AD ORBI CONFITEUR OMNIA MEA CULPA
Depois do “bafãozinho” público de sexta, e do constrangimento que percebi nas pessoas (mas não em mim) temerosas de uma possível confusão resolvi aproveitar-me da divulgação expor a situação. E até re-explicar os fatos, posto que a revolta apresentada pela colega de sala é o mínimo injustificável, um fruto errôneo de uma interpretação equivocada que a julgar pelo discurso provido ainda mantém-se firme, arraigado feito raízes duma árvore no horizonte “A” de um solo qualquer.
DA CONSTITUIÇÃO DO TRABALHO
Quando deu-se a informação da apresentação do trabalho, sugeri inicialmente que usássemos
a disciplina cartografia (minha idéia era
montarmos uma aula sobre a geografia de uma lugar usando mapas físicos para explicar a formação do relevo escolhido, um exemplo poderia ser a serra do mar). Minha idéia não obteve muita aprovação e deixei o grupo definir um tema, que se aprovado por todos seria estudado. Uma sugestão cabível de outro integrante dizia que “geografia física” oferecia a vantagem de ser uma matéria que todos estariam estudando e que por esta razão seria mais fácil falar deste assunto, suprimindo com este argumento (que considerei válido) a minha idéia primária. Nunca mais houve nenhum contato entre os integrantes do grupo referente a este assunto.
O MÉTODO
Uma vez definido o tema como sendo “geografia física”, sugeri que se observasse os textos publicados no site http://resumoescolar.googlepages.com posto que ali é possível encontrar vários textos que podem ser usados facilmente na elaboração de uma aula(existem 900 textos prontos já publicados e ao menos um seria útil). Esta pesquisa por aulas “praticamente prontas” não foi feita, e também não houve no decorrer do prazo nenhum interesse do grupo por pesquisar em outras fontes. Neste meio tempo, um integrante sugere a utilização de um vídeo. Todos concordaram com esta inclusão tecnológica embora ninguém soubesse como fazer um filme (nem mesmo o autor da idéia) e nem mesmo o conteúdo a ser apresentado no filme. Eu também não sabia fazer um filme mas me propus (sendo eu o mais “informatizado”) a descobrir como fazer e montar um antes do prazo da apresentação. A aula consistiria no apoio de um filme e de textos estudados seria uma exposição de conteúdo, sem avaliação, como ocorreu no terceiro grupo.
A RAZÃO DO CONTEÚDO DO FILME E O PROBLEMA DA NARRAÇÃO
Era facilmente perceptível que os demais integrantes não haviam procurado buscar compreender o conteúdo de sua apresentação, mas alcei-me no argumento usado em demérito da cartografia, a justificativa de que Geografia Física teriam estudado recentemente e seria mais fácil trabalhar esta matéria. Então decidi montar um filme usando o conteúdo da apostila uniasselvi, mostrando visualmente o conteúdo da unidade 1 e 2 isto porque desta forma eu não estaria enchendo a cabeça de ninguém de conteúdo porque no dia da apresentação o grupo já deveria ter lido a apostila até aquele ponto, inclusive
resolvendo exercícios. Para surpresa e espanto, também não tinham lido a apostila da faculdade. Um ponto que sempre sustentei é que minha narração seria de má qualidade, minha entonação na voz é fraca e principalmente tenho dificuldade em pronunciar o som do R em palavras com TR, PR, VR. Esta minha dificuldade não foi considerada e precisei, mesmo com uma certa vergonha de minha deficiência fonética, eu mesmo fazer a narração. O argumento que eu recebi é um “eu não acho sua narração ruim” embora também nunca tenha visto o resultado do filme.
DA APRESENTAÇÃO
Chega o dia de apresentarmos nosso trabalho “conjunto”, umas horas antes recebo um SMS no celular dizendo “não fiz minha parte, me liga” mas estava eu trabalhando, ocupado, numa semana com reuniões pedagógicas, livros de sala pra completar, notas pra entregar e aulas pra lecionar. Não poderia ligar, e naquele momento não adiantaria nada. Mas respondo, depois de alguns palavrões “médios” pergunto porque só naquele momento sou avisado. Recebo outra mensagem “credo, que boca suja” e nenhuma justificativa para a minha pergunta. Quando começo a me apresentar, nervoso por saber que os outros não haviam coletado nenhuma informação, o Sérgio me interrompe com um “fecha a boca e apresenta o vídeo logo, antes do professor voltar”. Humilhado, e nervoso começo a exibição de minha narrativa esdrúxula. Piso no fio elétrico causando um desligamento, mas neste momento, o filme já tinha dado algumas das primeiras informações, ao que o Sérgio solta um “há controvérsias”. Ligo novamente o equipamento, começa o filme, as duas integrantes do grupo se sentam para melhor assistirem a novidade do DVD, que já deveriam ter assistido tempos antes, volta o professor. Ao final do filme mostro algumas
propriedades das rochas que trouxe. “-Alguma dúvida? Indaga o Sérgio. Ninguém pergunta nada, há um acordo entre cavalheiros para evitarmos as perguntas e todo mundo ir embora mais cedo pra casa. Inicia-se
uma
discussão,
vejo
os
membros
não
participantes
pressionando o professor que questiona a “presença” de todos os integrantes, afirmo que ninguém ajudou a fazer o filme e me retiro. Tava de carona.