sobre os seus lagos e sobre todos os seus depósitos de água - e que elas se transformem em sangue. Haverá sangue em toda a terra do Egito, tanto nos recipientes de madeira como nos de pedra.'” 20Assim fizeram Moisés e Aarão, como o Senhor tinha ordenado. Ele levantou a vara e bateu nas águas do rio, aos olhos do faraó e aos olhos dos seus servos, e todas as águas que estavam no rio se transformaram em sangue. 21Os peixes que estavam no rio morreram; o rio ficou a cheirar mal e os egípcios não puderam beber a água do rio. E houve sangue em toda a terra do Egito. Sl 78,44quando converteu em sangue os seus rios e canais, para que os egípcios não pudessem beber. Sl 105,29Converteu em sangue as águas dos rios e matou todos os peixes. Sb 11,6Em lugar da água corrente do rio turvada de sangue e lama, 7em castigo pelo decreto infanticida, deste-lhes, [a] Este sinal, de que encontramos traços em Ex 7,17-18; Is 50,2; Is 51,9-11, é diferente da água do rio transformada em sangue

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inesperada-mente, água abundante,8depois de lhes teres mostrado, pela sede que então sofreram, como castigaste os inimigos. Ap 6,12E, quando Ele abriu o sexto selo, houve um grande terramoto e o Sol tornou-se negro, como um pano de crinas, e toda a Lua ficou como sangue.a Ap 8,8Quando o segundo anjo tocou a trombeta, uma espécie de grande montanha de fogo foi lançada ao mar: a terça parte do mar transformou-se em sangue; 9morreu a terça parte dos seres vivos do mar e a terça parte dos barcos foi destruída. Ap 11,6Eles têm o poder de fechar o céu para que a chuva não caia no tempo da sua profecia. E têm, igualmente, o poder de mudar as águas em sangue, de modo a provocar na terra toda a espécie de flagelos, sempre que o desejem fazer.b

23.2.4 O sangue e a gordura desempenhavam um papel importante nos sacrifícios Lv 1,5Imolará o novilho diante do Senhor, e os sacerdotes, descendentes de Aarão, oferecerão o sangue e, depois, aspergirão o altar, que está à entrada da tenda da reunião, a toda a volta. 6E, depois de esfolada a vítima, cortá-la-ão nas porções devidas.c [...] 10Se a oferta destinada ao holocausto for de cordeiros ou de cabritos, oferecerá um macho sem defeito. 11Imolá-lo-á do lado norte do altar, diante do Senhor, e os sacerdotes, descendentes de Aarão, aspergirão com o sangue o altar a toda a volta. [...] 15O sacerdote oferecerá a ave sobre o altar e lhe torcerá o pescoço; queimá-la-á no altar, depois de ter espremido o sangue sobre os lados do altar.

[a] Ver Ap 16,18; Is 13,10; 34,4-6; 50,3; Ez 32,7-8; Os 10,8; Jl 2,10; 3,3-4. [b] Fechar o céu à chuva: em 1Rs 17,1, Elias manda fechar o céu à chuva e ao orvalho (Lc 4,25; Tg 5,17-18). Mudar as águas em sangue: Ex 7,17-25. [c] Oferecerão o sangue. É importante o ritual do sangue nos sacrifícios, porque, ao significar a vida em si mesma, coloca o ser humano pecador em relação vital com Deus. Porque a vida só a Deus pertence, o sangue não podia ser utilizado em usos profanos (Hb 12,24; 1Pd 1,2.18-19).

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Lv 3,2Imporá a mão sobre a cabeça da vítima oferecida, que imolará à entrada da tenda da reunião; depois, os sacerdotes, descendentes de Aarão, aspergirão com o sangue o altar, a toda a volta. [...] 8depois, imporá a mão sobre a cabeça da vítima, que imolará diante da tenda da reunião e, com o sangue, os descendentes de Aarão aspergirão o altar, a toda a volta. [...] 13depois, imporá a mão sobre a cabeça da vítima, que imolará diante da tenda da reunião e os descendentes de Aarão aspergirão com o sangue o altar a toda a volta. [...] 17Esta é uma lei perpétua para os vossos descendentes, em qualquer lugar em que habitardes: não deveis comer nem a gordura nem o sangue.a Lv 4,5Seguidamente, o sacerdote consagrado levará parte do sangue do novilho à tenda da reunião; 6mergulhará o dedo no sangue e, com esse sangue, aspergirá sete vezes, diante do Senhor, a face visível do véu do santuário. 7Depois deitará parte do sangue sobre as hastes do altar dos perfumes, que está diante do Senhor, na tenda da reunião, e derramará o resto do sangue do novilho na base do altar dos holocaustos, que está à entrada da tenda da reunião. 8Depois, extrairá toda a gordura do novilho imolado pelo pecado, tanto a que envolve as entranhas como a que lhes está aderente, 9assim como os dois rins com a gordura que os envolve na região lombar e a membrana do fígado, que se tirará juntamente com os rins, 10tal como se procede com o novilho do sacrifício de comunhão. [...] 16Seguidamente, o sacerdote [a] A gordura era a parte mais valiosa da vítima. Nela se via a sede da vida, a manifestação da produtividade das forças vitais, sobretudo a gordura acumulada à volta das vísceras (Gn 4, 4; Ex 23,18). As vísceras e o fígado eram considerados como a sede dos afectos e sentimentos profundos (Lm 2, 11); os rins, como sede da força e da energia (Jó 16, 13; 19,27); os lombos (região lombar), como sede do poder procriador. Trata-se de um simbolismo primitivo, que não era do exclusivo domínio hebreu, mas extensivo a muitos outros povos, particularmente os semitas. O fígado devia ser oferecido a Deus e não se deveria fazer dele um meio de práticas de adivinhação, como acontecia em certos povos.

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consagrado levará parte do sangue do novilho à tenda da reunião. 17Mergulhará o dedo no sangue e, com esse sangue, aspergirá sete vezes diante do Senhor, a face visível do véu; 18depois, deitará parte do sangue sobre as hastes do altar que está diante do Senhor, na tenda da reunião, e derramará o resto do sangue na base do altar dos holocaustos, que está à entrada da tenda da reunião. [...] 25Seguidamente, o sacerdote tomará com o dedo parte do sangue da vítima sacrificada pelo pecado e deitá-lo-á sobre as hastes do altar dos holocaustos, derramando o resto do sangue na base do altar dos holocaustos. 26Queimará sobre o altar toda a gordura, como se faz com a gordura dos sacrifícios de comunhão. Quando o sacerdote fizer sobre o príncipe o rito de expiação, o seu pecado será perdoado. [...] 30Seguidamente, o sacerdote tomará com o dedo parte do sangue da vítima sacrificada pelo pecado e deitá-lo-á sobre as hastes do altar dos holocaustos, e derramará o resto do sangue na base do altar. 31Depois, extrairá toda a gordura, como no sacrifício de comunhão, para a queimar sobre o altar, como agradável odor em honra do Senhor. Quando o sacerdote fizer sobre ele o rito de expiação, o seu pecado será perdoado. [...] 34Seguidamente, o sacerdote tomará com o dedo parte do sangue da vítima sacrificada pelo pecado e deitá-lo-á sobre as hastes do altar dos holocaustos, e derramará o resto do sangue na base do altar. 35Depois, extrairá toda a gordura, como no sacrifício de comunhão, para a queimar sobre o altar, como oferta queimada em honra do Senhor. Quando o sacerdote fizer sobre ele o rito de expiação pelo pecado que cometeu, este ser-lhe-á perdoado. Lv 5,8Levá-las-á ao sacerdote, que oferecerá, primeiramente, a vítima do pecado: há-de torcer-lhe o pescoço, junto da nuca, sem a separar do corpo; 9fará jorrar sangue da vítima pelo pecado, sobre os lados do altar, e o resto do sangue será espremido na base do altar. É um sacrifício pelo pecado. 10Com a segunda ave, oferecerá um holocausto, segundo o

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ritual. Assim, fará o sacerdote, por esse homem, a expiação do pecado que ele cometeu, e ser-lhe-á perdoado. Lv 6,20Tudo o que tocar nessa carne tornar-se-á santo. Se o sangue salpicar alguma veste, esta será lavada num lugar santo. 21A panela de barro, em que for cozida, será quebrada; se for cozida numa panela de bronze, esta será esfregada e lavada com água. 22Somente os homens da família sacerdotal poderão comê-la; é uma coisa santíssima. 23Mas a vítima pelo pecado, cujo sangue é levado para a tenda da reunião, para se fazer a expiação no santuário, não será comida em caso algum; será queimada no fogo. Lv 7,1Estas são as leis do sacrifício de reparação. Trata-se de uma coisa santíssima: 2A vítima do sacrifício de reparação será imolada no lugar onde se imola o holocausto, e o sangue será aspergido em torno do altar. 3Depois, oferecer-se-á toda a gordura: a cauda, a gordura que envolve as entranhas, 4os dois rins com a gordura que os cobre na região lombar e a membrana do fígado, que se separa com os rins. [...] 4Retirar-se-á um bolo de cada uma destas ofertas, como tributo ao Senhor e pertencerá ao sacerdote, que tiver derramado o sangue da vítima do sacrifício de comunhão. O sangue dos sacrifícios prefigurava a Verdadeira Vítima, o Cordeiro Pascal, que se imolou para o perdão do Pecado. Jesus Cristo Jo 5,53Disse-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último dia, 55 porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu

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sangue, uma verdadeira bebida. 56Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. 57Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim. 58 Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.” 23.2.5 O sangue de Cristo, que é vida, transmite a vida Mt 26,26Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo: “Tomai, comei: Isto é o meu corpo.” 27Em seguida, tomou um cálice, deu graçasa e entregou-lho, dizendo: “Bebei dele todos. 28Porque este é o meu sangue, sangue da Aliança, que vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecadosb. 29Eu vos digo: Não beberei mais deste produto da videira, até ao dia em que beber o vinho novo convosco no Reino de meu Pai.” Mc 14,22Enquanto comiam, tomou um pão e, depois de pronunciar a bênção, partiu-o e entregou-o aos discípulos dizendo: “Tomai: isto é o meu corpo.” 23Depois, tomou o cálice, deu graças e entregou-lho. Todos beberam dele. 24E Ele disse-lhes: “Isto é o meu sangue da aliança, que vai ser derramado por todos. 25 Em verdade vos digo: não voltarei a beber do fruto da videira até ao dia em que o beba, novo, no [a] Deu graças. O verbo grego (eucharistô) está na raiz da palavra Eucaristia, com que se designa a Ceia do Senhor. [b] Derramando o seu sangue na cruz, Jesus conduz ao seu termo a Aliança do Sinai, selada com o sangue das vítimas animais (Ex 24, 4-8.6-8). Ao mesmo tempo, Jesus anuncia o cumprimento da Nova Aliança predita pelos profetas (Jr 31, 31-34; Ez 37,23-28; Zc 8,8) e se atribui a missão do “Servo de Javé“ (Sl 22, 7; Is 42,1-4; 49,6; 52,13; 53,12; Zc 12,10); Jesus proclama ainda o valor universal do seu sacrifício por muitos, ou seja, por toda a humanidade (Mt 5, 45-48; 20,25-28; Mc 10,45).

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Reino de Deus.” 26Após o canto dos salmos, saíram para o Monte das Oliveiras. Lc 22,14Quando chegou a hora, pôs-se à mesa e os Apóstolos com Ele. 15Disse-lhes: “Tenho ardentemente desejado comer esta Páscoa convosco, antes de padecera, 16pois digo-vos que já não a voltarei a comerb até ela ter pleno cumprimento no Reino de Deus.” 17Tomando uma taçac, deu graças e disse: “Tomai e reparti entre vós, 18pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus d.” 19 Tomou, então, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distribuiu-o por eles, dizendo: “Isto é o meu corpo, que vai ser entregue por vóse; fazei isto em minha memória.” 20Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a novaf Aliança no meu sangue, que vai ser derramado por vós.”

[a] Padecer. Jesus designa a sua própria paixão, aludindo talvez a Is 53, 4.8-12. Em Lc e At, o termo tem o sentido de morte (Lc 24, 26.46; At 1,3; 3,18; 17,3). O mesmo sentido em Hb 2,18; 1Pd 1,21. [b] Não voltarei a comer. A refeição da Páscoa, memorial da libertação de Israel do Egito (Ex 12), é apresentada como figura do banquete messiânico da salvação definitiva (Lc 13,28). [c] Jesus toma uma taça, como presidente da refeição pascal. Só Lc se refere a esta primeira taça, porque Mt e Mc não descrevem a ceia de Páscoa. [d] O Reino de Deus, aqui, está ligado, não à ideia de um lugar (Lc 22, 16), mas à realeza divina que se deve manifestar no fim dos tempos. Estas palavras estão em Mt 26,29 e Mc 14,25, após a apresentação da taça eucarística (1Cor 11,26). Ver Mt 26,17.26; Mc 14,1.22-26; 1Cor 11,23-25. [e] Aqui, e no Lc 22,20, as palavras de Jesus dirigem-se aos assistentes (por vós), enquanto em Mt 26,28 e Mc 14,24 o sangue é derramado “pela multidão“. A fórmula em minha memória, ausente de Mt e de Mc, define a ceia eucarística como memorial do sacrifício de Jesus, no quadro da refeição pascal de Israel (Ex 12,8.11.15.27; Lv 23,4-8; Dt 16,3; 2Cr 35,1-19; Mc 14,1; Mt 26,26). [f] Só Lc e Paulo (1Cor 11, 25) qualificam a Aliança com o adjectivo nova, evocando Jr 31,31-34. O tempo da salvação é inaugurado pelo sacrifício de Jesus, pelo seu sangue (Ex 24,8). Sobre a Nova Aliança, ver Jr 31,31-34; Ez 16,59-60; 36,26-27; 37,23-28; Mt 22,2; Jo 3,29; Rm 11,26-27; 1Cor 11,23-25; 2Cor 3,6; Gl 4,21-31; 1Pd 1,1-2

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23.2.6 Jesus o Pão da Vida Jo 6, 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto, mas morreram. 50Este é o pão que desce do Céu; se alguém comer dele, não morrerá. 51Eu sou o pão vivo, o que desceu do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, pela vida do mundo.” 52Então, os judeus, exaltados, puseram-se a discutir entre si, dizendo: “Como pode Ele darnos a sua carne a comer?!” 53Disselhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. 54Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna e Eu hei-de ressuscitá-lo no último diaa, 55porque a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue, 56 uma verdadeira bebida. Quem realmente come a minha carne e bebe o meu sangue fica a morar em mim e Eu nele. 57Assim como o Pai que me enviou vive e Eu vivo pelo Pai, também quem de verdade me come viverá por mim. 58Este é o pão que desceu do Céu; não é como aquele que os antepassados comeram, [a] O pão que Eu hei-de dar (Jo 6, 51). Este dar é um oferecimento pela vida (salvação) do mundo; a referência à morte de Cristo (Jo 3, 15-16) e à instituição da Eucaristia (Lc 22,19; 1Cor 11,24) é fácil de descobrir. O realismo eucarístico das palavras de Jesus não pode ser mais claro: o pão vivo é a carne (não simplesmente o corpo) de Jesus e, simultaneamente, o sangue que é preciso beber. Tema desconcertante para a fé e a cultura judaica (Lv 1, 5; 17,10-11; At 15,19-20); mas Jesus não desfaz um mal-entendido, não apela para um sentido metafórico nem suaviza as suas palavras, antes as reforça com mais clareza. Nos Jo 6,52, 54, 56, 57 e 58, emprega-se um verbo que exprime com realismo o próprio ato de comer com os dentes (mastigar) e que traduzimos por comer mesmo (realmente).

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pois eles morreram; quem come mesmo deste pão viverá eternamente.”

23.2.7 Ceia Pascal 1Cor 11,23Com efeito, eu recebi do Senhor o que também vos transmitia: o Senhor Jesus na noite em que era entregue, tomou pão 24e, tendo dado graças, partiu-o e disse: “Isto é o meu corpo, que é para vós; fazei isto em memória de mim”. 25Do mesmo modo, depois da ceia, tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova Aliança no meu sangue; fazei isto sempre que o beberdes, em memória de mim.” 26 Porque, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele venha.b

23.2.8 O sangue é reparador e expiatório Rm 3, 23todos pecaram e estão privados da glória de Deus. 24 Sem o merecerem, são justificados pela sua graça, em virtude da redenção realizada em Cristo Jesus. 25Deus ofereceu-o para, nEle, pelo Seu Sangue, se realizar a expiação que atua mediante a fé; foi assim que ele mostrou a sua justiça, ao perdoar os pecados cometidos outrora, 26no tempo da divina paciência. Deus mostra assim

[a] Para remediar os abusos, o Apóstolo recorda as circunstâncias da instituição da Eucaristia. É o relato mais antigo da Ceia do Senhor, de origem litúrgica, semelhante ao dos Sinópticos, sobretudo ao de Lucas (Mt 26, 17.26-30; Mc 14,1.22-26; Lc 22,15-20), com variantes que reflectem as tradições das comunidades de Jerusalém (Mt-Mc) e de Antioquia (Lc-Paulo). A fonte destas tradições remonta a Cristo (15,3-5). O sentido das suas palavras só pode ser compreendido à luz do AT (Ex 24, 6-8; Jr 31,31-34). Fazei isto em memória de mim é repetido por Paulo depois da consagração do pão e do vinho, mencionado por Lc (22,19) só depois da consagração do pão, e sem qualquer menção em Mt e Mc. Não significa apenas uma comemoração; é um memorial (Ex 12, 14), uma evocação litúrgica que realiza o que recorda. [b] É uma séria advertência contra a recepção indigna do pão e do vinho eucarísticos, que reflete a fé na presença real do Senhor no sacramento. E termina com um apelo a esperarem uns pelos outros, para que a Ceia seja a expressão de uma verdadeira união fraterna.

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a sua justiça no tempo presente, porque Ele é justo e justifica quem tem fé em Jesus.; Rm 5,6De fato, quando ainda éramos fracos é que Cristo morreu pelos ímpios. 7Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa boa talvez alguém se atreva a morrer. 8 Mas é assim que Deus demonstra o seu amor para conosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós. 9 E agora que fomos justificados pelo Seu Sangue, com muito mais razão havemos de ser salvos da ira, por meio dEle. 10Se, de fato, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele pela morte de seu Filho, com muito mais razão, uma vez reconciliados, havemos de ser salvos pela sua vida. 11Mais ainda, também nos gloriamos em Deus, por Nosso Senhor Jesus Cristo, por quem agora recebemos a reconciliação. Ef 1,7É em Cristo, pelo seu sangue, que temos a redenção, o perdão dos pecados, em virtude da riqueza da sua graça, 8 que Ele abundantemente derramou sobre nós, com toda a sabedoria e inteligência. Ef 2,13Mas em Cristo Jesus, vós, que outrora estáveis longe, agora, estais perto, pelo sangue de Cristo. 14Com efeito, Ele é a nossa paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne, 15anulou a lei, que contém os mandamentos em forma de prescrições, para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só homem novo, fazendo a paz, 16e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando assim a inimizade.

23.2.9 Cristo, mediador da criação e da redenção Cl 1,15É Ele a imagem do Deus invisível, o primogénito de toda a criatura; 16porque foi nele que todas as coisas foram criadas, no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, os Tronos e as Dominações, os Poderes e as Autoridades, todas as coisas foram criadas por Ele e para Ele. 17Ele é anterior a todas as coisas e todas elas subsistem nele. 18É Ele a cabeça do Corpo, que é a Igreja. É Ele o princípio, o primogénito de entre

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os mortos, para ser Ele o primeiro em tudo; 19porque foi nele que aprouve a Deus fazer habitar toda a plenitude 20e, por Ele e para Ele, reconciliar todas as coisas, pacificando pelo sangue da sua cruz, tanto as que estão na terra como as que estão no céu.

23.2.10 O sacrifício de Cristo é definitivo Hb 9, 11Mas, Cristo veio como Sumo Sacerdote dos bens futuros, através de uma tenda maior e mais perfeita, que não é feita por mão humana, isto é, não pertence a este mundo criado. 12Entrou uma só vez no Santuário, não com o sangue de carneiros ou de vitelos, mas com o seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eternaa. 13Se, de fato, o sangue dos carneiros e dos touros e a cinza da vitela com que se aspergem os impuros, os santifica, purificando-os no corpo, 14quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo a Deus, sem mácula, purificará a nossa consciência das obras mortas, para que prestemos culto ao Deus vivo! Hb 13,11De fato, os corpos dos animais, cujo sangue é levado pelo Sumo Sacerdote ao santuário para a expiação dos pecados, são queimados fora do acampamento. 12Por isso, também Jesus, para santificar o povo com o seu próprio sangue, padeceu fora das portas. Ap 1,5e da parte de Jesus Cristo, a Testemunha fiel, o Primeiro vencedor da morte e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e nos purificou dos nossos pecados com o Seu Sangue, [...] Ap 7,14Eu respondi-lhe: “Meu Senhor, tu é que sabes.” Ele disse-me: “Estes são os que vêm da grande tribulação; lavaram as suas túnicas e as branquearam no Sangue do Cordeiro. 15Por isso, estão diante do trono de Deus e servem[a] A oferta do sangue de Cristo substitui o antigo cerimonial do Dia da Expiação (Yom kippur). Por meio dela, chegam os bens futuros, ou as realidades definitivas; a tenda é o próprio corpo de Cristo (Jo 2, 19-21); a vítima é Ele mesmo, que derrama o seu sangue; o templo é o céu, onde Ele entrou.

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no, noite e dia, no seu santuário, e o que está sentado no trono abrigá-los-á na sua tenda. [...]” Ap 22,14Felizes os que lavam as suas vestes, para terem direito à árvore da Vida e poderem entrar nas portas da cidade.

23.2.11 “Isto é o meu sangue” §610 Jesus expressou de modo supremo a oferta livre de si mesmo na refeição que tomou com os Doze Apóstolos na “noite em que foi entregue” (1Cor 11, 23). Na véspera de sua Paixão, quando ainda estava em liberdade, Jesus fez desta Última Ceia com seus apóstolos o memorial de sua oferta voluntária ao Pai, pela salvação dos homens: “Isto é o meu corpo que é dado por vós” (Lc 22,19). “Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para remissão dos pecados” (Mt 26,28). §1365 Por ser memorial da páscoa de Cristo, a Eucaristia é também um sacrifício. O caráter sacrifical da Eucaristia é manifestado nas próprias palavras da instituição: “Isto é o meu Corpo que será entregue por vós”, e “Este cálice é a nova aliança em meu Sangue, que vai ser derramado por vós” (Lc 22,19-20). Na Eucaristia, Cristo dá este mesmo corpo que, entregou por nós na cruz, o próprio sangue que “derramou por muitos para remissão dos pecados” (Mt 26,28).

23.3 Batismo de sangue §1258 Desde sempre, a Igreja mantém a firme convicção de que as pessoas que morrem em razão da fé, sem terem recebido o Batismo, são batizadas por sua morte por e com Cristo. Este Batismo de sangue, como o desejo do Batismo, acarreta os frutos do Batismo, sem ser sacramento.

23.4 Sangue dos mártires semente de cristãos §852 Os caminhos da missão. “O Espírito Santo é o protagonista de toda a missão eclesial.” É ele quem conduz a Igreja pelos caminhos da missão. “Esta missão, no decurso da

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história, continua e desdobra a missão do próprio Cristo, enviado a evangelizar os pobres. Eis por que a Igreja, impelida pelo Espírito de Cristo, deve trilhar a mesma senda de Cristo, isto é, o caminhos da pobreza, da obediência, do serviço e da imolação de si até a, morte, da qual Ele saiu vencedor por sua Ressurreição.” É assim que “o sangue dos mártires é uma semente de cristãos”.

23.5 Sangue e água símbolos da Igreja de Cristo §766 Mas a Igreja nasceu primeiramente do dom total de Cristo para nossa salvação, antecipado na instituição da Eucaristia e realizado na Cruz. “O começo e o crescimento da Igreja são significados pelo sangue e pela água que saíram do lado aberto de Jesus crucificado.” “Pois do lado de Cristo dormindo na Cruz é que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja.” Da mesma forma que Eva foi formada do lado de Adão adormecido, assim a Igreja nasceu do coração traspassado de Cristo morto na Cruz. §1225 Foi em sua Páscoa que Cristo abriu a todos os homens as fontes do Batismo. Com efeito, já tinha falado da paixão que iria sofrer em Jerusalém como de um “batismo” com o qual devia ser batizado. O sangue e a água que escorreram do lado traspassado de Jesus crucificado são tipos do Batismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova: desde então é possível “nascer da água e do Espírito” para entrar no Reino de Deus (Jo 3,5). Vê, quando és batizado, donde vem o Batismo, se não da cruz de Cristo, da morte de Cristo. Lá está todo o mistério: ele sofreu por ti. E nele que és redimido, é nele que és salvo e, por tua vez, te tornas salvador.

23.6 Ladainha do Preciosíssimo Sangue Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo tende piedade de nós. Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos.

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Jesus Cristo atendei-nos. Pai Celeste que sois Deus tende piedade de nós. Filho Redentor do mundo que sois Deus, tende piedade de nós. Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós. Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai-nos. Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado, salvainos. Sangue de Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento, salvainos. Sangue de Cristo, correndo pela terra na agonia, salvai-nos. Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação, salvai-nos. Sangue de Cristo, gotejando na coroação de espinhos, salvainos. Sangue de Cristo, derramado na cruz, salvai-nos. Sangue de Cristo, preço da nossa salvação, salvai-nos. Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção, salvainos. Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia, salvai-nos. Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos. Sangue de Cristo, vencedor dos demônios, salvai-nos. Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos. Sangue de Cristo, virtude dos confessores, salvai-nos. Sangue de Cristo, que suscitais almas virgens, salvai-nos. Sangue de Cristo, força dos tentados, salvai-nos. Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham, salvai-nos. Sangue de Cristo, consolação dos que choram, salvai-nos. Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos. Sangue de Cristo, conforto dos moribundos, salvai-nos. Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos. Sangue de Cristo, penhor de eterna vida, salvai-nos. Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvainos. Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória, salvai-nos.

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Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, Senhor. V.: Remistes-nos, Senhor, com o Vosso Sangue. R.: E fizestes de nós, um reino para o nosso Deus. Oremos: Todo-Poderoso e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito Filho, Redentor do mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na virtude que Ele contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Assim seja.

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24 O perigo das riquezas Avarento 1 que ou aquele que é obcecado por adquirir e acumular dinheiro; sovina 2 que ou quem não é generoso; etim avaro + -ento; acanhado, agarrado, agiota, arrepanhado, avaro, ávido, cainho, cajueiro, canguinhas, canguinho, canhengue, casca, casquinha, catinga, catingueiro, cauíla, cauíra, chifre-decabra, cigalheiro, cobiçante, cobiçoso, come-em-vão, cúpido, engadanhado, escasso, esganado, filárgiro, foca, fomenica, fominha, fona, forra-gaitas, forreta, fuinha, futre, gaveteiro, ginja, guardonho, guardoso, harpagão, iliberal, ingeneroso, manicurto, mão-de-finado, mão-de-leitão, mão-de-vaca, mão-fechada, mãos-atadas, mesquinho, migalheiro, mingolas, mirra, miserável, mísero, mitra, miúdo, mofino, morrinha, morto-a-fome, munhecade-samambaia, muquira, muquirana, onzenário, onzeneiro, pãoduro, pelintra, pica-fumo, pirão-na-unha, piroca, resmelengo, rezina, rídico, ridículo, seguro, socancra, somítico, sórdido, sorrelfa, sovelão, sovina, tacanho, tamanduá, tenaz, tranca, unhaca, unha-de-fome, unhas-de-fome, unhas, usurário, usureiro, vilão, vinagre, zura, zuraco. Mt 6,19 Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar. 20 Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não corroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam. 21 Pois, onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Mt 6,24 Ninguém pode servir a dois Senhores. Com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará ao primeiro e desprezará o segundo. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Lc 16,13 Ninguém pode servir a dois Senhores: com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro. Mt 13,22 Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os

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cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto. Lc 8,14 A que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, indo pelo seu caminho, são sufocados pelos cuidados (do mundo), pela riqueza, pelos prazeres da vida e não chegam a dar fruto. Lc 12,15 Depois lhes disse (Jesus): “precavei-vos cuidadosamente de qualquer cupidez (avareza), pois, mesmo na abundância, a vida do homem não é assegurada por seus bens”.

24.1 Amor aos pobres X amor as riquezas §2445 O amor aos pobres é incompatível com o amor imoderado das riquezas ou o uso egoísta delas: “Pois bem, agora vós, ricos, chorai e gemei por causa das desgraças que estão para vos sobrevir. Vossa riqueza apodreceu e vossas vestes estão carcomidas pelas traças. Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e sua ferrugem testemunhará contra vós e devorará vossas carnes. Entesourastes como que um fogo nos tempos do fim! Lembrai-vos de que o salário, do qual privastes os trabalhadores que ceifaram vossos campos, clama, e os gritos dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor dos exércitos. Viveste faustosamente na terra e vos regalastes; vós vos saciastes no dia matança. Condenastes o justo e o pusestes à morte: ele não resiste”. Tg 5,1-6.

24.2 Felicidade X riquezas §1723 A prometida bem-aventurança nos coloca diante de escolhas morais decisivas. Convida-nos a purificar nosso coração de seus maus instintos e a procurar o amor de Deus acima de tudo. Ensina que a verdadeira felicidade não está nas riquezas ou no bem-estar, nem na glória humana ou no poder, nem em qualquer obra humana, por mais útil que seja, como as ciências, a técnica e as artes, nem em outra criatura qualquer, mas apenas em Deus, fonte de todo bem e de todo amor.

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A riqueza é o grande deus atual; a ela prestam homenagem instintiva a multidão e toda a massa dos homens. Medem a felicidade pelo tamanho da fortuna e, segundo a. fortuna, medem também a honradez... Tudo isto provém da convicção de que, tendo riqueza, tudo se consegue. A riqueza é, pois, um dos ídolos atuais, da mesma forma que a fama... A fama, o fato de alguém ser conhecido e fazer estardalhaço na sociedade (o que poderíamos chamar de notoriedade da imprensa), chegou a ser considerada um bem em si mesma, um sumo bem, um objeto, também ela, de verdadeira veneração.

24.3 Liberdade do coração necessária para entrar no Reino

diante

das

riquezas

§2554 O batizado combate a inveja pela benevolência, pela humildade e pelo abandono nas mãos da Providência divina. §2556 O desapego das riquezas é necessário para entrar no Reino dos Céus. “Bem-aventurados os pobres de coração.”

24.4 Paixão desordenada pelas riquezas §2536 O décimo mandamento proíbe a avidez e o desejo de uma apropriação desmedida dos bens terrenos; proíbe a cupidez desmedida nascida da paixão imoderada das riquezas e de seu poder. Proíbe ainda o desejo de cometer uma injustiça pela qual se prejudicaria o próximo em seus bens temporais: Quando a Lei nos diz: “Não cobiçarás“, ordena-nos, em outros termos, que afastemos nossos desejos de tudo aquilo que não nos pertence. Pois a sede dos bens do próximo é imensa, infinita e nunca saciada, como está escrito: “Quem ama o dinheiro nunca se saciará de dinheiro” (Ecl 5,9)

24.5 Explicação da parábola do semeador. Mt 13,18“Escutai, pois, a parábola do semeador. 19 Quando um homem ouve a palavra do Reino e não compreende, chega o maligno e apodera-se do que foi semeado no seu coração. Este

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é o que recebeu a semente à beira do caminho. 20 Aquele que recebeu a semente em sítios pedregosos é o que ouve a palavra e a acolhe, de momento, com alegria; 21 mas não tem raiz em si mesmo, é inconstante: se vier a tribulação ou a perseguição, por causa da palavra, sucumbe logo. 22 Aquele que recebeu a semente entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo e a sedução da riqueza sufocam a palavra que, por isso, não produz fruto. 23 E aquele que recebeu a semente em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende: esse dá fruto e produz ora cem, ora sessenta, ora trinta.”a

24.6 O jovem rico Mt 19,16 Aproximou-se dEle um jovem e disse-lhe: “Mestre, que hei-de fazer de bom, para alcançar a vida eterna?” 17 Jesus respondeu-lhe: “Porque me interrogas sobre o que é bom? Bom é um só. Mas, se queres entrar na vida eterna, cumpre os mandamentos.” 18“Quais?” - perguntou ele. Retorquiu Jesus: Não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, 19 honra teu pai e tua mãe; e ainda: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 20 Disse-lhe o jovem: “Tenho cumprido tudo isto; que me falta ainda?” 21 Jesus respondeu: “Se queres ser perfeitob, vai, vende o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.” 22 Ao ouvir isto, o jovem retirou-se contristado, porque possuía muitos bens. 23 Jesus disse, então, aos discípulosc: “Em verdade vos digo que dificilmente um rico entrará no Reino do Céu. 24 Repito-vosd: É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino do Céu.” 25Ao [a] || Mc 4,13-20; Lc 8,11-15 [b] Ser perfeito entende-se da perfeição de todo aquele que, seguindo Jesus, cumpre toda a Lei (v.18-19; 5,17.48). Essa fiel correspondência pode entender-se como reservada aos colaboradores mais próximos de Jesus, chamados a renunciar às preocupações da família (v.12) e das riquezas (6,19-21; 8,19-20). [c] Jesus lembra o obstáculo das riquezas para quem quer alcançar a vida eterna, mas não impõe a pobreza como regra para ser seu discípulo. Ele chama mesmo pessoas de elevada condição social, sem exigir delas o abandono total da sua posição.

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ouvir isto, os discípulos ficaram estupefatos e disseram: “Então, quem pode salvar-se?” 26Fixando neles o olhar, Jesus disse-lhes: “Aos homens é impossível, mas a Deus tudo é possível.”a

24.7 O homem rico Mc 10, 17Quando se punha a caminho, alguém correu para Ele e ajoelhou-se, perguntando: “Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um só: Deus. 19Sabes os mandamentos: Não mates, não cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes, honra teu pai e tua mãe.” 20Ele respondeu: “Mestre, tenho cumprido tudo isso desde a minha juventude.” 21Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele e disse: “Falta-te apenas uma coisa: vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no Céu; depois, vem e segue-me.” 22Mas, ao ouvir tais palavras, ficou de semblante anuviado e retirou-se pesaroso, pois tinha muitos bens. Lc 18,18Certo chefe perguntou-lhe, então: “Bom Mestre, que hei-de fazer para alcançar a vida eterna?” 19Respondeu-lhe Jesus: “Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão Deus. 20 Tu sabes os mandamentos: Não cometerás adultério, não matarás, não roubarás, não levantarás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe.” 21Ele retorquiu: “Tudo isso tenho cumprido desde a minha juventude.” 22Ouvindo isto, Jesus disse-lhe: “Ainda te falta uma coisa: vende tudo o que tens, distribui o dinheiro pelos pobres e terás um tesouro no Céu. Depois, vem e segue-me.” 23Quando isto ouviu, ele entristeceu-se, pois era muito rico. 24Vendo-o assim, Jesus exclamou: “Como é difícil para os que têm riquezas entrar no Reino de Deus! 25Sim, é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus!” 26Os que o ouviram disseram: “Então, quem pode salvar-se?” 27Jesus respondeu: “O que é impossível aos homens é possível a Deus.”b [d] A hipérbole, de sabor oriental, sublinha os riscos postos pelas riquezas a quem deseja seguir de perto a Jesus. [a] || Mc 10,17-27; Lc 18,18-27 [b] || Lc 10,25-28; Mt 19,16-26; Mc 10,17-27

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24.8 Como é difícil se salvar os apegados às riquezas Mc 10, 23Olhando em volta, Jesus disse aos discípulos: “Quão difícil é entrarem no Reino de Deus os que têm riquezas! a” 24 Os discípulos ficaram espantados com as suas palavras. Mas Jesus prosseguiu: “Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus! 25É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus.” 26Eles admiraram-se ainda mais e diziam uns aos outros: “Quem pode, então, salvar-se?” 27Fitando neles o olhar, Jesus disse-lhes: “Aos homens é impossível, mas a Deus não; pois a Deus tudo é possível.”b

24.9 Recompensa do desprendimento Mc 10,28Pedro começou a dizer-lhe: “Aqui estamos nós que deixamos tudo e te seguimos.” 29Jesus respondeu: “Em verdade vos digo: quem deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou campos por minha causa e por causa do Evangelho, 30 receberá cem vezes mais agora, no tempo presente, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, juntamente com PERSEGUIÇÕES, e, no tempo futuro, a vida eterna. 31Muitos dos que são primeiros serão últimos, e muitos dos que são últimos serão primeiros.”c

24.10 Explicação da parábola do semeador Lc 8,11O significado da parábola é este: a semente é a Palavra de Deus. 12Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas em seguida vem o diabo e tira-lhes a palavra do coração, para não se salvarem, acreditando. 13Os que estão sobre a rocha são os que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se na hora da provação. 14A que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, indo pelo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, pela riqueza, pelos prazeres da vida e não chegam a dar fruto. 15E a que caiu em terra boa são [a] Mt 19,23-26; Lc 18,24-27 [b] || Mt 19,16-22; Lc 10,25-28; 18,18-23 [c] || Mt 19,27-30; Lc 18,28-30

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aqueles que, tendo ouvido a palavra, com um coração bom e virtuoso, conservam-na e dão fruto com a sua perseverança.”a

24.11 Cuidado com a ganância Lc 12,13Dentre a multidão, alguém lhe disse: “Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.” 14Ele respondeulhe: “Homem, quem me nomeou juizb ou encarregado das vossas partilhas?” 15E prosseguiu: “Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.”

24.12 Parábola do rico insensato Lc 12, 16Disse-lhes, então, esta parábola: “Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita. 17E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?' 18Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens. 19 Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.' 20Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?' 21Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.”c

24.13 Confiança na Providência Lc 12, 22Em seguida, disse aos discípulos: “É por isso que vos digo: Não vos preocupeis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir; 23pois a vida é mais que o alimento, e o corpo mais que o vestuário. 24Reparai nos corvos: não semeiam nem colhem, não [a] || Mt 13,18-23; Mc 4,13-20 [b] Jesus recusa assumir uma tarefa temporal, distinguindo-se de Moisés, estabelecido chefe e juiz do povo (Ex 2,14). [c] A parábola é uma ilustração do risco que a riqueza pode constituir. A lição do “tesouro no Céu” é condensada na conclusão (v.21) e repetida noutras passagens (v.33; Lc 16,9; 18,22).

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têm despensa nem celeiro, e Deus alimenta-os. Quanto mais não valeis vós do que as aves! 25E quem de vós, pelo fato de se inquietar, pode acrescentar um côvado à extensão da sua vida? 26 Se nem as mínimas coisas podeis fazer, porque vos preocupais com as restantes? 27Reparai nos lírios, como crescem! Não trabalham nem fiam; pois Eu digo-vos: Nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. 28Se Deus veste assim a erva, que hoje está no campo e amanhã é lançada no fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé! 29Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, nem andeis ansiosos, 30 pois as pessoas do mundo é que andam à procura de todas estas coisas; mas o vosso Pai sabe que tendes necessidade delas. 31Procurai, antes, o seu Reino, e o resto vos será dado por acréscimo. 32Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso Pai dar-vos o Reino.”

24.14 O tesouro do Céu Lc 12, 33“Vendei os vossos bens e dai-os de esmola. Arranjai bolsas que não envelheçam, um tesouro inesgotável no Céu, onde o ladrão não chega e a traça não rói. 34Porque, onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”a

24.15 Reflexões sobre o dinheiro Lc 16, 9“E Eu digo-vosb: Arranjai amigos com o dinheiro desonesto, para que, quando este faltar, eles vos recebam nas moradas eternas. 10Quem é fiel no pouco também é fiel no [a] || Mt 6,19-21 [b] Encontram-se aqui reunidas diversas sentenças sobre o uso do dinheiro (Eclo 31,8). A ligar esses elementos há vários termos com raiz semita: dinheiro (lit., “mamon”): v.9.11.13; Mt 6,24), fiel (aman: digno de confiança: v. 10.11.12), verdadeiro (autêntico: v.11). O dinheiro é personificado como potência enganadora que escraviza, mas que o discípulo deve utilizar, arranjando um tesouro no céu (v.4; 12,16-21), mediante o investimento nos pobres (amigos). Reflete-se aqui um tema caro a Lc: o confronto com os bens materiais, nomeadamente na esmola aos pobres (Lc 11,41). Moradas eternas, lit., “Tendas eternas”. Esta expressão inspira-se no imaginário da festa das Tendas onde se prefigurava a era da salvação (Zc 14,16-21).

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muito; e quem é infiel no pouco também é infiel no muito. 11 Se, pois, não fostes fiéis no que toca ao dinheiro desonesto, quem vos há-de confiar o verdadeiro bem? 12E, se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? 13Nenhum servo pode servir a dois Senhoresa; ou há-de aborrecer a um e amar o outro, ou dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro.”

24.16 Parábola do rico e de Lázaro Lc 16,19“Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e fazia todos os dias esplêndidos banquetes. 20Um pobre, chamado Lázarob, jazia ao seu portão, coberto de chagas. 21Bem desejava ele saciar-se com o que caía da mesa do rico; mas eram os cães que vinham lamber-lhe as chagas. 22Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos ao seio de Abraão. Morreu também o rico e foi sepultado. 23Na morada dos mortosc, achando-se em tormentos, ergueu os olhos e viu, de longe, Abraão e também Lázaro no seu seio d. 24 Então, ergueu a voz e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para molhar em água a ponta de um dedo e refrescar-me a língua, porque estou atormentado nestas chamas.' 25Abraão respondeu-lhe: 'Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em vida, enquanto Lázaro recebeu somente males. Agora, ele é consolado, enquanto tu és [a] Servir a Deus e ao dinheiro. Na Bíblia, o termo servir tem também um sentido cultual. O dinheiro é apresentado como um ídolo, encerra o risco de afastar de Deus (Mt 6,24). [b] Lázaro significa “Deus ajuda”. Este nada tem a ver com o Lázaro ressuscitado por Jesus (Jo 11). [c] Na morada dos mortos, lit., “Hades”, ou “Cheol – Xeol - Sheol”, em hebraico. Lc é o único evangelista a apresentar a situação das pessoas no Além. O seu objetivo é indicar a fidelidade ou infidelidade ao projeto de Deus. [d] Seio de Abraão é o lugar de honra no banquete presidido por Abraão, pai dos crentes (Lc 23,43; Rm 4,11.12). Sobre o banquete messiânico, ver Lc 13,28.

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atormentado. 26Além disso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que, se alguém pretendesse passar daqui para junto de vós, não poderia fazê-lo, nem tão-pouco vir daí para junto de nós.' 27O rico insistiu: 'Peço-te, pai Abraão, que envies Lázaro à casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos; 28que os previna, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.' 29Disse-lhe Abraão: 'Têm Moisés e os Profetas; que os oiçam!' 30Replicou-lhe ele: 'Não, pai Abraão; se algum dos mortos for ter com eles, hão-de arrepender-se.' 31Abraão respondeu-lhe: 'Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, tão-pouco se deixarão convencer, se alguém ressuscitar dentre os mortos.'”

24.17 Recompensa do desprendimento Lc 18, 28Disse-lhe Pedro: “Nós deixamos os próprios bens e seguimos-te.” 29Ele disse-lhes: “Em verdade vos digo: Não há ninguém que tenha deixado casa, mulher, irmãos, pais ou filhos, por causa do Reino de Deus, 30que não receba muito mais no tempo presente e, no tempo que há-de vir, a vida eterna.”a

24.18 Jesus era pobre das riquezas mundanas §517 Toda a vida de Cristo é mistério de Redenção. A Redenção nos vem antes de tudo pelo sangue da Cruz, mas este mistério está em ação em toda a vida de Cristo: já em sua Encarnação, pela qual, fazendo-se pobre, nos enriqueceu por sua pobreza; em sua vida oculta, que, por sua submissão, serve de reparação para nossa insubmissão; em sua palavra, que purifica seus ouvintes; em suas curas e em seus exorcismos, pelos quais “levou nossas fraquezas e carregou nossas doenças” (Mt 8,17); em sua Ressurreição, pela qual nos justifica. §525 Jesus nasceu na humildade de um estábulo, em uma família pobre; as primeiras testemunhas do evento são simples pastores. É nesta pobreza que se manifesta a glória do Céu. A Igreja não se cansa de cantar a glória dessa noite: Hoje a Virgem traz ao mundo o Eterno [a] || Mt 19,27-30; Mc 10,28-31

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E a terra oferece uma gruta ao Inacessível. Os anjos e os pastores o louvam E os magos caminham com a estrela. Pois Vós nascestes por nós, Menino, Deus eterno! §544 O Reino pertence aos pobres e aos pequenos, isto é, aos que o acolheram com um coração humilde. Jesus é enviado para “evangelizar os pobres” (Lc 4, 18). Declara-os bem-aventurados, pois “o Reino dos Céus é deles” (Mt 5, 3); foi aos “pequenos” que o Pai se dignou revelar o que permanece escondido aos sábios e aos entendidos. Jesus compartilha a vida dos pobres desde a manjedoura até a cruz; conhece a fome, a sede e a indigência. Mais ainda: identifica-se com os pobres de todos os tipos e faz do amor ativo para com eles a condição para se entrar em seu Reino.

24.19 Apelo a conversão, pelo exemplo Lc 1,51Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. 52Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. 53Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Sl 119(118),36 Inclinai meu coração às vossas leis, * e nunca ao dinheiro e à avareza. 37 Desviai o meu olhar das coisas vãs, * dai-me a vida pelos vossos mandamentos! Dt 15,7 Se houver junto de ti um indigente [pobre] entre os teus irmãos, numa das tuas cidades, na terra que o Senhor, teu Deus, te há-de dar, não endurecerás o teu coração e não fecharás a tua mão ao irmão necessitado. 8 Abre-lhe a tua mão, emprestalhe sob penhor, de acordo com a sua necessidade, aquilo que lhe faltar. 9 Guarda-te de alimentar no teu coração um pensamento perverso [avarentos], dizendo: 'O sétimo ano, o ano do perdão das dívidas, está próximo', recusando-te sem piedade a socorrer o teu irmão necessitado. Ele clamaria ao Senhor contra ti, e aquilo tornar-se-ia para ti um pecado. 10 Deves dar-lhe, sem que o teu coração fique pesaroso; porque, em recompensa disso, o Senhor, teu Deus, te abençoará em todas as empresas das tuas mãos. 11 Sem dúvida, nunca faltarão

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pobres na terra; por isso, eu te ordeno: Abre generosamente a mão ao teu irmão, ao pobre e ao necessitado que estiver na tua terra. Sl 113(112),7 Ele levanta do pó o indigente e tira o pobre da miséria, 8 para o fazer sentar entre os grandes, entre os grandes do seu povo. Lc 6,24 “Mas ai de vós, os ricos, porque recebestes a vossa consolação! 25 Ai de vós, os que estais agora fartos, porque haveis de ter fome! Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis! 26 Ai de vós, quando todos disserem bem de vós! Era precisamente assim que os pais deles tratavam os falsos profetas”a. 2Cor 8,9 Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza. Tg 1,9 Que o irmão de condição humilde se glorie na sua exaltação, 10 e o rico na sua humilhação, pois ele passará como a flor da erva. 11 Com efeito, ao despontar o Sol com ardor, a erva seca e a sua flor cai, perdendo toda a beleza; assim murchará também o rico nos seus empreendimentos. Ap 3,15'Conheço as tuas obras: não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente. 16Assim, porque és morno - e não és frio [a] As bem-aventuranças de Lc são seguidas de quatro antíteses que proclamam o fracasso dos que são felizes neste mundo. O esquema de Lc encontra raízes no AT, onde já existiam duplicados de bem-aventuranças e maldições (Is 3,10 Feliz o justo, porque porque tudo lhe vai bem! Com efeito, colherá o fruto do seu procedimento. 11 Mas ai do ímpio, do homem mau! Porque será tratado de acordo com suas obras. Jr 17,5 Assim diz Javé: Maldito o homem que confia no homem e que busca apoio na carne, e cujo coração se afasta de Javé. 6 Será como a árvore solitária no deserto, que não chega a ver a chuva: habitará no deserto abrasador, na terra salgada e inabitável. 7 Bendito o homem que confia em Javé, e em Javé deposita a sua segurança. 8 Ele será como a árvore plantada à beira d’água e que solta raízes em direção ao rio. Não teme quando vem o calor, e suas folhas estão sempre verdes; no ano da seca, não se perturba, e não para de dar frutos.), mas a dureza das ameaças não corresponde à doçura e à mensagem de misericórdia do Jesus de Lc. Não se trata condenações irrevogáveis, mas de lamentações e ameaças, de apelos à conversão.

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nem quente – vou vomitar-te da minha boca. 17Porque dizes: 'Sou rico, enriqueci e nada me falta' – e não te dás conta de que és um infeliz, um miserável, um pobre, um cego, um nu a – 18aconselho-te a que me compres ouro purificado no fogo, para enriqueceres, vestes brancas para te vestires, a fim de não aparecer a vergonha da tua nudez e, finalmente, o colírio para ungir os teus olhos e recobrares a vista. 19Aos que amo, eu os repreendo e castigo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. 20Olha que Eu estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, Eu entrarei na sua casa e cearei com ele e ele comigo.' 21 Ao que vencer, farei que se sente comigo no meu trono, assim como Eu venci e estou sentado com meu Pai, no seu trono. Mt 25,31 “Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-se no seu trono de glória. 32 Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33 À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos. 34 O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo. 35 Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, 36 estava nu e destesme que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.' 37 Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? 38 Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos? 39 E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?' 40 E o Rei vai dizerlhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.' 41 Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos! 42 Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber, 43 era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.' 44 Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com [a] Deus os considera pobre das suas graças e bençãos.

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fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?' 45 Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.' 46 Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.”

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Conclusão Esperamos ter esclarecido as dúvidas, no próximo fascículo, trataremos dos seguintes assuntos: Espírito Santo; Bíblia; Oração (Liturgia das Horas – Ofício Divino); Dons e Carismas; Entre outros. Oraçãoa Senhor, nosso Pai, Deus Santo e Fiel, que enviastes o Espírito prometido por vosso Filho, para reunir os seres humanos divididos pelo pecado, fazei-nos promover no mundo os bens da unidade e da paz. Por Cristo, nosso Senhor.

[a] Liturgia das Horas. Livro III Primeira a Décima Sétima Semana do Tempo Comum. II Semana, Quarta-feira. Oração das Nove Horas. Pág. 828

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25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A Bíblia da Ave Maria, traduzida do francês e publicada pela Editora Ave Maria em 1957. A Bíblia da Vozes, traduzida por um grupo de exegetas católicos brasileiros, editada pela Vozes em 1982. A Bíblia de Jerusalém, traduzida por uma equipe de exegetas brasileiros e publicada pela Paulus em 1981. Nova edição, inteiramente revista e ampliada, com novas opções textuais e notas atualizadas, foi lançada em 2002, com o título de Bíblia de Jerusalém - Edição Revisada. A Bíblia do Pontifício Instituto Bíblico de Roma, traduzida do italiano e publicada pela Paulus em 1967. A Bíblia Mensagem de Deus, publicada pela Loyola em 1983. A Bíblia Santuário, publicada pela Editora Santuário em 1982. A Tradução Ecumênica da Bíblia (TEB) é baseada na conceituada TOB francesa, trabalho ecumênico da maior importância, publicada pela Loyola em 1994. Bíblia do Peregrino, de Luís Alonso Schökel, traduzida do espanhol, e que se caracteriza pela tradução idiomática e abundância de notas, publicada, em edição completa, pela Paulus em novembro de 2002. Bíblia Sagrada traduzida do latim pelo Pe. Matos Soares, Lisboa 1932. Bíblia Sagrada, Edição Pastoral, que se caracteriza pela linguagem acessível e por interessantes notas explicativas, foi publicada pela Paulus em 1990. Site: http://www.paulus.com.br/BP/_INDEX.HTM Bíblia Sagrada, tradução oficial da CNBB, publicada, em 2001, publicada pela própria CNBB. Bíblia Sagrada. Difusora Bíblica. http://www.paroquias.org/biblia 3.ª edição revista. 2001.

On-line:

323

A Bíblia Sagrada. Almeida Corrigida http://www.biblias.com.br/leiturabiblica.php Catecismo da az.tripod.com

Igreja

Católica.

On-line:

Fiel.

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25.1 Sites para aprofundamento: A Editora Cléofas http://www.cleofas.com.br Veritatis Splendor: Nosso Apostolado têm origem na fusão de diversos outros Apostolados católicos que, na Internet, vinham trabalhando na defesa da Fé Católica e na divulgação do Evangelho que o Senhor confiou aos cuidados da Santa Igreja Católica. Muitos de nossos membros são ex-protestantes que após conhecerem os Escritos dos Santos Padres se converteram à Fé Católica após descobrirem que Sua Doutrina é a mesma doutrina que sempre foi pregada desde os primeiros anos do Cristianismo. http://www.veritatis.com.br Doutrina Católica http://br.geocities.com/worth_2001 ACI Digital http://www.acidigital.com presbiteros http://www.presbiteros.com.br Associação Cultural e Edições Santo Tomás http://www.santotomas.com.br Santa Missa: http://www.santamissa.com.br Compêndio do Catecismo da Igreja Católica: http://www.ecclesia.pt/catecismo Quem quiser corrigir ou sugerir algum tema entre em contato por e-mail: [email protected] e no site pode pegar os documento: http://www.4shared.com/dir/5439146/63d1786e/sharing.html

Mc 4,39Então Jesus se levantou e ameaçou o vento e disse ao mar: “Cale-se! Acalme-se!” O vento parou e tudo ficou calmo. 40 Depois Jesus perguntou aos discípulos: “Por que vocês são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?” 41Os discípulos ficaram muito cheios de medo e diziam uns aos outros: “Quem é esse homem, a quem até o vento e o mar obedecem?”

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