IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA
5 de Outubro de 1910
MONARQUIA
Portugal foi, desde a sua fundação, ao tempo de D. Afonso Henriques, governado por reis. A essa forma de governo chama-se Monarquia.
No entanto, nos finais do século XIX, havia muitas pessoas que achavam que a Monarquia não era a melhor forma de governar um país. Na rua, exigia-se a queda da Monarquia.
RAZÕES DA QUEDA DA MONARQUIA A população vivia mal
O desenvolvimento de Portugal era insuficiente O País tinha grandes dívidas ao estrangeiro
As capacidades governativas do rei eram questionadas
Estava no horizonte uma guerra com os ingleses…
Havia grande agitação e contestação
RAZÕES DA QUEDA DA MONARQUIA O MAPA COR-DE-ROSA Segundo a Lei Internacional, os territórios africanos pertenciam aos países que os ocupassem. Assim, Portugal exigia o direito de ocupar os territórios compreendidos entre Angola e Moçambique – o chamado Mapa Cor-de-Rosa.
RAZÕES DA QUEDA DA MONARQUIA O ULTIMATO INGLÊS
Em Janeiro de 1890, a Inglaterra enviou a Portugal um Ultimato: ou os Portugueses desocupavam os territórios situados entre Angola e Moçambique ou o governo inglês declarava guerra a Portugal.
O Rei e o Governo não tiveram outro remédio a não ser aceitar o Ultimato, o que provocou manifestações de descontentamento. Em 14 de Janeiro de 1890, o Partido Republicano Português organizou uma grande manifestação em Lisboa, acusando o rei D. Carlos e o Governo de terem traído os interesses dos Portugueses em África.
A MONARQUIA A CAMINHO DO FIM
As pessoas estavam desejosas de mudança e achavam que seria bom para o país uma forma diferente de governar. Era preciso instaurar um regime diferente: a República.
O REGICÍDIO – ASSASSINATO DO REI O destino da Monarquia estava traçado! Em 01 de Fevereiro de 1908, em Lisboa, deu-se um atentado contra a Família Real. O Rei D. Carlos e o Príncipe Herdeiro, D. Luís Filipe, foram assassinados.
O ÚLTIMO REI – D. MANUEL II
Um outro filho de D. Carlos, D. Manuel II, com apenas dezoito anos, foi aclamado Rei. Apesar do apoio de todos os partidos monárquicos, o novo rei não conseguiu que os republicanos desistissem de acabar com a monarquia em Portugal.
O ÚLTIMO REI – D. MANUEL II “Depois do Buiça começar a fazer fogo, saiu de debaixo da Arcada do Ministério um outro homem que atirou uns poucos de tiros sobre o meu pobre pai: uma das balas entrou pelas costas e outra pela nuca que o matou instantaneamente… Lembro-me perfeitamente de ver a minha adorada mãe de pé, na carruagem, gritando… A confusão era enorme. Quando, de repente, olhei para o meu queridíssimo irmão, vi-o caído com uma ferida enorme de onde o sangue jorrava…”. “Diário” de D. Manuel II
5 DE OUTUBRO DE 1910 Em 05 de Outubro de 1010, nos Paços do Concelho (actual Câmara Municipal), em Lisboa, foi a proclamada a República.
Nesse mesmo dia, D. Manuel II partiu para Inglaterra com a restante família real, ficando aí a viver, no exílio.
ÚLTIMA BANDEIRA DA MONARQUIA
A REPÚBLICA A implantação da República fez com que Portugal mudasse vários dos seus símbolos, nomeadamente a Moeda, a Bandeira e o Hino.
DINHEIRO/MOEDA DA MONARQUIA
DINHEIRO/NOTA DA MONARQUIA
DINHEIRO/MOEDA DA REPÚBLICA
DINHEIRO/NOTA DA REPÚBLICA
HINO MONÁRQUICO, 1834-1911 I - Ó Pátria, Ó Rei, Ó Povo, Ama a tua Religião, Observa e guarda sempre Divinal Constituição.
II – Ó com quanto desafogo Na comum agitação Dá vigor às almas todas Divinal Constituição.
III - Venturosos nós seremos Em perfeita união Tendo sempre em vista todos Divinal Constituição.
IV - A verdade não se ofusca, O Rei não se engana, não, Proclamemos Portugueses Divinal Constituição.
CORO
Viva, viva, viva ó Rei Viva a Santa Religião Vivam Lusos valorosos A feliz Constituição A feliz Constituição
HINO NACIONAL - “A PORTUGUESA” Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal! Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz Dos teus egrégios avós, Que há-de guiar-te à vitória! Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre o mar, Às armas, às armas! Pela Pátria lutar Contra os canhões marchar, marchar!
BANDEIRA NACIONAL