E.M Mário Quintana
www.emmarioquintana.blogspot .com PROJETO MEIO AMBIENTE
Narrador: Certa vez, em um lugar não muito longe daqui, havia uma menina muito curiosa, de nome Ana, que adorava cantar e imaginar histórias encantadoras. Certo dia, Ana conheceu Mário, um garoto recém chegado do nordeste e logo tornaramse amigos.
Ana: Mário, vou levar você para conhecer um rio, próximo a ele tem um lago encantado, onde os peixes voam, as borboletas dançam e fazem piruetas e os sapos...Ah, os sapos! Eles não coaxam, eles gritam: “Onde está a Rita?” As cobras não picam nem mordem, e tem pés, acredita? Os girinos se transformam em tucunarés. Mário: Lá tem fadas, gnomos e bruxas?
Ana: se você quiser, tudo isto também pode existir, basta querer, olha a água, que límpida! Venha ver o teu rosto, os dentes, o cabelo, passe o pente! Mário: Este lugar parece mágico mesmo! Parece que o tempo aqui não passa, como naquela história...Você conhece aquela história?
Ana: Claro, a do Peter Pan! Tem a fada Sininho...mas a fada aqui sou eu!!! E vou transformá-lo em sapo: “abracadabra, olho de cabra!”
Narrador: Mas como diz o ditado muito popular, no reino da Sapolândia, “Alegria de sapo dura pouco”, veio a prefeitura do nada, e sem maiores explicações, aterrou o lago e lá se fez uma horta. Seu Sebastião foi o encarregado de assumir esta responsabilidade. Sujeito trabalhador, experiente...Distribuía os vegetais honestamente: alface, couve, almeirão, abóbora, feijão...era tão responsável, que para não se atrasar, morava no mesmo lugar do esterco. O homem entendia. No calor. Oh, que odor!
O lago acabou. A horta vingou. A criança chorou...Ana e Mário vão ver a horta e recordam o lago encantado: Mário: Ana, não fique triste, não olhe as borboletas, a cobra andante, o sapo gigante.
Ana: Que nada! Vamos dar a volta por cima, correr para casa dos três porquinhos e pôr o lobo pra varrer!
Narrador: Neste reino, como em todos os outros, sempre acontecem transformações: é gente que se vai, é gente que vem...até que chega o lobo que quer construir uma igreja para a vovó rezar.
Mas, Ana, Mário, a vovó e os três porquinhos vão dizer para o lobo que todos têm direitos e que nesse lugar será uma creche onde as crianças poderão ficar enquanto suas mamães precisam trabalhar! Lá todos poderão estudar e histórias contar, sem precisar se esconder do lobo, que pode estar na lua, na terra ou no ar...
João, aquele do pé de feijão, abalizou, julgou, aprovou, e na consulta popular a luta pela creche ganhou!!! Foi construída com água, cal, areia e cimento armado. Porém, a ergonomia pouco aprofundada, os cálculos apressados e riscos nem cogitados.
Na primeira chuva, veio a bruxa, de nome enxurrada. E tudo alagou.
Ana: A água suja invadiu nosso castelo de sonhos. Pra sair foi um sufoco: precisamos fazer uma ponte de madeira utilizando as carteiras, um passando para o outro, do último para o primeiro.
Assim saímos devagarzinho, sem apavoramento, com cuidado para não molhar os pés, nem se contaminar. Mário: Ana! Ana! Que fim levou Seu Sebastião? Aquele cara arretado?
Ana: O lobo, que de mau não tem nada (ou talvez tenha só um pouquinho, sensibilizou-se com a situação. Não deixou seu Sebastião desamparado. Ele já tem morada: fizeram uma casa ali ao lado, onde ele vive sossegado, contando histórias do passado. As reais e as fantasiadas. Êta Vila Movimentada! Que tal comemorarmos?
Narrador: O dia da festa chegou. Ana e Mário ficaram na barraca de morango com chocolate, apesar das calorias, João comeu e gostou tanto que até se lambuzou! A música era “caliente”, de Frank Aguiar à Calcinha preta...O rapaz do “rap”, conhecido como Meio ambiente, chegou, dominou, cantou tanto que o povo que ali estava aprovou, dançou e gritou: “Parou por quê? Por que parou?” Todos no domingo chegaram e o macarrão da mama degustaram!
Na Praça da Moça ele foi cantar, todos estavam lá, com alegria contagiante, as estrelas no céu brilhavam. As plantas balançavam e o vento assoviava. Tudo era felicidade. (Como dizem: felicidades são momentos.)
Mário chama Ana sua amiga e ficam olhando o cantor que vai sumindo. Virando uma fumacinha e sobe pelo ar devagarinho. O povo para de cantar e ficam olhando a estrela a brilhar, e ainda dizem que mágica não existe!
Ana: Mário, você pode me dizer se tudo isso é verdade, realidade ou sonho sonhado? Mário: Que saudade do nosso lago! Se quiser água limpa, cristalina e pura, teremos que viajar... A Salesópolis chegar e ali onde tudo começa, ver as nascentes do Rio Tietê, se quiser, vou com você!
Elaborado por: Ermestina Leonor Silvestre Conti Revisado por: Vanda Aparecida Felix Desenhos adaptados por : Elizabeth Manzati
Escola Mário Quintana Diadema 2008