Cantigas de Amigo
Peninsular/ tradicional/ rural
Donzela Nota: Na realidade, a composição é elaborada por um trovador.
A vida amorosa da donzela: - a sedução do amigo através da dança; - encontros com o amado; - angústia sentida devido à ausência do amigo; - desalento sentido devido à indiferença, mentiras ou traição do amigo. A Natureza surge frequentemente: - personificada e assume o papel de confidente, à semehança da amiga ou da mãe (situação mais rara dado que esta surge no papel de protetora da virtude da filha, tendo a função de vigiá-la). - como cenário de encontros já que os namorados se encontram na fonte, nos campos, nas margens do lago ou do mar.
Rural: cenário natural como a fonte, o rio ou os locais mais discretos e propícios aos encontros amorosos.
Marinho.
Familiar.
O adro das igrejas também é recorrente, pois é o local para onde as donzelas se deslocavam com a mãe, na esperança de encontrar o amigo.
ELIANA ERNESTO
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“Cervo” = o amigo
Canto das aves = sedução, enamoramento
Aves feridas pelo caçador = raparigas apaixonadas
Fonte = pureza ou fecundidade
“Alva” = inocência, pureza, virgindade
“Lavar cabelos” = manifestação da sensualidade feminina
Mar = separação entre os amados
Paralelísticas (constituídas por pares de dísticos, que se repetem integral ou parcialmente. Com frequência, o último dístico repete-se no primeiro do segundo, dando-se o nome de leixa-pren a este processo. - Paralelística perfeita -
- Paralelística imperfeita – quando o paralelismo está isolado em cada par de estrofes, sem qualquer ligação aos outros pares.
ELIANA ERNESTO
Cantigas de mestria (sem refrão).
Trovadores, jograis, jogralesas
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