Extra
Jornal do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre - Ano XXI - Edição nº 183
CAMPANHA SALARIAL
Aeroviários rejeitam proposta das empresas e iniciam estado de greve Empresas como TAM e Gol alegam redução nos lucros, mas relatórios revelam investimentos e previsão de crescimento do setor. Próxima reunião acontece nesta terça-feira (27/11) Em assembléia geral extraordinária realizada na última sexta-feira (23/11), no aeroporto Salgado Filho e na frente das empresas VEM Manutenção e VarigLog, os aeroviários de Porto Alegre rejeitaram o índice de 3,5% de aumento salarial proposto pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA). Os trabalhadores deliberaram pelo estado de greve, até que as empresas realizem outra contraproposta capaz de atender às necessidades da categoria. A proposta dos sindicatos, apresentada às empresas no dia 28 de setembro, é de aumento salarial de 10%, cestabásica de R$ 230, seguro de R$ 10 mil e reajuste de 20% sobre os pisos, vale-alimentação e diárias. A contraproposta do SNEA, de aumento de 3,5% sobre os salários, foi apresentada em reunião da rodada de negociações, no dia 21 de novembro. Os sindicatos discordam do percentual oferecido pelas empresas. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deve encerrar o ano com variação
entre 4,5 e 5%. As duas maiores companhias aéreas brasileiras TAM e Gol/Varig, que detém 92% do mercado, têm investido pesado em seus crescimentos para atender à demanda, ao mesmo tempo em que reduzem custos e ampliam a produtividade. A Gol, por exemplo, espera ampliar sua receita em 40% em 2007. E mesmo ampliado em 79,4% o número de funcionários, seus custos com pessoal aumentaram apenas 4,7% com o dissídio de 5% do ano passado.
Ou seja, tanto a Gol, como a TAM, tem condições de garantir um melhor índice de reajustes aos seus trabalhadores, sem prejuízo de seus planos de crescimento e suas receitas, do que o ofertado pelo SNEA. Além desses dados, percebemos que ambas as companhias, diretamente concorrentes no mercado, tem ampliado o número de passageiros transportados, tanto nos vôos domésticos, como nos internacionais, na comparação entres os meses de outubro em
2006 e 2007. A TAM obteve uma variação positiva de crescimento de assento por km nos vôos domésticos de 8,5% e de passageiros por km de 5,7%. Na Gol esses índices ficaram na ordem de 34,8% e 38,3%. Nos vôos internacionais, as variações da TAM, respectivamente, foram na ordem de 86,2% e 80,5%. E na Gol, de 37,1% e 30,3%. Apesar das dificuldades da BRA, no geral, todas as empresas do setor tem beneficiado-se do aumento da demanda e da oferta de assentos. Os trabalhadores querem apenas o que é justo: um aumento salarial capaz de responder aos índices de inflação e recuperar as perdas acumuladas nos últimos anos. Querem também que as empresas valorizem seus funcionários, dividindo parte de seus lucros através dos salários e benefícios. A próxima reunião com o SNEA está agendada para o dia 27 de novembro, e com o Sindicato Nacional das Empresas de TáxiAéreo, no dia 28. Ambas acontecem no Rio de Janeiro e contam com a presença dos dirigentes sindicais cutistas do setor e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac/CUT).
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TRÁFEGO AÉREO - DADOS COMPARATIVOS AVANÇADOS - OUTUBRO 2007 X 2006 ASSENTOS KM OFERECIDOS E PASSAGEIROS KM PAGOS TRANSPORTADOS LINHAS DOMÉSTICAS
LINHAS INTERNACIONAIS
Fonte: www.anac.gov.br
Trechos do relatório de resultados da GOL sobre o 3º trimestre de 2007
Release de Resultado Terceiro Trimestre de 2007
Os custos com pessoal por ASK (2,24 centavos de Real) aumentaram 4,7% em relação ao 3T06, devido ao dissídio de 5% aplicado aos salários no mês de dezembro de 2006 e ao crescimento de 79,4% no número de colaboradores. A Companhia encerrou o trimestre com um total de 14.436 colaboradores. O aumento no número de colaboradores é relacionado à expansão da capacidade planejada para o 3T07 e o 4T07 bem como a internalização dos funcionários do call center, e foi parcialmente compensado por uma maior produtividade no trimestre.
Pág 7 Em 2007, planejamos aumentar a receita em mais de 40%, enquanto reduzimos os custos por unidade em, aproximadamente, 10%.
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