A Cultura Da Leitura.docx

  • June 2020
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LER QUE TE QUERO SEMPRE 1 JUSTIFICATIVA E ABORDAGEM DO PROBLEMA Vivemos novos tempos, não podemos negar... Não apenas as crianças ou a nova geração, precisamos ter consciência da nova situação existente: internet, televisão, telefone… São muitas as opções de entretenimento. E nessa roda viva que se chama mundo a cada dia surgem novas possibilidades para preencher aquele tempinho em que o tédio insiste em surgir. Então nos perguntamos “e a leitura?”. Dentro desse contexto, ela acaba perdendo seu importante espaço quando o assunto é diversão e por consequência deixando de cumprir seu papel insubstituível na formação intelectual do indivíduo. Em face a esse abandono maior de algo que já não possui força na cultura brasileira que é hábito de leitura, cabe aos pais e professores orientar e buscar maneiras que incentivem essa prática. Acreditamos que o maior desafio educacional do momento seja a conscientização dos alunos de que a leitura deve ser algo diário e indispensável, da mesma forma que outras atividades cotidianas: como beber água, alimentar-se, praticar esportes ou academia. A alimentação intelectual deve ser vista como uma necessidade básica do ser humano, com seu propósito próprio, onde a não nutrição dessa área traz deficiêcia na formação específica no individuo, da mesma maneira que a não alimentação adequada para o organismo físico traz deficiências especificamente físicas. Consideramos essa analogia importante para a devida compreensão do mérito que é a leitura diária. Destacamos aqui também a importância da compreensão do papel da leitura na vida do educador, seja qual for a esfera, tanto para apropriação do saber quanto para servir como suporte para incentivo dessa prática. Ora, um educador não leitor, que não entende a falta do seu alimento intelectual diário terá poucos argumentos com os quais contar para criar a fome necessária no publico alvo. Nossos educandos precisam entender o papel preponderante do livro, sendo capaz de nos fazer compreender melhor nossa mente, tirando-nos do comodismo e nos fazendo pensar. No intuito de formar cidadãos mais críticos e bons leitores sempre houve em muitos discursos escolares o incentivo a não assistir tanto tempo televisão, usando esse tempo para dedicar-se ao estudo e a leitura. Mas atualmente a batalha acirrou-se. As redes sociais passaram a ocupar um tempo por vezes muito maior do que a televisão já foi capaz de ocupar! A própria praticidade de encontrar tudo o que se busca (e o que não se busca) na palma da mão com o aparelho de celular, que pela praticidade, faz fluir um dia todo sem ao menos nos darmos conta, roubou um tempo que já era escasso para atividades como leitura. Antevemos que se conseguissemos ajudar a formar uma rotina de leitura, reduziríamos essa deficiência cultural. Por isso resolvemos, através desse estudo, propor a implantação diária do hábito de leitura. Em todo o andamento da construção do pensamento direcionado a esse novo modo de perceber a leitura, o pensamento mais perturbador: vai funcionar? Talvez a metodologia aqui proposta, não funcione e tenhamos que

mudá-la, mas a prática continuará, pois “uma mente que se abre, jamais volta ao seu tamanho original”. Não sabemos aqui de quem é essa frase, mas nos apropriamos dela para que fique registrado que não importa a forma, o que importa é ler. 2 OBJETIVO GERAL Vivemos em uma sociedade desigual. Essa desigualdade não se reflete apenas no poder de compra de uma pessoa. Mas percebemos que o acesso a informação também chega de maneira desigual, e muito dolorosamente podemos dizer que não é a falta de condição financeira que bloqueia esse acesso, muito pelo contrário, o que impede esse acesso é desconhecer que precisa dele. Portanto, temos por objetivo, através do estimulo a leitura, dar aos nossos educandos a oportunidade de perceber o quão libertadora pode ser a leitura. Pois através dela ele pode se libertar das amarras da ignorância intelectual, abrindo através dessa prática novos caminhos com melhores oportunidades. Pois um indivíduo abastado de leitura detém uma boa construção de frases e grafia de palavras em detrimento dos que a não possuem, acarretando inclusive numa produção de melhor qualidade. Isso sem contar inúmeras outras habilidades que surgirão como reflexo de hábito de leitura. Criar hábito de leitura, não significa necessariamente que a leitura deva ser de clássicos complexos. A melhor opção, independente do gênero textual, é que se escolha um vocabulário leve e confortável para ir se familiarizando e aumentar gradativamente a dificuldade. Facilitando cada vez mais a fluidez da leitura e compreensão do que se lê. Nesse processo, quando estamos criando o hábito da leitura, ao finalizar o primeiro livro, nos sentiremos motivados para começar o seguinte. Mas se iniciarmos com um livro muito grande e pouco atraente (ainda que se trate de um clássico) corremos o risco de não chegarmos ao final e perdermos o interesse pela leitura em geral.

Segundo a quarta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Ibope e encomendada pelo Instituto Pró-Livro em 2015, o hábito da leitura não faz parte do cotidiano dos brasileiros. Segundo os dados, a população brasileira lê 4,96 livros por ano, sendo que 2,43 são completos e 2,53 em partes. Quem é estudante ainda lê 9,38 livros ao ano, enquanto os outros leem 3,35. Entre os ítens apontados para esses índices estão a falta de tempo, preferência por outras atividades e a falta de paciência são apontados como desanimadores do hábito de leitura. Em meio a esta perspectiva, a leitura torna-se algo ainda mais importante, visto que o desenvolvimento de todo e qualquer país passa por uma população e uma sociedade verdadeiramente preparada, no que diz respeito aos conhecimentos que obtêm, já que assim, esta mesma sociedade estará pronta para reivindicar seus direitos, tendo maior consciência sobre eles e também maior possibilidade de implementar as mudanças necessárias para que tenhamos um mundo cada vez melhor.

Portanto, encontrar um tempo para ler é um processo que permite a expansão de si mesmo, abrindo-se para infinitas possibilidades e trilhando o caminho para o despertar do potencial pleno.

3 OBJETIVO - Criar uma sociedade leitora; 4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Ampliar o acesso e a compreensão das informações; - Melhorar o entendimento sobre assuntos distintos; - Conhecer culturas diferentes através do ato de ler, ampliando nossa compreensão de mundo e como consequência melhorar nossa habilidade ao lidar com quem é diferente; - Maior qualidade nas relações interpessoais; - Aumentar a capacidade de reflexão, ampliando a capacidade de formar uma ideia madura e própria dos fatos, bem como aumentar a agilidade de refletir; - Desenvolvimento de um senso crítico mais apurado; - Ampliar o desenvolvimento da fala e da escrita; - Ampliar o vocabulário; - Expansão do repertório cultural; - Promover diversão, viajar na imaginação.

5 METODOLOGIA Com o objetivo de criar um tempo específico diário para leitura na escola, apresentamos uma metodologia que apesar de não ser simples sua implantação, pois requer um trabalho árduo conjunto de toda a comunidade escolar, apresenta-se como uma boa opção para ciar esse hábito. Sugerimos começar a rotina de leitura com uma meta simples e alcançável, como 10 minutos de leitura diária, de preferência sempre no mesmo horário. Deve-se considerar obrigatório que todos os alunos tenham na sua mochila um livro para sua leitura, bem como cada professor deve ter um em mãos, pois palavras comovem, mas é o exemplo que arrasta a multidão! De início, a tarefa será difícil, mas será a persistência que nos fará atingir o objetivo. Deve-se persistir no fato de que ao dar o sinal de início da aula, cada aluno dirige-se a sua sala, e ao adentrá-la, pega seu livro e lê durante 10 minutos, inclusive o professor, que de início não conseguirá ler muito pois

precisa fazer a turma ler, mas gradativamente fazer o hábito fixar-se na mente dos educandos. Esses minutos iniciais servem inclusive para acalmar a agitação e finalizando esse tempo a aula segue seu ritmo. Nos deparamos com o fato de que há alunos qure não trarão o livro, mas como todos tem livro didático, este aluno que não tiver livro de leitura, fazê-la-á no próprio livro didático, visto que todos são recheados dos mais diversos conteúdos, e se não tiver material algum, deve ser encaminhado à equipe pedagógica para o devido acompanhamento. Não deve ser permitido nesse tempo, buscar um material, o sentido real desse projeto é incorporar o livro a vida do aluno, se ele puder buscar, além de perder tempo de leitura não estará exercitando o hábito de ter um livro em sua companhia. Este comportamento de entrar todos os dias na sala e ler por 10 minutos deve ser encarado como algo natural, transformando-se em rotina, e como andamento do projeto e se verificado o bom aproveitamento, a escola pode decidir aumentar esse tempo, mas a princípio tempo reduzido para fortalecer a ideia e não torná-la tortura. Esta metodologia, visa tornar a leitura um hábito e não um evento que altera a rotina da escola. Outro fator importante a se incorporar a metodologia, é de tentar ao menos uma vez ao ano, trazer algum escritor para que os alunos o conheçam. Pode ser qualquer escritor, o importante é aproximar o aluno desse mundo e fazê-los ver que é real. Em reunião de pais, a metodologia deve ser apresentada, e conscientizá-los da importância de pedir todos os dias ao seu filho se ele já fez alguma leitura, e sempre que possível ler também. Deve ser proposto aos pais e educandos que leia durante 15 minutos antes de dormir. Estipular um horário para a leitura pode ser explidado pela psicologia comportamental, que diz que todo hábito é criado a partir da recorrência, independentemente do objetivo almejado, o importante é repetir diariamente. Esse conceito não muda para a leitura. Ter um livro sempre em mãos, facilita ter o que fazer nos momentos de ócio, transformando-o em oportunidade produtiva 6 REFERÊNCIAS NOVA Escola. A revista de quem educa. Edição Especial LEITURA. Nº18. Abril, 2008.

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