Comunicado Rl

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Depois de passadas 3 semanas desde o “abandono” das conversações com fim à união dos dois projectos desportivos, GDS Cascais e Rugby Linha (RL), num único projecto que visasse o fortalecimento do Rugby da Vila de Cascais e a união da “família Cascais”, entendeu a direcção do RL, até então, não tecer qualquer comentário oficial que não fizesse mais do que incentivar discussões sem fim à vista. No entanto, tendo em conta a quantidade de desinformação que corre sobre o assunto e a percepção de que o mesmo seria comentado por um blogger anónimo, entendemos de uma vez por todas, clarificar a nossa posição e explicar o porquê da não concretização da união. 1. Em Fevereiro de 2009 foi iniciada na caixa de comentários do blog do GDSC uma “discussão” entre vários participantes identificados, da qual resultou uma conversa entre um representante do GDSC (António Louro - AL) e outro do RL (Nuno Durão – ND) para discutir a possibilidade de uma eventual união de projectos em prol do fortalecimento do Rugby de Cascais e da união de “uma família” (ver caixa comentários http://gdscascaisrugby.blogspot.com/2009_01_01_archive.html post 20 jan); 2. Dessa conversa resultou um consenso de que essa união fortaleceria no todo o rugby da Vila de Cascais tendo sido sugerida a criação de uma holding comparticipada em 50/50 pelo RL e por uma SAD do GDSC. O RL entendeu que o projecto não deveria passar por SAD's pois um clube não deve ser “deste ou daquele” e propôs uma simples gestão da Secção de Seniores e Sub 21 que culminou, simplificando, em 2 elementos do RL e 2 elementos do GDSC. 3. Em fins de Fevereiro e após o jogo para a taça entre RL e Agronomia, AL (em nome da Direcção do GDSC) solicitou uma reunião com o RL, que contou com a presença de Neil Foote (então Director Técnico do rugby do GDSC), da qual resultou o seguinte acordo: Unir a família do rugby do Cascais em torno de um projecto desportivo que resultaria da fusão das duas equipas GDSC e RL. Esse projecto seria implementado no GDSC, tendo a direcção do rugby autonomia de gestão em relação ao clube. O projecto seria denominado de “Cascais Rugby” e seriam divididas as responsabilidades de gestão, separando o rugby em: - Rugby de Formação – liderado por uma direcção composta por Carlos Reis (Cajó), Vasconcelos, entre outros, direcção esta responsável pela gestão autónoma de todos os escalões até aos sub-18. - Rugby de Competição – liderado por uma direcção a nomear que seria composta por 2 elementos do GDSC (na altura António Louro e Neil Foote) e 2 elementos do RL (a nomear pelos mesmos) e que seria responsável pela gestão autónoma do escalão sub-21 e sénior. De forma a garantir o bom funcionamento desta equipa, ao António Louro seria concedido um voto de qualidade. António Louro e Cajó seriam os vice-presidentes no GDSC em representação do rugby, e o objectivo definido seria a construção de uma equipa sénior forte e de referência interna para os escalões de formação e externa para o restante mundo do rugby. 4. Da reunião descrita no ponto anterior, e reconhecidas as enormes vantagens para o Rugby de Cascais, saiu um princípio de entendimento. AL e Neil Foote disponibilizaram-se a receber a equipa do RL nos treinos do GDSC, durante as duas semanas seguintes, com o objectivo de começar a unir as duas equipas. 5. A direcção do RL apresentou esta possibilidade os seus jogadores que aderiram com entusiasmo aos treinos em conjunto no GDSC que, como previsto, decorreram em perfeita normalidade. O Neil Foote (o então director técnico e treinador do GDSC e do futuro projecto conjunto) foi visto por todos os elementos do RL (Direcção e jogadores) como um técnico de elevada qualidade, assumindo-se como uma peça fundamental na união das duas equipas.

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6. A meio da segunda semana de treinos conjuntos, fomos informados que o Neil Foote pretendia regressar à NZ e iria cessar a sua colaboração com o GDSC. Tendo em conta a reunião que tivemos com o Neil em conjunto com AL (descrita no ponto 3), falámos com ele no fim do treino, no próprio campo do GDSC e com o intuito de perceber se a decisão era definitiva ou se, apesar de se ir embora, regressaria no inicio da época 2009/2010. O Neil explicou os motivos que o fizeram sair e disse que muito dificilmente regressaria. Ficámos obviamente desiludidos pois tínhamos a convicção que o GDSC teria encontrado a pessoa certa para liderar este projecto não só desportivo mas também de união. 7. A indefinição provocada pela falta do Neil na direcção técnica do projecto de união, aliado ao facto de se começar a falar em todo o lado (principalmente desinformando) sobre a “união e não união”, levou a que ambas as partes entendessem que seria melhor manter o processo em suspenso até o RL terminar a sua época desportiva. 8. Assim o fizemos, a 1 de Maio ganhámos a nossa final e, estando na mesma divisão que o GDSC, retomamos o tema da união dos dois clubes, discutindo internamente com todos os jogadores da equipa esta possibilidade. Perante o voto de confiança dado pelos jogadores à Direcção do RL no que a este assunto diz respeito, foi agendada nova reunião nas instalações do GDSC com o intuito de avançar com o processo. Para todos os elementos do RL, direcção e jogadores, a união estava em curso. 9. Contando com a presença de todas as pessoas envolvidas no processo até então (excepção feita ao Neil Foote que já não estava em Portugal) às quais se juntaram o Cajó e o Alexandre (CEO), foi feito um ponto de situação relativamente à proposta acordada, não tendo sido nada alterado. O GDSC explicou sucintamente como estava organizado administrativamente, informou que estava já escolhido o novo director técnico (Phillipe Kellerman) e que o orçamento da próxima época estava concretizado. 10. Após a reunião, o RL, tal como combinado, elabora um documento de união definindo os princípios da mesma e nomeando o Henrique Mesquita (HM) e o Nuno Durão (ND) como os dois elementos a integrar na direcção de sub-21 e seniores (juntamente com AL e o recém contratado Phillipe Kellerman). Estes dois nomes (ND e HM) foram previamente discutidos pela direcção do RL e considerados por unanimidade como os que melhor poderiam representar os interesses do projecto de união. 11. Passados 4 dias fomos informados por AL que apesar de o documento de União ter reunido o consenso interno, não seria possível a inclusão do nome do ND na integração da direcção a ser nomeada para os seniores e sub-21. Para os elementos do RL não faria sentido iniciar um projecto de união pela exclusão de uma pessoa, para além do facto de ser a que, juntamente com os outros elementos (AL com voto de qualidade + Phillipe), teria as melhores capacidades para o cargo. Apesar da vontade em abandonar o processo, por parte dos elementos do RL, ND insiste que tudo não passam de pormenores e apresenta-nos argumentos convincentes para que se continue mesmo com a sua exclusão, a bem do projecto de união de todos 12. Perante o exposto no ponto anterior e procurando perceber o porquê de tal decisão (exclusão do ND), foi agendada nova reunião com AL na qual o mesmo nos informou que, apesar de por ele não haver qualquer problema, a direcção do GDSC não aceitava o nome do ND e que esta posição não era negociável. 13. O assumir de um compromisso em unir a prazo todos no mesmo clube, a sensação de que o AL, à semelhança de nós, estaria mais interessado em construir um Rugby Forte do que em discutir questões do passado e a constante insistência do ND para que avançássemos, fizeram-nos aceitar a decisão de exclusão deste último em nome de um projecto comum. Foi então proposto o João Heleno (JH) em substituição.

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14. Uma vez aprovado pelo GDSC o nome do JH e acordadas as premissas de um projecto conjunto, estava composta a equipa que iria gerir os escalões sub-21 e sénior na época 2009/2010: AL (do GDSC – voto de qualidade), Phillipe (GDSC), HM (do RL) e JH (do RL) tendo sido enviado para AL o documento de União já sem o nome de ND e com a inclusão de JH. 15. Apesar da ausência do Phillipe (ainda na África do Sul) foi agendada uma primeira reunião de trabalho com o AL, pretendendo-se com esta a integração dos “novos membros” na processo de preparação da próxima época e a discussão da melhor forma de comunicar para o exterior o processo de união. O documento de União foi levado já assinado por HM em nome do RL, tendo AL comunicado que seria ele o responsável pela assinatura por parte do GDSC. Próxima Época Desportiva: Já numa perspectiva de estarmos em conjunto a gerir autonomamente os escalões em questão, foram discutidos nesta reunião as possíveis soluções para, (i) manager das equipas sub-21 e seniores e (ii) equipa técnica para sub-21. Não havendo nomes em cima da mesa para o cargo de manager, HM e JH sugerem que deveriam ser abordadas as seguintes pessoas para aferir da sua disponibilidade/interesse: Pedro Rogério, Mago e João Boura. Para a equipa técnica de sub-21, entende-se que, dada a importância daquele escalão, deveria ser dada prioridade a pessoas da “família Cascais”. A ideia era encontrar alguém para apoiar o Phillipe Kellerman que não pretendesse ser remunerado e que tivesse muito presente o espírito do clube. Foi assim proposto por HM e JH que fossem contactadas as seguintes pessoas no sentido de se aferir a sua disponibilidade/interesse: Nuno Durão, Zé Maria Villar Gomes, Vasco Durão, Kinkas, Alex Lima, Pedro Murinello e Rui Heleno. Para além destes, referimos que poderiam haver outros não equacionados até ao momento. Apenas conhecíamos as disponibilidades de ND e RH, que eram totais, (ND para equipa técnica de sub21 e RH para onde o Phillipe entendesse melhor), assim como a vontade de ambos em não serem remunerados. Apesar da concordância do AL, vimos o nome do ND a não poder ser incluído nesta lista de potenciais adjuntos para o escalão sub-21 onde estavam outros “históricos” do Cascais. O argumento apresentado para a não inclusão do ND foram as hipotéticas incompatibilidades com outras pessoas dentro do clube. Independentemente das qualidades técnicas do ND como treinador, esta seria uma óptima forma de conseguirmos unir todos em torno de um projecto. Apesar do consenso dos presentes (AL+HM+JH) em apresentar esta hipótese ao Phillipe Kellerman e apesar de ser uma decisão que já só deveria depender daquela equipa de trabalho, decidiu-se não avançar com o nome do ND de forma a não comprometer o processo de união. Comunicação da União: No que respeita à forma de comunicar ao exterior a união dos dois clubes, foi-nos informado pelo AL que o GDSC pretendia fazer um comunicado oficial assinado pela Direcção. 16. Preocupados com o conteúdo do referido comunicado e procurando não comprometer todo o processo, HM e JH transmitem a AL na reunião e posteriormente por mail, que o referido comunicado jamais se deveria centrar num regresso de antigos jogadores ao clube. A construção de um projecto maior do que o GDSC ou o Rugby Linha alguma vez seriam isolados, unindo e fortalecendo o rugby em Cascais, deveria ser a principal mensagem a transmitir, reflectindo-se assim todo o trabalho feito nos últimos meses. 17. É proposto um comunicado pelo GDSC onde não é feita qualquer referência ao RL, à união dos dois clubes, à constituição da direcção a ser nomeada e que, não representa em nada, tudo o que foi discutido e acordado com AL ao longo dos últimos 6 meses de reuniões. Os receios de que a posição oficial que a Direcção do GDSC pretendia tomar seria a mesma da

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assumida pelo seu Presidente quando questionado sobre o tema em entrevista a um jornal local confirma-se ("Não lhe escondo que temos conversado sobre essa hipótese e reafirmo o que sempre disse: as nossas portas estão abertas para esse regresso, se assim for a vontade de quem, há uns anos, preferiu trilhar outros caminhos...”). A credibilidade das premissas acordadas ate então, são postas em causa pelo RL. 18. Assim, o RL entende, por tudo o exposto anteriormente, que estão em risco as condições necessárias à união e informa por escrito AL que nestes moldes não se estava a preparar a União de dois clubes mas sim a vinda de jogadores para o GDSC. O RL entende que apesar da vontade da sua Direcção e jogadores, da vontade do AL e dos jogadores do GDSC, a posição da Direcção do GDSC é a mesma dos últimos anos: “Estamos bem, temos um projecto vencedor e, para aqueles que se quiserem juntar, sempre tivemos as portas abertas”. 19. O comunicado proposto é publicado na sua forma original (está disponível na Internet) e enviado por mail para a comunidade do Rugby de Cascais. 20. Posteriormente, é-nos informado por mail (por um outro director da secção de rugby do GDSC) que nem ele nem qualquer outro elemento da direcção do GDSC considerou alguma vez a hipótese de união com RL e que a mesma terá sido rejeitada desde o primeiro dia em que lhes foi proposta por AL. Assim, o comunicado publicado foi elaborado pelo GDSC de forma a clarificar esta situação. Consideramos que houve total empenhamento por parte dos dirigentes e jogadores do RL em integrar um projecto conjunto que em tudo beneficiaria o Rugby de Cascais. Mesmo depois de vetadas decisões e pessoas o projecto de União nunca foi posto em causa pelo RL tendo chegado ao ponto de ter esta união aprovada por unanimidade no RL. Ao longo de 6 meses fomos tendo conversas e reuniões sempre construtivas e pragmáticas com o AL que funcionava como um elo de ligação e se assumia como legítimo representante do GDSC para este assunto, chegando a estar envolvidas no processo pessoas da Direcção do GDSC (Cajó, Alex CEO), que nunca demonstraram qualquer oposição a esta união. Foi com tristeza que vimos que esta suposta união não era nem nunca foi do interesse das pessoas da Direcção do GDSC. Estamos de consciência tranquila pois tudo fizemos para que esta união funcionasse, pois sempre entendemos que o rugby de Cascais precisa de todos, e não só de alguns, sejam eles quem forem. O RL é hoje constituído por muitos jogadores que nada tiveram que ver com o GDSC. Temos jogadores que já jogaram nos mais diversos clubes de Portugal, que vêm de diferentes sítios do país, que vivem não só em Cascais mas em Lisboa, Porto, Oeiras, etc. Estes e todos os outros com passado no GDSC, formam hoje uma equipa de rugby, e tendo em conta a nossa dimensão temos conseguido até ao momento que todos, em conjunto, possamos ter uma palavra nos destinos mais significativos deste Clube. Isso mesmo foi feito neste processo de União, que foi posto à consideração de todos os jogadores do RL. A vontade de nos mantermos juntos onde quer que fosse foi geral. É por isso que gostávamos de deixar uma palavra de apreço e de enorme respeito a toda a nossa equipa, mas principalmente a todos aqueles jogadores que apesar de nunca terem jogado no GDSC no passado, encararam a união e a inclusão num projecto conjunto com um clube no qual não têm história, como um passo natural, tendo-se recolhido assim o apoio de todos! Estando terminado esse sonho de União, cabe-nos dar continuidade ao RL, fortalecer as raízes de um projecto desportivo que nos tem dado muitas alegrias, um projecto que não pertence a meia dúzia de pessoas, mas sim a 4 dezenas de jogadores. Enquanto estes quiserem o RL existirá, e foi assim decidido em conjunto. Não houve união e haverá pois RL, forte, coeso e onde se joga rugby por paixão e amizade, mas com muita seriedade criando uma alternativa a jovens jogadores que se queiram dedicar a sério à modalidade e crescer como jogadores num Clube que é deles.

A Direcção

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