Bala De Prata

  • May 2020
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BALA DE PRATA A universalidade do mito do Lobisomem e sua extensão ao Nordeste brasileiro

Felipe Antônio Nicolas Nanni1

RESUMO O mito do lobisomem atravessa fronteiras e é reconhecido mundialmente, de diversas maneiras. Este artigo tenta mostrar alguns aspectos do mesmo, assim como sua presença em alguns locais do mundo e com referência ao Nordeste brasileiro. Traça-se um perfil de lobisomem e um breve histórico pelo mundo, para analisar conseqüências culturais e o papel que a Igreja Católica pode ter exercido em certos casos. Algumas considerações são feitas ligando o homem à fera e sobre questões psicológicas e científicas. Através de pesquisas em livros, Internet, relatos de terceiros e experiências pessoais, o ponto de vista curioso atua como guia. Palavras-Chave: Lobisomem, mito, folclore, nordeste, fantástico, licantropia

1

Estudante do primeiro semestre do Curso de Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades da UFBA. Acredita em lobisomem.

2 1.

INTRODUÇÃO

Há, em cada canto do mundo, uma referência (e até reverência) ao mito do homem-lobo, o licantropo. Figura que desperta curiosidade, medo, adoração e serve como tema para filmes, livros, documentários e inclusive exploração turística. Este artigo é uma tentativa de compreender mais a universalidade do mito do Lobisomem e conhecer algo de sua extensão ao Nordeste brasileiro. Para isso é necessário o estudo de diversas origens dessa criatura de existência não comprovada, como tradições da Europa Medieval, crenças de tribos indígenas brasileiras e as supostas causas naturais da licantropia. Não há aqui o desejo de atestar a veracidade dos relatos e mitos e sim de abordar o assunto de um ponto de vista curioso e fascinado em busca de conhecimento mais profundo, mas ainda assim cauteloso, sobre o universo fantástico. O tema surge como meio para conhecer aspectos do homemcriatura e seu histórico. Por que este é um dos mitos mais difundidos mundialmente e é tão intrínseco ao homem? Há alguma relação entre essa lenda e a igreja católica? É justo classificar a personalidade “lobisomem” como um ícone cultural? Nas diversas caracterizações dessa criatura, é frisada sua força sobre-humana, sua sede de sangue e fúria e seus olhos vermelhos. Seria uma benção, uma maldição, uma possessão, uma doença ou uma forma de propagação de nossos desejos mais selvagens e primitivos? Afinal, eles existem? Essa última pergunta, sendo a mais difícil, não me proponho a responder. Afinal, até o programa “Fantástico”, da Rede Globo, tentou e não conseguiu. Há de, assim, brincar de curioso e entrar de cabeça no universo fantástico. 2.

DESENVOLVIMENTO

2.1 A criatura Faz sentido esclarecer qual o arquétipo de lobisomem estamos trabalhando – a imagem que se forma quando ouvimos essa palavra. Por se tratar de uma lenda e de uma das incertezas desse mundo, existe divergência ao caracterizar a criatura. De maneira geral os lobisomens são representados como uma fusão (não necessariamente equilibrada) física, espiritual e mental entre dois seres: o homem e o lobo. Desta forma é simples visualizar um lobo humanóide, isto é, que anda sobre duas patas. Lobisomens costumam ser descritos como seres repletos de pêlo grosso, em tons de marrom ou grisalho. As garras da mão são

3 grandes, semelhantes a um gancho. As pernas possuem formato arqueado, permitindo maior mobilidade para correr e força para saltar (em algumas versões o lobisomem mantém integralmente a estatura similar a do lobo, apoiado nas quatro patas). O focinho saltado à frente e as orelhas grandes, como no lobo, garantem sentidos aguçados. São conhecidos pela ferocidade extrema, muitas vezes com sinais de raiva (ou hidrofobia), e o consumo de carne. A capacidade sobre-humana lhes permite movimentos rápidos e fortes, tanto de ataque como de evasão. Acredita-se que o lobisomem, quando ferido, retoma a forma humana, sendo importante a agilidade na fuga para evitar o sofrimento, a vergonha e a perseguição quando em sua forma humana. Assim como há a lenda de que vampiros são eliminados com uma estaca de madeira no peito, o elemento letal para os lobisomens (caso os mesmos existam) é, por tradição, a prata. Infelizmente não foi possível averiguar a razão desta tradição, porém, ao que tudo indica, popularizou-se com o filme “O Lobisomem” (“The Wolf Man”, EUA, 1941). 2.2 Histórico e um breve passeio pelo mundo em quatro patas É praticamente impossível esgotar o catálogo de possibilidades da genética. Dessa forma, é justo dizer que ainda existem muitas criaturas estranhas a nós. Durante a história da humanidade, várias atrocidades e fatos desconhecidos foram associados a criaturas hediondas, bestas-feras e seres míticos. Uma dessas criaturas, porém, fez-se presente como elemento do imaginário humano durante grande parte da nossa existência. Um ser que, tradicionalmente, traz em si o próprio homem: o lobisomem. “Na mitologia grega há Lycaon, rei da Arcádia, que foi condenado por Zeus a tornar-se um lobo. [...] Heródoto, no século V a.C, já mencionava sobre os guerreiros dos Bálcãs, que se vestiam com peles de lobo e o tinham como animal totêmico. [...] Os Dácios, um povo autóctone da Romênia, faziam rituais em que incorporavam o ‘espírito do lobo’ para seus jovens guerreiros. Os guerreiros Nórdicos Berserkers eram conhecidos por sua ferocidade, vestiam-se com peles de lobo (ou urso) em vez de armadura. [...]” (BARING-GOULD, 2003, pg.10)

Segundo constata Baring-Gould as histórias de lobisomens (e de homens que se transformam em animais) são conhecidas desde o período antes de Cristo, quando grande parte do mundo vivia isolada, subsistindo da colheita e da pecuária. Sendo assim, é tido como uma personalidade típica do ambiente rural, onde há profusão de animais selvagens, vegetação e superstição, devida também ao pouco esclarecimento científico.

4 Não é necessário muito esforço para enquadrar uma criatura como homem-lobo, ainda mais sem conhecer certas peculiaridades científicas (as quais falaremos mais adiante) que, apesar de não afirmarem que lobisomens não existem, permitem compreender o que levou certas populações a classificarem certos indivíduos como tal. Há indicações de que tribos de índios norte-americanos faziam rituais para realizar uma transferência da alma humana para o corpo de algum animal, e outras acreditavam na completa mutação de uma forma para a outra. É conhecida a ligação que os índios norte-americanos têm com os lobos. 2.3 Cultura, religião e perpetuação da lenda Sendo mito, crença, conto, tradição ou história, são todas representações da cultura de um povo. Em maior ou menor escala, esse mito é capaz de definir costumes. Existem crenças que alteram inclusive as relações sociais: “No Oeste de Fiersland, acredita-se que quando setes meninas nascem em seguida em uma família, entre elas necessariamente existe um lobisomem, de forma que os jovens evitam casar-se com alguém que faça parte de um grupo de sete filhas” (BARING-GOULD, 1889, pg.78).

O lobisomem faz parte, reconhecidamente, do folclore brasileiro. É comum que em cidades do interior do Brasil as portas permaneçam fechadas perto da meia-noite, por medo da criatura. Da mesma forma, esse medo traz consigo a curiosidade e faz com que, nas mesmas cidades, as pessoas se reúnam em torno de uma pessoa mais velha para ouvir as histórias mais aterrorizantes; ou como em Joanópolis, São Paulo, que tem o mito como atrativo turístico. O homem-lobo é inclusive um personagem dos quadrinhos Turma da Mônica, reconhecida internacionalmente, apesar de nesta série possuir hábitos diferentes das histórias mais usuais, deixando de lado a selvageria e a violência, mas mantendo viva a lenda. Voltando à Europa: em 1573, no Leste da França, a Corte do Parlamento de Dôle permitiu a caça indiscriminada aos lobisomens, sem possibilidade de avaliação psicológica, identificação ou julgamento do suposto indivíduo-lobisomem. Tal fato é exemplo dos efeitos que o medo pode ter em uma sociedade. O lobisomem é frequentemente associado ao demônio, figura clássica para representar o mal no cristianismo. Faz sentido o repúdio – as lendas indicam que o licantropo carrega pecados, como a ira. Segundo Priore (2000), no período da Inquisição os “não-mortos” (referindo-se aos vampiros e lobisomens) eram pessoas que cometeram suicídio ou foram excomungadas. Pode-se deduzir que essas alegações da época auxiliaram a Igreja a manter seu “rebanho” da forma que lhes convêm – sob controle e relacionando o

5 que não lhes interessa ao demônio. Em 1514 realizaram uma avaliação oficial e encontraram 30 mil casos de licantropia espalhados pela Europa (Portugal, França, Sérvia, Bohemia e Hungria). Esses fatos se misturaram ao vampirismo, sendo duvidoso ligá-los aos lobisomens, apenas. Em pesquisa pessoal no ano de 1999 em cidades e povoados do interior da Bahia, como Inhambupe, constatou-se a crença de que, durante a quaresma (Semana Santa), os lobisomens atacam as crianças que não foram batizadas. Durante esse período algumas pessoas que não são batizadas mantêm hábitos mais retraídos. Pode ser uma superstição difundida pela Igreja Católica desde períodos mais remotos da história brasileira, como forma de “incentivo” à conversão. Em diferentes ambientes e culturas a tradição se perpetua de diferentes formas. No Nordeste brasileiro, essas lendas permanecem vivas, principalmente, pela tradição oral: “causos” remontam noites claras de lua cheia, cavalos agitados, rebanhos mutilados, uivos e caminhadas solitárias pelo mato – normalmente o retorno da missa ou de um dia de pescaria. Na Europa, berço do Iluminismo e região tida como principal raiz do mito, há uma farta produção literária e acadêmica, com inclinação científica, sobre o lobisomem (não que também não existam no Brasil, mas em menor escala). Não há muitos motivos para que uma sociedade urbana vivencie o medo do lobisomem. A cobrança financeira, o avanço científico, a rotina diária e a violência social não deixam espaço para a preocupação com incertezas e o medo de mitos tipicamente rurais. Os principais elementos que levam a ele não estão presentes, sendo difícil encontrar relatos de ataques. Apesar disso, uma das ferramentas que mantém o interesse por essa lenda é o cinema, que tem o homem-lobo como personagem principal de vários filmes, devido ao seu apelo universal. 2.4 Por que o lobisomem fascina o homem Nas diversas culturas do mundo existem lendas, mitos e histórias que relatam a transformação do homem em algum animal. Exemplos disso não faltam. Na mitologia grega podemos citar os encantos de Circe, deusa da Lua Nova, que transformavam homens em feras. Porém, existe algo de especial que diferencia o lobisomem das outras criaturas e permite que ele permaneça vivo através das lendas pelo mundo todo. Para que isso acontecesse o homem deve ter criado alguma conexão com a fera, seja através do medo, do fascínio ou de ambos. Numa breve análise do lobo, encontram-se algumas características interessantes: representa o espírito guerreiro e mantém vínculos com seu território.

6 Agressivo no ataque e na defesa, além de bastante inteligente. Possui ainda outra característica similar ao homem: o sentido de grupo, da alcatéia. Os lobos mantêm estrutura familiar. Como traz à tona Marcos Torrigo, na introdução da obra Lobisomem (BARINGGOULD, 2002), “Roma teve uma origem mítica ligada aos gêmeos Rômulo e Remo amamentados por uma loba”. Pode-se considerar também, como fator de ligação entre o homem e o lobisomem, a semelhança entre as formas. Este é comumente retratado como um homem com traços de lobo, e não o contrário. O lobo tem forte ligação com outro elemento – a lua. Segundo lendas ameríndias, ela é o meio de comunicação entre os lobos. A atração por esse satélite ocorre também com o homem, graças a sua beleza e mistério, embriagando-o e deixando-o a mercê dos instintos. Então questionamo-nos, sem resposta: o que há de tão raro em nós mesmos que transforma-nos em criaturas selvagens a correr pela noite, sedentas por sangue? Pode-se inclusive pensar em cisão de personalidade, distúrbio visto em “O Médico e o Monstro”, que uma pessoa perde o controle de si e comete atos hediondos. Isso leva a crer que ser lobisomem é viver uma maldição, em que o homem luta com seu animal interior e deve esconder seu segredo da sociedade, vivendo a dualidade. 2.5 Ser ou não ser: um lobisomem A tradição definiu vários processos para que uma pessoa se transforme em um homem-lobo, ou liberte-se desta sina. Diz-se que as pessoas que sucumbiam à tentação e faziam pacto com o diabo para obter dinheiro ou poder tinham seu corpo possuído em noites de lua cheia, quando a fé do cristão teria menos efeito. Na Europa Medieval, em outra crença, acreditava-se ser uma bruxaria, feita com motivos de vingança. As crianças que nasciam em consequência de incesto eram evitadas e às vezes sacrificadas, pois se acreditava que se tornariam lobisomens. Esses atos não soam tão absurdos ao considerar a falta de esclarecimento sobre variações genéticas e distúrbios. Um dos processos mais curiosos é auto-indução, quando a pessoa realiza um ritual para obter os poderes da transmutação ou para algum outro objetivo próprio. Alguns desses rituais serão tratados no tópico seguinte, por causa da forte presença dessas tradições no território brasileiro. O legado mais utilizado no cinema para escapar dessa sina diz respeito a um lobisomem alpha. Ele transmite, a cada ataque não-letal, a maldição antiga. Suas vítimas tornam-se lobisomens e se quiserem adquirir a liberdade novamente devem matar este

7 lobisomem alpha. Em algumas lendas wiccas, druidas e xamãs, o uso de medalhões especiais impede que a transformação ocorra – mas não acaba com a maldição. 2.6 O lobisomem no folclore nordestino brasileiro A figura do lobisomem foi trazida, possivelmente, no período da colonização. Baning-Gould (2003) afirma que durante essa época a Europa estava cheia de casos de licantropia. Independente disso, as lendas indígenas já continham elementos de transformação. Tem-se a lenda das Iamuricamás, que abriam caminho pela mata com um guia transformado em tatu, e a lenda de Yara, a Rainha das Águas, que após sofrer abusos por homens estranhos [talvez os europeus] ganhou forma de peixe-mulher – a sereia – e passou a se vingar dos homens seduzindo-os e levando-os ao fundo do mar. É provável também que alguns rituais e crenças africanas estejam ligados à união entre homem e animal, contribuindo para a variedade de lendas encontrada em terras brasileiras. Alguns rituais da crença popular brasileira são bastante simbólicos. Durante a pesquisa no interior da Bahia foi possível conhecer alguns deles. Um ritual consiste em espojar-se numa encruzilhada em que um jumento se espojou, deslizando entre os pêlos do animal. Certos rituais foram transpostos da Europa sem sofrer alterações – banhar-se em banha de porco sob a lua cheia. [O porco possui também misticismo, com histórias de transmutações, mas foge ao tema proposto.] Uma versão dinamarquesa da lenda do lobisomem chegou ao Brasil, e esta diz que se uma mulher, à meia-noite, esticar a membrana que envolve o potro entre quatro gravetos, e se esfregar nela, não sentirá dor ao dar a luz, mas todos os seus filhos serão lobisomens. Em alguns locais do Brasil acredita-se que um lobisomem tem de percorrer sete cemitérios na noite da primeira transformação, caso contrário não poderá mais voltar à sua forma humana. Existe a crença de que, se uma pessoa desvirar do avesso a camisa que um homem usou antes de virar lobisomem, libertao quando este se veste. São tantas lendas diferentes sobre a mesma criatura que o lobisomem merece o local de destaque que possui dentro do folclore brasileiro. 2.7 Como a ciência pode explicar o mito do lobisomem É possível imaginar quais distúrbios naturais levam populações inteiras a acreditarem que algumas pessoas são lobisomens. Ballone fez um apanhado de transtornos bio-psico-sociais que facilitam o entendimento. Segundo o autor: “Em psiquiatria, a licantropia aparece como uma enfermidade mental com tendência canibal, onde o doente se imagina estar transformado em lobo e,

8 inclusive, imitando seus grunhidos. Em alguns casos graves esses pacientes se negam a comer outro alimento que não seja carne crua e bem sanguinolenta.” (BALLONE, 2002)

Outras doenças funcionam para confundir ainda mais o imaginário. São elas: a Porfíria Congênita e a Hipertricose. Na primeira os sintomas incluem problemas de pele, sensibilidade à luz e escurecimento dos dentes. Já a segunda leva ao surgimento de pêlos em excesso. A combinação desses elementos faz com que o indivíduo adquira hábitos noturnos, palidez destruição de tecidos e aja como lobo. O incesto pode gerar um filho que traz alguns desses distúrbios, criando a relação citada anteriormente. “[...] Quando esses pacientes se expõem à luz, suas mãos se convertem em garras e sua face, peluda em sua totalidade, mostra uma boca permanentemente aberta por lesões repetitivas dos lábios. Estando os dentes descobertos, adquirem aparência maior, sugerindo presas. As narinas, pelos mesmos motivos das lesões, se apresentam voltadas mais para cima e como orifícios tétricos e escuros. Dessa forma teremos o lobisomem tal qual descrito pelo mito do Homem-Lobo. Imaginemos agora, na metade do século XIV, a possibilidade de encontrarmos em meio de una noite escura, esse tipo de paciente que sai de noite para evitar o dano que produz a luz, com a aparência descrita acima. [...] Não é difícil imaginar a pulsão que algum porfírico deve ter sentido em beber grandes quantidades de sangue e melhorar seus sintomas com isso. [...] As descrições literárias e folclóricas da época (e até hoje) se incumbiram em oferecer um conteúdo cultural suficientemente denso para compor o cenário do delírio licântropo de muitos doentes mentais.” (BALLONE, 2002)

3.

CONCLUSÃO Esse trabalho cobre apenas alguns aspectos do tema, mas o suficiente para que o

mito do lobisomem mantenha sua presença ante os leitores. Ainda existem muitas versões não estudadas, oriundas das mais diversas fontes. De fato, o universo fantástico é enorme e esta lenda ultrapassa as barreiras geográficas e temporais: é exemplo dos elementos inexplicáveis e fascinantes do nosso mundo. É como a evolução da ciência permitiu elucidar alguns dos mistérios que cercam esse mito. Porém, mesmo que a existência seja duvidosa, o imaginário humano não tem limites e permite que possamos querer acreditar ou não. Mas afinal de contas, como deve ser encarado o mito do lobisomem: como bênção, maldição, possessão, doença ou reflexo de nossos desejos selvagens? Seja qual for o ponto de vista, em noites de lua cheia, tranque bem a porta.

9 REFERÊNCIAS BARING-GOULD, Sabine. Lobisomem – Um Tratado sobre Casos de Licantropia. São Paulo: __ Ed.Madras, 2003 PRIORE, Mary Del. Esquecidos por Deus: monstros no mundo europeu e ibero-americano __ (séculos XVI-XVIII). São Paulo: Companhia das Letras, 2000 PHILIPPI, Jeanine Nicolazzi. A natureza da violência: Uma abordagem crítica in. BuscaLegis, __Internet, disponível em __ Ballone GJ - Licantropia - in. PsiqWeb Psiquiatria Geral, Internet, disponível em __ 2001 http://www.brasilescola.com/folclore/lobisomem.htm http://www.rosanevolpatto.trd.br/lobisomem.htm http://www.mortesubita.org/monstruario/hall/lobisomem http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/lenda_lobisomem.htm http://www.infoescola.com/folclore/lobisomem/ http://www.rosanevolpatto.trd.br/mapa.htm http://www.webartigos.com/articles/18268/1/doencas-evangelicas/pagina1.html http://pipocasetretas.wordpress.com/2008/06/27/vida-longa-ao-lobisomem/ http://www.desvendar.com/especiais/indio/lendas.asp http://www.holistica.com.br/artigo1/?p=209 http://7razoes.wordpress.com/page/34/ http://www.mortesubita.org/monstruario/hall/textos-lobisomem/lobisomens-documentacaonacional/view Pesquisas realizadas anteriormente por motivos pessoais Relatos de parentes, amigos e conhecidos

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