INVENTÁRIO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS MOTOSSERRA
Inventário de máquinas e equipamentos Segundo SHERIQUE (2014), o inventário das máquinas e equipamentos da empresa é o primeiro passo a ser realizado para que se possa conhecer a amplitude e abrangência do parque industrial onde as máquinas e equipamentos estarão sendo avaliadas para a sua adaptação às exigências de segurança da NR-12.Inicialmente devemos relacionar todas as máquinas e equipamentos existentes na empresa que serão objeto da nossa avaliação, para em seguida preenchermos uma ficha individual para cada uma delas. Ficha Individual de Inventário das Máquinas e Equipamentos 1.
Inventário de máquinas Denominação do
Fabricante/Fornecedor
Modelo
Motosserra
Solo
Motosserra 646
Motosserra
Husqvarna
T435
Extrusora
Próprio
Próprio
Balancim Hidráulico
Klein
BHV22
Prensa Excêntrica
Metalúrgica Jamara
PEK 8 TON
equipamento/instrumento
2.
Prontuário de cada máquina: Código: XXXXX Tipo: Motosserra646 Fabricante: Solo Ano de fabricação: 2008 Capacidade: 1,9 Litros Croqui de localização, com identificação dos pontos de maior risco (partes móveis):
Os pontos de maior risco são: 1 - Corrente 2- Guia 14 - Proteção da corrente 19 - Tampão do depósito de combustível 27- Escape
Movimentos em geral, zona de operação: A motosserra deve ser utilizada exclusivamente para serrar madeira e objetos de madeira. Objetos de madeira soltos têm que ser devidamente seguros.
Sistemas de transmissão de força: A transmissão da motosserra é a parte responsável por transmitir a força do motor para o conjunto de corte. Constitui-se de uma embreagem, um tambor ou pinhão. A embreagem é centrífuga, sistema direto que aciona a rotação do conjunto de corte somente em alta rotação, permitindo que, em marcha lenta, a corrente não gire. O tambor ou pinhão é um acoplamento que cobre a embreagem e transmite a rotação da embreagem para a corrente.
Perigos: ruídos vibração, temperaturas extremas, riscos de incêndio e explosão, emissão de poeiras e gases, ergonomia, elétricos, radiações, riscos químicos, biológicos, etc. A exposição frequente a vibrações de pessoas com problemas circulatórios pode provocar danos em vasos sanguíneos ou no sistema nervoso. Podem surgir os seguintes sintomas provocados por vibrações em dedos, mãos ou pulsos: adormecimento de partes do corpo, formigueiro, dor, picadas, alteração da pele ou alteração da cor pele. O ruído é um dos problemas principais que causa problema para o operador, produzindo uma redução de capacidade auditiva. Enquanto o motor ainda estiver quente não é permitido o abastecimento, perigo de incêndio. As posturas inadequadas, pausa no trabalho mal definidas, repetitividade na operação, resultante de movimentos para controlar o joystick, em que a operação pode provocar desordens musculoesqueléticas e desgaste aos ligamentos e tendões prejudicam a ergonomia. Os riscos químicos podem ocorrer quando o operador de motosserra entra em contato com a poeira da madeira oriunda no momento do corte.
3.
Limites da máquina: Após um período de aquecimento de aproximadamente 5
horas de operação é necessário verificar o ajuste firme de todos os parafusos e porcas acessíveis (exceto os parafusos de ajuste do carburador) e, se necessário, aperte.
4.
Identificação de perigos: podem ocorrer ferimentos com a lâmina, ruídos e
vibrações, corte e queda da árvore. Pode ocorrer aquecimento da motosserra ocasionando queimadura e há grandes chances de uma fuga de fogo devido às faíscas criadas na partida do motor.
5.
Avaliação de riscos: A probabilidade de ocorrência (LO) de estar em contato com o risco (LO) = 15 Certeza/Sem dúvida A frequência de exposição ao risco (FE) = 4 Em termos de horas O grau de severidade do dano (DPH) = 8 Amputação de perna/ mão, perda parcial da audição ou visão. Número de pessoas exposta ao risco (NP) = 1 1-2 pessoas HRN = LO*FE*DPH*NP HRN = 15*4*8*1 HRN = 480 Grau de Risco Calculado: Alto. Apresenta riscos que necessitam de medidas de segurança no prazo máximo de um dia. Inaceitável - Mitigação Exigida.
6.
Análise de Riscos: APP – Análise Preliminar de Perigos Perigo
Causas possíveis
Efeitos
Ferimentos com a lâmina
Falta de treinamento, falha instrumental Falha instrumental Falha instrumental
Ferimentos, cortes, perdas dos dedos e membros Problemas na audição Causa lesões no corpo podendo ser permanentes Problemas nos olhos
Ruídos Vibração
Poeiras Risco ergonômico
Aquecimento
Contato com madeira Falta de rodízio e treinamento adequado Falha instrumental
Desordens musculoesqueléticas e desgaste aos ligamentos e tendões Queimaduras
Métodos de proteção Treinamento e uso de luvas Uso de protetores auriculares Manutenção periódica da máquina Uso de óculos Rodízio de atividades
Uso de luvas
De acordo com Rodrigues (2004) os riscos para quem opera motosserra são: Riscos Físicos:
Na extração florestal com o uso de motosserra, o ruído é apontado como um dos principais problemas para o operador de motosserra. Nem sempre considerado com o respeito que merece, produz uma redução de capacidade auditiva no operador. A exposição intensa e prolongada ao ruído atua desfavoravelmente sobre o estado emocional do operador, com consequências imprevisíveis sobre o equilíbrio psicossomático. Já, a exposição ocupacional à vibração não é tão estudada quanto os outros agentes, porém sua ocorrência é frequente na operação de motosserra. Exposições prolongadas e contínuas à vibração podem produzir diversas doenças ocupacionais aos operadores. A vibração gerada pela motosserra pode aumentar consideravelmente à medida que se aumenta o tempo de uso.
Riscos Químicos:
os riscos químicos podem ocorrer quando o operador de motosserra entra em contato com a poeira da madeira oriunda no momento do corte, sendo que quanto mais seca estiver a madeira maior a quantidade de poeira gerada. Ainda, alguns operadores podem apresentar problemas de irritação se em contato com resinas presentes em determinados tipos de madeira o que leva a causar alergias. Além disso, as poeiras provenientes da madeira podem causar asma ocupacional.
Riscos Ergonômicos:
a ergonomia é o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto e eficácia. Os agentes ergonômicos são aqueles relacionados com os fatores fisiológicos e psicológicos inerentes à execução das atividades laborais. Estes fatores podem produzir alterações no organismo e estado emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua saúde, segurança e produtividade. Entre os principais fatores incluem-se monotonia, a posição e o ritmo de trabalho, a fadiga, a preocupação, trabalhos repetitivos, etc. Um dos problemas mais comuns no trabalho com motosserra está na ergonomia, o levantamento e transporte manual de pesos e ritmos excessivos necessita de intervenções ergonômicas em quase todos os postos de trabalho. Além dos pesos e ritmos excessivos, existem agravantes, como os controles rígidos da produtividade, jornadas de trabalho prolongadas, monotonia e repetitividade, estresse físico e/ou psíquico. As lombalgias por excesso de peso e má postura são comuns nessa atividade.
Riscos de acidentes:
são os riscos por ataque de animais, sendo mais frequentes os ataques por animais peçonhentos e não peçonhentos (cobras, aranhas, escorpiões, abelhas, mosquitos, etc.), bastante comuns nas diferentes regiões, podendo constituir-se tanto em transmissores biológicos de diversas doenças, como responsáveis por ataques diretos ao homem.
Metodologia para seleção da categoria de segurança da máquina (NBR 14153) ISO 13849-1:1999 Símbolo
Detalhes
Parâmetros
Curta explanação sobre as feridas
S
Severidade da
S2
ferida (gravidade) F
Frequência ou
Lesão séria (normalmente irreversível), incluindo morte
F2
Frequente a exposição contínua
tempo de
e/ou tempo de exposição é
exposição ao
longo
perigo P
Possibilidade de
P1
Possível
evitar o perigo
Categoria
Resumo dos requisitos
Comportamento
Princípios para
do sistema
atingir a segurança
4
Os requisitos de B e a utilização de princípios de segurança comprovados se aplicam às partes relacionadas à segurança devem ser projetadas de tal forma que: - Um defeito isolado em qualquer dessas partes não leve à perda da função de segurança - O defeito isolado seja detectado durante, ou antes, da próxima demanda da função de segurança. Se isso não for
- Quando os defeitos ocorrem, a função de segurança é sempre cumprida - Os defeitos serão detectados a tempo de impedir a perda das funções de segurança
Principalmente caracterizado pela estrutura
possível, o acúmulo de defeitos não pode levar à perda das funções de segurança. 7.
Medidas mitigadoras As medidas de seguranças que devem ser tomadas são: - usar equipamento de proteção individual; - manutenção periódica; - fazer rodízio - conforme a NR 12:
8.
os fabricantes e importadores de motosserras e similares instalados no País devem disponibilizar, por meio de seus revendedores, treinamento e material didático para os usuários, conforme conteúdo programático relativo à utilização constante do manual de instruções; o empregador deve oferecer treinamento para utilização segura da motosserra com carga horária mínima de 8 horas e conteúdo programático relativo à utilização constante do manual de instruções; os certificados de garantia das máquinas devem ter campo específico, a ser assinado pelo consumidor, confirmando a disponibilidade do treinamento ou responsabilizando-se pelo treinamento dos trabalhadores que utilizarão a máquina.
Cronograma
É necessário a realização da manutenção periodicamente das motosserras, de preferência entregando o aparelho numa oficina especializada se não conseguir realizar todos os trabalhos. Abaixo segue o plano de manutenção da motosserra solo 646.
Uma vez após 5 horas de operação.
Toda a máquina
Guia
Inspeção visual do estado limpar (incl. entrada de ar, aletas de refrigeração do cilindro) Inspecção visual do estado
Diariamente, antes ou depois do trabalho e entre intervalos. X X
A cada 50 horas de operação.
A cada 100 horas de operação.
Quando necessário.
Anualmente, antes ou depois da estação.
X
X
X
X
X
X
Virar a lâmina
Corrente
Semanalmente.
Lubrificar o pinhão
X
Limpar a ranhura da corrente / orifício de óleo Limpar a parte interior da cobertura da guia
X
Inspecção visual do estado, verificar o estado de afiação Corrigir a afiação
X
X
Travão da corrente
Lubrificação da corrente Silenciador
Carburador
Filtro de ar
Substituira roda da corrente e lubrificar o apoio da roda da corrente Verificação de funcionamento, verificar a facilidade de funcionamento limpar, lubrificar as articulações verificar
X
X
X
X
X
Inspecção visual do estado assento firme dos parafusos Controlador o ralenti Ajustar o ralenti
X
Limpar
X
X X
X
Substituir Vela de ignição
Depósito de combustível,
Verificar a distância entre eléctrodos e, se necessário, ajustar Substituir
X
limpar
X
X
X
X X
depósito de óleo Filtro de combustível todos os parafusos acessíveis (excepto os parafusos de ajuste) Outros Elementos de comando interruptor de paragem, acelerador, bloqueio do acelerador, bloqueio de meia aceleração do estrangulador, manípulo de arranque
X
substituir reapertar
Verificação do funcionamento
X
X
X
X
Referências Bibliográficas Manual original. Motosserra solo 646/652. Manual de instruções. 2008. Disponível em: < http://www.bombeiros.pt/wp-content/uploads/2014/10/motosserras-SOLO.pdf>. RODRIGUES, P. M. C. Levantamento dos riscos dos operadores de motosserra na exploração de uma floresta nativa. 2004. 82 f. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) – Universidade Federal de Mato Grosso, 2004. Disponível em: . SHERIQUE, J. NR-12: passo a passo para a implantação. São Paulo. LTr, 2014. Disponível em: .