Abc Da Analise Tecnica

  • Uploaded by: diegosa
  • 0
  • 0
  • May 2020
  • PDF

This document was uploaded by user and they confirmed that they have the permission to share it. If you are author or own the copyright of this book, please report to us by using this DMCA report form. Report DMCA


Overview

Download & View Abc Da Analise Tecnica as PDF for free.

More details

  • Words: 24,029
  • Pages: 105
O que é a Análise Fundamental? por Equipa PortaldeBolsa

A temática principal deste curso é a Análise Técnica, não fosse o título desta rúbrica "ABC da Análise Técnica". No entanto, para analisar o mercado de capitais e os títulos que o compõem, os analistas recorrem igualmente à AF (Análise Fundamental) para complementar o estudo da AT (Análise Técnica). E o que é a AF? A Análise Fundamental é o estudo da envolvente sócioeconômica e política, que envolve a empresa com o objetivo de determinar o valor da empresa. Assim, a AF envolve 3 passos básicos: 1. Estudo da economia 2. Estudo do setor de atividade em que a empresa está envolvida 3. Estudo dos ratios da empresa Comecemos por avaliar o primeiro ponto. Não há nenhuma empresa que possa dissociar a estratégia do negócio face à envolvente macro-econômica. A evolução da inflação, do índice do desemprego, das taxas de juro, do mercado cambial são indicadores que influenciam a atividade da empresa decisivamente. E note-se que não são apenas os indicadores do país onde a empresa se insere. Com a globalização, as empresa podem ser afetadas por indicadores de outros países que se encontram a milhares de quilômetros de distância da empresa e que até podem não ter qualquer relação direta com a empresa. Por exemplo: caso as taxas de juro aumentem, a cotação das empresas em bolsa tenderá a diminuir, pois o endividamento das empresas tenderá a aumentar. Essa é a reação típica do mercado de capitais. Segundo ponto: o sector de atividade. A empresa pode ser bem gerida, ter ótimos ratios mas se a envolvente no setor de atividade for negativa, o mercado de capitais geralmente reage e penaliza a empresa em Bolsa. Um exemplo: o setor da construção civil e obras públicas em Portugal está um pouco estagnado após o boom de obras que o país assistiu no seguimento da realização da Expo. Os concursos públicos diminuíram e consequentemente as empresas deste sector ressentem-se. Basta olhar, por exemplo, o caso da Mota & Companhia. Outro exemplo: a indústria tabaqueira nos Estados Unidos tem sido penalizada em Bolsa pela perspectivas de que os inúmeros processos em tribunal contra empresas do setor venham a provocar a atribuição de elevadas indenizações a pessoas que sofrem de cancer. Outro exemplo: analise-se a evolução das cotações das empresas do setor da Banca em Portugal. É perceptível que o início do processo de concentração acelerou os rumores, as OPAs, as contra-OPAs e as parcerias. Consequência imediata: alguns títulos tiveram valorizações muito grandes (o BANIF, por exemplo) sem que nada aparentemente o justificasse. Outro aspecto decisivo na avaliação fundamental de uma empresa é a análise dos seus ratios. Dois

dos indicadores mais estudados são o PER (Price Earning Ratio) e o EPS (Earning per Share). O primeiro é obtido dividindo a cotação do título pelo resultado líquido por ação, que é precisamente o EPS. Na análise fundamental é habitual comparar o PER da empresa com o PER de outras empresas do mesmo setor de atividade. A maior virtude da Análise Fundamental é que permite avaliar corretamente qualquer título no longo prazo. Habitualmente este tipo de análise premia os investidores pacientes que escolheram o setor de atividade ou a empresa através desta análise. No entanto, esta análise peca por muitas vezes estar defasada face aos valores atuais de mercado. Uma empresa pode ter excelentes ratios e por razões que têm a haver somente com o momento do mercado de capitais, podem ter uma cotação que difere bastante do valor que a AF antevê para o título em questão.

O que é a análise Técnica? por Equipa PortaldeBolsa

A Análise Técnica é a análise das cotações históricas tendo em vista prever as evoluções futuras das cotações de um título. A Análise Técnica parte de diversas premissas que passamos a analisar:

a. A cotação de um título desconta tudo: Charles Dow é considerado o pai da Análise Técnica. Por essa razão, muitas das teorias da análise técnica assentam-se na teoria de Dow. Talvez a mais importante seja a de que o mercado desconta tudo. Na prática, um analista técnico crê que a cotação presente de um título reflete toda a informação que se conhece acerca do mesmo. b. As variações das cotações não são aleatórias: a maior parte dos analistas técnicos crê que as cotações evoluem segundo tendências. No entanto, os analistas técnicos também concordam que podem existir períodos de tempo em que as cotações podem não seguir qualquer tendência definida. Ainda assim, a preocupação do analista é identificar corretamente a tendência de forma a investir corretamente. c. O analista preocupa-se com «QUANTO?» e não com o «PORQUÊ?»: o analista técnico não estuda a envolvente fundamental de uma empresa, mas sim o histórico das cotações e da tendência das mesmas. A sua preocupação não é saber porque é que as cotações subiram, mas sim identificar a subida antes que esta ocorra. A análise técnica parte de uma perspectiva generalista até chegar à análise da empresa. Assim, o analista deve iniciar o seu estudo pelo sector de mercado em que a empresa se insere para depois estudar a empresa propriamente dita. A análise deve partir da análise de longo prazo para depois analisar a evolução de curto prazo quer do setor de atividade quer da empresa propriamente dita. O analista tem basicamente uma ferramenta de análise que são os gráficos quer das cotações históricas quer de indicadores matemáticos calculados com base nos históricos de cotações. Vejamos os elementos básicos da análise:

Tendência (vide fig. abaixo): o objetivo primário é identificar a tendência de evolução da cotação. Numa linguagem mais simples, o objetivo é verificar se o título se encontra numa evolução de queda (bearish) ou numa evolução de subida (bullish)

Suporte: áreas de congestão abaixo da cotação presente de um título são áreas que podem marcar níveis de suporte para a cotação do título. Caso essa linha seja rompida, poderemos entrar numa zona bearish.

Linha de Resistência: áreas de congestão acima da cotação de um título definem níveis de resistência. Se a cotação romper essa linha de resistência podemos entrar numa zona bullish. Momento: o momento de uma empresa é geralmente calculado com base em osciladores como o MACD Pressão vendedora/compradora: para identificar se a pressão está do lado dos Bulls (Compradores) ou dos Bears (vendedores), o analista técnico socorre-se da análise do volume associado ao título. Tal como a análise fundamental, a análise técnica encerra vantagens e desvantagens. A maior vantagem é que o analista técnico só se concentra na cotação do título. Ora se a maior preocupação é prever a evolução futura da cotação, faz todo o sentido analisar a cotação histórica. Outra vantagem prende-se com a identificação de linhas de suporte e resistência que definem limites potenciais da evolução da cotação da empresa. Finalmente, a análise técnica é ótima para decidir o momento de entrada no mercado. A maior desvantagem da análise 100% técnica é que é esquecida por completo a análise fundamental. As cotações, além de serem influenciadas pela sua evolução passada, são igualmente afetadas pela envolvente de mercado em que se posicionam. Outra desvantagem é que a análise técnica geralmente não antecipa as inversões de tendência antes que elas ocorram. De fato, só após a tendência se ter começado a desenhar é que é geralmente detectada.

Os gráficos de Linha, Barras, Candlestick e Pontos por Equipa PortaldeBolsa

Como referido em artigos anteriores, a principal ferramenta da análise técnica são os gráficos de cotações. Por esta razão, e como suporte para os restantes artigos, iremos nesta lição desenvolver todos os conceitos em torno dos gráficos. Um gráfico de cotações é uma sequência de pontos definidos numa dada janela de amostragem, usando-se para isso uma base de tempo (timeframe). Cada gráfico tem dois eixos. No eixo X vem a escala do tempo e no eixo Y vem o valor das cotações.

A base de tempo (timeframe) utilizada pode variar de gráfico para gráfico dependendo da estratégia do analista. Pode ser utilizada uma base de tempo intraday, diária, semanal, mensal, trimestral ou anual. Quanto menor for a base de tempo, menor compressão terá a visualização do gráfico. Uma base de tempo diária utiliza para desenhar o gráfico um ponto por cada dia de sessão em Bolsa, enquanto que uma base de tempo semanal utiliza um ponto por cada 7 dias. Por exemplo, se num gráfico diário visualizarmos 100 pontos de informação, num gráfico semanal com o mesmo número de pontos iremos visualizar 5 meses (um ano corresponderá a grosso modo a 252 pontos) de cotações. Geralmente os analistas utilizam gráficos intraday (visualização da variação das cotações ao longo da sessão de bolsa) ou gráficos diários com o intuito de analisar a evolução de curto-prazo das cotações. Se quiserem analisar as tendências de médio/longo prazo de uma empresa deverão utilizar gráficos mensais ou anuais.

Basicamente há 4 tipos diferentes de gráficos: gráficos de linhas, de barras, candlesticks e gráficos de pontos e figuras que iremos analisar nos pontos seguintes: 1. Gráficos de linhas: O gráfico de linha é o gráfico mais simplista. O gráfico desenha-se unindo por uma linha cada ponto consecutivo desenhado no gráfico y-x. A coordenada no eixo Y será a cotação de fecho e a coordenada no eixo X será a data da sessão em que ocorreu a cotação. A grande vantagem destes gráficos é que a sua análise é bastante intuitiva.

2. Gráfico de barras O gráfico de barras já é um gráfico mais complexo. Para desenhá-lo são precisos 4 dados por data: a cotação de fecho, o valor máximo e mínimo do dia bem como a cotação na abertura. O máximo da sessão e o mínimo da sessão definem os extremos da linha definida por cada dia. A pequena linha horizontal para a direita define a cotação de fecho enquanto que a sua homóloga que aponta para a esquerda define o valor da abertura.

A grande vantagem deste tipo de gráfico face ao gráfico de linha é que oferece mais informação ainda que seja de leitura mais densa. 3. Gráfico Candlestick Este gráfico é proveniente do Japão e tornou-se muito popular na última década. Num gráfico candlestick são necessários os valores de fecho e abertura bem como o máximo e mínimo da sessão. A grande vantagem destes gráficos é que permitem uma leitura rápida da relação entre o preço de fecho e abertura. Se a candlestick for branca significa que o valor de fecho foi superior ao valor de abertura. Se a candlestick for preta é porque a cotação de fecho terminou abaixo do valor de abertura.

4. Gráfico de pontos O gráfico de pontos é um tipo de gráfico menos utilizado na Análise Técnica. A informação mais relevante que se retira deste gráfico é a visualização rápida das variações da cotação de um título ao longo do período de análise. Se a cotação sobe, então são desenhados os Xs cinzentos.

Se caem são desenhados Xs vermelhos.

As cotações e o volume por Equipa PortaldeBolsa

A análise das cotações de um título bem como o volume transacionado são os elementos chave na análise técnica. Por isso neste primeiro artigo iremos escrever um pequeno glossário de termos usados em Bolsa sobre as cotações e que serão utilizados em todos os outros artigos da secção “ABC da Análise Técnica”. Assim temos: Cotação de Abertura: esta é a cotação do primeiro negócio do dia realizado em Bolsa sobre o título em questão Máximo: este é o valor máximo que a cotação de um título atinge durante o período de uma sessão de Bolsa Mínimo: este é o valor máximo que a cotação de um título atinge durante o período de uma sessão de Bolsa Cotação de Fecho: esta é a cotação com que um dado título termina uma dada sessão de Bolsa. É este preço que é usualmente utilizado na Análise Técnica para avaliação das cotações Volume: é o número de ações transacionadas durante uma sessão de Bolsa. A relação entre este valor e o valor anterior são determinantes no estudo Técnico de um título. Preço de Compra: este é o preço que os compradores estão dispostos a pagar por um título Preço de Venda: este é o preço pelo que os vendedores estão dispostos a vender um título. Quando o preço de compra iguala o preço de venda há a transação de compra e venda em Bolsa. Toda a análise técnica é feita em torno destes valores chaves. No próximo artigo iremos começar a

aprofundar paulatinamente as relações chave entre estes valores.

O que é um suporte e uma resistência? por Equipa PortaldeBolsa

A cotação de um dado título depende essencialmente de um luta entre compradores e vendedores. Tal e qual como um qualquer mercado, o comprador tenta baixar o preço enquanto que o vendedor tenta puxar os preços para cima. Quando o comprador define um preço que ajuda o do vendedor, acontece a transação. Como ponto de referência, tomemos as cotações da Brisa. Sempre que este título chegou junto dos 8.7 Euros, os vendedores tomaram controle das cotações e impediram que o preço continuasse a subir. A cotação de 8.7 Euros é um nível de resistência, pois a cotação não conseguiu romper esse valor.

Analisemos o período de Julho a Agosto de 1998. Durante essas sessões de Bolsa a cotação esteve sempre acima do nível dos 7.72 euros. Nessa situação, a ação dos compradores fez-se sentir, o que evitou, que a cotação baixasse abaixo do nível de 7.72. Por esta razão, o nível dos 7.72 Euros é definido como sendo um valor suporte. Em resumo, num nível de suporte, os investidores presumem que as cotações evoluem sempre com valores acima desse valor. Isto pressupõe que a ação dos compradores será sempre mais forte que a dos investidores. No caso de um nível de resistência, o mercado estima que as cotações do título evoluirão sempre em valores abaixo desse valor. Assim, a ação dos vendedores, será sempre mais decisiva do que a dos compradores. No entanto, não se pode definir a identificação dos níveis de suporte e de resistência como uma fórmula mágica para identificar a evolução de um título. De fato, é habitual que, tanto um nível de suporte como um nível de resistência sejam rompidos. Nessa situação, o valor de 7.72 Euros era um valor de suporte. No entanto, no dia 30 de Setembro houve um rompimento desse nível. Na práctica isto significou que as expectativas do mercado apontavam para uma queda da cotação do título. Para que isto aconteça basta, por exemplo, que o mercado reaja à divulgação de uma notícia ou de um rumor!!! Quando ocorre o rompimento de uma resistência ou suporte, acontece muitas vezes que um nível de suporte se torna um nível de resistência. Essa situação corresponde à expectativa

bearish face à evolução de cotação. No extremo oposto temos a situação em que um nível de resistência se torna num nível de suporte. Tal circunstância ocorre numa situação em que está gerada um expectativa Bullish face à evolução da cotação do título. Com esta aula pretendeu-se que o investidor consiga identificar facilmente os seguintes termos técnicos: a) Suporte b) Resistência

O que é uma linha de tendência? por Equipa PortaldeBolsa

No artigo anterior foram examinadas as noções de resistência e suporte. Tão importante como estes dois conceitos é o conceito de tendência. A tendência define o percurso evolutivo quer de subida quer de descida que as cotações de um título estão a tomar ao longo de um período de tempo. Examinado a figura I, pode-se observar a linha de tendência ascendente do título BRISA PRIV. Na prática uma tendência ascendente pode ser definida por mínimos locais sucessivos no gráfico. Isto significa que apesar de a cotação do título poder subir e descer ao longo do tempo, numa observação mais detalhada o que se verifica é que os compradores tomaram conta do mercado provocando que a cotação do título vá subindo ao longo do tempo.

No caso de uma linha de tendência descendente, estamos na presença de uma variação bearish em que o mercado acredita que o título tem uma cotação superior ao valor de mercado. Isto significa que a cotação do título vai tendo mínimos locais sucessivos, pois os vendedores exercem a sua pressão na cotação do título. Como é que se traça esta linha? Há várias formas de o fazer dependendo antes de tudo do período temporal que se está a analisar. Observe o gráfico II. Nele podemos observar que o traçado da linha de tendência de curto-prazo é uma linha ascendente a azul. Se tomarmos um período de tempo mais dilatado, já se pode traçar uma linha de tendência completamente diferente que corresponde a uma linha de tendência de longo-prazo descendente. O traçado da linha tem assim que levar em conta o tipo de análise pretendida em termos de período temporal.

Em termos do traçado propriamente dito, o objetivo é unir o máximo número de pontos correspondentes a máximos locais (linha de tendência descendente) ou o máximo número de pontos correspondentes a mínimos locais (linha de tendência ascendente). Quantos mais pontos do gráfico da evolução da cotação fizerem parte da linha, mais credível será a linha de tendência. Na prática significa quem uma linha que cruza três pontos de máximo (mínimo) do gráfico é mais credível que uma linha que cruza apenas dois pontos de máximo (mínimo). Um outro aspecto importante na análise gráfica das linhas de tendência prende-se com a penetração de uma linha de tendência (gráfico III). Para averiguar se a penetração de uma linha de tendência descendente significa que a cotação vai passar a evoluir segundo uma tendência ascendente é importante avaliar o volume transacionado. Por exemplo, se uma linha de tendência descendente for penetrada com um volume elevado, é provável que a cotação do título passe a subir. Se o volume for fraco, podemos estar na presença de um falso sinal provocado pelos compradores do título. No caso do gráfico III o que se verificou foi o rompimento da linha de tendência ascendente acompanhado por um forte aumento do volume transacionado. No seguimento desse rompimento verificou-se que a inversão da tendência era um sinal real e não um falso sinal.

O que é uma média móvel? por Equipa PortaldeBolsa

A média móvel é um dos indicadores de tendência mais antigos utilizados na análise técnica. Este indicador é na prática uma média das cotações dos últimos n dias. Há basicamente cinco tipos de médias móveis: exponencial, simples, triangular, variável e pesada. Estas médias móveis podem ser aplicadas sobre qualquer valor do título, desde o volume, passando pelo preço de fecho ou pelo valor de abertura.

Para o cálculo de uma média móvel simples de 25 dias basta somar as cotações do título dos últimos 25 dias e dividir por 25. Para traçar o gráfico tem-se que executar este procedimento para cada um dos dias do gráfico a visualizar. Obviamente que para obter a média móvel de n dias para um determinado dia terá que haver obrigatoriamente cotações nos n dias anteriores. E isso pode nem sempre acontecer como no caso de entrada em Bolsa de um novo título. Mas qual deve ser a média móvel a utilizar? Essa resposta depende basicamente do tipo de peso que se pretende dar às cotações. No caso de uma média móvel simples, todas as cotações do título têm o mesmo peso ao longo do tempo. No caso da triangular, é dado mais peso às cotações que estão a meio do período de análise. No caso da exponencial é dado mais peso às cotações mais recentes. Por norma, é utilizada a média móvel exponencial que produz melhores resultados na maior parte das situações. Outra questão pertinente no cálculo de uma média móvel exponencial é a determinação do número de dias a se utilizar no respectivo cálculo. Essa questão prende-se única e exclusivamente ao tipo de análise pretendida. Para isso analise-se a seguinte tabela:

Tendência Muito curto-prazo Curto-prazo Médio-prazo Longo-prazo

N dias 5 a 13 dias 14 a 25 dias 50 a 100 dias 100 a 200 dias

Para efetuar análises de médio-prazo geralmente utiliza-se a média móvel de 50 dias enquanto que para análises de longo prazo utiliza-se a média móvel de 200 dias. Tanto o valor 50 quanto o valor 200 (39 semanas) são valores empíricos que resultam da experiência acumulada que prova que produzem melhores resultados.

Por último importa analisar a questão mais importante: como é que se interpreta este indicador? Tipicamente numa análise de médio-prazo traça-se o gráfico das cotações juntamente com o gráfico da média móvel exponencial de 50 dias. Sempre que a MME cruze a linha de cotações para um valor superior é despoletado um sinal de compra. Sempre que a MME cruze a linha de cotações para um valor inferior está dado um sinal de venda. Esta análise simplista coloca-nos sempre do lado correto da tendência do mercado. No entanto este indicador não tem valor preditivo acerca da tendência, pois que a reação é sempre mais lenta do que outros indicadores. Assim a recomendação quer de compra ou venda pode ser sempre tardia. Por isso nos próximos artigos iremos nos debruçar sobre outros tipos de indicadores.

Indicador MACD por Equipa PortaldeBolsa

O indicador MACD (Média Móvel Divergente/Convergente) é um indicador de tendência que mostra a relação entre duas médias móveis. É calculado subtraindo à média móvel exponencial de 26 dias a média móvel exponencial de 12 dias. O gráfico que daí se obtém é comparado com o gráfico da média móvel exponencial de 9 dias denominada de linha de sinal ou trigger que geralmente é uma gráfico a picotado. Como é que se interpreta a relação entre estes dois gráficos?

Há três tipos distintos de interpretação gráfica do MACD: Intersecções dos gráficos: uma regra do MACD é vender sempre que o seu gráfico passe para baixo do gráfico da sua linha de trigger. Da mesma forma, um sinal de compra é emitido sempre que o seu gráfico passa para cima da sua linha de triger.

Zonas de OverBought/Oversold: quando o valor do MACD aumenta (na prática isto significa que o valor da média móvel exponencial de mais curto prazo diminui face ao valor da média de 26 dias), é provável que a cotação do título esteja oversold. Como consequência poderá haver uma queda na sua cotação pelo que é dado um sinal de venda. Divergências: outra interpretação valiosa retirada do MACD é a detecção do fim de uma tendência. Sempre que a evolução gráfica do MACD de um título diverge da evolução gráfica das suas cotações, então está detectada uma divergência. Se o MACD está a atingir mínimos sucessivos e a sua cotação não, estamos perante uma divergência Bearish, sendo provável que as cotações venham a cair. Se o MACD está a atingir máximos sucessivos enquanto a sua cotação não atinge novos máximos, estamos perante uma divergência Bullish sendo provável que a cotação do título venha a subir. Note-se que o MACD não é um indicador que antecipa mudanças no mercado. O MACD é na realidade um indicador que segue a tendência do mercado.

Linha S/D por Equipa PortaldeBolsa

A linha Subida/Descida é um indicador extremamente básico, mas ao mesmo tempo bastante útil para medir o pulsar de qualquer mercado de capitais. Sempre que há mais empresas a valorizarem-se do que a se desvalorizarem a linha S/D sobre. Quando acontece o contrário, a linha desce. A interpretação gráfica do indicador é bastante simples: sempre que a linha S/D esteja a subir, o mercado está bullish. Sempre que a linha esteja a descer, o mercado está a caír. Outro tipo de interpretação gráfica que podemos retirar da observação da linha são as divergências entre o comportamento da

mesma e um dado índice. Se por acaso a linha S/D estiver a descer e um dado índice do mercado (por exemplo, o PSI20) estiver a testar novos máximos, é provável que venha a ocorrer uma correção no índice e por consequência no mercado. Como exemplo observe-se o gráfico da figura 1 onde está o gráfico da linha S/D e o gráfico do Dow Jones. Note-se que o Dow Jones esteve durante um ano a testar novos máximos enquanto que a linha S/D não conseguia atingir novos máximos. Estávamos perante uma divergência que veio a culminar no famoso crash de 1987.

Em termos de cálculo, o valor da linha S/D por dia é calculado subtraíndo o número de ações que subiram de cotação durante a sessão do número de títulos que se desvalorizaram. A essa subtração é somado um valor cumulativo. Tome-se como exemplo a seguinte tabela meramente exemplificativa para perceber o cálculo:

Data Subidas Descidas Valor cumulativo 4-20-2000 10 60 -50 4-21-2000 15 55 -40 4-22-2000 3 67 -64 4-23-2000 12 58 -46

S/D -50 -90 -154 -200

Note-se que neste caso a tendência da linha S/D é de descida pronunciada que vai de encontro à queda a que o mercado assistia.

RSI - Relative Strength Index por Equipa PortaldeBolsa

O RSI é um oscilador que foi criado por Welles Wilder em Junho de 1978. Este oscilador é muito popular entre os analistas técnicos devido aos seus bons resultados. Em termos de cálculo, a fórmula é bastante simples ainda que a sua interpretação possa ser um pouco mais complicada: RSI = 100 - (100/(1+U/D)) U = média das cotações dos últimos N dias em que a cotação subiu D = média das cotações dos últimos N dias em que a cotação desceu O criador deste indicador recomendou o cálculo de um RSI de 14 dias, mas é habitual calcular um RSI de 9 ou 25 dias. Se por exemplo quisermos calcular um RSI de 14 dias teremos de seguir os seguintes passos: a. Somar todas as cotações dos últimos 14 dias em que houve subida da cotação. Dividir o valor obtido por 14. Está obtido o U b. Somar todas as cotações dos últimos 14 dias em que houve descida da cotação. Dividir o valor obtido por 14. Está obtido o D c. Aplique a fórmula acima indicada e obteve o valor do RSI para uma determinada data d. Repita os passos a, b e c para um número suficiente de datas até poder ter um gráfico com um número suficiente de pontos. e. Trace e analise o gráfico O valor do RSI pode variar entre 0 e 100. Sempre que o seu valor esteja acima de 70, o RSI entrou na zona de OverBought. Sempre que caia abaixo dos 30 pontos, caiu na zona de OverSold. Note-se que alguns traders preferem definir a zona de overbought acima dos 80 e a zona de oversold acima dos 20 pelos melhores resultados que daí poderão advir. Caberá a cada analista definir esses pontos em função dos resultados obtidos. Esses valores serão ajustados título a título, novamente em função dos resultados obtidos. Há basicamente 3 análises que se pode retirar da observação gráfica do RSI: 1. Uma das interpretações mais simplistas que se pode retirar de um gráfico do RSI é o que concerne à saída de uma zona de oversold/overbought. Sempre que o RSI caia abaixo dos 70 pontos depois de ter estado na zona de OverBought, é gerado um sinal de venda do título. Sempre que o RSI sai de uma zona de Oversold, isto é, seu valor passa a estar acima dos 30 é dada uma indicação de compra do título. O gráfico abaixo exemplifica exatamente essa situação. A meio de Agosto de 1999 é dado um sinal de compra de Sonae SGPS enquanto que em Setembro é dado um sinal de venda. Outro aspecto importante é que esta interpretação não pode ser dogmática e deve ser corroborada por outros indicadores. Repare que no final de Novembro é dado um sinal de venda que poderia ter induzido erro ao analista já que a cotação continuou a subir até Março.

2. Outra interpretação gráfica que se pode retirar do RSI são as divergências. É neste ponto que talvez se encontre a maior virtude deste oscilador. Sempre que a cotação atinja novos máximos e o gráfico do RSI esteja a cair, é provável que a cotação do título corrija através da queda. Raciocínio análogo pode ser feito para os mínimos. Sempre que a cotação teste

novos mínimos e o gráfico do RSI não acompanhe, é muito provável que a cotação do título suba. 3. Suportes e resistências: o gráfico do RSI é também excelente para traçar linhas de resistência/suporte/tendência da mesma forma que são traçadas num gráfico de cotações.

O Indicador Estocástico por Equipa PortaldeBolsa

É importante sob o ponto de vista técnico determinar qual a relação entre a cotação de um título e o intervalo de cotações onde esse título se manteve nos últimos N dias. A importância desta análise reside na tendência que as cotações têm em fechar perto quer do máximo do intervalo quer do valor mínimo, no caso de uma subida de cotação ou descida respectivamente. No caso de uma tendência de descida de cotação, o preço tende a bater no limite mínimo do intervalo para depois inverter a tendência e começar a subir afastando-se do valor mínimo do intervalo. Raciocínio análogo pode ser feito para uma tendência de subida de cotação. Em termos gráficos, o indicador estocástico é representado por duas linhas. A linha principal denomina-se de %KD. A segunda linha que é usualmente impressa a tracejado, denominada %D e é uma média móvel da linha %K.

Em termos de cálculo, o indicador tem quatro variáveis de suporte: Número de períodos do %K: número de períodos de análise do indicador Número de períodos de abrandamento do %K: Número de períodos do %D: número de períodos a utilizar para o cálculo da média móvel do %K Tipo de média móvel do %D: este parâmetro define que tipo de média móvel (Exponencial, simples, triangular ou outra) a utilizar no cálculo do %D Suponha-se que no período de análise, a cotação do título em análise variou entre MÁXIMO e MÍNIMO ([MÍNIMO;MÁXIMO]). A fórmula do cálculo do %K para um determinado dia é então a seguinte:

%K = (cotação de fecho - MÍNIMO)/(MÁXIMO - MÍNIMO) * 100 Como exemplo tome-se como referência um título X que variou nos últimos 10 dias entre os 4 Euros e os 6 Euros. Suponha-se que a cotação de fecho hoje foi de 5 Euros. Então o valor de %K seria o seguinte: (5 -4)/(6 - 4) * 100 = 50% O valor de 50% significa que o valor de fecho hoje se encontra a meio entre o intervalo de variação do título nos últimos 10 dias que estava situado no intervalo [4;6]. Por exemplo, se a cotação de fecho hoje fosse de 4.5 Euros, então o %K valeria: (4.5 - 4)/(6-4) = 0.25% É fácil perceber que o %K variará entre os 0% e os 100%. Se valer 0% quer dizer que a cotação de fecho é igual ao mínimo valor da cotação nos últimos n períodos. Se valer 100%, quer dizer que a cotação de fecho bateu no máximo dos últimos n períodos. O número de períodos de abrandamento utilizado no cálculo foi de 1. Após o cálculo do %K, tem-se que calcular a média móvel do %K que nos dará o %D. Há várias interpretações a retirar da comparação entre as linhas %K e %D e que são as seguintes: a. Um sinal de compra é gerado quando a linha %K ou a linha %D desce abaixo dos 20% para depois subir acima dos 20%. Um sinal de venda é gerado quando a linha %K ou a linha %D sobe acima dos 80% para depois descer abaixo desse nível

b. Um sinal de compra é gerado no momento em que a linha %K sobe acima da linha %D. Um sinal de venda é gerado quando a linha %K desce abaixo da linha %D c. Divergências: tal como no indicador RSI, um dos sinais mais fortes dados por este indicador é dado pela divergência que exista entre a cotação de fecho e o indicador. Assim, se a cotação do título continuar a testar novos máximos e a linha %K tem máximos relativos cada vez menores, é provável que a tendência de subida do título se inverta o que pode sugerir que se venda o título em questão. Raciocínio análogo pode ser aplicado às quedas.

StochRSI por Equipa PortaldeBolsa

Desenvolvido por Tushard Chande e por Stanley Kroll, o StochRSI é um oscilador que mede o nível do RSI relativamente ao seu "range" durante um determinado período de tempo. O indicador usa o RSI como base e aplica-lhe a fórmula dos indicadores estocásticos. O resultado é um oscilador que varia entre 0 e 1. De acordo com estes dois autores, o RSI pode situar-se abaixo de 20/30 e acima de 70/80 durante largos períodos de tempo sem se encontrar em situação "oversold"/"overbought". Assim, para aumentarem a sensibilidade na forma que como o RSI fica "overbought" ou "oversold" foi criado o StochRSI. Tal como sabemos, o RSI é um oscilador de "momentum" que comprara magnitude dos ganhos, com a magnitude das perdas em determinado título, durante um certo período de tempo. Os indicadores estocásticos são também osciladores de "momentum", mas que comparam o preço de fecho relativamente aos preços máximos e mínimos de um determinado período de tempo. As fórmulas dos indicadores são as seguintes: RSI = 100 - (100/((1+ ganhos totais/n)/(perdas totais/n)) Estocástico: %K = 100 x ((Preço de fecho mais recente - mínimo (n))/ (Máximo (n) - Mínimo (n)) %D = média móvel simples de 3 períodos do %D StochRSI = (RSI (n) - Mínimo do RSI (n))/(Máximo do RSI (n) - Mínimo do RSI (n))) Das fórmula acima, podemos verificar que o StochRSI é o estocástico aplicado ao RSI, ou seja, é um indicador do RSI e não do preço. No entanto, tal fato não impede o indicador de dar sinais válidos para entrar no mercado. Quando o RSI estabelece um novo mínimo para um determinado número de períodos, o StochRSI terá um valor de 0 e quando faz um novo

máximo, assumirá o valor 100. Uma leitura de 0.20 significará que o atual RSI está 20% acima do valor mais baixo do período ou 80% abaixo do valor mais elevado do período. Um valor de 0.80 significa que o atual RSI está 80% acima do nível mais baixo do período ou 20% abaixo do nível mais elevado. Existem vários tipos de sinais: "Crossovers overbought e oversold": Se uma tendência de alta está claramente identificada em determinado ativo, então um sinal de compra seria gerado quando o "StochRSI" avança de "oversold" (abaixo de 0.20) para cima de 0.20. Analogamente, se um "downtrend" está perfeitamente identificado, então um sinal de compra seria gerado quando o StochRSI cai para baixo da zona "overbought", ou seja, desce de 0.80. "Crossovers" da linha central: alguns traders procuram por cortes da linha 0.50 (a linha central) para confirmar os sinais e reduzir o perigo de inversões. Uma subida de uma zona oversold para cima de 0.50 constituiria um sinal de compra que não seria anulado quando passasse para baixo de 0.50. Analogamente, uma quebra de uma zona "overbought" para baixo de 0.50 constituiria um sinal de venda, que apenas seria anulado quando este subisse para cima de 0.50. Divergências positivas e negativas: Uma divergência positiva seguida de uma ascensão acima de 0.20 constituiria um sinal de compra e uma divergência negativa seguida de um declíneo abaixo de 0.80 funcionaria como um sinal de venda. Falhas: Caso se assista ao despoletar de sinais que falham (o valor desce de 0.80, mas passado um dia volta a subir, por exemplo) os autores dos indicadores aconselham ao encerramento de posições. Forte tendência: Tal como em diversos osciladores, o StochRSI pode ficar "overbought" (ou "oversold") e permanecer nesse estado durante muito tempo. Uma subida para cima de 0.80 pode indicar que o título está "overbought", mas também pode querer dizer que o título segue uma clara tendência de alta. O mesmo raciocínio pode aplicar-se a títulos "oversold". Exemplo

No exemplo acima, a acão fez um pico em Junho de 1999 e entrou posteriormente num claro "downtrend". De acordo com os seus autores, o StochRSI seria o indicador mais apropriado para tomar decisões de venda, dadas as condições. Cada vez que o StochRSI sobe acima de 0.80, uma situação "overbought" ocorreria. Quando um indicador desce do seu nível "overbought" (cai para baixo de 0.80), um sinal de venda seria dado. Entre Março e Junho, o indicador despoletou 4 sinais de venda; cerca de um por mês. O sinal de venda de Julho não foi reconhecido porque houve uma possível mudança na tendência. À medida que o título foi fazendo novos mínimos, o "downtrend" permaneceu intacto. Um mínimo maior no fim de Junho foi seguido por um máximo maior em Julho o que questionou a força e a validade do "downtrend". Quando o máximo maior tomou lugar, o sinal do StochRSI poderia requerer ajustamentos para proteção contra inversões. Tentar comprar o título em subidas acima de níveis "oversold" provaria ser uma estratégia errada. Houve retrocessos em Março e Maio que resultariam em algumas más compras. Esta instabilidade na zona por volta de 0.20 poderia ter levado ao despoletar de sinais de encerramento de posições curtas de forma prematura. Quando uma ação está em tendência de quebra, é, por vezes, prudente subir o nível do sinal de forma a obter sinais de compra (ou encerramento de posições curtas) mais fiáveis. Neste caso, um "trader" poderia ter considerado que o sinal de compra (ou fecho de posição) apenas se daria caso o StochRSI subisse acima de 0.50. Este procedimento eliminaria os falsos sinais de Março e Maio. Conclusão

É importante lembrar que o StochRSI é um indicador de outro indicador. A sua função é prever novos extremos no RSI antes mesmo desse indicador atingir esses valores. Como é um indicador de outro indicador é ainda mais afastado do preço e, portanto, muito sensível, sendo por isso propenso a falsos sinais, especialmente se for utilizado incorretamente. Tal como noutros indicadores, o StochRSI deveria ser usado conjuntamente com outros indicadores.

As Bandas de Bollinger por Equipa PortaldeBolsa

Um dos comentários que se ouve frequentemente no mercado é que as cotações hoje em dia são mais voláteis do que há uns anos atrás. O que é que a volatilidade significa na prática? Sempre que as cotações de um dado título tenham variações bastante pronunciadas num período de tempo relativamente curto, pode-se afirmar que o título é muito volátil. Exemplos na praça de Lisboa não faltam para exemplificar a volatilidade, senão atente-se: a. Sumolis: após rumores que davam conta de uma OPA sobre o capital da Sumolis, a cotação deste título subiu dos 7.5 Euros aos 22.5 Euros em poucos dias. Tão rápida quanto a subida, foi a descida até perto dos 12 Euros. b. PT Multimedia: partindo de um preço base de 27 Euros após o IPO, a PT Multimedia em vagas sucessivas de histeria subiu até perto dos 150 Euros. Em pouco mais de um mês, a sua cotação caíu para níveis em torno dos 55 Euros. Em termos de análise técnica, o indicador que mede a volatilidade de um título são as Bandas de Bollinger que foram desenvolvidas por John Bollinger da Bollinger Capital. Atente-se ao seguinte gráfico onde estão desenhadas das bandas de Bollinger:

As Bandas de Bollinger são de fato 3 linhas ou envolventes. A banda central é na realidade uma média móvel das cotações do título nos últimos n dias. Depois temos ainda a banda superior e a banda inferior que são calculadas em função do desvio padrão relativamente à média móvel, ou banda central. Em termos de cálculo, temos as seguintes fórmulas: Banda Superior = Banda Central + D * Sqrt( sum(cotação - banda central)^2/N) Banda Superior = Banda Central - D * Sqrt( sum(cotação - banda central)^2/N) (N = número de dias de cálculo da média móvel) (Sqrt = raíz quadrada) (Sum = somatório) (D = número de desvios padrões) Em termos de interpretação, as bandas de Bollinger podem ser interpretadas graficamente da seguinte forma: 1. Uma variação de cotação que comece numa banda tende a deslocar a cotação do título para a outra banda 2. Quando as cotações de um título saem fora quer da banda superior quer da banda inferior, tendem a voltar para dentro das bandas. Tal significa que se a cotação de um título estiver acima da banda superior, continuará aí apenas temporariamente até surgir um movimento de queda das cotações que reporá as cotações para dentro das bandas 3. As maiores variações da cotação de um título tendem a surgir quando as bandas superiores e inferiores se encontram mais próximas. Esse período de tempo é geralmente um período de consolidação das cotações (ex:ZONA 2) que deverá ser seguido por um período de tempo de maior volatilidade em que as bandas tenderão a afastar-se (ex:ZONA 1)

Formações - Introdução por Equipa PortaldeBolsa

Existem dezenas de milhares de participantes do mercado que compram e vendem ativos financeiros por diversas razões: expectativa de ganho, medo de incorrer em perdas, motivos fiscais,

cobertura de risco, "stop-loss", "price-targets", análise fundamental, análise técnica, recomendações de casas de corretagem e financeiras... Tentar perceber as razões porque os participantes compram e vendem ativos pode ser um processo assustador. As chamadas formações ("chart patterns") colocam a compra e a venda em perspectiva ao consolidarem as forças da procura e da oferta num quadro conciso. Ainda mais importante é a ajuda que, em conjunto com a análise técnica, as formações dão na identificação do vencedor da batalha entre os "bulls" e os "bears". A análise de formações pode ser usada para a realização de previsões de curto e de longo prazo, podendo a informação ser "intraday", diária, semanal e mensal, sendo que os padrões podem tomar lugar apenas um dia, ou até vários anos.

Muito do conhecimento da identificação e análise de formações data de 1932, quando Richard Schabacker escreveu "Technical Analysis and Stock Market Profits", o livro que serviu de base para a análise moderna de formações. Em "Technical Analysis of Stock Trends", Edwards e Magee consideram que a maior parte dos conceitos do seu livro se baseia nos do já citado. A análise de padrões pode parecer acessível, mas não é, de todo, uma tarefa simples. Schabacker afirma: "A ciência da leitura de gráficos não é, no entanto, tão fácil como a mera memorização de certas formações e recordar o que normalmente se prevê quando estas acontecem. Qualquer gráfico de ações é uma combinação de inúmeras formações e a sua análise cuidada depende de estudo constante, experiência e conhecimentos de indicadores tanto técnicos como fundamentais e, acima de tudo, habilidade para pesar indicadores que dão sinais contrários, de forma a ter uma perspectiva global dos seus pormenores assim como no reconhecimento de qualquer fórmula." Apesar de Schabacker se referir à "ciência da leitura de gráficos", a análise técnica é mais arte do que ciência. Adicionalmente, o reconhecimento de formações pode ser aberto a interpretações subjetivas e que podem estar sujeitas a diferentes pontos de vista. Para evitar conclusões errôneas deve-se confirmar o "output" da formação identificada com outros indicadores técnicos, de forma que chegar a uma conclusão coerente. Nunca existem duas formações exatamente idênticas, apesar da sua natureza poder ser similar. "Breakouts" falsos, leituras enviesadas e exceções à regra fazem parte da educação. Estudo constante e cuidadoso é o necessário para que uma análise de um gráfico seja bem sucedida. Na tabela acima, o ativo quebrou a resistência de uma inversão "head and shoulders" (cabeça e ombros). Apesar de a tendência ser agora "bearish", a análise deve continuar a confirmar

essa tendência.

Alguns analistas podem ter classificado o gráfico acima como uma formação "head and shoulders" com a "neckline" (linha de pescoço por volta de 17.50. Se esta análise é robusta permanece aberto a debate . Apesar de o ativo ter quebrado esse suporte, os "pull backs" foram constantes. Esta "recusa" poderia ter sido interpretada como um sinal de força e justificado uma reavaliação da formação presente. Os dois grupos dominantes As duas premissas básicas da análise técnica são: - os preços seguem tendências; - a história repete-se. Uma tendência de alta indica que os "bulls" e portanto a procura controla, e uma tendência de baixa é sinônimo de que as forças da oferta ("bears") prevalecem. No entanto, os preços não seguem a mesma tendência indefinidamente e quando o outro "prato da balança do poder começa a pesar mais" assiste-se à existência de formações. Certas formações como canais paralelos denotam a presença de uma forte tendência. Contudo, a grande maioria das formações cai em dois grandes grupos: as de inversão e as de continuação. As formações de inversão indicam uma mudança na tendência e podem ser subdivididas em dois tipos: de topo e de fundo. As formações de continuação indicam uma pausa na tendência e que a direção anterior vai ser retomada passado um período de tempo.

Só porque uma formação se forma após um movimento de subida ou descida significativo, não é, por si só, sinônimo de inversão. Muitas formações, tais como retângulos, podem ser classificados como formações de inversão ou de continuação. Dependo muito da ação prévia do preço, do volume e de outros indicadores à medida que a formação evolui. É na identificação destas diferenças que a ciência da análise técnica se transforma em arte.

«Chávena e Asa» por Equipa PortaldeBolsa

Existem dois tipos de formações, as de inversão e a de continuação. Entre as formações de inversão, encontram-se o "Bump and Run", o "duplo topo", o "duplo fundo", a "cabeça e ombros", a "cabeça e ombros invertida", o "falling wedge", o "rising wedge", o "topo arredondado", o "triplo topo" e o "triplo fundo". Entre os padrões de continuação encontramos o "Cup with Handle", as "Flags" e "Pennants", os "triângulos simétrico", os "triângulos ascendentes", os "triângulos descendentes", os "canais de tendência", os "retângulos", e as "measured moves" ("bull" e "bear"). A maior parte destas formações já foram explicadas em artigos anteriores deste rubrica, pelo que nos falta apenas fazer referência para às formações "Cup with Handle", "Flag", "Pennant" e "measured moves" ("bull" e "bear"). Neste artigo explicaremos a "cup with handle". A "cup with handle" (chávena com asa) é uma formação de continuação "bullish", que se distingue por um período de consolidação seguido por um "breakout". Tal como o próprio nome indica, existem dois períodos na formação: a "chávena" e a "asa". A "chávena forma-se após uma subida e assemelha-se a um fundo arredondado. Quando se completa o período de formação da "chávena", os preços começam a transacionar em tendência lateral, e a "asa" é formada. Um "breakout" subsequente do intervalo de preços que define a "asa" assinala a continuação da tendência de alta anterior.

Tendência: Para ser classificada como formação de continuação, deverá existir uma tendência de alta anterior. Essa tendência deverá ser uma tendência de médio prazo (alguns meses) e não muito recente. Quanto mais recente for essa tendência, menor é a probabilidade de subida acentuada. "Chávena": A "chávena" deve ser em forma de "U" e deverá parecer-se a um "fundo arredondado". Um fundo em forma de "V" não se insere no âmbito desta formação. Quanto mais suave for a forma do "U" maior é a relevância do suporte do fundo do "U". A formação perfeita deveria ter máximos iguais em ambos os lados da chávena, mas nem sempre isso acontece. Profundidade da "chávena": idealmente, a profundidade da "chávena" deve ser de 1/3 ou menos da subida anterior. No entanto, em mercados voláteis, a retração deverá variar de 1/3 a 1/2 e em situações extremas pode chegar a 2/3. "Asa": depois dos valores mais altos no lado direito da "chávena", existe um pequeno «pullback» que forma a "asa". Por vez, esta asa assemelha-se a uma "flag" ou "pennant" (a ver no próximo artigo) com inclinação negativa, por outras é apenas um curto "pullback". A "asa" representa a consolidação final que antecede o grande "breakout" e pode retroceder até 1/3 do avanço da "chávena" antes deste "breakout". Quanto menor for esta retração, mais "bullish" é a formação e significante é o "breakout". Por vezes, é prudente esperar para que o preço ultrapasse a linha de resistência estabelecida pelo topo da "chávena".

Duração: a "chávena" pode durar entre 1 e 6 meses, e por vezes mais tempo em gráficos semanais. A "asa" pode durar entre 1 semana e 4 semanas. Volume: deverá existir uma subida substancial de volume no "breakout" acima da resistência da "asa". Alvo: a subida projetada pode ser estimada através da medição da distância entre o pico direito e a base da "chávena". Tal como na maioria das formações, é mais importante capturar a essência da formação do que os pormenores. A "chávena" é uma consolidação em forma de U e a "asa" é um curto "pullback" seguido de um "breakout" com volume ascendente.

Tendência: esta ação estabelece a tendência "bullish" avançando de 10 para cima de 30 em cerca de 5 meses. O título faz um máximo em Março e depois começa a consolidar e a recuar. "Chávena": o declíneo de Abril é acentuado, mas o mínimo estendem-se por um período de 2 meses formando o fundo arredondado da "chávena", que marca o período de consolidação. Notem também que o suporte é encontrado nos mínimos de Fevereiro de 1999. Profundidade: O mínimo da "chávena" é uma retração de 42% da anterior subida. Depois da subida em Junho e Julho, a ação fez um pico nos 32.69 completando a "chávena" (seta vermelha). "Asa": Outro período de consolidação iniciou em Julho iniciando a formação da "asa". Existe um decréscimo acentuado em Agosto que causou a retração superior a 1/3 do avanço da "chávena". Contudo, há uma recuperação rápida e a ação transacionou novamente nas fronteiras do "asa" em cerca de uma semana. Duração: A "chávena" durou cerca de três meses e "asa" cerca de 1 mês e meio.

Volume: No início de Setembro de 2000, a ação quebrou os limites da resistência da "asa" com um "gap" de subida e com um incremento no volume transacionado (seta verde). Para além disto, o Chaikin Money Flow disparou para cima de +20%. Alvo: O avanço projetado após o "breakout" era de cerca de 9 acima de 27. Nos meses seguintes, este título cotou facilmente acima dos 36.

«Bandeiras e bandeirolas» por Equipa PortaldeBolsa

As "flags" e as "pennants" ("bandeiras" e "bandeirolas") são formações de continuação de curto prazo que marcam uma pequena consolidação antes da continuação do movimento prévio. Estas formações são usualmente precedidas por um avanço acentuado ou declíneo com forte volume, e marcam o ponto médio do movimento.

Movimento acentuado: para ser considerado um padrão de continuação, deverá existir evidência de uma tendência prévia bem marcada. Estes movimentos de subida ou descida ocorrem, normalmente, com volumes fortes e podem conter "gaps". Este movimento representa a primeira etapa de uma subida/descida significativa e o a "flag/pennant" é apenas uma pausa. "Flagpole": o "flagpole" é a distância do primeiro "breakout" de resistência ou suporte até ao

máximo ou mínimo da "flag/pennant"(mastro da bandeira ou bandeirola). O movimento de subida/descida acentuado que forma o "flagpole" deveria quebrar uma linha de tendência ou nível de resistência/suporte. A linha que vai desde o "break" até ao máximo da "flag/pennant" forma o "flagpole". "Flag": a "flag" é um retângulo pequeno cuja inclinação é oposta à da tendência anterior. Os movimentos de preço estão contidos entre duas linhas paralelas. "Pennant": um "pennant" é um triângulo simétrico que começa largo e que converge à medida que as formações amadurecem (como um cone). A inclinação é, normalmente, neutra. Por vezes, não existirão reações específicas aos "máximos" e "mínimos" do qual se desenharão as linhas de tendência e os movimentos de preço deverão ser contidos dentro das linhas de tendência convergentes. Duração: as "bandeiras" e as "bandeirolas" são formações de curto prazo que podem durar entre uma de doze semanas. Existem alguns debates acerca da duração destas formações e 8 semanas são consideradas um prazo demasiadamente grande. A duração deve situar-se entre uma e quatro semanas. Uma vez que a "flag" dura mais de 12 semanas fica classificada como um retângulo. Uma "bandeirola" de mais de 12 semanas tornar-se-ia num triângulo simétrico. A confiabilidade das formações que duram entre 8 e 12 semanas é discutível. "Break": para uma bullish "bandeira" ou "bandeirola", uma subida acima da resistência assinala que a subida prévia à "bandeira" vai continuar. Para uma "bandeira" ou "bandeirola" "bearish", uma quebra abaixo do suporte assinala que a descida prévia vai continuar. Volume: o volume deverá ser elevado durante a subida ou descida que forma o "flagpole". Volume elevado fornece legitimidade ao movimento brusco e repentino que cria o "flagpole". Uma subida/descida do volume acima/abaixo do nível de resistência/suporte dá credibilidade e validade à formação e aumenta a probabilidade de continuação. Alvos: o comprimento do "flagpole" pode ser aplicado à quebra da resistência ou suporte da "flag/pennant" para estimar o avanço ou declíneo. Apesar de as "bandeiras" e "bandeirolas" serem formações muito comuns, as linhas de identificação não devem ser encaradas com ligeireza. É importante que as "bandeiras" e "bandeirolas" sejam precedidas por um forte avanço ou declíneo. Sem este movimento forte, a credibilidade da formação torna-se dúbia e as transações podem ser mais arriscadas.

Movimento acentuado: depois de consolidar por três meses, a ação quebrou a resistência dos 56 e iniciou uma forte subida com o acompanhamento do volume. A ação subiu de 56 para 76 em 4 semanas. (Nota: é também possível que uma pequena "bandeirola" formada no início de Maio com resistência perto dos 62.25). "Flagpole": a distância desde o "breakout" nos 56 até ao máximo de 76 da "bandeira" formam o "flagpole". "bandeira": o movimento de preços estava contido entre duas linhas de tendência paralelas que se inclinavam para baixo. Duração: de um máximo de 76 até ao "breakout" nos 72.25, a "bandeira" durou 23 dias. "Breakout": o primeiro "breakout" da linha superior da "bandeira" ocorreu a 21 de Junho sem qualquer aumento de volume. No entanto, o título fez um "gap" de subida uma semana mais tarde e encerrou forte com volumes acima da média (setas vermelhas) Volume: recapitulando - o volume subiu devido ao forte avanço para formar o "flagpole", contraiu durante a formação da "bandeira" e subiu logo após a o "breakout". Alvos: o comprimento da "flagpole" era de 20 e foi aplicado ao "breakout" (72.25) para projetar um alvo de "92.25".

Gráficos Padrão - «A cabeça e os ombros» por Equipa PortaldeBolsa

Um dos princípios básicos da análise técnica é que as cotações das empresas evoluem sempre numa dada tendência. Essa tendência quer de subida, quer de queda não se prolonga

indefinidamente havendo sempre um período de tempo ao longo da qual a tendência abranda até que se processa a inversão. A identificação destes padrões do ponto de vista gráfico fornece ao analista técnico uma forte arma de análise para antever a evolução futura da cotação do título. Iremos, nas próximas lições, analisar alguns dos gráficos padrões que podem ser identificados na evolução da cotação de um título. Comecemos pelo padrão gráfico «Cabeça e Troncos». Como o próprio nome indica, o gráfico correspondente a este padrão forma uma espécie de cabeça com dois ombros nos extremos (veja a figura). O primeiro ombro forma-se quando surge a pressão compradora no mercado que leva a que o título suba e atinja um primeiro máximo. Nesse momento, os vendedores tomam conta do mercado o que leva a uma queda da cotação. Após esse período de tempo, os investidores que não entraram no primeiro máximo ou os investidores que querem repetir as mais valias voltam a entrar no papel o que força uma nova subida da cotação, desta vez ainda com mais força. O novo máximo é assim superior ao máximo do ombro esquerdo. Está formada a cabeça. Esta nova subida da cotação está sempre associada a um forte volume.

Mal se atinge o novo máximo instala-se uma pressão vendedora que pretende tomar mais valias desta nova subida. A consequência imediata é a nova queda da cotação do título. Nessa altura há ainda (poucos) investidores no mercado que pensam ainda poder tomar mais valias que lhes escaparam nos rallies anteriores pelo que a pressão compradora

aumenta no mercado fazendo subir de novo as cotações (segundo ombro). Mas desta vez, além do máximo ser menor do que o máximo do primeiro ombro, o volume é menor, pois o interesse comprador do mercado também é menor. Assim, nova queda do título é inevitável com os vendedores a tomarem conta do mercado após ser alcançado novo máximo. Durante esta nova tendência de queda das cotações pode acontecer que seja penetrada a linha de pescoço. Nesta situação é usual que os bulls tentem que as cotações subam novamente e quebrem a linha de pescoço. Caso tal não suceda, é muito provável que as cotações caíam rapidamente e com forte volume.

Gráficos Padrão - «A cabeça e os ombros invertidos» por Equipa PortaldeBolsa

Na última lição começou-se a abordar a temática dos gráficos padrão. O gráfico analisado foi o gráfico «A cabeça e os ombros». Para este gráfico, tipicamente exemplificativo de um contexto de inversão de tendência, existe o seu simétrico. O gráfico «Cabeça e Ombros invertidos» ocorre numa situação de inversão de tendência em que o título passa de uma zona bearish a uma zona bullish. A cabeça e os ombros correspondem a mínimos da cotação do título. Geralmente, sempre que se atingem esses mínimos, o volume diminui, pois os vendedores não estão na disposição de vender os seus títulos a esse preço.

Após o segundo ombro, quando a cotação do título quebra a linha de pescoço, o volume tipicamente aumenta. Os bulls tomam conta do mercado exercendo uma pressão compradora que leva à subida da cotação do título. O título entra então na zona bullish.

Gráficos Padrão – Formação em Triângulo Descendente por Equipa PortaldeBolsa

A formação em triângulo descendente é uma formação tipicamente bearish que se forma numa tendência de descida. Em termos de padrão, a formação em triângulo descendente é constituída pelos seguintes elementos:

Linha Horizontal Inferior: neste gráfico padrão deverão existir pelo menos dois pontos de mínimos que unidos constituem uma linha horizontal. Esses pontos deverão ter uma cotação aproximada e alguma distância entre eles. No período de tempo que os separa deverá existir um ponto de máximo Linha de tendência de descida: deverão existir dois pontos de máximos de cotação sucessivamente inferiores no tempo, que unidos constituem uma linha de tendência de descida Duração da formação: o período de tempo abarcado por este gráfico padrão poderá ir de algumas semanas até vários meses Volume: tipicamente, à medida que se vai evoluindo no tempo, o volume vai diminuindo até ao ponto em que surge o breakout. Nessa situação, se o volume aumentar significa que o breakout está confirmado. Price target: a partir do momento em que o breakout se confirma, o price target obtém-se subtraíndo ao valor da linha horizontal a diferença entre a cotação máxima do triângulo e a linha horizontal Para melhor compreender estes princípios analisemos o seguinte gráfico:

Os pontos 1, 3 e 5 constituem os mínimos que unidos formam a linha de suporte. A ligação entre os pontos 2, 4 e 6 forma a linha de tendência descendente. Note-se que no momento em que a linha de suporte é penetrada (breakout), o volume aumenta rapidamente significando que o breakout não é falso. Em termos de price target, após o breakout, a linha de resistência situa-se nos 36 Euros. A Linha 9 vale sensivelmente 9 Euros. Subtraindo à cotação da linha horizontal (45 Euros) os 9 Euros obtemos o price target dos 36 Euros.

Gráficos Padrão - Formação em Triângulo Ascendente por Equipa PortaldeBolsa

A formação em triângulo ascendente é uma formação tipicamente bullish que se forma numa tendência de subida. Em termos de padrão, a formação em triângulo ascendente é constituída pelos seguintes elementos:

Linha Horizontal Superior: neste gráfico padrão deverão existir pelo menos dois pontos de máximos que unidos constituem uma linha horizontal. Esses pontos deverão ter uma cotação aproximada e alguma distância entre eles. No período de tempo que os separa deverá existir um ponto de mínimo

Linha de tendência de subida: deverão existir pelo menos dois pontos de mínimos de cotação sucessivamente superiores no tempo, que unidos constituem uma linha de tendência de subida Duração da formação: o período de tempo abarcado por este gráfico padrão poderá ir de algumas semanas até vários meses Volume: tipicamente, à medida que se vai evoluindo no tempo, o volume vai diminuindo até ao ponto em que surge o breakout. Nessa situação, se o volume aumentar significa que o breakout está confirmado. Price target: a partir do momento em que o breakout se confirma, o price target obtém-se adicionado ao valor da linha horizontal a diferença entre a linha de resistência e a cotação mínima Para melhor compreender estes princípios analisemos o seguinte gráfico:

Os pontos 2, 4 e 6 constituem os máximos que unidos formam a linha de resistência. A ligação entre os pontos 1, 3 e 5 forma a linha de tendência ascendente. Note-se que no momento em que a linha de resistência é penetrada (breakout), o volume aumenta rapidamente significando que o breakout não é falso. Em termos de price target, após o breakout, a linha de resistência situa-se nos 24 Euros. A Linha 10 vale sensivelmente 10 Euros. Adicionado à cotação da linha de resistência (24 Euros) os 10 Euros obtemos o price target dos 34 Euros.

Gráficos Padrão - Formação em Triângulo Simétrico por Equipa PortaldeBolsa

Ao contrário dos padrões triângulo descendente e ascendente, a formação em triângulo simétrico não é um padrão gráfico com tendência definida. Relembre-se que o triângulo descendente é uma formação tipicamente bearish enquanto que o triângulo ascendente é uma formação tipicamente bullish.

Em termos de padrão, a formação em triângulo simétrico é constituída pelos seguintes elementos: 4 pontos: para se traçar uma linha de tendência são necessários pelo menos dois pontos. Para termos um triângulo simétrico são precisas duas linhas pelo que no total precisaremos de pelo menos 4 pontos. No gráfico acima, a linha superior é formada pelos pontos 2,4 e 6 enquanto que a linha inferior é formada pelos pontos 1, 3 e 5. Volume: à medida que o triângulo converge para o seu vértice, o volume tende a diminuir refletindo um período de consolidação das cotações. Duração: tipicamente, um triângulo simétrico pode ter uma duração que irá de poucas semanas até alguns meses. Direção do Breakout: à medida que os máximos e mínimos das cotações se vão aproximando, maior é a probabilidade da ocorrência de um breakout, quer positivo, quer negativo. Tentar adivinhar o tipo de breakout que pode ocorrer é sempre perigoso pelo que o melhor é esperar por uma confirmação. Confirmação do breakout: para que um breakout seja considerado válido, é normal que se estabeleça um limite de 3% na variação da cotação que deverá ser acompanhada por um aumento do volume transacionado.

Price Target: há dois métodos distintos para determinar qual o price target após o breakout. No primeiro método é medida a distância entre os dois pontos mais distantes do triângulo simétrico. Esse valor deverá ser então somada à cotação em que surgiu o breakout. Obtém-se assim o price target. O outro método passa por traçar uma linha paralela à linha descendente (breakout negativo) ou à linha ascendente (breakout positivo) a partir do ponto de cotação mais baixa ou mais alta do triângulo respectivamente.

Gráficos Padrão - O rectângulo por Equipa PortaldeBolsa

As formações tipo retângulo são padrões facilmente identificáveis pelo fato de as cotações estarem limitadas por duas linhas horizontais paralelas que unem os máximos (linha de resistência) e mínimos (linha de suporte) das cotações num dado período de tempo. A área formada pelo retângulo é por essa razão conhecida como uma zona de consolidação ou congestão.

Em termos descritivos um padrão do tipo retângulo pode ser descrito pelos seguintes elementos: Tendência: este tipo de padrão não define uma tendência quer de subida ou descida porque é um padrão neutro. A tendência já deverá existir antes que o padrão ocorra para que estejamos na

continuação de uma tendência. Por exemplo, no gráfico acima representado, a tendência é de descida sendo possível identificar dois retângulos que definem dois momentos de consolidação antes que a cotação continue a cair. 4 pontos: para definirmos o retângulo é necessário que existam 2 máximos e dois mínimos que não terão que ter valores iguais mas pelo menos aproximados. Volume: não há um padrão do comportamento gráfico do volume associado a este tipo de gráfico Duração: os retângulos podem demorar desde algumas semanas até a alguns meses Direção do Breakout: tal como com o padrão do gráfico com um triângulo simétrico, o padrão dos retângulos é um padrão neutro em que não é possível saber qual a tendência de evolução da cotação. Só após o rompimento da linha de resistência ou da linha de suporte é que é possível determinar a tendência. No caso do gráfico colocado como exemplo nesta lição, existem dois pontos de breakout (B1 e B2) em que a tendência é de queda. Confirmação do breakout: tipicamente, caso a cotação suba 3% acima da linha de resistência ou desça 3% abaixo da linha de suporte, poderemos estar perante a ocorrência de um breakout. Se o volume aumentar durante o rompimento, a confirmação será ainda mais forte. Os retângulos são um exemplo acabado da luta entre bulls (compradores) e os bears (vendedores). Sempre que a cotação se aproxima da linha de suporte, os bulls aumentam a pressão compradora provocando o aumento das cotações. Sempre que as cotações se aproximam da linha de resistência, os bears entram no mercado forçando a pressão vendedora.

Gráficos Padrão - O Topo Triplo por Equipa PortaldeBolsa

Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por três máximos seguidos do rompimento da linha de suporte. Em termos de elementos que compõem o gráfico temos os seguintes:

Tendência: este padrão gráfico é um padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência prévia (linha a azul) que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de subida antes de se começar a formar o topo triplo. Três máximos: esta formação é reconhecida pela existência de três máximos relativos (pontos A, B e C) que deverão ser aproximadamente iguais. Note-se que no gráfico, o terceiro pico (ponto C) é ligeiramente menor que os outros dois picos (pontos A e B) Volume: à medida que a formação topo triplo se desenvolve, o volume geralmente decai (linha azul no gráfico do volume). É usual que ao aproximar-se de cada máximo, o volume aumente ligeiramente. Após o terceiro pico e com a quebra do suporte é usual que o volume aumente bastante reforçando a credibilidade do rompimento Linha de suporte: neste tipo de gráfico existe uma linha de suporte (linha vermelho) que deverá ser rompida após o terceiro pico. É normal que após o breakout, a linha de suporte se torne na linha de resistência. Price Target: para se determinar o price target após o rompimento da linha de suporte, subtrai-se à cotação da linha de suporte a sua diferença para os máximos do topo triplo. No caso do gráfico em questão, o novo price target é (55-(64-55)) = 46 Euros.

Gráficos Padrão - O Fundo Triplo (09/10/2000 7:37:03 PM )

Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por três mínimos seguidos do rompimento da linha de resistência. Note-se que este padrão é um padrão de longo prazo que geralmente se forma ao longo de vários meses.

Em termos de elementos que compõem o gráfico temos o seguinte: Tendência: este padrão gráfico é um padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de queda antes de se começar a formar o fundo triplo. Três mínimos: esta formação é reconhecida pela existência de três mínimos (pontos A, B e C) relativos que deverão ser aproximadamente iguais. Volume: à medida que a formação Fundo Triplo se desenvolve, o volume geralmente decai. É usual que ao aproximar-se de cada mínimo, o volume aumente ligeiramente. Após o terceiro mínimo e com a quebra da resistência é usual que o volume aumente bastante reforçando a credibilidade do rompimento. Linha de resistência: neste tipo de gráfico existe uma linha de resistência que deverá ser rompida após o terceiro mínimo (círculo a preto). É normal que após o breakout, a linha de resistência se torne na linha de suporte. Price Target: para se determinar o price target após o rompimento da linha de resistência, adicionase à cotação da linha de resistência a sua diferença (11.5 Euros) para os mínimos do Fundo Triplo.No caso do gráfico em questão, não se verificou que a cotação do título tendesse no curto prazo para o price target estimado nos 23+11.5 = 34.5 Euros.

Gráficos Padrão - O Topo Duplo (09/10/2000 8:21:37 PM por Equipa PortaldeBolsa)

Este tipo de formação é uma formação tipicamente formada por 2 máximos (A e B) intercalados por um mínimo (C) seguidos do rompimento da linha de suporte (D). Geralmente, este padrão marca a transição da passagem de um período bullish para um período bearish.

Em termos de elementos que compõem este gráfico padrão temos o seguinte: Tendência: este padrão gráfico é um padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de subida antes de se começar a formar o topo duplo. Primeiro máximo (A): esta formação é reconhecida pela existência de dois máximos relativos. Em particular, o primeiro máximo é a cotação mais elevada do período bullish. Segundo máximo (B): o segundo máximo deverá ter uma cotação semelhante à do primeiro ainda que se admita que haja uma ligeira diferença Queda após o segundo máximo: após o segundo máximo assiste-se a uma queda da cotação do título que é reforçada por um aumento do volume. Nessa situação, a quebra da linha de suporte deverá estar eminente (D) com os bears a exercerem uma pressão vendedora que os bulls não conseguem anular. É usual que ocorra um ou dois gaps. Linha de suporte torna-se linha de resistência: após o rompimento da linha de suporte (D) é usual que a mesma se torne na linha de resistência. Um analista, para avaliar corretamente esta formação deverá ter em mente os seguintes pontos: a. Os picos devem estar separados por cerca de um mês. Se forem muito próximos podem apenas ser parte de uma linha de resistência b.O valor mínimo (C) entre os dois máximos deve ter uma cotação pelo menos 10% inferior ao valor dos picos. Caso isso não ocorra, a pressão vendedora poderá não estar a aumentar por forma a que ocorra o rompimento do suporte. c. Distinguir os falsos breakouts do breakout verdadeiro: poderá acontecer um primeiro

rompimento da linha de suporte sem que isso signifique que se deu uma inversão de tendência na cotação do título. De fato, poderá surgir um rally que provoque o retorno da cotação acima da linha de suporte. Um verdadeiro breakout deverá ser confirmado por um aumento de volume e uma sequência de sessões bearish para que se confirme realmente o breakout negativo e a entrada num período bearish.

Gráficos Padrão - O Fundo Duplo por Equipa PortaldeBolsa

É tipicamente formada por 2 mínimos (A e B) intercalados por um máximo (C) seguidos do rompimento da linha de resistência. Geralmente, este padrão marca a transição da passagem de um período bearish para um período bullish.

Em termos de elementos que compõem este gráfico padrão temos o seguinte: Tendência: este padrão gráfico é um padrão de inversão de tendência pelo que deverá existir uma tendência prévia que deverá ser invertida. No caso do gráfico acima descrito, existia uma tendência de descida antes de se começar a formar o fundo duplo. Primeiro mínimo (A): esta formação é reconhecida pela existência de dois mínimos relativos. Em particular, o primeiro mínimo é a cotação mais baixa do período bearish. Máximo entre os mínimos (C): entre os dois mínimos ocorre um máximo que poderá ter uma

cotação superior em 10% ao valor dos mínimos. O volume geralmente aumenta em torno do máximo, mas revela-se inconsistente para que ocorra um breakout pelo que a cotação volta a cair. Segundo mínimo (B): o segundo mínimo deverá ter uma cotação semelhante à do primeiro ainda que se admita que haja uma ligeira diferença em torno dos 3%. Subida após o segundo mínimo: após o segundo mínimo assiste-se a uma subida da cotação do título que é reforçada por um aumento do volume. Nessa situação, a quebra da linha de resistência deverá estar eminente com os bulls a exercerem uma pressão compradora que os bears não conseguem anular. É usual que ocorra um ou dois gaps. Linha de resistência torna-se linha de suporte: após o rompimento da linha de resistência é usual que a mesma se torne na linha de suporte. Um analista, para avaliar corretamente esta formação deverá ter em mente os seguintes pontos: a. Os mínimos devem estar separados por cerca de um mês. Se forem muito próximos podem apenas ser parte de uma linha de suporte b. O valor máximo entre os dois mínimos deve ter uma cotação pelo menos 10% superior ao valor dos mínimos. Caso isso não ocorra, a pressão compradora poderá não estar a aumentar por forma a que ocorra o rompimento da resistência. c. Distinguir os falsos breakouts do breakout verdadeiro: poderá acontecer um primeiro rompimento da linha de resistência sem que isso signifique que se deu uma inversão de tendência na cotação do título.

Gráficos Padrão - Fundo Arredondado por Equipa PortaldeBolsa

O fundo arrendondado é uma formação de inversão de tendência que representa um longo período de consolidação durante o qual o título passa de uma zona bearish a uma zona bullish. Em termos de elementos gráficos que identificam este padrão temos o seguinte:

Tendência: este padrão representa uma inversão de tendência pelo que haverá uma descida para passarmos a uma tendência de subida. Queda: a primeira parte do gráfico de Fundo Arredondado marca um período de queda nas cotações do título. Base do Fundo Arrendondado: a base do gráfico do Fundo Arredondado marca o ponto de mínimo do gráfico e pode demorar algumas semanas a formar-se ainda que alguns gráficos deste tipo possam ter uma base em V. A base representa o fim do período bearish em que o título se encontra. Subida: a parte direita do gráfico é onde o título passa um período bullish com uma tendência de subida bem definida Volume: à medida que a cotação do título vai caindo, o volume acompanha e cai também. Quando a cotação começa a subir, o volume começa a subir também.

Gráficos Padrão - Rising Wedge por Equipa PortaldeBolsa

A formação Rising Wedge é um padrão bearish que contrai à medida que a cotação do título sobe. Ao contrário da formação Triângulo Simétrico que não se tem um padrão bullish ou bearish, a formação Rising Wedge tem uma tendência de subida inicial, mas um caráter bearish.

Em termos de elementos gráficos que identificam esta formação temos o seguinte: a. Tendência inicial: este tipo de formação tem uma tendência inicial de subida que se deverá formar durante um período de 3 a 6 meses b. Linha de Resistência: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de resistência que liga pelo menos dois pontos de máximo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de máximo relativo deverá ter uma cotação superior à do máximo relativo anterior. c. Linha de Suporte: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de suporte que liga pelo menos dois pontos de mínimo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de mínimo relativo deverá ter uma cotação superior à do mínimo relativo anterior. d. Contração: ao longo do tempo, a linha de suporte e resistência vão convergindo, ainda que a linha de suporte avance mais rapidamente que a linha de resistência e. Breakout: só quando a linha de suporte é rompida é que se torna claro que esta formação tem um caráter bearish. f. Volume: idealmente, o volume diminui à medida que o padrão gráfico contrai. Quando surge o breakout, o volume deverá aumentar confirmando que se passou a um período bearish.

Gráficos Padrão - Falling Wedge por Equipa PortaldeBolsa

A formação Falling Wedge é um padrão bullish que contrai a medida que a cotação do título desce. Ao contrário da formação Triângulo Simétrico que não tem um padrão bullish ou bearish, a formação Falling Wedge tem uma tendência de descida inicial, mas um caráter bullish.

Em termos de elementos gráficos que identificam esta formação temos o seguinte: a. Tendência inicial: este tipo de formação tem uma tendência inicial de descida que se deverá formar durante um período de 3 a 6 meses. b. Linha de Resistência: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de resistência que liga pelo menos dois pontos de máximo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de máximo relativo deverá ter uma cotação inferior à do máximo relativo anterior. c. Linha de Suporte: neste tipo de formação consegue-se identificar uma linha de suporte que liga pelo menos dois pontos de mínimo relativo do gráfico. Cada ponto sucessivo de mínimo relativo deverá ter uma cotação inferior à do mínimo relativo anterior. d. Contração: ao longo do tempo, a linha de suporte e resistência vão convergindo, ainda que a linha de resistência avance mais rapidamente que a linha de suporte e. Breakout: só quando a linha de resistência é rompida é que se torna claro que esta formação tem um caráter bullish. f. Volume: idealmente, o volume diminui à medida que o padrão gráfico contrai. Quando surge o breakout, o volume deverá aumentar confirmando que se passou a um período bullish.

Gráficos Padrão - Bump and Run Reversal por Equipa PortaldeBolsa

A formação Bump And Run Reversal é um padrão gráfico típico de situações em que há muita especulação no mercado o que conduz a uma subida demasiadamente rápida das cotações.

Em termos gráficos, o padrão pode ser identificado pelos seguintes elementos: a. Primeira fase de subida: a primeira parte do gráfico é uma fase de subida da cotação do título sem que se vislumbre especulação. A inclinação da linha de tendência não deve ser demasiadamente pronunciada. b. Segunda fase de subida: após uma primeira fase de subida das cotações, o título entra num nova fase eminentemente especulativa em que a inclinação da linha de tendência cresce abruptamente, mais de 50% face à inclinação da primeira linha de tendência de subida. Nesta fase, a cotação deverá atingir um pico de cotação especulativa c. Fase pós-especulação: após a cotação ter atingido um máximo, a cotação começa a cair entrando-se numa fase bearish d. Volume: como em qualquer situação de especulação, ao entrar na segunda fase de subida, o volume aumenta bastante passando a diminuir quando a pressão vendedora aumenta no mercado (fase pós-especulação)

Gráficos Padrão - Canal de Tendência por Equipa PortaldeBolsa

O canal de tendência é um padrão gráfico de continuação de tendência. A evolução das cotações fica limitada por uma linha de resistência (linha superior) e uma linha de suporte (linha inferior). Um canal de tendência com inclinação negativa é considerado como sendo um canal bearish enquanto que um canal de tendência com inclinação positiva é considerado como sendo um canal bullish. Em termos gráficos, um canal de tendência pode ser identificado pelos seguintes elementos:

a. Linha de tendência: são necessários pelo menos dois pontos para traçar uma linha de tendência. No caso de um canal de tendência bullish, a linha de tendência é traçada ligando dois pontos de mínimo. No caso de um canal de tendência bearish, a linha de tendência é traçada ligando dois pontos de máximo. b. Linha de canal: associada à linha de tendência tem que ser igualmente traçada um linha de canal paralela à linha de tendência. No caso de um canal de tendência bullish, a linha de canal é a linha de resistência enquanto que num canal de tendência bearish, a linha de canal é a linha de suporte. c. Canal de Tendência Bullish: um canal deste tipo forma-se quando a cotação do título vai subindo, evoluindo sempre dentro do canal.

d. Canal de Tendência Bearish: um canal deste tipo forma-se quando a cotação do título vai descendo, evoluindo sempre dentro do canal.

Em termos de trading, sempre que é identificado um canal de tendência bullish, o trader deve tentar comprar sempre que a cotação se aproxima da linha de tendência de subida e vender sempre que a cotação se aproxima da linha de canal. No caso de um canal de tendência bearish, o trader deve tentar vender (short) o título sempre que se aproxima da linha de canal e comprar sempre que se aproxima da linha de tendência de queda.

ADX - Average Directional Index por Equipa PortaldeBolsa

Desenvolvido por J. Welles Wilder Jr., o Average Directional Index (ADX) pretende avaliar o peso de uma determinada tendência de mercado, seja ela ascendente ou descendente. Naturalmente, para uma utilização eficaz deste indicador, é importante saber se o mercado assume, de fato, uma tendência ou se, pelo contrário, apenas se verificam pequenas oscilações pontuais (ilustradas por deslocações “laterais” irregulares) insuficientes para determinar um certo comportamento. Como se pode ver pelo gráfico, o ADX assume valores num intervalo compreendido entre 0 e 100. Na prática, porém, raramente se registram valores superiores a 60. Por outro lado,

enquanto valores inferiores a 20 traduzem uma tendência fraca, valores superiores a 40 representam uma forte tendência de mercado.

Repare-se, neste sentido, que o indicador não permite classificar uma qualquer tendência como bullish ou bearish. A sua função é simplesmente inferir sobre o peso/força de um determinado comportamento de mercado. Consequentemente, um registo superior a 40 pode estar associado a uma tendência de alta ou de baixa. Finalmente, vale a pena referir que o ADX pode também ser utilizado como um instrumento privilegiado no que toca a identificar uma eventual oscilação de mercado como o início (ou fim) de uma nova tendência. Assim, por exemplo, se o ADX revela um fortalecimento a um nível abaixo de 20 e, subsequentemente, o indicador começar a registrar valores superiores a 20, isso pode significar que estamos a assistir à formação de uma nova tendência. Recorrendo à mesma lógica, se o ADX começar a evidenciar um enfraquecimento acima de 40 e, ulteriormente, se mover para valores inferiores a esse mesmo nível, então é provável que a atual tendência deixe de se verificar, passando o mercado a caracterizar-se por uma fase

de “trading”, isto é, passamos a assistir às (já mencionadas) deslocações “laterais” inerentes a uma fase em que não se observam quaisquer tendências (“non-trending”).

Commodity Channel Index (CCI) por Equipa PortaldeBolsa

Desenvolvido por Donald Lambert, o Commodity Channel Index (CCI) foi criado com o objetivo de tornar mais simples a identificação de períodos cíclicos no valor dos ativos. Por outras palavras, o cálculo deste indicador parte do pressuposto de que: 1. O valor dos bens (ações e obrigações) se movimenta ciclicamente 2. Os valores máximos e mínimos ocorrem em intervalos regulares No sentido de facilitar a análise dos dados, o autor aconselha que a unidade de medida temporal corresponda a 1/3 da duração do ciclo. Assim, se (por exemplo) a duração do ciclo for de 60 dias, então deverá ser utilizado um CCI de 20 dias. O processo de cálculo do CCI envolve 4 passos: 1) Determinar o Typical Price (TP) relativo ao dia de hoje, com TP=(H+L+C)/3 e H=high (máximo), L=low (mínimo) e C=close (valor de fecho) 2) Calcular o SMATP (Simple Moving Average of the Typical Price) a 20 dias 3) Calcular o desvio médio (Mean Deviation) da seguinte forma: determinar o valor absoluto da diferença entre o SMATP e o Typical Price para cada um dos últimos 20 dias; somar todos os valores resultantes e dividi-los por 20 4) Finalmente, aplica-se um fator constante (0.0015) e resolve-se a seguinte fórmula:

O fator constante assume o valor de 0.0015 por uma simples razão: pretende-se confinar 70% a 80% das observações a um intervalo compreendido entre (–100 e +100). Deste modo, o indicador CCI flutua à volta de zero e a percentagem de valores incluídos no referido intervalo vai depender do número de períodos temporais considerados. Quer isto dizer que: --> Um CCI curto será mais volátil, logo a percentagem de valores incluídos no intervalo (–100, +100) será reduzida --> Um CCI longo (i.é, cujo cálculo requer um elevado número de períodos) estará, pela mesma razão, associado a uma elevada percentagem de valores incluídos no intervalo (–100, +100) Que conclusões se poderão retirar a partir dos valores registrados pelo indicador? Em primeiro lugar, urge salientar que os valores acima de (+100) e abaixo de (-100) representam, respectivamente, indicações de compra e de venda. Em segundo lugar, como cerca de 70% a 80% dos valores pertencem ao referido intervalo, podemos concluir que os sinais de compra e venda só surgem durante 20% a 30% do tempo considerado.

Vejamos, mais concretamente, como se desenrola este processo: --> Quando o indicador se move para valores superiores a (+100), um novo sinal de compra poderá surgir, caso se verifique uma forte tendência de subida --> Quando o indicador se move para valores inferiores a (-100), um novo sinal de venda poderá surgir, caso se verifique uma forte tendência de queda Refira-se, finalmente, que a natureza generalista do CCI nos permite aplicá-lo de diversas maneiras a uma série de ativos, desde as ações às obrigações.

Chaikin Money Flow por Equipa PortaldeBolsa

Desenvolvido por Marc Chaikin, o CMF - Chaikin Money Flow é um indicador calculado a partir da análise diária da linha de acumulação/distribuição. Esta assenta na idéia de que a pressão exercida pelos sinais de compra e venda pode ser determinada através da comparação do valor de fecho (Closing Location Value) face ao máximo e mínimo registrados no período em análise. Assim, facilmente se conclui que existe pressão para comprar quando um determinado título encerra na parte superior do intervalo de valores observados. Pela mesma lógica, os sinais de venda manifestam-se com mais intensidade quando as ações encerram na parte inferior do referido intervalo. Note-se que o valor de acumulação/distribuição é obtido a partir da multiplicação do «Closing Location Value» pelo volume registrado em cada período. Metodologia

Recorrendo ao gráfico acima representado, podemos determinar a relação entre os valores assumidos pela linha de acumulação/distribuição e o CMF. Mais concretamente, se dividirmos o total dos valores de acumulação/distribuição relativo aos 21 dias contidos na caixa púrpura (ver

gráfico) pelo volume acumulado ao longo desses 21 dias, obteremos o valor do CMF. Naturalmente, a atualização diária do valor do indicador requer apenas a remoção do valor registrado no 1º dia e a inclusão do novo (e último) valor. Note-se também que o número de períodos poderá ser alterado para melhor se ajustar à análise em curso. Assim, enquanto o CMF a 21 dias constitui uma boa forma de representar as pressões de compra e venda numa base mensal, a utilização de um período temporal mais alargado estará menos sujeita a variações ou, pelo contrário, um período temporal mais curto estará mais de acordo com uma análise semanal. Uma vez feita esta abordagem inicial, podemos então concluir que o Chaikin Money Flow é «bullish» quando assume um valor positivo e «bearish» quando é negativo. Sinais de Acumulação De que forma são representados os sinais «bullish» gerados pelo CMF? Através da indicação de que um ativo financeiro se encontra sob acumulação. Para sabermos se tal é o caso, e para determinarmos qual a intensidade da acumulação, podemos proceder através de uma das seguintes maneiras: 1. Verificar se o CMF é maior do que zero. Se tal acontecer, o indicador assume valores positivos e por isso constitui uma indicação de pressão de compra e de acumulação; 2. Determinar há quanto tempo se encontra positivo o indicador. Quanto maior a duração desse período, mais evidente se torna o fato de o ativo estar sob pressão de compra/acumulação sustentada. 3. Conhecer o valor atual do indicador. Para além de ser superior a zero, o indicador deve incorporar uma consistente capacidade de subida que o permita atingir níveis mais elevados. Não devemos esquecer que a observação da tendência assumida pelo CMF é importante para podermos distinguir entre indicações de compra fortes e sinais de acumulação meramente incipientes.

Vejamos atentamente a situação ilustrada no gráfico: enquanto as ações se continuam a desvalorizar, o CMF assume (progressivamente) valores mais elevados. Por exemplo, se olharmos para o que se passa no mês de Outubro, concluimos que, embora as ações tenham sido negociadas a um nível «flat», o indicador permaneceu positivo e continuou a reforçar-se. Por sua vez, os níveis de acumulação (representados pelo CMF) registraram valores muito elevados no referido mês. Quando, no fim de Outubro, as ações sofreram uma desvalorização abrupta, o indicador começou então a diminuir – tendência que se manifestou durante o mês de Novembro. Contudo, os níveis de distribuição nunca ultrapassaram os (-0.10), querendo isto dizer que a pressão de venda nunca foi muito intensa.

Relativamente à situação ilustrada pelo gráfico anterior, devemos destacar o período compreendido (sensivelmente) entre 28 de Setembro e 22 de Outubro. Um olhar atento permite-nos verificar que o CMF continuou a crescer (os sinais de compra intensificaram-se) numa fase em que as ações foram transacionadas «sideways». Além disso, o indicador passou de (+0.1208) em 28 de Setembro para (+0.2377) em 22 de Outubro, ou seja, a pressão de compra quase aumentou para o dobro. Naturalmente, isto constitui uma forte indicação «bullish» que viria a ser responsável por uma forte valorização das ações – veja-se a subida dos títulos de 50 para 90 (valores aproximados).

Price Relative por Equipa PortaldeBolsa

O preço relativo serve, essencialmente, para comparar a performance entre dois ativos. Na maioria das vezes, este indicador é utilizado para comparar a performance de uma ação face um índice de mercado. Pensemos, por exemplo, nos inúmeros gestores de carteira cujo principal objetivo é bater

(melhor dizendo, «outperform») o S&P 500. Naturalmente, as suas escolhas irão recair sobre os títulos mais fortes. A importância do preço relativo reside precisamente neste aspecto, uma vez que permite, de uma forma acessível, fazer uma descrição detalhada da performance de uma determinada ação relativamente ao mercado. Como calcular o preço relativo? Através da fórmula: Preço de fecho/Valor do índice Exemplo: Vamos supor que as ações da Wal-Mart (WMT) estão a cotar nos 60 dólares e que o S&P 500 fechou nos 1400 pontos. Pode verificar-se, muito facilmente, que o preço relativo seria (neste caso) igual a 60/1400=0.0428. Se posteriormente as ações valorizassem para os 70 dólares e o S&P 500 avançasse para os 1450 pontos, então o novo preço relativo situar-se-ia nos 0.0482. Uma vez que este valor é superior ao primeiro preço relativo encontrado, conclui-se que as ações (WMT) bateram o índice de mercado no período considerado. Esta diferença pode ser registrada graficamente no eixo das ordenadas (Y), dando assim origem a uma linha de preços relativos, a qual poderá ser calculada numa base diária, semanal, ou mensal.

Repare no gráfico anterior: o preço relativo (associado às ações WMT) atingiu o pico a 16 de Dezembro (ver linha vermelha), cerca de 2 semanas antes de as ações atingirem o valor máximo. Seguiu-se uma série de novos picos (embora inferiores) e, passado alguns dias, a

linha de preços relativos quebrou a tendência de crescimento que se vinha a verificar desde Agosto (ver linha azul). O mesmo viria a acontecer às ações da Wal-Mart algum tempo depois. Conclusão: o comportamento descrito pela linha de preços relativos constitui um bom presságio daquilo que poderá acontecer ao valor dos títulos. Neste caso concreto, a quebra acentuada das ações WMT foi precedida por uma diminuição do preço relativo.

Veja-se agora o exemplo da Sun Microsystems: Depois de se ter registrado um mínimo mais elevado no fim de Agosto, seguiu-se uma rápida subida no início de Setembro (note-se o pico assinalado pela seta negra). Este aumento súbito do preço relativo significa, como vimos anteriormente, que as acrções da Sun estavam muito mais fortes do que o mercado. Como seria de esperar, o sinal positivo dado pela linha de preços relativos viria a refletir-se na sólida ascensão (a partir de Outubro) dos títulos, fazendo com que as ações da Sun fossem um dos «top performers» nos 17 meses que se seguiram. Refira-se, finalmente, que os preços relativos podem também ser aplicados a sectores industriais: ao fazê-lo, gestores e investidores poderão identificar sinais de força ou fraqueza relativa. Estes, por sua vez, permitir-lhes-ão prever com alguma segurança quais os sectores em destaque, isto é, aqueles que poderão «galvanizar» o mercado.

Rabbitt Q-StockRank por Equipa PortaldeBolsa

O Q-Rank é um indicador formado a partir da combinação de 9 modelos de análise técnica e fundamental. Os valores resultantes da sua aplicação variam entre 1 (mínimo) e 99 (máximo) –

assim, uma ação com um Q-Rank de 99 contém uma combinação ideal de características/qualidades que a tornam superior a 99% do total de ações analisadas. Este método compreende 2 componentes que, em conjunto, permitem conhecer melhor as qualidades (de uma ação) determinantes para o cálculo do Q-Rank: o Technical Sub-rank (TSR) e o Earnings Sub-rank (ESR). Na prática, seríamos tentados a comprar ações com um Q-Rank superior a 70 e a não comprar se o Q-Rank for inferior a 50. Decomposição O Technical Sub-Rank (TSR) recorre a 4 modelos/indicadores: 1. O indicador de força relativa (relative strength) compara a performance de cada ação (em termos de preço) ao longo dos últimos 4 trimestres com o conjunto de todas as outras ações em análise. Desta forma, se uma ação atinge uma força relativa de 99, isso significa que a performance registrada nos últimos quatro trimestres superou 99% do universo Q-Rank. Note-se, porém, que o desempenho verificado no último trimestre tem um peso reforçado. 2. O indicador de inversão do retorno (return reversal) destina-se apenas às transações de curto prazo e reflete a tendência das ações em atingirem níveis «overbought» ou «oversold». Na prática, os títulos que tenham retornos mais elevados nas últimas 2 semanas são pontuados «desfavoravelmente» porque tendem a inverter os ganhos «under-perform» nas 2 semanas subsequentes; valores acima dos 90 sugerem uma potencial «out-performance» de curto prazo. 3. O ratio preço/média móvel a 200 dias é utilizado para identificar a tendência de uma ação; é positivo acima de 120% e negativo abaixo de 90%. 4. Finalmente, o modelo de combinação industrial analisa a atratividade da indústria (à qual pertence à empresa em estudo) a partir dos resultados anunciados (e posteriores revisões), de uma série de ratios (preço/cash-flow e preço/vendas, entre outros) e do montante de dividendos.

O Earnings Sub-rank (ESR) agrega características de crescimento e valor, as quais se podem dividir em 4 categorias: 1. Earnings surprise: é a diferença entre a mais recente divulgação dos resultados e as estimativas consensuais formadas no mercado; 2. Earnings Revision: compara a última variação mensal dos ganhos esperados pelo mercado com as previsões a um ano feitas pelas empresas; 3. Earnings acceleration: identifica as empresas que geraram ganhos nos últimos 4 anos e que, segundo as estimativas do mercado, poderão alcançar resultados crescentes para os 2 anos seguintes; na prática, este modelo premia as empresas cujos ganhos possam ser descritos por sucessivas taxas de crescimento crescentes; 4. Earnings consistency: identifica as empresas que apresentaram resultados pouco voláteis e positivos nos últimos 3 anos; Para além disso, utilizam-se também os seguintes indicadores: 1. «Return on Equity» (ROE) – importa identificar as empresas com um ROE substancialmente diferente do universo em análise; 2. 99 EPS Growth – baseia-se nas previsões dos ganhos feitas consensualmente pelo mercado para o próximo ano fiscal; 3. «Price/Earnings» - rácio utilizado a partir das estimativas dos ganhos a obter no próximo ano; 4. «Growth to P/E» - importa comparar os ganhos médios esperados para os próximos 2 anos com um P/E médio baseado nesses mesmos ganhos;

Aplicação Imaginemos a seguinte analogia: o Q-Rank funciona como um «assistente de pesquisa» – permitenos acompanhar a evolução de um grande número de ações e, a partir daí, inferir de forma objetiva, consistente e acessível. Além disso, permite-nos ainda: a. analisar mais detalhadamente determinadas questões; b. obter uma «segunda opinião» sobre eventuais títulos a comprar/vender; c. identificar novas ações cujas qualidades possam ser relevantes; d. monitorizar determinados aspectos específicos, tais como as revisões dos resultados esperados,

etc. e. tirar conclusões sobre a atratividade de uma empresa/indústria; Em suma, o Q-Rank constitui um abrangente ponto de partida para a identificação de títulos aos quais poderão ser aplicados a experiência, o conhecimento e os juízos de valor do utilizador. A aplicação prática deste modelo poderá seguir 2 notas: os investidores que estejam interessados na aquisição de acções com um Q-Rank inferior a 50 devem ponderar a hipótese de adiar essa compra, a não ser que o título em causa garanta um valor muito seguro; pelo contrário, os investidores cujo interesse recaia na venda de acções com um Q-Rank superior a 90, deverão considerar a possibilidade de as manter na sua posse por mais algum tempo, pelo menos até o «rank» começar a cair. Não esquecer: tal como muitos outros instrumentos de análise técnica, o Q-Rank não deve ser usado isoladamente, mas sim como um complemento no processo de pesquisa dos investidores. O Q-Rank não contempla ações (1) de empresas cuja capitalização bolsista seja inferior a 200 milhões de dólares, (2) com um preço unitário abaixo dos $6 e (3) sem uma base de informação financeira adequada.

Percentage Volume Oscillator (PVO) por Equipa PortaldeBolsa

Conceito: o «Percentage Volume Oscillator» (PVO) não é mais do que a diferença percentual entre 2 médias móveis de volume. Mais concretamente, o cálculo deste indicador é feito através da seguinte fórmula: Volume Oscillator (%) - PVO = [(Vol 12day EMA - Vol 26day EMA)/Vol 12day EMA] x 100 Note-se que as médias móveis exponenciais (EMA) a 12 e 16 dias foram utilizadas apenas a título exemplar. Na verdade, o número de dias pode ser ajustado por forma a corresponder a períodos mais curtos ou mais longos. Note-se também que, pela própria descrição da fórmula, o PVO assumirá um valor máximo de 100 não havendo, porém, qualquer valor mínimo. Na verdade, o valor absoluto não é muito importante para aquilo que estamos a analisar – importa, isso sim, conhecer a direção e os movimentos cruzados para cima ou para baixo da linha central/neutra. Aplicação: existem 3 maneiras diferentes através das quais o PVO pode ser utilizado para detectar períodos em que o volume se expande ou contrai: a. «Centerline Crossovers» - o PVO flutua para cima e para baixo da linha central (nível zero). Assim, quando o PVO é positivo, uma EMA curta será superior a uma EMA longa; quando é negativo, uma EMA curta será inferior a uma EMA longa. Por outro lado, um PVO acima de zero significa que os níveis de volume são, de um modo generalizado, superiores à média; pela mesma lógica, um PVO abaixo de zero permite identificar níveis de volume inferiores à média. b. «Directional Movement» - as direções em que se movimenta o PVO permitem retirar (visualmente) uma conclusão imediata sobre os padrões de volume: um PVO crescente significa que os níveis de volume estão a aumentar, enquanto um PVO decrescente mostra que os mesmos estão a diminuir. c. «Moving average crossovers» - a última variável do PVO dá origem a uma linha de tendência/sinal. Quer isto dizer que, por exemplo, um PVO(12,26,9) contém uma média móvel exponencial a 9 dias, bem como um histograma representativo da diferença existente entre o PVO

e a sua EMA a 9 dias. Quando o PVO se move para cima da sua linha, podemos concluir que, de um modo generalizado, os níveis de volume estão a crescer, e vice-versa. Refira-se, antes de mais, que os movimentos descritos pelo PVO são completamente distintos dos movimentos dos preços, podendo ser correlacionados para se inferir sobre os níveis de pressão de compra ou venda: uma subida dos preços combinada com um reforço do PVO seria interpretada como um aumento do volume, enquanto que uma quebra no preço do ativo, em conjunto com um declínio do PVO, levar-nos-ia a concluir que os níveis de volume estariam a decrescer. Nota: sendo definido por 3 variáveis, o PVO poderá assumir, por exemplo, os seguintes valores: PVO(12,26,9): a 1ª variável refere-se à EMA de volume curta, a 2ª refere-se à EMA de volume longa e, por último, a 3ª diz respeito à linha de sinal (podendo também assumir uma posição curta ou longa). Da diferença entre o PVO e a sua linha de sinal resulta o histograma (a área sólida acima e abaixo de zero). Aqueles que não quiserem utilizar o histograma terão apenas que igualar a 3ª variável a 1.

No gráfico anterior, podemos encontrar 2 PVOs diferentes: o primeiro encontra-se na parte superior e é definido pela expressão PVO (12,26,9); o segundo encontra-se na parte inferior e contém uma variável final igual à unidade, PVO (5,60,1). Quando isto acontece, verificamos que não existe qualquer linha de sinal ou histograma. Se olharmos atentamente para o gráfico, podemos facilmente reparar que entre Agosto e Setembro as ações foram negociadas entre os 15 e os 21 dólares, período em que o PVO permaneceu (quase sempre) abaixo de zero. Assistiu-se a uma pequena recuperação com o avanço registrado no final de Agosto, mas os títulos nunca ultrapassaram a sua «trading range». Quando, em Outubro, as ações começaram finalmente a subir, o PVO moveu-se para terreno positivo deixando uma marca bem acentuada (veja-se a linha verde). Este avanço, plenamente confirmado pelo aumento dos níveis de volume e pela quebra da resistência, viria a consistir um fortíssimo sinal de compra.

Relativamente ao exemplo anterior, verificamos que, embora as linhas dos PVOs descrevam movimentos muito semelhantes, existem algumas diferenças importantes entre o PVO «standard» (12,26,9) e o PVO definido como (5,60,1): a. Enquanto o PVO (12,26,9) ultrapassou o nível +20 no final de Outubro, o PVO (5,60,1) superou o nível +50; b. No início do referido mês (ver linha vermelha 1), o PVO (5,60,1) passou para terreno negativo mas o PVO (12,26,9) permaneceu acima de zero; c. No início de Dezembro (ver linha vermelha 2), o PVO (5,60,1) avançou mais rapidamente para terreno positivo do que o PVO (12,26,9); As diferenças assinaladas prendem-se, essencialmente, com a EMA curta associada a ambos os PVOs. De fato, uma EMA de volume a 5 dias é muito mais sensível do que uma EMA a 12 dias. Por outras palavras, as médias móveis mais curtas são mais voláteis e, por isso, mais sujeitas a «crossovers» na linha central/neutra. Refira-se, finalmente, que os períodos de volume acima da media podem também ser confirmados pelas barras de volume que excedam a média móvel exponencial de 60 dias (ver elípse verde em Outubro).

Average True Range

por Equipa PortaldeBolsa

Desenvolvido por J. Welles Wilder, o Average True Range (ATR) é um indicador utilizado para medir a volatilidade de um ativo. Mais concretamente, o ATR não identifica a tendência (crescente ou decrescente) dos preços, nem sequer a sua duração, mas apenas o nível de variação dos mesmos, i.e., o grau de volatilidade. Wilder definiu também a «true range» (TR), ou seja, a amplitude de variação, como a maior das seguintes diferenças: a. O máximo atual menos o mínimo atual; b. O valor absoluto da diferença entre o máximo atual e o valor de fecho anterior; c.O valor absoluto da diferença entre o mínimo atual e o valor de fecho anterior; Assim, se a diferença entre máximo e mínimo for grande, tudo indica que será utilizada como «true range». Se tal não acontecer, poder-se-á recorrer a uma das outras fórmulas, especialmente se o valor de fecho for maior do que o máximo atual (ou menor do que o mínimo).

A imagem anterior permite-nos analisar 3 situações distintas em que a TR não seria determinada pelo intervalo [máximo;mínimo]: a. Depois de um «gap» positivo, formou-se uma diferença entre mínimo e máximo muito reduzida. Por esta razão, a TR foi determinada pela diferença absoluta entre o máximo atual e o valor de fecho anterior. b. O intervalo [máximo;mínimo] encontrado após um «gap» negativo é também reduzido, pelo que a TR foi determinada pela diferença absoluta entre o mínimo actual e o valor de fecho anterior. c. Embora o valor de fecho pertença ao intervalo de variação anterior, a diferença atual entre máximo e mínimo é, de fato, muito pequena – menor até do que a diferença absoluta entre o máximo e o valor de fecho anterior, sendo esta a fórmula utilizada para determinar a TR. Geralmente, a aplicação do ATR compreende 14 períodos (ou um período de 14 dias), podendo o indicador ser calculado numa base «intraday», diária, semanal ou mensal. Vejamos, a este propósito, o seguinte exemplo (calculado numa base diária): como seria de esperar, o primeiro valor TR encontrado não é mais do que a diferença entre o máximo e o mínimo da sessão inicial, sendo o ATR a 14 dias determinado pela

média dos TRs registrados nos últimos 14 dias. Para calcularmos o próximo ATR a 14 dias, bastaria (de acordo com o método descrito por Wilder) realizar os seguintes passos: a. Multiplicar o ATR a 14 dias imediatamente anterior por 13; b. Adicionar o valor TR mais recente; c. Dividir por 14; Exemplo:

Na folha de cálculo acima ilustrada, podemos encontrar o primeiro valor TR (1.9688 corresponde à diferença entre máximo e mínimo) e também o primeiro ATR a 14 dias (3.6646 é igual à média dos 14 valores TR iniciais). Seguem-se outros valores ATR calculados a partir do procedimento descrito anteriormente.

Vejamos agora o gráfico anterior, baseado nos valores registrados (na folha de cálculo) entre 23 de Outubro e 7 de Dezembro de 2000, e a forma como são calculados os valores para os dias 15 e 16: a. Dia 15: ATR = = 3.713 b. Dia 16: ATR = = 3.7536

O gráfico anterior permite-nos visualizar a aplicação prática do ATR: os níveis extremos (máximos e mínimos) podem significar pontos de inflexão ou o início de uma nova tendência no preço das ações. Sendo um mero indicador da volatilidade, o ATR não consegue prever a direção dessa tendência. Níveis ATR elevados podem traduzir um período de forte «trading», enquanto que níveis reduzidos poderão corresponder a períodos de «trading» fraco. Finalmente, refira-se que os valores ATR elevados resultam, geralmente, de descidas/subidas acentuadas e não poderão persistir por períodos de tempo muito prolongados. Nota final: a medida em que o ATR demonstra a volatilidade em níveis absolutos, depressa nos apercebemos que as ações mais baratas terão níveis ATR mais baixos do que os títulos mais caros. Por exemplo, uma ação cotada em 10$ (USD) teria um valor ATR muito inferior a uma ação cujo preço ascendesse aos 200$. Por esta razão, dever-se-á ter algum cuidado no momento de fazer comparações entre níveis ATR de diferentes ativos, ou até do mesmo ativo se tiverem ocorrido variações muito grandes no preço da ação.

Williams %R por Equipa PortaldeBolsa

Desenvolvido por Larry Williams, o Williams %R (também conhecido por %R) é um indicador muito utilizado para medir níveis «overbought» e «oversold». Na prática, o seu funcionamento é semelhante ao do oscilador estocástico, na medida em que nos permite

conhecer a relação entre o valor de fecho e o intervalo [máximo;mínimo] verificado num determinado período de tempo. A escala de valores vai de zero (0) até (-100), correspondendo os níveis «overbought» ao intervalo (0;-20) e os níveis «oversold» ao intervalo (-80;-100). Pelo que até aqui foi dito, facilmente se deduz que: a. Quanto mais próximo do topo da escala estiver o valor de fecho, mais próximo de zero (logo, mais elevado) estará o indicador; b. Quanto mais afastado do topo (ou mais próximo da base) estiver o valor de fecho, mais perto de -100 (logo, menor) estará o indicador; c. Se o valor de fecho igualar o máximo do intervalo, então o indicador será igual a zero (valor máximo). Pela mesma lógica, se o valor de fecho igualar o mínimo do intervalo, então o indicador assumirá o valor mínimo (-100). Fórmula: %R = [(maior dos máximos–valor de fecho)/(maior dos máximos–menor dos mínimos)*(-100)] Habitualmente, o Williams %R é calculado com base em 14 observações/períodos, quer seja a um nível de «intraday», diário, semanal ou até mensal. Porém, como já foi referido anteriormente o número de períodos e a duração dos mesmos pode e deve ser adequado às características próprias de um determinado ativo. Antes de continuarmos, devemos ter em atenção um aspecto crucial relativamente à interpretação dos valores encontrados: «overbought» não significa necessariamente que se deve vender, bem como «oversold» não significa que estejamos em boa altura para comprar. Na verdade, um ativo poderá estar em tendência de queda, registrar um nível considerado «oversold» e aí permanecer enquanto o preço continua a descer. Por outro lado, mal um ativo atinja níveis «overbought» ou «oversold», os investidores deverão esperar por um sinal que confirme uma inversão nos preços. Para isso, pode ser utilizado (mas não só) um método muito simples: aguardar que o Williams %R cruze (para cima ou para baixo) o nível (-50).

Vejamos atentamente o gráfico anterior, a partir do qual podemos salientar alguns aspectos sobre a aplicação do Williams %R a 14 e a 28 dias: a. O %R a 14 dias mostra-se muito volátil e propício a sinais falsos; b. O %R a 28 dias é menos sensível aos valores observados e por isso mais confiável; c. Quando o indicador a 28 dias se move para níveis «overbought» ou «oversold», verificamos que aí permanece por um período de tempo prolongado enquanto as ações prosseguem a sua tendência; d. Surgem alguns sinais relevantes (no caso do %R a 28 dias) se optarmos por esperar por uma confirmação, ou seja, por um movimento para cima ou para baixo de (-50).

CBOE Volatility Index (VIX) por Equipa PortaldeBolsa

Introduzido em 1993 pelo Chicago Board Options Exchange, o VIX não é mais do que uma medida ponderada da volatilidade implícita em 8 opções de compra e venda (OEX put and call options). Mais concretamente, o peso atribuído a essas 8 opções de compra e venda (ou 8 «puts» e «calls») é definido

de acordo com o tempo restante e com a posição das mesmas, ou seja, «in the money» ou «out of the money». O resultado obtido dá lugar a uma hipotética opção composta, a qual se encontra «at-themoney» e sob um prazo de 30 dias até expirar - recorde-se que uma opção «at-the-money» significa que o preço de exercício e o preço do ativo se igualam. Conclui-se, desta forma, que o VIX representa a volatilidade implícita nesta (hipotética) opção composta. Exemplo:

Aplicação: Como que a acompanhar a evolução das opções transacionadas, o VIX é atualizado diariamente, podendo ser utilizado numa base de «intraday», diária, semanal ou mensal para medir o grau de volatilidade implíctia, bem como para analisar as expectativas que se vão formando no mercado. Habitualmente, o VIX tem uma relação inversa com o mercado, razão pela qual os gráficos utilizados na sua representação são ilustrados com a escala invertida: os valores mais baixos ficam em cima e os mais altos em baixo. Por outras palavras, o valor do indicador aumenta quando o mercado está em declínio e diminui quando o mercado está em expansão. Chegou agora a altura de referir um ponto importante, o enviezamento «bullish» existente no mercado de ações. O que significa isto? Quando o mercado de ações se encontra numa fase de expansão, os investidores acreditam que o risco é menor do que quando o mercado se encontra em queda. Quanto mais elevado for o risco percebido pelos investidores, maior será também a volatilidade implícita e o preço das respectivas opções, particularmente as opções de venda. Por esta razão, a volatilidade implícita não se refere à amplitude dos movimentos dos preços, mas sim ao risco implícito subjacente ao mercado de ações. É também por isso que a quantidade procurada de opções de venda aumenta quando o mercado está em declínio, fazendo subir o preço das opções e os níveis de volatilidade implícita. A partir da explicação dada até este momento, facilmente se conclui que a comparação entre a evolução do VIX e a do mercado permite algumas pistas importantes relativamente à direção e

duração das tendências. Assim, quanto mais avançar o VIX, maior será o pânico no mercado; quanto menores forem os valores assumidos pelo indicador, maior satisfação existirá no mercado. Precisamente para avaliar o grau de pânico ou de satisfação, o VIX é muitas vezes utilizado como um indicador contrário. De que forma? Valores muito baixos indicam um elevado grau de satisfação e são vistos como sinais «bearish». Por sua vez, valores extremamente elevados – os quais ocorrem habitualmente depois de uma descida acentuada e sob um ambiente ainda bastante «bearish» - sugerem uma forte ansiedade ou pânico entre os investidores, sendo interpretados como sinais «bullish». Note-se que os sinais «contrários» gerados pelo VIX e pelo mercado nos permitem também formar expectativas relativamente ao curto prazo. Assim, um forte sentimento de satisfação ou «overly bullish» é interpretado como «bearish» pelos defensores da teoria do contrário – os «contrarians». Pela mesma lógica, um sentimento de pânico generalizado ou «overly bearish» é visto como «bullish». Se o mercado se encontra numa fase de acentuado declinio e o VIX permanece inalterado ou diminui em valor, podemos ser levados a acreditar que o declínio ainda se vai manter por mais algum tempo. Da mesma forma, se o mercado está em forte expansão e o VIX aumenta em valor, isso poderá significar que o crescimento verificado poderá ainda persistir.

Vejamos agora o gráfico acima apresentado e a relação «inversa» entre o VIX e o mercado, traduzido pelo índice S&P 100: A aplicação de uma média móvel de 10 dias (10-day SMA) permite harmonizar a tendência de ambos e concluir que, nos últimos 3 anos (entre Outubro de 1997 e Setembro de 2000), o VIX registrou 4 valores (ver setas verdes) acima de 30, os quais são associados a uma tendência excessivamente «bearish»/de pânico e a uma volatilidade implícita muito elevada. Por sua vez, os 3 registros (ver setas vermelhas) abaixo de 20 indicam uma excessiva satisfação/tendência «bullish» e uma volatilidade implícita bastante reduzida. Repare-se, finalmente, que uma vez registrados aqueles valores extremos, o sinal de confirmação é dado pelo regresso do VIX ao intervalo compreendido entre os valores acima de 20 e abaixo de 30.

Indicador e Oscilador Aroon por Equipa PortaldeBolsa

Desenvolvido por Tushar Chande em 1995, o Aroon é um sistema que pode ser utilizado para determinar se um ativo financeiro está a seguir uma tendência, se está "a andar de lado" e caso se verifique a existência de uma tendência, quão forte ela é. "Aroon" significa "luz da madrugada" em sânscrito e Chande escolheu este nome em função do objetivo do indicador revelar o início de uma nova tendência.

O indicador Aroon é constituido por duas linhas, a Aroon de subida e a Aroon de descida. O oscilador Aroon é apenas uma linha definida como a diferença entre as anteriores. As três têm um único parâmetro - o número de períodos usados no cálculo. Dado que, quer a linha Aroon de subida e a Aroon de descida variam entre 0 e 100, o Oscilador Aroon varia de -100 a +100, sendo o 0, a linha de sinal. Metodologia O método de cálculo de uma linha Aroon de subida de determinado nº de períodos consiste na determinação do período de tempo (em %) que o preço demora a atingir um novo máximo (fecho) compreendido nesse período. Quando o ativo estabelece novos máximos para esse período, a linha Aroon de subida assumirá o valor 100. Se, pelo contrário, o ativo se trocar a valores mais baixos cada dia que passa, a linha Aroon de subida terá o valor de zero. A linha Aroon de descida é calculada da forma análoga, mas tendo os novos mínimos como base. A fórmula da linha Aroon de subida é: [ (número de períodos) - (número de períodos desde o encerramento mais alto relativo ao número de períodos) ] / (número de períodos) x 100 A fórmula da linha Aroon de descida é: [ (número de períodos) - (número de períodos desde o encerramento mais baixo relativo ao número de períodos) ] / (número de períodos) x 100 Exemplo: Considere uma linha Aroon de subida de 10 períodos numa tabela diária. Se o preço mais elevado dos últimos 10 dias ocorreu há seis dias (4 desde o início do período de 10 dias), a linha Aroon de subida terá o valor de 40 ((10-6)/10) x 100). Se o encerramento mais baixo do mesmo período aconteceu há 1 dia (i.e. no dia 9), a linha Aroon de descida seria de 90 ((10-1)/10 x 100). Interpretação O seu criador advoga que quando as linhas Aroon (de subida e de descida) assumem valores cada vez mais baixos e próximos é sinal de que assistimos a um período de consolidação e de que não existe uma clara tendência (ver consolidação no gráfico). Quando a linha Aroon de subida cai para baixo de 50, é sinal de que a atual tendência perdeu o seu balanço de subida. Similarmente, se a linha Aroon de descida cair abaixo de 50, a atual tendência de quebra também perdeu "momentum". Valores acima de 70 indicam uma forte tendência na mesma direção da tendência evidenciada pela linha Aroon (ou de subida ou de descida). Valores abaixo de 30 indicam que se prepara a existência de uma forte tendência na direção oposta à da tendência atual (ver gráfico). O Oscilador Aroon assinala a proximidade de uma tendência de subida quando está acima de zero e a proximidade de uma tendência "bearish" se desce abaixo de zero. Quanto mais longe estiver de

zero mais forte é a tendência.

Preço por volume por Equipa PortaldeBolsa

"Preço pelo Volume" é um histograma horizontal disposto em cima do gráfico de preços. As barras do histograma estão dispostas da esquerda para a direita no gráfico. O comprimento de cada barra é definido pela soma dos volumes dos dias em que o ativo teve preços de encerramento no "range" vertical de cada barra do histograma.

No gráfico abaixo, cada barra de "Preço pelo Volume" tem um limite vertical de 5 pontos. A maior barra é a que tem como limites 27.5 e 32.5. O comprimento da barra é determinado pela soma das barras de volume dos dias em que o encerramento ocorreu entre 27.5 e 32.5. A cor verde aponta para o volume dos dias em que o preço subiu e a cor vermelha aponta para o volume dos dias em que o preço caiu. Interpretação Este indicador não dá qualquer sinal de compra ou venda, mas antes uma ideia geral sobre os preços que o ativo tem tendência a cotar mais dias ou que geram maiores volumes de transação. Este é um ponto importante, dado que o volume é um dos indicadores mais importantes de confirmação de movimentos de preço.

TRIN por Equipa PortaldeBolsa

Desevolvido por Richard Arms, o TRIN, ou "índice Arms" é um indicador de detecção de inversão de tendência, ao determinar zonas "overbought" e "oversold". Devido ao seu método de cálculo, o TRIN reage inversamente ao mercado, ou seja, a subida deste índice indica uma situação "bearish" e quebra uma situação "bullish". Por vezes pode observar-se a escala do TRIN invertida de forma a facilitar a sua interpretação. O TRIN é a razão subidas/descidas dividido pelo razão volume das subidas/volume das descidas: ((Nº de títulos que encerraram positivos/Nº de títulos com encerramento negativo) / (volume dos

títulos que encerraram positivos/volume dos títulos que encerraram negativos)) Exemplos:

No primeiro exemplo, as razões eram iguais e o TRIN era 1, o que indica uma situação de indefinição, com o volume a entrar em títulos que registravam valorizações virtualmente igual ao que entrava em ações em quebra. No segundo exemplo, a razão volume de descida/volume de descida não se manteve no mesmo ritmo do que a razão nº de subidas/nº de descidas e o TRIN subiu acima de 1. Quando tal acontece, significa que o volume a afluir mais rapidamente a ações que descem do que a ações que sobem. No exemplo final, o TRIN está abaixo de 1, indicando precisamente o contrário. As interpretações para este indicador têm evoluído. O próprio criador deste índice usa-o para detectar condições de topo ou fundo no mercado. Este considera que o mercado está "overbought" quando a média móvel simples de 10 dias do TRIN desce abaixo de 0.8 e "oversold" quando se move acima de "1.2". Outras interpretações procuram considerar a direção e o valor absoluto do TRIN de forma a determinar divergências "bullish" e "bearish". No gráfico a seguir pode confirmar estas interpretações.

Desvio-padrão por Equipa PortaldeBolsa

O desvio-padrão é um indicador estatístico de volatilidade. Mede a dispersão de valores de uma amostra (os preços de fecho de 20 sessões de determinado ativo, por exemplo) em torno da sua média. A dispersão é a diferença entre o valor de um determinado dado da amostra e a sua média. Quanto maior for essa diferença, maior será o desvio-padrão e, portanto maior será a volatilidade. Quanto mais perto o preço de fecho estiver da sua média, menor será o valor do desvio-padrão e menor será a volatilidade. O cálculo do desvio-padrão é baseado no número de períodos escolhido. Vinte dias é um período bastante usual, dado que representa o número de dias úteis do mês. Os passos para o cálculo deste indicador são os que se seguem: - calcular o preço médio, que é soma dos preços dos 20 períodos a dividir pelo número de períodos (2246.06/20 = 112.30); - para cada período, subtrair o preço médio ao preço de fecho, obtendo assim o desvio para cada período (-3.30, -9.24...); - calcular o quadrado de cada desvio, obtendo assim o quadrado dos desvios (10.89, 85.38…); - realizar a soma dos quadrados dos desvios (921.4551); - dividir a soma dos quadrados dos resíduos por 20 (921.4551/20 = 46.0728). - calcular a raiz quadrada da média da soma dos quadrados dos resíduos, o que nos dá precisamente o desvio-padrão (6.7877).

De acordo com a seguinte tabela, podemos observar que o desvio-padrão muda à medida que o tempo avança, dado que utilizamos os 20 dados anteriores ao cálculo. Portanto, cada vez que acrescentamos um dado à tabela, eliminamos o dado mais antigo.

Interpretação: Como podemos observar, após longos períodos de consolidação, ou seja, em altura reduzidos movimentos de preços, o desvio padrão cai. Repare que nos finais de Dezembro e Março, o ativo transacionava num intervalo de preços, o que levou à redução da volatilidade. A partir de Março, quando os preços explodiram, a volatilidade também aumentou.

Já neste ativo, apesar de os preços serem idênticos aos do ativo anterior, os desvios-padrão são também maiores. Até final de Dezembro, o desvio-padrão estava abaixo de 5. Após a subida acentuada de Dezembro, o desvio-padrão subiu acima de 15. Desde então, ficou-se pelo 10 e nos períodos mais avançados no tempo ficou acima de 17. Conclusão: este ativo é bem mais arriscado do que o primeiro, logo pode possibilitar resultados maiores (quer negativos, quer positivos) a quem o transacione. Conclusão: Sendo um indicador bastante básico, o desvio-padrão não é um indicador que aponte claramente se deve se apostar na compra ou na venda de determinado ativo. É antes um valioso testemunho da volatilidade de um título. Uma conclusão a retirar deste indicador pode ser: "Se o ativo tem um desvio-padrão reduzido, a volatilidade é baixa. Ou seja, pode estar próximo um movimento acentuado e brusco de preços, portanto é melhor assumir uma posição (longa ou curta) depois de analisar a situação." Recordo-me bem dos tempos em que a Cimpor não saía dos 16 euros (entre Junho de 1999 e Maio de 2000), tempos em que a volatilidade do título era tão reduzida, que tornavam os títulos da cimenteira dos menos atrativos do mercado. Em menos de 1 ano a cotação da Cimpor mais que duplicou...

Oscilador de preço por Equipa PortaldeBolsa

O Oscilador de Preço é um indicador baseado na diferença entre duas médias móveis e é expresso ou em percentagem ou em termos absolutos, de acordo com as preferências do utilizador. As médias móveis usadas para calcular o oscilador de preço podem ser exponenciais, ponderadas ou

simples e o número de períodos do cálculo pode variar. Para dados diários, médias móveis de período longo são preferíveis de modo a filtrarem a normal aleatoriedade associada a dados diários. Para dados semanais, que filtram desde logo alguma dessa aleatoriedade, as médias móveis mais curtas podem ser mais apropriadas. Adicionalmente, uma média móvel do indicador pode ser utilizada como "trigger" à semelhança do MACD. Nas explicações seguintes usaremos as abreviaturas OPP (PPO em inglês) e OPA (APO em inglês) para explicar o Oscilador de Preço Percentual e o Oscilador de Preço Absoluto, respectivamente. Oscilador Preço Absoluto (OPA) O OPA é a subtração da média móvel mais longa à média móvel mais curta. Por exemplo:

MME10 (média móvel exponencial de 10 períodos) menos a MME30 (média móvel exponencial de 30 períodos. O gráfico que resulta deste cálculo forma o oscilador que flutua acima e abaixo de 0, conforme as diferenças entre as médias móveis. Se a média móvel mais curta está acima da média móvel mais longa então o indicador é positivo. Caso a média móvel de período mais longo seja superior à de período mais curto, então o indicador será negativo. Nota: o MACD também é calculado através da diferença absoluto e teoricamente também pode ser calculado com quaisquer dois períodos definidos pelo utilizador, mas é tipicamente calculado utilizando as médias móveis exponenciais de 12 e 26 dias.

Oscilador Preço Percentual (OPP) The Oscilador de Preço Percentual é o resultado da subtração da média móvel de período mais longo à média móvel de período mais curto que é posteriormente dividida pela média móvel de período mais curto

{(MME10 - MME30)/ MME10} Esta fórmula retorna a diferença dentre as duas médias móveis como uma percentagem da média móvel de período mais curto. Diferenças entre o OPP e o OPA

O OPP e o OPA geram muitas vezes os mesmo sinais e assumem, normalmente a mesma forma. Todos os "crossovers" da média móvel de período mais longo pela média móvel de período mais curto ocorrem ao mesmo tempo. No entanto, porque a forma das linhas não é exatamente igual, poderão existir discrepâncias. Esta análise ilustra algumas dessas diferenças.

1 - O círculo verde mostra que o OPP formou um máximo mais baixo em Dezembro enquanto que o OPA forma um novo máximo. 2 - No final de Dezembro o OPA continuou mais elevado enquanto o PPO começou a "andar de lado". (setas a vermelho). 3 - No início de Janeiro, o OPP fez um novo mínimo, um dia antes do mínimo do OPA. Há duas razões principais para utilizar o OPP contra o OPA. 1 - Com o OPP é possível comparar dois osciladores de preços de ativos diferentes. Um valor do PPO de +5% significa que a MME de período mais curto é 5% superior que a média móvel de período mais longo. Esta leitura em termos relativos é comparável com outro ativo, independentemente do preço desse ativo. O OPP para o segundo ativo do gráfico seguinte só atingiu máximos de 3% enquanto que o do Nasdaq Composite subiu acima de 7%.

2 - O OPP representa melhor a relação entre as duas médias móveis exponenciais. A diferença entre as duas médias móveis é mostrada em relação à média móvel mais curta. Isto permite comparações entre diferentes períodos, independentemente do preço. Com OPA, quanto mais elevado for o preço de um ativo maiores são os extremos do oscilador. Com o PPO, uma comparação entre um ativo em diferentes períodos de tempo é possível caso o preço da ação seja de 10 ou de 100.

O Histograma OPP O OPP diário, com o uso de médias móveis exponenciais de 12 e 26 dias é muito similar ao MACD, que também usa as mesmas médias móveis. O OPP mede a diferença entre as duas médias móveis como uma percentagem da média móvel mais curta. Como o OPP e o MACD são muito similares, o conceito do histograma MACD pode ser aplicado ao OPP. O histograma OPP mostra a diferença entre o OPP e a média móvel exponencial de 9 dias do OPP. Os valores deste cálculo são apresentados em histograma de forma a que os "crossovers" e divergências sejam facilmente indentificáveis. Os mesmo princípios que se aplicam ao histograma MACD aplicam-se neste caso. O OPA é exatamente o mesmo que o MACD. Se o valor do OPP é maior do que a sua média móvel exponencial de 9 dias, então o valor do histograma será positivo. Analogamente, se o valor do OPP é menor do que o valor da sua MME9, então o valor do histograma PPO será negativo.

Outros aumentos ou decréscimos no gap entre o OPP e a sua MME9 serão refletidos no histograma OPP. Aumentos bruscos no histograma OPP indicam que ao subir mais rapidamente do que a sua MME9, logo a o momento "bullish" está a fortalecer-se. Diminuições bruscas no histograma OPP indicam que o OPP está a cair mais rapidamente do que a sua MME9 - o momento "bearish" está a fortalecer.

Oscilador de Chaikin por Equipa PortaldeBolsa

O "Chaikin Oscillator" (Oscilador de Chaikin) é um indicador que assenta nas mesmas premissas da linha Acumulação/Distribuição, que já cobrimos em artigo anterior. A premissa básica deste indicador reside no fato de o grau de pressão compradora ou vendedora pode ser determinado pela localização do encerramento da sessão face aos respectivos mínimos e máximos do período correspondente. Existe pressão compradora quando uma ação encerra na metade superior do

range do período (dia, semana, mês, trimestre) e há pressão vendedora quando uma ação encerra na metade inferior do range do período.

O Oscilador de Chaikin é simplesmente o MACD aplicado à linha de acumulaçãodistribuição, ou seja, calcula-se a diferença entre as médias móveis exponenciais de 3 e 10 dias da linha Acumulação/Distribuição. Tal como o histograma do MACD é um indicador que dá sinais com "cross-overs" de médias móveis. Muitos dos sinais do MACD são aplicáveis ao Oscilador de Chaikin, com a nuance de se aplicarem à linha de Acumulação/Distribuição e não ao ativo em si. Aconselhamos por isso a consulta do artigo sobre o MACD de forma a relembrar quando e como se assistem aos vários sinais como divergências positivas e negativas. Tal como o MACD injeta características de "momentum" às médias móveis, o Oscilador de Chaikin também o faz relativamente à linha de Acumulação/Distribuição. Se observarmos o gráfico acima podemos confirmar que movimentos desta linha são normalmente precedidos da correpondente divergência no Oscilador de Chaikin. Como se pode observar a partir do gráfico, a divergência negativa no Oscilador de Chaikin antecipou a fraqueza que se abateu na linha Acumulação/Distribuição. Esta é uma divergência caracterizada pela falta de picos distintivos para formar a divergência. O Oscilador de Chaikin fez um máximo cerca de uma semana antes do máximo da linha Acumulação/Distribuição e deu um sinal "bearish" (cruzamento da linha central) 2 semanas depois. Quando o oscilador é negativo, o momentum para a linha de Acumulação/Distribuição é negativo ou "bearish", o que acabaria por se reflctir na cotação da ação. A divergência positiva de Agosto no Oscilador de Chaikin antecipou o forte avanço na linha Acumulação/Distribuição. Esta divergência foi mais longa do que a divergência "bearish". Este tipo de divergência caracteriza-se pela existência de dois picos bastante vísiveis. O momentum "bullish" ou positivo foi confirmado quando o Oscilador de Chaikin formou um "cross-over" "bullish" em finais de Agosto.

Há dois tipos de sinais "bullish" gerados pelo Oscilador de Chaikin: divergências positivas e "crossovers" da linha central. Porque o Oscilador de Chaikin é um indicador de outro indicador, é prudente esperar pela confirmação da divergência positiva pelo cruzamento "bullish" de médias móveis. A tabela seguinte constitui um excelente exemplo de divergência positiva que foi posteriormente confirmada pelo cruzamento da linha central.

A divergência positiva é forte e pronunciada. Quando se usa um indicador de um indicador, é preferível "assimilar" sinais fortes. O "crossover bullish" da linha central ocorreu no Oscilador de Chaikin antes de a Linha Acumulação/Distribuição ter efetuado um novo máximo. No ponto do cruzamento da linha central (a linha verde feita a pontos), a cotação da ação também quebrou a resistência, confirmando assim o sinal bullish dado pela divergência positiva. Tal como no caso dos sinais "bullish", o Oscilador de Chaikin também gera 2 tipos de sinais "bearish": a divergência negativa e o "crossover bearish" da linha central. Os dois sinais em simultâneo representam também uma garantia da sua fiabilidade. O seguinte gráfico mostra um sinal "bearish" recente que coincidiu com uma quebra de um suporte de preço da ação.

Podemos também confirmar que a divergência negativa não é tão acentuada como a positiva no gráfico anterior, mas é detectável. As divergências que cobrem longos períodos de tempo são, por vezes, difíceis a nível psicológico, já que uma pessoa nunca sabe qual o momento certo para entrar no título. É simples verificar os efeitos no preço do Oscilador de Chaikin e da Linha Acumulação/Distribuição neste exemplo. As linhas a azul marcam o período no qual a ação estava a andar de lado (13 dias). No entanto, muitos dos encerramentos neste período estavam abaixo do ponto médio da sessão, sendo que alguns ficaram perto do mínimo "intraday". Durante esse período quer o Oscilador de Chaikin, quer a Linha de Acumulação/Distribuição registraram um forte declíneo. O "crossover bearish" da linha central coincidiu com a quebra da linha de tendência na Linha de Acumulação/Distribuição e com a quebra do suporte do preço. O Oscilador Chaikin é um bom indicador para acompanhar com a Linha Acumulação/Distribuição, mas é por vezes de difícil interpretação. As médias móveis são ambas relativamente curtas e serão, portanto, mais sensíveis a mundanças na Linha Acumulação/Distribuição. Apesar de a sensibilidade ser importante, deve-se ter bastante cuidado a interpretar o indicador, que nunca deve ser utilizado isoladamente.

Zig Zag por Equipa PortaldeBolsa

O ZigZag não é propriamente um indicador mas um meio de filtragem de ruídos aleatórios e comparação de movimentos de preço relativos. O ZigZag pode ser utilizado para reconhecer mudanças de preços mínimos e ignorar as movimentações que não respeitem os critérios. Os movimentos de preço mínimo são estabelecidos em termos percentuais e podem ser calculados com base no preço de fecho ou na diferença entre o máximo e o mínimo. Um ZigZag estabelecido em 10% com base em barras OHLC traça uma linha que apenas inverte depois de uma mudança de 10% ou superior de um máximo para um mínimo. Todos os movimentos menores do que 10% seriam ignorados. Se uma ação transacionar de um

mínimo de 100 para um máximo de 109, o Zig Zag não traça uma linha porque o movimento é menor do que 10%. Se a ação subisse para um máximo de 110, então o ZigZag traçaria uma linha de 100 até 110. Se a ação continuasse a subir até aos 112, esta linha seria estendida para 112 (100 para 112). O ZigZag não inverteria até que a ação descesse 10% ou mais, do seu novo máximo. Caso esse máximo fosse 112, a ação teria de cair 11.2 pontos para os 100.8, de forma a que o ZigZag invertesse e despoletasse uma nova linha. Usos do Zig Zag Filtro: a volatilidade e as flutuações diárias de preços podem dar origem a movimentos erráticos ou ruídos aleatórios. O ZigZag pode ser usado para filtrar este ruído. Se os movimentos de preço inferiores a 5% forem considerados insignificantes, então o ZigZag pode ser estabelecido nos 5% e todos os movimentos inferiores a 5% serão ignorados. Elliott Wave: O ZigZag pode ser utilizado para identificar ondas nas contagens de Elliott. (Nota: o objetivo deste artigo não é explicar a Teoria das Ondas de Elliott (Elliott Wave Theory), mas simplesmente ilustrar métodos de uso do ZigZag. Elliott Wave

No exemplo acima o Zig Zag foi estabelecido nos 15%. Todos os movimentos de preço de 15% ou superiores foram "desenhados" e todos os inferiores a 15% foram ignorados. Uma grande subida tomou lugar em Outubro de 1999, formando uma estrutura de 5 ondas que durou até meados de 2000. Dentro desta grande estrutura, outras ondas menores também podem ser decifradas. Retracements: O ZigZag pode ser usado para medir retrações (retracements). Depois de um avanço, é comum uma ação retrair-se uma porção do seu avanço com uma correção. Depois de um declíneo, é comum um ativo reagir à quebra com um pequeno "rally". De acordo com a Teoria de Dow, as retrações de 1/3, 1/2 e 2/3 são as mais prováveis. Baseado nos números de Fibonacci, os retracements de 38.2% ou 61.8% são os mais significativos. Retracements

Durante a subida de 34 para 55, o ativo corrigiu duas vezes (ondas 2 e 4) e cumpriu os dois "retracements" de Fibonacci: 0.618 e 0.786. O mais importante número de Fibonacci é talvez 0.618, que é a "média dourada". A raiz quadrada de 0.618 é 0.786 (78.6%), outro número de Fibonacci usado frequentemente por Scott Carney. Em Março de 2000, o título caiu 79.8% do seu avanço da onda 1 (oval a vermelho). Desde o mínimo de Março de 2000, a ação subiu 1.70 vezes o seu anterior declíneo e formou a onda 3, que está perto do 1.618 de Fibonacci. A correção na onda 4 retraiu 67.6% do avanço da onda 3. Ainda que 67.6% e 79.8% não sejam os exatos "retracements" de Fibonacci, são valores aproximados o suficiente de 61.8% e de 78.6% para merecerem atenção. Projeções: O ZigZag pode ser usado para medir movimentos de preço primários. Em oposição à correção ou rally, um movimento de preço primário é um movimento de preço no mesmo sentido da tendência. Em vez de retrair uma porção do movimento anterior, os movimentos primários estendem-se para além do máximo ou mínimo anterior. Muitos analistas que usam as ondas de Elliott e sequências Fibonacci projetam o comprimento de um avanço ou declíneo multiplicando um razão para um "retracement" prévio. Se o anterior declíneo (correção) fosse de 50 pontos e um especialista de Fibonacci procurasse novos máximos no avanço subsequente, a projeção poderia ser 1.618 vezes o movimento anterior, ou 81 pontos (50 x 1.618 = 81). Os 81 pontos seriam acrescentados ao início do avanço para um "price target". O Zig Zag traça uma linha baseada numa variação percentual mínima no preço. A mudança de preço pode basear-se no preço de fecho, no máximo, no mínimo, na abertura e em alguns programas pode até basear-se na diferença entre o máximo e o mínimo.

Teoria das Ondas de Elliot por Equipa PortaldeBolsa

R. N. Elliot acreditava que os mercados se moviam em "ondas" bem definidas pelas quais se previa

a sua direção. Em 1939, Elliot detalhou a sua "Wave Theory", que afirma que os preços das ações "são decididos" por ciclos que residem nos números de Fibonacci (1-2-3-5-8-13-21...). Mais especificamente, Elliott acreditava que o mercado se movia em 5 ondas distintas quando sobe e em 3 distintas quando desce. A forma básica dessas ondas é apresentada em baixo.

As ondas 1, 3 e 5 representam o "impulso", ou menores ondas positivas num grande movimento de subida. As ondas 2 e 4 representam a "corrcção", ou menores ondas positivas numa tendência "bullish". As ondas A e C representam as ondas negativas menores num grande movimento de quebra, enquanto que a onda B representa o único movimento de subida num momento "bearish". Elliott propunha que a existência das ondas em diversos níveis, demonstrando que existiam ondas dentro de ondas. Significa isto que o gráfico acima representa não apenas o padrão da primeira onda, mas também o que acontece entre os pontos 2 e 4. O diagrama abaixo mostra que as ondas primárias poderiam ser desmembradas em ondas menores.

A "Elliot Wave theory" atribui nomes às ondas em ordem descendente de tamanho: Grand Supercycle Supercycle

Cycle Primary Intermediate Minor Minute Minuette Sub-Minuette As ondas maiores determinam a tendência vigente no mercado e as ondas menores determinam tendências intermédias. Esta é uma forma similar de determinação de tendências principais e secundárias, que são utilizadas na teoria de Dow. Elliot providenciou inúmeras variações na onda principal, e deu particular importância à média dourada, 0.618, como um nível significativo para o "retracement". Transacionar utilizando os padrões de "Elliot Wave" é bastante simples. O "trader" identifica a onda principal ou "supercycle", e entra longo e posteriormente vende ou coloca-se curto quando a inversão é determinada. Continua-se a ter esta postura à medida que os ciclos vão encurtando e se completam até que a onda principal ressurge. O problema está na identificação dos ciclos onde se encontra o mercado e entre os analistas técnicos surgem muitas discussões a este propósito. Aqui está um exemplo clássico de um ciclo de Elliot:

Escalas: «semi-log» ou aritmética por Equipa PortaldeBolsa

A partir deste artigo vamos dedicar-nos a explicar melhor alguns conceitos e curiosidades sobre a análise de gráficos de cotações, nomeadamente sobre padrões e formações, clareando um pouco artigos já realizados, mas cuja interpretação pode ser dúbia. Mas, antes disso, no presente artigo o nosso objetivo é chamar a atenção de todos os leitores para um aspecto que consideramos ser de extrema importância na análise de gráficos de preços - o tipo de escala usada no eixo dos Y´s (o preço). Existem dois tipos: o aritmético e o logarítmico. Uma escala aritmética dispõe 10 pontos que distam o mesmo uns dos outros, independentemente do nível de preço. Cada unidade de medida é a mesma ao longo da escala. Se uma ação sobe de 10 para 80 num período de 6 meses, o movimento de 10 para 20 vai ter a mesma distância vertical do que o movimento de 70 para 80. Apesar de tal ser verdade em termos meramente absolutos, não o é em termos relativos. Enquanto que a subida de 10 para 20 é de 100%, a subida de 70 para 80 é de apenas 14.28%. Uma escala logarítmica mede os movimentos de preços em termos percentuais. Uma subida de 10 para 20 representaria uma subida de 100%. Uma subida de 20 para 40 também ascenderia a 100%, tal como um avanço de 40 para 80. Todas estas subidas apareceriam com a mesma distância vertical numa escala logarítmica. A maior parte dos programas de gráficos referem-se à escala logarítmica como escala "semi-log scale", já que o eixo dos X´s (tempo) é disposto aritmeticamente.

O gráfico acima ilustra a diferença de escalas para o mesmo título. Na "semi-log", a distância entre 50 e 100 é a mesma que entre 100 e 200. No entanto, ma aritmética, a distância entre 100 e 200 é significativamente maior do que a distância entre 50 e 100. Quais são as vantagens de ambas as escalas: - As escalas aritméticas são úteis quando o preço varia pouco, ou seja, quando o título transaciona num "range" apertado. - As escalas aritméticas podem ser úteis para gráficos e "trading" de curto prazo. Os movimentos de preços (particularmente para ações) são dispostos em termos absolutos (de euros, por exemplo) e refletem movimentos de euros por euros. - As "semi-log scales" são úteis quando o preço se movimentou significativamente, tenha esse movimento ocorrido no curto ou no longo prazo. - As linhas de tendência tendem a ser mais fiáveis na escala semi-logarítmica, ou seja, o mínimos/máximos tocam mais vezes na linha de tendência de subida/descida. - As escalas semi-logarítmicas são úteis numa análise de longo prazo, já que colocam em perspectiva as subidas/quebras acentuadas de preços. - As ações e outros ativos são comparados com base em indicadores relativos como, por exemplo,

o PER. Tendo isto em mente, também fará sentido comparar os movimentos de preço de diferentes ativos com base em variações percentuais. Com estas linhas apenas pretendemos chamar a atenção para a possibilidade de relativizar em termos gráficos as grandes variações de preços. Entendemos, no entanto, que a análise de gráficos com a escala aritmética é bastante mais intuitiva e levanta menos dúvidas do que aqueles gráficos que utilizam a escala logarítmica.

Related Documents


More Documents from ""

May 2020 4
May 2020 2
May 2020 1
May 2020 5
May 2020 4