O relevo da superfície terrestre é uma feição contínua e tridimensional. Existem diversas maneiras para representar o mesmo, sendo o mais usual as curvas de nível.
Curvas de nível podem ser definidas como linhas que unem pontos com a mesma cota ou altitude. Representam em projeção ortogonal a interseção da superfície do terreno com planos horizontais.
Perfis transversais: são cortes verticais do terreno ao longo de uma determinada linha. Um perfil transversal é obtido a partir da interseção de um plano vertical com o terreno.
Durante a representação de um perfil, costuma-se empregar escalas diferentes para os eixos X e Y, buscando enfatizar o desnível entre os pontos, uma vez que a variação em Y (cota ou altitude) é menor. Por exemplo, pode-se utilizar uma escala de 1:500 em X e 1:50 em Y.
As curvas de nível podem ser classificadas em curvas mestras ou principais e secundárias. As mestras são representadas com traços diferentes das demais (mais espessos, por exemplo), sendo todas numeradas. As curvas secundárias complementam as informações .
1.
2.
As curvas de nível são "lisas", ou seja, não apresentam cantos.
Duas curvas de nível nunca se cruzam.
3.
Duas curvas de nível nunca se encontram e continuam em uma só.
4.
Quanto mais próximas entre si, mais inclinado é o terreno que representam
As curvas de nível podem ser obtidas basicamente por dois processos: 1. SEÇÕES TRANSVERSAIS : De uma linha da base na área onde se quer criar as curvas de nível, e ou estaqueamento. A partir dessa linha de base, são feitas as seções transversais. As seções transversais são cortes feitas nas estacas inteiras e pontos relevantes da linha de base.
Linha de base
Seções transversais
2. MALHA TRIÂNGULAR: A partir do desenho dos pontos com as respectivas cotas é criado para cada 3 pontos um triângulo. Este processo define uma malha triângular que recobrirá todos os pontos do levantamento. A geração das curvas de nível se dará por interpolação das cotas dos vertices dos triângulos.
Cálculo das distâncias, a partir dos vertices da malha triângular, onde estão localizadas as cotas inteiras que permitirão a geração das curvas de nível.
1. Identificar em cadas aresta a distancia e a diferença de nível entre os vertices. Por meio de regra de 3, calcular a distância para cada cota próxima COTA INTEIRA a partir de um determinado vertice. Em cada vertice será definido o ponto onde passa a cota inteira.
INTERPOLAÇÃO DE CURVAS DE NÍVEL
PLATAFORMA 20m
20m
20m
2
3
COTA=102,256
COTA=102,992
COTA=103,215
4 COTA=104,145
15m
1
5
COTA=104,215
7 COTA=105,168
8 COTA=105,619
15m
COTA=103,102
6
9
10
11
COTA=104,506
COTA=105,106
COTA=105,968
12 COTA=106,428
INTERPOLAÇÃO DE CURVAS DE NÍVEL PASSO À PASSO É simplesmente aplicar a regra da proporcionalidade: 1º passo: Começar de forma ordenada, por sub-malha, calculando a diferença de cotas entre os pontos contidos na sub-malha. 5 103,102
20m
6 104,215
Pontos 5-6: ¨onde está a cota 104,00 ? cota= 104,215 – 103,102 = 1,113m
15m
Proporção: 20 m 1,113 m xm (104,00-103,102m) xm = 16,1366m
9
10
104,506
105,106
A cota 104,00 está à 16,1366m do ponto 5
INTERPOLAÇÃO DE CURVAS DE NÍVEL PASSO À PASSO É simplesmente aplicar a regra da proporcionalidade: 1º passo: Começar de forma ordenada, por sub-malha, calculando a diferença de cotas entre os pontos contidos na sub-malha. 5 103,102
20m
6 104,215
Pontos 5-9: onde está a cota 104,00 ? cota= 104,506 – 103,102 = 1,404m
15m
Proporção: 15 m 1,404 m xm (104,00-103,102m) xm = 9,954m
9
10
104,506
105,106
A cota 104,00 está à 9,594m do ponto 9
BORGES, A. C. - Topografia aplicada a Engenharia Civil - 2ª ed., São Paulo: Editora Blucher, 1977, v.1, 191 p. VEIGA, L.A.K; ZANETTI, M. A.Z.; FAGGION, P.L. Fundamento de Topografia – (Apostila), UFPR – Departamento de Geomática. Curitiba, 2007, 195 p.
COMASTRI, J. A; TULER, J. C. Topografia - Altimétria - 1ª ed., Viçosa: Editora UFV, 199, 200 p. [ABNT] Associação Brasileira de Normas Técnicas, NBR 13133 – Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro, 1994. 35p.
MUITO OBRIGADO.
[email protected] Tel: (77) 8826 - 6684 ou 9114-4535