Abelhas

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30Abelhas

R. B. Singer 2004. Orquídeas brasileiras e abelhas. www.webbee.org.br 

O mel foi a primeira substância adoçante conhecida da Antiguidade segundo a Bíblia era uma das duas dádivas da Terra da Promissão (a outra era o leite). Apicultura é a criação de abelhas para produção de mel, esta prática vem de a muito tempo desde a época dos egípcios, que documentaram essa prática pela primeira vez no ano 2600 a.C, nas inscrições funerárias nas pirâmides. Hoje em dia nos apiários têm-se uns aparatos bem modernos para coleta de mel. Antigamente era pouco rendosa, pois era realizada em colônias fixas de barro, madeira ou palha, apresentando assim dificuldades para a coleta do mel. Pertencem a ordem dos Himenópteros. Existem abelhas de muitas espécies e nem todas nem todas vivem em colônias. A maioria são abelhas solitárias, que constroem seu ninho em árvores ocas ou embaixo da terra. Já as abelhas sociais vivem juntas em grandes colônias de indivíduos e seus ninhos são chamados colméias. Seu corpo que raramente ultrapassa 3,75 cm de comprimento é constituído de três partes : cabeça, tórax e abdômen. No tórax encontram-se dois pares de asas e três pares de pernas. As fêmeas possuem um ovopositor na extremidade do abdômen, que é utilizado para depositar os ovos e contém um ferrão para picar os inimigos predadores. As abelhas produtoras de mel organizam-se em três classes principais: as operárias, que providenciam a alimentação, a rainha que pões ovos e o zangão, que se acasala com a rainha. Uma colônia de tamanho médio compreende uma rainha e cerca de cem zangões e mais ou menos sessenta e cinco mil operárias. Agora mostraremos algumas espécies de abelhas: Abelha Mulata = Uruçu – Uruçu Mineiro Esta é uma "abelha indígena sem ferrão" por possuir o ferrão atrofiado. Logo, ela é incapaz de ferroar. Assim como as demais espécies de Meliponinae são sociais, ou seja, vivem em colônias. A uruçu é um inseto holometabólico, isto é, a fêmea realiza postura de ovos que dão origem as larvas, que são morfológica e fisiologicamente diferentes dos adultos. As larvas se alimentam, crescem, sofrem um certo número de mudas e se transforma em pupa, forma esta que não se alimenta e fica imóvel na célula de cria. Após algum tempo, a pupa sofre muda, transformando-se em uma abelha adulta.

Abelhão = Mamangaba Esta abelha é um himenóptero da família dos bombídeos, que representa as grandes abelhas sociais. O abelhão inicia a colônia fazendo ninhos no solo, no fundo de touceiras de capim. O fundo é forrado com musgo e capim bem fino. Em cima do capim, a futura rainha começa a estocar o pólen. Depois constrói, com cera, dois potes. No primeiro, põe os primeiros 12 ovos. O outro é a dispensa, que ela enche de mel. Em três semanas, o ovo se transforma em inseto adulto. A essa altura, já foi construiu dezenas de potes iguais aos primeiros e pôs entre 200 a 400 ovos. A primeira geração dá origem às operárias da colônia que não procriam e sua função é cuidar dos ovos da próxima geração. Cada colônia de mamangabas possui mais de 300 membros e tem origem numa única fêmea. Na primavera as larvas se alimentam de uma mistura de pólen e néctar, que as rainhas e operárias servem através de um buraco no teto do pote. Após o acasalamento, todos os machos e algumas fêmeas morrem, isso acontece no verão. Durante o outono e o inverno, após todo o trabalho feito, o abelhão pára e fica até nove meses dormindo. Abelha Africana = Apis melífera adamson lactar. Habitam da África do sul até o sul do Saara. São abelhas muito agressivas, polinizadoras, enxameadoras e migratórias, entretanto são propolizadoras, produtivas nas linhagens selecionadas, madrugadeiras e trabalham até mais tarde. Seu porte é pequeno e constroem células menores, os zangões são amarelados assim como as operárias. Foi introduzida no Brasil na região de Rio Claro-SP em 1956 para pesquisas científicas que acabaram escapando do cativeiro, no cruzamento com as raças aqui existentes, produziu um híbrido que passou a ser chamado de abelha africanizada.

Bastante produtivo e ao mesmo tempo muito agressivo, se alastrou rapidamente por todo o continente. Sem meios de exterminá-los os apicultores se uniram em associações com o objetivo de utilizá-lo como produtor de mel. Portanto, com o desenvolvimento de novas técnicas e a utilização de medidas de segurança, foi possível obter uma boa produção de mel havendo um desenvolvimento acentuado na apicultura em nosso País. Abelha Caucasiana = Apis melífera remipes pall

É originária da região central da Rússia. Possuem anéis cinzas acentuados, são pouco enxameadeiras e boas propolizadoras. Não são muito difundidas no Brasil.

Abelha Italiana = Apis melífera lingustica Spin Conhecida como abelha italiana é a raça mais criada no mundo. É do mesmo tamanho que a abelha preta e possui o corpo coberto de pelos amarelos compridos, mais acentuados nos três primeiros anéis abdominais. No zangão, a coloração é mais pronunciada e uniforme em todo o corpo. São mansas e pouco enxameadeiras. A rainha é de fácil localização, o que facilita o manejo por parte o apicultor. Produzem opérculos de cor clara e se reproduzem bem. Abelha Mirim

Melípona mínima, de porte pequeno Dentre os meliponídeos, a abelha mirim-preguiça (Friesella schrottkyi) nidifica em ocos pequenos onde quer que os encontre. É comum em moirões de cerca, paredão de pedra, dentro de postes, em conduítes de luz etc. Seu nome popular está relacionado ao fato de essas abelhas só saírem do ninho nas horas mais quentes do dia e, portanto, sempre trabalharem em períodos mais restritos, limitados pela temperatura. Essa abelha muito mansa é o menor meliponídeo da área. É facilmente reconhecida pela cor cinzaopaca devido à pilosidade do corpo. Tem vôo característico antes de pousar na flor, uma espécie de dança em zigue-zague. Referência Bibliográfica Nogueira-Neto, P. 1997. Vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão. Nogueirapis, São Paulo. 446p. Couto, RHN. Contribuição das abelhas na polinização de plantas produtoras de vagens. Anais do Encontro sobre Abelhas, 2: 135-140. 1996. Diniz Filho JAF, Malaspina O. Abelhas africanizadas nos anos 90. A história mostra que a população aprendeu a conviver com essas abelhas. Ciência Hoje 90:73-6, 1995. Mello MLS. O veneno das abelhas. In: Camargo MFJ. Manual de Apicultura . Agronômica Ceres Ltda: São Paulo, p.142-153, 1972. Texto: Ivana Silva Revisão: Cássia Nunes Abelhas Jatai, bunda de mosca e lagartinha

Borboleta(s) com acaro de 2mm de comprimento

Mosca e vespa (Ichneumon?)

Cigarra (1cm de comprimento)

Ovinhos de neuroptera (0.5cm de diâmetro, em média)

Place the mouse over the thumbnails to see some EXIF data. Full EXIF data is contained in the pictures. Posicione o mouseBrazilian native bee - Abelha Jataí (Tetragonistica angustula)

Plume Moth (Pterophoridae)

Grasshopper - Gafanhoto

What is this?? - O que é isto?? (8mm)

And this?

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Abelhas - Bees

Libélulas - Dragonflies

Borboleta - Butterfly

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O Brasil possui muitas espécies de abelhas nativas, também chamadas de indígenas, que exercem importante papel na fecundação de inúmeras espécies vegetais de nossa flora. Devido à grande extensão do território nacional, os nomes populares que lhes são dados variam de região para região. Assim, um mesmo nome muitas vezes designa abelhas diferentes Por Naná Prado / Fotos Du Zuppani

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Bromélias: importante elo da biodiversidade Harmonia entre textos e imagens Jataí, Irapuã, Mombuca, Moçabranca, Mandaçaia e Mirim são Mestres da alguns exemplos de abelhas nativas que diferem da abelha Apis Mellifera, conhecida como a abelha do mel - trazida da organização Europa em 1839 pelo padre Antonio Carneiro, e que se Lindas, leves e espalhou pelos ecossistemas brasileiros em franca competição soltas... com as abelhas nativas. Conhecidas popularmente como Pequenas notáveis abelhas sem ferrão, as nativas possuem ferrão atrofiado, e não Lei da Mata conseguem utilizá-lo como forma de defesa. Algumas espécies Atlântica: proteção e são pouco agressivas, adaptam-se bem às colméias e ao cuidado manejo e produzem um mel saboroso e apreciado. Além do mel, podem fornecer, para exploração comercial, pólen, cerume, geoprópolis e os próprios favos de cera. Existem também outras formas de exploração sustentável como trabalhar questões de educação ambiental, turismo ecológico e ecopaisagismo. No Brasil, são conhecidas mais de 400 espécies de abelhas sem ferrão que apresentam grande heterogeneidade na cor, tamanho, forma e população dos ninhos. Especialistas alegam

que há escassez de informações biológicas e zootécnicas, pois muitas sequer foram identificadas. Segundo Fábia Pereira, "devido a essa diversidade, é fundamental realizar pesquisas sobre comportamento e reprodução específicas para cada espécie; analisar e caracterizar os produtos fornecidos e estudar formas de conservação do mel que, por conter mais umidade do que o mel de Apis mellifera, pode fermentar com mais facilidade". A alta cotação do preço do mel das abelhas nativas no mercado, segundo Fábia, que em média varia de R$ 15,00 a 50,00 o litro, aliada ao baixo investimento inicial e à facilidade em manter essas abelhas próximas das residências, servem de estímulo para novos criadores. No entanto, muitos produtores, em busca de enxames, acabam atuando como verdadeiros predadores, pois derrubam árvores para retirada das colônias e, nesse processo, muitas abelhas morrem devido à falta de cuidado durante o translado e ao manejo inadequado. Outra causa da morte das colônias é a criação de espécies não adaptadas à sua região natural. É relativamente comum que produtores iniciantes das regiões Sul e Sudeste do Brasil queiram criar abelhas nativas adaptadas às regiões Norte e Nordeste, e vice-versa. A falta de adaptação dessas abelhas às condições ambientais da região em que são colocadas acaba por matar as colônias, o que contribui para sua extinção.

Doce e saudável A criação de abelhas indígenas sem ferrão em cabaças, cortiços e caixas rústicas constitui uma atividade tradicional em quase todas as regiões do Brasil. Conhecida como meliponicultura, foi inicialmente desenvolvida pelos índios, e hoje, é praticada por pequenos e médios produtores. O mel destas espécies contém os nutrientes básicos necessários à saúde, como açúcares, proteínas,

vitaminas e gordura. Possui, também, uma elevada atividade antibacteriana e é tradicionalmente usado contra doenças pulmonares, resfriado, gripe, fraqueza e infecções de olhos em várias regiões do país. Waldemar Monteiro, conservacionista e membro do Departamento de Abelhas Indígenas da APACAME (Associação Paulista de Apicultores, Criadores de Abelhas Melificas Européias), afirma que para criar abelhas e mantê-las é preciso analisar as espécies de flores da região; anotar as épocas em que as floradas ocorrem, a presença de água potável e evitar correntes de ventos que possam prejudicar o vôo das abelhas. Árvores que produzem frutos grandes devem ser evitadas, tais como, mangueira, abacateiro, laranjeira e jaqueira. A queda deles poderá acarretar danos nas colméias. Segundo Waldemar, muitas abelhas são bastante mansas e se protegem para defender seus ninhos, construindo-os em locais de difícil acesso, e se recolhendo quando incomodadas. "Algumas espécies de abelhas nativas constroem seus ninhos dentro de formigueiros ou próximo do ninho de abelhas bastante agressivas, obtendo assim proteção para suas colméias".

Fauna e flora em harmonia As vantagens da criação e conservação das abelhas indígenas (nativas) não estão restritas ao mel e aos demais produtos de valor comercial. Elas exercem um papel importante na polinização das plantas. "Quando uma abelha penetra numa flor para sugar o néctar, os grãos de pólen aderem ao seu corpo e ao visitar, na seqüência, uma outra flor, o pólen colado no seu corpo é depositado no estigma, a parte feminina da segunda flor. Este processo, chamado polinização, é o que fertiliza a flor", explica a pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Fábia de Mello Pereira. Uma vez que não

possuem o ferrão, as abelhas nativas podem ser usadas com segurança na polinização de espécies vegetais cultivadas em ambiente fechado. Algumas culturas, a exemplo do pimentão, necessitam que, durante a coleta de alimento, a abelha exerça movimentos vibratórios em cima da flor para liberação do pólen. Também existem espécies de orquídeas e bromélias que são polinizadas exclusivamente por abelhas da espécie euglossini que, geralmente, apresentam cores metálicas, tendendo para o verde ou roxo. A extinção dessas espécies pode causar um problema ecológico de enormes proporções, uma vez que as mesmas são responsáveis, dependendo do bioma, pela polinização de 80 a 90% das plantas nativas no Brasil. Há, inclusive, muitos agricultores utilizando as abelhas sem ferrão na polinização de culturas agrícolas tais como urucum, chuchu, camu-camu, carambola, coco-da-bahia e manga.

Arquitetas naturais O ninho é um espetáculo à parte de arquitetura e organização. As abelhas nativas estabelecem as suas colônias no oco de árvores ou em galerias cavadas no solo e utilizam misturas de cera, própolis e barro como material de construção. Algumas espécies constroem ninhos em forma de túnel, revestindo as paredes com folhas ou pétalas, formando um compartimento cilíndrico no interior do qual depositam o mel e pólen que servirá de alimento para as suas larvas, desde a postura do ovo até o nascimento do inseto. Umas poucas espécies aceitam viver em colméias artificiais, que devem ser habilmente construídas para reproduzir as condições naturais a que o inseto está adaptado.

Peculiaridades e desafios científicos • muitas espécies produzem um mel de excelente qualidade - alguns dos quais, inclusive, a crença popular atribui qualidades terapêuticas;

• a criação de abelhas sem ferrão é muito fácil até na cidade. A docilidade da maioria das espécies e seu comportamento fascinante as tornam um excelente material lúdico para os adultos e um instrumento de educação ambiental para as crianças; • seu papel chave nos ecossistemas dificilmente é apreciado na sua plenitude. As abelhas campeiras, ao coletar o néctar e o pólen, visitam quase todo tipo de arbustos e árvores com flores, servindo assim de agentes polinizadores nas matas e plantações.

::Sistema Costa Norte

Criação de abelhas é tema de pesquisa na Ilha Grande

A criação de abelhas sem ferrão, conhecida como meliponicultura, é uma atividade de desenvolvimento sustentável que se tornou alvo de pesquisas no entorno do Parque Estadual da Ilha Grande, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Conduzida por especialistas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), a pesquisa recomenda a criação para fins ecológicos e produtivos – produção de frutos e sementes e venda de enxames e mel. Desenvolvida há quatro anos, a pesquisa passou por várias etapas, desde os estudos iniciais sobre as espécies de abelhas sem ferrão da Ilha Grande – que corriam risco devido à sua ocupação no meio urbano e a conseqüente destruição de suas colméias pela população – até as atividades de conscientização, educação ambiental junto à (mais…)

Embora as abelhas nativas não sejam maior do que uma mosca, são grandes provedores de mel. Uma vez encontrado a colméia os favos são devorados ansiosamente - cera, mel, pupas, abelhas mortas, formigas, tudo. O pau que é utilizado para cutucar os favos é jogado no fogo, e por esse simples ato os espíritos das abelhas voltam para o céu, o Paraíso dos Espíritos, onde ficam até Mayra, o Vento da Primavera, sopre vida dentro das flores novamente. Em seguida, as abelhas voltam ao Paraíso da Terra para recolher o mel e encher barrigas da humanidade.

Abelhas não acham que elas foram criadas apenas para o fornecer de alimentos para homens e mulheres. Suas vidas são devotadas ao recolhimento de mel e armazenamento para a próxima geração, e portanto os seus ninhos estão bem escondidos entre os galhos e troncos na de árvores. O povo aborígine têm vários métodos de descobrir onde estão escondidos os ninhos, mas talvez a mais engenhosa seja a maneira pela qual foi descoberto os irmãos Naberayingamma descobriram pela primeira vez.

Estes dois homens, os Numerji, viveram há muito tempo. Eles eram gigantes barbudos que participava de uma longa caminhada através do país. Eles nunca haviam visto as abelhas, até que foram até uma árvore bloodwood onde as pequenas criaturas estavam ativamente engajadas no seu trabalho. “Aqui está uma coisa maravilhosa”, disse o irmão mais novo. “Os insetos estão escavando mel das flores voando com ele. Pergunto-me onde estarão levando-o”.

“Nós vamos descobrir em breve”, disse o irmão mais velho. “Vou mostrar-lhe como descobrir seu ninho. Quando achamos que vai haver bastante para nós dois. Vá e corte um pau bifurcado e o traga para mim “. O irmão mais tinha aprendido a confiar na sagacidade do seu irmão. Enquanto ele estava procurando um ramo, ele encontrou uma folha que continha o casulo de uma aranha. Ele tirou a teia, e quando regressou ao seu irmão com o graveto, ele usou a teia para subir nos ramos da árvore. “Eu vou colocar pedaços de teia nas abelhas’, ele disse ao seu irmão. ‘Você será capaz de vêlas claramente agora. Veja para onde vão. “

Por algum tempo ele ficou ocupado pregando minúsculos fragmentos de teia da aranha nas abelhas que ele conseguia pegar. De repente o seu irmão voltou correndo.

“Eu as encontrei”, ele gritou, “Eles voam para uma árvore oca lá em baixo. Esse é o lugar onde o ninho deve estar. “

O Naberayingamma mais velho desceu, e juntos os irmãos foram para a árvore oca. Eles quebraram a casca com os seus porretes, cortaram fora os favos, e comeram vorazmente. Desde essa descoberta aborígines aprenderam a arte de pregar minúsculos pedaço de teias ou alguma outra peça de material fácil visualização para guia-los até as colméias. → Nenhum comentário. Categorias: austrália · contos · lendas Tagged: aborígenes, contos, lendas

Susanoo Jatai bees - Abelhas Jataí (Tetragonisca angustula)

In flight!! - Em vôo!!

Ter�a-feira, 08 de maio de 2007 - 12h31m Animais > Outros

Cria��o de abelhas nativas ajuda a preservar meio ambiente e ainda � fonte de renda

Boqueir�o do Le�o/RS Suas colmeias ocupam o interior de caules, os galhos mais altos ou até o subsolo. São centenas de espécies responsáveis por 90% da polinização das plantas brasileiras. As abelhas sem ferrão são nativas na América do Sul e em outros continentes, mas estão quase desaparecendo em função da destruição ambiental. Hoje, estão restritas a algumas áreas ou adaptando-se aos novos espaços, construindo seus ninhos em muros, por exemplo. Mas a situação, aos poucos, vai se invertendo pelo encantador processo de criação desses insetos, conhecidos no meio científico como meliponíneos.

Colmeias ocupam o interior de caules, os galhos mais altos ou até o subsolo Fotos: Divulgação No Vale do Taquari, cresce a cada dia o interesse de agricultores e moradores de áreas urbanas em criar as abelhas sem ferrão. Nas cidades, é comum encontrar as caixas que abrigam as famílias e quando se começa a conversar sobre elas, sempre aparecem mais interessados. A desinformação faz com que ainda seja usado um sistema bastante empírico, baseado na observação dos hábitos delas na natureza, mas que as poucos vai ganhando adeptos e pesquisadores.

As abelhas sem ferrão estão desaparecendo em função da destruição ambiental

O agrônomo da Emater/RS-Ascar Paulo Conrad explica que esse tipo de abelha sofreu muito com os impactos do desmatamento e do uso de agrotóxicos. “Elas são um hobby para os criadores, dão prazer ao criador e sua família e não oferecem nenhum risco de acidente com enxames por que elas têm o ferrão atrofiado”, destaca. Mesmo assim, cada espécie tem formas próprias para se defender. Algumas se enroscam no cabelo das pessoas, outras exalam odores que afastam os agressores e, ainda, há aquelas que usam a própolis para imobilizar invasores da colmeia. Mas a criação dos meliponíneos também tem vantagens econômicas. O mel é considerado medicinal por suas propriedades e tem um sabor diferenciado quando comparado ao produzido pelas abelhas africanas. Cada colheita pode resultar em até um quilo de mel, mas em geral fica em 600 a 700 gramas a cada seis meses. O criador pode ganhar dinheiro, ainda, com a venda de enxames, pelos quais pode se cobrar a partir de R$ 200 no caso de espécies mais comuns, como a jataí. Algumas mais raras podem sair por mais de R$ 500. Em 12 meses é possível triplicar o número de enxames ao realizar a divisão correta. Conrad aposta no uso das abelhas nativas para projetos paisagísticos como um filão a ser explorado. “Elas ficam muito bem em jardins, embelezando pelo seu movimento e polinizando as plantas, auxiliando na manutenção”, explica. Como criar O primeiro passo para iniciar a criação é capturar um enxame ou comprá-lo de criadores já estabelecidos. A captura das abelhas na natureza pode ocasionar a destruição dos ninhos pela dificuldade de retirada em função da localização. “Muitos estão no interior de caules ou no solo e é difícil localizá-los. O ideal é atrair as abelhas, sem mexer na família”, ensina o agrônomo da Emater/RS-Ascar. A maneira encontrada pelos criadores é colocar uma garrafa pet com uma pequena abertura na ponta ao lado do enxame. Aos poucos, as abelhas vão construindo uma nova morada e depois fica fácil transplantar para uma caixa.

Ninho das abelhas sem ferrão

Em geral, os criadores utilizam caixas de madeira com uma abertura pequena em uma

das extremidades para permitir a entrada e saída dos insetos. No entanto, o desconhecimento sobre os hábitos de cada espécie faz com os modelos de moradas não se adequem as exigências das abelhas. “Algumas formam famílias grandes, outras pequenas. Umas têm uma produção maior que outras, o que determinada o tipo de casa que vão construir”, diz Conrad. Caixa adequada é fundamental para o sucesso da criação Buscar a caixa adequada é essencial para o sucesso da criação. Foi o que fez o criador Valmir Züge, de Boqueirão do Leão, referência nacional sobre as abelhas sem ferrão. Em sua casa, possui mais de 30 espécies, muitas delas de outras regiões do Brasil. A temperatura interior da colmeia deve ficar entre 26ºC e 28ºC e por isso a espessura da madeira utilizada é fundamental. Além disso, o tamanho deve ser dimensionado a partir da quantidade de insetos das famílias de cada espécie e dos hábitos de construção da colmeia.

Valmir Züge, de Boqueirão do Leão, referência nacional sobre as abelhas sem ferrão

Züge desenvolveu um modelo de caixa específico para a espécie jataí, a mais comum na região, que facilita a divisão dos enxames e coleta do mel. Elas tem cerca de 30 centímetros de altura por 15 centímetros nas laterais e são divididas em três blocos iguais e independentes. Nos dois primeiros andares as abelhas constróem os ninhos para colocação dos ovos e as reservas de mel para alimentação. Na parte superior fica o mel excedente. “Assim, fica fácil fazer a colheita, pois basta retirar a parte superior e colocar uma nova, para que as abelhas recomecem a produção. A divisão do enxame também é facilitada, pois separa-se ao meio, sem interferir no funcionamento da família, que irá se organizar a partir do que restou”, descreve o criador. Outra criação de Züge são caixas com termostato para abelhas de outras regiões, principalmente do Nordeste. Elas necessitam de uma temperatura maior no interior da caixa para se manter em atividade e um sistema eletrônica mantém estável em 30ºC. Os detalhes das caixas podem ser acessados no site http://www.meliponario.com.br que o Züge mantém e que contém informações sobre as espécies e formas de criação.

As abelhas As colônias de abelhas sem ferrão têm uma organização semelhante às abelhas africanas, com uma rainha-mãe, operárias e machos, dependendo da condição geral da população. Os machos são encontrados quando há excedente de alimentos e presença de células reais, indicativo de que haverá fecundação de rainhas virgens. O ciclo de vida das abelhas fica em torno de 30 a 40 dias e cada uma tem uma função no ninho: limpeza, nutrição, construção, ventilação, guarda e coleta. Dentro dos ninhos, elas guardam mel e pólen em potes ovalados de cerume. Eles ficam localizados próximos aos favos de cria, dependendo do espaço disponível na colônia. Os favos de cria são normalmente dispostos em forma de discos empilhados, sendo que algumas espécies apresentam favos em forma espiral e em cachos. Várias espécies envolvem a área de cria com uma capa folheada de cerume (invólucro), para proteger larvas e abelhas mais jovens das variações da temperatura, informa o portal www.ambientebrasil.com.br. Leandro Brixius Fonte: Emater/RS-Ascar

Dos rios de mel, a abelha Iratim dá nome í cidade A Lestrimelitta limão apresenta diversas peculiaridades, como mel com aroma de limão, porém tóxico, polinização de florestas e pilhagem de outras colméias Irati - Ela é minúscula e parece inofensiva, não fosse o fato de, í primeira vista, lembrar aquelas abelhas que se enroscam no cabelo. A colméia é igualmente estranha, pois remete í estrutura de uma raiz e o cheiro do mel parece com o aroma de limão. A Lestrimelitta limão é a abelha que possui o mesmo nome da cidade que em 2007 faz 100 anos: Iratim. Em outros estados, é conhecida como arancim, iraxim, abelha limão, limão ou limão canudo. A Iratim distribui-se por todo o Brasil e não está ameaçada de extinção. í‰ uma abelha silvestre, ou seja, seu ambiente é a mata. “As melíponas são abelhas nativas que co-evoluíram com nossas florestas. Precisamos das meliponicultoras para conservar as matas e polinizar as plantas. Estas abelhas são responsáveis por mais de 90% da polinização das florestas”,

explica o técnico florestal Sérgio Adão Filipaki. Apesar do cheiro de limão, curiosamente, a Iratim não produz mel de qualidade e é considerado tóxico para o consumo humano. “Ela não é criada como produtora de mel. Quem tem ela em criatório é mais para conservação da espécie”, conta Sérgio. “Ela se distribui na natureza conforme a disponibilidade de alimento”, acrescenta. Outro aspecto interessante é o fato desta abelha fazer a pilhagem de colméias de outras espécies. “A Iratim se caracteriza por ser cleptoparasita, possui o hábito de saquear o alimento (néctar e pólen) de outras colí´nias de abelhas”, diz o estudo “Abelha Iratim (Lestrimelitta limao Smith: Apidae, Meliponinae), realmente é danosa í s populaçíµes de abelhas? Necessita ser eliminada?”, produzido pelos pesquisadores Weyder Cristiano Santana, Geusa Simone de Freitas, Ivan Paulo Aksatsu e Ademilson Espencer Egea Soares, do Departamento de Biologia e do Departamento de Genética da USP. Embora seu alimento esteja nas outras colméias, os pesquisadores concluíram através do estudo que a Iratim não constitui uma ameaça í s demais espécies. “Muitos ninhos foram atacados, mas não foram destruídos, indicando que estas abelhas não são prejudiciais como lhes é atribuído. Este argumento tem sido utilizado por meliponicultores que sistematicamente efetuam a extinção dos ninhos encontrados. L. limao (iratim) não destrói o ninho hospedeiro em condiçíµes naturais no primeiro ataque, mas quando este está muito fraco, ou seja, poucos indivíduos e cria, comum após o terceiro ou quarto ataque sucessivo, caso estas não se recuperem, as colí ´nias podem ser destruídas. O mesmo pode acontecer com abelhas criadas em caixas racionais, devido í falta de manejo adequado e ao estado geral da colí´nia não ser o ideal, semelhante a uma colí´nia em condição natural, pois a mesma está submetida í constante stress”, diz o artigo dos pesquisadores. Para atacar outras colí´nias, a Iratim utiliza feromí´nios e constrói uma lamela de cerume. O comportamento agressivo com as abelhas evita a

entrada das “donas da colméia”. As operárias da “abelha limão” dão continuidade ao ataque durante a noite. De manhã, outras operárias da invasora apoderam-se da colí´nia. Em condiçíµes naturais, é possível que a Iratim conviva com outras espécies. “A densidade dos ninhos de L. limao (iratim) está em equilíbrio com a população das outras abelhas. Não necessitando, assim, de serem exterminadas”, aponta o estudo dos pesquisadores da USP. A Iratim não é agressiva em comparação com abelhas de outra família, a Apis, da qual fazem parte as abelhas africanas e européias, que foram introduzidas no Brasil. “A Abelha Africana ficou conhecida por este aspecto ‘agressivo’ pelo fato de ter desenvolvido muito bem o sistema de defesa de sua colméia. Ela consegue inocular veneno com o ferrão. Por isso, quando você mexe com ela, a resposta é imediata. Por outro lado, as melíponas possuem o ferrão atrofiado. A defesa delas é enrolar no cabelo e, í s vezes, dão umas mordidinhas bem leves. Deixam também uma resina grudenta. Mas não conseguem inocular veneno”, explica Sérgio Filipaki. Outro dado interessante é o fato de a Iratim exalar um cheiro de capim-limão quando esmagada. A colméia irregular da abelha-limão possui a estrutura semelhante í de uma raiz. í‰ comum encontrá-la em troncos de árvores e suspensas em outras estruturas. “í€s vezes fica tão camuflada que fica até mesmo no chão”, diz o técnico florestal. Que o digam Pacífico de Souza Borges e Cipriano Francisco Ferraz que, ao chegarem í região, após abandonarem o rio Assunguizinho e adentrar a mata encontraram uma abelheira com três bocas, uma num tronco e duas no chão. O local, atualmente Vila São João, foi batizado de Irati, numa referência í s abelhas e hoje dá nome ao município que completa 100 anos de emancipação política. Texto e foto: João Quaquio, da Redação



Especial



Especial 100 Anos de Irati

Abelha Mirim !

aderido no escutelo

Figura 17: polinização por “pseudocópula” em Mormolyca ringens (Epidendroideae: Maxillariinae). A) Zangão de Nannotrigona testaceicornis tentando copular com a flor. B) Zangão de Scaptotrigona sp tentando copular com flor. C) Zangão de Nannotrigona com polinário aderido no escutelo.

Informações Gerais sobre a Espécie Existem no mundo cerca de 20 mil espécies de abelhas. A maioria delas não formam colônias e são conhecidas como abelhas solitárias. As que formam colônias são chamadas de "abelhas sociais". Destas, de 300 a 400 não possuem ferrão, e estão reunidas num grupo chamado Meliponíneos. As abelhas sem ferrão são também conhecidas como "abelhas indígenas" ou "abelhas nativas". As abelhas nativas constroem ninhos em locais protegidos, como ocos de árvores, ninhos (abandonados ou não) de aves, tijolos ocos... São responsáveis por 40 a 90% da polinização das árvores nativas. As abelhas constroem discos de cria que lembram cachos e armazenam mel e pólen em potes. Elas podem ser divididas em dois grupos: •

as meliponas: são abelhas grandes, que chegam a medir 1,5 cm. Usam barro e própolis para construir a entrada dos seus ninhos. As mais conhecidas são a Jupará (Melipona compressipes manaosensis), a Uruçu (Melipona scutellaris), a Uruçu-boca-de-renda (Melipona seminigra merrilae), a Uruçu-boi (Melipona



nebulosa), a Uruçú Mirim (Melipona cesiboi), a Jandaíra (Melipona fulva), a Nariz-de-anta (Melipona lateralis), a Beiço (Melipona eburnea), e a Mandaçaia (Melipona quadrifasciata); as trigonas: são abelhas pequenas, conhecidas como abelhas enrola-cabelo, canudo ou irapuá. A mais conhecida é a Canudo(Scaptotrigona sp). Como não têm ferrão, estas abelhas se defendem enrolando-se nos cabelos e pêlos, entram em ouvidos, nariz e olhos. A entrada de seus minhos tem formato de tubo e é construída com cera.

A meliponicultura é a criação de abelhas indígenas sem ferrão, permitindo a produção e comercialização de mel, pólen, própolis e cera. Estas abelhas tem grande importância para a polinização da flora e conseqüentemente a produção de frutos e sementes de qualidade, propiciando a conservação das espécies florísticas da região onde está sendo desenvolvida a criação, bem como, proporcionando ao homem o suprimento de alimento em quantidade e qualidade. O mel produzido pelas abelhas sem ferrão é muito utilizado na medicina nativa para o tratamento de diversas doenças, é um excelente complemento alimentar, além de ser uma oportunidade de geração de renda. topo Sobre criação e exploração de abelhas indígenas O principal regulamento para a criação de melíponas é a Resolução CONAMA Nº346, de 06 de julho de 2004, que disciplina a utilização das abelhas silvestres nativas, bem como a implantação de meliponários. O IBAMA, todavia, não regulamentou a Resolução e ainda se utiliza da sua Portaria N° 118-N de 15 de outubro de 1997, para licenciar os criadouros comerciais de animais silvestres. Existe uma proposta de portaria específica para a exploração de abelhas indígenas sem ferrão; porém, ainda não foi aprovada. A legalização das atividades (meliponários) pela antiga AFLORAM junto aos órgãos licenciadores, se deram a nível estadual, por meio do Núcleo de Fauna - NUFAS/RAN, da Superintendência do IBAMA em Manaus. topo Sobre beneficiamento do mel As normas aplicáveis aos entrepostos de beneficiamento do mel são editadas pelo MAPA - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que regulamentou a qualidade do mel em geral com a Instrução Normativa MAPA n° 11 de 20/10/00, pois não possui regulamentos específicos para o tratamento, inspeção e qualidade do mel de abelhas indígenas. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento também regulamenta os Programas de Controle de Resíduos e Contaminantes em Mel de Abelha com a Instrução Normativa MAPA n°09 de 30 de março de 2007. A Superintendência Federal da Agricultura no Amazonas (SFA/AM), ligados ao Serviço de Inspeção de Produtos Agropecuários (SIPAG) é o núcleo que fornece os atestados e as licenças para os entrepostos de beneficiamento de mel.

Desde abril de 2008, a Lei Estadual Ordinária nº 3245/2008 estabelece normas para a elaboração, sob a forma artesanal, de produtos comestíveis de origem animal e sua comercialização no Estado do Amazonas. A elaboração de mel ou de produtos oriundos de abelhas meliponíferas, sob a forma artesanal, será permitida exclusivamente aos produtores rurais que utilizarem matéria-prima de produção própria e/ou adquirida de terceiros, desde que a soma das duas não ultrapasse 4.000 (quatro mil) quilogramas por ano. Os produtos poderão ser comercializados em todo o Estado do Amazonas, cumpridos os requisitos desta lei. É importante ressaltar que esforços vem sendo feitos juntamente com parceiros de organizações não governamentais como o Amigos da Terra Amazônia Brasileira, na direção de formular padrões de qualidade para o mel de melíponas. topo Boas práticas de manejo O aproveitamento do mel pelas populações é uma prática tradicional que é feita extraindo-se dos ocos dos paus ou criando abelhas sem ferrão em cabaças, cortiços ou até mesmo nos locais onde elas fazem seus ninhos. Muitas vezes causando prejizos e gerando impactos, pois na hora de retirar o mel, as colméias são parcialmente destruídas e as abelhas têm muito trabalho para refazer suas moradias e produzir novamente. Isso prejudica a produção e pode até matar a colônia. Por isso é aconselhável criar abelhas de uma forma mais sustentável, em caixas racionais, facilitando assim o manejo das colméias. A metodologia utilizada para implantação da meliponicultura, consiste num processo de capacitação em serviço das pessoas interessadas, nas áreas identificadas com potencial de produção. Esta capacitação para a criação de abelhas indígenas foi estabelecida, segundo calendário, que compreende seis passos. São eles: •

1° Passo: corresponde a primeira visita para conversa com o grupo de produtores para identificação da potencialidade da área. Geralmente o encontro é de 4 dias, onde são tratados temas teóricos como: produtos das abelhas, construções, colméias, meliponários, montagem de meliponários, transferência de colônias, divisão de colônias e produção de mel; e ensaios e práticas de: inserção de melgueiras, divisão de colônias, extração do mel, produção de alimento artificial, prática de alimentação, elaboração de calendário de alimentação e recomendações gerais.





2° Passo: a segunda visita tem duração de seis dias, nos quais há exposições teóricas sobre meliponicultura, montagem de meliponário, transferência de colônias, preparação de xarope (alimentação complementar), práticas de alimentação, ensaios de divisão de colônias, ensaios de produção de mel, estabelecimento de calendário de alimentação. 3° Passo: corresponde a terceira visita, realizada dois meses após a 2ª visita, com duração de três dias para avaliação de colônias, avaliação das atividades desenvolvidas pelos meliponicultores, correção de possíveis falhas, reforço dos conceitos discutidos na 1ª visita. • 4° Passo: corresponde a quarta visita, realizada cinco meses após a 2ª visita, com duração de quatro dias para : avaliação de colônias, avaliação das atividades desenvolvidas pelos meliponicultores, divisão de colônias, prática de alimentação, estabelecimento de calendário de alimentação. • 5° Passo: corresponde a quinta visita, realizada oito meses após a 2ª visita, com duração de dois dias para : avaliação de colônias, avaliação das atividades desenvolvidas pelos meliponicultores, correção de possíveis falhas, reforço dos conceitos discutidos na 1ª visita. • 6° Passo: corresponde a sexta visita, realizada onze meses após a 2ª visita, com duração de três dias para : divisão de colônias, avaliação das atividades desenvolvidas pelos meliponicultores, estabelecimento de calendário de alimentação.

É importante contar com o acompanhamento técnico para definição do local onde será instalado o meliponário na comunidade para que o posicionamento e distanciamento das colônias seja o mais adequado para a espécie a ser criada, assim como na transferência dos ninhos de abelhas para colméias racionais. topo Produção e Beneficiamento As colméias destinadas a produzir não devem ser alimentadas artificialmente por, pelo menos, 60 dias antes da colheita. Melgueiras lotadas de potes fechados indicam que chegou a hora da colheita. Apenas o mel de potes fechados pode ser colhido.

Para fazer a coleta, é preciso abrir a tampa da caixa, retirar a melgueira e levá-la para um local limpo. Com a faca se faz um pequeno buraco no pote e com uma seringa ou uma bomba a vácuo retira-se o mel, que é colocado em uma vasilha limpa e esterilizada. Após ser lavada em água corrente, a melgueira com os potes vazios volta para a caixa. A higiene é fundamental para evitar que o mel se estrague. Algumas espécies armazenam água em potes. Essa água não deve ser misturada ao mel para não azedálo. É aconselhado não criar abelhas tais como: •





Irapoa (Trigona spinipes): essa espécie é prejudicial a algumas culturas, pois corta os botões florais de várias plantas principalmente os citrus, utilizando-se desse material para a construção do ninho; as abelhas limão (Lestrimellita) também conhecida como Iratim, que não possuem estruturas para a coleta de alimentos, sobrevivendo do saque às outras colônias; a Caga fogo (Oxytrigona tataira) que se defende liberando uma substância que em contato com a pele provoca sérias queimaduras (ácido fórmico).

Para uma boa produção é necessário selecionar as melhores colônias. É aconselhado não ter mais de 50 caixas num mesmo local. Geralmente, no primeiro ano, os criadores se dedicam a multiplicar suas colméias. Quando atingem um número suficiente de caixas, reservam uma parte para produzir, e outra parte para continuar o processo de multiplicação. topo Comercialização O mel de melíponas é mais fluida, devido ao maior teor de água, diferentemente do mel tradicionalmente encontrado no mercado. A pouca oferta do mel nativo, coloca o produto no mercado com valores que podem ultrapassar os R$ 30,00 reais por quilo. Pode-se coletar até três quilos de mel por colméia, dependendo da florada. Quando pequena, a criação serve para alimentar a família e o que sobra pode ser vendido na própria locadidade. Algumas experiências mostram que vale investir na organização dos produtores e em criatórios maiores, tanto para atender ao mercado quanto para oferecer preços melhores. Algumas associações de produtores criam marcas e embalagens especiais e buscam vender para outros mercados, em que o mel da Amazônia é mais valorizado. As associações participantes do Programa do Estadual dispõem da marca "Mel da Floresta" para comercialização de seus produtos. E, vêm realizando trabalhos no sentido de implementar padrões de produção de mel orgânico. A construção do entreposto de beneficiamento de mel em Boa Vista do Ramos permirá aos produtores colocarem no mercado 4 toneladas ano de mel nativo.

topo Experiências existentes •

ACAIÁ - Associação dos Criadores de Abelhas Indígenas da Amazônia Município : Boa Vista do Ramos Contato: Lucenildo Tel. : (92) 9117-6168/ 9143-6236 Email : [email protected]



Comunidades Menino Deus e Nossa Senhora do Perpetuo Socorro Município : Parintins Contato: Adilson da Costa Silva (da GRANAV, quem apoiou o processo junto as comunidades) Tel. : (92) 3533-1458 e (92) 9125-3546 Email : [email protected]; [email protected]

Nota: O Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea - ProVárzea/IBAMA, Subprojeto denominado "Abelhas e Polinização de Plantas da Várzea", desenvolvido pelo Grupo de Pesquisas em Abelhas (GPA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) ensina tecnologias de criação de abelhas para aproximadamente 30 comunidades do interior do Estado do Amazonas. topo Programa Estadual Atendendo as diretrizes do Programa Zona Franca Verde, surgiu o Programa Amazonas Florestal, criado pelo Governo Estadual, com objetivo de reunir dados técnicos e gerenciais relacionados à fauna e flora da região, impulsionar as potencialidades das comunidades do interior do Estado e os produtores, empreendedores, grupos tradicionais e indígenas do Amazonas. Este programa pretende diminuir o grau de desinformação acerca da temática ambiental e da legislação que a regulamenta, buscando oferecer maior estruturação e organização da produção, tendo em vista a geração de trabalho, renda, redução da pobreza e elevação do índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nas comunidades do interior do Estado. A principal diretriz do programa é a superação dos gargalos na organização, gestão e capacidade técnica dos processos produtivos. Nesse sentido, a Agência de Florestas e Negócios Sustentáveis do Amazonas (AFLORAM), criada em 2003 executou o Programa de Meliponicultura para o Estado do Amazonas, que é um conjunto de ações que visam o estabelecimento da criação e manejo de abelhas indígenas sem ferrão como uma atividade geradora de renda e bem estar social e ambiental na zona rural do Estado do Amazonas. Tem como principais objetivos : •





disseminar a meliponicultura contribuindo para a conservação do meio ambiente, geração de renda a médio e longo prazo e melhoria da qualidade de vida de produtores rurais envolvidos na meliponicultura; definir um processo produtivo que proporcione ao mel qualidade de higiene e pureza compatíveis com as exigências internacionais para produtos comestíveis; criar, para o mel do Amazonas, uma imagem que represente os aspectos ambientais e sociais proporcionado pela meliponicultura e as qualidades inerentes ao mel de meliponíneos.

As ações da AFLORAM estavam voltados ao: • • • • • • •

identificação de potenciais localidades para implantação do Programa de Meliponicultura; incentivo a produção de mel nas regiões com potencialidade para fortalecer a cadeia produtiva como um todo; capacitação e sensibilização sobre a meliponicultura; apoio a construção e ao gerenciamento da usina da unidade de beneficiamento; ação de recursos para melhoria do processo de secagem e armazenamento; apoio a comercialização; registro e patenteamento da marca "mel da Floresta" para ser utilizado pelos produtores.

A atuação da AFLORAM alcançou comunidades no interior localizadas, principalmente nos seguintes municípios: Boa Vista do Ramos, Maués, Manacapuru/Iranduba, Coari, Fonte Boa, Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Tabatinga (Alto Solimões), e Carauari. Foram identificadas localidades potencias nos municípios de Careiro da Várzea, Caapiranga e na região do Baixo Rio Negro. Atualmente este programa vem sendo executado pela Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) no que compete ao apoio a comercialização, pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuária e Florestal Sustentável do Amazonas (IDAM) no que se refere a assistência técnica e capacitação; e, pela Secretaria Executiva Adjunta de Floresta e Extrativismo (SEAFE/SDS) no que se refere a formulação de políticas voltadas para o setor juntamente com a SEPROR. topo Bibliografia Almeida C. Gisele et al: Criação de abelhas sem ferrão, Projeto Manejo dos Recursos Naturais da Várzea - ProVárzea/IBAMA, Brasília: Edições IBAMA, Iniciativas Promissoras n°2, 2005, 27p., 2.153Ko. Alves de O., Rogério M. et al: Desumidificação: uma alternativa para a conservação do mel de abelhas sem ferrão, Mensagem Doce, n° 91, Maio de 2007, 245Ko. Campos de Oliveira, Lúcio: A criação de abelhas indígenas sem ferrão, Conselho de Extensão - Universidade Federal de Viçosa, Informe Técnico, Ano 12, Número 67, 8p., 238Ko. Coletto-Silva Alexandre: Captura de Enxames de Abelhas Sem Ferrão (Hymenoptera, Apidae, Meliponinae) sem destruição de Árvores, Acta Amazônica, Vol 35(3), 2005, pp.383-388, 332Ko. Ferreira L., Erica et al: Avaliação sensorial de mel de abelhas indígenas de diferentes localidades do Brasil, Mensagem Doce n° 93, Setembro de 2007, 517Ko. Kerr Warwick et al: Aspectos pouco mencionados da biodiversidade amazônica, Parcerias estratégicas, n°12, Setembro 2001, 22p., 127Ko. Kerr Warwick et al: Abelha Uruçu: biologia, manejo e conservação, Belo Horizonte: Acangaú, 1996.

Kurihara, Leonardo P. e Cardoso, Thiago M.: Experiência de implantação da meliponicultura como componente agroecológico junto a comunidades ribeirinhas no baixo Rio Negro: resultados preliminares, Rev. Bras. de Agroecologia, Out. 2007, Vol 2 N°2, pp.472474, 299Ko. Machado Guiera Flavio: A assistência técnica e a extensão florestal no Estado do Amazonas - A experiência da Agência de Florestas do Amazonas - AFLORAM (janeiro de 2003 a maio de 2007), Projeto Floresta Viva - SDS, Manaus, junio de 2008, 143 páginas, 6 970 Ko. Ministério do Desenvolvimento Agrário: Cadeia Produtiva do Mel, Estudo Exploratório 13: Monitoramento da Conjuntura de Mercado das Principais Cadeias Produtivas Brasileiras, MDA - Secretaria da Agricultura Familiar/Deser, Curitiba, dezembro de 2005, 29 páginas, 493 Ko. Nogueira-Neto Paulo: Vida e Criação de Abelhas Indígenas Sem Ferrão, Urna Edição Nogueirapis, 1997, 447p., 5Mo. Paiva de Assis, Maria: Criação prática e racional de abelhas sem ferrão da Amazônia, INPA-SEBRAE/AM, 2001. Rosso L., Juan M.: Criação de Meliponíneos no Brasil, Universidad Nacional de Colombia, IB–USP, Setembro de 2001, 63 slides, 9Mo. Santos da Silva Julio C. e Nobre L. Vinicius: A meliponicultura como fator de ecodesenvolvimento na Área de Proteção Ambiental da ilha de Santa Rita, Alagoas, Revista de Biologia e Ciências da Terra, Volume 1, Número 3, 2001, 122Ko. Venturieri, Giorgio C.: Criação de abelhas indígenas sem ferrão, Embrapa, Belém, 2004. Website da Associação Paulista Criadores de Abelhas Melificas Européias -Apacame Website da rede de informações sobre biodiversidade brasileira em abelhas topo

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