A Vida No Campo

  • April 2020
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  • Words: 619
  • Pages: 1
Os alunos do 6ºE, eles, elaboraram textos subordinados ao tema Vida no campo no século XIX. Seguem-se alguns. Telesnal, 16 de Maio de 1897 Olá! Sou o Manel! Estamos em 1897 e estou a escrever esta carta sobre a minha vida no campo, com a esperança de que alguém, um dia, a vá ler. Espero que nesse dia a vida já seja mais fácil do que é hoje, principalmente para as crianças como eu. Vivo numa pequena casa, numa aldeia chamada Telesnal, com os meus pais e com as minhas duas irmãs. A minha casa é muito pequena e é feita de xisto. Tem poucas janelas, portas de madeira e o telhado é de telha musgosa e negra. Eu ocupo o meu dia a ajudar os meus pais; de manhã ajudo a minha mãe a tratar da casa e de tarde vou para o campo com o meu pai. Semeio batatas, feijões, planto couves, que é praticamente o que nós comemos. Também ajudo a tratar do rebanho, dos coelhinhos e das galinhas - que bons ovinhos dão! Quando tenho um tempinho livre, brinco com as minhas irmãs que são mais pequeninas e ainda não podem ajudar muito, mas ajudam a mãe a pôr a mesa, a tirar e a limpar a loiça. Costumamos ir brincar para o campo ao pé das ovelhas. Uma delas é muito querida – a Maria – e tem duas ovelhinhas bebés. Às vezes, vamos todos à festinha da aldeia, em homenagem à Nossa Senhora da Piedade. Fazemos um piquenique e ficamos para o baile à noite. Os meus pais dançam muito bem! E eu brinco com os outros meninos da aldeia. É muito engraçado! Ah, é verdade, não pensem que o piquenique é um banquete...! É um pouquinho melhor que no dia-a-dia, pois nestes comemos sopa e o que o campo nos dá, mas quando há festa a mãe faz um bolinho de pão muito bom...hum, já comia! Bem, tenho de me despedir... o meu pai está a chamar-me para o ir ajudar a pastar o rebanho. Eu gosto... Beijinhos (a quem quer que seja) Manel

A MINHA VIDA Chamo-me Pedro, tenho 11 anos. Tenho seis irmãos, o David e a Inês que são gémeos, o Miguel que é o mais novo, o Marco e a Sofia que são os mais velhos e eu sou o irmão do meio. O meu pai chamava-se António, era muito trabalhador e orgulhoso do que fazia porque era o único que trabalhava para sustentar a família, trabalhava no campo. Ele, todos os domingos à tarde, ia jogar às cartas com os seus amigos, sempre ganhava alguma coisa por isso criou uma tenda e vivia feliz. Mas da minha mãe já não podia dizer a mesma coisa, ela vivia infeliz e chamava-se Sofia. Ceifava e cuidava de nós, ela só trabalhava para se entreter. Eu ajudava sempre os meus pais, a minha mãe nunca queria, porque pensava que eu não sabia fazer nada, mas o meu pai gostava que eu ajudasse, ficava orgulhoso de mim. A minha alimentação era pouco variada, era à base de pão e de sopa, depois vinham as azeitonas, o queijo, o toucinho, e uma sardinha salgada. Eu e os meus irmãos, comíamos sempre em último lugar, havia dias em que chegávamos a comer restos e só podíamos comer carne nos dias de festa. Havia várias maneiras de nos divertirmos: ir a feiras, à desfolhada. Eu vivia no Algarve, onde todas as casas eram caiadas de branco, a nossa era grande. Não nos podíamos queixar da nossa vida era melhor do que a de outras famílias. Vou guardar este texto até morrer para me recordar da minha história e poder contá-la aos meus netos. Pedro

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