Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – M´odulo 1 Prezado aluno, Seja bem-vindo `a nossa disciplina. Este texto possui - salvo algumas modifica¸c˜oes - o mesmo conte´udo do material preparado pela professora Rioco para o curso de C´alculo IV do Cederj. Boa sorte! Rioco K. Barreto e M. Lucia S. Menezes Coordenadoras de C´ alculo III-A
Aula 1 – Integrais Duplas Objetivos • Compreender a no¸c˜ao de integral dupla; • Estudar algumas de suas propriedades; • Estudar o Teorema de Fubini para retˆangulos. Em C´alculo II-A, vocˆe aprendeu as integrais definidas. Agora, em C´alculo III-A, pretendemos que vocˆe compreenda as integrais duplas e triplas de fun¸c˜oes de duas ou trˆes vari´aveis. Ent˜ao consideremos uma fun¸c˜ao f : D ⊂ R2 → R, onde D ´e um conjunto fechado e limitado (tamb´em conhecido como conjunto compacto). Como D ´e limitado, ent˜ao existe um retˆangulo R = [a, b] × [c, d], tal que D ⊂ R. y d = yn
R
∆y
Rij
D
yj
f
yj−1
(x∗i , yj∗) y0 = c
R a = x0
xi−1 xi b = xn
x
∆x Vamos dividir o retˆangulo R em subretˆangulos Rij da seguinte maneira: dividimos os intervalos [a, b] e [c, d] em n subintervalos de mesmo comprimento ∆x = b−a e ∆y = d−c , respectivamente; n n
´ Calculo III-A
´ Modulo 1
2
tra¸camos retas verticais e horizontais pelas extremidades desses subintervalos. Vamos escolher ∗ ∗ xi , yj ∈ Rij , para formarmos a soma Sn =
n X n X j=1 i=1
f
x∗i , yj∗
∆x∆y =
n X
i,j=1
onde f x∗i , yj∗ = 0 se x∗i , yj∗ ∈ / D.
f x∗i , yj∗ ∆A
Esta soma ´e dita soma de Riemann de f . Se existir o lim Sn = L, dizemos que f ´e integr´avel e n→∞
que o n´umero L ´e dito integral de f sobre D e ´e indicado por ou
ZZ D
ZZ
f (x, y) dxdy ou
D
ZZ
f (x, y) dA
D
f dA. Assim, ZZ
f (x, y) dxdy = lim
n→∞
D
n X
i,j=1
f x∗i , yj∗ ∆x∆y .
OBS.: 1. Prova-se que se f ´e cont´ınua em D, ent˜ao f ´e integr´avel. 2. Se f (x, y) ≥ 0 ´e cont´ınua em D, ent˜ao o gr´afico de f (Gf ) est´a acima do plano xy. Ent˜ao o volume do s´olido W que est´a abaixo de Gf e acima de D ´e dado por ZZ V (W ) = f (x, y) dxdy . D
Logo, para encontrar o volume do s´olido W , integramos f (x, y) (o “teto”) sobre D (o “piso”). z Gf : z = f (x, y) (“teto”) W
y (“piso”)
x (x∗i , yj∗) Rij
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1
3
3. Se f (x, y) = 1 em D ent˜ao ZZ ZZ 1 dxdy = dxdy = A(D) = ´area de D . D
D
4. Propriedades (i)
ZZ
(f + g) dA =
ZZ
ZZ
D
(ii)
ZZ
f dA+
D
kf dA = k
D
D
ZZ
g dA
D
f dA, k ∈ R
(iii) D = D1 ∪ D2 ⇒
ZZ
f dA =
D
ZZ
f dA+
D1
ZZ
f dA
D2
D1 D2
Um M´etodo Pr´atico para Calcular Integrais Duplas Teorema de Fubini: Se f (x, y) ´e cont´ınua no retˆangulo D = [a, b] × [c, d], ent˜ao ZZ Z b Z d Z d Z b f (x, y) dxdy = f (x, y) dy dx = f (x, y) dx dy a
D
ou
ZZ D
f (x, y) dxdy =
c
Z bZ |
a c
c
d
f (x, y) dydx = {z
a
Z dZ c
a
b
f (x, y) dxdy }
integrais iteradas ou repetidas
Exemplo 1 Calcule
ZZ D
xy 2 dxdy, sendo D = [0, 1] × [−1, 0].
Solu¸c˜ao:
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1
Temos
ZZ
2
xy dxdy =
Z 1Z 0
D
4
0
xy 2 dydx .
−1
Primeiro, calculamos a integral interna. Logo, ZZ
2
xy dxdy =
Z
1
0
D
x
h 3 i0 y 3
=
−1
1 3
Z
1 0
x[0 − (−1)] dx =
1 3
Z
1
x dx =
0
1 3
h 2 i1 x 2
0
=
1 6
.
Aula 2 – C´alculo de Integrais Duplas em Regi˜oes mais Gerais Objetivos • Estudar uma vers˜ao mais geral do Teorema de Fubini; • Calcular ´area e volume.
Suponhamos agora, que D seja diferente do retˆangulo [a, b] × [c, d]. Ent˜ao vamos definir dois tipos de regi˜ao.
Defini¸c˜ao 1 Dizemos que D ´e uma regi˜ao do tipo I ou uma regi˜ao simples vertical se D for limitada `a esquerda pela reta vertical x = a, `a direita pela reta vertical x = b, inferiormente pela curva de equa¸c˜ao y = g1 (x) e superiormente pela curva y = g2 (x), onde g1 e g2 s˜ao cont´ınuas. As figuras que se seguem ilustram regi˜oes do tipo I. y = g2 (x)
y
y = g2 (x)
y
D
D (x, y)
(x, y)
D
y = g1 (x)
a
UFF
x
y = g2 (x)
y
(x, y)
y = g1 (x)
b
x
a
x
y = g1 (x)
b
x
a
x
b
x
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1
5
Logo, D = {(x, y) ∈ R2 ; a ≤ x ≤ b e g1 (x) ≤ y ≤ g2 (x)}. Prova-se que: ZZ
f (x, y) dxdy =
Z bZ a
D
g2 (x)
f (x, y) dydx .
g1 (x)
Defini¸c˜ao 2 Dizemos que D ´e uma regi˜ao do tipo II ou uma regi˜ao simples horizontal, se D for limitada inferiormente e superiormente pelas retas horizontais y = c e y = d, respectivamente, `a esquerda pela curva x = h1 (y) e `a direita pela curva x = h2 (y), onde h1 e h2 s˜ao cont´ınuas. As figuras que se seguem ilustram regi˜oes do tipo II: y
y
d
y
d x = h1 (x)
x
D
d x = h1 (x)
x = h1 (x)
x = h2 (x)
c
D
x = h2 (x)
x c
D
x
x = h2 (x)
c
x
x
x
Logo, D = {(x, y) ∈ R2 ; c ≤ y ≤ d e h1 (y) ≤ x ≤ h2 (y)}. Prova-se que: ZZ D
f (x, y) dxdy =
Z dZ c
h2 (y)
f (x, y) dxdy .
h1 (y)
Exemplo 1 Calcule por meio dos dois m´etodos a integral de f (x, y) = xy sobre a regi˜ao D limitada pelas curvas y = x e y = x2 . Solu¸c˜ao: As curvas se interceptam quando x2 = x ou x(x − 1) = 0. Ent˜ao x = 0 ou x = 1. Assim, os pontos de interse¸c˜ao s˜ao (0, 0) e (1, 1). Logo, o esbo¸co de D ´e:
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1
6
y 1 y=x
(x, y) y = x2
D
x
x
1
M´etodo 1 Enquadrando D como tipo I, temos D = {(x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 1 e x2 ≤ y ≤ x}. Ent˜ao: ZZ Z 1Z x Z 1 Z 1 Z 1 h ix y2 1 1 2 4 dx = 2 xy dxdy = x (x − x ) dx = 2 (x3 − x5 ) dx xy dydx = x 2 D
0
x2
x2
0
0
0
=
1 2
h
=
1 6
=
1 24
x4 4 1 4
x6 6
−
−
.
1
i1 0
6
M´etodo 2 y 1 x=y
y x=
D
√
y
x
1
√ Enquadrando D como tipo II, temos D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 1 e y ≤ x ≤ y . Ent˜ao, Z 1 Z 1 Z 1 h i√y ZZ Z 1Z √y 1 x2 1 2 (y 2 − y 3) dy xy dxdy = y 2 dy = 2 y (y − y ) dy = 2 xy dxdy = D
0
y
0
y
0
0
=
UFF
1 2
h
=
1 2
=
1 24
y3 3 1 3
.
−
−
y4 4
1
i1 0
4
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1
7
Exemplo 2 Calcule, por meio de integral dupla, a ´area da regi˜ao plana D limitada pelas curvas y = x3 e y =
√
x.
Solu¸c˜ao: O esbo¸co de D ´e: y
y = x1/2
y = x3 y=
1
D
D:
(
x = x1/2
y = x3
1
Podemos descrever D por
√
x
0≤x≤1
x3 ≤ y ≤ x1/2
Ent˜ao,
A(D) =
ZZ D
dxdy =
Z
0
1
Z
x1/2
dydx = x3
Z
0
1
h x1/2 − x3 dx = 32 x3/2 −
x4 4
i1 0
=
2 3
−
1 4
=
5 12
u.a.
Exemplo 3 Calcule o volume do tetraedo W com faces nos planos coordenados e no plano x + y + z = 3. Solu¸c˜ao: O plano x + y + z = 3 passa pelos pontos A = (3, 0, 0), B = (0, 3, 0) e C = (0, 0, 3). Assim, o esbo¸co de W ´e:
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1
8
z C
y
teto de W
3
x+y =3
W
y =3−x
D B
A
y
3 y=0
D (piso)
x
x
Observemos que o teto de W ´e a por¸c˜ao do plano x + y + z = 3 ou z = 3 − x − y = f (x, y) e que o piso de W ´e o triˆangulo D. Ent˜ao, ZZ V (W ) = f (x, y) dxdy D
=
ZZ
(3 − x − y) dxdy
Z
Z
D
=
3
0
Z
=
3
0
Z
=
3
0
1 2
=
Z
3−x 0
(3 − x − y) dydx
h 3y − xy −
9 2
i3−x 0
dx
h 3(3 − x) − x(3 − x) −
(3−x)2 2
3
0
i
dx
(9 − 6x + x2 ) dx
h = 21 9x − 3x2 +
=
y2 2
u.v.
x3 3
i3 0
Exerc´ıcio 1: Calcule as integrais iteradas: a)
Z 2Z 1
1
2 xy
ye dxdy
b)
Z 2Z 1
x 1
x2 y2
dydx
Exerc´ıcio 2: Esboce a regi˜ao de integra¸c˜ao e calcule as integrais: ZZ a) xy 3 dxdy, D = {(x, y) ∈ R2 ; 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2x}; D
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
b)
ZZ
´ Modulo 1
9
f (x, y) dxdy, D = {(x, y) ∈ R2 ; |x| ≤ π/2 , 0 ≤ y ≤ cos x}, f (x, y) = y sen x.
D
Exerc´ıcio 3: Esboce a regi˜ao de integra¸c˜ao e inverta a ordem das integrais iteradas em:
a)
Z 1Z 0
b)
Z 1Z 0
y
f (x, y) dxdy
c)
0
Z
1
−1
√
y
f (x, y) dxdy
d)
y
Exerc´ıcio 4: Calcule
Z 1Z
2
Z 5Z
5
0
Exerc´ıcio 5: Calcule
Z 1Z 0
1
√
Z
1−x2
√ − 1−x2
f (x, y) dydx
3x
f (x, y) dydx x
2
4ex dxdy.
2y
x
y x ln y
dydx .
Exerc´ıcio 6: Use a integral dupla para calcular a ´area da regi˜ao D limitada pelas curvas y = 4x − x2 e y = x. Exerc´ıcio 7: Encontre o volume do s´olido W limitado pelos planos y = 0, z = 0 y = 4 e pelo cilindro parab´olico z = 4 − x2 . Exerc´ıcio 8: Encontre o volume do s´olido W limitado pelas superf´ıcies z = 1 − y 2 , z ≥ 0, x = 0, z = 0 e x − y = 2.
UFF
IME - GMA
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C´alculo III-A – M´odulo 1 – Tutor Exerc´ıcio 1: Calcule as integrais iteradas: a)
Z 2Z 1
2 xy
ye dxdy
b)
1
Z 2Z 1
x 1
x2 y2
dydx
Solu¸c˜ ao: a) Temos Z 2Z 1
=
2 xy
ye dxdy =
1
Z
Z
2
y
1
2 y
2y
e −e
1
dy =
h
h
exy y
e2y 2
ix=2
dy =
i2
x=1 y
−e
1
Z
2
1
=
e4 2
h ix=2 dy = exy x=1
2
−e
−
e4 3e2 −e = − + e.
e2 2
2
2
b) Temos x
Z 2Z
1
1
=
Z
2
x2 y2
dydx =
Z 2Z 1
x 2 −1
xy 1
Z 1 x − + 1 dx = x
2
1
2
1
dydx =
Z
1
h iy=x 1 x2 − dx = y
y=1
2
−x + x2 dx =
h 2 i x x3 2 1 1 1 5 8 1 8 = − + = −2 + − − + = −2 + + − = . 2
3
1
3
2
3
3
2
3
6
Exerc´ıcio 2: Esboce a regi˜ao de integra¸c˜ao e calcule as integrais: a)
ZZ
xy 3 dxdy, D = {(x, y) ∈ R2 ; 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2x};
b)
ZZ
f (x, y) dxdy, D = {(x, y) ∈ R2 ; |x| ≤ π/2 , 0 ≤ y ≤ cos x}, f (x, y) = y sen x.
D
D
Solu¸c˜ ao: a) O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
2
y 4
2 D
1
Temos
ZZ
3
xy dxdy =
1
D
=
Z 2Z
2
Z
x
1
=4
h
16x4 4
6 i2
x 6
=
1
2 3
x
2
2x 3
xy dydx =
0
Z
2
x
1
− 0 dx =
Z
h
y4 4
i2x 0
dx =
2
4x5 dx = 1
2 3
(26 − 1) = (64 − 1) = 42 .
b) O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
y 1
D −π/2
Temos ZZ
f (x, y) dxdy =
D
= =
UFF
Z
ZZ
y sen x dx =
−π/2
1 − 2
Z
h
y2 2
icos x 0
sen x dx =
1 2
π/2
−π/2
2
Z
π/2
−π/2
D
π/2
x
π/2
cos x d(cos x) =
Z
Z
cos x
y sen x dydx =
0
π/2
cos2 x sen x dx =
−π/2
1 − 2
h
cos3 x 3
iπ/2
−π/2
1 6
= − (0 − 0) = 0 .
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
3
Exerc´ıcio 3: Esboce a regi˜ao de integra¸c˜ao e inverta a ordem das integrais iteradas em: a)
Z 1Z 0
b)
Z 1Z 0
y
f (x, y) dxdy
c)
0
1
Z
−1
√
y
f (x, y) dxdy
d)
y
Z
1−x2
√ − 1−x2
Z 1Z 0
√
f (x, y) dydx
3x
f (x, y) dydx x
Solu¸c˜ ao: a) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada pelas desigualdades 0 ≤ x ≤ y e 0 ≤ y ≤ 1. Portanto, D ´e do tipo II e est´a limitada `a esquerda pela reta x = 0 (eixo y) e `a direita pela reta x = y, entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. y 1 entra em x = 0
x=y ⇒ y=x
D
sai em x = y 1
x
Para inverter a ordem de integra¸c˜ao devemos enquadrar D como tipo I. Ent˜ao imaginemos uma reta vertical atrav´es de D, orientada como o eixo y. y
sai em y = 1
1 D
entra em y = x 1
x
A reta entra em D em y = x e sai de D em y = 1. Logo, x ≤ y ≤ 1. Como a proje¸c˜ao de D sobre o eixo x ´e o intervalo [0, 1], temos 0 ≤ x ≤ 1. Assim, D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 1 , x ≤ y ≤ 1 . Logo,
Z 1Z 0
4
f (x, y) dxdy = 0
Z 1Z 0
1
f (x, y) dydx .
x
√ b) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada pelas desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 e y ≤ x ≤ y . Portanto, D ´e √ do tipo II e est´a limitada `a esquerda pela reta x = y (ou y = x) e `a direita pela curva x = y (ou y = x2 , com x > 0), entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
4
y 1
x=y
entra em x = y x=
D
sai em x =
√ y
√ y
1
x
Para inverter a ordem de integra¸c˜ao devemos enquadrar D como tipo I. Ent˜ao imaginemos uma reta vertical atrav´es de D, orientada como o eixo y. Vemos que ela entra em D em y = x2 e sai de D em y = x. Vemos tamb´em que D est´a compreendida entre as retas x = 0 e x = 1. Ent˜ao, temos: D = (x, y) ∈ R2 ; x2 ≤ y ≤ x , 0 ≤ x ≤ 1 . y 1
sai em y = x
D
entra em y = x2
Logo, Z 1Z 0
y
√
y
f (x, y) dxdy =
Z 1Z 0
1
x
x
f (x, y) dydx .
x2
√ √ c) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada pelas desigualdades −1 ≤ x ≤ 1 e −√ 1 − x2 ≤ y ≤ 1 − x2 . Portanto, D ´e do tipo I e est´a limitada inferiormente pela curva y = − 1 − x2 (ou x2 + y 2 = 1, √ com y ≤ 0) e superiormente pela curva y = 1 − x2 (ou x2 + y 2 = 1, com y ≥ 0), entre as retas x = −1 e x = 1. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
5
y p entra em x = − 1 − y 2
sai em x =
1
−1
D
1
p 1 − y2
x
−1
Para inverter a ordem de integra¸c˜ao, devemos definir D como tipo II. Ent˜ao, considerando uma p reta horizontal atrav´es depD, orientada como o eixo X, vemos que ela entra em D em x = − 1 − y 2 e sai de D em x = 1 − y 2 . Vemos, tamb´em, que D est´a compreendida entre as retas horizontais y = −1 e y = 1. Ent˜ao, o n p p D = (x, y) ∈ R2 ; −1 ≤ y ≤ 1 , − 1 − y 2 ≤ x ≤ 1 − y 2 . Logo, Z
1
−1
Z
√
1−x2
√ − 1−x2
f (x, y) dydx =
Z
1
−1
Z √1−y2 −
√
f (x, y) dxdy .
1−y 2
d) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada pelas desigualdades x ≤ y ≤ 3x e 0 ≤ x ≤ 1. Portanto, D ´e do tipo I e est´a limitada inferiormente pela reta y = x (ou x = y) e superiormente pela reta y = 3x (ou x = y/3), entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 1. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. y 3
sai em y = 3x
D
entra em y = x
1 1
x
Na figura vemos que D n˜ao ´e do tipo II, pois est´a limitada `a esquerda pelas curvas x = y e x = y/3. Para inverter a ordem de integra¸c˜ao, devemos decompor a regi˜ao D em duas partes: D1 e D2 , como representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
6
y 3 D2 entra em x =
y 3
sai em x = 1
D1 entra em x =
y 3
sai em x = y 1
x
1
Temos D1 :
0≤y≤1 1≤y≤3 e D2 : . Ent˜ao, y/3 ≤ x ≤ y y/3 ≤ x ≤ 1 Z 1Z 3x Z 1Z y Z 3Z f (x, y) dydx = f (x, y) dxdy + 0
x
Exerc´ıcio 4: Calcule
0
Z 1Z 0
y/3
1
f (x, y) dxdy .
y/3
1
2 2
4ex dxdy.
2y
Solu¸c˜ ao: N˜ao podemos integrar nessa ordem, pois
Z
2
ex dx n˜ao ´e uma fun¸c˜ao elementar, isto ´e, ela
n˜ao pode ser escrita como uma soma finita de fun¸c˜oes elementares (fun¸c˜oes estudadas em C´alculo I). Portanto, devemos inverter a ordem de integra¸c˜ao. A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada pelas desigualdades 0 ≤ y ≤ 1 e 2y ≤ x ≤ 2. Assim, D ´e do tipo II e est´a limitada `a esquerda pela reta x = 2y (ou y = x/2) e `a direita pela reta x = 2, entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. y x = 2y ⇒ y =
1
x 2
D 2
x
Descri¸c˜ao de D como tipo I Imaginemos uma reta vertical atrav´es de D, orientada como o eixo y. Ela entra em D em y = 0 e sai de D em y = x/2. Vemos que D est´a entre as retas x = 0 (eixo y) e a reta x = 2. Ent˜ao, D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ x/2 .
Assim, Z 1Z 0
UFF
2
2y
x2
4e dxdy =
Z 2Z 0
0
x/2
x2
4e dydx =
Z
0
2 x2
4e
Z
0
x/2
dydx =
Z
0
2
x2 x
4e
2
dx =
Z
2 2
ex 2x dx .
0 IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
7
Fazendo u = x2 , temos du = 2x dx. Para x = 0, temos u = 0 e, para x = 2, temos u = 4. Ent˜ao, Z 1Z 2 Z 4 h i4 x2 u 4e dxdy = e du = eu = e4 − 1 . 0
Exerc´ıcio 5: Calcule
Z 5Z 1
2y
5
y x ln y
x
0
0
dydx .
Solu¸c˜ ao: N˜ao podemos integrar nessa ordem, pois
Z
y x ln y
dy n˜ao ´e uma fun¸c˜ao elementar.
Ent˜ao vamos inverter a ordem de integra¸c˜ao. Para isso devemos esbo¸car a regi˜ao de integra¸c˜ao D dada pelas desigualdades 1 ≤ x ≤ 5 e x ≤ y ≤ 5. Logo, a regi˜ao ´e do tipo I e est´a limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela reta y = 5 e est´a compreendida entre as retas verticais x = 1 e x = 5. y 5 D
entra em x = 1
sai em x = y
x
1
Descri¸c˜ao de D como tipo II Imaginemos uma reta horizontal, atrav´es de D, orientada como o eixo x. Vemos que ela entra em D em x = 1 e sai de D em x = y. Vemos, tamb´em que D est´a entre as retas horizontais y = 1 e 1≤y≤5 y = 5. Assim, D : . Ent˜ao, 1≤x≤y Z 5Z
x
1
=
UFF
5
Z
5 1
y x ln y
y ln y
dydx =
Z 5Z 1
y 1
(ln y − ln 1) dy =
y x ln y
Z
1
5
dxdy =
y ln y
Z
5 1
y ln y
h
Z
5
· ln y dy =
1
iy ln x dy = 1
y dy =
h
y2 2
i5 1
=
1 2
52 − 1 = 12 .
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
8
Exerc´ıcio 6: Use a integral dupla para calcular a ´area da regi˜ao D limitada pelas curvas y = 4x − x2 e y = x. Solu¸c˜ ao: De y = 4x − x2 e y = x temos 4x − x2 = x ou x2 − 3x = 0 ou x(x − 3) = 0, portanto x = 0 ou x = 3. Logo, as interse¸c˜oes s˜ao (0, 0) e (3, 3) e o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. y
sai em y = 4x − x2
(3, 3)
D
entra em y = x
x Descrevendo D como uma regi˜ao do tipo I, temos D : ZZ dxdy, temos
0≤x≤3 . Como A(D) = x ≤ y ≤ 4x − x2
D
A(D) =
Z 3Z 0
=
Z
0
=
27 2
3
4x−x2
dydx = x
Z
3
4x − x2 − x dx =
0
i h 2 x3 3 3x − = 3x − x2 dx = 2
−9=
9 2
3
0
u.a.
Exerc´ıcio 7: Encontre o volume do s´olido W limitado pelos planos y = 0, z = 0 y = 4 e pelo cilindro parab´olico z = 4 − x2 . Solu¸c˜ ao: Esbo¸co do s´olido W Inicialmente tra¸camos, no plano xz, a par´abola z = 4 − x2 . Como esta equa¸c˜ao ´e independente da vari´avel y, tra¸camos, por pontos desta par´abola, as retas paralelas ao eixo y. Obtemos assim o cilindro parab´olico. Considerando que W est´a limitado pelos planos y = 0, y = 4 e z = 0, temos o s´olido W representado na figura que se segue. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
9
z 4
“teto”
W
−2 D
2
4
x
y “piso”
Observemos que o “teto” do s´olido W ´e o cilindro parab´olico z = 4 − x2 = f (x, y) e que o “piso” de W ´e o quadrado D dado pelas desigualdades −2 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ y ≤ 4. Temos, ent˜ao, ZZ ZZ V (W ) = f (x, y) dxdy = 4 − x2 dxdy = D
=
Z
2
−2
=4
Z
D
Z
4
2
i h 8 128 x3 2 u.v. =4·2 8− = 4 − x2 dx = 4 4x −
0
−2
2
4−x
dydx =
Z
2
−2
2
4−x 3
−2
Z
4
dydx = 0
3
3
Exerc´ıcio 8: Encontre o volume do s´olido W limitado pelas superf´ıcies z = 1 − y 2 , z ≥ 0, x = 0, z = 0 e x − y = 2. Solu¸c˜ ao: Esbo¸co do s´olido W Inicialmente tra¸camos, no plano yz, a par´abola z = 1 − y 2 , com z ≥ 0. Como esta equa¸c˜ao ´e independente da vari´avel x, tra¸camos, por pontos desta par´abola, retas paralelas ao eixo x, obtendo assim o cilindro parab´olico. Para esbo¸car o plano x − y = 2, tra¸camos primeiramente no plano xy a reta x − y = 2. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel z, tra¸camos por pontos desta reta, retas paralelas ao eixo z. Vemos que os pontos A = (3, 1, 0), B = (2, 0, 1) e C = (1, −1, 0) s˜ao comuns `as duas superf´ıcies. Ao ligarmos tais pontos, obtemos a curva interse¸c˜ao. Considerando que W ´e limitado pelos planos x = 0 e z = 0, temos o s´olido W representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 1 – Tutor
10
y
z “teto”
x−y =2
1
1
D
B
2 −1 entra em x = 0 −2
W −1 C
1
D
x
x
sai em x = 2 + y
y
2 A “piso”
Observemos que o “teto” do s´olido W ´e a superf´ıcie z = 1 − y 2 e que o “piso” de W ´e o trap´ezio D, que deve ser olhado como uma regi˜ao do tipo II. Vemos que a proje¸c˜ao de D no eixo y ´e o intervalo [−1, 1]. Logo, −1 ≤ y ≤ 1. Vemos, tamb´em que uma horizontal qualquer atrav´es de D entra em D em x = 0 e sai de D na reta x − y = 2, onde x = 2 + y. Logo, 0 ≤ x ≤ 2 + y. Assim, D ´e definido −1 ≤ y ≤ 1 . Temos, ent˜ao, pelas desigualdades D : 0≤x≤2+y ZZ ZZ V (W ) = f (x, y) dxdy = 1 − y 2 dxdy = D
=
Z
1
Z
1
−1
=
−1
Z
D
2+y 0
1−y
2
2
dxdy =
2 + y − 2y − y
Z
1
−1
3
1 − y 2 (2 + y) dy =
h i y2 2y 3 y4 1 dy = 2y + − − = 2
3
4
−1
1 8 2 1 2 1 1 − −2 + + − = u.v. = 2+ − − 2
UFF
3
4
2
3
4
3
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – Lista 1 Exerc´ıcio 1: Calcule as seguintes integrais duplas: a)
ZZ
x 1 + y2
b)
ZZ
x dxdy na regi˜ao D compreendida entre as curvas y = x2 , y = 0 e x = 1.
c)
ZZ
x y
D
dxdy, sendo D = [1, 2] × [0, 1].
D
dxdy, onde D ´e a regi˜ao limitada pelas retas y = x, y = 2x, x = 1 e x = 2.
D
Solu¸c˜ ao: a) O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. y 1
D 1
x
2
Como D ´e um retˆangulo com os lados paralelos aos eixos coordenados, temos 1 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ y ≤ 1. Pelo teorema de Fubini, o valor da integral dupla pode ser obtido por meio de qualquer uma das seguintes integrais iteradas: Z 1Z 2 Z 2Z 1 x x dxdy ou dydx . 2 2 0
1
1+y
1
Usando a primeira delas, temos, Z 1Z ZZ x dxdy = 2 1+y
0
D
=
Z
0
3 2
1
1 1 + y2
h
x2 2
i2 1
2
1
dy =
= (arctg 1 − arctg 0) =
x 1 + y2
3 2
Z
3 2
1
0
π 4
dxdy =
1 1 + y2
1+y
0
Z
0
dy =
3π −0 = . 8
1
1 1 + y2
Z
2
x dxdy =
1
1 3 arctg y 0 2
=
´ Calculo III-A
Lista 1
2
y 1
y = x2
D 1
x
b) O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. Como D ´e diferente de um retˆangulo com lados paralelos aos eixos coordenados, devemos enquadrar D como uma regi˜ao do tipo I ou do tipo II.
Solu¸c˜ ao 1: Vamos descrever D como tipo I. Seja (x, y) ∈ D. Ent˜ao tra¸camos uma reta vertical por (x, y). y 1
D y = x2 (x, y) 1
x
y=0
Vemos que esta reta vertical corta a fronteira inferior de D no eixo x, onde y = 0, e a fronteira superior de D na par´abola y = x2 . Ent˜ao, 0 ≤ y ≤ x2 . Projetando a regi˜ao D sobre o eixo x, encontramos o intervalo fechado [0, 1]. Ent˜ao, 0 ≤ x ≤ 1. Portanto D = {(x, y); 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ x2 }. Temos, ent˜ao, ZZ
x dxdy =
D
=
Z
0
UFF
1 3
x dx =
Z 1Z
x2
x dydx =
0
0
x4 4
i1
h
0
=
1 4
Z
1
x 0
Z
0
x2
dydx =
Z
0
1
x2 x y 0 dx =
.
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
3
Observa¸c˜ ao: A integral do lado direito de uma integral dupla ´e uma integral iterada, cuja primeira integral definida indicada dever´a ter limites de integra¸c˜ao constantes, pois o valor da integral dupla ser´a um n´umero real.
Solu¸c˜ ao 2 Vamos descrever D como tipo II. Ent˜ao tra¸camos uma reta horizontal por (x, y) ∈ D. y
y = x2 ⇒ x =
√ y
1
D √ x= y
x=1 (x, y) 1
x
√ Vemos que esta reta horizontal corta a fronteira da esquerda na par´abola x = y e a fronteira da √ direita na reta x = 1. Ent˜ao, y ≤ x ≤ 1. Projetando D sobre o eixo y, temos o intervalo [0, 1]. √ Logo, 0 ≤ y ≤ 1. Ent˜ao, D = {(x, y); 0 ≤ y ≤ 1 , y ≤ x ≤ 1}. Portanto, ZZ
x dxdy =
0
D
=
1 2
Z 1Z
1
x dxdy = √
y
Z
0
1
h
x2 2
i1
√
y
dy =
1 2
Z
0
1
(1 − y) dy =
h i1 1 y2 1 1 = y− 1− = . 2
0
2
2
4
c) O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
4
y 4 y = 2x
D (x, y)
2
1 y=x 1
x
2
Na figura vemos que a fronteira inferior ´e a reta y = x e a fronteira superior ´e a reta y = 2x. Ent˜ao x ≤ y ≤ 2x. Como a proje¸c˜ao de D sobre o eixo x ´e o intervalo fechado [1, 2], temos 1 ≤ x ≤ 2. Temos, ent˜ao, D = {(x, y); 1 ≤ x ≤ 2 , x ≤ y ≤ 2x}. Portanto, ZZ
x y
dxdy =
1
D
=
Z
Z 2Z
2x
x y
x
dydx =
x(ln 2x − ln x) dx =
= ln 2
h
x2 2
i2 1
=
3 2
x
1
2
1
2
Z
Z
2
x ln
1
2x x
Z
2x x
1 y
dx =
dydx =
Z
2
1
Z
2x x ln y x dx =
2
x ln 2 dx = ln 2
1
Z
x
x dx =
1
ln 2 .
Observa¸c˜ ao: Podemos, tamb´em, enquadrar D como tipo II. Haver´a, no entanto, uma complica¸c˜ao adicional, se fizermos isso, pois a fronteira direita de D ´e a reta x = 1 e a fronteira esquerda de D ´e constitu´ıda de duas partes, pela reta y = x abaixo da reta y = 2 e pela reta y = 2x, acima de y = 2. Ent˜ao ´e necess´ario decompor D em duas partes D1 e D2 : D = D1 ∪ D2 . Logo, ZZ ZZ ZZ x x x dxdy = dxdy + dxdy . y
y
D
y
D1
D2
Projetando D1 sobre o eixo y, temos 1 ≤ y ≤ 2. A regi˜ao D1 ´e limitada `a esquerda por x = 1 e `a direita pela reta x = y. Logo, 1 ≤ x ≤ y. Ent˜ao D1 = {(x, y); 1 ≤ y ≤ 2 , 1 ≤ x ≤ y}. Assim, ZZ Z 2Z y Z 2 Z y Z 2 h 2 iy x 1 x 1 x dxdy = dxdy = dy = x dxdy = y
1
D1
= = UFF
1 2
Z
1 2
h
2 1
1 y
2
1
y
y − 1 dy =
(2 − ln 2) −
1 2
y
1
1 2
Z
− ln 1
2
1
i
1
y−
1 y
1 2
3 2
=
dy =
1
1 2
h
y2 2
y
− ln y
2
i2 1
1
=
3 1 − ln 2 = − ln 2 . 4
2
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
y
5
y = 2x ⇒ x = y/2
4 x = y/2
2
x=2
D2
y=x⇒x=y
x=1
1 x=y
D1 1
x
2
Projetando D2 sobre o eixo y, temos 2 ≤ y ≤ 4. A regi˜ao D2 est´a limitada `a esquerda pela reta x = y/2 e `a direita por x = 2. Logo, y/2 ≤ x ≤ 2. Ent˜ao D2 = {(x, y); 2 ≤ y ≤ 4 , y/2 ≤ x ≤ 2} e ZZ Z 4 h i2 Z 4Z 2 Z 4 Z 2 x 1 x2 1 x dy = x dxdy = dxdy = dxdy = y
2
D2
= = Portanto,
4
y/2
y
4
y
−
y 4
y/2
2
y
2
y/2
h i y2 4 = 4 ln y −
1 2
Z
1 2
h i 1 1 3 3 (4 ln 4 − 2) − 4 ln 2 − = 4 ln 2 − = 2 ln 2 − .
2
1 y
Z y2 1 4− dy =
2
4
2
2
4 y
2
ZZ
D
x y
dxdy =
3 4
dy =
1 2
2
8
2
1 2
− ln 2 + 2 ln 2 −
2
4
3 4
=
3 2
ln 2
Obtivemos, assim, o mesmo resultado anterior.
Exerc´ıcio 2: Esboce a regi˜ao de integra¸c˜ao e troque a ordem de integra¸c˜ao em: a) c)
Z 1Z
Z 01Z 0
x
f (x, y)dydx
b)
0 x+1
f (x, y)dydx
d)
2x
Z 1Z
√ y √
f (x, y)dxdy
y Z0 1Z−2−2y 0
f (x, y)dxdy.
y−1
Solu¸c˜ ao:
0≤x≤1 (tipo I). Logo, D est´a limitada pelas retas 0≤y≤x verticais x = 0 (eixo y) e x = 1; limitada inferiormente pela reta y = 0 (eixo x) e superiormente pela reta y = x. Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. a) A regi˜ao de integra¸c˜ao ´e dada por D :
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
6
y y=x
1
x=1
D
x
1 y=0
Para inverter a ordem de integra¸c˜ao devemos descrever D como regi˜ao do tipo II. y
entra em x = y
1 sai em x = 1 D
x
1
Vemos que D est´a compreendida entre as retas horizontais y = 0 e y = 1. Considerando uma reta horizontal no interior de D, vemos que ela entra em D em x = y e sai de D em x = 1. Ent˜ao, 0≤y≤1 . Logo, temos D : y≤x≤1 Z 1Z x Z 1Z 1 f (x, y)dydx = f (x, y)dxdy . 0
0
0
y
0≤y≤1 √ (tipo II). Logo, D est´a limitada pelas √ − y≤x≤ y ` esquerda D ´e limitada pela curva x = −√y e `a direita retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. A √ √ pela curva x = y . De x = ± y, temos y = x2 . Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. b) A regi˜ao de integra¸c˜ao ´e dada por D :
y
y=1
1
√ x = − y ⇒ y = x2
x= D
−1
1
√ y ⇒ y = x2
x
Descri¸c˜ao de D como regi˜ao do tipo I Vemos que D est´a compreendida entre as retas verticais x = −1 e x = 1. Considerando uma reta vertical, no interior de D, diferente do eixo y, vemos que ela entra em D em y = x2 e sai de D em y = 1. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
7
y
sai em y = 1
1 entra em y = x2
D
1
−1
Ent˜ao, temos D :
x
−1 ≤ x ≤ 1 . Logo, x2 ≤ y ≤ 1 Z 1Z 0
√
y
f (x, y)dxdy =
√ − y
Z 1Z
1
f (x, y)dydx .
−1 x2
0≤x≤1 (tipo I). Logo, D est´a compreendida 2x ≤ y ≤ x + 1 entre as retas verticais x = 0 e x = 1 e est´a limitada inferiormente pela reta y = 2x (ou x = y/2) e superiormente pela reta y = x + 1 (ou x = y − 1). Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado pela figura que se segue. Como D est´a limitada `a esquerda pela curva x = 0 e pela reta y = x + 1, c) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada por D :
y
y = x+1
2
1 D x=0
y = 2x
1
x
conclu´ımos que D n˜ao ´e do tipo II. Mas podemos olhar para D como a uni˜ao de duas regi˜oes do tipo II, isto ´e, D = D1 ∪ D2 . Vemos que D1 est´a compreendida entre as retas horizontais y = 0 e y = 1 e que toda reta horizontal, 0≤y≤1 no interior de D1 , entra em D1 em x = 0 e sai de D1 em x = y/2. Logo, D1 : . 0 ≤ x ≤ y/2 Vemos que D2 est´a compreendida entre as retas horizontais y = 1 e y = 2 e que qualquer reta horizontal, no interior de D2 , entra em D2 em x = y − 1 e sai de D2 em x = y/2. Logo, 1≤y≤2 D2 : . y − 1 ≤ x ≤ y/2
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
y
8
entra em x = y − 1 sai em x = y/2
2
D2
1
entra em x = 0
sai em x = y/2 D1
x
1
Assim,
Z 1Z 0
x+1
f (x, y)dydx = 2x
Z 1Z 0
y/2
f (x, y)dxdy +
0
Z 2Z 1
y/2
f (x, y)dxdy .
y−1
0≤y≤1 (tipo II). Logo, D est´a comprey − 1 ≤ x ≤ 2 − 2y endida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. De y − 1 ≤ x ≤ 2 − 2y, vemos que D est´a limitada `a esquerda pela reta x = y − 1 (ou y = x + 1) e `a direita pela reta x = 2 − 2y (ou y = (2 − x)/2). Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. d) A regi˜ao de integra¸c˜ao ´e dada por D :
y 1
sai em y =
2−x 2
sai em y = x + 1 D1 −1 entra em y = 0
D2 2
x
entra em y = 0
Como a fronteira superior de D ´e formada pela retas x = y − 1 e x = 2 − 2y, vemos que D n˜ao ´e do tipo I. Mas D = D1 ∪ D2 , onde D1 e D2 s˜ao do tipo I. Vemos que D1 est´a compreendida entre as retas verticais x = −1 e x = 0 e que qualquer reta vertical −1 ≤ x ≤ 0 no interior de D1 entra em D1 em y = 0 e sai de D1 em y = x + 1. Logo D1 : . 0≤y ≤x+1 Vemos que D2 est´a compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 2 e que qualquer reta vertical no interior de D2 entra em D2 em y = 0 e sai de D2 em y = (2 − x)/2. Logo, D2 : 0≤x≤2 . 0 ≤ y ≤ (2 − x)/2
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
Assim,
Z 1Z 0
2−2y
Z 0Z
f (x, y)dxdy =
y−1
9
x+1
f (x, y)dydx +
−1 0
Z 2Z 0
(2−x)/2
f (x, y)dydx .
0
Exerc´ıcio 3: Invertendo a ordem de integra¸c˜ao, calcule: a)
Z πZ
π
Z 1Z
1
x
0
b)
0
sen y y
dydx
c)
Z 3Z 0
x2 exy dxdy
d)
y
1 x/3
Z 8Z 0
3
ey dydx
√
2 √ 3
1 y4 + 1
x
dydx
Solu¸c˜ ao:
0≤x≤π (tipo I). De 0 ≤ x ≤ π, vemos que D x≤y≤π est´a compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = π. De x ≤ y ≤ π, vemos que D est´a limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela reta y = π. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
a) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada por D :
y π D
π
x
Descri¸c˜ao de D como uma regi˜ao do tipo II Vemos que D est´a compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = π e que qualquer reta horizontal no interior de D entra em D em x = 0 e sai de D em x = y. y π
sai em x = y D
entra em x = 0 π
Logo D :
0≤y≤π . Assim, 0≤x≤y Z πZ π Z πZ sen y dydx = 0
= UFF
x
Z
π
0
y
sen y y
0
· y dy =
Z
0
π
0
y
sen y y
dxdy =
x
Z
π 0
sen y y x 0 y
dy =
π sen y dy = − cos y 0 = 2 .
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
10
0≤y≤1 (tipo II). De 0 ≤ y ≤ 1 vemos que D y≤x≤1 est´a compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. De y ≤ x ≤ 1 vemos que D est´a limitada `a esquerda pela reta x = y e `a direita pela reta x = 1. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. b) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada por D :
y 1
D
x
1
Descri¸c˜ao de D como uma regi˜ao do tipo I Vemos que D est´a compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 1. Logo 0 ≤ x ≤ 1. Vemos, tamb´em, que D est´a limitada inferiormente pela reta y = 0 e superiormente pela reta y = x. Ent˜ao, 0 ≤ y ≤ x. Assim, Z 1Z 1 Z 1Z x Z 1 h xy iy=x e 2 xy 2 xy dx = x e dxdy = x e dydx = x2 0
=
y
0
Z
1
ex 2
0
=
2
x2 x
e
1
−
0
x2
h
− 1 dx = x2 2
i1 0
=
0
Z
e−1 2
0
1
0
−
xe dx −
Z
1 2
.
x2
=
e−2 2
x
y=0
1
x dx =
0
(
q 0 ≤ x ≤ 3 (tipo I). De 0 ≤ x ≤ 3, vemos que D x ≤y≤1 3 q x est´a compreendida entre as retas verticais x = 0 (eixo y) e x = 3. De ≤ y ≤ 1, vemos que D 3 q x (ou x = 3y 2, com y ≥ 0) e superiormente pela reta est´a limitada inferiormente pela curva y = 3 y = 1. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
c) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada por D :
y
1 D
3
UFF
x
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
11
Descri¸c˜ao de D como uma regi˜ao do tipo II Vemos que D est´a compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. Logo, 0 ≤ y ≤ 1. Considerando uma reta horizontal, no interior de D, vemos que ela entra em D em x = 0 e sai de 0 ≤ y ≤1 D em x = 3y 2. Logo, D : . Ent˜ao, 0 ≤ x ≤ 3y 2 Z 3Z
√
0
=
1
Z
1 0
y3
e dydx = x/3
3y 2
Z 1Z 0
y3
e dxdy =
0
Z
0
1
3 3y 2 ey x 0 dy =
h 3 i1 3 = e− 1. ey 3y 2 dy = ey 0
0≤x≤8 √ (tipo I). De 0 ≤ x ≤ 8, vemos que 3 x≤y≤2 √ 3 x ≤ y ≤ 2, vemos que D est´a D est´a compreendida entre as retas verticais x = 0 e x = 8. De √ 3 3 limitada inferiormente pela curva y = x (ou x = y ) e superiormente pela reta y = 2. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. d) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada por D :
y
2
D
x
8
Descri¸c˜ao de D como regi˜ao do tipo II Vemos que D est´a compreendida entre retas horizontais y = 0 e y = 2. Vemos, tamb´em, que qualquer reta horizontal no interior de D entra na regi˜ao em x = 0 e sai da regi˜ao em x = y 3 . y
2
D
entra em x = 0 8
x
sai em x = y 3
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Logo, D :
Lista 1
0≤y≤2 . Assim, 0 ≤ x ≤ y3 Z 2Z Z 8Z 2 1 dydx = 4 √ 3
0
=
1 4
x
Z
0
2
y +1
0
0
d(y 4 + 1) y4 + 1
=
1 4
h
y3
12
1 y4 + 1
4
ln(y + 1)
i2 0
dxdy =
Z
2 0
y3 +1
y4
1 4
= (ln 17 − ln 1) =
dy = 1 4
ln 17 .
Exerc´ıcio 4: Em cada caso calcule, por meio de integral dupla, a ´area da regi˜ao D do plano xy delimitada pelas curvas indicadas. a) y = x3 , x + y = 2 e y = 0. b) x = y 2 + 1 e x + y = 3. c) y = x2 , x − y = 1, x = 1 e x = −1. Solu¸c˜ ao: a) De y = x3 e x + y = 2, temos x3 + x − 2 = 0 portanto x = 1. Logo, a interse¸c˜ao ocorre em (1, 1). O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. y y = x3 1
x+y =2
D 2
y=0
x
Descri¸c˜ao de D como uma regi˜ao do tipo II Vemos que D est´a compreendida entre as retas horizontais y = 0 (eixo x) e y = 1. Considerando √ 1/3 3 uma reta horizontal qualquer, no interior de D, vemos que ela entra em D em x = y = y e sai 0≤y≤1 . de D em x = 2 − y. Ent˜ao temos D : 1/3 y ≤x≤2−y Como a ´area de D ´e dada por A(D) =
ZZ
dxdy temos,
D
A(D) =
Z 1Z 0
2−y
dxdy =
y 1/3
Z
1
2 − y − y 1/3 dy =
0
i h 1 3 4/3 1 3 3 y2 = 2 − − = u.a. = 2y − − y 2
4
0
2
4
4
b) De x = y 2 + 1 e x + y = 3, temos y 2 + y − 2 = 0, portanto y = −2 ou y = 1. Logo, as interse¸c˜oes s˜ao (5, −2) e (2, 1). Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 1
13
y
1
1
2
5 D
x
sai em x = 3 − y
entra em x = y 2 + 1
−2
Descri¸c˜ao de D como uma regi˜ao do tipo II Vemos que D est´a compreendida entre as retas horizontais y = −2 e y = 1. Considerando uma reta horizontal qualquer no interior de D, diferente do eixo x, vemos que ela entra em D em x = y 2 + 1 −2 ≤ y ≤ 1 e sai de D em x = 3 − y. Ent˜ao, temos D : . Portanto, 2 y +1≤x≤3−y ZZ Z 1 Z 3−y Z 1 A(D) = dxdy = dxdy = 3 − y − y 2 − 1 dy = −2 y 2 +1
D
=
Z
1
−2
−2
h i1 y2 y3 2 − y − y 2 dy = 2y − − = 2
3
−2
8 1 1 1 8 9 1 − −4 − 2 + = 2 − − + 4 + 2 − = u.a. = 2− − 2
3
3
2
3
3
2
c) O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. sai em y = x2
y 1
−1
1
x
D −1 entra em y = x − 1
Descri¸c˜ao de D como uma regi˜ao do tipo I Vemos que D est´a limitada entre as retas verticais x = −1 e x = 1. Vemos, tamb´em, que qualquer reta vertical no interior de D, diferente do eixo y, entra em D em y = x − 1 e sai de D em y = x2 . UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Assim D :
Lista 1
14
−1 ≤ x ≤ 1 . Ent˜ao, x − 1 ≤ y ≤ x2 A(D) =
ZZ
dxdy =
h
x3 3
−
x2 2
x2
dydx =
−1 x−1
D
=
Z 1Z
Z
1
−1
x2 − x + 1 dx =
i1 1 1 1 1 8 = +x − + 1 − − − − 1 = u.a. 3
−1
2
3
2
3
Exerc´ıcio 5: Calcule o volume do s´olido W , no primeiro octante, limitado pelo cilindro parab´olico z = 4 − x2 e pelos planos x + y = 2, x = 0, y = 0 e z = 0. Solu¸c˜ ao: Vamos fazer o esbo¸co, no primeiro octante, da superf´ıcie de equa¸c˜ao z = 4 − x2 dita cilindro parab´olico. No plano xz, tra¸camos o arco de par´abola z = 4 − x2 , com x ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel y, consideramos, por pontos da par´abola, as semirretas paralelas ao eixo y. z 4
2
y
x Agora, vamos fazer o esbo¸co, no primeiro octante, da por¸c˜ao do plano de equa¸c˜ao x + y = 2. No plano xy tra¸camos o segmento de reta x + y = 2 que liga A(2, 0, 0) a B(0, 2, 0). Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel z, tra¸camos por pontos do segmento as semirretas paralelas ao eixo z.
UFF
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´ Calculo III-A
Lista 1
15
z
2 B
2 A
y
x Vemos que A(2, 0, 0) e C(0, 2, 4) s˜ao pontos comuns `as duas superf´ıcies. Ent˜ao, a curva de interse¸c˜ao ´e a curva obtida ao ligar esses dois pontos. Considerando que o s´olido ´e limitado pelos planos x = 0, y = 0 e z = 0, temos o esbo¸co de W representado na figura que se segue. z 4 C “teto”: z = f (x, y) = 4 − x2
W
2 B “piso” D
2 A
y
x Temos V (W ) = triangular.
ZZ D
f (x, y) dxdy, onde f (x, y) = 4 − x2 , e D est´a representado na seguinte regi˜ao
y 2
sai em y = 2 − x
D
x+y = 2
2
x
entra em y = 0
UFF
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Lista 1
Descrevendo D como uma regi˜ao do tipo I, temos D :
V (W ) =
ZZ
2
(4 − x ) dxdy =
D
=
Z
0
2
Z 2Z 0
0
16
0≤x≤2 . Ent˜ao, 0≤ y ≤ 2−x
2−x 2
(4 − x ) dydx =
Z
0
2
(4 − x2 )(2 − x) dx =
i2 h 4 2x3 20 x − − 2x2 + 8x = u.v. x3 − 2x2 − 4x + 8 dx = 4
3
0
3
Exerc´ıcio 6: Esboce o s´olido, no primeiro octante, limitado pelo cilindro x2 + z 2 = 1 e pelos planos y = 2x, y = 0 e z = 0, e encontre o seu volume. Solu¸c˜ ao: Vamos fazer o esbo¸co, no primeiro octante, da superf´ıcie de equa¸c˜ao x2 + z 2 = 1 dita cilindro circular. No plano xz, tra¸camos o arco de circunferˆencia x2 + z 2 = 1, com x ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel y, consideramos, por pontos do arco as semirretas paralelas ao eixo y. z 1
y 1
x Agora, vamos fazer o esbo¸co, no primeiro octante, da por¸c˜ao do plano y = 2x. No plano xy, tra¸camos a semirreta y = 2x, com x ≥ 0. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel z, por pontos da semirreta, tra¸camos semirretas paralelas ao eixo z.
UFF
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Lista 1
17
z A
1
2 1
y B
x
Vemos que A(0, 0, 1) e B(1, 2, 0) s˜ao pontos comuns `as duas superf´ıcies. Ent˜ao, a curva de interse¸c˜ao ´e obtida ao ligarmos tais pontos. Considerando que W ´e limitado pelos planos y = 0 e z = 0, temos que o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. y z sai em y = 2x
2
A 1 “teto”: z = f (x, y) = W
√ 1 − x2
D 1
x
entra em y = 0 2 1
y
x
“piso” D
B
Temos V (W ) =
ZZ
f (x, y) dxdy =
D
onde D, como tipo I, ´e dado por D :
V (W ) =
Z 1Z 0
=−
Z
0
0
2x
√
1−
x2
ZZ √
1 − x2 dxdy,
D
0≤x≤1 . Ent˜ao, 0 ≤ y ≤ 2x dydx =
1
(1 − x2 )1/2 (−2x) dx = −
2 3
Z
1 0
√
1 − x2 · 2x dx =
(1 − x2 )3/2
1 0
2 3
= − (0 − 1) =
2 3
u.v.
Exerc´ıcio 7: Seja V o volume de um s´olido delimitado pelo cilindro parab´olico z = 8 − 2y 2 e pelos planos x = 0, x = 8 e z = 0. Calcule V . UFF
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Lista 1
18
Solu¸c˜ ao: Inicialmente tra¸camos, no plano yz, a par´abola z = 8 − 2y 2. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel x, consideramos, por pontos da par´abola, as retas paralelas ao eixo x. Como o s´olido est´a limitado pelos planos x = 0, x = 8 e z = 0, temos o esbo¸co do s´olido W representado na figura que se segue.
z 8 “teto”: z = f (x, y) = 8 − 2y 2
y W
2 D 8
−2
x
−2
2
y “piso” D
8
x Portanto, V (W ) =
ZZ
f (x, y) dxdy =
D
ZZ
2
(8 − 2y ) dxdy =
D
Z 2Z
−2 0
8
(8 − 2y 2) dxdy =
i2 h 16 512 2y 3 = 16 16 − = u.v. = 8 8y − 3
−2
3
3
Exerc´ıcio 8: Calcule o volume do s´olido W delimitado pelas superf´ıcies y = x2 , y = 4, z = 0 e z = 4. Solu¸c˜ ao: No plano xy, esbo¸camos a par´abola y = x2 . Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel z, tra¸camos, por pontos da par´abola, as retas paralelas ao eixo z. Considerando que o s´olido est´a limitado pelos planos z = 0, z = 4 e y = 4, temos o esbo¸co de W representado na figura que se segue.
UFF
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Lista 1
19
z “teto”: z = 4
y
4
sai em y = 4
4 D
W
entra em y = x2
−2
−2
2
x
2 4
x
y
“piso” D
Portanto,
V (W ) =
ZZ
f (x, y) dxdy =
D
=4
Z
2
−2
ZZ
4 dxdy =
Z 2Z
4
4 dydx =
−2 x2
D
i h 32 128 x3 2 u.v. =4 = (4 − x ) dx = 4 4x − 2
3
−2
3
3
Exerc´ıcio 9: Encontre o volume do s´olido no primeiro octante, limitado pelos planos coordenados, pelo plano x = 3 e pelo cilindro parab´olico z = 4 − y 2 . Solu¸c˜ ao: Esbo¸co do s´olido W no primeiro octante No plano yz (x = 0), tra¸camos a par´abola z = 4 − y 2 com y ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel x, consideramos, por pontos da par´abola, as semirretas paralelas ao eixo x, com x ≥ 0. Obtemos, assim, o cilindro parab´olico. Agora, tra¸camos o plano vertical x = 3 que intercepta o cilindro parab´olico segundo uma curva que cont´em os pontos A = (3, 0, 4) e B = (3, 2, 0). Considerando que o s´olido W est´a limitado pelos planos coordenados, temos o esbo¸co de W representado na figura que se segue.
UFF
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Lista 1
20
z 4
A
“teto” de W : z = f (x, y) = 4 − y 2
W
2 3
x
B
Por integral dupla, temos ZZ ZZ V (W ) = f (x, y) dxdy = D
=
Z
3 0
Z h i2 y3 4y − dx = 3
0
3
0
“piso” D : 0 ≤ x ≤ 3 , 0 ≤ y ≤ 2
4−y
D
2
dxdy =
Z 16 8 dx = 8− 3
y
3
Z 3Z
2
0
0
dx =
16 3
3
0
4 − y 2 dydx = · 3 = 16 u.v.
Exerc´ıcio 10: Use uma integral dupla para calcular o volume do s´olido W , no primeiro octante, compreendido pelas superf´ıcies y 2 = x, z = 0 e x + z = 1. Solu¸c˜ ao: Para esbo¸car o plano x + z = 1, desenhamos inicialmente, no plano xz, a reta x + z = 1. Como esta equa¸c˜ao n˜ao cont´em a vari´avel y, consideramos, por pontos da reta, as retas paralelas ao eixo y. Obtemos, assim, o esbo¸co do plano x + z = 1. z 1
S1
1
y
x Para esbo¸car a superf´ıcie de equa¸c˜ao x = y 2 (dita cilindro parab´olico, pela ausˆencia da vari´avel z), desenhamos, inicialmente, a par´abola x = y 2 , no plano xy, e, por pontos da par´abola, consideramos as retas paralelas ao eixo z, pois a equa¸c˜ao x = y 2 n˜ao cont´em a vari´avel z. Obtemos, assim, o esbo¸co da superf´ıcie de equa¸c˜ao x = y 2. UFF
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Lista 1
21
z 1
S2
−1
1
y 1
x Observemos que A1 = (1, 1, 0), A2 = (0, 0, 1) e A3 = (1, −1, 0) s˜ao pontos comuns `as duas superf´ıcies. Portanto, ao ligarmos A1 , A2 e A3 temos a curva interse¸c˜ao das duas superf´ıcies. z
A2
W
A3
y 1 A1
x Considerando que o s´olido W est´a limitado pelo plano z = 0 (plano xy), temos o esbo¸co de W . Vemos que o “teto” de W ´e o gr´afico de z = 1 − x e que o “piso” de W ´e a regi˜ao D dada por:
UFF
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Lista 1
22
y 1 Entra em x = y 2
D
Sai em x = 1
x
1
−1
D : {(x, y) ∈ R2 ; −1 ≤ y ≤ 1 , y 2 ≤ x ≤ 1}. Logo, ZZ Z 1Z 1 Z V (W ) = (1 − x) dxdy = (1 − x) dxdy = −1
D
=
Z
1
−1
=
UFF
h
y 2
y2
−1
Z i h y4 1 2 − y − dy = 1−
−
2
y3 3
+
y5 10
2
i1
−1
=2
1 2
1
−1
−
1 3
+
1 10
1
=
1 2
8 15
− y2 +
y4 2
h i x2 1 x− dy = 2
y2
dy =
u.v.
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – M´odulo 2 Aula 3 – Mudan¸ca de Vari´aveis na Integral Dupla Objetivo • Aprender a fazer mudan¸ca de vari´aveis em integrais duplas. No C´alculo II, vocˆe aprendeu a f´ormula da mudan¸ca de vari´avel para uma fun¸c˜ao de uma vari´avel: Z b Z d f (x) dx = f (g(u)) g ′ (u) du . a
c
Para as integrais duplas, temos uma f´ormula an´aloga.
Uma mudan¸ca de vari´aveis em um subconjunto de R2 ´e dada por uma transforma¸c˜ao ϕ : Duv ⊂ R2 −→ R2 (u, v) 7−→ (x, y) = ϕ(u, v) = x(u, v), y(u, v)
de classe C 1 e injetora no interior de Duv .
y
v ϕ
f Dxy = ϕ(Duv )
Duv
x
u
Suponhamos que o jacobiano de ϕ, Jϕ(u, v) seja diferente de 0, isto ´e, ∂x ∂x ∂(x, y) ∂u ∂v J = Jϕ(u, v) = = 6= 0 . ∂(u, v) ∂y ∂y ∂u ∂v Prova-se que dxdy = |J| dudv. Seja Dxy = ϕ (Duv ). Ent˜ao, se f (x, y) ´e cont´ınua em Dxy , temos: ZZ
Dxy
f (x, y) dxdy =
ZZ
Duv
f x(u, v), y(u, v) |J| dudv .
R
´ Calculo III-A
´ Modulo 2
2
OBS.: Pelo teorema da fun¸c˜ao inversa, o jacobiano de ϕ−1 ´e dado por ∂u ∂u ∂x ∂y 1 −1 = Jϕ(u, v) −1 = Jϕ (x, y) = . J (ϕ(u, v)) ∂v ∂v ∂x ∂y Exemplo 1 Calcule, utilizando uma mudan¸ca de vari´aveis conveniente, a integral
ZZ
(x+y)6 y−x
dxdy, sendo Dxy a
Dxy
regi˜ao limitada pelas retas y + x = 3, y + x = 5, y − x = 1 e y − x = 3. Solu¸c˜ao: O esbo¸co de Dxy ´e: y 5
3
Dxy
3
5
x
Fa¸camos u = x + y, v = y − x, que nos d´a Temos,
u + v = 2y u − v = 2x
∂x ∂x ∂(x, y) ∂u ∂v J= = ∂(u, v) ∂y ∂y ∂u ∂v 1 Como dxdy = |J| dudv, temos dxdy = 2 dudv.
ou
(
x=
u−v 2
y=
u+v 2
1 1 − 2 2 1 = = 6= 0 . 1 1 2 2 2
A seguir, vamos determinar Duv . Como Dxy ´e limitado por y + x = 3, y + x = 5, y − x = 1 e y − x = 3, a regi˜ao Duv ´e limitada por u = 3, u = 5, v = 1 e v = 3.
UFF
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´ Modulo 2
3
v 3
Duv 1
3
5
Segue da f´ormula da mudan¸ca de vari´aveis que ZZ ZZ (x+y)6 u6 1 dxdy = · 2 dudv = y−x v Dxy
u
1 2
= = =
u6 v
dudv
Duv
Duv
=
ZZ
1 2
Z
1 2
Z
5
u 3 5
ln 3 2
3 1
1 v
dvdu
h i3 u6 ln v du 1
3
ln 3 2
Z
6
Z
5
u6 du
3
h 7 i5 u 7
3
= (57 − 37 ) ln143 .
Aula 4 – Integrais Duplas em Coordenadas Polares Objetivo • Estudar uma mudan¸ca de vari´aveis bastante usada: coordenadas polares. No C´alculo II, vocˆe aprendeu coordenadas polares (r, θ), onde r ´e a distˆancia de um ponto P = (x, y) `a origem e θ o ˆangulo (em radianos) formado pelo eixo x positivo e pelo raio polar OP . y P (x, y)
r
y
θ O
UFF
x
x
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´ Calculo III-A
´ Modulo 2
4
Da figura, vemos que x = r cos θ, y = r sen θ portanto x2 + y 2 = r 2 . Ent˜ao, consideremos a mudan¸ca de vari´aveis dada por x = r cos θ ϕ: , y = r sen θ onde r ≥ 0 e θ0 ≤ θ ≤ θ0 + 2π, para algum θ0 ∈ R. O jacobiano de ϕ ´e dado por
Ent˜ao,
∂x ∂(x, y) ∂r = J = Jϕ = ∂(r, θ) ∂y ∂r ZZ
∂x ∂θ ∂y ∂θ
cos θ −r sen θ = sen θ r cos θ
f (x, y) dxdy =
D
ZZ
= r cos2 θ + r sen2 θ = r .
f (r cos θ, r sen θ) r drdθ .
Drθ
OBS.: 1. O termo dxdy n˜ao ´e substitu´ıdo por drdθ, mas por rdrdθ. 2. A ´area de D, em coordenadas polares, ´e dada por ZZ A(D) = r drdθ . Drθ
Exemplo 1 Calcule
ZZ
ex
2 +y 2
dxdy, onde D ´e a regi˜ao limitada pela curva y =
D
√
1 − x2 e pelo eixo x.
Solu¸c˜ao: O esbo¸co de D ´e: y 1 r=1
D
(r, θ) θ
−1
UFF
1
x
r=0
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´ Modulo 2
Passando para coordenadas polares, temos:
x= y= dxdy = 2 2 x +y =
5
r cos θ r sen θ rdrdθ r2
Observemos que em D o ˆangulo θ varia de 0 (no eixo polar = eixo x positivo) a π (no ponto (−1, 0)). Fixado θ, tal que 0 ≤ θ ≤ π, o raio polar r varia de 0 a 1. Ent˜ao, Drθ ´e dado por: 0≤θ≤π Drθ : . 0≤r≤1 Logo, ZZ
x2 +y 2
e
dxdy =
ZZ
r2
e r drdθ =
0
Drθ
D
Z 1Z
π
r2
e r dθdr = π 0
Z
1
2
er r dr .
0
Temos d(r 2) = 2r dr, portanto r dr = 21 d(r 2 ). Ent˜ao, ZZ D
x2 +y 2
e
dxdy =
π 2
Z
1
2
er d(r 2 ) = 0
π 2
h i1 2 = π2 (e − 1) . er 0
Exemplo 2 Calcule I =
ZZ
y dxdy, onde D ´e limitado por x2 + y 2 = 2y.
D
Solu¸c˜ao: Completando o quadrado em x2 +y 2 = 2y, temos x2 +(y −1)2 = 1. Logo, temos uma circunferˆencia de centro (0, 1) e raio 1. Assim, o esbo¸co de D ´e: y 2
1
D
x Calcular I, enquadrando D como tipo I ou tipo II, ´e uma tarefa dif´ıcil (verifique), ent˜ao passemos para coordenadas polares. Temos, x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ 2 x + y 2 = r2 UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 2
6
Passando x2 + y 2 = 2y para coordenadas polares, temos r 2 = 2r sen θ ou r = 2 sen θ. Observemos que, como o eixo x ´e tangente `a circunferˆencia na origem, θ varia de 0 a π. Fixando θ, tal que 0 ≤ θ ≤ π, o raio polar r varia de 0 a 2 sen θ. Logo, o conjunto Drθ ´e dado por ( 0≤θ≤π Drθ : 0 ≤ r ≤ 2 sen θ Ent˜ao, I =
ZZ
r sen θ · r drdθ
ZZ
r 2 sen θ drdθ
Drθ
=
Drθ
π
Z
=
sen θ
0
Z
= =
Vale a pena lembrar que 2 4 2 sen θ = (sen θ) = Z cos2 u du = 21 u +
Ent˜ao,
I = =
2 3 2 3
Z ·
sen θ
Z
π
x−y x+y
r 3
0
dθ
sen4 θ dθ .
0
1−cos 2θ 2 2
sen 2u 2
= 14 (1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ)
+C
π
0 1 2
(1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ) dθ Z
π 0
(1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ) d(2θ)
= π.
ZZ
r 2 drdθ
h 3 i2 sen θ
h = 31 2θ − 2 sen 2θ + h = 31 3θ − 2 sen 2θ +
Exerc´ıcio 1: Calcule
2 sen θ
0
π
0
8 3
Z
1 2
2θ + iπ
sen 4θ 4
sen 4θ 2
iπ 0
0
dA, onde D ´e a regi˜ao compreendida pelas retas x−y = 0, x−y = 1,
D
x + y = 1 e x + y = 3.
Exerc´ıcio 2: Use a transforma¸c˜ao u =
y x
e v = xy para determinar
ZZ
xy 3 dA na regi˜ao D do
D
primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, xy = 1 e xy = 4. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 2
Exerc´ıcio 3: Calcule a integral dupla
ZZ
e−(x
2 +y 2 )
7
dA, onde D ´e a regi˜ao contida na circunferˆencia
D
x2 + y 2 = 1. Exerc´ıcio 4: Calcule
ZZ D
p x2 + y 2 dxdy, onde D ´e o disco centrado fora da origem, dado pela
desigualdade x2 + y 2 ≤ 2y ou x2 + (y − 1)2 ≤ 1. Exerc´ıcio 5: Calcule
ZZ D
y p 2 x + y2
dA, onde D ´e a regi˜ao no primeiro quadrante fora da circunferˆencia
r = 2 e dentro do cardioide r = 2(1 + cos θ). Exerc´ıcio 6: Calcule as integrais, transformando-as em coordenadas polares.
a)
Z
1
−1
Z
0
√
1−x2
2
2 3/2
(x + y )
dydx
b)
Z 3Z 0
√ 18−x2
sen (x2 + y 2 + 1) dydx
x
Exerc´ıcio 7: Determine o volume do s´olido W , limitado pelo paraboloide z = 4 − x2 − y 2 e pelo plano xy. Exerc´ıcio 8: Determine o volume do s´olido W no interior da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4 e do cilindro x2 + (y − 1)2 = 1 e acima do plano z = 0.
UFF
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Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – M´odulo 2 – Tutor Exerc´ıcio 1: Calcule
ZZ
x−y x+y
D
dA onde D ´e a regi˜ao compreendida pelas retas x − y = 0, x − y = 1,
x + y = 1 e x + y = 3. Solu¸c˜ ao: Calcular diretamente essa integral seria penoso pela complexidade da regi˜ao de integra¸c˜ao. Mas a ocorrˆencia das express˜oes x − y e x + y no integrando e tamb´em nas equa¸c˜oes da fronteira u+v u−v sugere a seguinte transforma¸c˜ao: u = x + y e v = x − y donde x = ey= . 2
2
O jacobiano J ´e dado por ∂x ∂(x, y) ∂u = J= ∂(u, v) ∂y
∂x ∂v ∂y ∂v
∂u
=
1 2 1 2
1 2 1 − 2
−1 1 1 = − =− . 4 4 2
Com essa transforma¸c˜ao a fronteira de Duv ´e formada pelas retas v = 0, v = 1, u = 1 e u = 3 v 1 Duv 1
u
3
Assim, pela f´ormula da mudan¸ca de vari´aveis temos: ZZ Z 1Z ZZ ZZ x−y 1 v v −1 dA = |J| dudv = dudv = x+y
u
D
=
u
Duv
1 2
Z
0
1
v ln u
3 1
dv =
2
2
0
Duv
1 2
Z
1
0
Exerc´ıcio 2: Use a transforma¸c˜ao u =
v(ln 3 − ln 1) dv = y x
1 2
ln 3
Z
3 1
v u
1
v dv =
0
e v = xy para determinar
ZZ D
primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x, xy = 1 e xy = 4. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue.
dudv = 1 4
ln 3 .
xy 3 dA na regi˜ao D do
´ Calculo III-A
´ Modulo 2 – Tutor
2
y v 4
y = 3x
Duv
y=x D
1 xy = 4 1
xy = 1
3
u
x Com essa transforma¸c˜ao, a regi˜ao D transforma-se na regi˜ao Duv limitada pelas retas u = 1, u = 3, v = 1 e v = 4. Temos: ∂u ∂u −y 1 ∂x ∂y ∂(u, v) y y 2y x2 x J −1 = = = = − x − x = − x = −2u . ∂(x, y) ∂v ∂v y x ∂x
∂y
Logo,
∂(x, y) 1 1 1 = −1 = =− . J −2u 2u ∂(u, v)
De u = y/x e v = xy temos uv = y 2. Portanto, o integrando xy 3 = xy · y 2 transforma-se em v · uv = uv 2 . Assim, da f´ormula da mudan¸ca de vari´aveis temos: ZZ ZZ ZZ ZZ 1 1 3 2 ∂(x, y) 2 xy dA = uv v 2 dudv = uv − dudv = dudv = ∂(u, v)
D
2u
Duv
Z 3Z
4
3
v3 3
i4
Exerc´ıcio 3: Calcule a integral dupla
ZZ
=
1 2
1
1
v 2 dvdu =
2
Duv
Duv
1 2
Z
1
h
1
1 6
du = (64 − 1) e−(x
2 +y 2 )
Z
1
3
du =
63 3 u 1 3
=
21 (3 − 1) 2
= 21 .
dA onde D ´e a regi˜ao contida na circunferˆencia
D
x2 + y 2 = 1. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue.
UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 2 – Tutor
3
y 1 D
x
1
Passando para coordenadas polares, vemos que x2 + y 2 = r 2 e dA = r drdθ. Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hor´ario a partir do eixo x positivo vemos que 0 ≤ θ ≤ 2π. A equa¸c˜ao x2 + y 2 = 1 transforma-se em r 2 = 1 ou r = 1. Assim, para θ fixo, fazemos r crescer de r = 0 a r = 1. Logo Drθ ´e dado pelas desigualdades 0 ≤ θ ≤ 2π e 0 ≤ r ≤ 1. Portanto: ZZ ZZ Z 2π Z 1 2 −(x2 +y 2 ) −r 2 e dA = e r drdθ = e−r r drdθ = D
=
0
Drθ
1 −2
Z
0
2π Z 1
−r 2
e
(−2r) drdθ =
0
Exerc´ıcio 4: Calcule
ZZ
D
p
1 − 2
Z
0
2π
0
h
−r 2
e
i1 0
dθ =
1 − 2
e
−1
−1
Z
0
2π
dθ = 1 − e−1 π .
x2 + y 2 dxdy onde D ´e o disco centrado fora da origem, dado pela
desigualdade x2 + y 2 ≤ 2y ou x2 + (y − 1)2 ≤ 1. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. y 2 D 1
x Passando para coordenadas polares temos:
x y dxdy 2 x + y2
UFF
= = = =
r cos θ r sen θ . r drdθ r2 IME - GMA
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´ Modulo 2 – Tutor
O integrando
4
p √ 3 3 x2 + y 2 transforma-se em r 2 = r 2/3 .
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares
Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hor´ario a partir do eixo x positivo vemos que θ varia de 0 a π. A equa¸c˜ao da circunferˆencia x2 + y 2 = 2y transforma-se, em coordenadas polares, em r 2 = 2r sen θ donde r = 2 sen θ ´e a equa¸c˜ao polar da circunferˆ encia. Assim, para θ fixo, fazemos 0≤θ≤π . r crescer de r = 0 a r = 2 sen θ. Logo, Drθ ´e dado por Drθ : 0 ≤ r ≤ 2 sen θ θ π
π/2
r
2
Ent˜ao, ZZ p
x2 + y 2 dxdy =
D
=
π
Z
0
ZZ √
r2
r drdθ =
r 3
0
dθ =
8 3
Z
2
r drdθ =
Z πZ 0
Drθ
Drθ
h 3 i2 sen θ
ZZ
2 sen θ
r 2 drdθ =
0
π
sen3 θ dθ . 0
Mas: sen3 θ = sen2 θ sen θ = 1 − cos2 θ sen θ .
Fazendo u = cos θ temos du = − sen θ dθ. Para θ = 0 temos u = 1 e para θ = π temos u = −1. Ent˜ao, Z π Z 1 Z 1 8 8 −8 2 2 I= 1 − cos θ sen θ dθ = 1 − u (−du) = 1 − u2 du = 3
=
8 3
Z
3
0
1 −1
1 − u2 )du =
8 3
3
−1
−1
h i h i u3 1 8 1 1 8 2 32 u− = 1− − −1 + = 2− = . 3
−1
3
3
3
3
3
9
OBS.: Vocˆe notou que um disco centrado na origem transforma-se em um retˆangulo no plano rθ e que um disco centrado fora da origem n˜ao se transforma em um retˆangulo no plano rθ? Exerc´ıcio 5: Calcule
ZZ D
y p 2 x + y2
dA onde D ´e a regi˜ao no primeiro quadrante fora da circunferˆencia
r = 2 e dentro do cardioide r = 2(1 + cos θ). UFF
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5
Solu¸c˜ ao: Passando para coordenadas polares temos y = r sen θ, x2 + y 2 = r 2 e dA = r drdθ. Esbo¸co de D Seja r = 2(1 + cos θ). Para θ = 0, θ = π/2, θ = π, θ = 3π/2 e θ = 2π temos, respectivamente, r = 4, r = 2, r = 0 e r = 2. De r 2 = 4 temos x2 + y 2 = 4. Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue.
sai em r = 2(1 + cos θ) 2
P entra em r = 2
D 2
4
−2
Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hor´ario a partir do eixo x positivo (onde θ = 0) at´e o eixo y positivo (onde θ = π/2), vemos que 0 ≤ θ ≤ π/2. Considerando um ponto P no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D em r = 2 e sai de D em r = 2(1 + cos θ). 0 ≤ θ ≤ π/2 . Assim: Ent˜ao, temos Drθ : 2 ≤ r ≤ 2(1 + cos θ) ZZ ZZ ZZ r sen θ y p √ dA = r drdθ = r sen θ drdθ = 2 2 2 x +y
r
Drθ
D
= = =
Z 1 2
π/2
sen θ 0
Z
Z
Drθ
2(1+cos θ)
r drdθ =
2
π/2
π/2
sen θ 0
1 sen θ 4(1 + cos θ)2 − 4 = · 4 2
0
2 −1
Z
Z
Z
h 2 i2(1+cos θ) r 2
0
dθ =
π/2
1 + 2 cos θ + cos2 θ − 1 sen θ dθ =
0
π/2 2
2
2 cos θ + cos θ (− sen θ) dθ = −2
h
2 cos2 θ 2
+
cos3 θ 3
iπ/2 0
=
h i 1 8 = −2 0 − 1 + = . 3
3
Exerc´ıcio 6: Calcule as integrais, transformando-as em coordenadas polares. a)
Z
1
−1
UFF
Z
0
√
1−x2
2
2 3/2
(x + y )
dydx
b)
Z 3Z 0
√ 18−x2
sen (x2 + y 2 + 1) dydx
x
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´ Modulo 2 – Tutor
6
Solu¸c˜ ao: a) Temos: I= onde
Z
1 −1
Z
√
1−x2 2
x +y
0
2 3/2
dydx =
ZZ
x2 + y 2
D
3/2
dxdy,
n o √ 2 2 D = (x, y) ∈ R | −1 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 − x .
Logo, D est´a entre as retas x 1 e est´a limitada inferiormente pela reta y = 0 e √ = −1 e x = 2 2 superiormente pela curva y = 1 − x ou x + y 2 = 1 , com y ≥ 0. Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. y 1
D −1
x
1
2 2 2 Passando para coordenadas polares, temos x + y = r e dA = rdrdθ e Drθ ´e dado pelas desigual0≤θ≤π . Ent˜ao, dades Drθ : 0≤r≤1
I=
ZZ
Drθ
r
2 3/2
r drdθ =
ZZ
4
r drdθ =
Drθ
Z
1
r 0
4
Z
π
dθdr = π
0
Z
0
1
r 4 dr = π
h 5 i1 r 5
0
=
π 5
.
b) Temos, I=
Z
3 0
Z
x
√
18−x2 2
2
sen x + y + 1 dydx =
ZZ D
sen x2 + y 2 + 1 dxdy
√ onde D : (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 3 , x ≤ y ≤ 18 − x2 . Logo, D est´a entre as retas verticais x = 0 √ e x = 3 e est´a limitada inferiormente pela reta y = x e superiormente pela curva y = 18 − x2 ou x2 + y 2 = 18, com y ≥ 0. De y = x e x2 + y 2 = 18, com y ≥ 0 temos x2 = 9. Como x ≥ 0, temos x = 3 donde y = 3. Logo, o ponto de interse¸c˜ao ´e o ponto (3, 3). Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
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7
y sai em r = √
√
18
18
P
(3, 3) D
y=x π/4
x
3 entra em r = 0
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hor´ario a partir da reta y = x (onde θ = π/4) at´e o eixo y positivo (onde θ = π/2) vemos que θ varia de π/4 a π/2. Considerando um √ ponto P no interior deD vemos que a semirreta OP entra em D em r = 0 e sai de D em r = 18 . Ent˜ao π/4 ≤ θ √ ≤ π/2 temos Drθ : . Ent˜ao, 0 ≤ r ≤ 18 I=
ZZ
Drθ
sen r 2 + 1 r drdθ =
Z
√ 18
sen r 2 + 1 r
0
Z
π/2
dθdr =
π/4
π 4
Z
0
√
18
sen r 2 + 1 r dr .
2 Fazendo √ u = r + 1 temos du = 2r dr donde r dr = −du/2. Para r = 0 temos u = 1 e para r = 18 temos u = 19. Ent˜ao, Z 19 h i19 π π π du I= = − cos u = (cos 1 − cos 19) . sen u
4
1
2
8
1
8
Exerc´ıcio 7: Determine o volume do s´olido W, limitado pelo paraboloide z = 4 − x2 − y 2 e pelo plano xy. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue.
UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 2 – Tutor
8
z 4
y 2 D
W
2
x
y
2 2 “piso” D : x2 + y 2 ≤ 4
x Temos:
V (W ) =
ZZ
f (x, y) dxdy =
D
e Drθ :
0 ≤ θ ≤ 2π . Ent˜ao, 0≤r≤2
V (W ) =
ZZ
4−r
Drθ
2
4 − x2 − y 2 dxdy .
D
Passando para coordenadas polares temos
ZZ
x y dxdy 2 x + y2
r drdθ =
Z
0
= = = =
r cos θ r sen θ r drdθ r2
2
4r − r
3
Z
2π
dθdr = 2π
0
Z
2 0
4r − r 3 dr =
i h r4 2 2 = 2π(8 − 4) = 8π u.v. = 2π 2r − 4
0
Exerc´ıcio 8: Determine o volume do s´olido W no interior da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4 e do cilindro x2 + (y − 1)2 = 1 e acima do plano z = 0. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue.
UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 2 – Tutor
9
z
z
2
2
W1
W
D
1
x
“teto”
x
2
y
1 2
y
“piso”
y 2
1
D
x Por simetria, temos que V (W ) = 2V (W1 ) onde n o p 3 2 2 2 2 W1 = (x, y, z) ∈ R ; (x, y) ∈ D : x + (y − 1) ≤ 1 , x ≥ 0 e 0 ≤ z ≤ 4 − x − y . p Vemos, tamb´em, que o “teto” de W1 ´e a superf´ıcie z = 4 − x2 − y 2 = f (x, y) e que o “piso” ´e o semidisco D : x2 + (y − 1)2 ≤ 1, com x ≥ 0. Logo: ZZ ZZ p 4 − x2 − y 2 dxdy . V (W ) = 2V (W1 ) = 2 f (x, y) dxdy = 2 D
D
Passando para coordenadas polares, temos x2 +y 2 = r 2 e dxdy = r drdθ. A equa¸c˜ao x2 +(y−1)2 = 1 ou x2 + y 2 = 2y transforma-se em r 2 = 2r sen θ ou r(r − 2 sen θ) = 0 portanto r = 0 ou r = 2 sen θ. UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 2 – Tutor
Ent˜ao, o semidisco D em coordenadas polares ´e Drθ : V (W ) = 2
ZZ
4 − r2
Drθ
= =
0
= = =
2 3
2 sen θ
Z
0
2π
Z
π/2
Z
2 −2
4 − r2
0
h
4 − r2
2 − 3
Z
π/2
2 − 3
Z
π/2
2 − 3
Z
π/2
0
0
1/2
h h
4 − 4 sen2 θ 2
4 cos θ 2
4 cos θ
0
3/2
3/2
1/2
π/2 2
4 cos θ
0
=8
Z
0
π/2
3/2
dθ = 8
Z
(−2r) drdθ =
dθ =
3/2
i − 43/2 dθ =
i
− 8 dθ =
dθ +
Como 0 ≤ θ ≤ π/2, temos cos θ ≥ 0, portanto (4 cos2 θ) Z
0 ≤ θ ≤ π/2 . Ent˜ao, 0 ≤ r ≤ 2 sen θ
r drdθ =
3/2 i2 sen θ 0
10
16 3 3/2
Z
π/2
dθ . 0
= (2 cos θ)3 = 8 cos3 θ. Ent˜ao,
π/2
cos2 θ · cos θ dθ =
0
iπ/2 h sen3 θ = 1 − sen θ d(sen θ) = 8 sen θ − 2
3
0
1 16 =8 1− = . 3
Assim,
3
2 3
V (W ) = − ·
UFF
16 3
+
16 3
·
π 2
8 9
= (3π − 4) u.v.
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C´alculo III-A – Lista 2 Exerc´ıcio 1: Use a mudan¸ca u = x+y e v = x−y e calcule a integral de f (x, y) = (x+y)2 sen2 (x−y) sobre a regi˜ao D : |x| + |y| ≤ π. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. y x − y = −π
π
x+y =π
D −π x + y = −π
u+v
π
−π
x
x−y =π
u−v
ey= . Portanto, o jacobiano da mudan¸ca ´e dado De u = x + y e v = x − y temos x = 2 2 por: ∂x ∂x 1 1 ∂(x, y) 1 1 −1 2 ∂u ∂v 2 J= − =− . = = = 4 4 2 1 1 ∂(u, v) ∂y ∂y − 2 2 ∂u ∂v 1
Como dxdy = |J| dudv ent˜ao dxdy = dudv. A fun¸c˜ao f (x, y) = (x+y)2 sen2 (x−y) transforma-se 2 em u2 sen2 v.
Como D ´e limitada pelas retas x + y = π, x + y = −π, x − y = π e x − y = −π, ent˜ao Duv ´e limitada pelas retas u = π, u = −π, v = π e v = −π.
´ Calculo III-A
Lista 2
24
v π Duv −π
u
π
−π
Assim, pela f´ormula da mudan¸ca de vari´aveis temos: ZZ ZZ f (x, y) dxdy = (x + y)2 sen2 (x − y) dxdy = D
=
D
ZZ
2
1 2
Z
dv =
1 2
1 2
2
(u sen v) dudv =
Duv
=
1 2
Z
π 2
sen v −π
h
u3 3
iπ
−π
π 2
sen v −π
·
Z
π
u2 dudv =
−π
2π 3 3
Z
π
sen2 v dv =
−π
h i π3 1 π4 sen 2v π = = · v− . 3
2
2
−π
3
Exerc´ıcio 2: Use a mudan¸ca de vari´aveis u = xy e v = y/x, e calcule a integral dupla
ZZ
(x2 +
D
2y 2) dA, sendo D a regi˜ao do plano xy no primeiro quadrante, delimitada pelas curvas xy = 1, xy = 2, y = x e y = 2x. u
Solu¸c˜ ao: Se u = xy e v = y/x vemos que uv = y 2 e v outro lado ∂u ∂u ∂x ∂y y ∂(u, v) 1 = J −1 = = = J ∂(x, y) ∂v ∂v −y x2 ∂u
Logo, J =
1 2v
∂y
. Como dA = |J| dudv, ent˜ao dA =
1 2v
= x2 . Assim, x2 + 2y 2 =
u v
+ 2uv. Por
x 2y y y 1 = x + x = x = 2v .
x
dudv .
Como D est´a limitada por xy = 1, xy = 2, y = x (ou y/x = 1) e y = 2x (ou y/x = 2) ent˜ao Duv est´a limitada por u = 1, u = 2, v = 1 e v = 2.
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Lista 2
25
v 2 Duv 1
1
u
2
Logo, pela f´ormula de mudan¸ca de vari´aveis, temos: ZZ ZZ 1 u 2 2 + 2uv dudv = (x + 2y ) dA = 2v
v
D
=
Duv
ZZ
1 2
u v2
+ 2u dudv =
Duv
=
Z
1 2
1
2
1 v2
+2
h
u2 2
i2 1
1 2
dv =
Z 2Z 1
3 4
1
Z
1
2
2
1 v2
1 v2
+ 2 u dudv =
+ 2 dv =
i2 i h h 3 3 15 1 1 = − + 2v = − + 4 − (−1 + 2) = . 4
Exerc´ıcio 3: Calcule
ZZ
v
1
4
2
8
xy 3 dA da regi˜ao D do primeiro quadrante, limitada por y = x, y = 3x,
D
xy = 1 e xy = 4.
Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. y v 4
y = 3x
Duv
y=x D
1 xy = 4 1
xy = 1
3
u
x Com a transforma¸c˜ao u = y/x, v = xy, a regi˜ao D transforma-se na regi˜ao Duv limitada pelas retas
UFF
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´ Calculo III-A
Lista 2
u = 1, u = 3, v = 1 e v = 4. Temos: ∂u ∂u −y ∂x ∂y ∂(u, v) x2 = J −1 = = ∂(x, y) ∂v ∂v y ∂x
∂y
Logo:
26
= − y − y = − 2y = −2u . x x x x
1 x
∂(x, y) 1 1 1 =− . = −1 = J −2u 2u ∂(u, v)
De u = y/x e v = xy temos que uv = y 2 . Portanto, o integrando xy 3 = xy · y 2 transforma-se em v · uv = uv 2 . Assim, da f´ormula da mudan¸ca de vari´aveis temos: ZZ ZZ ZZ 1 3 2 ∂(x, y) 2 xy dA = uv dudv = uv − dudv = 2u
∂(u, v)
D
=
Duv
1 2
ZZ
2
v dudv =
Duv
1 2
Duv
=
1 (64 − 1) 6
Z
1
3
du =
Z 3Z 1
4
2
v dvdu =
1
63 3 u 1 3
=
1 2
21 (3 − 1) 2
Z
1
3
h
v3 3
i4 1
du =
= 21 .
Exerc´ıcio 4: Use coordenadas polares para calcular as seguintes integrais duplas: a)
ZZ
b)
ZZ
x2 + y 2
ZZ
ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2
p x2 + y 2 dxdy, sendo D o disco de centro na origem e raio 2.
D
D
c)
2
D
d)
Z
a
Z
√
a2 −x2
dA, onde D ´e a regi˜ao dada por x2 + y 2 ≤ 4, com x ≥ 0. dxdy, sendo D : 1 ≤ x2 + y 2 ≤ e2 , com y ≥ 0.
e−x
2 −y 2
dydx.
−a 0
e)
ZZ D
f)
ZZ D
1 p 2 x + y2
dA, sendo D : 1 ≤ x ≤ 3 e 0 ≤ y ≤ x.
(x + y) dA, sendo D : x2 + y 2 − 2y ≤ 0.
Solu¸c˜ ao: a) O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 2
27
y sai em r = 2 2
D 2
x
entra em r = 0
Em coordenadas polares temos
p
x2 + y 2 =
√
r 2 = r e dxdy = rdrdθ.
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hor´ario, a partir do eixo x positivo, vemos que 0 ≤ θ ≤ 2π. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunferˆenciaonde r = 2. Ent˜ao, 0 ≤ r ≤ 2. Assim, a 0≤r≤2 . regi˜ao D ´e transformada na regi˜ao Drθ dada por Drθ : 0 ≤ θ ≤ 2π θ 2π
Drθ
2
Logo:
r
ZZ ZZ Z 2Z ZZ p 2 2 2 x + y dxdy = r · r drdθ = r drdθ = Drθ
D
= 2π
Z
2 2
r dr = 2π 0
h 3 i2 r 3
0
Drθ
=
16π 3
0
2π
r 2 dθdr =
0
.
Observa¸c˜ ao: Notem que em coordenadas polares qualquer disco de centro na origem transforma-se em um retˆangulo com os lados paralelos aos eixos coordenados. b) O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 2
28
y 2 D
x
2
−2
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hor´ario, a partir do eixo y negativo, onde θ = −π/2 at´e o eixo y positivo onde θ = π/2, vemos que −π/2 ≤ θ ≤ π/2. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunferˆencia onde r = 2. Logo, 0 ≤ r ≤ 2. Assim, 0≤r≤2 . a regi˜ao D ´e transformada na regi˜ao Drθ dada por Drθ : −π/2 ≤ θ ≤ π/2 θ π 2
Drθ 2
r
− π2
Logo:
ZZ
2
2 2
(x + y ) dA =
D
=
ZZ
4
r · r drdθ =
Drθ
Z
0
2
r5
Z
π/2
dθdr = π −π/2
ZZ
r 5 drdθ =
Drθ
Z
0
2
r 5 dr = π
h 6 i2 r 6
0
=
32π 3
.
c) O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 2
29
y e sai em r = e 1
D −e
−1
ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2
Em coordenadas polares temos
P
=
e x entra em r = 1
1
ln(r2 ) 2 ln r = 2 r2 r
e dxdy = r drdθ.
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hor´ario, vemos que 0 ≤ θ ≤ π. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D em um ponto da circunferˆencia x2 + y 2 = 1 onde r = 1 e sai de D em um ponto da circunferˆencia x2 + y 2 =e2 onde r = e. Ent˜ao, 1 ≤ r ≤ e. Assim, a regi˜ao D ´e transformada na regi˜ao Drθ dada 1≤r≤e por Drθ : . 0≤θ≤π θ π Drθ
Logo:
ZZ
ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2
dxdy =
D
=2
r
e
1
ZZ
2 ln r r2
· r drdθ = 2
Drθ
Z
e
1
Z
ln r r
π
dθdr = 2π
0
ln r r
drdθ =
Drθ
Z
1
1
ZZ
e
ln r r
dr .
Fazendo u = ln r temos du = dr. Por outro lado, para r = 1 temos u = ln 1 = 0 e para r = e r temos u = ln e = 1. Ent˜ao: Z e Z 1 h 2 i1 ln r 1 u = . dr = u du = r
0
2
0
0
2
Substituindo acima temos:
ZZ
ln(x2 + y 2 ) x2 + y 2
dxdy = 2π ·
1 2
= π.
D
d) Temos I=
Z
a
−a
UFF
Z
0
√
a2 −x2
−x2 −y 2
e
dydx =
ZZ
e−x
2 −y 2
dxdy
D
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Lista 2
30
−a ≤ x ≤ √a cujo esbo¸co est´a represen0 ≤ y ≤ a2 − x2 ⇒ x2 + y 2 = a2 , y ≥ 0 tado na figura que se segue. onde D ´e dada por D :
y a D
−a
a 2
2
x
2
−(x +y ) Passando para = e−r e dxdy = r drdθ e a regi˜ao D transforma coordenadas polares temos e 0≤r≤a se em Drθ : . Logo: 0≤θ≤π ZZ Z a Z π Z a 2 −r 2 −r 2 I= e r drdθ = e r dθdr = π e−r r dr = 0
Drθ
=
π −2
Z
a
−r 2
e
(−2r)dr =
0
0
π − 2
0
h 2 ia 2 π = 1 − e−a . e−r 0
2
e) O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. y y=x
D 1
Por coordenadas polares temos p
1
x2
+
3 1
y2
dA = √
r2
x
· r drdθ = drdθ.
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hor´ario, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 at´e a reta y = x onde θ = π/4, vemos que 0 ≤ θ ≤ π/4. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, vemos que a semirreta OP entra em D na 1 reta vertical x = 1 ou r cos θ = 1 donde r = = sec θ e sai de D na reta vertical x = 3 ou r cos θ = 3 donde r =
UFF
3 cos θ
cos θ
= 3 sec θ. Ent˜ao, sec θ ≤ r ≤ 3 sec θ. Assim, a regi˜ao D ´e transformada
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 2
na regi˜ao Drθ dada por Drθ : ZZ
1 p x2 + y 2
D
=
Z
0
31
sec θ ≤ r ≤ 3 sec θ . Logo: 0 ≤ θ ≤ π/4
dA =
ZZ
drdθ =
Z
0
Drθ
π/4
(3 sec θ − sec θ)dθ = 2
Z
π/4 Z 3 sec θ
π/4
0
drdθ =
sec θ
π/4 sec θ dθ = 3 ln(sec θ + tg θ) 0 =
i h π π − ln(sec 0 + tg 0) = = 3 ln sec + tg 4
4
√
√ = 3 ln( 2 + 1) − ln(1 + 0) = 3 ln( 2 + 1) .
f) De x2 + y 2 − 2y = 0 temos x2 + (y − 1)2 = 1. Assim, o esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura a seguir. y 2 D 1
sai em r = 2 sen θ P
x entra em r = 0
Temos:
ZZ
(x + y) dA =
D
ZZ
x dA +
D
ZZ
y dA .
D
Como f (x, y) = x ´e uma fun¸c˜ao ´ımpar na vari´avel x e a regi˜ao D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao: ZZ ZZ f (x, y) dA =
D
Assim:
x dA = 0 .
D
ZZ
(x + y) dA =
D
ZZ
y dA .
D
Em coordenadas polares temos ydA = (r sen θ)r drdθ = r 2 sen θ drdθ. Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares Efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hor´ario, a partir do eixo x positivo onde θ = 0 at´e o eixo x negativo onde θ = π, vemos que 0 ≤ θ ≤ π. Considerando um ponto P qualquer no interior de D, n˜ao situado no eixo y, vemos que a semirreta OP entra em D na origem onde r = 0 e sai de D em um ponto da circunferˆencia x2 + y 2 = 2y UFF
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Lista 2
32
ou r 2 = 2r sen θ donde r = 2 sen θ, para r6= 0. Ent˜ao, 0 ≤ r ≤ 2 sen θ. Assim, a regi˜ao D ´e 0 ≤ r ≤ 2 sen θ transformada na regi˜ao Drθ dada por Drθ : . Logo: 0≤θ≤π ZZ
(x + y)dA =
D
=
= =
y dA =
D
Z
π
8 3
Z
sen θ
0
=
ZZ
Z
2 sen θ 2
r drdθ =
4
sen θ dθ = 0
8 12
Z
π
2 3
1 2
Z
Z
π 0
Z
π 0
1 − cos 2θ 2
h 3 i2 sen θ r 3
sen θ 2
0
dθ =
dθ =
1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ dθ =
0
·
8 3
r 2 sen θ drdθ =
Drθ
0
π
ZZ
π
0
1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ d(2θ) =
h i 1 sen 4θ π 1 1 2θ − 2 sen 2θ + 2θ + = (2π + π) = π . = 3
2
2
0
3
Exerc´ıcio 5: Calcule a ´area da regi˜ao no primeiro quadrante, fora da circunferˆencia x2 + y 2 = 4 e dentro da circunferˆencia x2 + y 2 = 4x. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue.
y sai em r = 4 cos θ 2
√ (1, 3)
√ 3
θ
P
1
D θ 2
4
x
entra em r = 2
Da teoria, temos que: A(D) =
ZZ D
dxdy =
ZZ
r drdθ .
Drθ
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares √ De x2 + y 2 = 4 e x2 + y 2 = 4x temos 4x = 4 donde x = 1 e, portanto, y√= 3 . Assim, a interse¸c˜ao √ √ 3 = 3 donde θ = π/3. ´e o ponto (1, 3). No triˆangulo retˆangulo acima, temos que tg θ = 1
UFF
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Lista 2
33
Assim, efetuando uma “varredura” em D, no sentido anti-hor´ario a partir do eixo x positivo, vemos que 0 ≤ θ ≤ π/3. Considerando um ponto P qualquer no interior de D vemos que a semirrreta OP entra em D na circunferˆencia x2 +y 2 = 4 donde r = 2 e sai de D na circunferˆencia x2+y 2 = 4x donde r 2 = 4r cos θ 2 ≤ r ≤ 4 cos θ ou r = 4 cos θ, se r 6= 0. Assim, 2 ≤ r ≤ 4 cos θ. Logo temos Drθ : . Ent˜ao: 0 ≤ θ ≤ π/3 A(D) = = =
1 2 1 2
Z
0
Z 4 cos θ π/3
r drdθ =
2
Z
π/3 0
h 2 i4 cos θ r 2
2
dθ =
1 2
Z
0
π/3
(16 cos2 θ − 4) dθ =
h iπ/3 1 2π π 1 sen 2θ π = −4· 16 · θ+ − 4θ 8 · + 4 sen = 2
4π 3
+
2
√ 4 3 2
=
2
0
2π 3
√
+
3
3
3
3 u.a.
Exerc´ıcio 6: Seja dada a integral dupla ZZ
f (x, y) dxdy =
Z 1Z 0
D
x
f (x, y) dydx +
0
Z
1
√Z √ 2 2−x2
f (x, y) dydx .
0
a) Esboce a regi˜ao D. b) Expresse a soma das integrais do segundo membro como uma s´o integral na qual a ordem de integra¸c˜ao esteja invertida. c) Calcule a integral dupla para a fun¸c˜ao f (x, y) = ln (1 + x2 + y 2 ). Solu¸c˜ ao: ZZ
f (x, y) dxdy com D = D1 ∪ D2 , onde D1 = (x, y); 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ x e D √ √ D2 = (x, y); 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2 − x2 . Os esbo¸cos de D1 e D2 s˜ao: a) Temos I =
y
y 1
(1, 1) y=x
1
(1, 1)
D2
D1 1
x
1
√ 2
x
Logo, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 2
34
y (1, 1)
1
x=y
x=
D √ 2
1
b) Enquadrando D como tipo II, temos D :
I=
f (x, y) dxdy .
y
c) Expressando D como coordenadas polares, temos D : I=
ZZ
ln 1 + r
Drθ
=
π 4
Z
0
√
2
x
0 ≤ y ≤ 1p . Ent˜ao: y ≤ x ≤ 2 − y2
Z 1Z √2−y2 0
p 2 − y2
r drdθ =
Z
0
√Z 2 π/4 0
0≤θ≤√ π/4 . Ent˜ao: 0≤r≤ 2 ln 1 + r 2 r dθdr =
2
ln 1 + r 2 r dr .
dy
Fazendo y = 1 + r 2 , temos dy = 2r dr, donde r dr = . Para r = 0, temos y = 1 e para r = 2 temos y = 3. Ent˜ao: Z 3 Z 3 π dy π = ln y ln y dy . I= 4
2
1
8
√
2
1
Aplicando integra¸c˜ao por partes, temos:
u = ln y , dv = dy ⇒ du = Como
Z
u dv = uv −
Z
3 Z π y ln y − I= 8
= ou
dy , v = y .
v du, ent˜ao: "
π 8
1 y
1
1
3 ! 3 ln 3 − y
3
y·
1 y
#
dy =
π 8
Z 3 ln 3 − ln 1 −
1
3
dy
=
1
I=
π 8
(3 ln 3 − 2) .
Exerc´ıcio 7: Passe para coordenadas polares e calcule: UFF
IME - GMA
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a) I =
Lista 2
1−y 2
Z 1Z
1+
Z aZ
√ a2 −x2
0
b) I =
√
0
1−
√
35
xy dxdy 1−y 2
0
p
a2 − x2 − y 2 dydx, a > 0
Solu¸c˜ ao:
0≤y≤1 p . 1 − 1 − y2 ≤ x ≤ 1 + 1 − y2 Observe que D est´a descrita como uma regi˜ao do tipo II. Examinemos a fronteira da esquerda de D: p p x = 1 − 1 − y 2 , 0 ≤ y ≤ 1 ⇒ x − 1 = − 1 − y 2 , 0 ≤ y ≤ 1(∴ x ≤ 1) . a) A integral I est´a definida sobre a regi˜ao D descrita pelas desigualdades D :
p
Elevando ao quadrado, tem-se:
(x − 1)2 = 1 − y 2, 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1 o que implica (x − 1)2 + y 2 = 1, 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1 .
Ent˜ao a fronteira da esquerda ´e a parte da circunferˆencia (x − 1)2 + y 2 = 1 com 0 ≤ y ≤ 1 e x ≤ 1. Examinando a fronteira da direita, temos que consiste da parte da mesma circunferˆencia com 0 ≤ y ≤ 1 e x ≥ 1. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. y
r = 2 cos θ (x, y)
1
r=0
2
x
Portanto D se transforma em:
Temos: I=
Drθ = (r, θ); 0 ≤ r ≤ 2 cos θ , 0 ≤ θ ≤ π/2 .
ZZ
r cos θr sen θr drdθ =
Drθ
=
Z
=4
0
2 cos θ 3
r cos θ sen θ drdθ =
0
0
r 3 cos θ sen θ drdθ =
Drθ
π/2Z
Z
ZZ
Z
π/2
cos θ sen θ
0
π/2
cos5 θ sen θ dθ = −4
cos6 θ π/2 6 0
=
2 3
h 4 i2 cos θ r 4
0
dθ =
.
0≤x≤√ a b) A integral I est´a definida sobre a regi˜ao D descrita pelas desigualdades D : 0 ≤ y ≤ a2 − x2 √ que ´e do tipo I. A fronteira superior de D ´e a curva y = a2 − x2 com 0 ≤ x ≤ a e y ≥ 0 que corresponde `a parte da circunferˆencia x2 + y 2 = a2 com 0 ≤ x ≤ a e y ≥ 0. UFF
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Lista 2
36
A fronteira inferior de D ´e o segmento de reta y = 0 com 0 ≤ x ≤ a. Assim, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. y a
r=a D (x, y)
a
x
r=0
O ponto (x, y) = (r cos θ, r sen θ) ∈ D ´e tal que θ varia segundo 0 ≤ θ ≤ π/2 e r varia segundo 0 ≤ r ≤ a. Portanto D se transforma em: Ent˜ao: I=
ZZ √
Drθ = (r, θ); 0 ≤ r ≤ a , 0 ≤ θ ≤ π/2 . Z aZ
a2 − r 2 r drdθ =
0
Drθ
=
π 2
Z
a 2
0
a −r
2 1/2
r dr =
1 − 2
π/2
√
0
·
π 2
Z
a2 − r 2 r dθdr =
a
a2 − r 2
0
a 3 3/2 π 2 2 = − π 0 − a3 = πa . = − · a − r2 4 3 6 6 0
1/2
d a2 − r 2 =
Exerc´ıcio 8: A base de um s´olido ´e a regi˜ao do plano xy delimitada pelo disco x2 + y 2 ≤ a2 , com a > 0. e a parte superior ´e a superf´ıcie do paraboloide az = x2 + y 2. Calcule o volume do s´olido. x2 + y 2 ≥ 0 , que ´e cont´ınua a 2 2 x +y ´e dado por: = a
Solu¸c˜ ao: Seja D o disco x2 + y 2 ≤ a2 e seja z = f (x, y) =
em D.
Ent˜ao o volume do s´olido W de base D e “teto” z = f (x, y) ZZ ZZ ZZ x2 + y 2 1 V (W ) = f (x, y) dxdy = (x2 + y 2 ) dxdy . dxdy = a
D
a
D
D
2
3 Passando para coordenadas polares, temos (x + y ) dxdy = r r drdθ = r drdθ e o disco D 0≤r≤a . Logo: transforma-se em Drθ : 0 ≤ θ ≤ 2π/ ZZ Z a Z 2π Z a 1 2π 1 3 3 r drdθ = r r 3 dr = dθdr = V (W ) =
a
a
Drθ
= UFF
2π a
h 4 ia r 4
0
=
a3 π 2
2
0
2
0
a
0
u.v. IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 2
37
Exerc´ıcio 9: Achar o volume do s´olido limitado superiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, inferiormente pelo plano xy e lateralmente pelo cilindro x2 + y 2 = 1. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z 2
“teto”
W
1
1
x
y
D (“piso”) Observemos que o “teto” do s´olido W ´e uma por¸c˜ao da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, donde z = p 4 − x2 − y 2 = f (x, y). O “piso” de W ´e o disco D : x2 + y 2 ≤ 1. Ent˜ao ZZ ZZ p 4 − x2 − y 2 dxdy . V (W ) = f (x, y) dxdy = D
D
Passando para coordenadas polares, temos
x= y= dxdy = 2 x + y2 =
r cos θ r sen θ rdrdθ r2
O conjunto Drθ ´e dado por: 0 ≤ r ≤ 1 e 0 ≤ θ ≤ 2π. Ent˜ao: ZZ √ Z 1 Z 2 1/2 2 V (W ) = 4 − r · r drdθ = 4−r r 0
Drθ
= 2π
Z
0
1
4 − r2
1/2
2π
dθdr =
0
r dr . 1
Temos d(4 − r 2 ) = −2r dr, donde r dr = − d(4 − r 2 ). Logo: 2 Z 1 1/2 1 4 − r2 d(4 − r 2 ) = V (W ) = 2π − 2
0
h i1 √ 2π 2π 2 3/2 =− 33/2 − 43/2 = 8 − 3 3 u.v. = −π · · (4 − r 2 ) 3
UFF
0
3
3
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 2
38
Exerc´ıcio 10: Determine o volume do s´olido W limitado pelo paraboloide z = 4 − x2 − y 2 e pelo plano xy. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue.
z 4
y 2 D
W
2
x
y
2 2 “piso” D : x2 + y 2 ≤ 4
x Temos:
V (W ) =
ZZ
ZZ
f (x, y) dxdy =
D
D
Passando para coordenadas polares temos e Drθ :
0 ≤ θ ≤ 2π . Ent˜ao: 0≤r≤2 V (W ) =
ZZ
Drθ
= 2π
Z
0
UFF
2
x y dxdy 2 x + y2
4−r
2
= = = =
r drdθ =
4 − x2 − y 2 dxdy .
r cos θ r sen θ r drdθ r2
Z
2
4r − r
0
3
Z
2π
dθdr =
0
i h r4 2 = 2π(8 − 4) = 8π u.v. 4r − r 3 dr = 2π 2r 2 − 4
0
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Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A –M´odulo 3 Aula 5 – Aplica¸c˜oes da Integrais Duplas Objetivo • Estudar algumas aplica¸c˜oes f´ısicas como massa, centro de massa e momento de in´ercia.
1. Massa Seja D ⊂ R2 , uma regi˜ao compacta, representando uma lˆamina plana delgada. Suponhamos que a fun¸c˜ao cont´ınua e positiva δ : D ⊂ R2 → R representa a densidade superficial de massa (massa por unidade de ´area). R
Rij
D (x∗i , yj∗ )
Considerando-se n2 subretˆangulos Rij de algum retˆangulo R que cont´em D e uma escolha x∗i , yj∗ ∈ Rij , observamos que a soma n n X X j=1 i=1
δ x∗i , yj∗ ∆A
´e uma aproxima¸c˜ao da massa M de D, onde δ x∗i , yj∗ = 0 se x∗i , yj∗ ∈ / D. Logo, ´e razo´avel definir a massa M de D com ZZ M= δ(x, y) dxdy . D
´ Calculo III-A
´ Modulo 3
2
OBS.: Se δ(x, y) for constante e igual a k, ent˜ao a massa M ser´a igual a kA(D). Neste caso, dizemos que a lˆamina D ´e homogˆenea.
2. Centro de Massa a) Seja um sistema finito de part´ıculas P1 = (x1 , y1 ), P2 = (x2 , y2), · · · , Pn = (xn , yn ), com massas mi , i = 1, · · · , n, respectivamente. Lembrando da F´ısica que os momentos de massa desse sistema, em rela¸c˜ao aos eixos x e y, s˜ao definidos por: Mx =
n X
mi yi e My =
i=1
n X
mi xi .
i=1
O centro de massa do sistema ´e o ponto (x, y), que se comporta como se a massa total M =
n X
mi
i=1
do sistema estivesse concentrada nesse ponto. Logo, Mx = My e My = Mx ou
n X
m i xi
My = i=1n x= X M
mi
i=1
n X
mi y i Mx i=1 = n e y= . X M mi i=1
b) Se considerarmos no lugar de um sistema finito de part´ıculas, uma lˆamina plana D, com densidade superficial de massa dada por uma fun¸c˜ao cont´ınua e positiva δ(x, y), fazemos uma parti¸c˜ao de algum ∗ ∗ retˆangulo R contendo D, obtendo subretˆangulos Rij . Escolhemos xi , yj ∈ Rij . Logo, a massa de Rij pode ser aproximada por δ x∗i , yj∗ ∆A, onde δ x∗i , yj∗ = 0 se δ x∗i , yj∗ ∈ / D. Ent˜ao Mx ≃
n X
yj∗ δ
x∗i , yj∗
i,j=1
∆A e My ≃
n X
i,j=1
x∗i δ x∗i , yj∗ ∆A .
Logo, definimos Mx e My por Mx =
ZZ
yδ (x, y) dA e My =
D
ZZ
xδ (x, y) dA .
D
O centro de massa (x, y) da lˆamina D ´e definido por
x= UFF
ZZ
xδ (x, y) dA
D
M
e y=
ZZ
yδ (x, y) dA
D
M
.
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3
3
OBS.: Se δ(x, y) = k, k constante, o ponto (x, y) ´e dito centroide e temos as seguintes f´ormulas ZZ ZZ x dxdy y dxdy D Z x= Z
dxdy
D
D Z e y= Z
.
dxdy
D
3. Momento de In´ ercia O momento de in´ercia de uma lˆamina D em rela¸c˜ao a um eixo E ´e dado por ZZ r 2 (x, y)δ(x, y) dxdy IE = D
onde r(x, y) ´e a distˆancia de (x, y) ao eixo E. Assim, os momentos de in´ercia de D em rela¸c˜ao aos eixos x e y, respectivamente, s˜ao dados por ZZ ZZ 2 Ix = y δ(x, y) dxdy e Iy = x2 δ(x, y) dxdy . D
D
O momento de in´ercia polar em rela¸c˜ao `a origem ´e dado por ZZ I0 = (x2 + y 2 ) δ(x, y) dxdy = Ix + Iy . D
Exemplo 1 Determine o centro de massa e o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x, da regi˜ao D, limitada por x = y 2 e x − y = 2, sendo δ(x, y) = 3. Solu¸c˜ao: As curvas se interceptam quando y 2 − y − 2 = 0, logo y = −1, y = 2. Assim, o esbo¸co de D ´e:
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3
4
y 2
(4, 2) x = y2 x=2+y
D 2 −1
x
4
(1, −1)
−2
Descrevemos D como tipo II : D = {(x, y); −1 ≤ y ≤ 2 , y 2 ≤ x ≤ 2 + y}. A massa de D ´e: M=
ZZ
δ(x, y) dA =
D
ZZ
3 dA = 3
Z
2
−1
D
Z
2+y
dxdy = 3
y2
Z
2
(2 + y − y 2) dy −1
h = 3 2y +
= 3
27 2
= O centro de massa (x, y) ´e dado por ZZ xδ (x, y) dA x=
D
M C´alculo de
, y=
ZZ
ZZ
y2 2
−
4+2−
.
y3 3
8 3
i2
−1
− −2 + 21 +
1 3
yδ (x, y) dA
D
.
M
xδ(x, y) dA:
D
ZZ D
Z xδ(x, y) dA = 3
2 −1
Z
2+y y2
Z x dxdy = 3
2 −1
h
i2+y x2 2 y2
C´alculo de
ZZ
dy =
3 2
Z
2
−1
=
3 2
=
3 2
=
3 2
h
4 + 4y + y 2 − y 4 dy
4y + 2y 2 +
×
8+8+ 72 5
=
8 3
108 5
y3 3
− .
− 32 5
i2 y5 5 −1
− −4 + 2 −
1 3
+
1 5
yδ(x, y) dA:
D
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
ZZ D
´ Modulo 3
Z yδ(x, y) dA = 3
2 −1
Z
2+y
y2
Z y dxdy = 3
5
2
y 2+y−
y2
−1
Z dy = 3
2 −1
2y + y 2 − y 3 dy
h = 3 y2 + = 3
27 4
=
Logo, x=
108 5 27 2
8 = , y= 5
Assim, o centro de massa (x, y) est´a localizado em O momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x ´e: Ix =
ZZ D
y 2 δ(x, y) dA
Z ZZ 2 y dA = 3 =3 D
2 −1
Z
2+y
y2
27 4 27 2
8 1 , 5 2
=
y3 3
i2 y4 4 −1
−4 − 1−
8 3
4+
−
.
1 3
−
1 4
1 4
+
1 5
1 . 2
.
y 2 dxdy
Z = 3 Z = 3 = 3 = 3 =
2 −1
y 2 2 + y − y 2 dy
2 −1
h
2y 3 3
189 20
16 3
2y 2 + y 3 − y 4 dy +
y4 4
−
+4−
.
i2 y5 5 −1
32 5
− − 23 +
Aula 6 – Simetria em Integral Dupla Objetivo • Explorar simetrias em integrais duplas.
Simetria em Integral Dupla 1) Seja D ⊂ R2 , sim´etricaZ Zem rela¸c˜ao ao eixo y e f (x, y) ´ımpar na vari´avel x, isto ´e, f (−x, y) = −f (x, y). Ent˜ao, f (x, y) dxdy = 0. Com efeito, como D tem simetria em rela¸c˜ao D
ao eixo y, observamos que D est´a limitada `a direita pela curva x = x(y) e `a esquerda pela curva
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3
6
y d D x = x(y)
x = −x(y) c
x x = −x(y). Supondo que a proje¸c˜ao de D sobre o eixo y seja o intervalo [c, d], temos o seguinte esbo¸co para D: Ent˜ao, ZZ
f (x, y) dxdy =
Z
c
D
d
"Z
|
#
x(y)
f (x, y) dx dy = −x(y)
{z
= 0 (∗)
}
Z
d
0 dy = 0 . c
(∗) Aqui, usamos um fato do C´alculo II: Z a g(x) dx = 0 se g(x) ´e uma fun¸c˜ao ´ımpar . −a
2) Analogamente, se D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo x e f (x, y) ´e ´ımpar na vari´avel y, ZZ ent˜ao f (x, y) dxdy = 0. Veja o esbo¸co para D na figura que se segue. D
y = y(x)
y D a
b
x
y = −y(x)
Exemplo 1 Calcule I=
ZZ D
xy 6 + (x4 + y 4 ) sen y + 1 dxdy ,
onde D ´e o disco x2 + y 2 ≤ a2 , (a > 0). Solu¸c˜ao: UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3
7
Por propriedade da integral dupla, temos que ZZ ZZ ZZ 4 4 6 (x + y ) sen y dxdy + dxdy . xy dxdy + I= |D
{z
}
I1
|D
{z I2
}
|D {z I3
}
• Como f (x, y) = xy 6 ´e ´ımpar na vari´avel x e D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao I1 = 0. • Como g(x, y) = (x4 + y 4 ) sen y ´e ´ımpar na vari´avel y e D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo x, ent˜ao I2 = 0. • Como
ZZ
dxdy = A(D), ent˜ao I3 = πa2 . Logo,
D
I = 0 + 0 + πa2 = πa2 . ˜ RECOMENDAC ¸ AO Nas integrais duplas, busque as simetrias e as fun¸c˜oes ´ımpares. N˜ao calcule cegamente!!! OBS.: 1. Se a densidade δ(x, y) ´e uma fun¸c˜ao par na vari´avel x (isto ´e, δ(−x, y) = δ(x, y)), ent˜ao xδ(x, y) ´e ´ımpar avel x. Se D Z Zna vari´ tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao xδ(x, y) dxdy = 0 e, portanto, x = 0.
D
Analogamente, se δ(x, y) ´e uma fun¸c˜ao par na vari´avel y e se D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo x, ent˜ao y = 0. 2. Se D ´e uma lˆamina homogˆenea e tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao x = 0. Analogamente, se D ´e homogˆenea e tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo x, ent˜ao y = 0.
Exemplo 2 Uma lˆamina delgada D ocupa a regi˜ao x2 + y 2 ≤ 1, y ≥ 0, de modo que a densidade em qualquer ponto ´e proporcional `a distˆancia do ponto `a origem. Determine a) a massa M de D; b) o centro de massa. Solu¸c˜ao: O esbo¸co de D ´e: UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 3
8
y 1 D −1
Como a distˆancia de (x, y) `a origem ´e
onde k ´e uma constante. a) Como M = polares, temos:
ZZ
1
p x2 + y 2 ent˜ao a densidade ´e dada por p δ(x, y) = k x2 + y 2
δ(x, y) dxdy, ent˜ao M = k
D
ZZ
p
D
x= y= dxdy = 2 2 x +y =
Al´em disso, Drθ ´e dado por:
x
Drθ :
(
x2 + y 2 dxdy. Passando para coordenadas
r cos θ r sen θ . rdrdθ r2
0≤r≤1 0≤θ≤π
.
Ent˜ao, M =k
ZZ
Drθ
r · r drdθ = k
ZZ
2
r drdθ = k
Z
1
0
Drθ
r
2
Z
π
dθdr = kπ
0
Z
0
1
r 2 dr =
kπ u.m. 3
b) Como δ(x, y) ´e uma fun¸c˜ao par e D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao x = 0. Sabemos que ZZ yδ(x, y) dxdy y=
UFF
D
M
,
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3
onde
ZZ D
9
ZZ p yδ(x, y) dxdy = k y x2 + y 2 dxdy D
= k
ZZ
r sen θ · r · r drdθ
ZZ
r 3 sen θ drdθ
Drθ
= k
Drθ
= k
Z
1
r
0
3
Z
π
= k − cos θ = 2k = Logo,
k 2 kπ 3
k 2
.
sen θ dθdr
0
r4 1 4
π 0
Z
1
r 3 dr 0
0
3 . 2π 3 . Portanto, o centro de massa est´a localizado em 0, 2π y=
=
Exerc´ıcio 1: Calcule a massa total M, o centro da massa (x, y) de uma lˆamina triangular, com v´ertices (0, 0), (1, 0) e (0, 2) se a fun¸c˜ao densidade ´e δ(x, y) = 1 + 3x + y. Exerc´ıcio 2: A densidade em qualquer ponto de uma lˆamina semicircular ´e proporcional `a distˆancia do centro do c´ırculo. Determine o centro de massa da lˆamina. Exerc´ıcio 3: Determine os momentos de in´ercia Ix , Iy e I0 do disco homogˆeneo D, com densidade δ(x, y) = δ, centro na origem e raio a. Exerc´ıcio 4: Uma lˆamina delgada tem a forma da regi˜ao D, que ´e interior `a circunferˆencia (x − 2)2 + y 2 = 4 e exterior `a circunferˆencia x2 + y 2 = 4. Calcule a massa da lˆamina se a −1/2 densidade ´e dada por δ(x, y, z) = (x2 + y 2) . Exerc´ıcio 5: Uma placa fina est´a limitada pela circunferˆencia x2 +y 2 = a2 e tem densidade δ(x, y) =
=
a2
a2 + x2 + y 2
. Mostre que o seu momento de in´ercia polar ´e dado por I0 = Ma2
M ´e a sua massa.
1 − ln 2 ln 2
, onde
Exerc´ıcio 6: Uma lˆamina tem a forma semicircular x2 + y 2 ≤ a2 , com y ≥ 0. A densidade ´e diretamente proporcional `a distˆancia do eixo x. Ache o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3
10
Exerc´ıcio 7: Uma lˆamina tem a forma de um triˆangulo retˆangulo is´osceles, com lados iguais de comprimento a. Ache a massa, se a densidade em um ponto P ´e diretamente proporcional ao quadrado da distˆancia de P ao v´ertice oposto `a hipotenusa.
UFF
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – M´odulo 3 – Tutor Exerc´ıcio 1: Calcule a massa total M, o centro da massa (x, y) de uma lˆamina triangular, com v´ertices (0, 0), (1, 0) e (0, 2) se a fun¸c˜ao densidade ´e δ(x, y) = 1 + 3x + y. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da lˆamina D est´a representado na figura que se segue. y (0, 2) sai em y = 2 − 2x D
x 1
+
y 2
= 1 ⇒ y = 2 − 2x
x
(1, 0) entra em y = 0
Descri¸c˜ao de D como tipo I: 0≤x≤1 . A massa da lˆamina ´e dada por: Temos que D : 0 ≤ y ≤ 2 − 2x ZZ Z 1 Z 2−2x Z 1h i y 2 2−2x M= δ(x, y) dA = (1 + 3x + y) dydx = y + 3xy + dx = 0
0
2
0
0
D
=
Z
1
2 2
Z
2
0
=
Z 1 h i (2 − 2x)2 2 − 2x 2 − 2x + 3x(2 − 2x) + dx = dx = (2 − 2x) 1 + 3x + 1
0
(1 − x)(2 + 6x + 2 − 2x) dx =
2
0
Z
1
0
(1 − x)(4 + 4x)dx = 4
Z
1
0
h i x3 1 8 =4 x− = . 3
0
3
O centro de massa (x, y) ´e tal que ZZ x δ(x, y) dA Mx = D
C´alculo de
ZZ D
x δ(x, y) dA :
e
My =
ZZ D
y δ(x, y) dA .
1 − x2 dx =
´ Calculo III-A
Temos, ZZ
´ Modulo 3 – Tutor
ZZ
x δ(x, y) dA =
D
=
1
1
=
Z
1
=
Z
x + 3x2 + xy dA =
D
2−2x
x + 3x2 + xy dydx =
0
Z
Z
1
i h xy 2 2−2x dx = xy + 3x2 y + 2
0
Z i h x(2 − 2x)2 2 dx = x(2 − 2x) + 3x (2 − 2x) + 2
0
2
2
(1 − x) 2x + 6x + 2x − 2x
0
0
=4
x(1 + 3x + y) dA =
D
Z 1Z 0
=
ZZ
2
1 2
−
C´alculo de
1 4
ZZ
dx =
Z
0
4x 1 − x
2
2(1 − x) x + 3x +
0
x(2 − 2x) 2
dx =
(1 − x) 4x + 4x2 dx =
0
2
1
1
1
Z
4x(1 − x)(1 + x) dx =
0
dx = 4
1
Z
3
x−x
0
dx = 4
h
x2 2
−
x4 4
i1 0
=
= 1.
y δ(x, y) dA :
D
Temos, ZZ
y δ(x, y) dA =
D
=
Z
1
Z
1
2 3
Z
h
y2 2
+
3xy 2 2
(2 − 2x)
0
=
Z1Z Z
y(1 + 3x + y) dA =
0
1
2
+ 1 2
y3 3
+
2−2x
y + 3xy + y 2 dydx =
0
D
0
=
ZZ
0
i2−2x
dx =
0
3x 2
+
Z
0
2 − 2x 3
1
(2 − 2x)2 2
h
4 6
dx = Z
2 1 − 2x + x2 (7 + 5x) dx = 3
Z
+
3x(2 − 2x)2 2
+
(2 − 2x)3 3
i
dx =
1
0
(1 − x)2 (3 + 9x + 4 − 4x) dx =
1
7 − 9x − 3x2 + 5x3 dx =
0
h i 2 5x4 1 5 2 9x2 9 11 = − x3 + = 7x − 7− −1+ = . 3
2
Substituindo acima temos:
4
0
8 3
3
2
x=1
portanto x=
3 8
e e
4
8 3
y=
y=
11 16
6
11 6
.
Logo, o centro de massa ´e o ponto (3/8, 11/16).
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3 – Tutor
3
Exerc´ıcio 2: A densidade em qualquer ponto de uma lˆamina semicircular ´e proporcional `a distˆancia do centro do c´ırculo. Determine o centro de massa da lˆamina. Solu¸c˜ ao: Vamos considerar a lˆamina como a metade superior do disco x2 + y 2 ≤ a2 . y a D
a
−a
x
Ent˜ao, a distˆancia do ponto (x, y) ao centro do disco (origem) ´e densidade ´e: p δ(x, y) = k x2 + y 2
p
x2 + y 2 . Portanto, a fun¸c˜ao
onde k > 0 ´e uma constante. A massa da lˆamina ´e: ZZ ZZ p ZZ p 2 2 M= δ(x, y) dA = k x + y dA = k x2 + y 2 dA D
D
Passando para coordenadas polares temos Ent˜ao, M =k
ZZ
r · r drdθ = k
Drθ
ZZ
Drθ
2
D
p
r drdθ = k
x2
Z
+
y2
a
r
2
0
O centro de massa (x, y) ´e tal que ZZ Mx = x δ(x, y) dA
e
D
C´alculo de
ZZ
Z
= r, dA = rdrdθ e Drθ : π
dθdr = kπ 0
My =
Z
a
r 2 dr = kπ
0
ZZ
0≤r≤a . 0≤θ≤π
h 3 ia r 3
0
=
kπa3 3
.
y δ(x, y) dA .
D
x δ(x, y) dA :
D
Temos que
ZZ D
x δ(x, y) dA = k
ZZ D
p x x2 + y 2 dA = 0
p pois a fun¸c˜ao x x2 + y 2 ´e ´ımpar na vari´avel x e D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y. Assim, x = 0. ZZ C´alculo de y δ(x, y) dA : D
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3 – Tutor
Temos que ZZ
y δ(x, y) dA = k
=k
ZZ p 2 2 r sen θ · r · r drdθ = y x + y dA = k
ZZ
Drθ
D
D
Z
a
r
Z
3
0
4
π
Z
sen θ dθdr = k
0
a
r
3
0
Assim
h
iπ
− cos θ dr = 2k 0
a
Z
r 3 dr = 2k
0
h 4 ia r 4
0
=
ka4 2
.
kπa3 ka4 y= 3 2
logo y=
3a . 2π
Portanto, o centro de massa est´a localizado no ponto (0, 3a/2π). Exerc´ıcio 3: Determine os momentos de in´ercia Ix , Iy e I0 do disco homogˆeneo D, com densidade δ(x, y) = δ, centro na origem e raio a. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da regi˜ao D est´a representado na figura que se segue. y a D
a
−a
x
O momento de in´ercia Ix ´e dado por: ZZ ZZ 2 Ix = y δ(x, y) dA = δ y 2 dA . D
D
0≤r≤a . Ent˜ao, 0 ≤ θ ≤ 2π ZZ Z 2π Z a h 4 ia Z 2π r 2 2 2 3 sen2 θ dθ = Ix = δ r sen θ · r drdθ = δ sen θ r drdθ = δ
Temos x = r cos θ, y = r sen θ, dA = rdrdθ e Drθ :
0
4
0
0
0
Drθ
=
δa4 4
·
1 2
h i δπa4 sen 2θ 2π = . θ− 2
4
0
O momento de in´ercia Iy ´e dado por: ZZ ZZ ZZ 2 2 Iy = x δ(x, y) dA = δ x dA = δ r 2 cos2 θ · r drdθ = D
=δ
Z
0
UFF
D
2π 2
cos θ
Z
0
a 3
r drdθ =
δa4 4
Drθ
·
1 2
h i δπa4 sen 2θ 2π = . θ+ 2
0
4
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3 – Tutor
5
Como I0 = Ix + Iy ent˜ao: I0 =
δπa4 . 2
Exerc´ıcio 4: Uma lˆamina delgada tem a forma da regi˜ao D, que ´e interior `a circunferˆencia (x − 2)2 + y 2 = 4 e exterior `a circunferˆencia x2 + y 2 = 4. Calcule a massa da lˆamina se a −1/2 densidade ´e dada por δ(x, y, z) = (x2 + y 2) . Solu¸c√˜ ao: De (x√− 2)2 + y 2 = 4 ou x2 + y 2 = 4x e x2 + y 2 = 4 temos 4x = 4 portanto x = 1. Logo, (1, − 3) e (1, 3) s˜ao as interse¸c˜oes. Assim, o esbo¸co da lˆamina D est´a representado na figura que se segue. y y= √
√ 3x
3
⇒ tg α =
D
α 1
2
4
√ 3 ⇒ α = π/3
x
√ − 3
√ y = − 3x
A massa da lˆamina D ´e dada por: ZZ ZZ M= δ(x, y) dA = D
x2 + y 2
D
−1/2
dA .
Passando para coordenadas polares temos x2 + y 2 = r 2 e dA = r drdθ. Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares: √ Efetuando uma “varredura” √ em D, no sentido anti-hor´ario, a partir da reta y = − 3 x, onde θ = −π/3 at´e a reta y = 3 x, onde θ = π/3, vemos que θ varia de −π/3 at´e π/3. Transformando as equa¸c˜oes das circunferˆencias para coordenadas polares temos, x2 + y 2 = 4
⇒ r2 = 4
⇒
r=2
r6=0
x2 + y 2 = 4x ⇒ r 2 = 4r cos θ ⇒ r = 4 cos θ UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3 – Tutor
Ent˜ao 2 ≤ r ≤ 4 cos θ, isto ´e, Drθ ´e dado por Drθ : M=
π/3
Z
−π/3
=
Z
π/3
−π/3
Z
4 cos θ
r
2
2 −1/2
6
−π/3 ≤ θ ≤ π/3 . Assim, 2 ≤ r ≤ 4 cos θ
r drdθ =
Z
π/3 −π/3
Z
4 cos θ
2
1 r
· r drdθ =
h iπ/3 = (4 cos θ − 2) dθ = 4 sen θ − 2θ −π/3
2π π π π − 4 sen − −2 − = = 4 sen − =
√
=
√ 4 3 2
4 3 2
3
3
−
−
2π 3
2π 3
+
3
−
√ 4 3 2
√ −4 3 2
−
2π 3
+
=
2π 3
4 3
3
=
√ 3 3 − π u.m.
Exerc´ıcio 5: Uma placa fina est´a limitada pela circunferˆencia x2 +y 2 = a2 e tem densidade δ(x, y) =
=
a2
a2 + x2 + y 2
. Mostre que o seu momento de in´ercia polar ´e dado por: I0 = Ma2
M ´e a sua massa.
1 − ln 2 ln 2
, onde
Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da placa D est´a representado na figura que se segue. y a D
a
x
A massa M da placa ´e dada por: M=
ZZ D
δ(x, y) dA =
ZZ
a2 a2 + x2 + y 2
dA .
D
Passando para coordenadas polares teremos x2 + y 2 = r 2 , dA = r drdθ e Drθ , que ´e a descri¸c˜ao de
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 3 – Tutor
D nessas coordenadas ´e Drθ :
M=
ZZ
0 ≤ θ ≤ 2π . Ent˜ao, 0≤r≤a
a2 2 a + r2
2
r drdθ = a
=
Z
0
a
a2
2r + r2
Z
a
0
Drθ
2πa2 2
7
r a2 + r 2
Z
2π
dθdr =
0
a dr = πa2 ln a2 + r 2 0 =
= πa2 ln a2 + a2 − ln a2 = πa2 ln 2a2 − ln a2 = = πa2 (ln 2 + ln a2 − ln a2 ) = πa2 ln 2 u.m.
O momento de in´ercia polar ´e dado por: ZZ ZZ 2 2 2 I0 = x + y δ(x, y) dA = a
x2 + y 2 + x2 + y 2
dA =
D
D
= a2
a2
ZZ
a2 + x2 + y 2 − a2 a2 + x2 + y 2
dA =
D
2
=a
ZZ
a2 + x2 + y 2 a2 + x2 + y 2
−
a2 a2 + x2 + y 2
D
ZZ 2 1− =a
a2 a2 + x2 + y 2
D
ZZ ZZ 2 dA − =a D
a2
dA =
dA =
a2 + x2 + y 2
D
dA = a2 (A(D) − M) =
= a2 (πa2 − πa2 ln 2) = πa4 (1 − ln 2) = 1 − ln 2 = πa4 ln 2 = ln 2
= a2 (πa2 ln 2)
1 − ln 2 ln 2
= Ma2
1 − ln 2 ln 2
como quer´ıamos mostrar. Exerc´ıcio 6: Uma lˆamina tem a forma semicircular x2 + y 2 ≤ a2 , com y ≥ 0. A densidade ´e diretamente proporcional `a distˆancia do eixo x. Ache o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da lˆamina D est´a representado na figura que se segue.
UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 3 – Tutor
y=
8
y
√ a2 − x2
a D
a
−a
x
y=0
Por hip´otese, temos que a densidade em (x, y) ´e δ(x, y) = ky. O momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x ´e dado por: ZZ ZZ ZZ 2 2 Ix = y δ(x, y) dxdy = y (ky) dxdy = k y 3 dxdy D
D
D
onde D, como tipo I, ´e dado pelas desigualdades D :
Ix = k = =
k 4
Z
k 2
·
Z a
−a
a −a
Z
√ a2 −x2
3
y dydx = k
0
Z
a −a
h
y4 4
−a ≤ x ≤ a √ . Ent˜ao, 0 ≤ y ≤ a2 − x2
i√a2 −x2 0
dx =
k 4
Z
a −a
a2 − x2
2
dx =
h ia 2k 2a2 x3 2a5 k x5 a5 = a4 x − a5 − = a4 − 2a2 x2 + x4 dx = + +
15a5 − 10a5 + 3a5 15
4
=
4ka5 15
3
5
−a
4
3
5
.
Exerc´ıcio 7: Uma lˆamina tem a forma de um triˆangulo retˆangulo is´osceles, com lados iguais de comprimento a. Ache a massa, se a densidade em um ponto P ´e diretamente proporcional ao quadrado da distˆancia de P ao v´ertice oposto `a hipotenusa. ´ conveniente considerar o sistema de eixos coordenados, passando pelos catetos com o Solu¸c˜ ao: E v´ertice na origem. y a sai em y = a − x D
x a
a
+
y a
=1 ⇒ x+y =a
x
entra em y = 0
UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 3 – Tutor
Por hip´otese, a densidade em (x, y) ´e δ(x, y) = k ZZ
9
p 2 x2 + y 2 = k (x2 + y 2) onde k > 0 ´e uma ZZ
constante. Como M = δ(x, y) dA, ent˜ao M = k (x2 + y 2 ) dA, onde D, como tipo I, ´e dada D D 0≤x≤a . Logo, por D : 0≤y ≤a−x M =k
Z aZ 0
=k
Z
0
a
0
a−x 2
x +y
2
dydx = k
Z
0
a
h
2
x y+
y3 3
i h k a3 − 3a2 x + 3ax2 − x3 dx = ax2 − x3 + 3
3
ia−x 0
Z
0
dx = k
Z
a 0
i h (a − x)3 dx = x2 (a − x) + 3
a
6ax2 − 4x3 + a3 − 3a2 x dx =
h ia k k 3a2 x2 3a4 ka4 3 4 3 4 4 4 = = 2ax − x + a x − 2a − a + a − = u.m. 3
UFF
2
0
3
2
6
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Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – Lista 3 Exerc´ıcio 1: Calcule as coordenadas (x, y) do centro de massa de uma chapa homogˆenea D com o formato de um triˆangulo is´osceles, com base 10 cm e altura 5 cm. Solu¸c˜ ao: Consideremos o eixo x passando pela base e o eixo y coincidindo com a mediatriz relativa `a base do triˆangulo. y −x + y = 5
x+y =5 5
x=5−y
x = −(5 − y) D −5
5
x
Como D ´e homogˆenea e ´e sim´etrica em rela¸c˜ao ao eixo y, ent˜ao pela observa¸c˜ao 5, segue que x = 0. Temos y= onde A(D) =
1 2
ZZ
y dxdy
D
,
A(D)
× 10 × 5 = 25 u.a.
Como D = {(x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 5 , −(5 − y) ≤ x ≤ 5 − y}, ent˜ao, ZZ Z 5Z 5−y Z 5 Z 5−y y dxdy = y dxdy = y x −(5−y) dy = 2 0
D
=2
Z
0
0
−(5−y)
5
(5y − y 2) dy = 2
h
5y 2 2
−
y3 3
i5 0
=
0
125 3
.
5 3
.
Logo, y= Assim, o centro de massa situa-se a
5 3
125 3
25
=
cm da base, sobre sua mediatriz.
5
y(5 − y) dy =
´ Calculo III-A
Lista 3
40
Exerc´ıcio 2: Calcule a massa total M, o centro da massa (x, y) da lˆamina que tem a forma da regi˜ao D limitada pela par´abola x = y 2 e pela reta x = 4 e que tem densidade δ(x, y) = x. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da lˆamina D est´a representado na figura que se segue. y
entra em x = y 2
2
sai em x = 4
x
4 D
−2
O centro de massa (x, y) ´e dado por: Mx =
ZZ D
ZZ
My =
ZZ
ZZ
xδ(x, y) dA =
x2 dA
yδ(x, y) dA =
xy dA
D
D
D
Como a regi˜ao D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo x e a fun¸c˜ao f (x, y) = xy ´e ´ımpar na vari´avel y ent˜ao, ZZ xy dA = 0 . D
Logo, y = 0 C´alculo de M Temos, M=
ZZ
δ(x, y) dA =
D 2
2
ZZ
x dA
D
onde D : {(x, y) ∈ R ; −2 ≤ y ≤ 2 , y ≤ x ≤ 4}. Logo, Z 2Z 4 Z 2 h 2 i4 Z x 1 M= x dxdy = dy = −2
y2
−2
2
y2
2
2
−2
16 − y 4 dy =
h i h i 1 y5 2 32 32 1 = 16y − 32 − − −32 + = = 2
5
−2
2
5
5
128 32 1 = . = · 2 32 − 2
C´alculo de
ZZ
5
5
x2 dA
D
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 3
Temos, ZZ
2
x dA =
= Portanto,
2
−2
D
1 3
Z
Z
4 2
x dxdy =
y2
Z
2 −2
41
h
x3 3
i4
y2
dy =
1 1
Z
2
−2
64 − y 6 dy =
h i 128 4 · 128 y7 2 1 2 6 · 128 = . 64y − = · 2 128 − = · 7
−2
3
128 5
7
3
·x=
4 · 128 7
7
7
portanto x = 20/7. Assim, o centro da massa est´a sobre o eixo x em (20/7, 0).
Exerc´ıcio 3: Sendo a densidade δ constante, calcule o momento de in´ercia Ix da lˆamina triangular, limitada pela reta x + y = a e os eixos x = 0 e y = 0. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue. y a sai em y = a − x D
x
a entra em y = 0
O momento de in´ercia Ix da lˆamina ´e dado por: ZZ ZZ 2 Ix = y δ(x, y) dA = δ y 2 dA D
D
onde D : {(x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ a , 0 ≤ y ≤ a − x}. Ent˜ao, Z a Z aZ a−x Z a h ia−x δ y3 2 dx = (a − x)3 dx . Ix = δ y dydx = δ 0
0
0
3
3
0
0
Fazendo u = a − x temos du = −dx. Para x = 0 temos u = a e para x = a temos u = 0. Ent˜ao, Z 0 Z 0 Z a h i δ δa4 −δ δ δ u4 a 3 3 Ix = . = u (−du) = u du = u3 du = 3
a
3
3
a
3
0
4
0
12
Como δ(x, y) = δ, ent˜ao a massa total ´e: M = δA(D) = δ · UFF
1 2
·a·a=
δa2 2
. IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 3
Assim, Ix =
δa4 12
=
δa2 2
·
42
a2 6
=
M a2 6
.
Exerc´ıcio 4: Uma lˆamina delgada tem a forma da regi˜ao D que ´e interior `a circunferˆencia x2 + (y − 2)2 = 4 e exterior `a circunferˆencia x2 + y 2 = 4. Calcule a massa da lˆamina se a densidade ´e dada −1/2 por δ(x, y) = (x2 + y 2) . Solu¸c˜ a√o: De x2 + (y − 2)2 = 4 ou x2 + y 2 = 4y e x2 + y√2 = 4 temos√que 4y = 4 portanto y = 1 e x = ± 3 . Logo, as circunferˆencias se interceptam em ( 3 , 1) e (− 3 , 1). y 4 sai em r = 4 sen θ D entra em r = 2
2 y=
−1 √ 3
x
√ (− 3 , 1)
√ ( 3 , 1)
y=
1 √ 3
x
α
x
⇒ tg α =
1 √ 3
⇒ α = 300 =
π 6
rad
A massa da lˆamina D ´e M=
ZZ
δ(x, y) dA =
D
ZZ
x2 + y 2
D
−1/2
dA .
Passando para coordenadas polares temos
x = r cos θ y = r sen θ . dxdy = r drdθ x2 + y 2 = r 2
A equa¸c˜ao x2 + y 2 = 4y transforma-se em r 2 = 4r sen θ portanto r = 4 sen θ. Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares √ Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hor´ario a partir da reta y = 1/ 3 x onde θ = π/6 √ at´e a reta y = −1/ 3 x onde θ = π − π/6 = 5π/6 vemos que θ varia de π/6 at´e 5π/6. Por um UFF
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´ Calculo III-A
Lista 3
43
ponto P no interior de D consideremos a semirreta OP . Ela entra em D em r = 2 e sai de D em 2 2 um ponto da circunferˆencia x + y = 4y onde r = 4 sen θ. Ent˜ao, r varia de 2 a 4 sen θ. Logo, π/6 ≤ θ ≤ 5π/6 . Assim, Drθ : 2 ≤ r ≤ 4 sen θ M=
ZZ
r
Drθ
2 −1/2
r drdθ =
Z
5π/6Z 4 sen θ
π/6
drdθ =
2
Z
5π/6
π/6
(4 sen θ − 2)dθ =
h i5π/6 π 5π π 5π − −4 cos − = − = −4 cos = − 4 cos θ − 2θ π/6
= 4 cos
π 6
−
5π 3
+ 4 cos
π 6
+
π 3
=
6 √ 3 8 2
3
−
4π 3
6
3
√ 4π =4 3− u.m. 3
Exerc´ıcio 5: Uma lˆamina tem a forma de um semidisco D de raio a. A densidade superficial no ponto P ´e proporcional `a distˆancia do ponto ao centro do disco. Determine o valor da constante de proporcionalidade se a massa do semidisco ´e igual a πa3 u.m. Solu¸c˜ ao: Sem perda de generalidade podemos considerar o semidisco centrado na origem e ocupando os primeiro e segundo quadrantes. Logo, temos D : x2 + y 2 ≤ a2 , com y ≥ 0. y
sai em r = a
a D P
a
−a
x
entra em r = 0
p Como a distˆ a ncia de (x, y) ` a origem ´ e igual a x2 + y 2 ent˜ao a densidade ´e dada por δ(x, y) = p k x2 + y 2 onde k > 0 ´e a constante de proporcionalidade. A massa M de D ´e dada por: ZZ ZZ p x2 + y 2 dA . M= δ(x, y) dA = k D
D
Passando para coordenadas polares temos,
x = r cos θ y = r sen θ . dxdy = r drdθ x2 + y 2 = r 2
Descri¸c˜ao de D em coordenadas polares
Efetuando uma “varredura” em D no sentido anti-hor´ario a partir do eixo x positivo onde θ = 0 at´e o eixo x negativo onde θ = π vemos que θ varia de 0 at´e π. Por um ponto P no interior de D UFF
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´ Calculo III-A
Lista 3
44
consideremos a semirreta OP . Ela entra em D em r = 0 e sai de D em r = a. Ent˜ao, r varia de 0 0≤θ≤π a a. Logo Drθ : . Assim, 0≤r≤a ZZ Z a Z π Z a √ 2 r r drdθ = k M =k r dθdr = kπ r 2 dr = 0
Drθ
= kπ
h 3 ia r 3
mas M = πa3 u.m. Ent˜ao
0
=
kπa3 3
0
0
kπa3 3
= πa3 portanto k = 3.
Exerc´ıcio 6: Calcule o momento de in´ercia em rela¸c˜ao `a origem da chapa D = (x, y) ∈ R2 ; x2 + y 2 ≤ a2 p se a densidade superficial ´e δ(x, y) = k x2 + y 2 , com k > 0.
Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da chapa D est´a representado na figura que se segue. y a D
a
−a
x
−a O momento de in´ercia em rela¸c˜ao `a origem ´e dado por: ZZ ZZ p 2 2 x2 + y 2 dA . I0 = x + y δ(x, y) dA = k x2 + y 2 D
D
Passando para coordenadas polares temos, ZZ √ ZZ 2 I0 = k r r 2 r drdθ = k r 4 drdθ Drθ
Drθ
onde Drθ ´e dado pelas desigualdades 0 ≤ r ≤ a e 0 ≤ θ ≤ 2π. Assim, Z a Z 2π Z a h 5 ia 2kπa5 r 4 4 = . I0 = k r dθdr = 2kπ r dr = 2kπ 0
UFF
0
0
5
0
5
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 3
45
Exerc´ıcio 7: Mostre que o momento de in´ercia de um disco circular homogˆeneo de raio a em rela¸c˜ao a uma reta ao longo de um diˆametro ´e igual a
M a2 , 4
onde M ´e a massa do disco.
Solu¸c˜ ao: Introduzindo um sistema de coordenadas conforme a figura que se segue, o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x, que cont´em um diˆametro, ´e dado por: ZZ ZZ 2 Ix = y k dxdy = k y 2 dxdy . D
D
y a D a
x
Passando para coordenadas polares, temos
x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ
0≤r≤a . Ent˜ao, 0 ≤ θ ≤ 2π ZZ ZZ 2 2 Ix = k r sen θr drdθ = k r 3 sen2 θ drdθ =
e Drθ ´e dado por Drθ :
Drθ
=k
Z aZ
= kπ
Drθ
2π 3
2
r sen θ dθdr = k
0
0
Z
a
0
r 3 dr = kπ 0
Z
h 4 ia r 4
0
=
a
r3 ·
kπa4 4
1 2
h i sen 2θ 2π dr = θ− 2
0
.
Como D ´e homogˆeneo, ent˜ao M = kA(D). Logo, M = kπa2 . Ent˜ao, Ix = kπa2 ·
a2 4
=
M a2 4
.
Exerc´ıcio 8: Calcule o centroide da regi˜ao limitada pelas curvas y = x2 , x + y = 2 e y = 0. UFF
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´ Calculo III-A
Lista 3
46
y 2 x+y =2
1
x = y 1/2 x=2−y y = x2
D
x
2
Solu¸c˜ ao: Note que D ´e do tipo II, pois 0 ≤ y ≤ 1 e y 1/2 ≤ x ≤ 2 − y. O centroide (x, y) ´e dado por: ZZ
x dxdy
x = Z ZD
dxdy
D
ZZ
y dxdy
y = Z ZD
. dxdy
D
Temos, ZZ
dxdy =
D
Z
1 0
Z
2−y
dxdy =
y 1/2
Z
1
0
2 − y − y 1/2 dy =
h i y2 1 2 3/2 1 2 12 − 3 − 4 5 = 2y − − y =2− − = = . 2
UFF
3
0
2
3
6
6
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 3
ZZ
x dxdy =
D
=
0
Z
1 2
Z 1Z
2−y
x dxdy = y 1/2
0
1
Z
0
1 2
47
4 − 4y + y − y dy =
1 2
1
Z
h
x2 2
i2−y
y 1/2
dy =
4 − 5y + y 2 dy =
0
h i1 1 5y 2 5 1 24 − 15 + 2 y3 1 11 1 = 4y − 4− + = · + = . = 2
2
ZZ
y dxdy =
D
=
Z
0
=
3
Z 1Z
2
2−y
y dxdy =
y 1/2
0
1
2
0
3
Z
2
6
12
1
y 2 − y − y 1/2 dy =
0
i1 h 1 2 2 y3 2y − y 2 − y 3/2 dy = y 2 − − y 5/2 = 1 − − =
15 − 5 − 6 15
3
=
4 15
5
0
3
5
.
Logo, x=
11/12 5/6
y=
4/15 5/6
portanto (x, y) =
=
=
11 10
8 25
11 8 , 10 25
.
Exerc´ıcio 9: Seja uma lˆamina delgada representada pela regi˜ao D, determinada por y ≤ x, y ≥ −x, x2 + y 2 ≥ 2x e x2 + y 2 ≤ 4x. Se a densidade em cada ponto P = (x, y) da lˆamina ´e dada por 1 , determine: δp 2 2 x +y
a) a massa de D; b) o momento de in´ercia polar em rela¸c˜ao `a origem.
Solu¸c˜ ao: a) Completando o quadrado em x2 + y 2 = 2x e x2 + y 2 = 4x, temos (x − 1)2 + y 2 = 1 e (x − 2)2 + y 2 = 4. Logo, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
UFF
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´ Calculo III-A
Lista 3
48
y y=x
B P = (r, θ)
A 1
2
x
4
D
y = −x
A massa M ´e dada por: M=
ZZ D
1 p 2 x + y2
dxdy .
Vamos usar coordenadas polares para descrever a regi˜ao D. Temos, x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ 2 x + y 2 = r2
Logo, x2 +y 2 = 2x e x2 +y 2 = 4x acarretam em r 2 = 2r cos θ e r 2 = 4r cos θ, e para r 6= 0, obtemos r = 2 cos θ e r = 4 cos θ. Para descrever D, consideramos um ponto P = (x, y) = (r, θ) ∈ D. A semirreta OP intercepta a fronteira de D em A = (r1 (θ), θ) e B = (r2 (θ), θ), onde r1 (θ) = 2 cos θ e r2 (θ) = 4 cos θ. Logo, 2 cos θ ≤ r ≤ 4 cos θ. As retas y = x e y = −x acarretam em r sen θ = r cos θ e r sen θ = −r cos θ ou tg θ = 1 e tg θ = −1, portanto θ = π/4 e θ = −π/4, respectivamente. Logo, −π/4 ≤ θ ≤ π/4. Assim, D = (r, θ) ∈ R2 ; −π/4 ≤ θ ≤ π/4 , 2 cos θ ≤ r ≤ 4 cos θ . Ent˜ao,
M=
ZZ
Drθ
=
UFF
Z
π/4 −π/4
1 √ r2
· r drdθ =
ZZ
drdθ =
Z
π/4
−π/4
Drθ
Z
4 cos θ
drdθ = 2 cos θ
√ h iπ/4 √ 2 =4· 2 cos θ dθ = 2 sen θ = 2 2 u.m. −π/4
2
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 3
49
b) Temos, I0 =
ZZ
2
ZZ
2
(x + y )δ(x, y) dA =
D
D
(x2 + y 2 ) p x2 + y 2
ZZ p ZZ √ Z 2 2 2 = x + y dA = r · r drdθ = D
Drθ
dA = π/4
−π/4
Z
4 cos θ
2 cos θ
π/4
Z
π/4
56 3
Z
=
56 3
"√ √ 3 # h i 1 56 sen3 θ π/4 2 2 ·2 − = sen θ − =
=
112 3
=
−π/4
=
h 3 i4 cos θ r 3
2 cos θ
dθ =
π/4 3
cos θ dθ =
−π/4
3
√
2 2
−
√
2 12
1 3
56 3
Z
Z
−π/4
=
112 3
(64 cos3 θ − 8 cos3 θ) dθ =
π/4 −π/4
(1 − sen2 θ) cos θ dθ =
3
−π/4
r 2 drdθ =
·
√ 5 2 12
2
=
√ 140 2 9
3
2
.
Exerc´ıcio 10: √Calcule a massa de uma chapa D, limitada pelas curvas x2 + y 2 = 2x, x2 + y 2 = 4x, 3 y =xey = x, sabendo que a densidade de massa em um ponto ´e inversamente proporcional 3 `a distˆancia do ponto a origem. Solu¸c˜ ao: Primeiro vamos encontrar as interse¸c˜oes das curvas, isto ´e, as interse¸c˜oes de y = x com as circunferˆencias. y = x ⇔ 2x2 = 2x ⇔ x2 − x = 0 ⇔ x = 0 ou x = 1 . x2 + y 2 = 2x Logo, as interse¸c˜oes s˜ao (0, 0) e (1, 1). y = x ⇔ 2x2 − 4x = 0 ⇔ 2x(x − 2) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 2 . x2 + y 2 = 4x Logo, as interse¸c˜oes s˜ao (0, 0) e (2, 2). √ y = 3x x2 3 = 2x ⇔ 4x2 = 6x ⇔ ⇔ x2 + 3 2 x + y 2 = 2x 3 ⇔ 2x(2x − 3) = 0 ⇔ x = 0 ou x = . 2 √ 3 3 Logo, as interse¸c˜oes s˜ao (0, 0) e . , 2
UFF
y=
√ 3 x 3
x2 + y 2 = 4x
2
⇔ x2 +
x2 3
= 4x ⇔ 4x2 = 12x ⇔
⇔ 4x(x − 3) = 0 ⇔ x = 0 ou x = 3 . IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 3
50
√ Logo, as interse¸c˜oes s˜ao (0, 0) e 3, 3 .
De x2 + y 2 = 2x e x2 + y 2 = 4x, temos respectivamente, (x − 1)2 + y 2 = 1 e (x − 2)2 + y 2 = 4. Levando em conta essas informa¸c˜oes, esbo¸camos a regi˜ao D. y=x
y
D
1
A distˆancia de (x, y) ∈ D `a origem ´e
p
√ 3 3 x
y=
2
x
4
3
x2 + y 2 . Como a densidade ´e inversamente proporcional a k
, onde k > 0 ´e a constante de proporcionalidistˆancia de (x, y) `a origem, ent˜ao δ(x, y) = p 2 xZ Z+ y 2 ZZ 1 p dA. dade. Como M = δ(x, y) dA, ent˜ao M = k 2 2 x +y
D
D
Passando para coordenadas polares, obtemos, x y dxdy 2 x + y2
= = = =
r cos θ r sen θ rdrdθ r2
Temos,
r6=0
x2 + y 2 = 2x ⇒ r 2 = 2r cos θ ⇒ r = 2 cos θ r6=0
Ent˜ao o conjunto Drθ
M =k
x2 + y 2 = 4x ⇒ r 2 = 4r cos θ ⇒ r = 4 cos θ π y=x ⇒ θ= 4 √ π 3x ⇒ θ= y= 3 6 π/6 ≤ θ ≤ π/4 ´e dado por Drθ : . Logo, 2 cos θ ≤ r ≤ 4 cos θ
ZZ
1 √ r drdθ r2
=k
Drθ
= 2k
Z
π/4
π/6
UFF
ZZ
drdθ = k
Drθ
h
cos θ dθ = 2k sen θ
iπ/4 π/6
= 2k
Z
π/4Z 4 cos θ
π/6
√
2 2
drdθ =
2 cos θ
−
1 2
=k
√
2−1
u.m.
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A –M´odulo 4 Aula 7 – Integrais Triplas Objetivo • Compreender a no¸c˜ao de integral tripla.
Na aula 1, vocˆe aprendeu a no¸c˜ao de integral dupla. Agora, vocˆe ver´a o conceito de integral tripla. Seja f : W ⊂ R3 → R, onde W ´e uma regi˜ao s´olida do R3 (regi˜ao limitada e fechada de R3 ). Como W est´a limitada, ent˜ao existe um paralelep´ıpedo (ou caixa) R = [a, b] × [c, d] × [p, q], contendo W . Dividimos R em n3 subcaixas Rijk , por planos paralelos aos planos coordenados, todas de mesmo volume ∆V = ∆x∆y∆z, escolhemos x∗i , yj∗, zk∗ ∈ Rijk e formamos a soma Sn =
n X n X n X i=1 j=1 k=1
f x∗i , yj∗, zk∗ ∆V
onde f x∗i , yj∗, zk∗ = 0 se x∗i , yj∗, zk∗ ∈ / W , dita soma de Riemann de f .
Se existir lim Sn = L, dizemos que f ´e integr´avel e o n´umero L ´e dito integral tripla de f sobre o n→∞ s´olido W e ´e indicado por ZZZ f (x, y, z) dxdydz ou W
ZZZ
f (x, y, z) dV ou
ZZZ
f dV .
W
W
OBS.: 1) Se f ´e cont´ınua em W ent˜ao f ´e integr´avel.
´ Calculo III-A
´ Modulo 4
2
ZZZ
2) Se f (x, y, z) = 1 em W , ent˜ao
dxdydz = V (W ).
W
3)
ZZZ
4)
ZZZ
(f + g) dV =
W
W
ZZZ
f dV +
W
kf dV = k
ZZZ
ZZZ
g dV .
W
f dV , k ∈ R.
W
5) Se δ(x, y, z) ´e cont´ınua e positiva em W , e representa a densidade volum´etrica de massa (massa por unidade de volume), ent˜ao a massa M de W ´e dada por M=
ZZZ
δ(x, y, z) dxdydz .
W
6) O centro de massa (x, y, z) ´e dado por: ZZZ x · δ(x, y, z) dV x=
y=
z=
W
M
ZZZ
y · δ(x, y, z) dV
W
M
ZZZ
z · δ(x, y, z) dV
W
M
.
7) O momento de in´ercia em rela¸c˜ao a um eixo E ´e dado por: ZZZ IE = r 2 (x, y, z) · δ(x, y, z) dV W
onde r(x, y, z) = distˆancia de (x, y, z) ao eixo E. ZZZ Se eixo E = eixo z, ent˜ao Iz = (x2 + y 2)δ (x, y, z) dV . Se eixo E = eixo y, ent˜ao Iy = Se eixo E = eixo x, ent˜ao Ix =
ZWZ Z
ZWZ Z
(x2 + z 2 )δ (x, y, z) dV . (y 2 + z 2 )δ (x, y, z) dV .
W
UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 4
3
Aula 8 – Redu¸c˜ao do C´alculo de uma Integral Tripla a uma Integral Dupla Objetivo • Reduzir o c´alculo de uma integral tripla a uma integral dupla.
Observamos que um dom´ınio de integra¸c˜ao pode ser descrito como uma reuni˜ao de regi˜oes dadas por: W1 = (x, y, z); (x, y) ∈ Dxy e z1 (x, y) ≤ z ≤ z2 (x, y) W1
onde Dxy = projxOy (proje¸c˜ao de W1 sobre o plano xy) e z1 (x, y), z2 (x, y) cont´ınuas;
W2
W2 = (x, y, z); (x, z) ∈ Dxz e y1 (x, z) ≤ y ≤ y2 (x, z)
onde Dxz = projxOz e y1 (x, z), y2 (x, z) cont´ınuas; W3 = (x, y, z); (y, z) ∈ Dyz e x1 (y, z) ≤ x ≤ x2 (y, z) W3
onde Dyz = projyOz e x1 (y, z), x2 (y, z) cont´ınuas. Os esbo¸cos de W1 , W2 e W3 s˜ao:
z
z z = z2 (x, y)
y = y1 (x, z)
W1
Dxz
(x, y, z)
(x, z)
y = y2 (x, z)
W2 (x, y, z)
z = z1 (x, y)
y
y Dxy
x
UFF
(x, y)
x
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´ Modulo 4
4
z
Dyz (y, z)
y W3 (x, y, z)
x = x1 (y, z)
x
x = x2 (y, z)
Prova-se que ZZZ
f (x, y, z) dxdydz =
W1
ZZZ
W3
z2 (x,y)
Z Z "Z
y2 (x,z)
Z Z "Z
x2 (y,z)
Dxy
f (x, y, z) dxdydz =
W2
ZZZ
Z Z "Z
Dxz
f (x, y, z) dxdydz =
Dyz
#
f (x, y, z) dz dxdy
z1 (x,y)
#
f (x, y, z) dy dxdz
y1 (x,z)
#
f (x, y, z) dx dydz .
x1 (y,z)
Exemplo 1 ZZZ 2 Calcule ex dxdydz onde W ´e o conjunto 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x e 0 ≤ z ≤ 1. W
Solu¸c˜ao: Definimos W por: W = (x, y, z); (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ x
UFF
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´ Modulo 4
onde Dxz = [0, 1] × [0, 1]. Logo, ZZZ
x2
e dxdydz =
W
5
x2
ZZ
e dy dxdz
0
Dxz
=
x
Z Z Z
2
xex dxdz
Dxz
=
Z 1Z 0
= =
h
2
ex 2
e−1 2
1
2
xex dxdz 0
i1 Z 0
1
dz 0
.
Exemplo 2 Calcule o volume do s´olido limitado pelos paraboloides z = x2 + y 2 e z = 8 − x2 − y 2 . Solu¸c˜ao: Inicialmente, calculemos a interse¸c˜ao das superf´ıcies: z = x2 + y 2 2 2 2 2 2 2 ⇔ x + y = 8 − x − y ⇔ 2 x + y = 8 ⇔ x2 + y 2 = 4 . z = 8 − x2 − y 2
Logo, a interse¸c˜ao dos paraboloides ´e a circunferˆencia x2 + y 2 = 4, situada no plano z = 4.
z 8
z = 8 − x2 − y 2
W 4
(x, y, z)
z = x2 + y 2 Dxy
2
2
y
(x, y)
x Descrevemos W por:
UFF
W = (x, y, z); (x, y) ∈ Dxy e x2 + y 2 ≤ z ≤ 8 − x2 − y 2
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´ Modulo 4
6
onde Dxy ´e o disco x2 + y 2 ≤ 4. Como V (W ) =
ZZZ
dxdydz, ent˜ao
W
V (W ) =
Z Z "Z
Dxy
8−x2 −y 2
#
dz dxdy =
x2 +y 2
ZZ
Dxy
8 − 2(x2 + y 2 ) dxdy .
Passando para coordenadas polares, temos: V (W ) =
Z 2Z 0
= 2π
2π
(8 − 2r 2 )r dθdr
0
Z
2
0
8r − 2r 3 dr
h = 2π 4r 2 −
r4 2
= 2π(16 − 8)
i2 0
= 16π u.v.
Exemplo 3 Calcule a massa do s´olido W , no primeiro octante, limitado pelos planos y = 0, z = 0, x + y = 2, x + 2y = 4 e o cilindro y 2 + z 2 = 4, sendo a densidade igual `a distˆancia de (x, y, z) ao plano xz. Solu¸c˜ao: O esbo¸co de W ´e:
z 2 Dyz (y, z)
W
x=2−y 2
x
2
4 x = 4 − 2y
y
Podemos definir W por: W = (x, y, z) ∈ R3 ; (y, z) ∈ Dyz e 2 − y ≤ x ≤ 4 − 2y UFF
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´ Modulo 4
7
z 2
Dyz
2
y
onde Dyz ´e tal que y 2 + z 2 ≤ 4, y ≥ 0 e z ≥ 0. Como M =
ZZZ
δ(x, y, z) dxdydz, onde δ(x, y, z) = |y| = y, pois y ≥ 0, ent˜ao:
W
M =
ZZZ
y dxdydz
W
=
Z Z Z
2−y
Dyz
=
ZZ
4−2y
y dx dydz
y(4 − 2y − 2 + y) dydz
Dyz
=
ZZ
Dyz
2y − y 2 dydz .
Passando para coordenadas polares, temos: e Drθ ´e dado por:
y = r cos θ z = r sen θ dydz = rdrdθ
Drθ :
UFF
0≤r≤2 0 ≤ θ ≤ π/2
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Ent˜ao, M =
Z
π/2Z 2
(2r cos θ − r 2 cos2 θ) r drdθ
Z
π/2Z 2
(2r 2 cos θ − r 3 cos2 θ) drdθ
Z
π/2
Z
π/2
0
=
0
=
0
0
0
=
h
= =
h
16 3
cos θ
i2 0
dθ
cos θ − 4 cos2 θ dθ 4 2
θ+
− 0) − 2 ·
Z 3Z 1Z 0
Exerc´ıcio 2: Calcule
2
sen 2θ 2
π 2
iπ/2 0
− π u.m.
Exerc´ıcio 1: Calcule a integral iterada ZZZ
r4 4
cos θ −
sen θ −
16 (1 3 16 3
2r 3 3
16 3
0
=
8
√ 1−z 2
zey dxdzdy.
0
0
2
ex dxdydz, onde W ´e o conjunto 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x e 0 ≤ z ≤ 1.
W
Exerc´ıcio 3: Escreva as seis integrais triplas iteradas para o volume do s´olido W limitado pelos planos y + z = 1, y = x, x = 0 e z = 0. Calcule uma das integrais. Exerc´ıcio 4: Esboce o s´olido W cujo volume ´e dado pela integral iterada I=
Z 1Z 0
1
√
x
Z
1−y 2
dzdydx
0
e reescreva na ordem dxdydz. Exerc´ıcio 5: Use a integral tripla para encontrar o volume do s´olido a) W limitado pelo cilindro x = y 2 e os planos z = 0 e x + z = 1; b) W limitado pelos planos z + y = 8, z − y = 8, x = 0, x = 4 e z = 0.
Exerc´ıcio 6: Calcule a massa do s´olido W no primeiro octante limitado por y = x2 , y = 9, z = 0, x = 0 e y + z = 9 se a densidade ´e dada por δ(x, y, z) = x.
UFF
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´ Modulo 4
9
Exerc´ıcio 7: Seja W um s´olido limitado pelo cilindro x2 + y 2 = 1, com z ≥ 0 e pelos planos y = z e z = 0 com fun¸c˜ao densidade δ(x, y, z) = y. Calcule: a) A massa de W . b) O momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z. Exerc´ıcio 8: Um s´olido tem a forma de um cilindro circular reto de raio de base a e altura h. Determine o momento de in´ercia do s´olido em rela¸c˜ao ao eixo de simetria se a densidade no ponto P ´e proporcional `a distˆancia de P at´e a base do s´olido.
UFF
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C´alculo III-A – M´odulo 4 – Tutor √ 1−z 2
Z 3Z 1Z
Exerc´ıcio 1: Calcule a integral iterada
0
0
zey dxdzdy.
0
Solu¸c˜ ao: Temos, Z 3Z 1Z 0
0
=
1 − 2
Z
1 − 3
Z
=
√
1−z 2 y
ze dxdzdy = 0
Z 3Z 0
3 y
e 0
Z
y
ze
√
0
1−
1
1−z
0
2 1/2
3
ey (0 − 1) dy =
0
1
Exerc´ıcio 2: Calcule
ZZZ
1 3
(−2z) dzdy =
z2
dzdy =
Z
3 y
e
0
3
Z
1 − 2
ey
0
2 3
h
Z
1
1 − z2
0
1 − z2
3/2 i1 0
1/2
z dzdy =
dy =
h i3 1 3 ey = e −1 . 3
0
2
ex dxdydz, onde W ´e o conjunto 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ x e 0 ≤ z ≤ 1.
W
Solu¸c˜ ao: Temos ZZZ
e dxdydz =
W
onde Dxy :
ZZ
x2
x2
e
Z
1
dzdxdy =
0
Dxy
ZZ
2
ex dxdy
Dxy
0≤x≤1 ´e a proje¸c˜ao de W sobre o plano xy. 0≤y≤x y 1
Dxy 1
Ent˜ao, ZZZ
x2
e dxdydz =
W
=
1 2
Z
1 x2
e 0
Z
x
dydx = 0
h i1 2 1 1 = (e1 − e0 ) = (e − 1) . ex 0
2
2
x
Z
0
1 x2
e x dx =
1 2
Z
1 2
ex (2x) dx = 0
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´ Modulo 4 – Tutor
2
Exerc´ıcio 3: Escreva as seis integrais triplas iteradas para o volume do s´olido W limitado pelos planos y + z = 1, y = x, x = 0 e z = 0. Calcule uma das integrais. Solu¸c˜ ao: Esbo¸co do s´olido W : Esbo¸cando os planos y + z = 1 e y = x, vemos que A = (0, 0, 1) e B = (1, 1, 0) s˜ao comuns aos dois planos. Ent˜ao, ligando-os temos a reta interse¸c˜ao. Considerando que W ´e tamb´em limitado pelos planos x = 0 e z = 0, temos o esbo¸co de W na figura que se segue. z 1 A
plano x = 0 plano y = x plano y + z = 1
W
1 1
y
plano z = 0 B
x Temos, V (W ) =
ZZZ
dxdydz .
W
Limites de integra¸c˜ao nas ordens dzdxdy e dzdydx: Projetando o s´olido W sobre o plano xy, encontramos o triˆangulo Dxy .
UFF
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´ Modulo 4 – Tutor
y
y
y=1
1 x=0
y
sai em y = 1
1
1 entra em x = 0
Dxy Dxy
y=x
x
0≤x≤1 (tipo I) ou Dxy : x≤y≤1
Dxy sai em x = y
entra em y = x
x
Temos Dxy :
3
x
0≤x≤y (tipo II). 0≤y≤1
A reta que passa por (x, y) ∈ Dxy e ´e paralela ao eixo z entra em W em z = 0 e sai de W em z = 1 − y. Ent˜ao, 0 ≤ z ≤ 1 − y. z
1
sai em z = 1 − y
entra em z = 0
W
1
y
(x, y) 1
x Logo, V (W ) =
ZZ Z
1−y
dzdxdy .
0
Dxy
Portanto: a) V (W ) =
Z 1Z 1Z 0
UFF
x
1−y
dzdydx 0 IME - GMA
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´ Modulo 4 – Tutor
b) V (W ) =
Z 1Z y Z 0
0
4
1−y
dzdxdy 0
Limites de integra¸c˜ao nas ordens dxdydz e dxdzdy: Projetando o s´olido W sobre o plano yz encontramos o triˆangulo Dyz . z
1
Dyz
W (y, z)
entra em x = 0
1
y
1 sai em x = y
x
z
z sai em z = 1 − y
1
1
sai em y = 1 − z
y+z =1
Dyz
entra em y = 0 1
y
Dyz 1
y
entra em z = 0
Temos Dyz :
0≤y≤1 (tipo I) ou Dyz : 0≤z ≤1−y
0≤z≤1 (tipo II). 0 ≤y ≤1−z
A reta que passa por (y, z) ∈ Dyz e ´e paralela ao eixo x entra em W em x = 0 e sai de W em
UFF
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´ Calculo III-A
´ Modulo 4 – Tutor
x = y. Ent˜ao, 0 ≤ x ≤ y. Logo, V (W ) =
ZZ Z
5
y
dxdydz .
0
Dyz
Portanto: c) V (W ) =
Z 1Z 0
0
1−y Z y
dxdzdy
d) V (W ) =
0
Z 1Z 0
0
1−z Z y
dxdydz
0
Limites de integra¸c˜ao nas ordens dydzdx e dydxdz Projetando o s´olido W sobre o plano xz, temos o triˆangulo Dxz . z
entra em y = x (x, z)
sai em y = 1 − z
Dxz
y
W
x
z
z sai em z = 1 − x
1
1
sai em x = 1 − z
x+z =1 Dxz
entra em x = 0 1
x
Dxz 1
x
entra em z = 0
UFF
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´ Modulo 4 – Tutor
Temos Dxz :
0≤x≤1 (tipo I) ou Dxz : 0≤z ≤1−x
6
0≤z≤1 (tipo II). 0≤x≤1−z
A reta que passa por (x, z) ∈ Dxz e ´e paralela ao eixo y entra em W em y = x e sai de W em y = 1 − z. Ent˜ao, x ≤ y ≤ 1 − z. Logo, Z Z Z 1−z V (W ) = dydxdz . x
Dxz
Portanto:
e) V (W ) =
Z 1Z 0
0
1−x Z 1−z
f) V (W ) =
dydzdx
x
Z 1Z 0
0
1−z Z 1−z
dydxdz
x
Usemos o item (a) para calcular o volume de W . V (W ) =
Z 1Z 1Z 0
=
Z
1
0
=
1 2
x
1−y
dzdydx =
0
Z 1Z 0
i h x2 1 − x− dx = 1−
−
2
1 2
+
1 6
2
=
1 6
Z
1
(1 − y)dydx =
x 1
0
1 2
−x+
x2 2
Z
1
0
i h y2 1 dx = y−
dx =
2
h
x 2
−
x
x2 2
+
x3 6
i1 0
=
u.v.
Exerc´ıcio 4: Esboce o s´olido W cujo volume ´e dado pela integral iterada I=
Z 1Z 0
1
√
x
Z
1−y 2
dzdydx
0
e reescreva na ordem dxdydz. Solu¸c˜ ao: Temos, I=
ZZZ
dxdydz
W
3
2
onde W = {(x, y, z) ∈ R ; (x, y) ∈ Dxy , 0 ≤ z ≤ 1 − y } e Dxy : W sobre o plano xy.
UFF
√0 ≤ x ≤ 1 ´e a proje¸c˜ao de x≤y≤1
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y
7
y=1
1 Dxy
x=0
y=
√
x
x
1
De 0 ≤ z ≤ 1 − y 2 vemos que W ´e limitado superiormente pelo cilindro parab´olico z = 1 − y 2 e inferiormente pelo plano z = 0. Assim o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z 1
cilindro y =
√ x
cilindro parab´ olico z = 1 − y 2
W
plano x = 0
1 Dxy
y
plano z = 0
x Para expressar a integral I na ordem dxdydz, devemos projetar W sobre o plano yz. Temos que 0 ≤ z ≤ 1√ . Dyz : 0≤y ≤ 1−z
UFF
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´ Modulo 4 – Tutor
8
z 1
entra em x = 0
z 1
W (y, z) sai em x = y
sai em y =
entra em y = 0
2
Dyz
Dyz
z = 1 − y2 1
1
√ 1−z
y
y
x Al´em disso, a reta que passa por (y, z) ∈ Dyz e ´e paralela ao eixo x entra em W em x = 0 e sai de W em x = y 2. Logo, 0 ≤ x ≤ y 2 . Ent˜ao, I=
ZZ Z
0
Dyz
y2
dxdydz =
Z 1Z 0
0
√
1−z
Z
y2
dxdydz .
0
Exerc´ıcio 5: Use a integral tripla para encontrar o volume do s´olido a) W limitado pelo cilindro x = y 2 e os planos z = 0 e x + z = 1; b) W limitado pelos planos z + y = 8, z − y = 8, x = 0, x = 4 e z = 0. Solu¸c˜ ao: a) Esbo¸cando o cilindro x = y 2 e o plano x + z = 1, vemos que A = (1, −1, 0), B = (0, 0, 1) e C = (1, 1, 0) s˜ao comuns. Ligando-os temos a curva interse¸c˜ao. Considerando que W ´e tamb´em limitado pelo plano z = 0, temos o esbo¸co de W e sua proje¸c˜ao D sobre o plano xy representados na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 4 – Tutor
9
y z plano x + z = 1
B 1
entra em x = y 2 D
sai em z = 1 − x
W
cilindro x = y 2
sai em x = 1
1
1
x
−1
y (x, y)
A 1
C
x entra em z = 0
Temos W = {(x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D e 0 ≤ z ≤ 1 − x} e Dxy : temos:
ZZZ
V (W ) =
dV =
W
= =
Z Z
1
−1 1
−1
=2·
UFF
Z
1 2
(1 − x) dxdy = 2
−y +
15 − 10 + 3 30
1−x
dzdxdy = 0
Dxy
1
y2
ZZ Z
y4 2
=
Z
dy =
8 15
u.v.
ZZ
−1 ≤ y ≤ 1 . Portanto y2 ≤ x ≤ 1
(1 − x) dxdy =
Dxy 1
−1
h
Z i h x2 1 dy = x−
1 y 2
2
−
y3 3
y2
+
y5 10
i1
−1
1
−1
=2
h i 1 y4 2 1− − y − dy =
2
1 2
−
1 3
+
2
1 10
=
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 4 – Tutor
10
b) O esbo¸co do s´olido W est´a representado na figura que se segue.
z z
8
8
plano z − y = 8
D plano z + y = 8
W −8
4 D
8
x
y
4
x
0≤x≤4 . A reta que passa por 0≤z≤8 (x, z) ∈ D e ´e paralela ao eixo y entra em W em y = z − 8 e sai de W em y = 8 − z. Ent˜ao z − 8 ≤ y ≤ 8 − z. Portanto temos: ZZZ Z Z Z 8−z ZZ V (W ) = dV = dydxdz = (8 − z − z + 8) dxdz = Projetando W sobre o plano xz temos o retˆangulo Dxz :
W
=2
ZZ
Dxz
=2
Z
0
Dxz
(8 − z) dxdz = 2
z−8
Z 4Z 0
4
(64 − 32) dx = 2 · 32
Dxz
8
(8 − z) dzdx = 2
0
Z
0
Z
0
4
i h z2 8 dx = 8z − 2
0
4
dx = 64 · 4 = 256 u.v.
Exerc´ıcio 6: Calcule a massa do s´olido W no primeiro octante limitado por y = x2 , y = 9, z = 0, x = 0 e y + z = 9 se a densidade ´e dada por δ(x, y, z) = x. Solu¸c˜ ao: Esbo¸cando o cilindro y = x2 e o plano y + z = 9 vemos que A = (3, 9, 0) e B = (0, 0, 9) s˜ao pontos comuns. Ligando-os temos a curva interse¸c˜ao. Considerando que W ´e limitado pelos planos x = 0 e z = 0, temos o esbo¸co de W e a sua proje¸c˜ao D sobre o plano xy na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 4 – Tutor
11
z
y
9
sai em y = 9
9
cilindro y = x2 D sai em z = 9 − y
entra em y = x2
W plano y + z = 9
x
3 3
x plano z = 0
9
D
y
entra em z = 0
A reta que passa por (x, y) ∈ D e ´e paralela ao eixo z entra em W em z = 0 e sai de W em z = 9 − y. Ent˜ao, 0 ≤ z ≤ 9 − y. Logo, W = {(x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D e 0 ≤ z ≤ 9 − y} onde 0≤x≤3 . A massa de W ´e dada por Dxy : x2 ≤ y ≤ 9 M=
ZZZ
δ(x, y, z) dV =
W
=
ZZ
=
3
x(9 − y) dxdy =
Z
3
=
0
=
3
Z
x
0
Z
ZZ Z
81 · 9 4
81x 2
−
− 9x +
x5 2
36 12
=
9 · 81 4
+
dx =
35 4
=
x dzdxdy = 0
9 x2
(9 − y) dydx =
2
3
9−y
D
Z h i 81 x4 2 x 81 − − 9x − dx = 2
0
x dV =
W
D
Z
ZZZ
h
3
x
0
81x2 4
243 4
−
9x4 4
+
Z
0
i h y2 9 dx = x 9y − 2
81 2
− 9x2 +
i3
=
x6 12
3
0
x4 2
x2
dx =
u.m.
Exerc´ıcio 7: Seja W um s´olido limitado pelo cilindro x2 + y 2 = 1, com z ≥ 0, e pelos planos y = z e z = 0 com fun¸c˜ao densidade δ(x, y, z) = y. Calcule: a) A massa de W . b) O momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z. Solu¸c˜ ao:
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 4 – Tutor
12
a) Esbo¸cando o cilindro x2 + y 2 = 1, com z ≥ 0 e o plano y = z vemos que A = (1, 0, 0), B = (0, 1, 1) e C = (−1, 0, 0) s˜ao comuns `as superf´ıcies. Ligando-os temos a curva interse¸c˜ao. Considerando que W ´e limitado pelo plano z = 0, temos o s´olido W e a sua proje¸c˜ao D sobre o plano xy representados na figura que se segue. z sai em z = y
1
B
y 1 W C
entra em z = 0 D −1 1
(x, y)
D
1
x
y
A 1
x A reta que passa por (x, y) ∈ D e ´e paralela ao eixo z entra em W em z = 0 e sai de W em z = y. Logo, 0 ≤ z ≤ y. Assim, W = {(x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1 , y ≥ 0 e 0 ≤ z ≤ y}. Ent˜ao, ZZZ ZZZ ZZ Z y
M=
δ(x, y, z) dV =
y dV =
y dzdxdy =
0
W
=
ZZ
W
y · y dxdy =
D
ZZ
D
y 2 dxdy .
D
Passando para coordenadas polares temos y = r sen θ, dxdy = rdrdθ e Drθ : M=
ZZ
2
2
r sen θr drdθ =
Drθ
=
1
π 2
h 4 i1
r
0
=
UFF
r 4
0≤r≤1 . Ent˜ao, 0≤θ≤π
r 3 sen2 θ drdθ =
Drθ
Z
3
ZZ
Z 0
π 2
sen θ dθdr = 0
=
π 8
1 2
h i Z sen 2θ π θ− 2
0
1
r 3 dr =
0
u.m.
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 4 – Tutor
13
b) Temos, Iz =
ZZZ
2
x +y
W
=
ZZ
x2 + y 2 y
D
=
ZZ
2
Z
δ(x, y, z) dV =
=
0
x2 + y 2 y dV =
W
y
dzdxdy =
0
ZZ D
r 2 · r 2 sen2 θ · r drdθ =
Drθ
Z
ZZZ
ZZ
x2 + y 2 y 2 dxdy =
r 5 sen2 θ drdθ =
Drθ
1
r
5
Z
π 2
sen θ dθ = 0
1 2
h i Z sen 2θ π θ− 2
0
1
r 5 dr =
0
π 2
h 6 i1 r 6
0
=
π 12
.
Exerc´ıcio 8: Um s´olido tem a forma de um cilindro circular reto de raio de base a e altura h. Determine o momento de in´ercia do s´olido em rela¸c˜ao ao eixo de simetria, se a densidade no ponto P ´e proporcional `a distˆancia de P at´e a base do s´olido. Solu¸c˜ ao: Vamos escolher os eixos coordenados de tal maneira que o eixo de simetria seja o eixo z e a base esteja no plano xy. Ent˜ao a equa¸c˜ao da superf´ıcie cil´ındrica sobre o plano xy ´e x2 + y 2 = a2 , com 0 ≤ z ≤ h. z h
W
D
a
y
a x Ent˜ao W = {(x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ a2 e 0 ≤ z ≤ h}. Como a densidade em P = (x, y, z) ´e proporcional `a distˆancia de P `a base do s´olido W , a fun¸c˜ao densidade ´e δ(x, y, z) = kz, onde k ´e a constante de proporcionalidade.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 4 – Tutor
14
Portanto, o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z (eixo de simetria) ´e: ZZZ ZZZ 2 2 Iz = x + y δ(x, y, z) dV = k x2 + y 2 z dV = W
=k
W
ZZ Z
h 2
x +y
2
0
D
=k
ZZ
x2 + y 2
D
z dzdxdy = k
2
x +y
D
h 2 ih z 2
ZZ
0
=
kh2 2
ZZ
Z
h
z dzdxdy = 0
x2 + y 2 dxdy .
D
2
2
2
2
Passando para coordenadas polares, temos x + y = r , dxdy = r drdθ e Drθ : Logo, Iz =
ZZ
kh2 2
2
r · r drdθ =
kh2 2
Drθ
= =
UFF
kh2 2
Z
kh2 a4 8
0
a
r 3 drdθ =
0
0
0≤r≤a . 0 ≤ θ ≤ 2π
r 3 drdθ =
Drθ
2π Z
Z
ZZ
2π
dθ =
kπh2 a4 4
kh2 2
Z
0
2π
h 4 ia r 4
0
dθ =
.
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – Lista 4 Exerc´ıcio 1: Seja a integral iterada I=
Z 1Z 0
0
−1
Z
y2
dzdydx .
0
a) Esboce o s´olido W cujo volume ´e dado pela integral I. b) Escreva cinco outras integrais iteradas que sejam iguais `a integral I. Solu¸c˜ ao: a) Temos que I=
ZZZ
dxdydz
W
com W = (x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ Dxy e 0 ≤ z ≤ y 2
onde
Dxy = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 1 e − 1 ≤ y ≤ 0 .
O esbo¸co de Dxy , que representa a proje¸c˜ao do s´olido W no plano xy est´a representado na figura que se segue. z
y −1 1
x
Dxy
y
Dxy −1
1
x
Consideremos a por¸c˜ao da superf´ıcie z = y 2, dita cilindro parab´olico, que se projeta em Dxy . Considerando que z varia de 0 a y 2 , obtemos o esbo¸co de W na figura que se segue.
´ Calculo III-A
Lista 4
52
z
W −1
y 1
x b) Como Dxy ´e um retˆangulo ent˜ao I=
Z
0
−1
Z 1Z 0
y2
dzdxdy .
0
Projetando W sobre o plano yz, encontramos Dyz que ´e esbo¸cado na figura que se segue. z
z
Entra em y = −1
Sai em z = y 2
√ z
Dyz
Dyz
y
−1
Sai em y =
−1
y
Entra em z = 0
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
53
Temos ou
Dyz = (y, z); −1 ≤ y ≤ 0 , 0 ≤ z ≤ y 2
√ Dyz = (y, z); 0 ≤ z ≤ 1 , −1 ≤ y ≤ z .
Considerando um ponto P = (x, y, z) no interior de W e uma reta paralela ao eixo x, passando por P , orientada no sentido do crescimento de x, vemos que ela entra em W em x = 0 e sai de W em x = 1. Ent˜ao 0 ≤ x ≤ 1. Assim, W = (x, y, z) ∈ R3 ; (y, z) ∈ Dyz e 0 ≤ x ≤ 1 . Logo
1
ZZ Z
I=
dxdydz .
0
Dyz
portanto Z
I= ou I=
Z
0
−1 1
0
y2
Z
Z
0
Z
1
Z
1
dxdzdy
0
√
z
dxdydz .
0
−1
Finalmente, projetando W sobre o plano xz encontramos o quadrado Dxz na figura que se segue. z
1 Dxz
x
1
Considerando um ponto P = (x, y, z) no interior de W e por P uma reta paralela ao eixo y, orientada √ no sentido do crescimento de y, vemos que ela entra em W em y = −1 e sai de W em y = z. √ Logo, −1 ≤ y ≤ z . Ent˜ao, √ W = (x, y, z) ∈ R3 ; (x, z) ∈ Dxz e − 1 ≤ y ≤ z . Logo
I=
ZZ Z
√
dydxdz .
−1
Dxz
portanto I=
Z 1Z 1Z 0
UFF
z
0
√
z
dydxdz
−1
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
ou I=
Z 1Z 1Z 0
0
√
54
z
dydzdx .
−1
Exerc´ıcio 2: Seja o s´olido W limitado pelas superf´ıcies x2 + y 2 = 1, z + y = 2 e z = 0. a) Esboce W . b) Calcule a massa de W , supondo que a densidade em (x, y, z) ´e dada por δ(x, y, z) = z. Solu¸c˜ ao: a) Inicialmente, tra¸camos o cilindro x2 +y 2 = 1. Em seguida, tra¸camos no plano yz, a reta y +z = 2, que intercepta o cilindro em A e B. Pelo ponto C = (0, 0, 2) da reta, tra¸camos uma paralela ao eixo x, que intercepta o cilindro em D e E. Ligando os pontos A, B, D e E, obtemos a curva interse¸c˜ao do cilindro com o plano. Assim, temos o s´olido W . z B
E 2
z =2−y
C
D
W
A −1
x
1
1
2
y
Dxy z=0
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
55
b) Temos W = (x, y, z); (x, y) ∈ Dxy , 0 ≤ z ≤ 2 − y
onde Dxy ´e dado por Dxy : x2 + y 2 ≤ 1. Temos, M=
ZZZ
δ(x, y, z) dV =
=
Dxy
z2 2
z dV =
i2−y
dxdy =
0
1 2
ZZ
Z Z Z
2−y
z dz dxdy =
0
Dxy
W
W
ZZ h
ZZZ
(4 − 4y + y 2) dy .
Dxy
Aplicando coordenadas polares, temos, e Drθ :
x = r cos θ y = r sen θ dxdy = rdrdθ
0≤r≤1 . Ent˜ao, 0 ≤ θ ≤ 2π 1 2
M=
ZZ
(4 − 4r sen θ + r 2 sen2 θ) r drdθ =
Drθ
= = =
1 2
Z
2πZ 1
1 2
Z
2π
1 2
Z
2π
0
0
0
0
(4r − 4r 2 sen θ + r 3 sen2 θ) drdθ =
h
2r
h
2−
2
r3 −4 3 4 3
sen θ +
sen θ +
1 4
r4 4
2
sen θ
i1 0
dθ =
i sen2 θ dθ =
h i 4 sen 2θ 2π 1 1 1 = 2θ + cos θ + · θ− = 2
3
4
2
2
0
1 π 17π = u.m. 4π + = 2
4
8
Exerc´ıcio 3: Calcule a massa do s´olido W limitado pelos planos x = 0, y = 0, z = 0, y + z = 1 e x + z = 1, sendo a densidade δ(x, y, z) = z. Solu¸c˜ ao: Esbo¸co do s´olido W Para esbo¸car o plano y + z = 1, tra¸camos inicialmente a reta y + z = 1 no plano yz. Como a equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel x ent˜ao por pontos da reta tra¸camos retas paralelas ao eixo x. Analogamente, esbo¸camos o plano x+z = 1. Observemos que os pontos A = (0, 0, 1) e B = (1, 1, 0) UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
56
s˜ao comuns aos dois planos. Ligando-os por uma reta, obtemos a curva interse¸c˜ao. Considerando que W ´e limitado pelos planos coordenados, temos assim o esbo¸co na figura que se segue. z
z
1 1 A
sai em z = 1 − x sai em y = 1 − z
Dxz
x
1
entra em y = 0
entra em z = 0
W Dxz 1
y
1 B
x
Devemos projetar W no plano xz ou no plano yz, pois para projetar W no plano xy devemos dividir W em duas partes, usando o plano y = x. Ent˜ao, projetemos W no plano xz. Imaginando atrav´es de W uma reta paralela ao eixo y, orientada como o eixo y, vemos que ela entra em W em y = 0 e sai de W em y = 1 − z. Portanto: W : (x, y, z) ∈ R3 ; (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ 1 − z 0≤x≤1 . A massa M do s´olido W ´e: com Dxz : 0≤z ≤1−x M=
ZZZ
ZZZ
δ(x, y, z) dV =
W
=
ZZ
W
z(1 − z) dxdz =
Dxz
=
UFF
Z
1 0
ZZ
z−z
Dxz
h
z2 2
z dV =
−
z3 3
i1−x 0
dx =
Z
0
1
h
ZZ
Dxz 2
(1 − x)2 2
dxdz =
z
Z
dydxdz =
0
Z 1Z 0
−
1−z
(1 − x)3 3
i
1−x 0
z − z2
dz =
dx .
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
57
Fazendo u = 1 − x temos dx = −du. Para x = 0 temos u = 1 e para x = 1 temos u = 0. Ent˜ao, Z 0 2 Z 1 2 Z 0 2 u3 u3 u3 u u u − − − (−du) = − du = du = M= 2
1
=
h
u3 6
−
u4 12
3
i1 0
=
1 6
1
−
1 12
=
1 12
2
3
2
0
3
u.m.
Exerc´ıcio 4: Use uma integral tripla para encontrar o volume do s´olido no primeiro octante, limitado pelos gr´aficos das equa¸c˜oes y 2 + z 2 = 4, x + y = 2, z = 0, y = 0 e x = 0. Solu¸c˜ ao: Esbo¸co da superf´ıcie y 2 + z 2 = 4 (cilindro circular) com x, y, z ≥ 0 No plano yz tra¸camos o arco da circunferˆencia y 2 + z 2 = 4 com y ≥ 0 e z ≥ 0. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel x, ent˜ao por pontos do arco tracemos semirretas paralelas ao eixo x, com x ≥ 0. z 2
2
y
x Esbo¸co da superf´ıcie x + y = 2 (plano) com x, y, z ≥ 0 No plano xy tra¸camos a reta x + y = 2 com x ≥ 0 e y ≥ 0. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel z, ent˜ao por pontos dos segmentos da reta tracemos paralelas ao eixo z, com z ≥ 0.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
58
z
2
y
2
x Esbo¸co do s´olido W Observemos que o ponto A = (2, 0, 2) e B = (0, 2, 0) s˜ao comuns `as duas superf´ıcies. Ligando-os por uma curva temos a interse¸c˜ao. Considerando que o s´olido ´e tamb´em limitado pelos planos x = 0, y = 0 e z = 0, temos o esbo¸co de W na figura que se segue. z 2
entra em x = 0
A W
2 B
y 2
sai em x = 2 − y
x Temos que: V (W ) =
ZZZ
dV .
W
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
59
Para calcular a integral, vamos projetar o s´olido no plano yz. z 2
y2 + z 2 = 4
Dyz
y
2
Imaginemos uma reta paralela ao eixo x atrav´es de W , orientada como o eixo x. Vemos que ela entra em W em x = 0 e sai de W em x = 2 − y. Ent˜ao temos: W : (x, y, z) ∈ R3 ; (y, z) ∈ Dyz e 0 ≤ x ≤ 2 − y . Assim,
V (W ) =
ZZ Z
2−y
dxdydz =
0
Dyz
ZZ
(2 − y)dydz .
Dyz
Calculemos a integral utilizando coordenadas polares. y = r cos θ z = r sen θ dydz = r drdθ y 2 + z2 = r2 0≤r≤2 . Ent˜ao, e Drθ : 0 ≤ θ ≤ π/2 V (W ) =
ZZ
(2 − r cos θ) r drdθ =
Drθ
=
Z
0
π/2
Z h i2 r3 2 r − cos θ dθ = 3
0
0
π/2
Z
0
4−
h iπ/2 8 8 = 4θ − sen θ = 2π − u.v. 3
UFF
0
π/2Z 2 0
8 3
2r − r 2 cos θ drdθ =
cos θ dθ =
3
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
60
Exerc´ıcio 5: Calcule o volume do s´olido W limitado pelas superf´ıcies z = −y, y = x2 − 1 e z = 0. Solu¸c˜ ao: Primeiramente, esbo¸camos o cilindro parab´olico y = x2 − 1. Em seguida, desenhamos o plano bissetor z = −y, destacando alguns pontos comuns: A = (0, −1, 1), B = (1, 0, 0) e C = (−1, 0, 0). Ligamos esses pontos por uma curva que representa a interse¸c˜ao das duas superf´ıcies. Considerando que o s´olido ´e limitado pelo plano z = 0, temos o s´olido W representado na figura que se segue. y z y=0 A
1
−1
x
1 Dxy
W z = −y −1
y
z=0 1
−1
y = x2 − 1
C −1
B
x
(
Projetando W sobre o plano xy, encontramos a regi˜ao Dxy :
2
−1 ≤ x ≤ 1
x −1≤y ≤0
. Por um ponto
(x, y, z) no interior de W , tra¸camos uma reta paralela ao eixo z. Essa reta intercepta a fronteira inferior de W no plano xy onde z = 0 e intercepta a fronteira superior no plano z = −y. Logo, 0 ≤ z ≤ −y. Assim, W = {(x, y, z); (x, y) ∈ Dxy , 0 ≤ z ≤ −y} . Ent˜ao, V (W ) =
ZZZ W
=− =
UFF
1 2
Z Z
1
−1 1
−1
Z
dV =
ZZ Z
dzdxdy =
0
Dxy
0
x2 −1
−y
y dydx = −
Z
ZZ
(−y) dxdy =
Dxy 1
−1
h
y2 2
i0
x2 −1
dx =
1 2
Z
1
−1
x2 − 1
2
dx =
h i1 1 x5 2x3 1 2 4 8 x4 − 2x2 + 1 dx = − +x = − +2 = u.v. 2
5
3
−1
2
5
3
15
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
Exerc´ıcio 6: Calcule
ZZZ
61
24z dxdydz, onde W ´e o s´olido limitado por x + y + z = 2, x = 0, y = 0,
W
z = 0 e z = 1.
Solu¸c˜ ao: Em primeiro lugar, tra¸camos o plano x + y + z = 2 e em seguida esbo¸camos o plano z = 1. Considerando que W ´e limitado pelos planos x = 0 e y = 0, temos o esbo¸co de W na figura que se segue. z z 2 2 x+z =2 1 Dxz
x=0
1
x=2−z
1
W
2
x
y =2−x−z
y=0
2
y
2
x
Projetando W sobre o plano xz temos a regi˜ao Dxz :
(
0≤z≤1
. Considerando uma paralela 0 ≤x≤2−z ao eixo y por um ponto (x, y, z) no interior de W , vemos que essa paralela intercepta a fronteira de W no plano xz onde y = 0 e depois no plano x + y + z = 2 onde y = 2 − x − z. Logo, 0 ≤ y ≤ 2 − x − z. Assim, W = {(x, y, z); (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ 2 − x − z} . Ent˜ao, ZZZ
24z dV = 24
0
W
= 24
Dxz
Z
0
UFF
ZZ Z
1
Z
0
2−x−z
ZZ z dydxdz = 24 z(2 − x − z)dxdz = Dxz
2−z 2
2z − xz − z dxdz = 24
Z
0
1
i2−z h x2 z 2 dz = −z x 2zx − 2
0
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
62
Z 1h i (2 − z)2 z − z 2 (2 − z) dz = = 24 2z(2 − z) − 2
0
Z 1 4z − 4z 2 + z 3 = 24 − 2z 2 + z 3 dz = 4z − 2z 2 − 2
0
1
= 12
Z
1
= 12
Z
0
8z − 4z 2 − 4z + 4z 2 − z 3 − 4z 2 + 2z 3 dz =
i h z4 1 4z 3 + = 4z − 4z 2 + z 3 dz = 12 2z 2 − 3
0
4
0
4 1 = 12 2 − + = 11 . 3
4
Exerc´ıcio 7: Encontre a massa e a coordenada z do centro de massa do s´olido W limitado pelos gr´aficos das equa¸c˜oes z = 4 − x, z = 0, y = 0, x = 0 e y = 4 sendo a densidade δ(x, y, z) = kx, onde k > 0 ´e uma constante. Solu¸c˜ ao: Esbo¸co do s´olido W No plano xz esbo¸camos a reta x + z = 4. Como esta equa¸c˜ao n˜ao depende da vari´avel y, ent˜ao por pontos da reta tra¸camos retas paralelas ao eixo y. z
4
y 4
x
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
63
Considerando que W ´e tamb´em limitado pelos planos x = 0, y = 0, z = 0 e y = 4 temos o s´olido W na figura que se segue. z 4 sai em z = 4 − x
W
4
4
y
x entra em z = 0
A massa de W ´e dada por M=
ZZZ
δ(x, y, z) dV = k
W
ZZZ
x dV .
W
Para calcular a integral, devemos projetar Wsobre algum plano coordenado. Vamos projetar W no 0≤x≤4 plano xy. Encontramos o quadrado Dxy : . Imaginando uma reta paralela ao eixo 0≤y≤4 z, atrav´es de W , orientada como o eixo z, vemos que ela entra em W em z = 0 e sai de W em z = 4 − x. Ent˜ao, W : (x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ Dxy e 0 ≤ z ≤ 4 − x . Assim,
M =k
ZZ Z
4−x
x dzdxdy = k
0
Dxy
=k
Z 4Z 0
=
128k 3
x(4 − x) dxdy =
Dxy
4 2
0
ZZ
4x − x
u.m.
dxdy = k
Z
4 0
Z h i4 x3 32k 2 2x − dy = 3
0
3
4
dy =
0
A componente z ´e dada por: Mz =
ZZZ W
C´alculo de
ZZZ
z δ(x, y, z) dV = k
ZZZ
xz dV .
W
xz dV
W
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
Temos, ZZ Z
4−x
xz dzdxdy = 0
Dxy
=
1 2
Z
ZZ
Dxy 4
0
x
16x − 8x2 + x3
Z
h 2 i4−x z 2
0
64
dxdy =
ZZ
Dxy
4
dydx = 2 0
1 2
Z
x 4 − x2 dxdy =
4
16x − 8x2 + x3 dx =
0
h i 8x3 x4 4 128 8 × 64 = 2 8x2 − + + 64 = . = 2 8 × 16 − 3
Logo, substituindo acima, temos
4
3
0
128k 3
z=
3
128k 3
portanto z = 1.
Exerc´ıcio 8: Encontre o momento de in´ercia Iz do s´olido no primeiro octante, limitado pelos gr´aficos das equa¸c˜oes z = y, x2 + y 2 = 1, z = 0 e x = 0 se a densidade ´e dada por δ(x, y, z) = kz, onde k > 0 ´e uma constante. Solu¸c˜ ao: Esbo¸co do s´olido W No primeiro octante esbo¸camos o cilindro x2 + y 2 = 1. Em seguida, esbo¸camos o plano z = y, destacando alguns pontos comuns como A = (1, 0, 0) e B = (0, 1, 1). Ligando-os por uma curva, temos a curva interse¸c˜ao. Considerando que o s´olido ´e limitado pelos planos z = 0 e x = 0, temos o esbo¸co de W na figura que se segue. z
y sai em z = y
1
B
x2 + y 2 = 1
Dxy
W
1 1 A
x
UFF
x
y
1 entra em z = 0 Dxy
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
65
O momento de in´ercia Iz ´e dado por: ZZZ ZZZ 2 2 Iz = x + y δ(x, y, z) dV = k W
x2 + y 2 z dV .
W
C´alculo da integral Projetando W no plano xy encontramos a regi˜ao Dxy : x2 + y 2 ≤ 1, x ≥ 0 e y ≥ 0. Imaginando uma reta paralela ao eixo z atrav´es de W , orientada como o eixo z, vemos que ela entra em W em z = 0 e sai de W em z = y. Ent˜ao 0 ≤ z ≤ y. Assim, ZZ Z y ZZ h z 2 iy 2 2 dxdy = Iz = k x + y z dzdxdy = k x2 + y 2 2
0
Dxy
=
k 2
ZZ
0
Dxy
x2 + y 2 y 2 dxdy .
Dxy
Passando para coordenadas polares temos e Drθ :
x = r cos θ y = r sen θ dxdy = r drdθ x2 + y 2 = r 2
0≤r≤1 . Ent˜ao, 0 ≤ θ ≤ π/2 Iz =
k 2
ZZ
2
k 2
2
r (r sen θ) r drdθ =
Drθ
=
k 2
Z
π/2 2
sen θ 0
h 6 i1 r 6
Da trigonometria temos que sen2 θ = Z
2
sen θ dθ =
0
dθ =
1 − cos 2θ 2
Z
Iz =
UFF
·
1 2
Z
π/2
Z
2
sen θ
0
1
r 5 drdθ =
0
π/2
sen2 θ dθ .
0
. Logo,
1 − cos 2θ 2
Assim, k 12
k 12
Z
dθ =
1 2
sen 2θ θ− +C. 2
h i kπ sen 2θ π/2 = θ− . 2
0
48
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
66
Exerc´ıcio 9: Seja W um s´olido limitado pelas superf´ıcies z = y 2, z = 2 − y 2 , x = 0 e x + z = 4. a) Esboce W . b) Calcule o volume de W . Solu¸c˜ ao: a) Inicialmente, encontremos os pontos de interse¸c˜ao das duas par´abolas: z = y2 ⇔ y 2 = 2 − y 2 ⇔ 2y 2 = 2 ⇔ y = ±1 . z = 2 − y2 Por pontos das par´abolas tra¸camos paralelas ao eixo x (por exemplo, (0, 0, 2), (0, 0, 0), (0, −1, 1) e (0, 1, 1)). No plano xz, tra¸camos a reta x + z = 4, que intercepta as superf´ıcies anteriores em A e B. Por (0, 0, 1), tra¸camos uma paralela ao eixo x, que intercepta a reta em C. Por C, tra¸camos uma paralela ao eixo y, que intercepta as superf´ıcies anteriores em D e E. Ligando A, E, B e D por uma curva fechada, obtemos o s´olido W .
z 4
(0, 0, 2)
x=0
A (0, 0, 1) D
W
C E
y x
UFF
B = (4, 0, 0)
x=4−z
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
67
b) Projetando W sobre o plano yz encontramos Dyz .
z 2 z = 2 − y2 1
z = y2
y Ent˜ao descrevemos W por: W = (x, y, z); (y, z) ∈ Dyz e 0 ≤ x ≤ 4 − z .
Temos, V (W ) =
ZZZ
dxdydz =
W
= = =
Z
1
−1
Z
y2
Z 1h
1 2
Z
1
−1
0
Dyz
2−y 2
1 2
−1
Z Z Z
(4 − z) dzdy =
Z
1
−1
4−z
ZZ dx dydz = (4 − z) dydz = Dyz
Z 1h i2−y2 i2−y2 h 1 z2 dy = 8z − z 2 dy = 4z − 2
2
y2
−1
y2
i 16 − 8y 2 − 4 + 4y 2 − y 4 − 8y 2 − y 4 dy =
(12 − 12y 2) dy =
1 2
i1 h 1 = · 2(12 − 4) = 8 u.v. 12y − 4y 3 −1
2
Exerc´ıcio 10: Seja W o s´olido limitado pelas superf´ıcies z + x2 = 4, y + z = 4, y = 0 e z = 0. a) Esboce W . b) Calcule, por integral tripla, o volume do s´olido W . Solu¸c˜ ao: a) Para esbo¸car a superf´ıcie z + x2 = 4 (dita cilindro parab´olico), tra¸camos no plano y = 0, a par´abola z = 4 − x2 . Como a equa¸c˜ao n˜ao cont´em a vari´avel y, ent˜ao por pontos da par´abola (por exemplo A = (0, 0, 4), (2, 0, 0) e (−2, 0, 0)) tra¸camos paralelas ao eixo y. No plano x = 0, tra¸camos a reta y + z = 4, que intercepta o cilindro em A = (0, 0, 4). Para esbo¸car o plano, devemos tra¸car paralelas ao eixo x, por pontos da reta. Em particular, por (0, 4, 0). Esta paralela intercepta o cilindro nos pontos B e C. A curva que passa por B, A e C UFF
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´ Calculo III-A
Lista 4
68
z A = (0, 0, 4)
W
y =4−z
y=0 (−2, 0, 0)
C (0, 4, 0)
(2, 0, 0)
B
y
x representa a curva interse¸c˜ao do plano com o cilindro. Considerando os planos y = 0 e z = 0, temos o esbo¸co de W . b) Temos V (W ) =
ZZZ
dxdydz, onde W pode ser descrito por:
W
onde
W = (x, y, z); (x, z) ∈ Dxz e 0 ≤ y ≤ 4 − z Dxz = (x, z) ∈ R2 ; −2 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ z ≤ 4 − x2 . z
4 z = 4 − x2
−2
2
x
z=0
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 4
Ent˜ao, V (W ) =
4−z
Z Z Z
dy dxdz =
0
Dxz
=
Z
2
1 2
Z
−2
=
Z 2
4−x2 0
(4 − z) dzdx =
ZZ
(4 − z) dxdz =
Dxz
Z
2
−2
i 2 h z 2 4−x dx = 4z − 2
0
1 32 − 8x − 16 + 8x − x dx = 2
−2
69
2
4
2
Z
2
−2
16 − x4 dx =
h i2 1 x5 128 1 32 = · 2 32 − 16x − = = u.v. 2
UFF
5
−2
2
5
5
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C´alculo III-A – M´odulo 5 Aula 9 – Mudan¸ca de Vari´aveis na Integral Tripla Objetivo • Aprender a fazer mudan¸ca de vari´aveis em integrais triplas. • Estudar a mudan¸ca de vari´aveis cil´ındricas.
Aqui temos um resultado similar `a mudan¸ca de vari´aveis em integral dupla: ZZZ ZZZ f (x, y, z) dxdydz = f x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w) |J| dudvdw W
Wuvw
onde
∂(x, y, z) J= = ∂(u, v, w)
∂x ∂u ∂y ∂u ∂z ∂u
∂x ∂v ∂y ∂v ∂z ∂v
´e o jacobiano da mudan¸ca de vari´aveis
∂x ∂w ∂y ∂w ∂z ∂w
6= 0
ϕ(u, v, w) = (x, y, z) = x(u, v, w), y(u, v, w), z(u, v, w) e Wuvw = ϕ(W ).
Um caso particular de mudan¸ca de vari´ aveis Coordenadas cil´ındricas
´ Calculo III-A
´ Modulo 5
2
z As coordenadas cil´ındricas (r, θ, z) s˜ao definidas por x = r cos θ y = r sen θ ∴ x2 + y 2 = r 2 z=z
P
z x
com r ≥ 0, θ0 ≤ θ ≤ θ0 + 2π, para algum θ0 e z ∈ R.
θ
y
r
y
x As coordenadas r e θ s˜ao as mesmas que as coordenadas polares e, portanto, as suas varia¸c˜oes s˜ao encontradas na proje¸c˜ao de W no plano xy. A varia¸c˜ao de z ´e encontrada diretamente no s´olido. Supondo que z1 (x, y) ≤ z ≤ z2 (x, y), ent˜ao a varia¸c˜ao de z ser´a z1 (r cos θ, r sen θ) ≤ z ≤ z2 (r cos θ, r sen θ) . Calculando o jacobiano da transforma¸c˜ao cil´ındrica, encontramos J=
∂(x, y, z) =r ∂(r, θ, z)
(Verifique!)
Logo,
ZZZ
f (x, y, z) dxdydz =
W
ZZZ
f (r cos θ, r sen θ, z) r drdθdz
Wrθz
´e a f´ormula da integral tripla em coordenadas cil´ındricas.
Exemplo 1 Calcule
ZZZ
(zx2 + zy 2 ) dxdydz, sendo W o s´olido limitado pelo cilindro x2 + y 2 ≤ 1, pelo plano
W
z = 0 e pelo paraboloide z = 4 − x2 − y 2. Solu¸c˜ao: De z = 4 − x2 − y 2 e x2 + y 2 = 1, temos z = 3. Isso significa que as superf´ıcies apresentam interse¸c˜ao no plano z = 3. O esbo¸co de W ´e: Passando para coordenadas cil´ındricas, temos x= y= z= dxdydz = 2 x + y2 = UFF
r cos θ r sen θ z . r drdθdz r2 IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5
3
z 4 z = 4 − x2 − y 2 3 W P = (x, y, z)
y
1 z=0
1
x Seja P = (x, y, z) ∈ W . Uma reta por P , paralela ao eixo z, intercepta a fronteira de W em z = 0 e z = 4 − x2 − y 2 = 4 − r 2 . Logo, 0 ≤ z ≤ 4 − r 2 . Como a proje¸c˜ao de W no plano xy ´e o disco x2 + y 2 ≤ 1, ent˜ao 0 ≤ r ≤ 1 e 0 ≤ θ ≤ 2π. Logo o conjunto Wrθz ´e dado por: 0≤r≤1 . Wrθz : 0 ≤ θ ≤ 2π 0 ≤ z ≤ 4 − r2 Temos,
ZZZ W
2
zx + zy
2
dxdydz =
ZZZ
=
ZZZ
zr 2 · r drdθdz
=
ZZZ
zr 3 drdθdz
z x2 + y 2 dxdydz
W
Wrθz
Wrθz
= =
Z Z
= π
UFF
1
r
3
0 1
r
3
0
Z
Z
0
2π Z 4−r 2
h 2 i4−r2 Z z 2
z dzdθdr
0
0
2π
dθdr
0
1
r 3 (4 − r 2 )2 dr 0
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5
4
= π
Z
1
16r 3 − 8r 5 + r 7 dr
0
h = π 4r 4 − =
67π 24
4r 6 3
+
r8 8
i1 0
.
Aula 10 – Integral Tripla em Coordenadas Esf´ericas.
Objetivo • Estudar a mudan¸ca de vari´aveis esf´ericas.
z As coordenadas esf´ericas (ρ, φ, θ) s˜ao definidas por x = ρ sen φ cos θ y = ρ sen φ sen θ ∴ x2 + y 2 + z 2 = ρ2 z = ρ cos φ
P φ ρ
z
y y
com ρ ≥ 0, 0 ≤ φ ≤ π, θ0 ≤ θ ≤ θ0 + 2π, para algum θ0 .
x
θ
x A coordenada ρ mede a distˆancia do ponto P `a origem (portanto ρ ≥ 0). A coordenada θ ´e a mesma que a coordenada cil´ındrica e sua varia¸c˜ao ´e encontrada na proje¸c˜ao de W no plano xy. A coordenada φ ´e o ˆangulo entre o eixo z positivo (onde φ = 0) e a semirreta OP . A varia¸c˜ao m´axima de φ ´e 0 ≤ φ ≤ π. Calculando o jacobiano da transforma¸c˜ao esf´erica, temos: J=
∂(x, y, z) = ρ2 sen φ ∂(ρ, φ, θ)
(Verifique!)
Logo,
ZZZ W
UFF
f (x, y, z) dV =
ZZZ
f (ρ sen φ cos θ, ρ sen φ sen θ, ρ cos φ) ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5
5
´e a f´ormula da integral tripla em coordenadas esf´ericas.
Exemplo 1 Calcule o volume da esfera W : x2 + y 2 + z 2 ≤ a2 , (a > 0). Solu¸c˜ao: O esbo¸co de W ´e:
z a
W a
a
y
x Passando para coordenadas esf´ericas, temos x= y= z= dV = dxdydz = 2 2 2 x +y +z =
ρ sen φ cos θ ρ sen φ sen θ ρ cos φ . ρ2 sen φ dρdφdθ ρ2
A equa¸c˜ao da esfera x2 + y 2 + z 2 = a2 fica ρ = a. Logo, o conjunto Wρφθ ´e dado por:
Wρφθ
UFF
0≤ρ≤a 0≤φ≤π . : 0 ≤ θ ≤ 2π
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´ Calculo III-A
´ Modulo 5
Como V (W ) =
ZZZ
6
dxdydz ent˜ao:
W
ZZZ
V (W ) =
ρ2 sen φ dρdφdθ
Wρφθ
Z
=
a 2
ρ
0
= 2π
π
Z
sen φ
0
a
Z
2
ρ
Z
π
sen φ dφdρ
= 2π − cos φ h 3 ia ρ 3
4πa3
=
3
dθdφdρ
0
0
0
= 4π
2π
Z
π 0
Z
a
ρ2 dρ 0
0
u.v.
Exemplo 2 Calcule o volume do elipsoide W :
x2 a2
+
y2 b2
+
z2 c2
≤ 1, (a, b, c > 0).
Solu¸c˜ao: Fa¸camos a mudan¸ca de vari´aveis
Temos
∂(x, y, z) = J= ∂(u, v, w)
Logo,
∂x ∂u ∂y ∂u ∂z ∂u
x = au y = bv z = cw ∂x ∂v ∂y ∂v ∂z ∂v
∂x ∂w ∂y ∂w ∂z ∂w
a 0 0 = 0 b 0 0 0 c
= abc 6= 0 .
dxdydz = |J| dudvdw = abc dudvdw . 2
2
O elipsoide W : xa2 + yb2 + ZZZ V (W ) = dxdydz, ent˜ ao:
z2 c2
≤ 1 ´e transformado na esfera Wuvw : u2 + v 2 + w2 ≤ 1.
Como
W
V (W ) =
ZZZ
Wuvw
UFF
|J| dudvdw = abc
ZZZ
dudvdw = abc V (Wuvw ) = abc ·
4 4 · π · 13 = πabc . 3 3
Wuvw
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´ Calculo III-A
´ Modulo 5
Exerc´ıcio 1: Calcule
ZZZ
x2 + y 2
W
7
dV , onde W ´e a regi˜ao interior ao cilindro x2 + y 2 = 1 e
`a esfera x2 + y 2 + z 2 = 4. ZZZ p Exerc´ıcio 2: Calcule x2 + y 2 dV , onde W ´e a regi˜ao limitada por z = x2 + y 2 − 4 e W
z = 4 − x2 − y 2 .
2 2 Exerc´ıcio 3: Use a integral p tripla para calcular o volume do s´olido W acima do paraboloide z = x +y e abaixo do cone z = x2 + y 2 .
Exerc´ıcio 4: Calcule
ZZZ W
x2 + y 2 + z 2 dV , sendo W a regi˜ao limitada superiormente pela esfera
x2 + y 2 + z 2 = 16 e inferiormente pelo cone z =
p x2 + y 2 .
Exerc´ıcio 5: Calcule o volume do r s´olido W que est´a dentro da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, acima do x2 + y 2 3
plano z = 0 e abaixo do cone z =
.
Exerc´ıcio 6: Fa¸ca o esbo¸co do s´olido W cujo volume ´e dado pela integral Z
0
π/3Z 2πZ sec φ 0
ρ2 sen φ dρdθdφ
0
e calcule essa integral. Exerc´ıcio 7: Verificar que o centro de massa de uma esfera de raio 1 coincide com o seu centro, sabendo-se que a sua distribui¸c˜ao de massa ´e homogˆenea. Exerc´ıcio 8: Calcule o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z do s´olido limitado por z = 4−x2 −y 2 e z = 0, sabendo que a densidade em um ponto ´e proporcional `a distˆancia de P ao plano xy.
UFF
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C´alculo III-A – M´odulo 5 – Tutor Exerc´ıcio 1: Calcule
ZZZ
(x2 + y 2) dV , onde W ´e a regi˜ao interior ao cilindro x2 +y 2 = 1 e `a esfera
W
x2 + y 2 + z 2 = 4. √ Solu¸c˜ ao: De x2 + y 2 + z 2 = 4 e x2 + y 2 = 1, temos z 2 = 3, portanto z = ± 3 e x2 + y 2 = 1. Assim, o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z sai em z =
2 √
p
4 − x2 − y 2
3
W
1
y
entra em z = −
p 4 − x2 − y 2
1
x
√ − 3
Da figura vemos que o n p p W = (x, y, z); (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 1 e − 4 − x2 − y 2 ≤ z ≤ 4 − x2 − y 2 . Passando para coordenadas cil´ındricas, temos: 2 x + y 2 = r2 dV = r dr dθ dz e W ´e descrito por Wrθz
0 ≤ θ ≤ 2π 0 ≤ r ≤ 1√ : √ − 4 − r2 ≤ z ≤ 4 − r2
´ Calculo III-A
´ Modulo 5 – Tutor
2
Logo, ZZZ
2
x +y
W
= 2π
Z
1
r
3
0
Z
2 √
dV =
ZZZ
2
r · r drdθdz =
Wrθz
4−r 2
√ − 4−r 2
dzdr = 2π
Z
1 0
Z
1
r
3
Z
√
4−r 2
√ − 4−r 2
0
Z
2π
dθdzdr =
0
√ r 3 · 2 4 − r 2 dr .
Fazendo u = 4 − r 2 , teremos du = −2r dr e r 2 = 4 − u. u=4 r=0 . Assim, teremos Para u=3 r=1 ZZZ
2
x +y
W
= 2π
Z
2
dV = 2π
1/2
−u
3
= 2π = 2π
h
8 3
64 3
·8− −
Exerc´ıcio 2: Calcule
64 5
2 5
3/2
(4 − u)u h
du = 2π 4 ·
1/2
(−du) = −2π
2 3/2 u 3
−
2 5/2 u 5
i4 3
Z
4
3
4u1/2 − u3/2 du =
=
√ √ i 8 2 · 32 − ·3 3− ·9 3 = √
−8 3+
ZZZ W
4 − x2 − y 2 .
3
4
4
4u
Z
p
3
5
18 √ 3 5
=π
256 15
−
√ 44 3 5
.
x2 + y 2 dV , onde W ´e a regi˜ao limitada por z = x2 + y 2 − 4 e z =
Solu¸c˜ ao: De z = x2 + y 2 − 4 e z = 4 − x2 − y 2, temos 2x2 + 2y 2 = 8, portanto x2 + y 2 = 4 e z = 0. O que significa que a interse¸c˜ao ocorre no plano z = 0 segundo a circunferˆencia x2 + y 2 = 4. Assim, o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5 – Tutor
3
z 4
sai em z = 4 − x2 − y 2
W
y
2 2
x
entra em z = x2 + y 2 − 4
−4
Da figura, vemos que W = (x, y, z); (x, y) ∈ D : x2 + y 2 ≤ 4 e x2 + y 2 − 4 ≤ z ≤ 4 − x2 − y 2 . Vamos calcular a integral usando coordenadas cil´ındricas. Temos √ p x2 + y 2 = r2 = r dV = r dr dθ dz
0 ≤ θ ≤ 2π . Dessa forma, 0≤r≤2 2 2 r −4 ≤z ≤ 4−r ZZZ p ZZZ Z 2 Z 4−r2 Z 2π x2 + y 2 dV = r · r drdθdz = r2 dθdzdr =
com (r, θ, z) ∈ Wrθz , onde Wrθz ´e dado por
r 2 −4
0
W
= 2π
Wrθz
Z
2
r
0
= 4π
h
4r3 3
2
Z
−
4−r 2
dzdr = 2π r 2 −4 5 i2
r 5
0
= 4π
h
32 3
−
Z
2
r
2
0
32 5
i
=
2
2
0
4 − r − r + 4 dr = 4π
Z
0
2
4r 2 − r 4 dr =
256 π. 15
2 2 Exerc´ıcio 3: Use a integral p tripla para calcular o volume do s´olido W acima do paraboloide z = x +y e abaixo do cone z = x2 + y 2 . p Solu¸c˜ ao: De z = x2 + y 2 e z = x2 + y 2 ou z 2 = x2 + y 2 temos z 2 = z ou z 2 − z = 0 ou z(z − 1) = 0 portanto z = 0 ou z = 1. Logo, as superf´ıcies se interceptam em (0, 0, 0) e tamb´em no plano z = 1, segundo a circunferˆencia x2 + y 2 = 1. Com isso, o esbo¸co do s´olido W est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5 – Tutor
4
z 1 sai em z =
W
p
x2 + y 2
entra em z = x2 + y 2
y
x Da figura vemos que o n p 2 2 2 2 2 2 W = (x, y, z); (x, y) ∈ D : x + y ≤ 1 e x + y ≤ z ≤ x + y . Temos por integral tripla que V (W ) =
ZZZ
dV . Vamos calcular a integral utilizando coordenadas
W
cil´ındricas. Temos,
com (r, θ, z) ∈ Wrθz , onde Wrθz V (W ) =
ZZZ
x = r cos θ y = r sen θ z=z dxdydz = dV = r dr dθ dz 0 ≤ θ ≤ 2π 0 ≤ r ≤ 1 . Logo, o volume ser´a: ´e dado por 2 r ≤z≤r
r drdθdz =
= 2π
1 0
r r−r
Exerc´ıcio 4: Calcule
1
Z
1
r
2
ZZZ
dr = 2π
0
Z rZ r2
0
Wrθz
Z
Z
2π
dθdzdr = 2π
0
Z
1
r 0
Z
r
dzdr = r2
i h 3 r4 1 1 1 π r − − = 2π = u.v. r 2 − r 3 dr = 2π 3
4
0
3
4
6
(x2 + y 2 + z 2 ) dV , sendo W a regi˜ao limitada superiormente pela esfera
W
p x + y + z = 16 e inferiormente pelo cone z = x2 + y 2 . p Solu¸c˜ ao: De x2 + y 2√ + z 2 = 16 e z = x2 + y 2 (ou z 2 = x2 + y 2 ), temos 2 (x2 + y 2 ) = √ 16 ou 2 2 x + y = 8 e z = 2 2 . Logo, a interse¸c˜ao ´e uma circunferˆencia contida no plano z = 2 2 de √ √ centro 0, 0, 2 2 e raio 2 2 . Assim, o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. 2
UFF
2
2
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5 – Tutor
5
z 4 sai em ρ = 4 √ 2 2
W
D
√ 2 2
y
√ 2 2 entra em ρ = 0
x Vamos passar para coordenadas esf´ericas: x = y = z = dV = 2 2 2 x +y +z =
ρ sen φ cos θ ρ sen φ sen θ ρ cos φ . ρ2 sen φ dρdφdθ ρ2
Descri¸c˜ao de W em coordenadas esf´ericas: Como a proje¸c˜ao de W no plano xy ´e o disco D : x2 + y 2 ≤ 8, ent˜ao 0 ≤ θ ≤ 2π. Por um ponto P no interior de W consideramos a semirreta OP . Vemos que ela entra na origem onde ρ = 0 e sai de W em um ponto da esfera x2 + y 2 + z 2 = 16, onde ρ = 4. Logo, 0 ≤ ρ ≤ 4. Finalmente, efetuando uma “varredura” no s´olido W p a partir do eixo z positivo onde φ = 0, vemos que esta π π varredura finaliza na parede do cone z = x2 + y 2 , onde φ = . Assim, 0 ≤ φ ≤ . Portanto, a 4 4 descri¸c˜ao de W em coordenadas esf´ericas ´e: 0 ≤ θ ≤ 2π 0≤ρ≤4 Wρφθ = π 0≤φ≤ 4
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Assim,
´ Modulo 5 – Tutor
ZZZ
2
2
x +y +z
2
W
=
Z
π/4
sen φ
0
= 2π =
Z
4 4
ρ
0
h 5 i4 Z ρ 5
2 · 45 π 5
0
dV =
ZZZ Wρφθ
Z
ρ2 ρ2 sen φ dρdφdθ =
2π
dθdρdφ = 2π
0
π/4
sen φ dφ = 0
6
2 · 45 π 5
h
Z
π/4
sen φ 0
− cos φ
Z
4
ρ4 dρdφ =
0
iπ/4 0
=
√ √ 45 π 2 1− = 2− 2 . 2
5
Exerc´ıcio 5: Calcule o volume do r s´olido W que est´a dentro da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, acima do plano z = 0 e abaixo do cone z =
x2 + y 2 3
Solu¸c˜ ao: De x2 + y 2 + z 2 = 4 e z =
r
.
x2 + y 2 3
ou z 2 =
x2 + y 2 3
temos x2 + y 2 +
x2 + y 2 3
= 4 ou
4 (x2 + y 2 ) = 12, portanto x2 + y 2 = 3 e z = 1. Logo, a interse¸c˜ao ´e a circunferˆencia x2 + y 2 = 3 contida no plano z = 1. Assim, o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue.
z
1 W
2
y
x
Descri¸c˜ao de W em coordenadas esf´ericas: Como a proje¸c˜ao de W sobre o plano xy ´e o disco D : x2 + y 2 ≤ 4, ent˜ao 0 ≤ θ ≤ 2π. Considerando uma semirreta pela origem, no interior de W , vemos que ela entra em W na origem, onde ρ = 0 e sai de W em um ponto da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4, onde ρ = 2. Logo, 0 ≤ ρ ≤ 2. Temos
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5 – Tutor
r
z=
x2 + y 2 3
1 p 2 x 3
=√
7
1 p 2 ρ sen2 φ 3
+ y 2 ⇒ ρ cos φ = √
1 3
⇒ ρ cos φ = √ ρ sen φ ⇒ tg φ =
√
3 ⇒ φ=
π 3
⇒
.
Efetuando uma “varredura” em W , ela come¸ca na parede do cone, onde φ = π/3 e termina no plano z = 0, onde φ = π/2. Logo, π/3 ≤ φ ≤ π/2. Assim, temos 0 ≤ θ ≤ 2π 0≤ρ≤2 Wρφθ . π/3 ≤ φ ≤ π/2 Temos,
V (W ) =
ZZZ
dV =
W
= 2π
Z
0
2 2
ρ
Z
ZZZ
2
ρ sen φ dρdφdθ =
Z
2 2
ρ
π/2
sen φ dφdρ = 2π
π/3
Z
π/2
sen φ
π/3
0
Wρφθ
Z
0
2π
dθdφdρ =
0
2 π/2
Z
ρ2 [− cos φ]π/3 dρ = 2π
1 2
−0
h
ρ3 3
i2 0
=
8π 3
u.v.
Exerc´ıcio 6: Fa¸ca o esbo¸co do s´olido W cujo volume ´e dado pela integral Z
0
π/3Z 2πZ sec φ 0
ρ2 sen φ dρdθdφ
0
e calcule essa integral. Solu¸c˜ ao: Essa integral iterada ´e uma integral tripla sobre a regi˜ao W descrita em coordenadas esf´ericas por: Wρφθ : {(ρ, φ, θ); 0 ≤ φ ≤ π/3 , 0 ≤ θ ≤ 2π , 0 ≤ ρ ≤ sec φ} . Das coordenadas esf´ericas temos z = ρ cos φ, x2 + y 2 = ρ2 sen2 φ e dV = ρ2 sen φ dρdφdθ. Logo, φ=
π 3
⇒ tg φ =
⇒ ρ sen φ =
√
√
3 ⇒
sen φ cos φ
3ρ cos φ ⇒
e, tamb´em,
p
=
√
3 ⇒ sen φ =
x2 + y 2 =
√
√
3 cos φ ⇒
3z ⇒ z =
q
x2 + y 2 3
(cone)
1 cos φ
= 1 ⇒ z = 1 (plano horizontal) q 2 2 Assim, o s´olido W ´e limitado inferiormente pelo cone z = x +3 y e superiormente pelo plano z = 1 √ e sua proje¸c˜ao no plano xy ´e o disco D : x2 + y 2 ≤ ( 3)2 . ρ = sec φ ⇒ ρ =
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5 – Tutor
8
z
1
W
D
√ √
y
3
3
x Temos ent˜ao que: Z π/3Z 2πZ 0
0
sec φ 2
ρ sen φ dρdθdφ =
0
ZZZ
2
ρ sen φ dρdφdθ =
Wρφθ
ZZZ
dV =
W
1 1 √ = volume do cone W = (´area da base) × altura = π( 3)2 · 1 = π . 3
3
Exerc´ıcio 7: Verificar que o centro de massa de uma esfera de raio 1 coincide com o seu centro, sabendo-se que a sua distribui¸c˜ao de massa ´e homogˆenea. Solu¸c˜ ao: Vamos escolher os eixos coordenados de forma que a origem seja o centro da esfera de raio 1. Logo, o s´olido W ´e limitado pela superf´ıcie x2 + y 2 + z 2 = 1. z 1
W
1
y
1
x Como a distribui¸c˜ao de massa ´e homogˆenea, ent˜ao o centro de massa (x, y, z) ´e dado por: ZZZ ZZZ ZZZ V (W )x = x dV , V (W )y = y dV e V (W )z = z dV W
UFF
W
W
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 5 – Tutor
onde V (W ) =
4 3
9
4 3
· π · 13 = π.
Passando para coordenadas esf´ericas, temos x = ρ sen φ cos θ, y = ρ sen φ sen θ, z = ρ cos φ, dV = ρ2 sen φ dρdφdθ e Wρφθ : 0 ≤ ρ ≤ 1 , 0 ≤ φ ≤ π , 0 ≤ θ ≤ 2π. Ent˜ao ZZZ W
=
Z
ZZZ x dV = (ρ sen φ cos θ) ρ2 sen φ dρdφdθ = Wρφθ
π 2
sen φ
0
Z
Z
π
Z
2π
cos θ dθ dρdφ = 0 {z }
|0
=0
2
sen φ
0
ZZZ
z dV =
W
0
ρ
y dV =
W
=
3
0
ZZZ
Z
1
Z
1
3
ρ
0
Z |
2π
sen θ dθ dρdφ = 0 {z }
0
=0
ZZZ
(ρ cos φ) ρ sen φ dρdφdθ =
h
iπ
2
Wρφθ
1 3
ρ
Z
0
2π
|
sen2 φ 2
{z
=0
0
Z
1
3
ρ 0
Z
2π
0
Z
π
cos φ sen φ dφdθdρ
0
dθdρ = 0 .
}
Ent˜ao, (x, y, z) = (0, 0, 0), centro da esfera. Exerc´ıcio 8: Calcule o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z do s´olido limitado por z = 4−x2 −y 2 e z = 0, sabendo que a densidade em um ponto ´e proporcional `a distˆancia de P ao plano xy. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z 4
W
2
y
2
x
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Temos Iz =
´ Modulo 5 – Tutor
ZZZ W
10
x2 + y 2 δ(x, y, z) dV , onde δ(x, y, z) = k|z| = kz pois z ≥ 0. Logo, Iz = k
ZZZ W
x2 + y 2 z dV .
Passando para coordenadas cil´ındricas, temos ZZZ ZZZ 2 Iz = k r z r drdθdz = k r 3 z drdθdz Wrθz
Wrθz
onde Wrθz ´e dado por:
0≤r≤2 0 ≤ θ ≤ 2π : . 0 ≤ z ≤ 4 − r2
Wrθz Logo, Iz = k
Z
2
r
3
0
= kπ
Z
Z
4−r 2
z 0
Z
2π
dθdzdr = 2kπ 0
r 0
2
16 − 8r + r
2
r
0
2 3
Z
4
dr = kπ
Z
2 0
3
h
z2 2
i4−r2 0
dr =
16r 3 − 8r 5 + r 7 dr =
h i2 4 · 26 4r6 r8 28 = kπ 4 · 24 − = kπ 4r 4 − = + +
= 26 kπ 1 −
UFF
3
8
4 3
+
1 2
3
0
= 26 kπ
6−8+3 6
=
8
32 kπ . 3
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – Lista 5 Exerc´ıcio 1: Calcule
ZZZ W
p x2 + y 2 dV onde W ´e a regi˜ao contida dentro do cilindro x2 + y 2 = 4
e entre os planos z = 1 e z = 4.
Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z
4
y 2
W Dxy 2
x
1 Dxy 2
2
y
x p Como o integrando envolve x2 + y 2 e a regi˜ao de integra¸c˜ao ´e um cilindro, devemos calcular a integral utilizando coordenadas cil´ındricas. Temos, x = r cos θ y = r sen θ z = z dV = rdrdθdz 2 x + y 2 = r2
´ Calculo III-A
Lista 5
87
0≤r≤2 0 ≤ θ ≤ 2π . Ent˜ao, e a descri¸c˜ao de W ´e dada pelas seguintes desigualdades Wrθz : 1 ≤ z ≤ 4. ZZZ p ZZZ √ ZZZ x2 + y 2 dV = r 2 r drdθ = r 2 drdθdz = W
=
Wrθz
Z
2
r
2
0
= 6π
Z 4Z 1
Z
2π
dθdzdr = 2π
0
2
2
r dr = 6π 0
Wrθz
Z
2
r
0
h 3 i2 r 3
0
2
Z
4
dzdr = 2π
1
Z
0
2
h i4 r 2 z dr = 1
= 16π .
ZZZ p Exerc´ıcio 2: Calcule x2 + y 2 + z 2 dV , onde W ´e limitado inferiormente pelo cone z = W q 2 2 3 x + y e superiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 4.
q Solu¸c˜ ao: De x2 + y 2 + z 2 = 4 e z = 3 x2 + y 2 , tem-se x2 + y 2 = 1 que ´e a proje¸c˜ao, no plano xy, da curva interse¸c˜ao das duas superf´ıcies. A proje¸c˜ao do s´olido W ´e o disco D : x2 + y 2 ≤ 1.
O s´olido W e sua proje¸c˜ao D s˜ao mostrados a seguir: z 2
1 ⇒
W
D 2
1
1
φ
2
⇒ sen φ =
1 2
⇒φ=
π 6
2
x
Passando para coordenadas esf´ericas, tem-se: x = ρ sen φ cos θ y = ρ sen φ sen θ z = ρ cos φ . 2 dxdydz = ρ sen φ dρdφdθ 2 x + y 2 + z 2 = ρ2
A equa¸c˜ao da esfera x2 + y 2 + z 2 = 4 fica em coordenadas esf´ericas ρ2 = 4 ou ρ = 2. Ent˜ao, Wρφθ = (ρ, φ, θ); 0 ≤ ρ ≤ 2 , 0 ≤ φ ≤ π/6 , 0 ≤ θ ≤ 2π .
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Logo,
Lista 5
ZZZ p
x2
y2
+
+
z2
dxdydz =
=
0
π/6Z 2Z 2π
= 2π
0
3
ρ sen φ dθdρdφ = 2π
0
h 4 i2 Z ρ 4
ZZZ
ρ · ρ2 sen φ dρdφdθ =
Wρφθ
W
Z
88
π/6
sen φ
0
π/6
0 0
Z
h
2
ρ3 dρdφ =
0
sen φ dφ = 8π − cos φ
√ √ 3 = 8π 1 − = 4π(2 − 3) .
Z
iπ/6 0
π = = 8π 1 − cos 6
2
Exerc´ıcio 3: Calcule a massa do s´olido limitado pelo paraboloide z = x2 + y 2 e pelo plano z = 4, sendo a densidade em cada ponto do s´olido dada por δ(x, y, z) = x2 + y 2)1/2 . Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z z=4 4 W
z = x2 + y 2
2
2
y
D
x A massa de W ´e dada por: M=
ZZZ W
δ(x, y, z) dV =
ZZZ
x2 + y 2
W
1/2
dxdydz .
Passando para coordenadas cil´ındricas, tem-se: x = r cos θ y = r sen θ z = z dxdydz = r drdθdz 2 x + y 2 = r2 UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 5
Como W ´e dado por W :
89
(x, y) ∈ D ent˜ao Wrθz ´e dado por Wrθz x2 + y 2 ≤ z ≤ 4
Assim, M=
ZZZ
2
x +y
W
=
ZZZ
2 1/2
2
r drdθdz =
0
Wrθz
= 2π
Z
0
Z
2 2
r 4−r
2
dxdydz =
ZZZ Wrθz
2
r
2
Z 4Z
dr = 2π
r2
Z
1/2
r drdθdz =
2π
dθdzdr = 2π
0
2
r2
0≤r≤2 0 ≤ θ ≤ 2π . : 2 r ≤z≤4
Z
0
2
r
2
Z
4
dzdr = r2
i h 3 r5 2 128π 4r − u.m. = 4r 2 − r 4 dr = 2π 3
0
5
5
0
Exerc´ıcio 4: Determine o volume e o centroide do s´olido W limitado pelo paraboloide z = x2 + y 2, pelo cilindro x2 + y 2 = 4 e pelo plano xy. Solu¸c˜ ao: De z = x2 + y 2 e x2 + y 2 = 4, temos z = 4. Isso significa que as duas superf´ıcies se interceptam no plano z = 4, segundo a circunferˆencia x2 + y 2 = 4. Considerando que o s´olido W ´e limitado tamb´em pelo plano xy, de equa¸c˜ao z = 0, temos o esbo¸co de W . z y 4
2
W
Dxy 2
2
x
y
2
x
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 5
90
Como o s´olido W ´e limitado pelo cilindro x2 + y 2 = 4, vamos aplicar a transforma¸c˜ao cil´ındrica: x = r cos θ y = r sen θ z = z . dV = r drdθdz 2 x + y 2 = r2
O paraboloide z = x2 + y 2 se converte em z = r 2 e o cilindro x2 + y 2 = 4 se converte em r 2 = 4 ou r = 2. Observemos que a proje¸c˜ao de W sobre o plano xy ´e o disco Dxy : x2 + y 2 ≤ 4. Como as varia¸c˜oes de r e θ s˜ao determinadas na proje¸c˜ao Dxy , ent˜ao 0 ≤ r ≤ 2 e 0 ≤ θ ≤ 2π. Considerando um ponto (x, y, z) no interior de W e pelo ponto uma paralela ao eixo z, vemos que a essa paralela intercepta a fronteira inferior no plano xy, onde z = 0, e intercepta a fronteira superior no paraboloide z = x2 + y 2 onde z = r 2 . Ent˜ao 0 ≤ z ≤ r 2 . Assim, a regi˜ao transformada ´e: Wrθz = (r, θ, z); 0 ≤ r ≤ 2 , 0 ≤ θ ≤ 2π , 0 ≤ z ≤ r 2 .
Como V (W ) =
ZZZ
dV ent˜ao:
W
V (W ) =
ZZZ
r drdθdz =
Wrθz
= 2π
Z
2
0
2
r · r dr = 2π
Z
Z
2 0
Z r
r 2Z 2π
dθdzdr = 2π
0
0
2
r 3 dr = 2π
0
h 4 i2 r 4
0
Z
2
r 0
Z
r2
dzdr = 0
= 8π u.v.
O centro de massa de um s´olido homogˆeneo ´e dito centroide e como a densidade δ(x, y, z) ´e constante ela pode ser cancelada e temos: ZZZ V (W ) x =
x dV
W
V (W ) y =
ZZZ
y dV
V (W ) z =
ZZZ
z dV .
W
W
C´alculo de
ZZZ
x dV
W
Temos,
ZZZ W
x dV =
ZZ
Dxy
x
Z
0
x2 +y 2
dzdxdy =
ZZ
Dxy
x x2 + y 2 dxdy = 0
pois a fun¸c˜ao x (x2 + y 2 ) ´e ´ımpar na vari´avel x e Dxy tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y. Logo, x = 0. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
C´alculo de
Lista 5
ZZZ
91
y dV
W
Temos,
ZZZ
y dV =
W
ZZ
y
Z
x2 +y 2
dzdxdy =
0
Dxy
ZZ
y x2 + y 2 dxdy = 0 ,
Dxy
pois a fun¸c˜ao y (x2 + y 2) ´e ´ımpar na vari´avel y e Dxy tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo x. Logo, y = 0. ZZZ C´alculo de z dV W
Temos,
ZZZ
z dV =
= 2π
Z
Logo
zr drdθdz =
Z
2
r 0
Z
r2
z dzdr = 2π
0
2
r 5 dr = π 0
Z
2
0
Wrθz
W
=π
ZZZ
h 6 i2 r 6
0
=
Z
2
r 0
32π 3
h
z2 2
Z r
r2
z
0
ir2 0
Z
2π
dθdzdr =
0
dr = π
Z
2 0
r · r 4 dr =
.
8πz = portanto z=
32π 3 4 3
.
Portanto, o centroide localiza-se em (0, 0, 4/3).
Exerc´ıcio 5: Considere o s´olido homogˆeneo, limitado pelo plano z = 0, o cilindro x2 + y 2 = 2y e p pelo cone z = x2 + y 2 . Calcule o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z. p Solu¸c˜ ao: O esbo¸co do s´olido W , limitado superiormente pelo cone z = x2 + y 2, inferiormente pelo plano z = 0 e lateralmente pelo cilindro x2 + y 2 = 2y ou x2 + (y − 1)2 = 1 est´a representado na figura que se segue.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 5
92
z 2 z=
p
x2 + y 2
W
P = (x, y, z) 1
2
y
z=0
x Passando para coordenadas cil´ındricas, temos: x = r cos θ y = r sen θ . z= z dV = r drdθdz 2 x + y 2 = r2
Seja P = (x, y, z)p ∈ W . A reta passando por P e paralela ao eixo z intercepta a fronteira de W em z = 0 e z = x2 + y 2 = r. As varia¸c˜oes de r e θ s˜ao olhadas na proje¸c˜ao de W no plano xy : x2 + (y − 1)2 ≤ 1 ou x2 + y 2 ≤ 2y. y 2
1
(x, y)
r = 2 sen θ
x r=0
0≤θ≤π De x + y = 2y, temos r = 2r sen θ ou r = 2 sen θ se r 6= 0. Ent˜ao . Logo 0 ≤ r ≤ 2 sen θ 0≤θ≤π 0 ≤ r ≤ 2 sen θ . O momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z ´e: Wrθz : 0≤z≤r ZZZ Iz = (x2 + y 2 ) · δ(x, y, z) dV 2
2
2
W
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 5
93
onde δ(x, y, z) = k. Logo, ZZZ ZZZ 2 2 Iz = k (x + y ) dV = k r 2 · r drdθdz = W
=k
Z πZ 0
=k
Z
π
= =
32k 5 32k 5
2 sen θ
r 0
Z
0
r
dzdrdθ = k 0
Z πZ 0
dθ =
32k 5
Z
π
2 sen θ
r 4 drdθ =
0
sen5 θ dθ =
0
2
(1 − cos2 θ) sen θ dθ = π
0
−32k 5
Z
π
0
Z
3
h 5 i2 sen θ r 5
0
=
Wrθz
(1 − 2 cos2 θ + cos4 θ) sen θ dθ =
h iπ 64k 2 cos3 θ 2 512 cos5 θ 1 = cos θ − 1− + = + k. 3
5
0
5
3
5
75
Exerc´ıcio 6: Considere o cilindro homogˆeneo x2 + (y − a)2 ≤ a2 e 0 ≤ z ≤ h. Calcule o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z, em fun¸c˜ao da massa M do cilindro. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co do cilindro est´a representado na figura que se segue. z y h
2a W
a a
2a
y
x
x
Se a densidade constante for denotada por k, ent˜ao o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z ´e ZZZ Iz = k (x2 + y 2 ) dxdydz . W
UFF
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´ Calculo III-A
Lista 5
94
Passando para coordenadas cil´ındricas, tem-se: x = r cos θ y = r sen θ z = z . dxdydz = r drdθdz 2 x + y 2 = r2 0≤z≤h O conjunto Wrθz ´e dado por Wrθz : 0≤θ≤π . Logo, 0 ≤ r ≤ 2a sen θ ZZZ ZZZ 2 Iz = k r · r drdθdz = k r 3 drdθdz = Wrθz
=k
Z πZ 0
= hk
Z
π
0
Wrθz
2a sen θ
r
3
Z
h
dzdrdθ = hk
0
0
h 4 i2a sen θ r 4
0
4
dθ = 4a hk
0
Z πZ
Z
2a sen θ
r 3 drdθ =
0
π
sen4 θ dθ . 0
Da trigonometria, tem-se: sen4 θ = (sen2 θ)2 = Ent˜ao,
Z
π/4 4
sen θ dθ =
0
1 2
1 − cos 2θ 2
·
1 4
Z
π 0
2
=
1 4
1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ .
1 − 2 cos 2θ + cos2 2θ d(2θ) =
h i 1 1 sen 4θ π 3π 1 = (2π + π) = . = 2θ − 2 sen 2θ + 2θ + 8
Logo,
2
Iz =
2
3πa4 hk 2
0
8
8
3 2
= Ma2
pois M = kπa2 h.
Exerc´ıcio 7: Calcule
ZZZ
x2
1 + y2 + z 2
dV , sendo W a regi˜ao interior ao cone z =
W
p
x2 + y 2 , limitada
superiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 4 e inferiormente pela esfera x2 + y 2 + z 2 = 1. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue.
UFF
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Lista 5
95
z 2 ρ=2
1
P
ρ=1 π/4
y
x Descri¸c˜ao de W em coordenadas esf´ericas Consideremos um ponto P = (x, y, z) qualquer em W ; observemos que o raio OP intercepta a superf´ıcie do s´olido (ou a fronteira do s´olido) inicialmente em ρ = 1 e depois em ρ = 2. Logo, 1 ≤ ρ ≤ 2. O ˆangulo φ varia de 0 (eixo z positivo) at´e π/4 (parede do cone); a varia¸c˜ao do ˆangulo θ ´e encontrada na proje¸c˜ao de W no plano xy : 0 ≤ θ ≤ 2π. Logo, Wρφθ ´e dado por: 1≤ρ≤2 Wρφθ : 0 ≤ φ ≤ π/4 . 0 ≤ θ ≤ 2π Como x2 + y 2 + z 2 = ρ2 e dV = ρ2 sen φ dρdφdθ, ent˜ao: ZZZ ZZZ 1 1 dV = · ρ2 sen φ dρdφdθ = 2 2 2 2 x +y +z
ρ
Wρφθ
W
=
Z
π/4
sen φ dφ 0
= 2π
Z
1
√
− 2 2
+1
2
Z dρ
2π 0
2 π/4 dθ = 2π ρ 1 − cos φ 0 =
=π 2−
√ 2 .
p Exerc´ıcio 8: Calcule a massa do s´olido W inferior ao cone z = 3(x2 + y 2 ) e limitado pela esfera x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1, sendo a densidade igual ao quadrado da distˆancia de (x, y, z) ao plano z = 0. Solu¸c˜ ao: Primeiramente, calculemos a interse¸c˜ao das duas superf´ıcies. ( ( x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1 x2 + y 2 + z 2 = 2z z2 p ⇒ ⇒ + z 2 = 2z ⇒ 3 z 2 = 3(x2 + y 2 ) z = 3(x2 + y 2 ) ⇒ 4z 2 − 6z = 0 ⇒ z = 0 ou z =
UFF
3 2
.
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Lista 5
96
Logo, a interse¸c˜ao se d´a no plano z = 3/2, e a sua proje¸c˜ao no plano xy ´e a circunferˆencia x2 + y 2 = 3/4. Assim, o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z 2 3/2 z= W
√ 3y
1
π/3
y
√ 3/2
√ 3/2
x √
p Como o ˆangulo da reta z = 3 y (corte do cone z = 3(x2 + y 2) , considerando x = 0) ´e o ˆangulo π/3, ent˜ao φ varia de 0 (eixo z positivo) a π/2 − π/3 = π/6. Transformando a equa¸c˜ao x2 + y 2 + (z − 1)2 = 1 ou x2 + y 2 + z 2 = 2z para coordenadas esf´ericas temos ρ2 = 2ρ cos φ logo ρ = 0 ou ρ = 2 cos φ. Isso significa que ρ varia de 0 a 2 cos φ. A varia¸c˜ao de θ ´e encontrada na proje¸c˜ao de W no plano xy. Logo, 0 ≤ θ ≤ 2π. Assim, Wρφθ ´e dado por: 0 ≤ θ ≤ 2π 0 ≤ φ ≤ π/6 Wρφθ : 1 ≤ ρ ≤ 2 cos φ . Como a distˆancia de (x, y, z) ao plano z = 0 ´e |z| ent˜ao δ(x, y, z) = |z|2 = z 2 . A massa de W ´e: ZZZ ZZZ ZZZ 2 M= δ(x, y, z) dV = z dV = (ρ cos φ)2 ρ2 sen φ dρdφdθ = W
=
ZZZ
W
4
Wρφθ
Z 2πZ
2
ρ cos φ sen φ dρdφdθ =
0
Wρφθ
=
Z 2πZ 0
=
32 5
h
π/6 2
cos φ sen φ 0
− cos8 φ 8
iπ/6 Z 0
h 5 i2 cos φ ρ 5
dθ = 0
8π 5
2
cos φ sen φ 0
"
1−
Z
2 cos φ
ρ4 dρdφdθ =
0
dφdθ =
0
2π
π/6
32 5
Z 2πZ 0
√ 8 # 3 2
π/6
cos7 φ sen φ dφdθ =
0
=
8π 5
·
28 − 34 28
=
35π 32
u.m.
Exerc´ıcio 9: Expresse a integral I=
Z 2Z 0
UFF
0
√
4−x2Z 4 0
p
1 + x2 + y 2 dzdydx IME - GMA
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Lista 5
97
como uma integral tripla em coordenadas cil´ındricas, e calcule a integral obtida. 2 0≤x≤√ p 2 2 1 + x + y dV , onde W ´e o s´olido dado por W : Solu¸c˜ ao: Temos que I = 0 ≤ y ≤ 4 − x2 . 0≤z≤4 W Tamb´em podemos descrever W por W = = {(x, y, z); (x, y) ∈ D , 0 ≤ z ≤ 4} onde Dxy ´e a xy 0≤x≤√ 2 proje¸c˜ao de W sobre o plano xy e ´e dado por Dxy : . 0 ≤ y ≤ 4 − x2 ZZZ
y 2 x2 + y 2 = 4
Dxy
2
x
Logo, o esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z 4
W
2 2
y
x
UFF
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Lista 5
98
Descrevendo W em coordenadas cil´ındricas, temos Wrθz
I=
ZZZ √
1+
r2r
drdθdz =
0
Wrθz
=
4 2
Z
π/2 0
2 3
h
Z
1+r
i2 2 3/2 0
dθ =
0 ≤ θ ≤ π/2 0≤r≤2 . Ent˜ao, : 0≤z≤4
π/2Z 2Z 4
4 3
0
1 + r2
0
1/2
r dzdrdθ =
√ √ π 2 5 5−1 5 5−1 π. = 2
3
Exerc´ıcio 10: Expresse cada integral como uma integral tripla iterada em coordenadas esf´ericas e calcule a integral obtida: a)
Z 1Z
√
Z 3Z
√
0
b)
0
0
0
1−x2Z 9−x2Z
√
1−x2 −y 2
0
√
9−x2 −y 2
dzdydx 1 + x2 + y 2 + z 2
.
xz dzdydx .
0
Solu¸c˜ ao: a) Denotando a integral iterada por I, temos, ZZZ I=
1 1 + x2 + y 2 + z 2
dxdydz
W
onde
o n p √ W = (x, y, z) ∈ R3 ; 0 ≤ x ≤ 1 , 0 ≤ y ≤ 1 − x2 , 0 ≤ z ≤ 1 − x2 − y 2 {z } | D
ou
onde D :
UFF
n o p W = (x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D e 0 ≤ z ≤ 1 − x2 − y 2
0≤x≤√ 1 ´e a proje¸c˜ao de W no plano xy. 0 ≤ y ≤ 1 − x2
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Lista 5
y
99
z
1
Sai em y =
√ 1 − x2
x2 + y 2 = 1
D
1
D 1
x
1
y
x
Entra em y = 0
p De 0p≤ z ≤ 1 − x2 − y 2 conclu´ımos que o s´olido W ´e limitado superiormente pela superf´ıcie z = 1 − x2 − y 2 ou x2 + y 2 + z 2 = 1, com z ≥ 0, que ´e a semiesfera superior de raio 1 e centro (0, 0, 0), e ´e limitado inferiormente pelo plano xy de equa¸c˜ao z = 0. Considerando que a proje¸c˜ao de W no plano xy ´e a regi˜ao D, temos: z 1
W
1 1
y
x Passando para coordenadas esf´ericas, temos: x y z dxdydz 2 x + y2 + z2
= = = = =
ρ sen φ cos θ ρ sen φ sen θ . ρ cos φ 2 ρ sen φ dρdφdθ ρ2
Como a proje¸c˜ao de W no plano xy ´e o conjunto D, vemos que θ varia de 0 a π/2 : 0 ≤ θ ≤ π/2. Efetuando uma “varredura” em W , a partir do eixo z positivo vemos que φ varia de 0 (no eixo z positivo) at´e π/2 (no plano xy): 0 ≤ φ ≤ π/2. Considerando um ponto P no interior de W e a semirreta OP , vemos que ela entra em W na origem onde ρ = 0 e sai de W em um ponto da esfera x2 + y 2 + z 2 = 1 onde ρ = 1. Logo, 0 ≤ ρ ≤ 1.
UFF
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Lista 5
Assim, W transforma-se em: Wρφθ Como o integrando
1+
ZZZ
I=
x2
1 + y2 + z 2
1 1 + ρ2
100
0 ≤ θ ≤ π/2 0 ≤ φ ≤ π/2 . : 0≤ρ≤1 1 1 + ρ2
transforma-se em
ent˜ao:
· ρ2 sen φ dρdφdθ =
Wρφθ
= = = =
Z
1
ρ2 1 + ρ2
0
π 2 π 2 π 2
h
Z
1 0
sen φ
0
− cos φ
Z
π/2
1−
π 4
0
1
0
1 1 + ρ2 π 8
dρ =
π 2
Z
0
1
π 2
Z
1 0
ρ2 1 + ρ2
1 + ρ2 − 1 1 + ρ2
Z
π/2
sen φ dφdρ =
0
dρ =
h i1 π dρ = ρ − arctg ρ = (1 − arctg 1) = π 2
2
0
= (4 − π) .
Z 3Z 0
onde
dθdφdρ =
ρ2 1 + ρ2
b) Temos, I=
π/2
0
iπ/2 Z
1−
Z
√ 0
9−x2Z
√
9−x2 −y 2
xz dzdydx =
0
ZZZ
xz dxdydz
W
o n p √ W = (x, y, z) ∈ R3 ; 0 ≤ x ≤ 3 , 0 ≤ y ≤ 9 − x2 , 0 ≤ z ≤ 9 − x2 − y 2 {z } | D
ou
onde D :
n o p W = (x, y, z) ∈ R3 ; (x, y) ∈ D e 0 ≤ z ≤ 9 − x2 − y 2
0≤x≤√ 3 ´e a proje¸c˜ao de D no plano xy. 0 ≤ y ≤ 9 − x2 y
z
3
Sai em y =
√ 9 − x2
D D 3 Entra em y = 0
UFF
x
3
y
3
x
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Lista 5
101
Considerando um ponto P pno interior de W e uma reta paralela ao eixo z, passando por P e levando em contapque 0 ≤ z ≤ 9 − x2 − y 2 , conclu´ımos que a reta entra em W em z = 0 e sai de W em z = 9 − x2 − y 2 ou x2 + y 2 + z 2 = 9, com z ≥ 0. Logo, W ´e limitado superiormente pela semiesfera superior e limitado inferiormente pelo plano z = 0. z 3
W
3
y
3
x Passando para coordenadas esf´ericas temos: 0 ≤ θ ≤ π/2 0 ≤ φ ≤ π/2 : 0≤ρ≤3
Wρφθ e
xz = (ρ sen φ cos θ)(ρ cos φ) = ρ2 sen φ cos φ cos θ . Ent˜ao,
ZZZ
I=
ρ2 sen φ cos φ cos θ
Wρφθ
=
ZZZ
ρ2 sen φ dρdφdθ =
ρ4 sen2 φ cos φ cos θ dρdφdθ =
Wρφθ
=
Z
3 4
ρ
0
h
UFF
1 3
=1
h
π/2 2
sen φ cos φ
0
= sen θ | {z =
Z
ρ5 5
i3 0
π/2
cos θ dθdφdρ =
0
iπ/2 Z 0
Z
}
=
3 4
ρ
0
81 5
Z
0
π/2 2
sen φ cos φ dφdρ =
h
sen3 φ 3
iπ/2 Z 0
3
ρ4 dρ =
0
.
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Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – M´odulo 6 Aula 11 – Curvas Parametrizadas Objetivo • Parametrizar curvas planas e espaciais.
Parametriza¸c˜ ao de curvas Parametrizar uma curva C ⊂ Rn (n = 2 ou 3) consiste em apresentar uma fun¸c˜ao vetorial σ : I ⊂ R → Rn (n = 2 ou 3), onde I ´e um intervalo e σ(I) = C. y σ
σ(t) C
t x I
Exemplo 1 Sendo A, B ∈ Rn (n = 2 ou 3), parametrize o segmento de reta C de extremidade inicial A e final B. Solu¸c˜ao: −→ −−→ −→ Se P ∈ C, ent˜ao OP = OB + tAB , 0 ≤ t ≤ 1 ou P − 0 = B − 0 + t(B − A) , 0 ≤ t ≤ 1 ou P = B + t(B − A) , 0 ≤ t ≤ 1. Logo, uma parametriza¸c˜ao do segmento C ´e dada por σ(t) = B + t(B − A) , 0 ≤ t ≤ 1 .
´ Calculo III-A
´ Modulo 6
2
Exemplo 2 Seja C ⊂ plano xy, o gr´afico de uma fun¸c˜ao y = f (x) , x ∈ I. y C
(x, f (x))
x
x
I
Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por σ(t) = (t, f (t)) , t ∈ I .
Exemplo 3 Seja C a circunferˆencia x2 + y 2 = a2 , a > 0; P = (x, y) ∈ C e t o ˆangulo em radianos entre o eixo positivo x e a semirreta OP . y
C
a a
P t y x a
x
Observe que quando t aumenta de 0 a 2π, o ponto P = (x, y) = (a cos t, a sen t) se move, uma vez sobre C no sentido anti-hor´ario a partir do ponto (a, 0). Logo, uma parametriza¸c˜ao de C ´e σ1 (t) = (a cos t, a sen t) , 0 ≤ t ≤ 2π . Observe que σ2 (t) = (a sen t, a cos t) , 0 ≤ t ≤ 2π ´e tamb´em uma parametriza¸c˜ao de C, pois x2 + y 2 = a2 . Neste caso, quando t aumenta de 0 a 2π, o ponto P se move uma vez ao longo de C no sentido hor´ario, a partir do ponto (0, a). Observe que σ3 (t) = (a cos(2π − t), a sen(2π − t)) = (a cos t, −a sen t) , 0 ≤ t ≤ 2π ´e outra parametriza¸c˜ao de C, e P se move ao longo de C no sentido hor´ario a partir do ponto (a, 0).
UFF
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´ Modulo 6
3
Exemplo 4 Seja a circunferˆencia C : (x − x0 )2 + (y − y0 )2 = a2 , de centro (x0 , y0 ) e raio a. Efetuando uma mudan¸ca de vari´aveis u = x − x0 e v = y − y0 , temos u2 + v 2 = a2 que ´e uma circunferˆencia no plano uv, de centro (0, 0) e raio a. Logo, ( u = a cos t , 0 ≤ t ≤ 2π . v = a sen t Substituindo acima, temos
(
x = x0 + a cos t y = y0 + a sen t
, 0 ≤ t ≤ 2π .
Assim, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C ´e dada por σ(t) = (x0 + a cos t, y0 + a sen t) , 0 ≤ t ≤ 2π .
Exemplo 5 Seja uma elipse C :
(x−x0 )2 a2
+
(y−y0 )2 b2
= 1. Fazendo u =
x−x0 a
ev=
y−y0 , b
mostramos que
σ(t) = (x0 + a cos t, y0 + b sen t) , 0 ≤ t ≤ 2π ´e uma parametriza¸c˜ao de C.
Exemplo 6 Seja C uma curva do espa¸co dada pela interse¸c˜ao do cilindro x2 + y 2 = 1 com o plano x + z = 2. a) Esboce C. b) Apresente uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel para C.
z
Solu¸c˜ao: a) Inicialmente, fa¸camos o esbo¸co do cilindro x2 + y 2 = 1. Desenhemos, no plano xy, a circunferˆencia x2 + y 2 = 1. Pelos pontos (1, 0, 0), (−1, 0, 0), (0, 1, 0) e (0, −1, 0) tracemos paralelas ao eixo z.
(−1, 0, 0) (0, −1, 0) (0, 1, 0)
y
(1, 0, 0)
x UFF
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4
Para esbo¸car o plano x + z = 2, tra¸camos a reta x + z = 2 no plano xz. Observe que a equa¸c˜ao do plano n˜ao cont´em a vari´avel y. Por isso, por pontos da reta tra¸camos paralelas ao eixo y. z 2
y
2
x Agora, juntemos as duas figuras, procurando destacar alguns pontos de interse¸c˜ao. A reta x + z = 2 intercepta o cilindro nos pontos A1 e A2 . Por outro lado, a reta do plano, paralela ao eixo y, passando por (0, 0, 2), intercepta o cilindro nos pontos B1 e B2 . A curva C passa por A1 , B1 , A2 e B2 . z A2
C B1
2
B2
A1
1 2
1
y
x b) Seja (x, y, z) ∈ C. Logo, x e y satisfazem x2 +y 2 = 1. Assim, x = cos t , y = sen t , 0 ≤ t ≤ 2π. Como z = 2 − x, ent˜ao z = 2 − cos t. Logo, σ(t) = (cos t, sen t, 2 − cos t) , 0 ≤ t ≤ 2π ´e uma parametriza¸c˜ao de C.
Exemplo 7 Seja C a curva no espa¸co representada pela fun¸c˜ao vetorial σ(t) = (a cos t, a sen t, bt) , 0 ≤ t ≤ 4π , a > 0, b > 0. Esboce C, dita h´elice circular.
UFF
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5
Solu¸c˜ao: De x = a cos t , y = a sen t, temos x2 + y 2 = a2 . Isso significa que C est´a contida no cilindro x2 + y 2 = a2 . Como z = bt, quando t vai de 0 a 4π, o ponto (x, y, z) percorre a h´elice contida no cilindro.
z C (a, 0, 4π)
a
y
a x
Aula 12 – Integral de Linha de Campo Escalar Objetivo • Compreender e no¸c˜ao de integral de linha de campo escalar; • Estudar algumas propriedades. Nesta aula definiremos uma integral similar a uma integral definida. Sejam dados um campo escalar em R3 ou uma fun¸c˜ao real de trˆes vari´aveis f : R3 → R e uma curva C em R3 , dada por σ(t) = (x(t), y(t), z(t)) , t ∈ [a, b], com σ de classe C 1 .
z a = t0
σ(ti−1 ) σ(ti )
∆t ti−1
σ
σ(ti∗ )
ti
ti∗
C y
b = tn
x
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6
Dividimos o intervalo [a, b] em n subintervalos Ii , i = 1, · · · , n, de mesmo comprimento ∆t = b−a . Logo, a curva C fica dividida em n subarcos de comprimento ∆s1 , ∆s2 , · · · , ∆sn , onde n ∆si ≃ kσ ′ (t∗i )k ∆t para algum t∗i ∈ Ii . Formemos a soma n X
f (σ(t∗∗ i )) ∆si =
i=1
n X i=1
′ ∗ f (σ(t∗∗ i )) kσ (ti )k ∆t ,
Definimos a integral de linha de f sobre C por Z C
f ds =
Z
f (x, y, z) ds = lim
n→∞
C
n X i=1
′ ∗ f (σ(t∗∗ i )) kσ (ti )k ∆t
se o limite existir. OBS.: 1) Se f ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua, ent˜ao o limite existe e portanto Z Z b f (x, y, z) ds = = = f (σ(t)) kσ ′ (t)k dt | {z } a C ds Z b q f (x(t), y(t), z(t)) (x′ (t))2 + (y ′(t))2 + (z ′ (t))2 dt . a
2) Se f (x, y) ´e uma fun¸c˜ao cont´ınua em R2 e C uma curva em R2 , dada por σ(t) = (x(t), y(t)) , t ∈ [a, b], com σ de classe C 1 , ent˜ao definimos Z Z Z b f ds = f (x, y) ds = f (σ(t)) kσ ′ (t)k dt = | {z } a C C ds Z b q = f (x(t), y(t)) (x′ (t))2 + (y ′(t))2 dt . a
3) Se f (x, y) = 1 (ou f (x, y, z) = 1), ent˜ao Z f ds = comprimento de C . C
C−
B C
A
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6
7
4) A integral de linha de um campo escalar f n˜ao depende da parametriza¸c˜ao de C e nem de sua orienta¸c˜ao, isto ´e, denotando por C − a curva C percorrida em outro sentido, ent˜ao Z Z f ds = f ds . C
C−
5) Se C ´e uma curva dada por uma parametriza¸c˜ao σ : [a, b] → Rn (n = 2 ou 3), C 1 por partes, isto ´e, σ ´e cont´ınua e existe uma parti¸ c˜ao a = t0 < t1 < ... < tn = b de [a, b] de modo que σi = σ [ti−1 , ti ] ´e de classe C 1 , i = 1, · · · , n, ent˜ao Z n Z X f ds = f ds i=1 C i
C
onde Ci = σi ([ti−1 , ti ]).
C1
C3 C2
Exemplo 1 Seja C aZ interse¸c˜ao do cilindro parab´olico x = y 2 com a parte do plano z = y, tal que 0 ≤ y ≤ 1. Calcule y ds. C
Solu¸c˜ao: Fa¸camos y = t. Logo, x = t2 e z = t. Como 0 ≤ y ≤ 1, ent˜ao 0 ≤ t ≤ 1. Assim, uma ′ parametriza¸c˜ao de C ´e dada√ por σ(t) = (t2 , t, √t) , 0 ≤ t ≤ 1, logo σ (t) = (2t, 1, 1). Como, ′ ds = kσ (t)k dt, ent˜ao ds = 4t2 + 1 + 1 dt = 2 + 4t2 dt. Logo, Z 1 Z Z 1 √ 1/2 2 2 + 4t2 t dt . y ds = t 2 + 4t dt = C
0
0
Observe que d(2 + 4t2 ) = 8t dt, portanto t dt = Z
y ds =
C
UFF
1 8
Z
0
1
2 1/2
(2 + 4t )
2
d(2 + 4t ) =
1 8
2 3
d(2+4t2 ) . 8
Logo,
2 3/2
· (2 + 4t )
1 = 0
1 12
63/2 − 23/2 =
1 6
√ √ 3 6− 2 .
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6
8
Exemplo 2 Calcule
Z
x ds, onde C ´e formado pelo segmento de reta C1 de (0, 2) a (0, 1), seguido do arco C2
C
da par´abola y = 1 − x2 de (0, 1) a (1, 0). Solu¸c˜ao: O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. y 2
C1
1 C2
x
1
Como C = C1 ∪ C2 , temos: Z
x ds =
C
C´alculo de
Z
Z
x ds +
C1
Z
x ds =
C2
Z
x ds +
C1−
Z
x ds .
C2
x ds
C1−
Uma parametriza¸c˜ao de C1− ´e dada por σ(t) = (0, t) , 1 ≤ t ≤ 2. Logo, σ ′ (t) = (0, 1), logo kσ ′ (t)k = 1 e, portanto, ds = kσ ′ (t)k dt = dt. Assim,
Z
C1−
C´alculo de
Z
x ds =
Z
2
0 dt = 0 .
1
x ds
C2
Uma parametriza¸c˜ao de √ C2 ´e dada por σ(t) = (t, 1 − t2 ) , 0 ≤ t ≤ 1, portanto σ ′ (t) = (1, −2t). ′ Logo ds = kσ (t)k dt = 1 + 4t2 dt. Ent˜ao, Z Z 1 √ Z 1 1/2 2 x ds = t 1 + 4t dt = 1 + 4t2 dt . 0
C2
Observe que t dt = Z
C2 UFF
d(1+4t2 ) . 8
x ds =
1 8
Z
0
0
Logo,
1
(1 + 4t2 )
1/2
d(1 + 4t2 ) =
1 8
· 32 (1 + 4t2 )
3/2
1 = 0
1 12
√ 5 5−1 . IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6
Portanto,
Z
x ds =
C
9
1 √ 5 5−1 . 12
Exemplo 3 Seja a curva C obtida como interse¸c˜ao da semiesfera x2 + y 2 + z 2 = 4 , y ≥ 0 com o plano x + z = 2. Z Calcule f (x, y, z) ds, onde f (x, y, z) ´e dada por f (x, y, z) = xy. C
Solu¸c˜ao: O esbo¸co de C ´e:
z 2
C 2
y
2
x Seja (x, y, z) ∈ C. Ent˜ao x2 + y 2 + z 2 = 4 , y ≥ 0 e x + z = 2. Logo, x2 + y 2 + (2 − x)2 = 4 , y ≥ 0 2 ou 2x2 − 4x + y 2 = 0 , y ≥ 0 ou 2(x − 1)2 + y 2 = 2 , y ≥ 0 ou (x − 1)2 + y2 = 1 , y ≥ 0. Logo, a √ proje¸c˜ao de C sobre o plano xy ´e a semi-elipse de centro (1, 0) e semi-eixos 1 e 2 . Ent˜ao, x = 1 + cos t √ . y = 2 sen t z = 2 − (1 + cos t) = 1 − cos t
Como y ≥ 0,
√
2 sen t ≥ 0, portanto 0 ≤ t ≤ π. Logo, uma parametriza¸c˜ao para C ´e dada por √ σ(t) = 1 + cos t, 2 sen t, 1 − cos t , 0 ≤ t ≤ π .
Temos ′
σ (t) = − sen t, portanto ds = kσ ′ (t)k dt =
UFF
√
√
2 cos t, sen t
sen2 t + 2 cos2 t + sen2 t dt =
√
2 dt .
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6
Ent˜ao, Z Z Z f (x, y, z) ds = xy ds = C
C
π
(1 + cos t)
√
0
10
√ 2 sen t 2 dt = 2
Z
π
(sen t + sen t cos t) dt
0
h = 2 − cos t + = 4.
sen2 t 2
iπ 0
Exerc´ıcio 1: Apresente uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel para as seguintes curvas planas: a) C ´e o segmento de (1, 2) a (−2, 8). b) C ´e a parte da par´abola y = 3x2 de (−1, 3) a (2, 12). c) C ´e o gr´afico de y 3 = x de (0, 0) a (1, 1). d) C ´e a elipse 3x2 + 8y 2 = 24. e) C ´e o gr´afico de x2/3 + y 2/3 = 1. f) C ´e o arco de circunferˆencia x2 + y 2 = 4, com x ≥ 0. g) C ´e a curva 2x2 + 2y 2 − 6x + 4y − 16 = 0. h) C ´e a curva 16x2 + 9y 2 + 64x − 18y − 71 = 0. Exerc´ıcio 2: Apresente uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel para a curva C em R3 , interse¸c˜ao das superf´ıcies dadas por a) x2 + y 2 = 1 e y + z = 2. b) x2 + y 2 = 4 e x2 + z 2 = 4, situada no primeiro octante. c) 4x2 + 9y 2 = 36 e x + z = 1. d) x2 + y 2 + z 2 = 4 e x + y = 1. √ e) x2 + y 2 = z 2 , z ≥ 0 e x = y 2 do ponto (0, 0, 0) a 1, 1, 2 . f) z = 1 − y 2 , z ≥ 0 e 2x + 3z = 6 de (3, 1, 0) a (3, −1, 0).
g) z = 3x2 + y 2 e z + 6x = 9. h) (x − 1)2 + y 2 = 1 e x2 + y 2 + z 2 = 4, com z ≥ 0.
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
Exerc´ıcio 3: Calcule com 0 ≤ t ≤ 1. Exerc´ıcio 4: Calcule
´ Modulo 6
Z Z
C
11
→ − − → → − − (xy + y + z) ds ao longo da curva → r (t) = 2t i + t j + (2 − 2t) k ,
(x +
√
4y) ds, onde C ´e o triˆangulo de v´ertices (0, 0), (1, 0) e (0, 1).
C
Exerc´ıcio 5: Calcule a integral
Z
C
x2 + y 2 ds, onde C ´e a quarta parte da circunferˆencia
x2 + y 2 + z 2 = 4, y = x, situada no primeiro octante. Exerc´ıcio 6: Calcule a integral
Z √
3xyz ds, onde C ´e a curva de interse¸c˜ao das superf´ıcies
C
x2 + y 2 + z 2 = 16, x2 + y 2 = 4, situada no primeiro octante.
UFF
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – M´odulo 6 – Tutor Exerc´ıcio 1: Apresente uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel para as seguintes curvas planas: a) C ´e o segmento de (1, 2) a (−2, 8). b) C ´e a parte da par´abola y = 3x2 de (−1, 3) a (2, 12). c) C ´e o gr´afico de y 3 = x de (0, 0) a (1, 1). d) C ´e a elipse 3x2 + 8y 2 = 24. e) C ´e o gr´afico de x2/3 + y 2/3 = 1. f) C ´e o arco de circunferˆencia x2 + y 2 = 4, com x ≥ 0. g) C ´e a curva 2x2 + 2y 2 − 6x + 4y − 16 = 0. h) C ´e a curva 16x2 + 9y 2 + 64x − 18y − 71 = 0. Solu¸c˜ ao: a) Uma parametriza¸c˜ao do segmento de reta que liga o ponto A ao ponto B ´e: − → r (t) = A + t(B − A) , com 0 ≤ t ≤ 1 . Considerando A = (1, 2) e B = (−2, 8), temos − → r (t) = (1, 2) + t ((−2, 8) − (1, 2)) = (1, 2) + t(−3, 6) = (1 − 3t, 2 + 6t) , com 0 ≤ t ≤ 1 . b) Se fizermos o parˆametro ser t = x, ent˜ao temos as equa¸c˜oes x = t, y = 3t2 , com −1 ≤ t ≤ 2. Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: → − r (t) = t, 3t2 , com − 1 ≤ t ≤ 2 . c) Se fizermos o parˆametro ser t = y, temos as equa¸c˜oes x = t3 e y = t, com 0 ≤ t ≤ 1. Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: → − r (t) = t3 , t , com 0 ≤ t ≤ 1 . x2
y2
+ = 1 (elipse de centro (0, 0) com semieixos d) Temos que 3x2 + 8y 2 = 24, se, e somente se, 8 3 √ √ a = 2 2 e b = 3).
´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
2
y2
x2
Lembrando que uma parametriza¸c˜ao da elipse 2 + 2 = 1, no sentido anti-hor´ario ´e dada por a b → − r (t) = (a cos t , b sen t), com 0 ≤ t ≤ 2π, ent˜ao uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: √ √ → − r (t) = 2 2 cos t , 3 sen t , com 0 ≤ t ≤ 2π . e) Fazendo u = x1/3 e v = y 1/3 e substituindo em x2/3 + y 2/3 = 1 obtemos u2 + v 2 = 1, que ´e uma circunferˆencia, no plano uv, de centro (0, 0) e raio 1. Logo, u = cos t e v = sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Voltando para as vari´aveis originais, temos x1/3 = cos t, y 1/3 = sen t, 0 ≤ t ≤ 2π, portanto x = cos3 t, y = sen3 t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Assim, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C ´e dada por: → − r (t) = cos3 t , sen3 t , com 0 ≤ t ≤ 2π . f) O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. y C
2
x
2
−2
Temos x = 2 cos t, y = 2 sen t. Como x ≥ 0 ent˜ao 2 cos t ≥ 0, portanto −π/2 ≤ t ≤ π/2. Logo, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C no sentido anti-hor´ario ´e dada por: − → r (t) = (2 cos t , 2 sen t) , com − π/2 ≤ t ≤ π/2 . g) Completando quadrados em 2x2 + 2y 2 − 6x + 4y − 16 = 0 temos: 2x2 − 6x + 2y 2 + 4y = 16 ⇔ x2 − 3x + y 2 + 2y = 8 ⇔ 9 4
⇔ x2 − 3x + ⇔
x−
3 2
2
+ y 2 + 2y + 1 = 8 +
+ (y + 1)2 =
que ´e uma circunferˆencia de centro
3 , −1 2
9 4
+1 ⇔
45 4
e raio
√ 3 5 2
.
Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C ´e dada por: √ √ 3 5 3 5 3 → − + cos t , −1 + sen t , com 0 ≤ t ≤ 2π . r (t) = 2
UFF
2
2
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
3
h) Completando quadrados em 16x2 + 9y 2 + 64x − 18y − 71 = 0, temos 16 (x2 + 4x) + 9 (y 2 − 2y) = 71 ⇔ ⇔ 16 (x2 + 4x + 4) + 9 (y 2 − 2y + 1) = 71 + 64 + 9 ⇔ ⇔ 16 (x + 2)2 + 9 (y − 1)2 = 144 ⇔ ⇔
(x + 2)2 9
+
(y − 1)2 16
16 144
(x + 2)2 +
9 144
(y − 1)2 = 1 ⇔
=1
que ´e uma elipse de centro (−2, 1) e semieixos a = 3 e b = 4. Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: − → r (t) = (−2 + 3 cos t , 1 + 4 sen t) , com 0 ≤ t ≤ 2π . Exerc´ıcio 2: Apresente uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel para a curva C em R3 , interse¸c˜ao das superf´ıcies dadas por a) x2 + y 2 = 1 e y + z = 2. b) x2 + y 2 = 4 e x2 + z 2 = 4, situada no primeiro octante. c) 4x2 + 9y 2 = 36 e x + z = 1. d) x2 + y 2 + z 2 = 4 e x + y = 1. √ e) x2 + y 2 = z 2 , z ≥ 0 e x = y 2 do ponto (0, 0, 0) a 1, 1, 2 . f) z = 1 − y 2 , z ≥ 0 e 2x + 3z = 6 de (3, 1, 0) a (3, −1, 0).
g) z = 3x2 + y 2 e z + 6x = 9. h) (x − 1)2 + y 2 = 1 e x2 + y 2 + z 2 = 4, com z ≥ 0. Solu¸c˜ ao: a) A curva C ´e a interse¸c˜ao do cilindro x2 + y 2 = 1 com o plano y + z = 2, cujo esbo¸co est´a na figura que se segue:
UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
4
z C
2
x y Como a proje¸c˜ao de C sobre o plano xy ´e a circunferˆencia x2 + y 2 = 1, ent˜ao x = cos t e y = sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como y + z = 2 ent˜ao z = 2 − y = 2 − sen t. Assim, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: → − r (t) = (cos t , sen t , 2 − sen t) , com 0 ≤ t ≤ 2π . Observe que com esta parametriza¸c˜ao C est´a orientada no sentido anti-hor´ario quando vista de cima. b) A curva C ´e a interse¸c˜ao, no primeiro octante, dos cilindros x2 + y 2 = 4 e x2 + z 2 = 4, cujo esbo¸co est´a representado na figura que se segue. z 2
C
x
2
2
y A proje¸c˜ao de C sobre o plano xy ´e o arco da circunferˆencia x2 + y 2 = 4 com x ≥ 0 e y ≥ 0. Logo, x = 2 cos t e y = 2 sen t. Como x ≥ 0 e y ≥ 0, ent˜ao 0 ≤ t ≤ π/2. Como x2 + z 2 = 4, com z ≥ 0, ent˜ao: √ √ √ z = 4 − x2 = 4 − 4 cos2 t = 4 sen2 t = 2 |sen t| = 2 sen t pois 0 ≤ t ≤ π/2. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
5
Assim, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: − → r (t) = (2 cos t , 2 sen t , 2 sen t) , com 0 ≤ t ≤ π/2 . x2
y2
+ = 1, onde a = 3 e b = 2. c) A proje¸c˜ao de C sobre o plano xy ´e a elipse 4x2 + 9y 2 = 36 ou 9 4 Ent˜ao, x = 3 cos t e y = 2 sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como z = 1 − x ent˜ao z = 1 − 3 cos t e, assim, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: − → r (t) = (3 cos t , 2 sen t , 1 − 3 cos t) , com 0 ≤ t ≤ 2π . d) Temos, x2 + y 2 + z 2 = 25 , x + y = 1 ⇔ x2 + (1 − x)2 + z 2 = 25 ⇔ ⇔ x2 + 1 − 2x + x2 + z 2 = 25 ⇔ 2x2 − 2x + z 2 = 24 ⇔ 1 1 ⇔ 2 (x2 − x) + z 2 = 24 ⇔ 2 x2 − x + ⇔ + z 2 = 24 + 4
1 2 49 ⇔ 2 x− ⇔ + z2 = 2
2
2 1 x− 2 49 4
Assim, a proje¸c˜ao de C sobre o plano xz ´e a elipse x=
1 2
+
7 2
cos t e z =
√ 7 2 2
2
z2
+ 49 = 1 .
2 1 x− 2 49 4
2
z2
7
√ 7 2
+ 49 = 1 com a = , b = . Logo, 2 2 2
sen t, 0 ≤ t ≤ 2π.
1 7 1 7 Como x + y = 1 ent˜ao y = 1 − x = 1 − + cos t = − cos t. Portanto, uma parametriza¸c˜ao 2 2 2 2 de C ´e dada por: √ 7 1 7 7 2 1 → − + cos t , − cos t , sen t , com 0 ≤ t ≤ 2π r (t) = 2
2
2
2
2
e) Se fizermos o parˆametro ser t = y, ent˜ao temos as equa¸c˜oes x = t2 e y = t, com 0 ≤ t ≤ 1. Como x2 + y 2 = z 2 , com z ≥ 0, ent˜ao: p p √ √ √ z = x2 + y 2 = t4 + t2 = t2 (t2 + 1) = |t| t2 + 1 = t t2 + 1 pois 0 ≤ t ≤ 1. Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C ´e dada por: √ → − 2 2 r (t) = t , t , t t + 1 , com 0 ≤ t ≤ 1 . f) O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. UFF
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
6
z 1
C −1
1
y 3
x
Se fizermos o parˆametro ser t = −y temos as equa¸c˜oes y = −t e z = 1 − t2 , com −1 ≤ t ≤ 1. 6 − 3z
6 − 3 + 3t2
3 + 3t2
= = . Logo, uma parametriza¸c˜ao de C ´e Como 2x + 3z = 6, ent˜ao x = 2 2 2 dada por: 3 + 3t2 → − r (t) = , −t , 1 − t2 , com − 1 ≤ t ≤ 1 . 2
g) Temos, z = 3x2 + y 2 e z + 6x = 9 ⇔ 3x2 + y 2 = 9 − 6x ⇔ ⇔ 3x2 + 6x + y 2 = 9 ⇔ 3 (x2 + 2x) + y 2 = 9 ⇔ ⇔ 3 (x2 + 2x + 1) + y 2 = 9 + 3 ⇔ 3(x + 1)2 + y 2 = 12 ⇔ ⇔
(x + 1)2 4
+
y2 12
= 1.
√ y2 (x + 1)2 + = 1 onde a = 2, b = 2 3 e o centro Logo, a proje¸c˜ao de C sobre o plano xy ´e a elipse 4 12 √ ´e (−1, 0). Logo, x = −1 + 2 cos t e y = 2 3 sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como z = 9 − 6x ent˜ao z = 9 − 6(−1 + 2 cos t) = 15 − 12 cos t. Assim, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: √ → − r (t) = −1 + 2 cos t , 2 3 sen t , 15 − 12 cos t , com 0 ≤ t ≤ 2π . h) A proje¸c˜ao de C sobre o plano xy ´e a circunferˆencia (x − 1)2 + y 2 = 1 ( ou x2 + y 2 = 2x). Logo, x = 1 + cos t e y = sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como x2 + y 2 + z 2 = 4, com z ≥ 0, ent˜ao: p p √ √ √ z = 4 − x2 − y 2 = 4 − 2x = 4 − 2 (1 + cos t) = 4 − 2 − 2 cos t = 2 − 2 cos t = q q p t t t t = 2 (1 − cos t) = 2 · 2 sen2 = 4 sen2 = 2 sen = 2 sen 2
UFF
2
2
2
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´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
7
pois 0 ≤ t ≤ 2π portanto 0 ≤ t/2 ≤ π. Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: t → − , com 0 ≤ t ≤ 2π . r (t) = 1 + cos t , sen t , 2 sen 2
Exerc´ıcio 3: Calcule
Z
→ − − → → − − (xy + y + z) ds ao longo da curva → r (t) = 2t i + t j + (2 − 2t) k ,
C
com 0 ≤ t ≤ 1.
√ → − → Solu¸c˜ ao: Temos r ′ (t) = (2, 1, −2), portanto k− r (t)k = 4 + 1 + 4 = 3. Como ds = ent˜ao ds = 3 dt. Ent˜ao, Z Z 1 Z 1 2 (xy + y + z) ds = 2t + t + 2 − 2t 3 dt = 3 2t2 − t + 2 dt = 0
−
→′
r (t) dt,
0
C
=3
h
2t3 3
Exerc´ıcio 4: Calcule
− Z
t2 2
i1 2 1 13 + 2t = 3 − +2 = . 0
(x +
√
3
2
2
4y) ds, onde C ´e o triˆangulo de v´ertices (0, 0), (1, 0) e (0, 1).
C
Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. y 1 C2 x+y =1 C3 C1
1
x
A curva C ´e a regi˜ao das curvas C1 , C2 e C3 . Logo, Z Z Z Z √ √ √ √ (x + 4 y) ds = (x + 4 y) ds + (x + 4 y) ds + (x + 4 y) ds . C
C1
C2
C3
− → → Uma parametriza¸ c˜ao de C1 ´e − r (t) = (t, 0), com t ∈ [0, 1]. Logo, r ′ (t) = (1, 0), portanto
→
− ds = r ′ (t) dt = dt. Portanto: Z
C1
UFF
√
(x + 4 y) ds =
Z
1
0
Z √ t + 4 0 dt =
0
1
t dt =
h 2 i1 t 2
0
=
1 2
.
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
8
→′ − − → Uma parametriza¸ c ˜ a o de C ´ e r (t) = (1 − t, t), com 0 ≤ t ≤ 1. Logo, r (t) = (−1, 1), e portanto 2
−
√
→′ ds = r (t) dt = 2 dt. Assim, 1 Z Z 1 √ √ √ √ t2 2t3/2 2 dt = 2 t − + 4 · 1−t+4 t (x + 4 y) ds = = 2
0
3
C2
0
√ √ 8 19 2 1 . = = 2 1− + 2
3
6
→ − → Uma parametriza¸ c˜ao de C3 ´e − r (t) = (0, 1 − t), com 0 ≤ t ≤ 1. Logo, r ′ (t) = (0, −1), e portanto
−
→ ds = r ′ (t) dt = dt. Portanto: Z Z 1 √ 2 (x + 4 y) ds = 0 + 4(1 − t)1/2 dt = −4 · (1 − t)3/2 0 = 3
C3
C3
8 3
= − (0 − 1) = Logo,
Z C
8 3
.
√ √ √ 19 2 8 19 1 + = 1+ 2 . (x + 4 y) ds = + 2
Z
Exerc´ıcio 5: Calcule a integral
6
3
6
x2 + y 2 ds, onde C ´e a quarta parte da circunferˆencia
C
x2 + y 2 + z 2 = 4, y = x, situada no primeiro octante. Solu¸c˜ ao: Temos, x2 + y 2 + z 2 = 4 , e y = x , com x, y, z ≥ 0 ⇔ ⇔ 2x2 + z 2 = 4 , com x, z ≥ 0 ⇔ ⇔
x2 2
z2 4
+
= 1 , com x, z ≥ 0 . x2
z2
Logo, a proje¸c˜ao de C no plano xz ´e o arco da elipse + = 1 , com x , z ≥ 0. Assim x = 2 4 e z = 2 sen t, com 0 ≤ t ≤ π/2. √ Como y = x ent˜ao y = 2 cos t. Ent˜ao uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por: √ √ → − 2 cos t , 2 cos t , 2 sen t , com 0 ≤ t ≤ π/2 . r (t) =
√
2 cos t
√ √ → − Portanto, r ′ (t) = − 2 sen t , − 2 sen t , 2 cos t , portanto √ √ → ds = k− r (t)k dt = 2 sen2 t + 2 sen2 t + 4 cos2 t dt = 4 sen2 t + 4 cos2 t dt = 2 dt . Assim,
Z
2
x +y
C
=8· UFF
1 2
2
ds =
Z
0
π/2 2
2
2 cos t + 2 sen t 2 dt = 8
Z
π/2
cos2 t dt =
0
h i π sen 2t π/2 = 4 · = 2π . t+ 2
0
2
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´ Calculo III-A
´ Modulo 6 – Tutor
Exerc´ıcio 6: Calcule a integral
Z √
9
3xyz ds, onde C ´e a curva de interse¸c˜ao das superf´ıcies
C
x2 + y 2 + z 2 = 16, x2 + y 2 = 4, situada no primeiro octante. Solu¸c˜ ao: A proje¸c˜ao de C sobre o plano xy ´e a circunferˆencia x2 + y 2 = 4. Logo, x = 2 cos t e y = 2 sen t. Como C est´a no primeiro octante, ent˜aopx , y , z ≥ 0. Logo, Como √ √ 0 ≤ t ≤ π/2. 2 2 2 2 2 2 2 x + y + z = 16, z ≥ 0 e x + y = 4, ent˜ao z = 16 − x − √ y = 16 − 4 = 2 3. Assim, → − uma parametriza¸c˜ao de C ´e dada por r (t) = 2 cos t, 2 sen t, 2 3 , com 0 ≤ t ≤ π/2. Logo,
−
√ →′ −
→′ r (t) = (−2 sen t, 2 cos t, 0) e ds = r (t) dt = 4 sen2 t + 4 cos2 t dt = 2 dt. Portanto: Z √ C
√ Z 3 xyz ds = 3
= 24
UFF
h
sen2 t 2
iπ/2 0
π/2
0
√ √ √ Z (2 cos t) (2 sen t) 2 3 2 dt = 8 3 3
π/2
cos t sen t dt =
0
= 12 .
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Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – Lista 6 Exerc´ıcio 1: Apresente uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel para as seguintes curvas planas: a) C = {(x, y) ∈ R2 | x = y 2 , 0 ≤ x ≤ 2} b) C = {(x, y) ∈ R2 | x2 + y 2 = 4 , y ≥ 1} c) C = {(x, y) ∈ R2 | x2 + y 2 + x + y = 0} o n 2 2 2 x + y = 1,x ≥ 0 d) C = (x, y) ∈ R | 4
Solu¸c˜ ao: a) O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. y √ 2 C
2
x
√ Fazendo y = t temos que x = t2 . Como 0 ≤ x ≤ 2, 0 ≤ t2 ≤ 2 portanto 0 ≤ t ≤ 2. Portanto, √ uma parametriza¸c˜ao de C ´e γ(t) = (t2 , t), com 0 ≤ t ≤ 2 . √ ′ 2]. Observe que Esta parametriza¸ c ˜ a o ´ e diferenci´ a vel pois existe γ (t) = (2t, 1) para todo t em [0, √ γ1 (t) = t, t com 0 ≤ t ≤ 2 ´e tamb´em uma parametriza¸c˜ao de C, mas n˜ao ´e diferenci´avel pois ′ n˜ao√existe γ (0). Observe tamb´em que essas parametriza¸c˜oes percorrem C da origem (0, 0) para 2, 2 .
´ Calculo III-A
Lista 6
87
b) Se x2 +y 2 = 4 e y ≥ 1 ent˜ao C ´e um arco de circunferˆencia de extremidades Sendo assim, o esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue.
√
√ 3,1 e − 3,1 .
y 2
C
γ(t) = (x, y)
1
y t
x
x
Adotando o ˆangulo t (em radianos) como parˆametros, temos que x = 2 cos t e y = 2 sen t. Varia¸c˜ao de t Temos que t0 ≤ t ≤ t1 . y
y C
2
C
2
1
1 t1
1
t0
√
x
3
x
π 1 ⇒ tg t0 = √ ⇒ t0 = 6 3
⇒ t1 = π −
5π π = 6 6
Logo π/6 ≤ t ≤ 5π/6. Assim, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C ´e γ(t) = (2 cos t, 2 sen t), com π/6 ≤ t ≤ 5π/6. Observe que essa parametriza¸c˜ao percorre C no sentido anti-hor´ario. c) De x2 + y 2 + x + y = 0 temos: x2 + x + ou
1 4
+ y2 + y +
1 4
=
1 2 1 + y+ = . x+ 2 2 q Logo, C ´e uma circunferˆencia de centro − 1 , − 1 e raio 1 =
1 2
2
2 4
2
2
2
√
2 2
.
Ent˜ao, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C no sentido anti-hor´ario ´e √ √ γ(t) = − 1 + 2 cos t, − 1 + 2 sen t , com 0 ≤ t ≤ 2π. 2
UFF
2
2
2
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Lista 6
88
d) O esbo¸co da semielipse C est´a representado na figura que se segue. y 1
C
x
2
−1
Uma parametriza¸c˜ao de C (no sentido anti-hor´ario) ´e γ(t) = (2 cos t, sen t), com −π/2 ≤ t ≤ π/2. Exerc´ıcio 2: Apresente uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel para as seguintes curvas no espa¸co: a) C ´e o segmento de reta que liga o ponto (0, 1, 0) ao ponto (2, 3, 4). b) C ´e a interse¸c˜ao do cilindro x2 + y 2 = 1 com o plano z = y − x. c) C ´e a interse¸c˜ao do paraboloide z = x2 + y 2 com o plano z = y + 1. Solu¸c˜ ao: a) Sejam A e B pontos do espa¸co. Seja P = (x, y, z) pertencente ao segmento AB. z A P B
O
y
x −→ −→ −→ −→ −→ −→ −→ Ent˜ao OP = OA + AP . Mas AP ´e um m´ultiplo escalar de AB, ou seja, AP = t · AB onde 0 ≤ t ≤ 1. Logo, −→ −→ −→ γ(t) = OP = OA + tAB = (A − 0) + t(B − A) = A + t(B − A)
com 0 ≤ t ≤ 1, ´e a equa¸c˜ao vetorial do segmento.
UFF
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Lista 6
89
No nosso caso, temos que A = (0, 1, 0) e B = (2, 3, 4). Portanto, uma parametriza¸c˜ao do segmento AB ´e: γ(t) = (0, 1, 0) + t (2, 3, 4) − (0, 1, 0) = (0, 1, 0) + t(2, 2, 4) = = (2t, 1 + 2t, 4t)
com 0 ≤ t ≤ 1. b) Seja P = (x, y, z) pertence `a curva C. Logo, x e y satisfazem `a equa¸c˜ao x2 + y 2 = 1 portanto x = cos t e y = sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como z = y − x, ent˜ao z = sen t − cos t. Portanto, uma parametriza¸c˜ao de C ´e γ(t) = (cos t, sen t, sen t − cos t), com 0 ≤ t ≤ 2π. 5 1 2 = . Logo, a proje¸c˜ao de c) De z = x2 + y 2 e z = y + 1 temos x2 + y 2 − y = 1 ou x2 + y − 4 √ 2 √ 5 1 2 1 5 5 2 = . Assim, x = C no plano xy ´e a circunferˆencia x + y − cos t e y = + sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como z = y + 1, ent˜ao y = γ(t) =
√
5 2
3 2
2 √ 5 + 2
cos t,
1 2
+
4
2
2
2
sen t. Temos que, √ 5 2
sen t,
3 2
+
√ 5 2
sen t
com 0 ≤ t ≤ 2π. Exerc´ıcio 3: Calcule
Z
(x + y) ds, onde C consiste no menor arco de circunferˆencia x2 + y 2 = 1 de
C
(1, 0) a (0, 1) e do segmento de reta de (0, 1) a (4, 3). Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de C = C1 ∪ C2 est´a representado na figura que se segue. y (4, 3) C2 (0, 1) C1
x
(1, 0)
Por propriedade da integral temos: Z Z Z (x + y) ds = (x + y) ds + (x + y) ds . C
C´alculo de
Z
C1
C2
(x + y) ds
C1 UFF
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90
′ Uma parametriza¸ ´e dada por γ1 (t) = (cos√ t, sen t), com 0 ≤ t ≤ π/2. Logo = c ˜ao′ de C1 p ′γ (t) 2 2 2 2 (− sen t, cos t) e γ1 (t) = (− sen t) + (cos t) = sen t + cos t = 1. Como ds = γ1 (t) dt ent˜ao ds = dt. Assim, Z Z π/2 h iπ/2 (x + y) ds = = (cos t + sen t) dt = sen t − cos t 0
0
C1
= (1 − 0) − (0 − 1) = 2 . C´alculo de
Z
(x + y) ds
C2
Sejam A = (0, 1) e B = (4, 3). Uma parametriza¸c˜ao de C2 = segmento de reta AB ´e dada por γ2 (t) = A + t(B − A), com 0 ≤ t ≤ 1 ou γ2 (t) = (0, 1) + t (4, 3) (0, 1) = (0, 1) + t(4, 2) = − √ √ √ ′ ′ γ2 (t) = 42 + 22 = 20 = 2 5 e (4t, 1 + 2t), com 0 ≤ t ≤ 1. Logo γ (t) = (4, 2) portanto 2 √ ds = γ2′ (t) dt = 2 5 dt. Ent˜ao, Z
(x + y) ds =
C2
Z
1
0
√ Z 1 (6t + 1) dt = (4t + 1 + 2t)2 5 dt = 2 5 √
0
√ √ 1 = 2 5 [3t2 + t]0 = 8 5 . Portanto:
Z
√ (x + y) ds = 2 + 8 5 .
C
R2
, Exerc´ıcio 4: Seja C parte da curva interse¸c˜ao das superf´ıcies x2 + y 2 + z 2 = R2 e x2 + y 2 = Z √4 81 3 com R > 0, situada no primeiro octante. Determine o valor de R de modo que xyz ds = . C
2
Solu¸c˜ ao: De x + y significa que a curva
UFF
3R2 temos z = , +z = R e x +y = √ 4 3R C est´a contida no plano horizontal z = . 2
2
2
2
2
2
R2 4
2
logo z =
√ 3R 2
2
pois z ≥ 0. Isso
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91
z R
C
√ R 3 2
(x, y, z)
R/2 R
(x, y, 0)
R/2
y
R
x R2 R , portanto x = cos t e 4 2 √ 3R , uma parametriza¸c˜ao de C 2
Seja (x, y, z) ∈ C. Ent˜ao x e y satisfazem a equa¸c˜ao x2 + y 2 = y=
R 2
sen t. Como x ≥ 0 e y ≥ 0 temos 0 ≤ t ≤ π/2. Como z = √ 3R R R ´e dada por γ(t) = cos t, sen t, , com 0 ≤ t ≤ π/2. Logo, 2
2
2
γ ′ (t) = e ′ γ (t) =
Assim,
r
−R 2
R2 4
sen t,
sen2 t +
R 2
cos t, 0
R2 4
cos2 t =
R 2
.
R ds = γ ′ (t) dt = dt . 2
Ent˜ao, Z
xyz ds =
=
√ R4 3 16
C
Como
Z
C
xyz ds =
Z
0
√ 81 3 2
Z
π/2
R 2
√ R R 3 cos t sen t R dt = 2
π/2
cos t sen t dt =
0
2
√ R4 3 16
h
sen2 t 2
iπ/2 0
2
=
√ R4 3 32
.
ent˜ao √ R4 3 32
=
√ 81 3 2
ou portanto R = 2 · 3 = 6.
R4 = 16 · 81 = 24 · 34
Exerc´ıcio 5: Mostre que o momento de in´ercia de um fio homogˆeneo com a forma de uma circunferˆencia de raio R em torno de um diˆametro ´e igual a UFF
M R2 , 2
onde M ´e a massa do fio. IME - GMA
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92
Solu¸c˜ ao: Sem perda de generalidade, podemos considerar a circunferˆencia de raio R, centrada em (0, 0). y C
R
R
x
Ent˜ao a equa¸c˜ao de C ´e x2 + y 2 = R2 e, portanto, uma parametriza¸c˜ao ´e γ(t) = (R cos t, R sen t), com 0 ≤ t ≤ 2π. Como o fio ´e homogˆeneo ent˜ao a densidade ´e constante, isto ´e, δ(x, y) = k para todo (x, y) ∈ C. Assim, da F´ısica temos M = k× (comprimento de C) = k(2πR) = 2kπR. Considerando um diˆametro no eixo x temos Z Z 2 Ix = y k ds = k y 2 ds C
onde
C
p ds = γ ′ (t) dt = (−R sen t, R cos t) dt = (−R sen t)2 + (R cos t)2 dt = √ √ = R2 sen2 t + R2 cos2 t dt = R2 dt = R dt .
Ent˜ao, Ix = k
Z
2π 2
(R sen t) R dt = kR
0
= kπR3 = 2kπR ·
R2 2
=
M R2 2
3
Z
2π 2
sen t dt = kR 0
31
2
h
t−
sen 2t 2
i2π 0
=
.
Exerc´ıcio 6: Um arame tem a forma da curva obtida como interse¸c˜ao da semi-esfera x2 +y 2 +z 2 = 4, y ≥ 0 com o plano x + z = 2. Sabendo-se que a densidade em cada ponto do arame ´e dada por f (x, y, z) = xy, calcule a massa total do arame. Solu¸c˜ ao: a) A curva C est´a ilustrada na figura que se segue.
UFF
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93
z
z
2
2 C
C
y
2
2
2
x
2
y
x
Seja (x, y, z) ∈ C. Ent˜ao x2 + y 2 + z 2 = 4, y ≥ 0 e x + z = 2, logo x2 + y 2 + (2 − x)2 = 4, y ≥ 0 2 ou 2x2 − 4x + y 2 = 0, y ≥ 0 ou 2(x − 1)2 + y 2 = 2, y ≥ 0, ou (x − 1)2 + y2 = 1, y ≥ 0. Logo, a 2 proje¸c˜ao de C no plano xy ´e a semielipse (x − 1)2 + y2 = 1, y ≥ 0. Ent˜ao 1 + cos t x=√ y = 2 sen t z = 2 − (1 + cos t) = 1 − cos t . √ Como y ≥ 0, ent˜ao 2 sen t ≥ 0 portanto 0 ≤ t ≤ π. Logo, uma parametriza¸c˜ao para C ´e dada por √ σ(t) = (1 + cos t, 2 sen t, 1 − cos t), 0 ≤ t ≤ π . Temos σ ′ (t) = (− sen t,
√
2 cos t, sen t)
portanto
√ √ ds = σ ′ (t) dt = sen2 t + 2 cos2 t + sen2 t dt = 2 dt . Z Z Como M = f (x, y, z) ds = xy ds, ent˜ao C
M=
C
Z
0
π
(1 + cos t) ·
√
2 · sen t ·
√
2 dt = 2
Z
π
(sen t + sen t cos t) dt =
0
i h sen2 t π = 4 u.m. = 2 − cos t + 2
0
y2
x2
+ = 1, situada no primeiro quadrante se a densidade Exerc´ıcio 7: Achar a massa da elipse 9 4 em cada ponto ´e igual ao produto das coordenadas do ponto. Solu¸c˜ ao: A densidade δ(x, y) ´e dada por δ(x, y) = xy. Logo, a massa M ´e dada por Z Z M= δ(x, y) ds = xy ds C
C
onde C ´e parametrizada por: γ(t) = (3 cos t , 2 sen t) ,
UFF
γ ′ (t) = (−3 sen t , 2 cos t) ′ √ γ (t) = 9 sen2 t + 4 cos2 t
0 ≤ t ≤ π/2
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Lista 6
Ent˜ao, M=
Z
xy ds =
C 2
2
π/2
Z
94
√ 6 cos t sen t 9 sen2 t + 4 cos2 t dt .
0
Fazendo u = 9 sen t + 4 cos t, tem-se: du = (18 sen t cos t − 8 cos t sen t) dt = 10 cos t sen t dt .
Se t = 0 e t = π/2, tem-se u = 4 e u = 9, respectivamente. Ent˜ao, Z 9 i9 h 38 2 3 2 3/2 1/2 du = 33 − 23 = = · · u u.m. M =6 u 10
4
5
3
5
4
5
Exerc´ıcio 8: Deseja-se construir uma pe¸ca de zinco que tem a forma da superf´ıcie do cilindro x2 + y 2 = 4, compreendida entre os planos z = 0 e x + y + z = 2, com z ≥ 0. Se o metro quadrado do zinco custa M reais, calcule o pre¸co total da pe¸ca. Fa¸ca um esbo¸co da mesma. Solu¸c˜ ao: z z = 2 − x − y = f (x, y)
S
y 2 2 C
2
(x, y, 0)
x
2 C
y
x Seja S a superf´ıcie lateral de base C contida no plano xy e altura f (x, y) = 2 − x − y em cada (x, y) ∈ C. Ent˜ao Z Z A(S) = f (x, y) ds = (2 − x − y) ds C
C
onde C ´e parametrizada por σ(t) = (2 cos t, 2 sen t), π/2 ≤ π ≤ 2π. Assim, σ ′ (t) = (−2 sen t, 2 cos t) portanto ds = σ ′ (t) dt = 2 dt. Ent˜ao, Z 2π h i2π A(S) = (2 − 2 cos t − 2 sen t)2 dt = 4 t − sen t + cos t = π/2
π/2
i h 3π π −1+0 = 4 + 2 = 6π + 8 u.a. = 4 (2π − 0 + 1) − 2
2
Logo, o pre¸co da pe¸ca ´e igual a (6π + 8)M reais. UFF
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Lista 6
95
Exerc´ıcio 9: Calcule a massa de um arame cuja forma ´e dada pela curva interse¸c˜ao da por¸c˜ao da esfera x2 + y 2 + z 2 = 2y, situada no primeiro octante com o plano z = y, supondo que a densidade em um ponto P ´e proporcional ao quadrado da distˆancia de P `a origem. Solu¸c˜ ao: De x2 + y 2 + z 2 = 2y e z = y, x ≥ 0, y ≥ 0, z ≥ 0, temos x2 + y 2 − 2y = 0, x ≥ 0 e y ≥ 0 se, e somente se 1 y− x2 1 2 1 2 2 ⇔ 1 + x +2 y− = 1
2
2
2
2
=1
4
com x ≥ 0 e y ≥ 0. Logo, a proje¸c˜ao do arame C no plano xy ´e um quarto da elipse x2
+
1 2
1 2 y− 2
1 4
= 1, √ 2 2
1
1
com x ≥ 0 e y ≥ 0, cuja parametriza¸c˜ao ´e dada por x(t) = cos t e y = + sen t, com 2 2 t ∈ [−π/2, π/2], pois x ≥ 0. Para encontrar uma parametriza¸c˜ao de C utilizamos a equa¸c˜ao do plano z = y. Temos, C : γ(t) =
√
2 2
cos t,
1 2
+
1 2
sen t,
1 2
+
1 2
sen t
com t ∈ [−π/2 , π/2]. Assim,
√ 2 1 1 γ (t) = − sen t, cos t, cos t ′
2
2
2
portanto ′ γ (t) = Logo,
r
1 2
sen2 t +
1 4
cos2 t +
1 4
cos2 t =
√ 2 2
.
√ ′ 2 dt . ds = γ (t) dt = 2
A densidade em P = (x, y, z) ´e dada por p 2 δ(x, y, z) = k x2 + y 2 + z 2 = k x2 + y 2 + z 2 , onde k > 0. Como M =
Z
δ(x, y, z) ds ent˜ao:
C
M =k
Z
2
2
x +y +z
C
= 2k
Z
π/2
−π/2
UFF
1 2
+
1 2
2
ds = 2k
Z
y ds =
C
√ √ h √ iπ/2 2 2 2 = sen t dt = k t − cos t kπ u.m. 2
2
−π/2
2
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96
Exerc´ıcio 10: Calcule a primeira coordenada do centro de massa de um fio homogˆeneo que est´a ao √ → t4 − − → → − longo de uma curva γ(t) = t i + 2 2 t5/2 j + k , 0 ≤ t ≤ 2, se a densidade for δ(x, y, z) = 10x. 4 √ 2 2 5/2 t4 temos que γ ′ (t) t , 5 4 5
√ = (1, 2 t3/2 , t3 ), portanto obtemos γ ′ (t) = Solu¸c˜ ao: De γ(t) = t, q √ 3 6 1 + 2t + t = (1 + t3 )2 = 1 + t3 . Logo, ds = γ ′ (t) dt = 1 + t3 dt. A primeira coordenada do centro de massa do fio homogˆeneo ´e dada por Z x ds C x= L
onde L ´e o comprimento de C, isto ´e, Z b Z ′ L= γ (t) dt = a
Por outro lado, Z C
x ds =
Z
0
2 3
t 1+t
dt =
Z
2 0
2 0
Logo, x=
UFF
h i t4 2 1 + t3 dt = t + = 6. 4
0
h 2 i t t5 2 42 32 t + t4 dt = + = . =2+ 2
42 5
6
=
5
0
5
5
7 . 5
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C´alculo III-A – M´odulo 7 Aula 13 – Aplica¸c˜oes da Integral de Linha de Campo Escalar Objetivo • Apresentar uma interpreta¸c˜ao geom´etrica. • Apresentar algumas aplica¸c˜oes `a F´ısica.
Interpreta¸c˜ ao geom´ etrica no plano Seja f (x, y) ≥ 0 e cont´ınua. Ent˜ao o gr´afico de f , Gf , est´a acima do plano xy.
z Gf
(x, y, f (x, y))
(x, y)
y
S
∆s
x
C
A partir daZcurva C ⊂ plano xy, construa a superf´ıcie S de base C e “altura” f (x, y) em (x, y) ∈ C. A integral f (x, y) ds representa a ´area de um lado da superf´ıcie S. C
Exemplo 1 A base de uma superf´ıcie ´e dada por x2 + y 2 = 2 , x ≥ 0. Se a altura da superf´ıcie em (x, y) ´e f (x, y) = x, x ≥ 0, obter a ´area de um lado da superf´ıcie.
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´ Modulo 7
2
Solu¸c˜ao: O esbo¸co de S ´e:
z z = f (x, y) = x S
√ 2
√ 2
(x, y)
x A ´area de um lado de S ´e dada por √
Z
y
Z
f (x, y) ds = x ds, onde C ´e parametrizado por
C C √ 2 cos t, 2 sen t, , −π/2 ≤ t ≤ π/2 (pois x ≥ 0). √ √ √ √ Se σ ′ (t) = − 2 sen t, 2 cos t , ent˜ao kσ ′ (t)k = 2 sen2 t + 2 cos2 t = 2 portanto,
σ(t) =
ds = kσ ′ (t)k dt = Ent˜ao Z C
x ds =
Z
π/2 −π/2
√
√
2 dt .
π/2 √ = 4 u.a. 2 cos t 2 dt = 2 sen t −π/2
Interpreta¸c˜ ao F´ısica 2 Se ao Z δ(x, y) representa a densidade (massa por unidade de comprimento) de um arame C ⊂ R , ent˜ δ(x, y) ds representa a massa total do arame: C
M=
Z
δ(x, y) ds .
C
UFF
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´ Modulo 7
3
OBS.: 1. O centro de massa (x, y) do arame ´e dado por Z Mx = xδ(x, y) ds C
My =
Z
yδ(x, y) ds
C
2. O momento de in´ercia de C ⊂ R2 em rela¸c˜ao a um eixo E ´e dado por Z IE = r 2 (x, y)δ(x, y) ds C
onde r(x, y) = distˆancia de (x, y) ao eixo E. 3. Seja uma curva C ⊂ R3 , representando um arame de densidade δ = δ(x, y, z) em (x, y, z) ∈ C. Ent˜ao, observe as seguintes f´ormulas: Z (i) Comprimento do arame: L = ds C
(ii) Massa do arame: M =
Z
δ(x, y, z) ds
C
(iii) Centro de massa do arame (x, y, z), onde Z Mx = xδ(x, y, z) ds C
My =
Z
yδ(x, y, z) ds
Mz =
Z
zδ(x, y, z) ds
C
C
(iv) Momento de in´ercia do arame em rela¸c˜ao a um eixo E: Z IE = r 2 (x, y, z)δ(x, y, z) ds C
onde r(x, y, z) = distˆancia de (x, y, z) ao eixo E.
Exemplo 2 Um arame fino tem a forma de uma semicircunferˆencia x2 + y 2 = 4, y ≥ 0. Se a densidade linear ´e UFF
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4
uma constante k, determine a massa e o centro de massa do arame. Solu¸c˜ao: O esbo¸co de C est´a representado ao lado. Temos Z Z xk ds x ds x = CZ
k ds
C
Z
y = CZ
= CZ
y 2
ds
C
C
y ds −2
ds
2
x
C
Z
onde
ds = L =
C
1 2
Z
Z
C
C
· 2πr = 2π, pois r = 2. Como M = kds ent˜ao M = k
parametriza¸c˜ao de C ´e dada por
ds = 2kπ. Uma
σ(t) = (2 cos t, 2 sen t) , 0 ≤ t ≤ π . √ Se σ ′ (t) = (−2 sen t, 2 cos t, ) , ent˜ao kσ ′ (t)k = 4 sen2 t + 4 cos2 t = 2. Como ds = kσ ′ (t)k dt, ent˜ao ds = 2 dt. Temos Z Z π π x ds = (2 cos t)2 dt = 4 sen t 0 = 0 0
C
Z C
y ds =
Z
0
π
π (2 sen t)2 dt = 4 − cos t 0 = 8
Logo, x=0 e y=
8 4 = . 2π π
Portanto, (x, y) = (0, 4/π).
Exemplo 3 Calcule o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z de um arame C cuja forma ´e a interse¸c˜ao das superf´ıcies x2 + y 2 + z 2 = 4 e y = x, sabendo que sua densidade ´e uma constante. Solu¸c˜ao: Como a interse¸c˜ao de uma esfera com um plano ´e uma circunferˆencia, segue que C ´e uma circunferˆencia contida no plano y = x. Para esbo¸c´a-la procuremos encontrar pontos de interse¸c˜ao das suas superf´ıcies. Observe que o plano x = y cont´em o eixo z. Logo, os pontos A1 = (0, 0, 2) e UFF
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5
z A1 = (0, 0, 2) C
B2
2
B1
2
y
x A2 = (0, 0, −2)
A2 = (0, 0, −2) est˜ao em C. Por outro lado, a reta y = x do plano xy intercepta a esfera em dois pontos: B1 e B2 . Ligando os pontos A1 , A2 , B1 e B2 , encontramos a curva C. Para parametrizar C, resolvemos o sistema 2 x + y2 + z2 = 4 . y= x Temos 2x2 + z 2 = 4 ou x2 /2 + z 2 /4 = 1, que representa a proje¸c˜ao de C√no plano xz. Portanto, se (x, y, z) ∈ C, ent˜ao x e z satisfazem √ a elipse x2 /2 + z 2 /4. Logo, x = 2 cos t e z = 2 sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π. Como y = x, ent˜ao y = 2 cos t. Portanto, √ √ σ(t) = 2 cos t, 2 cos t, 2 sen t , 0 ≤ t ≤ 2π
´e uma parametriza¸c˜ao de C. √ √ √ Se σ ′ (t) = − 2 sen t, − 2 sen t, 2 cos t , ent˜ao kσ ′ (t)k = 2 sen2 t + 2 sen2 t + 4 cos2 t = 2. Assim, ds = kσ ′ (t)k dt = 2 dt. O momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z ´e dado por Z Z Z 2π 2 2 2 2 Iz = x + y δ(x, y) ds = k x + y ds = k 2 cos2 t + 2 cos2 t 2 dt 0
C
C
= 8k
2π
Z
cos2 t dt
0
= 8k ·
1 2
h
t+
sen 2t 2
i2π 0
= 8kπ .
UFF
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6
Aula 14 – Campos Vetoriais Objetivo • Apresentar os campos vetoriais. • Estudar alguns operadores diferenciais. Defini¸c˜ ao de um campo vetorial:
Defini¸c˜ao: Sejam P e Q fun¸c˜oes reais de x e y, definidas em D ⊂ R2 . A fun¸c˜ao → − vetorial F : D ⊂ R2 → R2 definida por → − → − − → F (x, y) = (P (x, y), Q(x, y)) = P (x, y) i + Q(x, y) j
´e chamada de campo vetorial definido em D ⊂ R2 . y − → F (x, y) D
(x, y)
x → − Outra nota¸c˜ao: F (x, y) = (P, Q).
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7
Defini¸c˜ao: Sejam P , Q e R fun¸c˜oes reais de x, y e z, definidas em D ⊂ R3 . Temos que a fun¸c˜ao → − vetorial F : D ⊂ R3 → R3 definida por
→ − → − → − − → F (x, y, z) = (P (x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)) = P (x, y, z) i +Q(x, y, z) j +R(x, y, z) k
´e chamada de campo vetorial definido em D ⊂ R3 .
z
− → F (x, y, z) (x, y, z)
D
y
x
Os campos vetoriais s˜ao ´uteis para representar os campos de for¸cas, campos de velocidades e campos el´etricos. → − → − Geometricamente, visualizamos um campo vetorial F no plano esbo¸cando vetores F (x, y) com origem em (x, y).
Exemplo 1 → − → − → − O campo vetorial F (x, y) = (x, y) = x i + y j , (x, y) ∈ R2 est´a representado por:
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y
x
Exemplo 2 → − → − → − Fa¸ca a representa¸c˜ao geom´etrica do campo vetorial F (x, y) = (−y, x) = −y i + x j , (x, y) ∈ R2 . Solu¸c˜ao: p → − → − Observemos que k F (x, y)k = y 2 + x2 = k(x, y)k, isto ´e, os vetores F (x, y) e (x, y) tˆem mesmo → − → − comprimento. Al´em disso, F (x, y) · (x, y) = (−y, x) · (x, y) = −yx + xy = 0, portanto F (x, y) ⊥ (x, y). Ent˜ao o esbo¸co do campo ´e: y
x
Defini¸c˜ao: → − Dizemos que o campo vetorial F ´e cont´ınuo, de classe C k , k ∈ N∗ ou C ∞ se as fun¸c˜oes componentes P e Q (ou P , Q, R) s˜ao cont´ınuas, de classe C k ou C ∞ , respectivamente.
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Operadores diferenciais → − Se F = (P, Q, R) ´e campo vetorial diferenci´avel em um conjunto aberto D do R3 , ent˜ao o divergente → − de F ´e um campo escalar definido por → ∂P − ∂Q ∂R + + div F = ∂x ∂y ∂z
(1)
→ − → − Se F = (P, Q) ´e de classe C 1 em um aberto D do R2 , ent˜ao div F =
∂P ∂x
+
∂Q . ∂y
→ − O rotacional de F ´e um campo vetorial definido por → → → → − ∂P ∂Q ∂P − ∂R − ∂R ∂Q − i + j + k − − − rot F = ∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
(2)
Vamos expressar (1) e (2) usando a nota¸c˜ao de operador. Ent˜ao, consideremos o operador diferencial vetorial ∇ (“del”) dado por → → → ∂ − ∂ − ∂ − ∂ ∂ ∂ ∇= i + j + k = . , , ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z O operador ∇ sobre uma fun¸c˜ao escalar f (ou um campo escalar) produz o gradiente de f : ∂f ∂f ∂f . , , ∇f = ∂x ∂y ∂z → − Consideremos o “produto vetorial” de ∇ pelo campo vetorial F = (P, Q, R): − → − → − → i j k → − ∇ × F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z P Q R ∂/∂y ∂/∂z ∂/∂x ∂/∂y − ∂/∂x ∂/∂z − − → → → i − j + = k R P P Q R Q =
∂R ∂y
−
∂Q ∂z
=
∂R ∂y
−
∂Q ∂z
→ − = rot F .
− → i − − → i +
∂R ∂x
−
∂P ∂z
∂P ∂z
−
∂R ∂x
− → ∂Q j + ∂x −
− → ∂Q j + ∂x −
∂P ∂y
∂P ∂y
− → k
− → k
Logo,
→ − → − rot F = ∇ × F . → − Consideremos o “produto interno” de ∇ pelo campo F : − → → − ∂P ∂ ∂ ∂Q ∂R ∂ · (P, Q, R) = , , + + = div F . ∇· F = ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z UFF
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Assim,
10
→ − → − div F = ∇ · F .
Exemplo 1 → − → − → − → − Calcule o divergente e o rotacional do campo vetorial F (x, y, z) = xy i + yz j + zx k . Solu¸c˜ao: Temos
→ − → − ∂ ∂ ∂ div F = ∇ · F = (xy) + (yz) + (zx) = y + z + x . ∂x ∂y ∂z
e − → − → − → j k i → − → − → − → − − → → − → − → − rot F = ∇× F = ∂/∂x ∂/∂y ∂/∂z = (0−y) i +(0−z) j +(0−x) k = −y i −z j −x k . xy yz zx A seguir, apresentaremos algumas propriedades para o rotacional e o divergente. → − Se f e F s˜ao de classe C 2 , ent˜ao → − → − (i) rot(gradf ) = 0 ou ∇ × (∇f ) = 0 → − → − (ii) div rot F = 0 ou ∇ · ∇ × F = 0
(iii) div (gradf ) = lap f ou ∇ · (∇f ) = ∇2 f ou △f onde lap f = ∇2 f = △f = dito laplaciano de f . − → → − → − (iv) ∇ · f F = f ∇ · F + ∇f · F .
∂2f ∂x2
2
2
+ ∂∂yf2 + ∂∂zf2 ´e
As demonstra¸c˜oes de (i) e (ii) seguem das defini¸c˜oes e do Teorema de Schwartz. A demonstra¸c˜ao → − de (iii) segue das defini¸c˜oes. Demonstraremos a propriedade (iv). Escrevendo F = (P, Q, R), temos → − f F = (f P, f Q, f R). Ent˜ao, − → ∂ ∂ ∂ ∂P ∂f ∂Q ∂f ∂R ∂f ∇· fF = (f P ) + (f Q) + (f R) = f + ·P +f + ·Q+f + ·R ∂x ∂y ∂z ∂x ∂x ∂y ∂y ∂z ∂z ∂P ∂Q ∂R ∂f ∂f ∂f = f + + , , + · (P, Q, R) ∂x ∂y ∂z ∂x ∂y ∂z → − → − = f ∇ · F + ∇f · F
como quer´ıamos demonstrar.
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→ − → − → − OBS.: Se F (x, y) = P (x, y) i + Q(x, y) j , ent˜ao: → → ∂Q ∂P − − rot F = ∂x − ∂y k .
Exerc´ıcio 1: Use a integral de linha para encontrar a ´area da superf´ıcie lateral sobre a curva C e abaixo da superf´ıcie z = f (x, y), onde a) C : x2 + y 2 = 1, com y ≥ 0 de (1, 0) a (0, 1) e f (x, y) = xy b) C : y = 1 − x2 de (1, 0) a (0, 1) e f (x, y) = x Exerc´ıcio 2: Determine a massa de um fio com a forma da curva y = ln x, com a densidade em cada ponto ´e igual ao quadrado da abscissa do ponto.
√
3≤x≤
√
8 , se
Exerc´ıcio 3: Determine a massa de uma quarta parte da circunferˆencia x2 + y 2 = a2 , situada no primeiro quadrante se a densidade em cada ponto ´e igual a ordenada desse ponto. → Exerc´ıcio 4: Calcule o centro de massa do fio C parametrizado por − r (t) = (t, t, t), com 0 ≤ t ≤ 1, com densidade linear δ(x, y, z) = xyz. Exerc´ıcio 5: Seja C um fio delgado com a forma da interse¸c˜ao da superf´ıcie x2 + y 2 + z 2 = 5, com z ≥ 0 com o plano x + y = 1. Calcule o momento de in´ercia de C em rela¸c˜ao ao eixo z, se a densidade em cada ponto ´e proporcional `a sua distˆancia ao plano xy. Exerc´ıcio 6: Calcule a massa de um arame fino com o formato da h´elice x = 3 cos t, y = 3 sen t e kx z = 4t, com 0 ≤ t ≤ π/2, se a densidade for δ(x, y, z) = , com k > 0. 2 1+y
→ − → − Exerc´ıcio 7: Calcule div F e rot F sendo: → − a) F (x, y, z) = (2z − 3y , 3x − z , y − 2x)
→ − → − → − b) F (x, y, z) = (z + sen y) i − (z − x cos y) j
→ − → → − Exerc´ıcio 8: Se − r = (x, y, z) e → a ´e um vetor constante, demonstre que rot (− a ×− r ) = 2→ a e → − → − div ( a × r ) = 0.
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Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – M´odulo 7 – Tutor Exerc´ıcio 1: Use a integral de linha para encontrar a ´area da superf´ıcie lateral sobre a curva C e abaixo da superf´ıcie z = f (x, y), onde a) C : x2 + y 2 = 1, com y ≥ 0 de (1, 0) a (0, 1) e f (x, y) = xy b) C : y = 1 − x2 de (1, 0) a (0, 1) e f (x, y) = x Solu¸c˜ ao: a) Sabemos da teoria que a ´area da superf´ıcie lateral S, sobre a curva C e abaixo do gr´afico de Z z = f (x, y), onde f (x, y) ≥ 0 e cont´ınua em C ´e dada por A(S) = f (x, y) ds. C
O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. y 1
C
x
1
Como x Z≥ 0 e y ≥ 0, ent˜ao f (x, y) = xy ≥ 0 em C. Al´em disso, f ´e cont´ınua em C. Ent˜ao, → A(S) = xy ds, onde C ´e parametrizada por − r (t) = (cos t, sen t), com 0 ≤ t ≤ π/2. Temos, C
−
− →′ −
→′ √ 2
→′ 2 r (t) = (− sen t, cos t), portanto r (t) = sen t + cos t = 1 e, portanto, ds = r (t) dt = dt. Assim Z π/2 h 2 iπ/2 sen t 1 A(S) = cos t sen t dt = u.a. = 2
0
0
b) O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. y 2 C
2
x
2
´ Calculo III-A
´ Modulo 7 – Tutor
2
Se fizermos o parˆametro ser t = −x, ent˜ao temos as equa¸c˜oes x = −t e y = 1−t2 , com −1 ≤ t ≤ 0. → − → Ent˜ao, uma parametriza¸ c˜ao de C ´e − r (t) = (−t , 1 − t2 ), com −1 ≤ t ≤ 0. Logo, r ′ (t) = (−1, −2t),
−
√ →
→ √
− portanto r ′ (t) = 1 + 4t2 e ds = r ′ (t) dt = 1 + 4t2 dt.
Temos
A(S) =
Z
f (x, y) ds =
C
Z
=−
1 8
=−
1 12
Z
x ds =
1 + 4t2 −1
√
0
−1
C
0
Z
(−t) 1 + 4t2 dt = −
Z
0
t 1 + 4t2 −1
1/2
dt =
h 3/2 i0 1 2 1 + 4t2 d 1 + 4t2 = − · =
1/2
8
3
−1
√ √ 1 1−5 5 = 5 5 − 1 u.a. 12
Exerc´ıcio 2: Determine a massa de um fio com a forma da curva y = ln x, com a densidade em cada ponto ´e igual ao quadrado da abscissa do ponto.
√
3≤x≤
√
8 , se
Z
δ(x, y) ds, onde δ(x, y) = x2 . Uma parametriza¸c˜ao de C ´e
− √ √ C → − 1
→ → − r (t) = (t, ln t), com 3 ≤ t ≤ 8 . Logo, r ′ (t) = 1, , com t > 0 e r ′ (t) = t √ √ q
− t2 + 1 t2 + 1 1
→′ = 1+ 2 = . Como ds = r (t) dt, ent˜ao ds = dt. Assim: Solu¸c˜ ao: Pede-se M =
t
t
t
M=
= =
1 2 1 3
Z
2
x ds =
C Z √ √
3
Z
√
√
8
3
√ 2 2 t +1 t t
dt =
8 2
t +1
1/2
2
d t +1 =
1 2
Z
·
√
8
√ 3
2 3
h
t
√
t2
2
t +1
+ 1 dt = √
8
√
3
3/2 i
=
1 19 93/2 − 43/2 = (27 − 8) = u.m. 3
3
Exerc´ıcio 3: Determine a massa de uma quarta parte da circunferˆencia x2 + y 2 = a2 , situada no primeiro quadrante se a densidade em cada ponto ´e igual a ordenada desse ponto. Solu¸c˜ ao: O esbo¸co de C est´a representado na figura que se segue. y a C
a
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x
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´ Modulo 7 – Tutor
3
Como a densidade em (x, y) ∈ C ´e igual `a ordenada y, ent˜ao δ(x, y) = y. Logo, a massa M ´e dada por Z Z M=
δ(x, y) ds =
C
y ds
C
− onde → r (t) = (a cos t , a sen t), com 0 ≤ t ≤ π/2, ´e uma parametriza¸c˜ao de C.
−
→′ −
→′ √ 2 Temos r (t) = (−a sen t , a cos t), portanto r (t) = a sen2 t + a2 cos2 t = a.
−
→′ Como ds = r (t) dt ent˜ao ds = a dt. Assim: M=
π/2
Z
= a2 u.m. (a sen t) a dt = a2 [− cos t]π/2 0
0
→ Exerc´ıcio 4: Calcule o centro de massa do fio C parametrizado por − r (t) = (t, t, t) , com 0 ≤ t ≤ 1, com densidade linear δ(x, y, z) = xyz.
−
− √ √ √ → −
→
→ Solu¸c˜ ao: Temos r ′ (t) = (1, 1, 1), r ′ (t) = 1 + 1 + 1 = 3 e ds = r ′ (t) dt = 3 dt. O centro de massa (x, y, z) ´e dado por Z Z Z Mx = xδ(x, y, z) ds = x (xyz) ds = x2 yz ds C
C
C
My =
Z
yδ(x, y, z) ds =
Z
y (xyz) ds =
Z
xy 2 z ds
Mz =
Z
zδ(x, y, z) ds =
Z
z (xyz) ds =
Z
xyz 2 ds
C
C
C
C
C
C
C´alculo de M Temos M=
Z
δ(x, y, z) ds =
C
C´alculo de
Z
Z C
xyz ds =
Z
1 3
t
√
0
√ h t4 i1 √3 3 dt = 3 = u.m. 4
4
0
x2 yz ds :
C
Temos
Z
2
x yz ds =
C
C´alculo de
Z
Z
1
√ Z √ t · t · t 3 dt = 3 2
0
0
1
√ h t5 i1 √3 = . t dt = 3 4
5
0
5
xy 2 z ds :
C UFF
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´ Modulo 7 – Tutor
Temos
Z
√ Z xy z ds = 3
1
Z
√ Z xyz ds = 3
1
C
C´alculo de
Z
2
4
√ h t5 i1 √3 . = t dt = 3 4
5
0
5
0
xyz 2 ds :
C
Temos
C
√ h t5 i1 √3 t dt = 3 . = 4
2
5
0
5
0
Substituindo acima, vemos que o centro de massa ´e dado por: √ √ √ 3/5 3/5 3/5 4 4 4 ,√ (x, y, z) = √ ,√ , , = . 3/4
3/4
5 5 5
3/4
Exerc´ıcio 5: Seja C um fio delgado com a forma da interse¸c˜ao da superf´ıcie x2 + y 2 + z 2 = 5 , com z ≥ 0 com o plano x + y = 1. Calcule o momento de in´ercia de C em rela¸c˜ao ao eixo z, se a densidade em cada ponto ´e proporcional `a sua distˆancia ao plano xy. Solu¸c˜ ao: Temos que: x2 + y 2 + z 2 = 5 , z ≥ 0 e x + y = 1 ⇔ x2 + (1 − x)2 + z 2 = 5 , z ≥ 0 ⇔ ⇔ x2 + 1 − 2x + x2 + z 2 = 5 , z ≥ 0 ⇔ 2x2 − 2x + z 2 = 4 , z ≥ 0 1 1 ⇔ 2 (x2 − x) + z 2 = 4 , z ≥ 0 ⇔ 2 x2 − x + + z2 = 4 + , z ≥ 0 ⇔ 4
2
2 9 (x − 1/2) z2 1 2 + z2 = , z ≥ 0 ⇔ + = 1,z ≥ 0. ⇔ 2 x− 2
2
9/4
9/2
2
z2
(x − 1/2)
Assim, a proje¸c˜ao de C sobre o plano xz ´e a semielipse + = 1, com z ≥ 0 de centro 9/4 9/2 √ √ 1 3 3 2 1 3 3 2 , 0 e semieixos a = e b = . Ent˜ao x = + cos t e z = sen t. Como z ≥ 0 2
2 2 √ 3 2 ent˜ao sen t ≥ 0 ou sen t ≥ 0 portanto 0 2 1 3 + cos t 2 2 3 1 = − cos t. Assim, uma parametriza¸c˜ao de 2 2
− → r (t) = − → Logo, r ′ (t) =
1 2
+
3 2
cos t ,
1 2
2
2
2
≤ t ≤ π. Como x + y = 1 ent˜ao y = 1 − x = 1 − = C ´e dada por
−
3 2
cos t ,
√ 3 2 2
cos t , 0 ≤ t ≤ π .
√ 3 3 3 2 − sen t , sen t , cos t e 2
2
2
r r √
−
r 9 9 9 9 9 9 3 2
→′ 2t+ 2t+ 2t = 2t+ 2t = r (t) = sen sen cos sen cos = .
4
UFF
4
2
2
2
2
2
IME - GMA
´ Calculo III-A
´ Modulo 7 – Tutor
5
√
−
3 2
→ Como ds = r ′ (t) dt ent˜ao ds = dt. O momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z ´e dada por 2
Iz =
Z C
x2 + y 2 δ(x, y, z) ds
onde δ(x, y, z) = k |z| = kz pois z ≥ 0, com k > 0 uma constante. Ent˜ao, √ Z Z π 2 2 √ 1 3 3 3 2 3 2 1 2 2 Iz = x + y kz ds = k + cos t + − cos t sen t dt = 0
2
2
2
2
2
2
C
√ 2 Z 3 2 k = 2
π
2 0
1 4
+
9 4
Z 9 2 cos t sen t dt = · k
π
2
2
4
0
1 + 9 cos2 t sen t dt =
i h 9 9 cos3 t π = k − cos t − 9 = k(2 + 6) = 18k . 4
3
4
0
Observe que (a + b)2 + (a − b)2 = 2 (a2 + b2 ). Exerc´ıcio 6: Calcule a massa de um arame fino com o formato da h´elice x = 3 cos t, y = 3 sen t e kx , com k > 0. z = 4t, com 0 ≤ t ≤ π/2, se a densidade for δ(x, y, z) = 2 1+y
→ − → Solu¸c˜ a o: Seja − r (t) = (3 cos t, 3 sen t, 4t), com 0 ≤ t ≤ π/2. Logo, r ′ (t) = (−3 sen t, 3 cos t, 4),
√ √ √ → →
−
−
r ′ (t) = 9 sen2 t + 9 cos2 t + 16 = 9 + 16 = 25 = 5. Como ds = r ′ (t) dt ent˜ao ds = 5 dt. A massa M ´e dada por Z π/2 Z π/2 Z Z 3 cos t 3 cos t x ds = k dt . 5 dt = 5k M = δ(x, y, z) ds = k 2 2 2 1+y
C
0
1 + 9 sen t
0
1 + (3 sen t)
C
Fazendo u = 3 sen t, temos du = 3 cos t dt. Para t = 0 e t = π/2 temos u = 0 e u = 3, respectivamente. Logo, Z 3 h i3 du M = 5k = 5k (arctg 3 − arctg 0) = 5k arctg 3 u.m. = 5k arctg u 2 0
1+u
0
→ − → − Exerc´ıcio 7: Calcule div F e rot F sendo: → − a) F (x, y, z) = (2z − 3y, 3x − z, y − 2x)
→ − → − → − b) F (x, y, z) = (z + sen y) i − (z − x cos y) j
Solu¸c˜ ao: → − a) Se F (x, y, z) = (2z − 3y, 3x − z, y − 2x) ent˜ao: → − ∂ ∂ ∂ div F = (2z − 3y) + (3x − z) + (y − 2x) = 0 + 0 + 0 = 0 ∂x
UFF
∂y
∂z
IME - GMA
´ Calculo III-A
e
´ Modulo 7 – Tutor
→ − → − → − i j k → − ∂ ∂ ∂ rot F = ∂x ∂y ∂z 2z − 3y 3x − z y − 2x
6
= (1 − (−1), 2 − (−2), 3 − (−3)) = (2, 4, 6) .
→ − → − → − b) Se F (x, y, z) = (z + sen y) i − (z − x cos y) j ent˜ao temos que P = z + sen y, Q = −(z − x cos y) = −z + x cos y, R = 0. Ent˜ao, → ∂P − ∂Q ∂R + + = 0 − x sen y + 0 = −x sen y div F = ∂x
e
∂y
∂z
→ − → − − → i j k → − ∂ ∂ ∂ rot F = = (0 − (−1), 1 − 0, cos y − cos y) = (1, 1, 0) . ∂x ∂y ∂z z + sen y −z + x cos y 0
→ − → → − Exerc´ıcio 8: Se − r = (x, y, z) e → a ´e um vetor constante, demonstre que rot (− a ×− r ) = 2→ a e → − → − div( a × r ) = 0. − → Solu¸c˜ ao: Se → r = (x, y, z) e − a = (a1 , a2 , a3 ) ent˜ao: − → − → → − i j k → − → − a × r = a1 a2 a3 = (a2 z − a3 y, a3x − a1 z, a1 y − a2 x) . x y z Assim:
→ → div(− a ×− r)= e
∂ (a2 z ∂x
− a3 y) +
∂ ∂ (a3 x − a1 z) + (a1 y ∂y ∂z
− a2 x) = 0 + 0 + 0 = 0
→ − → − → − i j k ∂ ∂ ∂ → → rot(− a ×− r ) = ∂x ∂y ∂z a2 z − a3 y a3 x − a1 z a1 y − a2 x
= (a1 − (−a1 ), a2 − (−a2 ), a3 − (−a3 ))
= (2a1 , 2a2 , 2a3 ) = 2(a1 , a2 , a3 ) → = 2− a .
UFF
IME - GMA
Universidade Federal Fluminense ´ Instituto de Matematica e Estat´ıstica ´ Departamento de Matematica Aplicada
C´alculo III-A – Lista 7 Exerc´ıcio 1: Dada a integral dupla I=
ZZ
1
Z
f (x, y) dxdy =
−1
D
a) Esboce a regi˜ao D. b) Inverta a ordem de integra¸c˜ao. c) Calcule I para a fun¸c˜ao f (x, y) = √
1 x2 +y 2
Z
√ 1+ 1−x2
f (x, y) dydx .
1
.
d) Se uma lˆamina tem a forma da regi˜ao D e se a densidade em cada ponto ´e proporcional `a distˆancia de P = (x, y) `a origem, calcule a coordenada x do centro de massa de D. Solu¸c˜ ao: √ −1 ≤ x ≤ 1 √ a) A regi˜ao de integra¸c˜ao D ´e dada por D : . Se y = 1 + 1 − x2 ent˜ao 2 1≤y ≤1+ 1−x √ 2 2 2 y − 1 = 1 − x , portanto x + (y − 1) = 1. Considerando que −1 ≤ x ≤ 1 e y ≥ 1, o esbo¸co de D est´a representado na figura que se segue.
y 2
D (−1, 1)
(1, 1)
1
y=x
y = −x −1
1
x
p b) De x2 + (y − 1)2 = 1, temos x2 = 1 − (y − 1)2 , logo x = ± 1 − (y − 1)2 . Portanto, podemos descrever D por: 1 ≤ y ≤ 2p p D: . − 1 − (y − 1)2 ≤ x ≤ 1 − (y − 1)2 Logo,
ZZ D
f (x, y) dxdy =
Z
2 1
Z √1−(y−1)2 −
√
1−(y−1)2
f (x, y) dxdy .
´ Calculo III-A
Lista 7
c) Calculemos
1 p 2 x + y2
ZZ D
98
dxdy. Usando coordenadas polares, temos:
x= y= dxdy = 2 x + y2 =
r cos θ r sen θ rdrdθ r2
De x2 + (y − 1)2 = 1 ou x2 + y 2 = 2y, temos r 2 = 2r sen θ ou r = 2 sen θ se r 6= 0. De y = 1, temos r sen θ = 1, portanto r = csc θ. Ent˜ao o conjunto Drθ ´e dado por: ( π 3π ≤θ≤ 4 4 Drθ : csc θ ≤ r ≤ 2 sen θ y r = 2 sen θ r = csc θ y=x y = −x
π/4
x Logo: ZZ
I=
√1 r2
· r drdθ =
Drθ
=
Z
3π/4
π/4
Z
3π/4
π/4
Z
2 sen θ
drdθ =
csc θ
h i3π/4 = (2 sen θ − csc θ) dθ = − 2 cos θ − ln |csc θ − cotg θ| π/4
√ √ √ √ 2 2 = 2 − ln( 2 + 1) − −2 − ln( 2 − 1) = 2
=
√
2
√
2 − ln( 2 + 1) +
√
√
√
2 + ln( 2 − 1) = 2 2 + ln
√ 2−1 √ 2+1
=
√ √ √ √ ( 2 − 1)2 = 2 2 + 2 ln( 2 − 1) . = 2 2 + ln √ 2 ( 2) − 1
d) Como a densidade em P = (x, y) ´e proporcional `a distˆancia de P `a origem, ent˜ Z Zao temos que xδ (x, y) dA p D 2 2 , δ(x, y) = k x + y , onde k ´e uma constante de proporcionalidade. Como x = k
ent˜ao x =
UFF
ZZ
D
M
p x x2 + y 2 dA M
.
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 7
99
p p Observemos que a fun¸c˜ao f (x, y) = x x2 + y 2 ´e ´ımpar na vari´avel x pois (−x, y) = −x x2 + y 2 = ZZ fp −f (x, y). Al´em disso, D tem simetria em rela¸c˜ao ao eixo y. Ent˜ao x x2 + y 2 dA = 0. Logo, D
x = 0.
Exerc´ıcio 2: Seja a integral Z 1Z
I=
0
√ y
√
x3
e
dxdy +
y/2
Z 4Z
1
√
1
3
ex dxdy . y/2
Escreva a integral I como uma ´unica integral iterada na ordem de integra¸c˜ao invertida e calcule seu valor. Solu¸c˜ ao: Temos I=
ZZ
3
ex dxdy
D
onde D = D1 ∪ D2 com
√ n √ o y ≤x≤ y D1 = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 1 , 2
e
n
2
D2 = (x, y) ∈ R ; 1 ≤ y ≤ 4 ,
√
y 2
≤x≤1
Com as informa¸c˜oes dadas acima, podemos ilustrar a nossa regi˜ao D.
o
.
y 4 √ y ⇒ y = 4x2 2
x=
x=1
D2
1
D1
x=
√ y ⇒ y = x2
x
1
Enquadrando D como tipo I, temos: D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ x ≤ 1 , x2 ≤ y ≤ 4x2 .
Ent˜ao:
I=
Z 1Z
=
UFF
1
x3
e 0
x3
e
x2
0
Z
4x2
dydx =
Z
1
ex
0
2
3x
3
4x2 − x2
1 dx = e = e − 1 . x3
dx =
0
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Lista 7
Exerc´ıcio 3: Exprima (sem calcular) Z
0
π/4Z 2 cos θ sec θ
100
r2 1 + r sen θ
drdθ
como uma integral iterada em coordenadas retangulares nas duas ordens de integra¸c˜ao. Solu¸c˜ ao: Separando o jacobiano r, a express˜ao rdrdθ ´e transformada em dxdy e o restante do integrando fica p r 1 + r sen θ
=
x2 + y 2 1+y
= f (x, y) .
0 ≤ θ ≤ π/4 . A fronteira r = sec θ ≤ r ≤ 2 cos θ sec θ = 1/ cos θ ou r cos θ = 1 corresponde `a reta x = 1. A fronteira r = 2 cos θ ou r 2 = 2r cos θ corresponde `a circunferˆencia x2 + y 2 = 2x ou (x − 1)2 + y 2 = 1.
Agora, vamos reconhecer a regi˜ao de integra¸c˜ao Drθ :
Como 0 ≤ θ ≤ π/4, ent˜ao a regi˜ao de integra¸c˜ao D se encontra no primeiro quadrante, entre o eixo x e a reta y = x, limitada pela reta x = 1 e a circunferˆencia x2 + y 2 = 2x. Assim, ZZ p x2 + y 2 dxdy . 1+y
D
y y=x x2 + y 2 = 2x D 1
2
x
Descri¸c˜ao de D como tipo I
Ent˜ao
n o √ D = (x, y) ∈ R2 ; 1 ≤ x ≤ 2 , 0 ≤ y ≤ 2x − x2 . I=
Z
1
2
Z
0
√
2x−x2
p x2 + y 2 1+y
dydx .
Descri¸c˜ao de D como tipo II p x2 + y 2 = 2x ⇒ (x − 1)2 + y 2 = 1 ⇒ x − 1 = ± 1 − y 2 ⇒ p ⇒ x = 1 ± 1 − y2 . p Como x ≥ 1 ent˜ao x = 1 + 1 − y 2 . Assim, n o p D = (x, y) ∈ R2 ; 0 ≤ y ≤ 1 , 1 ≤ x ≤ 1 + 1 − y 2 . UFF
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´ Calculo III-A
Lista 7
Ent˜ao I=
1
Z
0
Z
1+
√
1−y 2
101
p x2 + y 2 1+y
1
dxdy .
Exerc´ıcio 4: Uma placa fina de densidade constante δ tem a forma de um setor circular de raio a e ˆangulo central 2α.Mostre que o momento de in´ercia em rela¸c˜ao `a bissetriz do ˆangulo ´e dada por sen 2α 1 Ma2 1 − , onde M ´e a massa da placa. 4
2α
Solu¸c˜ ao: Consideremos o setor circular D com v´ertice na origem e a bissetriz coincidindo com o eixo x. y
D α
a
−α
x
Como a densidade ´e constante e igual a δ, a massa M ´e dada por 1 × 2α × a2 = δαa2 2
M = δA(D) = δ × Como Ix =
ZZ
2
y δ dxdy = δ
D
ZZ
(1)
y 2 dxdy
D
ent˜ao por coordenadas polares, temos
Ix = δ
Z
α
−α
=δ =
Z
α
−α
δa4 8
isto ´e,
Z
a 2
r sen θr drdθ = δ
0
h 4 ia r 4
0
sen2 θ dθ =
2α − 2
De (1) e (2), temos:
sen 2α 2
δa4 4
Z
α
Z
a
r 3 sen2 θ drdθ = 0
sen2 θ dθ =
−α
δa4 8
h i sen 2θ α θ− = 2
−α
,
δa4 4
sen 2α α−
Ix = como quer´ıamos demonstrar.
α
−α
Ix =
UFF
Z
2
(2)
2
M a2 4
1−
sen 2α 2α
,
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 7
Exerc´ıcio 5: Calcule
ZZ
y 2 cos(xy) x
102
dA, onde D ´e a regi˜ao limitada pelas par´abolas
x2 y
= 1,
y2 x
= 1,
D
x2 = 4y e y 2 = 4x. Solu¸c˜ ao: Escolhemos como mudan¸ca de vari´aveis u = x2 /y e v = y 2/x. Por propriedades dos jacobianos, temos: J= onde
Logo, J = 1/3.
∂(u, v) = ∂(x, y)
∂u ∂x ∂v ∂x
∂(x, y) = ∂(u, v)
1 ∂(u,v) ∂(x,y)
∂u ∂y
x2 2x − 2 y 2 2 y = 4xy − x y = 4 − 1 = 3 . 2 ∂v = 2 2y xy x y2 − y2 ∂y x x
Como dA = |J| dudv, ent˜ao dA = 1/3 dudv. A regi˜ao Duv est´a limitada pelas retas u = 1, v = 1, u = 4 e v = 4. v 4
Duv 1 1
u
4
Observe que u = x2 /y e v = y 2/x nos d˜ao a rela¸c˜ao uv = xy. Ent˜ao, pelo Teorema da Mudan¸ca de Vari´aveis, temos: ZZ Z 4Z 4 ZZ y 2 cos(xy) 1 1 v cos(uv) dudv = dA = v cos(uv) dudv = x
3
D
= =
3
Duv
1 3
Z
1 3
Z
4
v
1
1
Z
4
cos(uv) dudv =
1
4
(sen 4v − sen v) dv =
4
1
1
1 3
Z
1 3
i4 h 1 − cos 4v + cos v =
1
v v
h
i4 sen(uv) dv = 1
4
1
1 1 1 1 − cos 16 + cos 4 + cos 4 − cos 1 = (5 cos 4 − 4 cos 1 − cos 16) . = 3
4
4
12
Exerc´ıcio 6: Seja W o s´olido limitado superiormente pela superf´ıcie z = 4 − x2 − y 2 e inferiormente pelo plano z = 4 − 2x. a) Esboce o s´olido W UFF
b) Calcule, por integral tripla, o volume do s´olido W IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 7
103
Solu¸c˜ ao: a) O esbo¸co de W est´a representado na figura que se segue. z
z
4
4
W
W
2
2 2
x
x
2
y
y
b) A proje¸c˜ao D do s´olido W no plano xy se encontra combinando as duas superf´ıcies: z = 4 − x2 − y 2 ⇔ 4 − x2 − y 2 = 4 − 2x ⇔ x2 + y 2 − 2x = 0 ⇔ z = 4 − 2x ⇒ (x − 1)2 + y 2 = 1. Ent˜ao, D ´e dada por D : (x − 1)2 + y 2 ≤ 1. Devido a simetria, temos que V (W ) = 2V (W1 ), onde W1 = {(x, y, z); (x, y) ∈ D1 , 4 −2x ≤ z ≤ 4 −x2 −y 2 } onde D1 ´e dado por D1 : (x−1)2 + y 2 ≤ 1, com y ≥ 0. y
D1 2
1
Ent˜ao, V (W ) = 2
ZZ Z D1
UFF
4−x2 −y 2 4−2x
dzdxdy = 2
ZZ D1
x
2x − x2 − y 2 dxdy .
IME - GMA
´ Calculo III-A
Lista 7
Passando para coordenadas polares, temos:
x y dxdy 2 x + y2
= = = =
104
r cos θ r sen θ . r drdθ r2
De x2 + y 2 = 2x temos r = 2 cos θ. Observe que em D1 o ˆangulo polar θ varia de 0 (no eixo polar) a π/2 no ponto (0, 0). Fixado θ, tal que 0 ≤ θ ≤ π/2, o raio vetor r deve variar desde 0 at´e o valor OP = 2 cos θ. y r = 2 cos θ
P
D
θ
2
O
x
r=0
Ent˜ao, D1rθ ´e dado por D1rθ :
V (W ) = 2
Z
0
=2
Z
0
=2
Z
0
0
16 3
2r cos θ − r 2 r drdθ =
2
0
0 ≤ θ ≤ π/2 . Podemos, pois escrever: 0 ≤ r ≤ 2 cos θ
π/2Z 2 cos θ
π/2Z 2 cos θ π/2
2r cos θ − r
3
4
4
cos θ − 4 cos θ
Temos: 4
2
cos θ = cos θ Fazendo
2
=
dr dθ = 2
Z
π/2
0
dθ =
1 + cos 2θ 2
8 3
2
Z
π/2
h
2r3 3
θ= temos: Z
4
UFF
dθ =
0
=
1 4
1 + 2 cos 2θ + cos2 2θ . du 2
⇒ u = π,
cos θ dθ = 1 8
0
⇒ u=0
π/2
0
=
π 2
i2 cos θ
cos4 θ dθ .
u = 2θ ⇒ du = 2 dθ ⇒ dθ = θ=0
cos θ −
r4 4
1 4
Z
π
1 + 2 cos u + cos2 u
0
h i 3π 1 sen 2u π = u + 2 sen u + u+ . 2
2
0
du 2
=
16
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´ Calculo III-A
Lista 7
Logo, V (W ) =
8 3
·
3π 16
105
=
π 2
u.v.
Exerc´ıciop 7: Calcule a massa do s´olido limitado pelo plano z = 0, pelo cilindro x2 + y 2 = 2x e pelo cone z = x2 + y 2 se a densidade ´e σ(x, y, z) = x2 + y 2 . Solu¸c˜ ao: O esbo¸co do s´olido W est´a representado na figura que se segue. z
2
y
W
D 1
x
2
2
x
1 D
y
Sabemos que a massa M ´e dada por ZZZ ZZZ M= σ(x, y, z) dxdydz = W
W
x2 + y 2 dxdydz .
Passando para coordenadas cil´ındricas (r, θ, z), tem-se: x = r cos θ y = r sen θ z = z Jacobiano = r
As varia¸c˜oes de r e θ s˜ao encontradas sobre a regi˜ao D, proje¸c˜ao de W sobre o plano xy. Convertendo a equa¸c˜ao x2 + y 2 = 2x para coordenadas cil´ındricas, temos r 2 = 2r cos θ o que implica r = 0 ou r = 2 cos θ portanto 0 ≤ r ≤ 2 cos θ.
UFF
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´ Calculo III-A
Lista 7
106
A varia¸c˜ao de θ ´e obtida p pela “varredura” em D, no sentido anti-hor´ario, isto ´e, −π/2 ≤ θ ≤ π/2. A superf´ıcie cˆonica z = x2 + y 2 se converte em z = r. Logo 0 ≤ z ≤ r. Assim, Wrθz est´a limitada por 0 ≤ z ≤ r 0 ≤ r ≤ 2 cos θ . Wrθz : −π/2 ≤ θ ≤ π/2
Temos ent˜ao:
M=
ZZZ
2
x +y
W
=
ZZZ
3
=
=
Z
r drdθdz =
Wrθz
Z
2
π/2 −π/2 π/2 −π/2
Z
dxdydz = Z
π/2 −π/2
Z
0
3
r · r drdθ =
h 5 i2 cos θ r 5
0
r 2 · r drdθdz =
Wrθz
2 cos θ
0
ZZZ
dθ =
32 5
Z
2 cos θZ r
r 3 dzdrdθ =
0
Z
π/2
−π/2
Z
2 cos θ
r 4 drdθ =
0
π/2
cos5 θ dθ . −π/2
Observe que: cos5 θ = cos2 θ Ent˜ao: M= =
32 5
32 5
h
Exerc´ıcio 8: Calcule
Z
2
2
cos θ = 1 − 2 sen2 θ + sen4 θ cos θ .
π/2 −π/2
sen θ −
ZZZ W
cos θ = 1 − sen2 θ
1 − 2 sen2 θ + sen4 θ cos θ dθ =
2 3
sen3 θ +
1 5
sen5 θ
iπ/2
−π/2
=
32 5
2−
4 3
+
2 5
=
512 75
u.m.
(y − 1) dV , onde W ´e a regi˜ao delimitada por x = 0, z = 0, x + z = 2 e
z = 1 − y 2. Solu¸c˜ ao: O s´olido W e sua a proje¸c˜ao D sobre o plano yz acham-se ilustrados nas figuras a seguir.
UFF
IME - GMA
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Lista 7
107
z
z 2
2
1
1
−1
x
2
−1 1
1
y
1
2
x
1
y
z 1
z = 1 − y2 D
−1
y
1
Podemos descrever W como W = (x, y, z) ∈ R3 ; 0 ≤ x ≤ 2 − z , (y, z) ∈ D
onde
Ent˜ao:
D = (y, z) ∈ R2 ; −1 ≤ y ≤ 1 , 0 ≤ z ≤ 1 − y 2 . ZZZ
(y − 1) dxdydz =
W
=
Z Z Z D
ZZ
(y − 1)(2 − z) dydz =
D
1
=
Z
−1
=
Z
−1
Z
2−z 0 1
−1
Z
(y − 1) dx dydz = 1−y 2
(y − 1)(2 − z) dzdy =
0
i 2 h z 2 1−y dy = (y − 1) 2z − 2
0
2 1 1 − y2 2 (y − 1) 2 − 2y − dy =
=
1 2
Z
=
1 2
h
2
1
−1
(y − 1) 3 − 2y 2 − y 4 dy =
3y 2 2
−
y4 2
−
y6 6
− 3y +
2y 3 3
+
y5 5
i1
−1
=−
32 15
.
Exerc´ıciop 9: Calcule a massa do s´olido limitado pelo plano z = 0, o cilindro x2 + y 2 = 2x e pelo cone z = x2 + y 2 , se a densidade ´e δ(x, y, z) = x2 + y 2 . UFF
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´ Calculo III-A
Lista 7
108
Solu¸c˜ ao: O esbo¸co do s´olido est´a representado na figura que se segue. z
2
W
1
x
2
y
O s´olido W ´e descrito por p W = (x, y, z); 0 ≤ z ≤ x2 + y 2 , (x, y) ∈ D
onde D ´e o disco (x − 1)2 + y 2 ≤ 1.
A massa de W ´e dada por: ZZZ ZZZ M= δ(x, y, z) dxdydz = W
W
x2 + y 2 dxdydz .
Passando para coordenadas cil´ındricas, tem-se: x = r cos θ y = r sen θ z = z dxdydz = r drdθdz 2 x + y 2 = r2
As equa¸c˜oes do cone e do cilindro em coordenadas 2r cos θ, ou r = 2 cos θ. Ent˜ao Wrθz ´e definido por: −π/2 ≤ 0 ≤ Wrθz : 0 ≤ UFF
cil´ındricas s˜ao, respectivamente z = r e r 2 = θ ≤ π/2 r ≤ 2 cos θ z ≤ r.
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Lista 7
Logo: M=
ZZZ
2
x +y
W
=
ZZZ
3
=
dxdydz =
Z
π/2
32 5
Z
32 5
h
Z
π/2
2 cos θ 4
r drdθ =
0
Z
2 cos θ
r
0
1 − sen2 θ
sen θ −
2 3
r 2 · r drdθdz =
Z
2
π/2
1 5
Z
r
dzdrdθ =
h 5 i2 cos θ r 5
cos θ dθ =
sen3 θ +
3
0
−π/2
π/2
−π/2
ZZZ Wrθz
Z
−π/2
−π/2
=
r drdθdz =
Wrθz
=
2
109
sen5 θ
0
32 5
Z
iπ/2
−π/2
dθ =
32 5
Z
π/2
cos5 θ dθ =
−π/2
π/2 −π/2
=
1 − sen2 θ + sen4 θ d(sen θ) =
512 75
u.m.
Exerc´ıciop 10: Calcule o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo z do s´olido limitado inferiormente pelo cone z = x2 + y 2 e superiormente pelo plano z = 1, sendo a densidade dada por δ(x, y, z) = z 2 . Solu¸c˜ ao: O esbo¸co do s´olido W est´a representado na figura que se segue. z
1
W
y
x Temos Iz =
ZZZ W
UFF
2
x +y
2
δ(x, y, z) dV =
ZZZ W
x2 + y 2 z 2 dV .
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Lista 7
110
Passando para coordenadas cil´ındricas, temos: x = r cos θ y = r sen θ z = z . dV = r drdθdz 2 x + y 2 = r2 A descri¸c˜ao de W em coordenadas cil´ındricas ´e: 0≤r≤1 0 ≤ θ ≤ 2π . Wrθz : r≤z≤1 Ent˜ao:
ZZZ
Iz = k
2
r ·z
2
Wrθz
=
Z
1
r
3
z
Z
1
r
3
0
=
2π 3
2
h
r4 4
r drdθdz =
2π
Z
h
−
z3 3
dθdzdr = 2π
i1 r
7 i1
r 7
0
ZZZ
r 3 z 2 drdθdz =
Wrθz
0
r
0
= 2π
1
Z
Z
1
r
3
0
dr =
=
2π 3
2π 3
1 4
Z
1
z 2 dzdr = r
1
r
3
0
−
Z
1 7
=
1−r π 14
3
dr =
2π 3
Z
1
0
r 3 − r 6 dr =
.
Exerc´ıcio 11: Um arame tem a forma da curva obtida como interse¸c˜ao da semi-esfera x2 + y 2 + z 2 = 16, com x ≥ 0 com o plano y + z = 4. Sabendo que a densidade em cada ponto (x, y, z) ´e dada 32 por δ(x, y, z) = x, mostre que o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x ´e igual a M, onde M 3 ´e a massa do arame. Solu¸c˜ ao: De x2 + y 2 + z 2 = 16, com x ≥ 0 e y + z = 4, temos que x2 + y 2 + (4 − y)2 = 16, com x ≥ 0 ou x2 +2y 2 −8y = 0, com x ≥ 0 ou x2 +2 (y 2 − 4y + 4) = 8, com x ≥ 0 ou
x2 (y − 2)2 + 8 4√
= 1,
com x ≥ 0 (semi-elipse) que representa a proje¸c˜ao de C sobre o plano xy. Ent˜ √ ao x = 2 2 cos t, y = 2 + 2 sen t, e z = 4 − y = 2 − 2 sen t, com −π/2 ≤ t ≤ π/2 pois x = 2 cos t ≥ 0. Assim, uma parametriza¸c˜ao diferenci´avel de C ´e dada por: √ γ(t) = 2 2 cos t, 2 + 2 sen t, 2 − 2 sen t com −π/2 ≤ t ≤ π/2.
Logo, portanto kγ ′ (t)k = UFF
√
√ γ ′ (t) = −2 2 sen t, 2 cos t, −2 cos t , 8 sen2 t + 4 cos2 t + 4 cos2 t =
√
√ 8 sen2 t + 8 cos2 t = 2 2 . IME - GMA
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Lista 7
Assim,
111
√ ds = kγ ′ (t)k dt = 2 2 dt .
Como M=
Z
δ(x, y, z) ds =
C
ent˜ao: M=
Z
π/2
−π/2
Z
x ds
C
√ h iπ/2 √ = 16 u.m. 2 2 cos t 2 2 dt = 8 sen t −π/2
Por outro lado, o momento de in´ercia em rela¸c˜ao ao eixo x ´e dado por: Z Z 2 2 Ix = y + z δ(x, y, z) ds = y 2 + z 2 x ds = C
=
Z
=8
π/2
−π/2
Z
C
√ √ 2 2 2 2 cos t 2 2 dt = (2 + 2 sen t) + (2 − 2 sen t)
π/2
−π/2
= 64
Z
π/2
4 + 8 sen t + 4 sen2 t + 4 − 8 sen t + 4 sen2 t cos t dt = iπ/2 h sen3 t = 1 + sen2 t cos t dt = 64 sen t + 3
−π/2
3
Logo:
−π/2
32 512 2 = · 16 . = = 64 2 + 3
3
Iz =
32M 3
.
Exerc´ıcio 12: Um pintor deseja pintar ambos os lados de uma cerca cuja base est´a dada pela curva C : x2/3 + y 2/3 = (20)2/3 , para x ≥ 0 e y ≥ 0. A altura est´a dada por f (x, y) = y. Se o pintor cobra R reais por metro quadrado, quanto ele receber´a? Solu¸c˜ ao: O esbo¸co da cerca S est´a representada na figura que se segue. z
S f (x, y) = y
x
UFF
20
(x, y)
20 C
y
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Lista 7
112
Apresentemos uma parametriza¸c˜ao para C. Fazendo u = x1/3 , v = y 1/3 e a = 201/3 e substituindo na equa¸c˜ao de C, temos u2 + v 2 = a2 , com u ≥ 0 e v ≥ 0 portanto u = a cos t e v = a sen t, com 0 ≤ t ≤ π/2. Como x = u3 e y = v 3 , ent˜ao: x = a3 cos3 t = 20 cos3 t y = a3 sen3 t = 20 sen3 t
.
Logo γ(t) = (20 cos3 t, 20 sen3 t), com 0 ≤ t ≤ π/2 ´e uma parametriza¸c˜ao para C. Temos que γ ′ (t) = (−60 cos2 t sen t, 60 sen2 t cos t), ent˜ao: ′ √ γ (t) = 60 cos4 t sen2 t + sen4 t cos2 t = p = 60 cos2 t sen2 t (cos2 t + sen2 t) = 60 |cos t sen t| = 60 cos t sen t pois 0 ≤ t ≤ π/2. Logo, ds = σ ′ (t) dt = 60 cos t sen t dt. A ´area de um lado da superf´ıcie ´e dada por A(S) =
Z
f (x, y) ds =
C
= 1200
Z
0
Z
C
y ds =
Z
π/2 4
sen t cos t dt = 1200 ·
π/2
(20 sen3 t)60 cos t sen t dt =
0
π/2
sen5 t 5
= 240 m2 .
0
Portanto, o pintor receber´a 2 × 240 R = 480 R reais.
UFF
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