6- Principios Para Uma Abordagem Não Tradicional Da Família

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A – A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FAMÍLIA

A família medieval: inexistência da divisão homem natureza. O mundo visto como local pouco ameaçador. A família imersa e diluída no mundo

Família moderna: Oposição homem natureza O mundo visto como algo muito ameaçador Auto-fechamento em si e isolamento da comunidade

TENDÊNCIAS DA FAMÍLA MODERNA Auto centramento em si mesma Afastamento da vida comunitária Sentimento de insegurança Forte sentimento de responsabilidade por qualquer falha ou problema que possa ocorrer nos filhos Sentimento de impotência e de ter de recorrer a profissionais Subjetividade serializada Tendencia a dificuldades comunicacionais internas

B- AS PRESSÕES SOBRE A FAMÍLIA MODERNA E SUAS CONSEQUENCIAS NA INTERAÇÃO FAMÍLIA/PACIENTE

A sociedade ocidental atual, cada vez mais tende a reprimir as expressões subjetivas criativas. Impõe um ritmo de trabalho que implica na diminuição da convivência familiar.

A ideologia competitiva fragmenta os laços sociais e isola as pessoas em projetos de vida muita vezes pré-fabricados. As famílias passam a ser UNIDADES desvinculadas da comunidade e cada vez mais sobrecarregadas de responsabilidades que temem não conseguir cumprir. Falhar no cumprimento dessas expectativas sociais é falhar competitivamente, é vivido como fracasso

CONSIDERANDO O QUE VIMOS HISTORICAMENTE ACERCA DA LOUCURA: -LOUCURA VISTA COMO PURO ERRO, AUSÊNCIA DE SENTIDO -LOUCURA COMO IRRUPÇÃO DE UMA NATUREZA DESCONHECIDA E ASSUSTADORA -LOUCURA COMO FRACASSO DA RACIONALIDADE NA NORMATIZAÇÃO DE COMPORTAMENTOS -A HISTÓRICA EXCLUSÃO DOS LOUCOS DO ESPAÇO SOCIAL -A LOUCURA VISTA COMO PERIGO, AMEAÇA A FAMÍLIA E A SOCIEDADE

CHEGA-SE A QUE: A “doença mental” desafia a tarefa protetora que a família se impõe, gera tensões, sentimentos de impotência e vitimização e provoca sentimentos de amargura, frustração e isolamento social. As vidas das pessoas se esvaziam e deixam de lado projetos existenciais

O surto psicótico significa o colapso dos esforços, o atesTado de incapacidade de cuidar do outro, o fracasso de um projeto de vida, o desperdício de anos de investimento e dedicação, o que gera intensoS:

E A NH

S

N E M I ENT

E D S TO

O G R VE

A P L CU

Tal sentimento, JUNTO COM A VISÃO SOCIAL ACERCA DA LOUCURA leva inúmeras defesas psicológicas da família frente a ele: -Afastamento da pessoa dita louca pela negação do outro enquanto sujeito (objetificação do “louco” – impossibilidades de subjetivação -Negação do sentimento de fracasso através de um reforço da idéia de que os membros da família são sadios e a pessoa diferente louca -Projeção dos sentimentos negativos intrafamiliares no “louco” reforçando mais ainda a diferença sadio/louco -Exclusão simbólica e concreta do louco

As reações e atitudes familiares e as representações sociais sobre a loucura provocam uma SOBRE-DOENÇA, a cronificação. A pessoa submerge sob o rótulo de louco

LOUCO

HOSPITAL

SADIOS LO

O C U

DISTO RESULTA: 1- A família percebe a equipe como fazendo parte dos nãoloucos 2- A família busca uma aliança com a equipe visando o comtrole da conduta dita louca SENDO ASSIM: CASO ACEITEMOS ESSA DELEGAÇÃO DE PAPEL QUE A FAMÍLIA NOS FAZ E A DIVISÃO LOUCO/NÃO LOUCO SOMENTE ESTAREMOS REFORÇANDO A VISÃO DISCRICIONÁRIA E EXCLUDENTE

EM TERMOS DE MUDANÇA DE VISÃO DO PROFISSIONAL ISSO IMPLICA: 1- Não aceitarmos a divisão louco/não louco pois ela está inserida dentro da lógica maniqueista e de exclusão 2- Redirecionarmos nossa visão do conceito de doença para o conceito de sofrimento psíquico 3- Vermos a familia e o dito louco como co-participantes de um sofrimento psíquico que tem suas raízes em aspectos sociais, econômicos e ideológicos 4- Percebermos que ambos estão carentes de apoios psicossociais, oprimidos por uma situação que o sistema de saúde tradicional não tem respostas a oferecer

NUNCA ESQUECERMOS QUE: SIMPLESMENTE ACEITARMOS A SITUAÇÃO DADA, DA FAMILIA COMO SADIA, QUE PRECISA DE ORIENTAÇÕES E CONSELHOS TÉCNICOS DE COMO LIDAR COM SEU LOUCO É ESTARMOS AGINDO DENTRO DO

MODELO BIOMÉDICO

NUNCA ESQUECERMOS QUE: Agirmos disciplinarmente, como instituindo terapias de família, conduzidas ou por psicólogos ou psiquiatras, tem implícita a idéia de que os profissionais detém o saber e as famílas não. Assim, elas serão objetos e não sujeitos ativos de um processo terapêutico, o que seria estarmos agindo dentro do

MODELO BIOMÉDICO

NUNCA ESQUECERMOS QUE: Centrarmos a intervenção na famíla e/ou no “paciente”, deixando de lado intervenções no espaço social e comunitário no qual esse grupo está inserido/separado é aceitarmos a SEPARAÇÃO e não vermos a INSERÇÃO. É, portanto, continuarmos dentro do

MODELO BIOMÉDICO

PARA TRANSCENDERMOS ESSE MODÊLO É PRÉ-REQUISITO INDISPENSÁVEL: 1- ROMPERMOS COM A DIVISÃO LOUCO / NÃO LOUCO 2- ROMPERMOS COM A DIVISÃO FAMÍLIA-LOUCO / COMUNIDADE PARA ISSO TEMOS DE COMPREENDER QUE TODO SOFRIMENTO TEM UMA ALTA POSSIBILIDADE DE PROVOCAR CONTRADIÇÕES E CONFLITOS DENTRO DE UMA REALIDADE RÍGIDA QUANDO NÓS, PROFISSIONAIS, LIDAMOS COM ELE DENTRO DE UM PARADIGMA NÃO TRADICIONAL. O SOFRIMENTO SEMPRE É INDÍCIO DE UMA CONDIÇÃO DADA QUE DEVE SER SUPERADA

ESSA DUPLA RUPTURA SÓ É POSSIVEL QUANDO NOSSA ATUAÇÃO TENHA COMO REFERÊNCIA DOIS CONCEITOS OPERATIVOS FUNDAMENTAIS:

ACOLHIMENTO

REDES DE APOIO SOCIAL

ACOLHIMENTO DE SUAS ORIGENS PSICOLÓGICAS À REALIDADE DO SUS

A UNIDADE

A MÃE “SUFICIENTEMENTE BOA”

A FRUSTRAÇÃO GRADATIVA

A GRADUAL APRESENTAÇÃO DO MUNDO

O CONCEITO DE OBJETO TRANSICIONAL

O ESPAÇO TRANSICIONAL (OU POTENCIAL)

A QUEBRA DO ESPAÇO TRANSICIONAL E A PATOLOGIA PSÍQUICA

DESAMPARO, MÊDO, SOLIDÃO

CIRCUNSTÂNCIAS TRAUMÁTICAS ATUAIS

DESAMPARO PSÍQUICO

SOFRIMENTO FÍSICO

ANTES DE LIDARMOS COM A DOENÇA, LIDAMOS COM O SOFRIMENTO

DEMANDA DE AJUDA

POSTO DE SAÚDE

EXPERIÊNCIAS DE DESAMPARO

SOFRIMENTO

AUMENTO AUMENTO

DIMINUIÇÃO

NÃO INTERAÇÃO OU INTERAÇÕES NÃO SOLIDÁRIAS

BUSCA DE AJUDA

AUMENTO NÃO COMPROMETIMENTO DOS PROFISSIONAIS

SIM

ACESSO

NÃO INTERAÇÕES SOLIDÁRIAS

AUMENTO

AUMENTO

SATISFAÇÃO/ ACOLHIMENTO

OPÇÕES MEDICALIZAR O SOFRIMENTO

OU ENTENDER DEMANDA COMO BUSCA DAS EXPERIÊNCIAS TRANSICIONAIS PERDIDAS

ACOLHIMENTO

ACOLHIMENTO: -GENUÍNA ACEITAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO POPULAR NO SERVIÇO - POSSIBILITAR À POPULAÇÃO A CO-CONSTRUÇÃO DOS ESPAÇOS - COMPARTILHAR A CULTURA POPULAR - PREVILEGIAR A ESCUTA - CONSTITUIÇÃO DE GRUPOS DE AUTO-AJUDA - DESMEDICALIZAR O ESPAÇO -CRIAR E FEFORÇAR PONTOS REFERENCIAL DE ENCONTRO -DESBUROCRATIZAR AS MENTES - ABERTURA AO LÚDICO

ALGUNS CONCEITOS SOBRE ACOLHIMENTO “... a postura do trabalhador de saúde de colocar-se no lugar do usuário para sentir quais são as suas necessidades e, na medida do possível, atendê-las ou direcioná-las para o ponto do sistema que seja capaz de responder àquelas demandas” (Ramos e Lima, 2003) “acolhimento é uma ferramenta qu estrutura a relação entre equipe e ´população e se define pela capacidade de solidariedade de uma equipe com as demandas do usuário” (Schmidt e Lima, 2004) Para Bueno e Merhy (1999), o acolhimento implicaria numa inversão da lógica de organização e funcionamento dos serviços de saúde, deslocando-a das “necessidades” do serviço para centra-la nas necessidades dos usuários

Vários autores assinalam o risco de que o acolhimento acabe sendo banalizado e reproduzido de uma maneira acrítica (por aqueles que se julgam criticos do sistema biomédico, mas que,no fundo, o incorporam). Repetir acriticamente diretrizes é o melhor caminho para burocratiza-las e deixar de lado a necessidade, assinalada por Merhy, de constante reinvenção de práticas. CRIAR!

O ACOLHIMENTO NA VISÃO DOS USUÁRIOS

CONOTAÇÃO*

CATEGORIAS

MODULO I (Experiências internas ao grupo) (46,7% das citações)

P

PARTICIPAÇÃO

13,47

P

CONVERSAR

12,47

P

PERTENCER

11,91

P

AMIZADE

11,03

P

10,98

P

RELAÇÃO DE AJUDA VALORIZAÇÃO

P

PROTEÇÃO

6,7

P

APRENDER

5,08

P

RECUPERAÇÃO

4,28

N P P

NÃO SER 4,28 RESPEITADO SER RESPEITADO 3,96 LIBERDADE 3,05

N

DESMOTIVAÇÃO 2,96

P

ENSINAR

1,59

P

BRINCAR

0,62

P

SER COMPRENDIDO

MÓDULO II (Experiências com os profissionais que atendem o grupo) (23,28% das citações)

MÓDULO III (Experiências externas em saúde) (30,15% das citações)

4,53

7,62

8,9

55,44

4,19

17,64

37,83

5,3

100%

----

NENHUMA RESPOSTA

16,67

P

AFETO

12,37

P

CAPACIDADE DE MOTIVAR

6,68

N

NÃO SER COMPREENDIDO

3,33

N

INCAPACIDADE DE MOTIVAR

3,22

N

AUSÊNCIA DE AFETO

2,39

N

FALTA DE COMPETÊNCIA TÉCNICA

TOTAL

5,5

2,95

9,82 3,49

100%

100%

100%

REDES DE APOIO SOCIAL: GRUPOS VINCULARES INDIVIDUOS OU FAMÍLIAS ISOLADOS

TAIS GRUPOS VINCULARES PODEM SER OS MAIS DIVERSOS: Grupos de usuários Grupos de usuários e familiares Grupos de familiares Grupos de mulheres que sofrem violência doméstica Grupos de usuários de drogas Grupos de pais com filhos usuários de drogas Bandas de música Corais Jornais e rádios comunitárias Times de futebol Grupos folclóricos que resgatem tradições culturais Grupos de passeio

REDES DE APOIO SOCIAL SÃO, POIS: ESTRUTURAS VINCULARES ENTRE GRUPOS E/OU INDIVIDUOS ENTRE SI, QUE PROPORCIONAM: 1- APOIO MÚTUO ENTRE OS INTEGRANTES 2- NOVAS FORMAS SOLIDÁRIAS DE VIVENCIAS GRUPAIS 3- QUEBRA DO ISOLAMENTO E FRAGMENTAÇÃO 4- SENTIMENTO DE AMPARO E ACOLHIMENTO 5- O SURGIMENTO DE NORVAS FOMAS DE SUBJETIVIDADE E SOCIABILIDADE IMPEDIDAS PELO PADRÃO SOCIAL HEGEMÔNICO 6- ESPAÇOS DE CRIATIVIDADE GRUPAL (EM TODOS OS SENTIDOS) 7- QUESTIONAMENTO DOS PADRÕES SOCIAIS, ECONÔMICOS E IDEOLÓGICOS HEGEMÔNICOS 8- EMPODERAMENTO DAS PESSOAS PARA QUE POSSAM REALIZAR TROCAS SOCIAIS COM PODER CONTRATUAL

A REDE PODE FORMAR-SE ATRAVÉS DA INDUÇÃO DOS PROFISSIONAIS, MAS NÃO DEVE SER DIRIGIDA PELOS PROFISSIONAIS. O PAPEL DOS PROFISSIONAIS É PERMITIR E AUXILIAR NO PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO POPULAR, O QUAL DEVE SER O EIXO DE ORGANIZAÇÃO DA REDE. O PROCESSO DE CONGREGAÇÃO DAS PESSOAS DEVE SER FEITA SEMPRE DENTRO DAS POSSIBILIDADES DA CULTURA LOCAL E NUNCA DEVE SER CENTRADO NO PROBLEMA O PROFISSIONAL DEVE SEMPRE ESTAR REAVALIANDO SE SUA INTERPRETAÇÃO DOS PROBLEMAS ESTÁ COERENTE COM AS PRIORIDADES QUE A POPULAÇÃO MESMA SE COLOCA

TAIS REDES DEVEM SE REGER POR UM PRINCÍPIO OPERATIVO: NÃO SIMPLESMENTE REUNIR-SE POR REUNIR-SE, MAS ESTAR JUNTO COM UM OBJETIVO, UMA TAREFA.

Por exemplo, um grupo de mulheres de maridos alcoolistas deveria se reunir não apenas para discutir suas situações, mas terem um eixo operativo que permita a continuidade e consolidação da rede. No caso, poderia organizar-se em torno da coleta reciclável do lixo, ou da implantação de uma horta comunitária.

TRABALHAMOS COM USUÁRIOS E FAMILIARES QUE APRESENTAM PROBLEMAS EM COMUNS: Vidas empobrecidas Abandono de projetos existenciais Centramento na doença Tendência ao isolamento social Vivências de estigmatização Vivência de desvalia e vergonha Reações interpessoais saturadas e conflituosas Desorganização da estrutura sistêmica familiar Nível comunicacional empobrecido Sentimentos de resignação O OBJETIVO REAL DE UM TRABALHO COM AS FAMÍLIAS É PROPORCIONAR ESPAÇOS DE TROCA DE EXPERIÊNCIAS, ABERTURA PARA A COMUNIDADE E REESTABELECIMENTO DE PROJETOS

PASSOS 1- Primeiramente reconhecer os usuários e organizar grupos (e/ou trabalhar de modo intersetorial com os grupos dos CAPs), antes de se começar a trabalhar com as famílias. PORQUÊ: É fundamental que a vivência de acolhimento que umgrupo de usuários pode proporcionar, reestabeleça um senso de amparo e de reorga nização da personalidade e subjetividade, para que possam vir a ter maior poder contratual com a família. Caso iniciemos com a família poderá ocorrer um comprometimento do vínculo dos usuários com a equipe, pois, por todos os fatores que vimos, sua interpretação tende a ser a de que estamos do lado das famílias. Adicionalmente, a melhora obtida por meios não hospitalares, possibilita à família uma nova visão de atendimento e do usuário, com maior probalidade de adesão e compreensão do novo modo de trabalho

PASSOS 2- Ir congregando as famílias de modo não oficial, de acordo com a cultura local (lanches, bingos, festas, etc...) O primeiro momento é o da equipe conhecer a realidade vivencial das famílias, conhecer seus membros, quebrar a formalidade das relações inerente ao modêlo biomédico. Estabelecer vínculos de rede, nos quais um dos nós é a equipe. Com o tempo ir descobrindo conjuntamente tarefas operavas que sejam o eixo estrutural do grupo Congregar imediatamente ao grupo os familiares de pessoas que tenham passado por situação aguda, que exigiram ou não internação

PASSOS 3- Gradativamente desenvolver atividades conjuntas das famílias com os usuários Tais atividades podem ser grupos de discussão sobre as situações pelas quais passam. Nesse momento é possivel o grande fórum onde a equipe, aqui sim, pode desenvolver atividades de apoio e orientação, pois tal atividade encontra-se aqui já desvinculada do modelo biomédico. O estabelecimento de projetos de alcance comunitário que envolvam conjuntamente familiares e usuários, é fundamental para que ambos encontrem novas dimensões da existência, novas formas de subjetividade e novas relações com a comunidade e, fundamentalmente a possibilidade de CRIAÇÃO CONJUNTA DE UMA NOVA REALIDADE

EM SAÚDE MENTAL PENSAR-SE EM CURA É PENSAR DE UM MODO BIOMÉDICO. O OBJETIVO A SER ALCANÇADO, TANTO PARA OS USUÁRIOS COMO PARA OS FAMILIARES SÃO NOVAS FORMAS DE SER, MAIS LIVRES, MAIS CRIADORAS, MAIS TOLERANTES, TRANSFORMADORAS DA REALIDADADE, MAIS FELIZES. Nunca devemos esquecer que a “loucura ruim” é a resultante da repressão da “loucura boa”. EVIDENTE, DEVE-SE VINCULAR TUDO ISSO A UM ACOMPAMENTO MEDICAMENTOSO COM OBJETIVOS CLARAMENTE EXPLICADOS, UM CUIDADO GERAL EM RELAÇÃO A SITUAÇÃO CLINICA DAS FAMILIAS E USUÁRIOS, E UM APOIO NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE ORDEM SOCIAL, JUDICIARIA, DE DEFESA DE DIREITOS, ETC...

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