Concha De Abalone.docx

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CONCHA DE ABALONE CONCEITO E CARACTERÍSTICAS Os abalones, orelhas-do-mar ou lapas-reais são moluscos, espécie de caracóis marinhos, que vivem preferencialmente em águas frias. Pertencem ao gênero Haliotis, da família Haliotidae. Sua concha é arredondada ou ovalada, achatadas, e na sua circunvolução final vemos uma sequencia de furos (poros), que o animal usa para a respiração, variando de 2 a 9, conforme o tipo de abalone, seguidos por uma sequencia de pequenas elevações, sem furos. Geralmente vivem em rochedos submersos sobre os quais deslizam facilmente. Sua cor externa varia de acordo com o seu habitat natural. Já na face interior, encontra-se uma belíssima e iridescente madrepérola, podendo ser negra, azul, verde, rosa, amarela, vermelha, branca, entre outras mais; notando-se no centro a marca do músculo. Normalmente alimentam-se de algas marinhas e é em meio a elas que costumam ser encontrados. Durante a maré baixa, alguns podem até ser colhidos facilmente com as mãos, mas normalmente encontram-se nas águas mais profundas, abaixo de 30 a 40 pés da superfície, alguns até mesmo abaixo de 1200 pés, e nas proximidades da costa. Sua colheita, para fins alimentícios e também para a joalheria e decoração, começou no Japão, a partir dos anos 30 DC. A partir de 1960, com o uso de equipamentos de mergulho mais sofisticados que possibilitam o mergulho mais profundo, houve um abuso em sua colheita comercial, diminuindo consideravelmente sua população, e colocando em risco a continuidade de muitas das espécies. Também a poluição dos continentes, diminuição de alguns tipos de algas, alteração das temperaturas dos mares e aumento de predadores naturais, tem afetado a população de abalones. Hoje, em alguns países, existe legislação específica a respeito disso, impondo cotas máximas permitidas na pesca, tamanhos mínimos a serem respeitados, e até mesmo a proibição total de sua colheita em determinadas épocas do ano ou mesmo por tempo indefinido, até a recuperação das espécies. Mas a colheita ilegal infelizmente ainda existe e é bastante predatória. Mas nem tudo está perdido, existem hoje cultivos voltados somente a isso, sem interferir nos abalones em habitat natural, e também estudos para aumentar a procriação natural nos mares. Mas ainda são insuficientes, e a colheita predatória ainda impera. Com isso, os preços dos abalones aumentaram muito! Mas você pode fazer seu “abalone” em cerâmica plástica, de maneira simples e divertida. Basta trabalhar somente com massas peroladas e metalizadas, matizadas nas cores de seu interesse, trabalhando em finas camadas sobrepostas que, depois de totalmente empilhadas, são perfuradas e amassadas em toda a sua superfície, provocando um desnivelamento nas camadas, com uma cor “entrando” dentro da outra. A superfície então é fatiada no sentido horizontal, e nestas fatias os desenhos com cores mescladas aparecem, proporcionando um bonito efeito. A técnica lembra em muito o mokume gane, e a paua shell, que também é um tipo de abalone de cor azul esverdeado.

COMPOSIÇÃO A concha de Abalone, sabe-se agora, é constituída por camadas com uma espessura de 0,2mm, sendo cada uma delas constituída por sua vez por uma espécie de argamassa de cristais de carbonato de cálcio, com uma espessura de 0,2mm (figura abaixo), servindo uma proteína como ligante de todo o conjunto. O resultado final é um compósito que possui uma resistência 3000 superior à resistência dos cristais de carbonato de cálcio simples, o qual permite pistas para o desenvolvimento de materiais compósitos amigos do ambiente.

Concha de Abalone: fotografia e microestrutura

APLICAÇÕES  Desenvolvimento de materiais compósitos mais amigos do ambiente.  Otimizar, em vez de maximizar. Fazer mais com menos e usar modelos existentes na natureza. Alguns dos exemplos são a criação de cristalitos em polímeros orgânicos, como na concha de abalone, para a fabricação de cerâmica.  Novo material metálico super resistente. O engenheiro Kenneth S. Vecchio, da Universidade de San Diego, Estados Unidos, descobriu um novo laminado metálico leve e super-resistente, que poderá ser utilizado em blindagens e como substituto para o berílio, um metal forte, mas tóxico, hoje amplamente empregado em aplicações aeroespaciais. O novo laminado metálico é feito primariamente de metais leves. Vecchio alternou camadas de alumínio e folhas de ligas de titânio, comprimindo-as e aquecendo-as, num processo pouco intensivo em energia. A reação resultante desse processo gerou um laminado com duas camadas: uma camada intermetálica dura - parecida com cerâmica - de aluminido de titânio e uma camada flexível formada pela liga de titânio residual. As camadas podem ser empilhadas em seções de um milímetro de espessura e até receber os contornos desejados antes do processo de aquecimento.

Para montar as camadas do novo superlaminado, o Dr. Vecchio inspirou-se na concha do abalone, o molusco marinho que é a principal fonte de pérolas. Ele constrói sua concha adicionando camadas de carbonato de cálcio - um material frágil e quebradiço - umas sobre as outras e unindo-as com uma proteína que funciona como adesivo. O resultante é uma concha extremamente dura e resistente. "A fase intermetálica do aluminido de titânio é o complemento da fase dura do carbonato de cálcio do molusco e a camada de liga de titânio imita suas camadas complementares de proteína," afirma o pesquisador. No teste de balística, um projétil de tungstênio foi atirado sobre uma amostra de dois centímetros quadrados do novo laminado, a uma velocidade de 900 metros por segundo (3.240 km/h) e conseguiu penetrar apenas metade da espessura do novo material.

FONTES

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=0101700503 11#.V4JTf6Lwj4Y http://paginas.fe.up.pt/~fff/Homepage/Con_intr.html http://pt.calameo.com/read/0000660049111704ba955 https://pt.pdfcoke.com/doc/4632917/Perolas-e-Camadas-da-Concha https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/16426/1/Mat%20bio%20A %26C.pdf https://repositorium.sdum.uminho.pt/.../1/Dissertação_JOANA%20VIANA_2015.pdf

http://revolucaobiomimetica.blogspot.com.br/p/biomimetica-e-ecologia.html

REPORTAGEM Concha de molusco inspira novo material metálico super resistente. http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010170050311#.V4JTf6Lwj4Y

Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/03/2005 O engenheiro Kenneth S. Vecchio, da Universidade de San Diego, Estados Unidos, descobriu um novo laminado metálico leve e super-resistente, que poderá ser utilizado em blindagens e como substituto para o berílio, um metal forte, mas tóxico, hoje amplamente empregado em aplicações aeroespaciais. O novo metal teve excelente desempenho nos testes de penetração balística, mas seu grande potencial poderá vir da facilidade com que ele pode ser trabalhado, adequando-se a uma ampla gama de necessidades da engenharia. "O novo material que nós desenvolvemos é ambientalmente seguro e, apesar de ter a dureza semelhante ao aço, tem apenas a metade da densidade," explica Vecchio, que publicou o trabalho no periódico Journal of the Minerals, Metals and Materials Society. O novo laminado metálico é feito primariamente de metais leves. Vecchio alternou camadas de alumínio e folhas de ligas de titânio, comprimindo-as e aquecendo-as, num processo pouco intensivo em energia. A reação resultante desse processo gerou um laminado com duas camadas: uma camada intermetálica dura - parecida com cerâmica - de aluminido de titânio e uma camada flexível formada pela liga de titânio residual. As camadas podem ser empilhadas em seções de um milímetro de espessura e até receber os contornos desejados antes do processo de aquecimento. Para montar as camadas do novo super-laminado, o Dr. Vecchio inspirou-se na concha do abalone, o molusco marinho que é a principal fonte de pérolas. Ele constrói sua concha adicionando camadas de carbonato de cálcio - um material frágil e quebradiço - umas sobre as outras e unindo-as com uma proteína que funciona como adesivo. O resultante é uma concha extremamente dura e resistente. "A fase intermetálica do aluminido de titânio é o complemento da fase dura do carbonato de cálcio do molusco e a camada de liga de titânio imita suas camadas complementares de proteína," afirma o pesquisador. No teste de balística, um projétil de tungstênio foi atirado sobre uma amostra de dois centímetros quadrados do novo laminado, a uma velocidade de 900 metros por segundo (3.240 km/h) e conseguiu penetrar apenas metade da espessura do novo material.

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