Circus Maximus A origem de nosso circo parece ser um tanto remota, mas a expressão circus maximus que dava nome ao entretenimento popular no império romano é a sua raiz. Este circo romano era o meio mais eficaz para se ter controle sobre o povo, bastava a este povo segundo a crença de seus governantes a mera alimentação, e alguma diversão, a fórmula mágica para se manter eternamente no poder. Chega a ser simplória, mas extremamente verdadeira tal fórmula, mas deve ser mantida às custas de alguma crueldade e de muito mau gosto, afinal nada é mais divertido do que ver alguém sofrendo. Se for ver nada mudou na vida do povo, ou nas crenças de seus governantes nos últimos 2500 anos, as pessoas continuam submissas àqueles que lhes supram essas duas necessidades, ainda que não se tenha mais combates até a morte, mas temos atrações tão bizarras quanto as da Roma antiga dentro de nossas casas diariamente nos reality shows da tv, e em outros tantos da internet. Quando criança eu me encantava com palhaços, animais, mágicas, e shows de gosto duvidoso nos circos como o Orlando Orfei, ou o Thiany, não fazia sequer idéia da dose de crueldade e do mau gosto, envolvidos neste espetáculo bizarro. Hoje temos até mesmo alguns circos que se dizem politicamente corretos, e são igualmente ridículos por assim se auto denominarem. O circo pode nos trazer algumas lembranças de um tempo em que víamos o mundo de outra forma, mas mesmo assim ainda nos mostra que somos todos da mesma espécie que se divertia ao ver alguém morrer estraçalhado por tigres, ou leões, ou ainda assassinado diante de nossos olhos. Ligamos nossas televisões em casa e assistimos o jornal, para vermos as tragédias por todo o mundo, e nos deleitamos intimamente com isso no conforto de nossos lares. Assistimos execuções de reféns por terroristas na internet, mas no final vamos ao Cirque Du Soleil, pois é apenas um show sem crueldade contra animais. Já disse um dos sócios de um dos maiores circos do mundo P.T Barnum do “Ringling Brothers, and Barnum & Bailey Circus “, “Nasce um trouxa por minuto”, este foi o primeiro grande milionário do entretenimento moderno. Nossa equação fecha por aí nos dias atuais, alimentar e entreter o povo é o suficiente para te fazer muito rico, e você vai ser sempre sustentado por uma massa de trouxas ávida por bizarrices de toda espécie. Respeitável público gostaríamos de informar que adoramos o seu dinheiro, e que não respeitamos nada que não seja do nosso interesse, mas que gostamos que vocês se achem muito espertos enquanto enchem nossas contas bancárias, boa noite!