REANIMAÇÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA A parada cardíaca constitui-se numa situação na qual se constata a ausência de batimentos do coração. A parada cardíaca possui várias causas, dentre as mais comuns cita-se o infarto, o choque elétrico, overdose de drogas. Caso o socorrista NÃO constate presença de pulso na vítima ou falata de batimentos cardíacos, ele deve suspeitar de parada cardíaca. Então: •
Ausência de pulso = parada cardíaca.
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O pulso a ser tomado é o carotídeo, que é checado à altura do pescoço.
Sintomas de uma vítima em PCR: •
Falta ou debilidade de pulsação.
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Dilatação das pupilas(midríase).
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Ausência de batimentos cardíacos (que podem ser checados encostando o ouvido do socorrista abaixo das papilas mamárias da vítima).
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Insuficiência respiratória
Massagem cardíaca: Verifica-se o pulso da vítima através da palpação digital do pulso carotídeo. Estando esse ausente deve-se realizar a massagem, que consiste na aplicação de uma pressão sobre o tórax da vítima contra uma superfície rígida e resistente, o que provocará uma compressão do coração entre o esterno e a coluna dorsal, e um aumento da pressão intratorácica, provocando o esvaziamento ativo e enchimento passivo das cavidades do coração, fazendo o sangue circular por todo o organismo. Realize a massagem cardíaca: •
Coloque a vítima em decúbito dorsal, sobre uma superfície dura e plana. O ponto certo para a realização da massagem é encontrado da seguinte forma:
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Localize o apêndice xifóide percorrendo o rebordo costal e dois dedos acima deste, coloque a palma de sua mão e no dorso dela a sua mão de dominância. Os dedos das mãos devem ficar entrelaçados.
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No bebê deve-se realizar esta manobra na região intermamilar, e sua realização é feita apenas com o 3o e o 4o dedos apenas.
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Deve-se realizar a massagem com os braços esticados e com o peso do corpo voltado contra a vítima.
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Os cotovelos do socorrista devem ficar estendidos durante a realização da manobra de reanimação.
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Faça a compressão com certo vigor a fim de abaixar o esterno numa depressão de aproximadamente 5 cm.
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O TEMPO DE DESCOMPRESSÃO E DE COMPRESSÃO É O MESMO!!
Cuidados Especiais: •
Com crianças: use apenas uma das mãos, procure realizar a manobra exercendo menor força que na massagem cardíaca para adultos.
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Com bebês: Utilize apenas 2 dedos (o dedo médio e o anular) para realizar a manobra, ao invés das duas mãos. A compressão deve ser feita na região intermamilar.
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Com pessoas idosas: segue as mesmas normas que a massagem cardíaca para adultos, porém vale a ressalva que deve-se fazer menos força, a fim de não fraturar nenhuma costela.
Vias aéreas: •
Ao encontrar a vítima avalie o nível de consciência em que se encontra. Se não conseguir despertá-la, posicione-a adequadamente (decúbito dorsal), atentando para possíveis lesões cervicais.
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Estando inconsciente, há falta do tônus muscular e a língua juntamente com a epiglote caem para trás, obstruindo a faringe e a laringe. Faz-se então a extensão da região cervical. Assim, consegue-se abrir as vias aéreas. No bebê de menos de um ano esta extensão deve ser bastante discreta.
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Caso a vítima apresente lesões no pescoço ou haja suspeita de trauma cervical, puxe a mandíbula para a frente, mantendo seus cotovelos apoiados na superfície em que a vítima deve estar deitada.
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Verifique se há respiração. Inspecione a boca e a garganta da vítima e verifique se há material estranho (vômito, outros líquidos, alimentares, brinquedos, etc) obstruindo as vias aéreas.
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Deve-se retirar o que se encontrar com o dedo indicador e médio ou, caso o material estranho seja líquido, pode-se envolver o dedo indicador com um lenço.
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Segure a língua e o queixo da vítima entre o seu polegar e os outros dedos, levantando a mandíbula. Com a outra mão, retira-se o corpo estranho.
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Respiração: •
Deve-se verificar se houve retorno da respiração. O socorrista deve se aproximar do rosto da vítima com o olhar voltado para o tórax da mesma. Desta forma, tentase ver, ouvir e sentir a respiração. Sente-se o ar expirado, ouve-se a respiração e observa-se se o tórax da vítima se expande e rebaixa, realizando os movimentos respiratórios.
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Muitas vezes após a desobstrução das vias aéreas a vítima volta a respirar espontaneamente, não havendo necessidade da realização de outras manobras. Nestes casos, é imprescindível que se mantenha uma observação cuidadosa até a chegada do serviço de emergência ou até a recuperação total.
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Caso a vítima não recupere a respiração espontânea, deve-se iniciar a respiração artificial.
A RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL O ar atmosférico é uma mistura gasosa que apresenta 21% de oxigênio em sua composição. Em cada movimento respiratório, gastamos cerca de 4% desse total, restando, portanto, 17% expirado, que são suficientes para suprir as necessidades momentâneas da vítima, se insuflado em seus pulmões. Ao realizar a respiração artificial, deve-se observar se há expansão do tórax, e só se deve reinsuflar caso haja expiração do ar. Há três tipos de respiração artificial: 1. Respiração boca- a- boca. É a mais eficiente , usada em adulto ou criança grande. Deve-se fazer obstrução digital do nariz para não haver escape de ar. 2. Respiração boca-nariz. Técnica recomendada quando não se consegue praticar a anterior, como por exemplo em casos de traumas de mandíbula. 3. Respiração boca-a-boca-nariz: Utilizada em bebês. Para que a respiração artificial tenha sucesso, deve-se observar a quantidade de ar expirada, que deve ser suficiente para expandir o tórax. Em bebês insufla-se apenas com o ar contido nas bochechas. Caso contrário, o socorrista pode causar um barotrauma. O tempo da insuflação é rápido: um e meio a dois segundos em adultos e cerca de um e meio segundos em crianças COORDENANDO AS MANOBRAS DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL E MASSAGEM CARDÍACA. COM UM SOCORRISTA •
Alternam-se duas insuflações torácicas com 15
3
compressões, na criança maior que oito anos e no adulto. A contagem deve ser realizada contando-se alto: 1 e 2 e 3... •
Depois de quatro ciclos, avalia-se o pulso.
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Na criança menor de oito anos e no bebê, alterna-se uma insuflação com cinco compressões e reavalia-se o pulso a cada dez ciclos.
COM DOIS SOCORRISTAS: •
Os socorristas alternam as manobras. O que estiver fazendo esforço físico será substituído ao se cansar.
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Alterna-se 1 insuflação com 5 compressões.
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Ao desejar realizar a troca, o socorrista que estiver fazendo a massagem, conta em voz alta e diz, 1 e 2 e troca e 4 ...assim, o socorrista que estiver insuflando realiza mais uma vez e se desloca para junto do tórax da vítima.
QUANDO PARAR AS MANOBRAS: 1.Quando houver resposta às manobras, retornando os batimentos cardíacos e a respiração. 2.Ao entregar a vítima ao serviço de emergência, e a uma equipe médica. 3. Caso o socorrista chegue à exaustão total. COMPLICAÇÕES: Minimizados na realização correta da reanimação cárdiorespiratória. Mesmo assim pode haver fratura de costela. Raramente pode ocorrer fratura de esterno, pneumotórax, hemotórax, contusões pulmonares, lacerações do fígado e baço, embolia gordurosa e outros menos freqüentes. TRANSMISSÃO DE DOENÇAS: É rara a transmissão de doenças através da realização do RCP. As mais preocupantes são a AIDS e a Hepatite B, ainda assim, comprovou-se que a quantidade de vírus contida na saliva não é suficiente para transmissão dessas doenças. Deve-se atentar para o fato de que é muito freqüente em acidentes haver exposição de sangue, e aí sim pode haver a transmissão.
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