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Centro Evangélico de Educação e Cultura Curso: Avançado em Teologia (Ministério) Turma: Modular Carga Horária: 45 h/s Disciplina: Antigo Testamento V – Profetas Menores Professora: Izabel Cristina Veiga
ÍNDICE PROFETAS MENORES OSÉIAS JOEL AMÓS OBADIAS JONAS PROFETAS CONTEMPORÂNEOS A MONARQUIA DIVIDIDA
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PROFETAS MENORES A designações “Profetas Maiores” e “Profetas Menores” foram cunhadas por Agostinho no princípio do século IV d. C. “Menor” refere-se à brevidade do segundo grupo, certamente não à sua importância relativa. Os hebreus chamavam-nos de “O Livro dos Doze”. Foram provavelmente agrupados dessa maneira por Esdras e a “Grande Sinagoga”, mais ou menos em 425 a.C., talvez a fim de acomodá-los em um rolo. O grupo todo é mais curto do que apenas Isaías, Jeremias ou Ezequiel. A designação “Profetas Menores” é dirigida aos doze livros proféticos: de Oséias a Malaquias. Tendo o exílio babilônico como referência, podemos subdividir os livros dos Profetas Menores em:
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Pré-exílicos: São noves livros: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque e Sofonias. Pós-exílicos: São três livros: Ageu, Zacarias e Malaquias. Profetizaram no período de restauração do povo judeu.
3 PROFETAS MENORES OSÉIAS OSÉIAS Apresenta Jesus Cristo, possuidor de grande amor tanto por Israel quanto pela igreja. TEMA DO LIVRO DE OSÉIAS A INFIDELIDADE DE ISRAEL E O IMENSURÁVEL AMOR DE DEUS O grande sofrimento de Oséias nos proporcionou esse maravilhoso poema do amor de Deus por Israel. O sofrimento de Oséias se transformou num espelho do sofrimento de Deus, expresso no grito: “Como te deixaria, ó Efraim?” (11.8) CENÁRIO POLÍTICO - Jeroboão II foi o quarto rei da dinastia de Jeú, e um dos mais ilustres governantes de Israel (2 Rs 14.23-29). Foi capaz de restaurar as fronteiras de Israel virtualmente até sua extensão original no tempo de Salomão, e assim cumpriu a profecia de Jonas (2 Rs 14.25). - Liberdade comparativa de ataque por parte de estrangeiros trouxe prosperidade econômica sem paralelo. Escavações recentes em Samaria têm demonstrado tanto a grandeza da cidade fortaleza de Jeroboão como o luxo que vexou a alma justa de Amós (6.1-7). - Riqueza e pobreza extremas (Am 2.6-7), rituais religiosos sem significado (Am 5.21-24; 7. 10-17), e segurança falsa (Am 6.1-6) aparecem entre as características do longo reinado de Jeroboão. - A melancólica profecia de Amós (7.9) foi verificada quando o bem sucedido golpe de estado de Salum, contra Zacarias (2 Rs 15.8-12) pôs ponto final à casa de Jeú. Reis de Israel, o Reino do Norte - Jeroboão II, 782-753 – reinado de grande prosperidade – Oséias começa seu ministério. - Zacarias 753-752 – reinou 6 meses. Foi morto por Salum. - Salum 752 – reinou 1 mês. Foi morto por Menaém. - Menaém 752-742 – Incrivelmente cruel. Títere da Assíria. Era o comandante do exército de Zacarias filho de Jeroboão II. Matou Salum e toda Tirza. As mulheres grávidas foram fendidas. Tiglate Pileser começou a reinar na Assíria. - Pecaías 742-740 – Era filho de menaém e foi morto por Peca. - Peca 740-732 – Morto por Oséias. - Oséias 732-723 queda de Samaria, 722 a.C. Fim do Reino. A MORNARQUIA DIVIDIDA O Reino do Norte Teve em sua existência 19 reis: Jeroboão, Nadabe, Baasa, Elá, Zinri, Onri, Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeoacaz, Jeoás, Jeroboão II, Zacarias, Salum, Menaém, Pecaías, Peca e Oséias. MÉTODOS DE TORTURA ASSÍRIOS
4 O REINO DO NORTE É DEPORTADO OSÉIAS - Era nortista, o único profeta do Reino do Norte cujos escritos sobreviveram até nós. Snaith apresenta a sugestão (baseada na referência ao cozer de Pão, no capítulo sétimo) que ele teria sido um padeiro. - No entanto, o domínio que ele tinha sobre assuntos históricos e religiosos mostra que ele deve ter recebido uma excelente educação não podendo ser algum aldeão ou interiorano. - As referências à agricultura talvez sugiram que ele tinha alguma ligação com o solo. ESFERA DE AÇÃO Exerceu seu ministério e dirigiu sua profecia ao Reino do Norte. O fundo histórico está registrado em II Reis 14.3 – 17.6 – uma era caótica e inquieta. Internamente a nação vivia dias de anarquia, no meio de uma diplomacia de mentiras e traições. CENÁRIO RELIGIOSO - Tanto do ponto de vista religioso como moral, Israel descera ao degrau mais baixo. Os sacerdotes tinham-se unido aos salteadores e assassinos nas estradas (6.9). A depravação moral deles tinha chegado ao ponto de sacrificarem crianças e se prostituirem cultualmente. - Jonas e Amós já haviam falado àquela geração. Amós fora enviado de Judá para condenar Israel em termos fustigantes por sua corrupção moral, indiferença religiosa e por não atender à repreensão. O ministério de Amós fora curto e explosivo, enquanto o de Oséias longo e paciente, como de um pastor que implora e derrama lágrimas por um rebanho enlouquecido a caminho da destruição. OBJETIVO DO LIVRO O objetivo deste livro é registrar a chamada divina final ao arrependimento do indiferente reino do norte que afundava na desgraça. O profeta descreve o estado abominável da nação que, à semelhança de sua esposa, tinha-se entregue à prostituição. Fala sobretudo do amor inextinguível do Senhor, que derramou lágrimas diante da alienação de Israel e estava pronto a receber o povo de volta para a aliança mediante arrependimento. PECADOS QUE FORAM DENUNCIADOS POR OSÉIAS E QUE CAUSARAM A RUÍNA DA NAÇÃO DE ISRAEL • Perjúrio e mentira (4.1,2); • Mortes e derramamento de sangue (4.2; 5.2; 6.8); • Hordas de salteadores e grupos de sacerdotes assassinos (6.9; 7.1); • Predominância do adultério (4.2,11; 7.4). Esse adultério era consagrado como parte dos ritos religiosos ligados à adoração idólatra do bezerro (4.14); • Perversão, falsidade e opressão (10.4; 12.7). PECADOS DENUNCIADOS POR OSÉIAS • Idolatria (4.12,13; 8.5; 10.1,5; 13.2). • Embriaguez (4.11; 7.5). • Completo descaso de Deus (4.4,10; 8.14).
5 PROBLEMAS DO LIVRO Os capítulos 1 a 3 têm servido de campo de batalha entre interpretações rivais. • O casamento de Oséias tem sido reputado como uma visão, como uma alegoria, e como um fato histórico. • Esta última interpretação é aquela que mais merece recomendação. O nome Gômer-bateDiblaim não tem qualquer relevância alegórica. Novamente, a profundeza de sentimento, existente no livro, pode ser melhor explicada por uma experiência real e não por uma experiência simbólica. Existem, entretanto, enormes diferenças entre aqueles que aceitam essa última conclusão, dependendo da interpretação sobre “toma uma mulher de prostituições, e terás filhos de prostituição”. • Gômer seria uma prostituta quando Oséias se casou com ela. Essas palavras não envolvem necessariamente tal interpretação. Compare-se Is 6. 9-12, onde parece que Isaías pregava a fim de cegar o povo. Esse era o resultado e não o propósito da pregação. A passagem de 1.2 de Oséias pode ter sido um modo profético de referir-se ao resultado que, afinal de contas, era conhecido por Deus desde o princípio. “Naquela viagem incerta, ele havia velejado com ordens lacradas”. (George Adam Smith) • Oséias tomou Gômer, não como esposa, mas como concubina. Tal opinião nada possui que possa recomendá-la, embora tenha recebido apoio do grande nome de Tomás de Aquino. • Gômer era pura por ocasião de seu casamento. Isso é psicologicamente adequado, o que também explica o amor permanente de Oséias por Gômer. Está igualmente de conformidade com a prática profética. Os profetas sempre se referem a Israel como nação pura no tempo de sua união com Yahweh. Se Oséias tivesse se casado com uma prostituta é improvável que ele tivesse sentido que seu matrimônio pudesse ilustrar o casamento do Noivo divino com Israel. • Os profetas falam com nostalgia do “noivado puro” no deserto. Se Oséias não se casou com uma jovem pura, não teria havido período de casamento puro que correspondesse aos “bons dias antigos” do deserto. • Snait aceita essa terceira interpretação mas de forma mais complexa…. Ele sustenta que a mulher do capítulo terceiro não pode ser Gômer, pois ela aparece como adúltera desde o princípio. Talvez ela tivesse sido escolhida como uma segunda esposa. Dt 21.15-17 demonstra a legalidade dessa prática em Israel. Se a mulher do terceiro capítulo do livro não era uma esposa secundária, a única alternativa, de acordo com Snaith, consiste em que Oséias teria se divorciado de Gômer, e
6 então comprou-a de volta de seu possuidor, porém não como esposa no sentido mais completo da palavra. Não podia haver recuperação dos plenos direitos de esposa, sem certa disciplina. OS NOMES DOS FILHOS ERAM SÍMBOLOS DOS JUÍZOS DE DEUS SOBRE A NAÇÃO A) JEZREEL (Deus espalhará) Sinal de condenação tanto da casa de Jeú como da nação de Israel. B) LO-RUAMA (Desfavorecida) Sinal da retirada da misericórdia de Deus em favor do seu povo. C) LO-AMI (Não meu Povo) Sinal de que Deus já não o chamaria “Meu povo”. OS ATOS SIMBÓLICOS DOS PROFETAS A palavra profética tornava-se palavra viva para os profetas. Muitas vezes, Deus os chamava para fazerem algo mais que pregar. Ele os levava a retratar a mensagem na própria vida. Os profetas tinham de experimentar o significado e as conseqüências da palavra de Deus para seu povo. Assim seus atos simbolizavam para o povo o que Deus faria a Israel. Ao convocar os profetas para realizarem atos simbólicos, Deus lhes dava uma tarefa nada fácil. A palavra tinha de se tornar concreta na família deles. Esses nomes estranhos faziam as pessoas refletir quando observavam o profeta andar pela rua com os filhos. ÊNFASES ENCONTRADAS NO LIVRO DE OSÉIAS A) ÊNFASE NA GRAÇA DE DEUS B) O PECADO LEVA À RUÍNA C) O ARREPENDIMENTO DO POVO E O PERDÃO DE DEUS D) CONHECIMENTO DE DEUS “BRINCAR COM O PECADO É PESCAR PROBLEMAS”
7 PROFETAS MENORES JOEL UMA PODEROSA MENSAGEM PROFÉTICA JOEL 2.11-29 TEMA: É TEMPO DE RESTITUIÇÃO JOEL O nome Joel significa “Yahweh é Deus”. É um composto hebraico de dois nomes divinos “YHWH” (Senhor) e “EL” (Deus). É interessante observar que o nome do profeta ajusta-se com o tom severo; o fardo de sua profecia: “Sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus”. TEMA DO LIVRO A advertência do Julgamento do Senhor e a Salvação no seu Dia. ESTE TEMA ABARCA TRÊS CONCEITOS IMPORTANTES: • Deus julga o Pecado; • Deus exige Arrependimento; • Deus restaura e abençoa os que se arrependem e se dedicam a Ele. DEUS CONHECE O MAL COMO UM MÉDICO CONHECE O CÂNCER, PORÉM, O HOMEM CAÍDO CONHECE O MAL COMO O PACIENTE CONHECE SUA ENFERMIDADE. O SEU CONHECIMENTO SE DIFERENCIA DO CONECIMENTO DE DEUS. ACIMA DE TUDO ESTÁ A IDÉIA PREDOMINANTE DE QUE DEUS É MISERICORDIOSO E PACIENTE, COMO SE VÊ EM SUAS REPETIDAS ADVERTÊNCIAS; MAS SEU FAVOR TERÁ FIM. ELE JULGARÁ OS QUE NÃO SE ARREPENDEREM (OS QUE DECIDIREM FICAR CONTRA ELE) E ABENÇOARÁ OS FIÉIS. JOEL PROFETIZA PARA O REINO DO SUL – JUDÁ SUAS ALUSÕES AO TEMPLO E AO SACERDÓCIO PODEM INDICAR O TEMPO DE SUA MENSAGEM O “PODEROSO” BAAL DIVINDADE SUPREMA PARA A RAINHA JEZABEL JOÁS É ESCONDIDO DENTRO DO TEMPLO A NAÇÃO É DESCRITA COMO UMA VIRGEM NOIVA QUE FICARA VIÚVA ANTES DO CASAMENTO O AVISO DE DEUS PARA A NAÇÃO UMA PRAGA ATACA JUDÁ OCASIONANDO TERRÍVEL DEVASTAÇÃO E FOME CHAMANDO A NAÇÃO AO ARREPENDIMENTO.
8 A DEVASTAÇÃO E A RUÍNA DE JERUSALÉM SERIA COMPLETA. A DEVASTAÇÃO PROVOCADA POR ESTES INSETOS. O ATAQUE FORA FULMINANTE. LEMBRE-SE O PECADO NUNCA OCORRE ISOLADAMENTE; ELE SEMPRE TEM NATUREZA E INFLUÊNCIA SOCIAIS. FOTO VENCEDORA EM UM CONCURSO WORLD PRESS PHOTO TIRADA A 1 DE AGOSTO DE 2005. NELA PODEM VER-SE OS DEDOS DE UMA CRIANÇA DESNUTRIDA NOS LÁBIOS DA SUA MÃE, NUM CENTRO DE ALIMENTAÇÃO DE EMERGÊNCIA NO NOROESTE DO NÍGER. UMA PRAGA DEVASTADORA DE GAFANHOTOS E A PIOR SECA DAS ÚLTIMAS DÉCADAS DEIXARAM MILHÕES DE PESSOAS SEM ALIMENTO NAQUELE ESTADO AFRICANO. AS CONSEQUÊNCIAS DE UMA PRAGA DE GAFANHOTOS PRESENCIADA ATUALMENTE. TUDO HAVIA SE TRANSFORMADO EM UM DESERTO DESOLADOR. EM JERUSALÉM CRIANÇAS SUSPIRAVAM POR UM PEDAÇO DE PÃO. AS COMPARAÇÕES FEITAS POR JOEL: ESTA DEVASTAÇÃO PREFIGURAVA UMA INVASÃO IGUALMENTE TERRÍVEL POR UM PODEROSO EXÉRCITO. ERA IMPOSSÍVEL A REALIZAÇÃO DE SACRIFÍCIOS – A COMUNHÃO COM DEUS ESTAVA INTERROMPIDA. JUDÁ NÃO DESFRUTAVA MAIS DA COMUNHÃO COM DEUS. A CALAMIDADE ERA TÃO GRAVE, QUE JOEL IMAGINOU QUE TALVEZ PUDESSE SER O FIM, O DIA DO SENHOR, UM DIA DE JUÍZO E DE DESTRUIÇÃO. UM EXÉRCITO INVENCÍVEL, A MENOS QUE... APELO E AVISO AOS SACERDOTES. “Cingi-vos e lamentai-vos, sacerdotes; gemei, ministros do altar; entrai e passai, vestidos de panos de sacos, durante a noite, ministros dos meu Deus; porque a oferta de manjares e a libação cortadas foram da Casa de vosso Deus. TODOS DEVERIAM COMPARECER À ASSEMBLÉIA SAGRADA PARA CHORAR E ORAR. NINGUÉM ESTAVA DISPENSADO, NEM OS NORMALMENTE JUSTIFICADOS, TAIS COMO: • MÃES QUE AMAMENTAVAM; • CRIANÇAS; • OS QUE ESTAVAM PARA CASAR-SE EXTREMA URGÊNCIA FOI EXPRESSA NO TOM DAS PALAVRAS.
9 A PROVISÃO DE DEUS (Gn 22.13) CHAMADO AO ARREPENDIMENTO Deus requer um tempo de profundo exercício do coração e do espírito, tempo de jejum, tempo de quebrantamento diante dele. Visto como sempre é tão fácil substituir o verdadeiro pelo aparente e perder-se na atração do espetáculo exterior, Deus os exorta a rasgar o Coração e não as Vestes. Bem cedo nas Escrituras encontramos o registro de rasgar as vestes em ocasiões de lamento. Significava comunicar a condição do coração quebrantado e rasgado do pranteador. Considerando que muitas vezes o sinal substitui a realidade, Deus prescreve, por intermédio do profeta, uma contrição de coração verdadeira e autêntica. Toda ação desse teor diante de Deus baseia-se no fato do caráter maravilhoso de Deus, porque ele é gracioso além do que se pode dizer, e pronto para perdoar. QUANDO O POVO DE DEUS SE ARREPENDESSE (Joel 2) A GRAÇA DE DEUS RESTITUIRIA O TEMPO GASTO NO JUÍZO. A DECLARAÇÃO INSINUAVA QUE, QUANDO OCORRESSE O ARREPENDIMENTO, A ALEGRIA SERIA TAMANHA, QUE OS PERÍODOS ANTERIORES DE TRISTEZA E DE SOFIMENTOS SERIAM APAGADOS. TUDO SERIA RESTAURADO NOVAMENTE. DEPOIS DA AÇÃO PEDAGÓGICA DE DEUS. O ESPÍRITO DE DEUS SERIA DERRAMADO SOBRE TODO O SEU POVO. JESUS APRESENTA-SE COMO A FONTE E O ESPÍRITO SANTO COMO A ÁGUA DA VIDA. A FESTA DOS TABERNÁCULOS. NO DESERTO ISRAEL HABITOU EM CABANAS. O TABERNÁCULO. PREPARAÇÃO PARA A FESTA DOS TABERNÁCULOS. JESUS NA FESTA DOS TABERNÁCULOS. UM VASO DE OURO DE 1,5 LITRO ERA USADO. O TANQUE DE SILOÉ.
10 PROFETAS MENORES PROFETA AMÓS A JUSTIÇA DE DEUS AMÓS PROFETIZA PARA O REINO DO NORTE – ISRAEL AMÓS Nasceu em Tecoa, cidade de Judá; Não era filho de profeta, mas boieiro, cuidador de ovelhas e cultivador de sicômoros; Não vinha de uma família de elevada posição social, rica ou influente, mas dada a vida pastoril nas regiões incultas de Tecoa, situada 10 Km ao sul de Belém. Suas figuras de linguagem e suas imagens, belas e abundantes, são tiradas da vida agreste; O livro caracteriza-se pela beleza da expressão e pela elevação do pensamento. Amós foi contemporâneo de Oséias e, embora sendo de Judá Deus enviou-o a profetizar em Betel, que era o centro religioso do Reino do Norte. Os dias de Uzias em Judá e de Jeroboão II em Israel foram marcados por grande prosperidade. Com efeito foram os mais prósperos do Reino do Norte. O período era de grande riqueza, luxo, arrogância, segurança carnal, opressão dos pobres, decadência moral e culto formal. O declínio moral e a degradação espiritual eram de apavorar. CENÁRIO POLÍTICO Riqueza e pobreza extremas (Am 2.6-7), rituais religiosos sem significado (Am 5.21-24; 7. 10-17), e segurança falsa (Am 6.1-6) aparecem entre as características do longo reinado de Jeroboão. O RUGIDO QUE VEM DE SIÃO (Joel 3.16 e Amós 1.2) SE O CARMELO VIER A DEFINHAR, A QUE PONTO CHEGARÁ A DESOLAÇÃO EM QUALQUER OUTRO LUGAR? (Is 35.2) A INTERCESSÃO DE AMÓS A VISÃO DOS GAFANHOTOS A VISÃO DO FOGO A VISÃO DO PRUMO Aqui não há intercessão do profeta, porque a paciência de Deus chegou ao fim.
11 A VISÃO DO CESTO DE FRUTOS O Senhor explica para Amós que isto indica que Israel está maduro para o juízo
12 PROFETAS MENORES PROFETA OBADIAS SENTENÇA CONTRA EDOM OBADIAS PROFETIZA PARA EDOM OS EDOMITAS ERAM OS DESCENDENTES DE ESAÚ A PROGÊNIE DELES PERPETUOU A CONTENDA OS EDOMITAS O livro do Gênesis esboça em linguagem inconfundível a inimizade que existia entre esses irmãos. A descendência de Esaú perpetuou essa contenda. Cedo Edom veio a ser uma nação poderosa (Gn 36; Ex 15.15; Nm 20.14) Quando os israelitas subiram da terra do Egito, os edomitas negaram-lhes passagem através de sua terra (Nm 20.20-21), mas Deus ordenou a Israel que tratassem a Edom como irmão (Dt 23.7-8). Agora cabe a Obadias pronunciar a mensagem divina de condenação final contra esse incorrigível inimigo do seu povo. O que leva Edom a cair? O seu orgulho insuportável. A REGIÃO MONTANHOSA DE EDOM EDOM SENTIA-SE SEGURO TAL QUAL ÁGUIA HABITANDO NAS ROCHAS AMÓS 9.2 Edom pode ser inacessível ao homem, mas não a Deus QUAL O TEMPO DO CUMPRIMENTO DESSA PROFECIA? O cumprimento da ruína de Edom predita por Obadias teve início no período caldaico. Os caldeus devastaram a Edom (Jr 49 e Ez 35); Os macabeus também os subjugaram Os romanos completaram a ruína de Edom na ocasião em que destruíram Jerusalém em 70 d.C. QUAL O TEMPO DO CUMPRIMENTO DESSA PROFECIA? Através destes séculos, nada ouvimos acerca de Edom. No tempo do fim e antes da reunião das nações contra Jerusalém na guerra do armagedom, Edom voltará a cena da história mundial.
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Deverá haver o reflorescimento de muitas nações antigas. Então Edom experimentará a plenitude da ira de Deus em destruição, sendo o próprio Senhor Jesus Cristo o executor do juízo divino contra Edom e seus aliados (Is 63.1-6)
14 PROFETAS MENORES O AMOR DE DEUS POR TODAS AS NAÇÕES Jonas TEMA DO LIVRO A amplitude da misericórdia de Deus e a limitada obstinação de Jonas. OBJETIVO DO LIVRO Seu objetivo histórico e duradouro era declarar a universalidade tanto do julgamento quanto da graça divina. Deus julga a iniqüidade em todas as esferas e, do mesmo modo, reage ao arrependimento de todas as nações. A história também retrata a verdade de que, quando o povo de Deus deixa de ter interesse pelos perdidos, perde a visão do objetivo e programas divinos no mundo. O LIVRO DE JONAS Jonas foi chamado para pregar a Palavra de Deus em Nínive. Mas, a princípio fugiu. A fuga de Jonas não é diferente da atitude de muitos hoje. Israel tinha se afastado muito de seu chamado missionário original, pois deveria estar sendo uma luz de redenção para os povos, Gn 12: 1-3; Is 49: 6. Este livro é um sério apelo para a ação evangelística e missionária da Igreja, que foi chamada para proclamar a palavra. O MUNDO CLAMA POR PROFETAS AUTORIA O autor provavelmente foi Jonas, apesar de o livro ter sido escrito na terceira pessoa e ameaçar a autoria do profeta. Talvez ele o tenha escrito como uma acusação tanto a si mesmo como a nação pela atitude sem misericórdia para com os pagãos ninivitas. A tradição judaica diz ser ele o filho da viúva de Sarepta que foi ressuscitado por Elias, mas isso nunca recebeu sólida confirmação. DATA Aproximadamente 765 a.C. O PROFETA JONAS Nada se sabe do profeta Jonas à parte deste livro e da declaração histórica de 2 Rs 14.25. Seu nome significa “pomba”. O lar do profeta ficava em Gate-Hefer, que está em Zebulom (Js 10.13), ao norte de Nazaré, na Galiléia. Podemos julgar a importância que os judeus dão a esse livro considerando que o lêem durante as horas solenes do Dia da Expiação.
15 É o livro missionário do Antigo Testamento. YOM KIPPUR - O DIA DO PERDÃO O DIA DA EXPIAÇÃO CHAMADO E DESOBEDIÊNCIA DE JONAS Os que consideram essa profecia como mito, lenda, alegoria, ou parábola, não explicam bem por que o livro começa em estilo profético. A palavra de Deus a Jonas foi uma ordem clara e inconfundível de ir à Nínive e pregar contra ela por causa de sua deplorável maldade. Esse é o único caso de um profeta enviado aos pagãos. NÍNIVE O PROFETA JONAS Nínive, mencionada pela primeira vez em Gn 10.11, era a antiga capital do Império Assírio. Situava-se na margem oriental do rio Tigre. Senaqueribe fê-la capital da Assíria e os medos e persas a destruíram em 612 a.C.. Os escritores clássicos informam-nos que a cidade, com a forma de um trapézio era a maior do mundo daquele tempo (3.2-3; 4.11) POLITICAMENTE A Assíria estava em declínio nessa época. Essa decadência havia começado com a morte de Adad-ninari III, em 782 e se estendeu até a vinda de Tiglate-Pileser III, em 745. Depois de adad-ninari reinaram Salmanaser IV (782-773) e Asurdan III (773-754). A visita de Jonas foi provavelmente durante o reinado deste último. RELIGIOSAMENTE Foi iniciada uma tendência para o monoteísmo na Assíria sob o governo de Adad-ninari, em virtude de sua monolatria. Ele recomendava: “Ponha a sua confiança em Nebo; não confie em outro deus”. Todavia, diversos cataclismos ocorreram durante esses anos, que podem ter sido usados para preparar o povo. Em 765 e 759, grandes calamidades caíram sobre a cidade, e em 15 de junho de 763 houve um eclipse solar total. MORALMENTE Os habitantes de Nínive eram conhecidos como uma raça sensual e cruel. Viviam de saques e orgulhavam-se dos montes de cabeças humanas que traziam de violentas pilhagens de outras cidades. Fortificaram-se com um muro interno e outro externo.
16 O muro tinha 96 Km de extensão, 30 m de altura e uma largura suficiente para três carroças conduzidas lado a lado. A intervalos por todo o muro havia 50 torres de 60 metros de altura para o serviço de vigilância realizado pelas sentinelas. A PODEROSA NÍNIVE A SITUAÇÃO DE ISRAEL 1. A Assíria era uma ameaça para Israel desde o tempo de Onri (880 a.C.) e tinha forçado os israelitas a pagarem tributo nos últimos cinqüenta anos até Jeroboão II tornar-se rei. Jeroboão sacudiu esse jugo mais ou menos em 790 e estendeu o reino do Norte a seu maior limite desde Salomão. No tempo de Jonas, Israel sentia-se seguro e estava em ascensão, enquanto a Assíria achava-se em declínio político. 2. Religiosamente, porém, Israel tornava-se mais e mais empedernido, independente, moralmente degradado e egoísta. Alcançara seu “período áureo”. Mas a nação estava inconsciente de que Deus lhe concedera essa misericórdia com a finalidade de arrependimento, não de independência (2 Rs 14.26-27). 3. O ministério de Jonas, ministério de misericórdia para Israel, transcorreu provavelmente um pouco antes do ministério de julgamento de Amós, que veio de Judá como um mensageiro especial do Senhor. JOPE Jaffa, Jafa, Jafo ou Jope (hebraico Yafó, árabe Yafa) é uma cidade de Israel, vinculada ao município de Tel Aviv, famosa pelo porto antigo e pelo centro histórico, de qual o profeta Jonas saiu para Társis de barco e foi engolido pelo peixe grande. Jafa e Telaviv formam uma única região metropolitana. O nome significa, em língua hebraica, "bela". As tradições dizem-nos que esse nome foi dado a essa cidade por causa do brilho do sol que refletia nos edifícios. Porto natural de Jerusalém (dista 56 km) quando da construção do templo, Hirão trazia do Líbano, toras de madeira que eram descarregadas neste porto e levadas para a construção do templo e do palácio do rei Salomão. (...) Fonte: Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Jaffa>. Acesso em 17 dez. 2008. Por Pr. Márcio Batista.
ESPANHA A Espanha (em castelhano e galego España, em catalão Espanya e em basco Espainia) é um país da Europa meridional localizado na península Ibérica. Tem a norte o golfo da Biscaia, a França e Andorra, a leste e a sul o mar Mediterrâneo, a sul o território britânico de Gibraltar, a oeste Portugal e a sul e oeste o Oceano Atlântico. Além da porção ibérica, a Espanha possui também os arquipélagos das Baleares no Mediterrâneo e das Canárias no Atlântico e as cidades de Ceuta e Melilla (além de várias ilhotas e rochedos junto à costa africana), e o enclave de Llívia, rodeado por França.
17 O país está dividido em comunidades autônomas. Algumas destas comunidades, como a Galiza, o País Basco (País Vasco, em castelhano, ou Euskadi em basco) e a Catalunha (Catalunya em catalão e Cataluña em castelhano), têm línguas próprias. Desde a sua adesão à União Européia em 1986, a Espanha tornou-se um país altamente industrializado e a 8ª maior economia mundial. Fonte: Disponível em < http://pt.wikipedia.org/wiki/Espanha>. Acesso em 17 dez. 2008. Por Pr. Márcio Batista.
18 PROFETAS CONTEMPORÂNEOS A MONARQUIA DIVIDIDA Miquéias Naum Habacuque Sofonias Ageu Zacarias Malaquias Os alunos pesquisaram e apresentaram em sala de aula (último encontro) os profetas acima citados, de Miquéias a Malaquias. Os grupos que apresentaram seu trabalho poderão enviar (texto em [.doc]) ao grupo através do e-mail:
[email protected] Proibido o uso deste texto sem a prévia autorização do autor (Izabel Cristina Veiga / CEEDUC)