A Vida Na Lua

  • December 2019
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  • Words: 712
  • Pages: 18
Autocolante para estima Pai Natal No frigorífico Colo Na janela também Mas preciso desse presente É urgente. Havemos de nos encontrar Ia a dizer Mas no fundo Me aborreceu.

A via Vida A minha caveira A vendia plastificada Pesada Fazia de haltere Numa montra. Era Conhecida. Chuvada muito forte Estava na moda então. Havia de tudo. Sol. Ocasião. Deus.

Falar de ti meu amor Bolos rei Redondos Diabólicos Engraçados Fatiados ou enfeitados Simplesmente amados. Os presentes lá embrulhados Por mãos humildes E a diversão da fava também Tudo isso se perdeu no tempo Mas noutro lugar.

Povoação ou encontro de lugares Os pássaros Os animais os desejos Sonha-se as escritas Maduras ou cruéis Eis que lá estão Os terrenos vendidos Na lua à sua porta. As mãos dadas Como num jornal. Eu rei o determino.

Casos de uma vida real Seios de actriz Amarrados Vendidos E caminhados. Tantas vezes ensebados Enviados ou postigos Vezes mais que conta eu digo Mas no fundo nada mais. Mas no fundo o artigo.

Os doces da felicidade Coração Bolo com corações Muito belos com corações Encarnados Com os doces Escorrendo o suor doce Ou a cor Ou mesmo a flor Assim são os doces.

Estudos de alguém e por alguém de tudo Os mais mortos poderiam falar Acabar por amar Cientificamente correcto Afirmou um Deus Observando seu laboratório De nenúfares e de aves compasso Escritas e de amores perdidos. Facilidades no mundo Estão ainda por vir e alguém. Amar e por viver o Deus O mundo de Deus e por viver bem.

O amor de um Deus Faz um burro Disse eu no meio do exame Para o Carlos. Este sem saber responder a nada Como eu novamente Agarrou numa moeda E em sua roda traçou Com um lápis O seu dia melhor do mundo. E assim terminou a prova Com todos a rirem de si mesmo.

O olhar do seu passado Essa nuvem que troveja Voou de mim A apanhei num relance Ainda a ouço E seu semblante espesso Me deixou deste espaço. É assim neste mundo o ver E o espaço de tudo. Neste mundo mudo O começo de tudo. O mundo que troveja É ainda neste mundo. Mundo que se extasia E mundo que se principia.

Frio nas partidas Cabeçudos diria eu também Coisas do passado Olho nos seus fatos Brancos Cabeçudos jogando em si A cabeça contra a cabeça Assim os tenho nessa mesa. Bowling Duas garrafas encostando-se Aquele jogo de meter os dedos nos buracos das bolas E arremessando-as com ténis Esse mesmo. Cabeçudos Três vezes sem arremessar.

O caso das serenatas Estou ouvindo o coro Desses anjos voando Garças reais pairando Na atmosfera do templo E sumindo devagar E a porta se abrindo. Sonhos cor de rosa meu amor Disse eu ainda a tempo Divino eu a acordar.

O senhor de Deus e o Pai Natal Falo ainda hoje contigo Segredei a seu ouvido Pois me olhava num pai O mestre deste brinquedo O senhor Pai Natal. De óculos para os filhos Era assim o seu dia E eu o abraço Eu um urso de peluche E neste abraço de dias O deixo mais um coelho. Vamos a continuar Outra história Noutro lugar Adeus até ao ano novo. E assim caiu em si Que diabo tinha de voltar Ao meu mundo e se libertar.

O sonho de ser real Desenhei De dia a todo o tempo Por vezes a contento Balanças reais com pêndulo Na cabeça de carecas Pairando Olhos sem ver Olhos sem o matiz E a criança Segurando a pomba branca A paz. O mundo de ser real.

O amor de uma guitarra Nesse amor de música Nesse dia a escrever No dia a antever. Algo do passado Funil de humor Maior de valor Na cabeça de doutor. No amor de o senhor Encontro. Funil só está só. Algo de mestre O músico. O mestre.

O rasto de uma febre Nessa ponte escura Estavam os pintores a postos Todo o dia lá pintavam O mesmo tema O mesmo estudo. Daquele buraco negro Que dele faria um rato. Não sei mas movendo seu tempo Um passador de carne manual. Não sei mas movendo seu tempo Não outro. Um rato ou o diário.

Deus Estou Vou Estou Vou. Espero.

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