A outra face da parede A parede… má, fria e dura mesmo de costas para a vida é cusca e tão burra que nada aprende nas aulas. Será que tem uma formiga no cérebro que lhe come a inteligência? A parede… é louca a valer e dela saem e entram espíritos de um mundo paralelo que circulam em veias eléctricas transformados em veneno de escorpião. A parede medonha lá fora e cá dentro sem sentimento tem no coração uma pedra preta. Aprisiona ratazanas e castiga-as com chicote feito de ossos. Como pensa ter na mão o presente e o futuro mata a luz do sol com a força de um trovão só para fazer a chuva! Faz a noite a qualquer hora E espalha reflexos de medo na escuridão. A parede… tão vaidosa e convencida também é assassina de pássaros indefesos e usa o sangue deles como gotas de perfume !
Texto colectivo da turma B do 6º ano 3 de Fevereiro de 2009 Ilustração: Francisco Encarnação