Clonagem Reprodutiva e Clonagem Terapêutica
Acadêmicas: Gislaine Abrão Gislaine Martins Janaina Miranda Karla Adriana Kely Alcantara
Clonagem Clonar significa produzir uma cópia geneticamente idêntica de um indivíduo.
Fazer cópias ou salvar vidas? É preciso entender bem a diferença entre a clonagem reprodutiva e a terapêutica.
Fotos de "embriões" no site da Clonaid. Fonte: Clonaid
Clonagem Reprodutiva Definições: Clonagem A clonagem é uma forma de reprodução assexuada, ou seja, forma de reprodução que não envolve a união de um óvulo com um espermatozóide. Estaremos a referir especificamente à técnica de transferência nuclear utilizada pela primeira vez com sucesso em mamíferos na geração da ovelha Dolly em 1997. Nesta técnica, uma célula de um indivíduo adulto que é fundida com um óvulo anucleado, ou seja, sem núcleo. O "embrião" gerado possui como conteúdo genético da pessoa que doou a célula, ou seja, um clone. Alternativamente, somente o núcleo da célula adulta, onde está localizado o seu conteúdo genético, pode ser injetado no óvulo anucleado. O embrião gerado pela transferência nuclear inicia o desenvolvimento ainda no laboratório, dividindo se em duas células, quatro, oito, e assim sucessivamente até o estádio de blastocisto, onde ele é composto de 100 a 200 células. Nesse ponto ele pode ser transferido para o útero de uma fêmea receptora onde ele se desenvolverá até o nascimento.
O que é clonagem reprodutiva? Na clonagem reprodutiva, este óvulo, agora com o núcleo da célula somática, tem de ser inserido em um útero, como aconteceu com a Dolly. No caso da clonagem humana, a proposta seria retirar o núcleo de uma célula somática, que teoricamente poderia ser de qualquer tecido de uma criança ou adulto, inserir esse núcleo em um óvulo e implantá-lo em um útero (que funcionaria como uma barriga de aluguel). Se esse óvulo se desenvolver, teremos um novo ser com as mesmas características físicas da criança ou adulto de quem foi retirada a célula somática. Seria como um gêmeo idêntico nascido posteriormente.
Inicialmente a clonagem de seres humanos foi apresentada de forma fantasiosa para produzir exército de indivíduos superiores, ou para ressuscitar um ente querido. Atualmente, os defensores da clonagem humana apresentam essa técnica como uma opção reprodutiva para casais estéreis. Assim, um homem que não produz espermatozóide poderá ter uma célula sua de pele fundida com um óvulo esvaziado da sua mulher e esse embrião será transferido para o útero da mulher, que apesar de não contribuir com a sua carga genética, contribuíra com o seu óvulo e o ventre.
Qualquer medicamento ou pratica médica, antes de ser aplicado em seres humanos, passa por diversos testes em modelos animais para que a sua segurança seja comprovada. Este rigor existe para nos proteger de situações como a da talidomida, droga para que a mulheres grávidas parassem de ficar enjoadas e isso causava o encurtamento dos membros dos fetos na barriga dessas mulheres.
Pois bem, o mesmo se aplica á clonagem, se a mesma vai ser proposta como uma forma de reprodução humana. Conhecemos muito pouco sobre a clonagem como forma de reprodução e o pouco que conhecemos demonstra que essa forma de reprodução é desastrosa em todas as espécies animais na qual foi aplicada. Para cada clone aparentemente normal, são geradas dezenas de clones mal formados, abortados dos mais diversos estágios de gestação, mortos ao nascimento ou alguns dias após problemas respiratórios ou cardíacos. Além disso, já aprendemos com clones animais que mesmo aqueles "normais" vivem menos e são obesos.
Assim, utilizando os mesmos critérios para a liberação de novos medicamentos, vacinas ou procedimentos médicos, e ainda não devemos utilizar esta modalidade de reprodução para seres humanos. É importante notar também que a idéia da utilização da clonagem como forma de reprodução em seres humanos ë repudiada por toda a comunidade cientifica internacional. A clonagem como forma de reprodução de seres humanos é internacionalmente repudiada e uma ameaça à dignidade do ser humano, da mesma forma que a tortura, discriminação racial, o terrorismo etc. Em suma, a clonagem como forma de reprodução é um procedimento caracterizado pelo desconhecido, comprovadamente perigoso, e que não deve ser realizados em seres humanos.
Em 1997, Dolly foi a primeira demonstração de que a vida animal pode surgir não só pela fusão de um óvulo com um espermatozóide como pela clonagem, a partir de uma única célula de qualquer parte do corpo de um indivíduo adulto.
Dolly mostra que clonagem reprodutiva é perigosa. Dolly foi feita com material genético (cromossomos) de um animal adulto com seis anos, injetado num óvulo do qual se retirou o núcleo. Esses cromossomos já foram marcados pelo animal original e podem deixar de funcionar, o que faz surgirem malformações imprevisíveis.
A ovelha foi sacrificada no Instituto Roslin, na Escócia, após ser diagnosticada com uma doença pulmonar progressiva comum em animais mais velhos. Ela tinha seis anos, enquanto uma ovelha costuma viver 12 anos em média.
Segundo os defensores da clonagem humana, será possível identificar fetos defeituosos ou com mutações patológicas logo no início da gestação e evitar, assim, o seu nascimento. De fato, a ultrasonografia e a análise dos cromossomos permitem hoje identificar a maioria das malformações fetais. Entretanto, sabemos que existem mais de 7 mil. doenças genéticas. As malformações congênitas ou as aberrações cromossômicas (no número ou estrutura dos cromossomos) representam uma proporção pequena dentre elas.
Os defensores da clonagem humana argumentam que a fertilização in vitro , quando iniciada há 20 anos, também gerou protestos mundiais e hoje temos milhares de crianças que nasceram graças a essa tecnologia. Entretanto, a grande diferença entre as duas tecnologias é que na reprodução assistida utilizam-se as células sexuais, o óvulo e o espermatozóide, que foram programadas para essa função e passaram pelo processo da gametogênese (formação de gametas) e da meiose.
Resumo: A ideia da utilização da clonagem como forma de reprodução em seres humanos é repudiada por toda a comunidade científica internacional: ao invés de miraculosa, essa forma de reprodução é desastrosa em todas as espécies animais na qual foi aplicada. No entanto, a aplicação das mesmas técnicas terapêuticos tem o potencial de o revolucionar a medicina, criando uma forte ilimitada de tecidos para transplantes que aliviarão as mais diversas doenças. Mesmo assim, essa chamada clonagem terapêutica esbarra os dilemas éticos / morais que devem ser amplamente discutidos pela sociedade para que possamos usufruir as maravilhas da nova medicina.
O que é clonagem terapêutica? - A clonagem terapêutica, muitas vezes confundida com terapia celular, é a transferência de núcleos de uma célula para um óvulo sem núcleo. Ela nada mais é do que um aprimoramento das técnicas hoje existentes para culturas de tecidos, que são realizadas há décadas. A grande vantagem é que, ao transferir o núcleo de uma célula de uma pessoa para um óvulo sem núcleo, esse novo óvulo ao dividir-se gera, em laboratório, células potencialmente capazes de produzir qualquer tecido. Isso abre perspectivas fantásticas para futuros tratamentos, porque hoje só é possível cultivar em laboratório células com as mesmas características do tecido de onde foram retiradas.
A clonagem terapêutica teria a vantagem de evitar rejeição, se o doador fosse a própria pessoa. Seria o caso, por exemplo, de reconstituir a medula em alguém que se tornou paraplégico após um acidente ou substituir o tecido cardíaco em uma pessoa que sofreu um infarto. No caso de portadores de doenças genéticas não seria possível usar as células da própria pessoa (porque todas têm o mesmo defeito genético), mas de um doador que fosse compatível, por exemplo, a mãe de um afetado por distrofia muscular progressiva.
Cientistas coreanos anunciaram ter clonado embriões humanos, pela primeira vez, para obter células-tronco. Isso é clonagem terapêutica? Sim. O estudo confirmou a possibilidade de obter células-tronco pluripotentes com a clonagem terapêutica ou transferência de núcleos. O trabalho foi feito graças à participação voluntárias que doaram óvulos e células cumulus (células que ficam ao redor dos óvulos) para contribuir com as pesquisas. As células cumulus, que já são células diferenciadas, foram transferidas para os óvulos dos quais haviam sido retirados os próprios núcleos. Dentre esses, 25% conseguiram se dividir e chegar ao estágio de blastocisto e, portanto, capazes de produzir linhagens de células-tronco pluripotentes. Entretanto, essa técnica só teve sucesso quando a célula cumulus e o óvulo pertenciam à mesma mulher. Os pesquisadores coreanos relatam também que não obtiveram sucesso quando usaram células masculinas, o que mostra que essa técnica ainda tem limitações.
Por que a clonagem terapêutica é um assunto polêmico? Toda tecnologia nova gera polêmicas. Os argumentos das pessoas que se opõem à clonagem terapêutica são: isso vai abrir caminho para a clonagem reprodutiva, isso vai gerar um comércio de óvulos e embriões. Nesse sentido é fundamental lembrar que existe um obstáculo intransponível, que é o útero. Basta proibir a transferência para o útero de embriões produzidos por clonagem terapêutica. Quanto ao comércio de óvulos ou embriões, é a mesma situação que ocorre hoje com comércio de órgãos. Qualquer tecnologia tem seus riscos e benefícios.
Em resumo, é extremamente importante que as pessoas entendam a diferença entre clonagem humana e clonagem terapêutica antes de se posicionarem contra as duas tecnologias.
Qual é a diferença entre clonagem terapêutica e clonagem reprodutiva? A diferença fundamental entre os dois procedimentos é que: 1) Na transferência de núcleos para fins terapêuticos as células são multiplicadas em laboratório para formar tecidos; 2) A clonagem reprodutiva humana requer a inserção em um útero humano.
Terapêutica e Reprodutiva
CLONAGEM TERAPÊUTICA O embrião que interessa às pesquisas é um aglomerado de cerca de 200 células, sem forma definida. Nessa fase, surgem estruturas capazes de se transformar em qualquer tipo de tecido
1 DIA - Formação do embrião As células possuem a capacidade de construir um novo ser em seu interior
5 DIAS Estágio de blastocisto É a fase de maior potencial. As células podem se transformar em qualquer tecido do organismo
Elas são extraídas e multiplicadas em um banho nutritivo de hormônios e fatores de crescimento. De acordo com a substância adicionada, as célulastronco originam o tecido desejado
Os cientistas já conseguiram transformá-las em células de: Coração, Pâncreas, Cérebro, Fígado, Múculos, Rins e Ossos.
AS PERSPECTIVAS As pesquisas com células-tronco indicam novos caminhos para o tratamento de muitas doenças
Pele Queimaduras Olhos Doenças na córnea e no cristalino Coração Enfarte Ossos Osteoporose e artrite Pâncreas Diabetes Fígado Hepatite e cirrose
Cérebro Mal de Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla Rins Câncer Sangue Hemorragias, imunodeficiência Medula óssea Câncer Pulmão Câncer
OBRIGADO!!!!!
TCHAU!!!