Bruxaria IItaliana Nos dias de hoje a Bruxaria Italiana se popularizou, muito graças a livros de Charles G. Leland e de Raven Grimassi. Muitas pessoas tem interesse em conhecer a Stregoneria - ou Stregheria como ficou popularizada entre os livros de Grimassi - e muitos são os que clamam para si os títulos de Strega ou Stregone. Mas o que é verdadeiramente a Stregoneria? Quais são suas crenças e práticas? Bem, este é um assunto muito complexo, e tentarei explicar por meio deste pequeno artigo quais são as verdades e mentiras acerca das tão afamadas "streghe".
Em primeiro lugar devemos dizer que Stregoneria compreende uma vasta e praticamente impossível de listar vertentes de crenças e práticas das Bruxas que vivem na região mediterrânea da Itália. Grande parte das pessoas acham que Bruxaria Italiana é uma Religião única, aquela que é exposta nos livros de Raven Grimassi; mas isto não condiz com a realidade. Aquilo que é apresentado por Grimassi em seus livros não é nem sequer um porcento da grande gama de tradições, costumes e crenças que fazem parte do termo genérico Stregoneria. Existem centenas de Clãs, Vertentes e Tradições que podem ser classificadas como Bruxaria Italiana; cada qual com suas liturgias próprias, panteões próprios, rituais, sortilégios, encantarias e crenças próprias. E vale ressaltar que existem diferenças imensas entre um Clã e outro. Então, não é possível generalizar a Bruxaria Italiana como uma Religião única, muito menos como apenas aquilo que Grimassi apresenta em seus livros. Como exemplo simples, podemos citar
que Bruxas do Norte da Itália tem crenças bem diferentes das Bruxas do Sul da Itália. As primeiras, em sua grande maioria, são cultuadoras de deuses de origem etrusca e romana, enquanto as segundas estão muito mais focadas no panteão helênico. Muitos Clãs de Bruxas do Norte são seguidoras da famosa personagem mítico-histórica conhecida por Aradia, enquanto as Bruxas do Sul nem ao menos ouviram falar da mesma. Há também muitas streghe que são Cristãs. Realizam suas encantarias, maldições e feitiços de amor invocando santos católicos, e não deixam de ir as missas no domingo, pois parte de seus poderes provém da comunhão com a hóstia e o vinho; e sim, elas chegam a amaldiçoar em nome das Chagas de Jesus.
Na Sicília existem as Animulare, que são Bruxas extremamente fechadas, que não revelam seus segredos nem mesmo para seus amigos íntimos - então, será praticamente impossível você ver um "workshop" sobre Bruxaria Siciliana em algum espaço esotérico de lá. Elas tem uma crença totalmente centrada no Culto aos Mortos, nos Vôos ao Sabba (lê-se viagens astrais) e na transfiguração. Deve-se esclarecer aqui que Sabba, para as Bruxas da Itália, não é um festival sazonal, mas sim um Local de Poder, um local no Astral onde ocorrem orgias e festas e onde as mesmas se regozijam com seu Deus das Sombras e do Prazer.
Outro Culto de Bruxas, um pouco mais conhecido na Itália é o Culto dos Benandanti. Os Benandanti eram, na região do Friuli, feiticeiros-cristãos que, durante certa época do ano, lutavam ritualisticamente com os Malandanti (as bruxas "más"), para assim assegurar uma boa colheita. Na região do Benevento temos as Janare, que celebravam seus encontros a meia-noite ao redor de uma grande nogueira sagrada e serviam nuas a Pano, o tão conhecido Deus Pã dos Gregos. Temos as Bele Butele do Veneto, que tem uma prática mais xamânica e divididas em pequenos grupos, normalmente familiares.
Enfim, existem centenas de práticas bem diferentes entre si, e que são conhecidas como Bruxaria Italiana. Exatamente por este motivo, torna-se muito difícil falar pela Stregoneria como uma coisa única, como o Sr. Grimassi tenciona. Então, como posso falar sobre as crenças da mesma? Bem, posso falar apenas pelas crenças em que fui instruído por minhas antigas "professoras" e pelas poucas crenças que me foram transmitidas de mais dois praticantes genuínos de diferentes Clãs que conheço.
A Bruxaria Italiana que conheço é uma Bruxaria centrada em um culto Lunar, na adoração de Diana, Lúcifer e Aradia como tríade divina; tríade esta herdeira da tríade etrusca Uni-TagniMenerva. A base desta Bruxaria é centrada em três pilares: adoração a tríade supracitada, feitiçaria e leitura de augúrios e oráculos. Temos um vasto panteão de Deuses, semi-deuses, espíritos do tempo e da natureza, demônios e gênios, que atuam nas mais diversas escalas de existência. Necromancia e outras formas de comunicação com os espíritos é algo muito importante dentro de nossas práticas e não vemos os Deuses como facetas da mesma Deusa ou Deus, e sim como seres independentes, que vieram da mesma Fonte, mas que são seres distintos, assim como cada ser humano ou animal é único. Celebramos tanto em Congreghe como solitariamente, mas não admitimos em nossas práticas o tal modernismo da "auto-iniciação".
Iniciação, um assunto delicado. Como ela se dá na Stregoneria? De diversas formas, mas é unânime - pelo menos nas tradições que conheço - que ela é transmitida de alguma forma. Em minhas práticas ela é transmitida através de certos Rituais, passada de geração em geração, por meio de ritos secretos que envolvem provações, transmissão de linhagem através do sangue, de certas ervas de poder e outros elementos que não estou autorizado a revelar. Cremos que, somente aqueles que nasceram com um certo Dom, que é reconhecido pelos que são Iniciados, é que podem ser aceitos no seio de nosso Clã; isso implica na exclusão de muitos os que querem seguir nossas tradições? Sim, pois há também muitos que relutam em não fazer parte de nós, mas que depois de algum tempo acabam aceitando os desígnios do Dom. Elitismo? Talvez... Nunca desejamos ser um Culto de massa, e preferimos ser ocultos do que famosos pela mídia; não desejamos arrecadar rebanhos, pois os nossos a nós virão.
Sei que também é possível um certo tipo de Iniciação através de espíritos, e algumas de nossas lendas nos contam sobre streghe que foram Iniciadas diretamente pelos espíritos de seus Clãs. Mas isto nunca foi e nunca será uma "auto-iniciação", e na maioria dos casos, a tal bruxa tentou rejeitar o que lhe estava sendo dado - afinal, o fardo da Bruxaria é muito maior do que a beleza que os neo-pagãos apresentam ao público, sendo tal fardo a dedicação e responsabilidade para com os Mistérios que, pouquíssimas pessoas estão dispostas realmente a seguir. Um outro tipo de Iniciação bem comum nas práticas da Stregoneria é aquela familiar. A linhagem é transmitida através da ancestralidade, mas os encargos do ofício das Bruxas é também legados por Rituais e Cerimônias.
As bruxas do Clã ao qual pertenço crêem que, para que a magia seja realmente efetiva, é necessário sempre a intervenção de Diana (a Lua), Lúcifer (o Sol) e Aradia (a Terra - o ponto de equilíbrio). Os ciclos sazonais também são observados, para que haja um alinhamento com as marés de poder telúricos oriundos destes períodos, pois é Diana que nos dá o Poder, mas somente por meio da intercessão de Lúcifer (energia solar numa visão metafísica) e Aradia (energia telúrica) que alimentamos o Poder que nos é conferido. Uma de nossas regras é que, nenhuma bruxa pode morrer sem transmitir o Legado à pelo menos uma pessoa. E esta regra é literal, pois se a bruxa não o transmite, ela padece e é impedida de morrer pelos Poderosos, até que transmita o Legado.
Outro fator muito importante em nosso Culto é a adoração aos Ancestrais. Esta adoração está intimamente ligada a Necromancia e aos sacrifícios, libações e oferendas àqueles que nos transmitiram o Legado e a Marca. Sem Culto aos Ancestrais não há Bruxaria. Pois bem, isto é Bruxaria Italiana. Uma vasta gama de práticas e crenças, espalhadas por toda a Itália, e que em sua maioria se mantém ocultas na sombra dos segredos até hoje. É um Culto a deuses ou santos, no qual somente se é admitido aqueles que foram escolhidos ou pela linhagem consangüínea, ou por carregarem no sangue o Dom adormecido por gerações e que acaba despertando. É acima de tudo, um Culto onde a feitiçaria, os encantamentos, benzeduras, maldições e poções famigeradas, são de total importância para a Bruxa.
Hoje em dia, está cada vez mais comum ouvirmos falar em "Stregheria" ou Bruxaria Italiana aqui no Brasil, principalmente graças aos livros do escritor americano Raven Grimassi. A problemática que surge é a seguinte: para a maioria das pessoas que se interessam pelo tema há a falsa idéia de que a Stregheria é única e exclusivamente aquilo que é apresentado pelo Sr. Grimassi, sendo que muitos ainda tem a visão errônea de que Stregheria é Tradição Wiccana. A maioria das pessoas imagina que a Bruxaria Italiana é uma coisa unificada, ou no máximo o famoso conjunto de Tradições citadas pelo Sr. Grimassi (Janarra, Tanarra, Fanarra, Ariciana e Aridiana). Mas na verdade as coisas não são bem por ai.
Na Itália existem diversos Clãs (Tradições) Stregonesci, sendo alguns semelhantes ao caminho apresentado por Raven Grimassi, enquanto outros são completamente diferentes. Nem toda a Bruxaria Italiana segue o padrão "Tanarrico, Janarrico ou Fanarrico" como muitas pessoas pensam. Na velha Itália existem até mesmo Streghe que cultuam os Santos Católicos em seus Ritos e Encantamentos.
Uma coisa em comum que observei em todos os Clãs de Stregoneria que conheço e estudei, é o profundo respeito ao Culto dos Ancestrais. Grande parte dos Clãs que conheço também cultuam Diana, Lucífero (Janus ou Dianus) e Herodiade (Herodias ou Aradia), mas há também aquelas Streghe que têm como divindades outros Deuses e Deusas, dependendo da região da Itália em questão; não podemos nos esquecer que a Itália não era um país unificado até o século XIX. As Bruxas do Norte da Itália têm uma influência dos Povos Etruscos em suas tradições e folclores, enquanto as Bruxas do Sul da Itália receberam bem mais influência da cultura Grega.
Para termos uma idéia do quão complexo é este tema, é só observarmos os nomes que são usados para identificar as Streghe nas tradições populares de várias regiões da Itália. As Streghe Sicilianas são chamadas de "Animulare"; as Streghe do Veneto Ocidental são as "Bele Butele"; as"Janare" são as Streghe da Campânia, região da famosa Nogueira de Benevento; em Piemonte, Ligúria e Lombardia elas são chamadas de "Masche", enquanto as Streghe Trentinas e Vicentinas são chamadas de "Beate Donnette"; as Streghe de Alassio são chamadas de "Bazure" e são conhecidas como "Le Streghe delle tempeste marine" (As Bruxas das Tempestades Marinhas). As Streghe da Sardenha são as "Cogas". Existem também os "Numes", as "Strie", as "Vaina", as "Herodine", as "Ecatine", e muitos outros Clãs de Streghe em toda a Itália. Se nos dialetos a palavra Bruxa em italiano recebe tantos termos, imaginem suas tradições, mitos e liturgias.
Outro exemplo das diversificações que existem entre os Clãs da Stregoneria é relativo ao famoso livro de Charles Leland, "Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane". A Strega que forneceu os textos da obra para Leland, arrumou o material com Streghe conhecidas, que seguiam uma Tradição diferente da dela; ela própria desconhecia os textos do Vangelo em sua Tradição. Este pequeno texto vem para mostrar para os interessados, sejam leigos ou estudantes de Ocultismo, que Bruxaria Italiana não está resumida nos livros do Sr. Grimassi, e que existe muito mais mistérios e tradições nos "Vecchi Cammini Italiani" do que as Tradições Aridiana e Ariciana. Não venho com o intento de difamar aquilo apresentado por Raven Grimassi e suas Tradições, pelo contrário, venho mostrar que há muito mais para aprendermos na busca pelos conhecimentos de nossos Ancestrais.
Falar sobre ancestrais é algo que requer muito respeito e até mesmo responsabilidade. Eles são cultuados e honrados nas mais diversas culturas e tradições do mundo. Na religião celta (o Druidismo) eles detinham um papel fundamental dentro do culto e liturgia. Vemos claramente o papel dos ancestrais em religiões como o Budismo, Hinduismo, práticas xamânicas (entre as quais o Candomblé e Umbanda brasileiros e o Vodu haitiano), e até mesmo na religião Católica. E na Bruxaria não poderia ser diferente.
Primeiro temos que definir o que representa a palavra "ancestral" para nós adeptos da Bruxaria. Existem duas definições para os ancestrais: Os ancestrais consangüíneos, nossos antepassados de sangue (pais, avôs, bisavôs, etc) e os ancestrais espirituais, ou seja, os bruxos e bruxas, sacerdotes e sacerdotisas que através dos tempos mantiveram e passaram o conhecimento e a sabedoria das artes mágicas, curas e Espiritualidade de nossas Tradições para que essas chegassem até nós. É claro que um Ancestral consangüíneo pode muito bem ser também um Ancestral espiritual (como no caso das streghe hereditárias).
Para os antigos romanos, o culto aos ancestrais era importantíssimo. Eles eram chamados de lares, os espíritos que cuidavam da casa e da família. Os lares eram regidos pela Deusa Acca Larentia, a mãe dos lares, considerada a parteira divina de Rômulo e Remo, os fundadores de Roma. Os Romanos sempre mantinham a chama da lareira acessa em honra aos seus ancestrais e oferendas a eles eram sempre depositadas em um altar dentro das casas.
Na Bruxaria Italiana esta tradição não é tão diferente. Em grande parte das tradições da Bruxaria Italiana (se não mesmo em todas as tradições), os ancestrais são honrados e invocados para trazer sabedoria e proteção. Oferendas de mel, leite, água, grãos, pães, vinho, velas e incensos são feitas junto de orações em um oratório por vezes conhecido como "santuário dos ancestrais" ou "santuário das lasas". Lasa é um antigo termo etrusco que corresponde ao termo lares romano. O Termo Lasa também está associado à palavra fada. Comparando as tradições e folclores da Bruxaria Italiana e das tradições Celtas podemos ver uma analogia entre as fadas, as lasas e os ancestrais. Para os antigos Celtas as Fadas eram as criaturas morenas que viviam nos topos das montanhas e no interior das colinas. Essas "Fadas" eram os povos que viviam nas regiões célticas e que com as invasões tiveram que se retirar para locais escondidos. É muito comum ouvir que "fulana de tal era descendente do Povo das Fadas". As tais fadas citadas não eram seres minúsculos
dotadas de asinhas (esta imagem das fadas foi criada por Shakespeare em suas obras e imortalizada na mentalidade da Sociedade Ocidental). Percebemos que, comparando as religiões e folclores, chegamos normalmente nos mesmos ideais e crenças; e por que não dizer que essas tradições diferentes, mas tão semelhantes, vieram de uma mesma fonte? Quem sabe se tais tradições não compartilham de um ancestral comum? Isso parece se confirmar cada vez mais. Os ancestrais são aqueles que vieram antes e nos transmitiram conhecimento, sabedoria, estrutura e vida. Eles devem ser honrados com amor e respeito. Eu honro meus ancestrais, meus ancestrais honravam seus ancestrais e futuramente meus descendentes me honrarão como ancestral. Honrar os ancestrais é honrar os próprios Deuses, já que sendo, os criadores de tudo, são também os nossos primeiros Ancestrais.
Que os ancestrais, sejam eles consangüíneos, sejam eles espirituais, possam proteger e abençoar a todos com a sabedoria dos antigos caminhos. Benedizioni di Larunda! Crebças da Stregaria
Na Itália e nas cidades da América com grandes populações de italianos ou descendentes, bruxas da “velha escola” podem ser encontradas. Em quase todas as cidades ou vilas, alguém poderá te apontar uma strega que possa colocar ou tirar o Malocchio (mal olhado), ou usar óleo de oliva para curar ou para adivinhações. No coração da strega vivem os “espíritos do antigo”, pois está é uma antiqüíssima crença. Sente-se com elas e te contaram estórias dos elfos ou das Lasa que são conhecidas como Os Antigos. Você aprenderá sobre a sacralidade do fogo, sobre as forças por traz da natureza. A voz do vento sussurrará aos teus ouvidos enquanto a strega fala... você sentirá e conhecerá. As crenças das streghe envolvem amuletos para repelir ou atrair energias. Gestos de poder, sinais que podem ser lidos em toda a natureza. A Deusa coroada com um crescente e o Deus Astado são adorados pelas strega. Também são conhecidos por diversos nomes: Tana e Tanus, Fana e Faunus, Jana e Janus. Os nomes mais comuns para os
Deuses da Stregheria são : Diana e Dianus (Lúcifer); e os nomes mais antigos são Uni e Tagni. A natureza é vista como a manifestação das forças ou leis espirituais. A Magia é a arte de entender e interagir com estas forças, de uma forma que possam ser influenciadas. Como este sistema é mantido em ordem por espíritos e deidades, existem técnicas milenares de interagir e lidar com estes seres astrais – de forma que façamos nossas influencias e vontades. No norte da Itália, existe uma região chamada Toscana. Lá uma forma de stregheria um pouco mais peculiar é desenvolvida. Esta forma é extremamente simples, mas pouco lembra os rituais cerimoniais modernas. Há uma grande influencia etrusca nesta forma de bruxaria, onde os Deuses e espíritos são de origem etrusca. Estas bruxas raramente fecham um círculo sagrado para fazer seus feitiços e rituais. O importante para elas é que haja um campo onde possam trabalhar. Elas utilizam uma varinha (o instrumento
mais primário da bruxaria) e gestos de poder com encantamentos (chants). Os Deuses reverenciados pelas streghe toscanas são a Deusa Uni e o Deus Tagni. A natureza também é reverenciada pelos elementais: Fauni e Silvani são espíritos dos bosques; Monachetto são espíritos da terra, como os gnomos; Linchetto são os espíritos do ar. Na bruxaria toscana o norte é considerado um local de muito poder. Os seres elementais do norte são chamados Palla; no sul Settiano, que são espíritos do Fogo Elemental; os espíritos do oeste são os Manii; e os do leste são os Bellaire. As streghe acreditam em espíritos do clã, chamados Lare que protegem as casas e as famílias. Além disso, ajudam as streghe a renascerem entre seus entes queridos. Pequenos templos são feitos na parte oeste da casa em honra a estas entidades. Tradicionalmente são feitas oferendas de vinho, mel, leite em um pequeno recipiente e uma vela é acesa. O folclore italiano também se estende a objetos inanimados, que se acredita possuírem poder. Entre os mais comuns
estão as chaves feitas de outro ou prata, ferraduras, tesouras, pérolas e corais. Outros objetos incluem o alho, fita vermelha e sal que é empregado para a proteção.