Contracapa

  • April 2020
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16 Contracapa Florianópolis, setembro de 2008

Lorper sit lum ver incil ut la corero exeraessis ent nummy nulput wiscidunt vercin ullan venim in utatue magna alis eraessim et, core molobor senisi blandit vel diat ilismolore magna commolor in velit pratinis nullutpat, quisi. Feirante e camponês: dia de feira no centro, dia de roça em casa. Todo dia, o dia todo

Um dia de feira

Comerciante enfrenta jornada de trabalho de até 18 horas, mais os afazeres no sítio

Às 3h de uma sexta-feira, Valério Koerich chega ao Largo da Alfândega, no centro de Florianópolis, para montar a barraca e começar mais um dia de feira livre. Koerich, um dos 123 feirantes da ilha, vem acompanhado da mulher Maria Gorete, dos sogros Adelar Gelsleister e Maria Mannes, e do cunhado José Carlos. Koerich e a família vendem seus produtos às terças e sextas na maior feira da ilha. Composta por 51 comerciantes, a feira do Largo da Alfândega é a única, das 69 existentes, a funcionar o dia todo. A maioria das frutas, verduras e cereais é trazida do sítio e residência da família, localizado em Antônio Carlos, município da Grande Florianópolis que fica a 32km da capital. Os produtos não cultivados na propriedade são comprados na Ceasa, em São José, por volta das 4h.

O feirante paga à Secretaria de Urbanismo e Serviço Público (Susp) R$ 34 mensais em taxas de licença para comércio ambulante e para uso de local público. Outra taxa inclusa no valor é a de coleta de resíduos sólidos: depois das feiras, a Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap) é encarregada da limpeza das rua e calçadas.

Num dia de feira movimentada, a família fatura pouco mais de R$ 1 mil, o que totaliza aproximadamente R$ 8 mil por mês. Realizadas em 22 bairros da ilha, as feiras livres são regulamentadas pela Lei Municipal 2.496, de 1986. A prefeitura concede alvará aos feirantes mediante entrega de cópias de atestado de saúde, comprovante de residência, CPF e RG e o croqui do local pretendido. O que não é vendido, Koerich leva para alimentar os animais que cria no sítio, e produtos como tomate e cebola podem voltar para o próximo dia de feira. Às 19h, a família recolhe a barraca e os alimentos restantes de volta ao caminhãobaú, chegando ao fim de uma jornada de 18 horas de trabalho.

Reportagem: Cora Ribeiro Fotografia: Thiago Bora Texto: Daniela Cucolicchio

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