99 - A Recompensa Do Justo

  • November 2019
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A Recompensa do Justo John Wesley (Pregado diante da Sociedade Humanitária) 'Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, abençoados de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo'. (Mateus 25:34) 1. A razão exclusivamente irá convencer qualquer inquiridor justo, de que Deus 'é quem recompensa aquele que diligentemente o busca'. Esta sozinha o ensina a dizer: 'Sem dúvida existe uma recompensa para o justo'; 'existe um Deus que julga a terra'. Mas quão pouca informação nós recebemos da razão não assistida, no tocante às especificidades contidas nesta verdade geral! Como os olhos não vêm, ou os ouvidos não ouvem, assim, não pode entrar naturalmente, em nossos corações, conceber as circunstâncias daquele dia terrível em que Deus irá julgar o mundo. Nenhuma informação deste tipo pode ser dada, a não ser do próprio grande Juiz. E que exemplo impressionante de condescendência, é o Criador, o Governador, o Senhor, o Juiz de todos, nos fornecer um relato, tão claro e específico, daquela solene transação! Se o ateu instruído reconhece a sublimidade daquele relato que Moisés deu da criação, o que ele teria dito, se ele tivesse ouvido este do Filho do Homem vindo de sua glória? Aqui, na verdade, não está a pompa forçada das palavras, nenhum ornamento de linguagem. Isto não teria adequado tanto o Orador, quanto a ocasião. Mas que dignidade inexprimível de pensamento! Observá-lo, 'vindo, por entre as nuvens do céu, e todos os anjos com Ele!'. Observá-lo, 'sentado no trono de sua glória, e todas as nações reunidas diante Dele!'. E Ele as separando; colocando os bons, do seu lado direito, e os maus, do seu lado esquerdo! 'Então, o Rei irá dizer' – com que admirável propriedade, a expressão é diversificada! 'O Filho do Homem' veio para julgar os filhos dos homens. 'O Rei' distribui recompensa e punição aos seus súditos obedientes e rebeldes: -- "Então, o Rei deverá dizer aos que estão à sua direita, 'Venham, abençoados de meu Pai, herdeiros do reino que lhes foi preparado, desde a fundação do mundo'". 2. 'Preparado para você desde a criação do mundo': -- Mas isto concorda com a suposição comum de que Deus criou o homem meramente para suprir os tronos vagos dos anjos rebeldes? Antes, não parece implicar que Ele teria criado o homem, embora os anjos nunca tivessem caído? Visto que Ele preparou o reino para seus filhos humanos, quando Ele planejou a criação da Terra. 3. 'Herdeiros do reino'; -- como sendo 'herdeiros de Deus, e co-herdeiros' com seu amado Filho. Este é um direito de vocês; uma vez que eu adquiri a redenção eterna para todos aqueles que me obedecem: E vocês me obedeceram nos dias de sua carne. Vocês 'creram no Pai, e também em mim'. Vocês amaram o Senhor seu Deus; e este amor constrangeu vocês a amarem toda a humanidade. Vocês continuaram na fé que é operada pelo amor. Vocês mostraram sua fé, através de suas obras. 'Quando eu estava faminto, vocês me deram de comer: Quando sedento, deram-me de beber:

Quando estranho, acolheram-me: Nu, me vestiram: Doente e na prisão, vieram até mim'. 4. Mas, em que sentido, devemos entender as palavras que se seguem: 'Senhor, quando nós o vimos faminto, e lhe demos carne? Ou sedento, e lhes demos água? Elas não podem ser entendidas literalmente; elas não podem ser respondidas nestas mesmas palavras; porque não é possível que eles possam ser ignorantes do que Deus tem realmente operado através deles. Não é, então, evidente que essas palavras sejam tomadas em um sentido figurativo? E elas podem implicar algo mais do que tudo que eles tenham feito irá parecer como nada a eles; irá, por assim dizer, desaparecer, diante do que Deus, seu Salvador, tem feito e sofrido por eles? 5. Mas "o Rei deverá responder a eles, 'Verdadeiramente eu lhes digo que, porquanto vocês fizeram isto ao menor desses meus irmãos, vocês o fizeram a mim'". Que declaração é esta! Merecedora de ter estado na lembrança eterna. Possa o dedo do Deus vivo escrever isto em todos os nossos corações! Eu aproveito a oportunidade para: I. Em Primeiro Lugar, fazer algumas poucas reflexões a respeito das boas obras em geral: II. Em Segundo Lugar, considerar aquela instituição, detalhadamente, para o fomento do que nós estamos agora colocando. III. Em Terceiro Lugar, fazer uma aplicação resumida.

I 1. Em Primeiro Lugar, eu faria algumas reflexões sobre as boas obras em geral. Eu não sou insensível ao fato de que muitas pessoas, até mesmo as sérias, são zelosas de tudo que é falado sobre este assunto: Mais do que isto, quando quer que a necessidade das boas obras seja fortemente admitida como verdadeira, que aquele que fala desta maneira, é alguém que se afastou do catolicismo. Mas, nós podemos, por temor a isto ou a alguma outra reprovação, refrearmo-nos de falar 'a verdade, como ela está em Jesus?'. Nós podemos, em qualquer consideração, 'evitar declarar toda a deliberação de Deus?'. Mais ainda, se um falso profeta pode afirmar esta palavra solene, quanto mais podem os Ministros de Cristo, 'Nós não podemos ir além da palavra do Senhor, falar nem mais, nem menos!'. 2. Não é para se lamentar que qualquer um que tema a Deus possa desejar que façamos o contrário? E que, por falarem de outra maneira, eles dão oportunidade para que se fale mal da verdade? Eu quero dizer, particularmente, o caminho da salvação pela fé; que, neste mesmo respeito, é menosprezado; mais do que isto, ele foi abominado, por muitos homens sensíveis. Faz agora mais de quarenta anos que o fundamento desta doutrina bíblica, 'Pela graça, vocês são salvos, através da fé', começou a ser abertamente declarado por alguns poucos clérigos da Igreja da Inglaterra. E não muito depois, alguns que ouviram, mas não entenderam, tentaram

pregar a mesma doutrina, mas miseravelmente a mutilaram; torceram as Escrituras, e 'tornaram a lei sem efeito, através da fé'. 3. Alguns desses, com o objetivo de exaltar o valor da fé, têm pleiteado contra as boas obras. Eles falam delas, não apenas, como não necessárias para a salvação, mas como grandemente obstrutivas dela. Eles a representam, como abundantemente mais perigosa do que as obras diabólicas, aos que buscam salvar suas almas. Alguém clama, 'Mais pessoas vão para o inferno, por orarem do que por roubarem'. Um outro grita, 'Fora, com suas obras! Não se interesse por elas, ou você não poderá vir até Cristo!'. E isto é declamação não bíblica, irracional, bárbara é chamada de pregar o Evangelho! 4. Mas 'o Juiz de toda a terra não deverá' falar, assim como 'fazer o que é certo?'. E ele não 'será justificado em suas palavras, e limpo, quando for julgado?'. (Romanos 3:4) 'De maneira nenhuma; sempre seja Deus verdadeiro, e todo o homem mentiroso; como está escrito: Para que sejas justificado em tuas palavras, E venças quando fores julgado'. Seguramente será. E de acordo com Sua autoridade, nós devemos continuar a declarar que, quando quer que você faça o bem a alguém, por amor a Ele; quando você alimenta o faminto, dá de beber ao sedento; quando você assiste o estranho, ou veste o nu; quando você visita os que estão doentes ou na prisão; esses não são pecados magníficos, como alguém maravilhosamente os chama, mas 'sacrifícios com os quais Deus se agrada'. 5. Nem nosso Senhor pretendeu que confinássemos nossa beneficência aos grupos de homens. Ele, sem dúvida, designou que nós pudéssemos ser igualmente abundantes nas obras de misericórdia espiritual. Ele morreu 'para purificar, junto a si mesmo, um povo peculiar; zeloso de' todas 'as boas obras'; zeloso, acima de tudo, para 'salvar almas da morte', e por meio disto, 'ocultar uma multidão de pecados'. E isto é inquestionavelmente incluído na exortação de Paulo: 'Quando tivermos tempo, vamos fazer o bem a todos os homens'; o bem de todas as maneiras possíveis, assim como, em todo grau possível. Mas, por que nosso abençoado Senhor menciona obras da misericórdia espiritual? Ele não deveria fazer isto com alguma justeza. Não foi por ele dizer, 'Eu estava no erro, e você me convenceu; eu estava no pecado, e você me trouxe de volta para Deus'. E não precisou; porque em mencionar algumas, ele incluiu todas as obras de misericórdia. 6. Mas, eu posso acrescentar alguma coisa a mais? (Aquele que tem ouvidos, que entenda): As boas obras estão tão longe de serem obstáculos para nossa salvação; elas estão tão longe de serem insignificantes; de não dizerem respeito ao Cristianismo; que, supondo-se que elas brotem do princípio correto, elas são a perfeição da religião. Elas são a parte mais alta daquela construção espiritual da qual Jesus Cristo é o alicerce. A esses, que atenciosamente consideram o 13o. Capítulo da Primeira Epístola aos Coríntios, ficará inegavelmente claro que aquilo que Paulo descreve como a mais sublime de todas as graças, é propriamente e diretamente o amor ao nosso próximo. [I Cor. 13]. E a ele, que atenciosamente considera todo o teor, ambos do Velho, e do Novo Testamento, ficará igualmente claro que as obras, brotando deste amor, são a parte mais sublime da religião, desta forma, revelada. Destes, o próprio nosso Senhor diz: 'Por meio disto, meu Pai é glorificado; para que você produza muitos frutos'. Muitos frutos! Esta mesma expressão não implica na excelência do que é então denominada? Não é a própria árvore, por causa dos frutos? Por carregar os frutos, e

através disto somente, ela alcança a mais alta perfeição de que é capaz, e responde à finalidade pela qual foi plantada. Quem; o que é ele, então, que é chamado de um cristão, e pode falar levianamente das boas obras?

II 1. Dessas reflexões gerais, eu prossigo para considerar aquela instituição, em particular, para a promoção do qual nós estamos agora reunidos. E ao fazer isto, eu devo, Primeiro, observar o surgimento desta instituição; Segundo, o sucesso; e Terceiro, a excelência dela: Depois do que, você irá me permitir fazer uma pequena aplicação.

(I) No primeiro tópico, o surgimento desta instituição, eu vou ser muito breve, uma vez que grande parte de vocês já sabe disto. 1. Alguém poderia se admirar (como um escritor engenhoso observa) que tal instituição como esta, de importância tão profunda para a humanidade, apareça tão tarde no mundo. Nós tivemos alguma coisa escrita sobre o assunto, antes do tratado publicado em Roma, no ano de 1637? E a proposta, então, não esteve inativa por muitos anos? Não existiram mais do que uma ou duas tentativas, e essas não efetivamente adotadas, até o ano de 1700? De que maneira ela foi reavivada e posta em execução, nós iremos agora inquirir. 2. Eu não posso dar a você uma visão mais clara disto, do que apresentando a você um extrato resumido da Introdução para o 'Plano e Informações da Sociedade', publicada dois anos antes: -"Muitas e indubitáveis são as instâncias da possibilidade de restaurar, para a vida, pessoas, aparentemente afetadas com a morte repentina, quer por apoplexia, ataques convulsivos, vapores nocivos, estrangulamento ou afogamento. Casos desta natureza têm ocorrido em diversas regiões. Mas eles foram considerados, e negligenciados, como fenômenos extraordinários, do quais nenhuma conseqüência salutar pode ser esboçada". 3. "Por fim, alguns cavalheiros benevolentes, na Holanda, conjeturaram que alguns, pelo menos, teriam sido salvos, se os meios apropriados tivessem sido usados em tempo; e criaram uma Sociedade, com o objetivo de fazerem um teste. As tentativas tiveram sucesso, além das expectativas deles. Muitos foram restaurados, os quais, de outra forma, teriam perecido. E eles foram, por fim, capacitados a estender seu plano pelas Sete Províncias". "O sucesso deles instigou outras regiões a seguir o exemplo. No ano de 1768, os Magistrados da Saúde em Milão e Veneza emitiram ordens para o tratamento de pessoas afogadas. A cidade de Hamburgo indicou uma ordenança similar a ser lida em todas as igrejas. No ano de 1769, a Imperatriz da Alemanha publicou um édito, estendendo suas direções e encorajamentos a todo caso que fornecesse uma possibilidade de assistência. No ano de 1771, os Magistrados de Paris fundaram uma instituição em favor do afogado".

4. "No ano de 1773, Dr. Cogan traduziu as 'Memórias da Sociedade em Amsterdã', com o objetivo de informar nosso compatriota da viabilidade de se recuperar pessoas aparentemente afogadas; e o Sr. Hawes, unido a ele, esses cavalheiros propuseram um plano para uma instituição similar nesses reinos. Eles foram logo capacitados a formar uma Sociedade para este excelente propósito. O plano é este: --". "I. A Sociedade irá publicar, da maneira mais extensiva possível, os métodos apropriados para o tratamento de pessoas em tais circunstâncias". "II. Eles irão distribuir um prêmio de dois guineis [Antiga moeda de ouro inglesa, de cálculo equivalente a 21 xelins], entre as primeiras pessoas que tentarem recuperar alguém tirado das águas, como morto. E esta recompensa será dada, mesmo se a tentativa não obtiver sucesso, estipulado que ela tenha sido tentada por duas horas, de acordo com o método estabelecido pela Sociedade". "III. Eles irão distribuir um prêmio de quatro guineis, onde a pessoa é restaurada para a vida". "IV. Eles irão dar um guinéu a alguém que permita o corpo em sua casa, sem demora, e forneça as acomodações necessárias". "V. Um número de cavalheiros médicos, vivendo perto dos lugares onde esses desastres comumente acontecem, darão assistência gratuita".

(II) Tal foi o surgimento desta admirável instituição. Com que sucesso ela tem sido atendida, é um ponto que eu proponho, a seguir, muito brevemente, considerar. Admite-se que ela não deve ser apenas muito maior do que aqueles que a menosprezaram tinham imaginado, mas, maior ainda, do que muitas das expectativas otimistas dos cavalheiros que imediatamente se engajaram nela. Em pouco espaço de tempo, desde seu primeiro estabelecimento, em Maio de 1774, até o fim de Dezembro, oito pessoas, aparentemente mortas, foram restauradas para a vida. No ano de 1775, quarenta e sete foram restauradas para a vida: Trinta e duas delas, pelo encorajamento e assistência direta dos cavalheiros desta Sociedade; e o restante, através dos cavalheiros médicos e outros, em conseqüência de seus métodos de tratamento serem largamente conhecidos. No ano de 1776, quarenta e uma pessoas foram restauradas para a vida, através da assistência desta Sociedade. E onze casos desses que tinham sido restaurados, em outra parte, foram comunicados a eles. Assim, o número de vidas preservadas e restauradas, em dois anos e meio, desde a primeira instituição, somou cento e sete! Acrescente a esses, aqueles que têm sido, desde então, restaurados; e teremos das duzentas e oitenta e quatro pessoas que estavam mortas, pelo que tudo indica, não menos do que cento e cinqüenta e sete foram restauradas para a vida. Tal é o sucesso que tem atendido a eles, em tão pouco

espaço de tempo! Tal a bênção que a graciosa providência de Deus tem dado a esse empreendimento novo!

(III) Resta apenas mostrar a excelência dela. E isto pode aparecer de uma simples consideração: Esta instituição une, em uma, todas as várias ações de misericórdia. As diversas obras de caridade, mencionadas acima, estão todas contidas nela. Ela inclui todos os benefícios corpóreos e espirituais; todas as instâncias de bondade que podem ser mostradas, tanto aos corpos quanto às almas dos homens. Para mostrá-la, além de toda contradição, não há necessidade de eloqüência elaborada; nenhuma retórica rebuscada, mas simplesmente e cruamente relatar a coisa como ela é. 2. Não apenas a tentativa, mas a execução da coisa em si (assim tem bondade de Deus prosperado os trabalhos desses amantes da humanidade!) não é menos, em um sentido qualificado, do que restaurar a vida do morto. É para se admirar, então, que a generalidade dos homens possa, a princípio, ridicularizar tal empreendimento? Que eles possam imaginar que as pessoas que pretendem tal coisa, estejam completamente fora de si? Na verdade, um dos antigos disse: 'Por que parece uma coisa incrível a você que Deus possa ressuscitar o morto?'. Ele, que concedeu a vida a princípio, não pode desta forma concedê-la novamente? Mas pode-se bem pensar que seja uma coisa incrível que um homem possa restaurá-lo; porque nenhum poder humano pode criar vida. E que poder humano pode restaurá-la? Assim sendo, quando nosso Senhor (a quem os judeus, naquele tempo, supuseram ser um mero homem) veio à casa de Jairo, com o objetivo de trazer a filha dele da morte, na primeira insinuação de seu desejo, 'eles riram Dele, com desprezo'. 'A jovem', disse Ele, 'não está morta, mas dorme'. 'É preferível chamar isto de sono do que morte; uma vez que sua vida não está no fim; mas eu irei rapidamente acordá-la deste sono'. 3. Contudo, é certo que ela estava realmente morta, e, desta forma, acima de todo poder, a não ser aquele do Altíssimo. Mas, observe que poder Deus tem agora dado ao homem! A Seu nome seja toda glória! Veja com que sabedoria Ele tem dotado esses filhos da misericórdia! Ensinando-os a interromper a ruptura da alma, aprisionando o espírito recém saído da argila sem vida, e levantando vôo para a eternidade! Quem tem visto tal coisa? Quem ouviu tais coisas? Quem leu sobre isto nos anais da Antigüidade? Filhos de homens, ' esses ossos secos podem viver?'. Este coração parado pode bater novamente? Este sangue coagulado pode fluir novamente? Essas veias ressequidas e endurecidas podem dar passagem a ele? Essa carne gelada pode reassumir seu calor nato, ou esses olhos verem o sol novamente? Certamente, essas são coisas (não poderia alguém, por pouco, dizer, tais milagres?), nem nós, na geração atual; nem nossos antepassados conheceram! 4. Eu suplico que vocês considerem como muitos milagres de misericórdia (por assim dizer) estão contidos em um. Aquele pobre homem que foi considerado recentemente como morto, através da prudência, e cuidados desses mensageiros de Deus, respira novamente o ar vital; abre seus olhos e se põe de pé. Ele foi restaurado para sua alegre família; para sua esposa; para os seus (recentemente) filhos desamparados. Para que possa novamente, através de seu trabalho honesto, supri-los de todas as necessidades da vida. Veja agora, o que vocês fizeram – vocês, ministros da misericórdia! Observem o fruto do seu trabalho de amor! Vocês foram marido para a viúva; pai para o órfão. E, por meio disto, alimentaram o faminto, deram de beber ao

sedento, e vestiram o nu: Porque famintos, sedentos, nus, esses pequeninos teriam sido, caso vocês não tivessem restaurado a vida daquele que iria impedir isto.Vocês fizeram mais do que aliviar; vocês preveniram aquela enfermidade que poderia naturalmente surgir da falta de suficiente alimento ou vestuário. Vocês impediram esses órfãos de vagarem, para cima e para baixo, sem terem um lugar onde deitar suas cabeças. Mais do que isto, e muito possivelmente, vocês preveniram alguns deles de morarem em uma lúgubre e desconfortável prisão. 5. Tão grande; tão compreensiva, é a misericórdia que vocês têm mostrado aos corpos de seus companheiros! Mas por que as almas deles deveriam ser omitidas do relato? Quão grandes são os benefícios que eles têm outorgado também a essas! O marido tem agora uma nova oportunidade de assistir sua esposa nas coisas de maior necessidade. Ele pode novamente fortalecer as mãos dela em Deus, e ajudá-la a participar da corrida que se coloca a sua frente. Ele pode novamente juntar-se a ela na instrução de seus filhos, e treiná-los no caminho em que eles deverão seguir; os quais poderão viver para serem um conforto para seus pais idosos, e membros úteis da comunidade. 6. Mais ainda, pode ser que vocês arrebataram o pobre homem, não apenas das mandíbulas da morte, mas de mergulhar ainda mais nas profundezas, nas mandíbulas da destruição eterna. Não se pode duvidar que alguns desses, cujas vidas vocês restauraram, embora eles estivessem sem Deus no mundo, se lembrarão, e não apenas com seus lábios, mas com suas vidas, de mostrar adiante sua gratidão. É muito provável que alguns desses (como um, em dez hansenianos) 'retornarão e agradecerão a Deus'; um agradecimento real e eterno, devotando-se aos seus serviços honrosos. 7. É notável que diversos desses, que vocês trouxeram de volta da margem da sepultura, estiveram intoxicados, ao mesmo tempo, em que caíram na água. E neste mesmo instante (o que é freqüentemente o caso), eles perderam totalmente os sentidos. Aqui, portanto, não há lugar, e nem possibilidade, para o arrependimento. Eles não tiveram tempo; eles não tiveram consciência, para assim clamarem: 'Senhor, tenha misericórdia!'. De maneira que eles afundaram, através das águas poderosas para o abismo da destruição! E esses instrumentos da misericórdia divina os arrancaram, de uma só vez, das águas e do fogo; pelo mesmo ato, livrando-os da morte temporal e eterna. 8. Mais ainda, uma pobre pecadora (que isto nunca seja esquecido!) estava justamente descendo do navio, quando (tome em conta da justiça e misericórdia de Deus) seu pé escorregou e ela caiu dentro do rio. Instantaneamente, ela perdeu os sentidos, de modo que não pôde clamar por Deus. Ainda assim, Ele não se esqueceu dela. Ele enviou aqueles que a livraram da morte; pelo menos, da morte do corpo. E quem sabe, ela possa colocar isto no coração, e se arrepender do erro de seus caminhos? Quem sabe, ela possa ser salva da segunda morte, e, com seus livramentos, 'herdar o reino?'. 9. Um ponto mais merece ser particularmente observado. Muitos desses que foram restaurados para a vida (não menos do que onze, entre quatorze que foram salvos em poucos meses), estavam entre aqueles que são uma vergonha para nossa nação -- suicidas obstinados.

Fata obstant! Impedir o destino! Mas em favor de muitos, nós vemos que Deus tem governado o destino. Eles são trazidos de volta do rio inavegável. Eles vêem os céus superiores. Eles vêem a luz do sol. Que eles vejam a luz de Teu semblante! Que eles então vivam seus poucos dias restantes na terra, e que eles possam viver Contigo para sempre!

III 1. Que eu possa fazer agora uma pequena aplicação. Mas a quem eu direcionaria isto? Existe alguém aqui que esteja descontentemente predisposto contra esta Revelação, que respira nada mais do que benevolência; que contém as mais ricas disposições do amor de Deus para com o homem; que sempre foi feita, desde a criação do mundo? Ainda assim, até mesmo a vocês, eu iria endereçar algumas poucas palavras; porque, se vocês não são cristãos, vocês são homens. Vocês também são suscetíveis de impressões bondosas: Vocês têm sentimentos de humanidade: Os seus corações não têm também se animado diante deste nobre sentimento; digno do coração e lábios dos mais sublimes cristãos, -"Homo sum: Humani nihil a me alienum puto!". [Esta citação de Terence é assim traduzida por Colman: -- "Eu sou um homem; e todas as calamidades que tocam a humanidade me são familiares". – Edit]

Vocês também nunca se simpatizaram com o aflito? Quantas vezes vocês têm se preocupado com a miséria humana? Quando vocês observaram uma cena de profunda aflição, suas almas não se enterneceram? E, de vez em quando, um sinal vocês conseguem, e as lágrimas começam a fluir. É fácil para qualquer um conceber uma cena de uma aflição mais profunda do que esta? Suponham que vocês estejam presentes, exatamente, quando o mensageiro entrar; e a mensagem seja entregue, 'Sinto muito em dizer-lhe, mas seu esposo está morto! Ele estava saindo da embarcação, e seu pé escorregou. É fato que, depois de um tempo, seu corpo foi encontrado, mas sem quaisquer sinais de vida'. Em que condição estão, agora, mãe e filhos? Talvez, por algum tempo, em silêncio absurdo, e dominado pela dor; encarando uns aos outros; então, irrompendo em lamentações estrondosas e amargas! Agora é o momento de ajudá-los, assistindo aqueles que fazem disto sua ocupação. Que nada impeça vocês de aperfeiçoarem a gloriosa oportunidade! Restituam o marido à sua esposa inconsolável; o pai aos seus filhos chorosos! De fato, vocês não podem fazer isto pessoalmente; vocês não podem estar no local. Mas vocês podem fazer isto de muitas maneiras efetivas, auxiliando aqueles que estão. Vocês podem agora, através de sua contribuição generosa, enviar ajuda, que não pode ser dada pessoalmente. Oh! Não fechem seus corações em direção a eles! Abram seus corações e mãos! Se vocês têm muito, dêem generosamente; se não, dêem um pouco, com boa-vontade. 2. A vocês, que acreditam na Revelação Cristã, eu posso falar de uma maneira ainda mais incisiva. Vocês crêem que seu abençoado Mestre 'deixou a vocês o exemplo de que vocês deveriam trilhar seus passos'. Agora, vocês sabem que toda a vida Dele foi um trabalho de amor. Vocês sabem 'como ele empreendeu fazer o bem', e isto sem intermissão; declarando a todos, 'O que meu Pai fez, assim faço eu!'. Não é esta, então, a linguagem de seus corações?

Oportunidades de fazer isto nunca faltará; porque 'sempre haverá pobres, com vocês'. Mas que oportunidade peculiar, a solenidade deste dia lhes fornece, de 'trilharem os passos de Jesus', de uma maneira que vocês nunca conceberam antes? Ele não disse ao pobre pai aflito (sem dúvida para a surpresa de muitos), 'Não chore?'. E Ele não os surpreendeu, ainda mais, quando enxugou suas lágrimas, restaurando a vida de seu filho morto, e 'entregando-o à sua mãe?'. Ele (não obstante todos que 'riram Dele e o menosprezaram) não restaurou a vida da filha de Jairo? Quantas coisas de tipo parecido, 'se podemos comparar a vida humana com a divina', foram feitas, e continuam a ser feitas diariamente, através desses amantes da humanidade! Que cada um, então, esteja desejoso de compartilhar desta obra gloriosa! Que cada um (em um sentido mais forte do que o Sr. Herbert quis dizer), dê as mãos a Jesus, para fazer um pobre homem viver! Através de sua assistência generosa, seja parceiro do trabalho deles, e cúmplice de sua alegria. 3. A vocês, eu devo acrescentar uma palavra mais. Lembrem-se (o que foi falado a princípio) da solene declaração Daquele, a quem vocês pertencem, e a quem vocês servem, vindo das nuvens do céu! Enquanto vocês estão promovendo esta caridade abrangente, que contém alimentar o faminto, vestir o nu, abrigar o estranho, na verdade, todas as boas obras em uma; que essas palavras estimulantes sejam escritas em seus corações, e soem em seus ouvidos: 'Porquanto vocês façam ao menor destes, vocês estarão fazendo a Mim!'. Editado por Kristi A. Newlander, estudante da Northwest Nazarene College (Nampa, ID), com correções de George Lyons para a Wesley Center for Applied Theology.]

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