20/11/2009
Publi Saúde - Apostila de Primeiros So…
Apostila de Primeiros Socorros (parte 5) Continuação da apostila de primeiros socorros (atendimento pré Hospitalar). 3. ABUSO A CRIANÇAS
Atualmente, o abuso a crianças e a lesão intencional é uma ocorrência mais mais comum do que se imagina. A promotoria da criança e do adolescente, através dos seus conselhos tutelares, possui responsabilidades sobre a criança e o adolescente, que passam a ter vontades e direitos próprios, como cidadãos independentes. Assim sendo, ações violentas ou condutas educativas e domésticas que afetem a capacidade de desenvolvimento saudável da criança, podem configurar um crime, cabendo a elas uma ação policial.
3.1 Os principais abusos são:
•
Abusos emocionais/psicológicos;
•
Abusos físicos;
•
Abusos sexuais;
•
Atos de negligência.
3 .2 C aracterísticas que indicam o abuso e/ou negligência: •
Falta de condições de higiene;
•
Sinais de cativeiro;
•
Fome/desnutrição;
•
Ferimentos insistentes ou lesões múltiplas em diferentes estágios de cicatrização no corpo
da criança; •
Queimaduras (principal lesão referente a abuso físico);
•
Lesões prévias com relatos suspeitos;
•
Descrições contraditórias sobre o “acidente”. Um fato importante sobre o abuso a crianças
é que osepisódios são freqüentemente repetidos com gravidade progressiva. Caso suspeite de abuso, observe com cautela os seguintes pontos: •
História (descrição do acidente) contada pelos pais ou responsáveis;
•
Tipo de ferimento/lesão existente;
•
Força/instrumento gerador da lesão;
•
Tempo decorrente entre o acidente e a solicitação de auxílio.
3 .3 •
C omo o socorrista dev e proceder em casos de abuso: O
socorrista
não
faz
diagnóstico
de
abuso. No
local, execute
primeiramente os
procedimentos de auxílio ao paciente, deixando o relato de suas suspeitas e as ações policiais para um segundo momento; •
Anote seus achados e a história colhida na Ficha de APH e transmita essas informações ao
médico do Serviço de Emergência, quando da entrega do paciente no hospital, bem como ao responsável pelo Serviço de APH de sua organização, que deverá comunicar o fato às outras autoridades competentes.
3.4 A tratar o paciente pediátrico, evite:
publisaude.com.br/portal/index2.php?…
1/2
20/11/2009
Publi Saúde - Apostila de Primeiros So…
1. Assumir postura infantil; 2. Falar tudo no diminutivo; 3. Alterar timbre de voz para o agudo; 4. Prometer que não irá doer. 3 .5 Dicas para abordar e manipular o paciente pediátrico: 1.
Mantenha
a
calma
e
transmita
segurança,
se
possível,
execute
sua
abordagem/atendimento ajoelhado ou sentado; 2. Acalme também os pais ou responsáveis que estejam presentes na cena; 3. Controle suas emoções e expressões faciais; 4.
Solicite apoio e autorização dos pais ou responsáveis para executar o atendimento (no
caso de crianças e adolescentes); 5. Explique os procedimentos que irá realizar para os pais e para o paciente; 6. Use se necessário um “objeto de transição”; 7. No caso de crianças muito pequenas, execute os procedimentos com o paciente no colo da mãe ou responsável; 8. Utilize equipamentos de cores e tamanho adequado para cada faixa etária; 9. Crianças têm dificuldade para aceitar ficarem deitadas, explique a necessidade; 10. Algumas crianças podem não ser receptivas as máscaras de oxigênio sobre a face, se necessário, use copinhos plásticos limpos e vazios para substituir as máscaras comuns; 11. Sorria para a criança e nunca minta, nem prometa nada que não possa cumprir. Dê um presente (distintivo ou certificado) ou cole na roupa da criança um adesivo institucional em troca do bom comportamento, cooperação e coragem; 12. Os procedimentos de imobilização, aplicação de curativos, uso de bandagens e fixação na prancha (maca rígida) pediátrica, são similares aos procedimentos utilizados em pacientes adultos.
Parte 6
Fechar Janela
publisaude.com.br/portal/index2.php?…
2/2